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1 Anatomia aplicada à cirurgia Torácica Cirurgia Tora cica 06/08/2020 Anatomia aplicada à cirurgia Torácica Doenças cirúrgicas do tórax, são muitas. Métodos diagnóstico terapêuticos – para operar precisa fazer procedimento diagnóstico. Doenças do pulmão e mediastino. • Bases anatômicas • Métodos diagnósticos • Nódulos pulmonares • Pneumotórax • DP • Bronquiectasias • Tumores de pulmão • Tumores de mediastino RX de tórax normal EM PA – póstero anterior – a direção dos raios vem pela parte posterior. É o padrão do paciente de pé. Em UTI deitado – faz de frente para traz, RX AP – anteroposteriores, muda um pouco o aspecto. No RX de tórax => o mediastino, espaço do meio, nos dois terços inferiores do mediastino existe essa opacidade que é a área cardíaca, no 1/3 superior ve os corpos vertebrais. No terço inferior não consegue ver e isso é normal– aorta, coração na frente. Claviculas bem centradas, penetração adequada, seios costofrênicos em ponta de lápis livres, bolha gástrica, coração e mediastino centrado, e penetração pulmonar que é importante. Doenças que causam opacidades pulmonares aparecem. RX é uma fotografia achatada do paciente. Torax tem diâmetro anteroposterior TC de tórax: TC de tórax é bidimensional. Já ve duas dimensões. TOMO de tórax - corte que mostra janela do parênquima pulmonar – lesão do parênquima precisa ver essa janela. Lesão do mediastino – janela do mediastino, no mesmo corte some o pulmão e foca na região mediastinal. Coração com as câmeras, feita com contraste, a. pulmonar, aorta descendente, vasos pulmonares, esterno do paciente. A. mamária. Vê melhor parede torácica, músculo, parênquima mamaria, esôfago e branco em cima da coluna – v. ázigo. Caso clinico: fem, 27 anos, dor torácica esquerda e dispneia progressiva RX alterado. Quadro mais progressivo. Paciente apresenta opacificaçao homogenia em 1/3 medio do hemitorax esquerdo, periférica mas junto a parede torácica, tem também elevação da cúpula diafragmática esquerda. No RX normal a direita é mais elevada que esquerda pelo fig. Cúpula do lado esquerdo elevado geralmente tem alteração. Do lado direito seio costofrênico livre e no esquerdo obliteração. 2 Anatomia aplicada à cirurgia Torácica O RX de tórax é sempre o exame de triagem em pneumo e cirurgia torácica. É o padrão ouro em cirurgia toraxica e pneumo - TOMO DE TORAX. Outra perspectiva da lesão. Já tem outra perspectiva – arco costal são bem definidos, são oblíquos, não vê totalmente, são diversos mas o periósteo ta integro. Já do lado esquerdo periósteo totalmente irregular. Pulmão não doi, o que doi no tórax é a pleura e a parede torácica – periósteo, fascia endotoracica, musculatura. Massa pulmonar não teria dor, mas como está erodindo o arco costal e irregularidade – queixa de dor torácica. Pleura na tomo – normalmente não aparece, como do lado direito, é membrana unicelular de cels mesoteliais. Película muito fina que envolve parênquima pulmonar. Se aparecer como no lado esquerdo – derrame pleural que esta obliterando seio. Massa homogenia, regular, extensa – não respeita limite e invade parede torácica – provável origem maligna. Provável tumor de parede torácica – sarcoma de ewing. Doença rara. Inicio QT e depois da resposta avalia cirurgia. Como fez o DGO – por biopsia. TU periféricos encostados na parede torácica – biopsia por agulha transparietal ou transtoracica. RADIO na tomo localiza o corte, tomógrafo marca com luz, mede distância. Introduz agulha com anestesia local na lesão da parede – patologia diz que é sarcoma. E onco diz que não esta mais sob controle – faz QT, ve se responde e avalia. Pede em segundo tempo biopsia guiada pro TC. Existe risco de pneumotórax – na maioria das vezes laminar, radio aspira quando tira agulha, menos de 15% evolui para drenagem Tumor de parede torácica pós QT e redução da massa: paciente fez QT e depois da quimio ficou lesão residual. A inflamação que quimio causou foi tanta que teve aderência do parênquima pulmonar na parede torácica/tumor. Arco costal sendo tracionado, tira lesão e arco costal comprometido, com margem cirúrgica. É toracotomia (abre planos musculares, da parede torácica, secção da costela, separa da inferior e é retirada massa em bloco). Encapsulada, tirada com margem. 8 a 10 cm. Grande. Precisa retirar com margem. Dois arcos costais tirados. É uma cirurgia após redução da massa – onco diz que já esgotou o que podia na quimio, como ficou massa residual intervém. Se tira uma tampa da parede torácica aquilo não fica área vazia, pulmão hérnia, aquilo afunda pela falta de contenção? Sim. Quando retira parede coloca tela de marlex, tela plástica suturada nas bordas de contenção para que não deixe pulmão sair e hérnia para fora, e reconstrói com planos musculares para não haver perda da função respiratória. Evolui desfavoravelmente com metástases a médio e longo prazo. 3 Anatomia aplicada à cirurgia Torácica Caso Clínico 2: 37 anos, achado acidental Opacidade homogênea de bordas regulares ou pouco boceladas, periférica, projetada no terço médio do hemitorax direito. Borda esbranquiçada da lesão – tem mesma densidade do osso e no meio mais homogênea. Após o Rx que é triagem, próximo passo – tomografia. Tem periósteo mantido, regular como se tivesse costela/arco costal sofrendo insuflação da cortical empurrando periósteo para fora. Não tem lesão de pleura, derrame, nada, ela não aparece. O que pode ser? Pode ser tumor pois é uma massa de parede torácica. Provável não ser de pulmão pois tem calcificação. Pela história e pelas características tomográficas – tendência a der benigna. É uma displasia fibrosa. Insuflação da medular empurrando cortical do osso para fora e ele fica regular. Conduta: ressecção. Incisão, localiza displasia e resseca um pouco. Como benigno margem menor, 1 cm. E tira aquele arco costal sozinho. Se necessidade complementa com tela para ocluir, mas se pequena fecha com planos musculares por cima – foi feito nesse caos pois era ressecção pequena. Quando vai ressecar arco costal – embaixo tem feixe vasculonervoso. Precisa ligar feixe proximal que vem da coluna vertebral para que não tenha sangramento para dentro da cavidade pleural. Dados importantes para o procedimento cirúrgico. Caso clínico 3 Paciente de ambulatório, consultório. Maioria: procuram por problema estético. Deformidade que vem desenvolvendo com a adolescência, mesmo que tenha concavidade que possa eventualmente ter contato com coração/pulmão – jovem com reserva funcional grande – não tem alt cardíacas/pulm de modo geral, existe acomodação lá dentro e não tem queixas. Queixa fundamentalmente estética. Diz que tem desconforto, falta de ar pois querem operar e tirar problema estético. Esse é pectus excavatum simétrico – dois lados da mesma altura. Assimétrico mais difícil de corrigir. Compressão mas há acomodação. Antigamente grandes incisões grandes cirurgiões, se arriscavam em procedimentos maiores. Hoje mudou, pequenas incisões, quanto mais faz vídeo-assistida melhor, paciente tem menos trauma, evolui melhor, é a moda hoje em toda cirurgia geral. Os termos variam muito mas são cirurgias não muito agressivas. Antes a incisão ia da fúrcula ate o apêndice xifóide, quebrava os esterno, tirava as cartilagens e depois reconstruía, ficava com tórax afundado, demorava 6-8hs. Hoje – cirurgias minimamente invasivas, não tao agressivas. 4 Anatomia aplicada à cirurgia Torácica Compressão. Mas existe acomodação de pulmão e coração e não tem queixa a não ser estética Hoje – duas pequenas incisões laterais,coloca haste transversal no tórax, encurvada na primeira etapa. Depois virada – jovem e cartilagem mole – tórax sobe imediatamente. Fixa haste nas costelas como uma prótese. 3 anos fixada na costela depois retira. Corrige com isso. Cirurgia de NUss Usada na pratica, mas só em serviços especializados. Acompanhamento técnico grande. Procedimentos clínicos hoje também sem cirurgia – coletes... Parede torácica Introdução de dreno no espaço pleural. Drenagem necessária para evacuar ou esvaziar conteúdo anômalo (pneumotórax, hemotórax, empiema). Dreno no espaço pleural. O cirurgião é chamado para drenar o paciente e ONDE vai drenar – drenar paciente que normalmente esta em DDH. Onde vai drenar, qual o ponto? Ponto de drenagem: de uma linha lateral ao apêndice xifoide na intersecção com linha axilar anterior. Punciona e coloca dreno. Não usa pontos moveis (ex – linha lateral do mamilo que varia de pessoa para pessoa). São pontos fixos. Com paciente em DDH. Obliquo externo – fibras no sentido de mão no bolso. Porque drena naquele ponto? Existe uma razão de ser. Nesse ponto não tem que dissecar muitos músculos – ali só tem praticamente algumas fibras finas de obliquo externo, interno, já cai no musculo intercostal e já entra na cavidade costal. Paciente tem menos dor com menos dissecção. Drenagem pleural Indicação de introdução de dreno de tórax – conteúdo anômalo no espaço pleural – hemotórax nesse caso: 5 Anatomia aplicada à cirurgia Torácica Hemopneumotorax – arma branca normalmente faz isso. Sangue não pode ficar – meio de cultura, comprime pulmão, encarcera e não expande mais pois pleura espessa, empiema e complica. Hemotorax é indicação básica de drenagem pleural. O dreno esta introduzido no espaço pleural sempre na borda superior da costela pois na inferior tem VAN (veia, artéria e nervo). Diferença entre punção e drenagem pleural: Derrame pleural esquerdo O dreno é introduzido no espaço pleural e fica no espaço pleural inclusive sob selo d’agua. Paciente internado sob selo, dreno, da ponto fixando dreno na pele para que fique parado no espaço pleural. A punção pleural é a introdução de agulha no espaço pleural para esvaziar momentaneamente conteúdo anômalo, depois tira e paciente vai embora, acabou procedimento. Dreno coloca e deixa. Com a agulha não vai tirar sangue com sangue espesso, pus – nesse caso coloca dreno, coisas espessas. Mas derrame por IC por ex, dispneia, liq claro sem debris, sem celulas, agua – introduz agulha fina, esvazia, pulmão expande, melhora da dispneia, retira agulha e resolve. Imagem: Opacificação homogênea com linha em parábola em 1/3 medio hemitorax direito. Tem Derrame pleural com a história e exame físico. + imagem. Derrame volumoso que desvia traqueia para direita e comprime pulmão contralateral. Colaba pulmão ipsilateral, desvia mediastino, comprime contralateral – dispneia importante. Punção pleural É subescapular, paciente não vê. Punção pleural, diferente da drenagem que é DDH, a punção é feita com paciente sentado, braço elevado para subir e tirar escapula de campo. Propedêutica, percussão, imagem radiológica, ausculta – introduz seringa e agulha na região subescapular. Drenagem: quando vai anestesiar ponto da drenagem – normalmente introduz agulha no espaço pleural para confirmar que esta la dentro, tirar liquido/ar. Faz a punção na drenagem. Mas a função da punção na drenagem é para certificar que ponto de drenagem é correto. Se vai colocar dreno e vai esvaziar não precisa fazer punção só, apenas para anestesiar e orientar. Mas nesse caso como não vai introduzir o dreno – punciona espaço pleural, coloca na agulha de punção um equipo de soro e deixa esse liquido. Paciente sentado – liquido é pesado e cai no seio costofrênico, vai esvaziando derrame pleural por gravidade. Equipo de soro conectado na agulha, tira seringa, deixa frasco no chão e por gravidade esvazia. Punção é feita não em CC, pode fazer em ambulatório no centro cirúrgico, anestesia local. Não faz na parte frontal pois anatomicamente a inserção anterior do diafragma é alta e a posterior é baixa, ele é curvilíneo. Quando entra na parte posterior tem menos risco de furar diafragma e outras estruturas. Atrás tem mais janela de acumular e correr menos risco. Parte posterior que faz a punção. Dreno na frente porque se não não deita, por isso lateral. 6 Anatomia aplicada à cirurgia Torácica Biópsia pleural: quando punciona espaço pleural – as vezes agulha simples só para tirar liquido mas as vezes precisa de biopsia de pleura => agulha que tem gancho na ponta. É introduzida no espaço pleural, ganho encosta na pleura e quando puxa sai pedaço da pleura. Biopsia – quando doença da cavidade pleural com envolvimento da pleura – ex neo, TB pleural – tira um pedaço, patologista e ve tipo da lesão. SEMPRE NA BORDA SUPERIOR DA COSTELA – pois o feixe passa na parte de baixo VAN (veia, artéria, nervo). Endentação na costela e as três estruturas escondidas – importantes. Artéria e veia subclávias: uma parte dentro do tórax, intima relação com as costelas – tumores de arcos costais podem ter infiltração de vasos subclávios. Timo que é glândula do cirurgião de tórax, ressecção, timectomia, dentro do mediastino, se apoia no pericárdio. Pulmão, pericárdio (geralmente abordadas por cir cardíaca), pleura – parietal e visceral (diafragmática, mediastinal), diafragma (opera muito pouco, em casos de hérnias diafragmáticas onde tem encarceramento pulmonar). Caso clínico 4: 51 anos, feminino, queixa – realizado RX de tórax. Doença que será cirúrgica. Imagem do lado direito – tem uma miastenia gravis – ptose palpebral, perda de força muscular ao longo do dia progressivamente, a noite engasga, não consegue deglutir saliva. Timoma – tumor do mediastino anterior - tem relação com MG – tinha uma imagem que se sobrepunha a imagem cardíaca. Tomo: vê o tumor – timoma. Com contraste, janela mediastinal. Estruturas mediastinais – timoma atrás do esterno, tem gordura ao redor, tem relação com estrutura vascular - aorta ascendente, saber quando for dissecar. Importante reconhecer tronco da artéria pulmonar, troncos direito e esquerdo, tronco direito é mais comprido, aorta ascendente, descendente, VCS, traqueia, esôfago, veia ázigo, coluna vertebral - consegue ver todas as estruturas, sabendo anatomia sabe como se portar na cirurgia. Caso clínico 5: Masculino 70 anos, dispneia progressiva Grande alargamento mediastinal por opacidade ocupando todo o mediastino, não sabe se anterior ou posterior. Desvio importante da traqueia. Alguns deles tem até broncoespasmo. Ve arco da aorta, outra imagem em plano diferente. 7 Anatomia aplicada à cirurgia Torácica Na tomo: lesão, tronco da pulmonar (y invertido, da 2 ramos – ramo pulmonar direito longo e ramo pulmonar esquerdo), aorta ascendente e descendente, esôfago, ázigo, cava e o grande tumor. Por esternotomia não consegue tirar as vezes pois é grande – nesses casos toracotomia antero-lateral, saber onde está lesão para conduzir o tratamento. Tumor de mediastino anterior. Timoma: peça cirúrgica, quando benigno é uma capsula brilhante e integra, já o maligno invade tudo. Pode dar miastenia se benigno mas é mais fácil de dissecção. Tumor é benigno ele EMPURRA as estruturas ao redor, não infiltra, por isso desvia a traqueia. Alargamento grande e a traquéia está normal - massa é INFILTRATIVA, vai infiltrar e congelar as estruturas, não vai empurrar, maligno. Áreas necróticas no centro pois é muito grande. Quando tem certeza que é timoma, principalmente por ter MG ou características de timoma, mais idoso... => não fazpunção, pois o patologista não vai dizer se é benigno ou maligno, pela analise das células não consegue. Pois timoma maligno se caracteriza por infiltração da capsula – biopsia é apenas do parênquima. Já opera direto casos de timoma. Biopsia as vezes para confirmar timoma. Tronco da braquiocefalica – junção das jugulares com a veia cava inferior. Em cima tem a carótida e a jugular – pescoço, próxima do estreito superior do tórax, cava inferior, vasos subclávios, aorta. Estrutura em amarelo: nervo vago grande vem de cima e ele solta uma alça que passa embaixo da subclávia direita no estreito superior tórax D, e no lado E faz volta por debaixo do arco da aorta – hilo pulmonar esquerdo. É o nervo laríngeo recorrente – inerva estruturas da laríngea, abertura e fechamento das cordas vocais. Tumor de pulmão que infiltra o nervo laríngeo recorrente – apresenta ROUQUIDÃO, disfonia importante, isso por paralisia da corda vocal (sem lesão da corda – significa problema no trajeto do nervo). Dependendo de qual corda está paralisada - sabe onde procura o tumor anatomicamente. Se direita – tumor no ápice do pulmão direito (tumor de Pancoast), se esquerda é tumor no hilo pulmonar esquerdo (terço médio do hemitórax esquerdo). Paralisia – por laringoscopia (direta – nasofibroscopio, indireta – espelho). Tumor do Ápice Pulmonar – Pancoast Tumor de Pancoast – de ápice pulmonar – vai infiltrando todas as estruturas do ápice (artéria, veia, laríngeo recorrente, nervos da cadeia simpática, metâmeros, da todas as alterações típicas do Pancoast) CAI NA PROVA: alterações – rouquidão por paralisia da prova vocal direita, rouquidão progressiva, 8 Anatomia aplicada à cirurgia Torácica paralisia de corda vocal direita – procurar tumor no ápice direito, esperando o tumor de Pancoast. E ele pode dar sd de Horner (enoftalmia, miose, ptose palpebral). Sd que acontece pela infiltração do gânglio simpático T1 (estrelado), olho para dentro (enoftalmia), miose palpebral (ao invés de midriase) e o olho cai/musculatura (ptose). Alem disso, tem alteração da sudorese daquela hemiface. Isso é normal no tumor de Pancoast. TU infiltrando laríngeo recorrente direito e o plexo simpático – rouquidão e a síndrome. Caso 6: Opacidade ocupando ápice do hemitorax direito. Traqueia está fixa, não comprimida/desviada para o outro lado. Na RM de parede toracica ve local - tipico tumor de Pancoast. Se paciente tiver infiltração de costela, de periósteo, vai ter dor irradiada para o ombro direito também. Quando fixou provavelmente é infiltrativa com características malignas. Complexidade de gânglios que existem no mediastino dentro do tórax. Quando faz cirurgia que precisa ressecar tumor e gânglios juntos – leva mapa. Existem algumas cadeias chaves: gânglios paratraqueais, peribronquicos e sub carinais. Ex – tumor no lobo inferior direito – se infiltra cadeira ganglionar a primeira será os peri brônquicos, e depois vai subindo e infiltrar sub carinais – cadeia 2. Depois vai infiltrar os paratraqueais – terceiro nível de infiltração de cadeia. Importante para o cirurgião – se paratraqueal contaminado provavelmente gânglios em toda a região mediastinal infiltrados, diminui prognostico. Quando tem N2, gânglios paratraqueais, oncos já acham que não vale a pena operar. Densificação/massa do lobo superior direito, lesão grande. Esquerdo normal e lado direito com mediastino todo irregular. Tumor. Na tomo ve a lesão, área necrótica no centro. Vê o arco da aorta, traqueia, esôfago, azigos, cava, tronco braquiocefalica. Massa ganglionar paratraqueal direita nesse paciente. TU de pulmão com infiltração ganglionar paratraqueal – pulmão avançado. N2. Infiltrando gânglios do mediastino. Pode fazer biopsia da massa mas faz pneumotórax pois fuma pulmão normal, as vezes 9 Anatomia aplicada à cirurgia Torácica medo que não tolere (ex fumante crônico, DPOC) – nesse caso opta por cirurgia – incisão na região cervical, introduz um aparelho que faz escopia do mediastino – mediastinocopia. Entra na região paravertebral, localiza a massa e faz biopsia do gânglio. Pato diz que é adenocarcinoma de pulmão, metástase ganglionar de adenoca de pulmão, N2. Onco define melhor estratégia de tto. Operar, cirúrgico ou QT. Nervo frênico inerva o diafragma na sua parte anterior. Importante para respiração e movimentação diafragmática. Se tem tumor do hilo pulmonar esquerdo e ele invadir nervo frênico – paciente vai ter paralisia do diafragma. Frenico permite diafragma contrair e expandir o pulmão para respirar. Se paralisado – diafragma paralisa e sobe até 1/3 médio do pulmão – apenas metade do hemitórax funcionando só praticamente. DGO de paralisia de diafragma: em USG e pede para respirar fundo – ve que o diafragma não se movimenta pois está paralisado. Procura então infiltração do N. frênico – passa muito proximo do pericárdio. Muitos tu que invadem pericárdio e camaras cardíacas e são inoperáveis por causa disso. Caso clínico 7: Elevação da cúpula diafragmática esquerda (ve a bolha gástrica). Tem opacidade do ápice esquerdo que infiltrou o nervo frênico e a cúpula diafragmática paralisou e subiu até o terço médio (relaxado, não se contrai mais). Tu de Pancoast (local anatômico – ápice pulmonar), infiltrou n frênico e paralisou cúpula. Prognostico negativo desse paciente em termos de ressecção cirúrgica. Pode ressecar segmento. Cirurgião tórax precisa saber quais são. Maioria não são segmectomia e sim lobectomia. Esquerdo – superior e inferior apenas. Seguir fissuras obliquas ou chamada de grande, ou a pequena – horizontal entre superior e médio. Importante identificar. Importante também – comunicação de todos os lobos é pela traqueia, pela região da carina e os brônquios fonte direito e esquerdo. Diferença de tamanho entre eles. Importante. O direito é curto mais grosso, só tem 2 cm, o outro mais longo e fino, 6 cm. Ex: paciente com tumor do brônquio fonte esquerdo – pneumomectomia – pulmão inteiro. Mas vai conseguir? Se está em um brônquio longo é mais fácil conseguir tirar esse tumor e deixar um cotinho, sutura proximo a carina, ressecar pulmão esquerdo. Do que 10 Métodos Diagnósticos em Cirurgia Torácica por ex tumor em brônquio curto – tu de brônquios direito – rapidamente infiltram a carina. Como fará pneumectomia se tem carina e traqueias já infiltradas? Muito mais difícil, precisa ressecar traqueia mais para cima, ressecar bronco fonte esquerdo e reimplantar esquerdo em cima na traqueia. Importante broncoscopia dizer onde está, se infiltra ou não. Determina conduta em termos de ressecção desses pacientes. Vias de acesso ao Tórax Toracotomia póstero-lateral Incisão clássica em cirurgia torácica. Paciente em DL, incisão respeita obliquamente a direção das costelas, podendo ou não ressecar arco costal. Abre cavidade, afastador e acesso a toda a cavidade. As vezes pode fazer por vídeo. Esternotomia mediana Grande abordagem da cirurgia cardíaca. E para cirurgião de tórax aborda o mediastino anterior. Caso clínico 8 27 anos, masculino, tabagista, dispneia leve, afebril Dor torácica anterior bilateral: exame físico normal Imagens de linfadenomegalia mediastinal. Ganglios mediastinais aumentados de tamanho. 13/08/2020 Métodos Diagnósticos em Cirurgia Torácica Muitos dos métodos o cirurgião prefere ele mesmo fazer, para poder depois ter ideia do contexto geral para a cirurgia. Broncoscopia Toracocentese Biópsia de pleura Mediastinoscopia Pleuroscopia Tocaconcentese – punção pleuralMétodos importantes para cirurgião entender e interpretar melhor – DGO e planejamento cirúrgico Broncoscopia Broncoscopia – rígida ou flexível Indicações específicas – a indicação clássica da broncoscopia rígida é para retirada de CE. Escopia: 11 Métodos Diagnósticos em Cirurgia Torácica olhar dentro da arvore brônquica. Procedimentos DGOs que são muitas vezes terapêuticos – broncoscopia rígida é tanto diagnostico quanto terapêutico. Indicação: retirada de CE da VA – aspiram corpos estranhos e precisa retirar. Como muitas vezes é CE grosseiro, grande, não pode ser aparelho delicado – broncoscopia rígida com tubo rígido metálico, paciente é intubado, existe sistema de ventilação para anestesia geral, recebe anestesia geral. Ótica, luz na ponta do aparelho. Broncoscopista/cirurgião investiga área, já sabe possível localização por exame de imagem, introduz pinça. Faz preensão do CE e retira tudo. Feito principalmente em crianças => maioria das vezes são elas que tem CE. Broncoscopia flexível: - rígida usa raramente, não é tao necessário/frequencia presença de CE. Já a flexível é feita par DGO – DGO de lesões da arvore brônquica (traqueias, brônquios) – é um procedimento como de endoscopia digestiva – basta sedação EV (não precisa de geral) – fica relaxado, anestesia tópica da arvore e introduz aparelho flexível. Retirada de biopsia de tumores... Paciente que deu entrada no PS Recuperou consciência e recebeu alta. Foi examinado. RX não ficou bom talvez, e foi embora. Após 7 dias febre, tosse produtiva. Pensou que pudesse ter tido PNM – no RX de tórax Opacificação heterogênea (não é branca como coração) – ocupa terço inferior do hemitórax direito na região paracardíaca ou medial. Em forma de pirâmide. Imagem de “caminho branco” – metálica. Irregular metálica. Na região parahilar direita. Considerando essa história, que teve trauma com perda da consciência no momento. Pode ser CE? Se for o que tem esse aspecto? Poderia ser corpo estranho – provável obstruindo parcialmente luz de brônquio, de segmento pulmonar e talvez estivesse desenvolvendo área de hipoaeração que corresponderia essa área. Tosse, febre, não esta drenando, consequências inflamatórias. Pós broncoscopia Atelectasia parcial por esse corpo estranho. Tirado por broncoscopia rígida – grande Protese dentária não fixa, móvel – e indivíduo no trauma bateu cabeça e aspirou pois perdeu a consciência. Protese móvel retirado com broncoscopio rígido. Indicação de broncoscopia rígida. Opacificação hemitórax esquerdo, cúpula diafragmática elevada. Direito hiperinsulflado. Terço 12 Métodos Diagnósticos em Cirurgia Torácica superior ve coluna vertebral normalmente e inferior não ve porque ve coração – nessa imagem ve inteira, coração saiu da frente. Espaço intercostal do lado esquerdo: parece pinçado. Considerando imagem e história abrupta, súbita, com hiperventilação total do pulmão esquerdo. Algo obstruiu bronco-fonte esquerdo – todo pulmão em atelectasia. Provavelmente não é total pois ainda tem componente aéreo no meio mas é quase total, não ventila. Quando inspirava e quando expirava assobiava, parecia assobio. Não ve corpo estranho nesse caso – plástico, feijão, milho, amendoim – não ve, pois não tem densidade metálica. Indica de imediato broncoscopia hígida. Obstrução total do bronco fonte esquerdo – foi retirada parte de plástico do apito. Indicação clara pela história clinica de CE e de broncoscopia rígida para retirada. Corpo estranho, imagem metálica no terço médio do hemitórax esquerdo. Não provocando atelectasia ou redução volumétrica. Criança brincando de colocar parafuso no nariz, tossir forte e parafuso sumiu. Imagem de corpo estranho metálico que lembra parafuso. Oclusão parcial BFE, sem atelectasia. Se CE migrar com a tosse: risco de obstrução das CV e IRA Manobra: broncoscopia rígida para retirada do CE. Qualquer outra manobra pode migrar para superior e obstruir corda vocal, que vai edemaciar, vai ter insuf resp aguda e pode ter que ser intubado ou traqueo de urgência. Jamais faria manobra de tentativa de resolver. Procedimento de rotina com anestesia geral e retirada do corpo de forma segura. Opacidade hemitórax direito com desvio de traqueia e de mediastino. Ve bronco fonte esquerdo e não ve o direito. Ocluido. Hemitórax esquerdo hiperinsulflado, retificação da cúpula diafragmático esquerdo pela hiperinsulflação, tentando compensar – DGO final – atelectasia total do pulmão direito. Nessa situação considerando história (TABAGISTA, hemoptoico) – provável lesão dentro do brônquio, obstrutiva que provavelmente tem etiologia neoplásica – deve ser tumor de pulmão central obstruindo bronco-fonte direito. É hipótese, mas precisa olhar, ver se tem obstrução de fato – se existir pode ser broncoscopia flexível (não é corpo estranho) – olha e faz DGO de lesões endobronquicas. Indicação de broncoscopia flexível. Lesão vegetante, oclusiva do broncofonte direito. Faz biopsia para ver tipo, e melhor tto. Conduta para DGO é broncoscopia flexível. Neoplasia central, oclusão total do BFD 13 Métodos Diagnósticos em Cirurgia Torácica Toracocentese Punção pleural ou Pleurocentese Centese quer dizer punção. Punção da cavidade torácica, punção pleural. Indicações de introduzir agulha no espaço pleural: tanto DGO quanto terapêutica. DGO: coleta de amostra do liq pleural para exames (bioquímica, citologia, bacterioscopia, para que tenha ideia do perfil inflamatório, infeccioso ou neoplásico do liquido pleural). Outra indicação, terapêutica – punção de alívio => existem DP que são muito volumosos, DP comprime parênquima pulmonar e tem dispneia – maior derrame maior dispneia. Se dispneia for muito intensa pode puncionar e retirar volume grande de liquido para ter reexpansão pulmonar e conforto de respiração. Faz na parte posterior, sentado. As vezes deitado em DDL – em ponto que quer saber se pode ou não introduzir dreno – orientação pré-drenagem (linha lateral apêndice xifoide com linha axilar anterior). DGO do liq pleural e do ponto de punção, e terapêutica quando quer tirar liquido para avaliar dispneia. Procedimento em sala de pequena cirurgia. Anestesia só local. Sentado com braços elevados para tirar escapula de campo. Subescapular, borda superior do arco costal. Velamento total do hemitórax direito. Colabamento do pulmão – desvio para o lado que colaba. Conteúdo que aumenta pressão no espaço como DP – desvia mediastino para contra-lateral, comprime pulmão bom. DP livre, homogêneo, se acumula e da imagem homogênea. Faz a propedêutica. Indicada punção diagnostico para saber etiologia, como terapêutica – foi esvaziado. Ficou um pouquinho, seio costofrênico (um pouco). Espaço pleural tem pressão negativa (vácuo, se não tivesse derrame pneumotórax) – introduz agulha, coloca equipo de soro, derrame esvazia ate pressão equilibrar e tira agulha fora. Toracocentese de alivio, só punciona, não deixa o dreno. Muitas x só pelo aspecto do liq identifica ou já coloca o liquido dentro de etiologias possíveis. Se puncionar – transparente como agua a maioria das vezes indica 14 Métodos Diagnósticos em Cirurgia Torácica insuficiência renal, dialise com debito positivo, acumulando liquido fazem DP, pericárdico, ascite – e muitas vezes é tao claro que chama de hidro tórax, agua no espaço pleural. Normalmente liq pleural quando se acumula em IC, ou doenças mais transudatos, hepatopatias – mais amarelado, amarelo citrino: pode ser transparente que é citrino, amarelo palha; ou pode ser amarelado turvo pois pode ter muitos debris, cels mortas no liquido.Já da pistas de etiologias. Vitima de arma de fogo, trauma com fratura de costela – pode desenvolver hemotórax com sangue no espaço pleural. Ruptura do ducto linfático que drena cisterna do pâncreas, corre por dentro da cavidade torácica ate desembocar na subclávia esquerda ou tronco braquiocefalico, se tem tumor de esôfago ou trauma com ruptura do ducto torácico - acumula linfa no espaço pleural – liquido leitoso – quilotórax. Linfa no espaço pleural. Casos de derrames infecciosos – parapneumonicos complicados ou empiemas – presença de pus no espaço pleural. O odor é muito característico. Biópsia de pleura Nem sempre o liq pleural que manda avaliar é diagnostico, as vezes precisa de procedimento adicional => as vezes precisa retirar fragmentos da pleura parietal. Normalmente indica quando a pleura está doente – exsudato, a pleura não doente como a da IC, da hepatopatia – doença a distancia que acumula liquido pleural – transudato. Muitas vezes não sabe etiologia do exsudato – infeccioso, inflamatório, neoplásico – ve que é mas não sabe se é TB, neo... Retira fragmento da pleura e identifica. Pleura não doente da IC, hepatopatia – doença a distancia – transudato. Exsudatos que tem a maioria das vezes indicação para biopsia de pleura: TB e neoplasias. TB – granulomas na pleura Neo – adenocarcinoma infiltrando a pleura, mostra tipo de tumor que esta comprometendo. Critério de Light => faz o diagnóstico diferencial entra transudato e exsudato, mas uma vez que é feito o DGO de exsudato para saber sua etiologia precisa de procedimento adicional – biopsia indicada nesse caso. Agulha que normalmente é introduzida para biopsia é de COPE – gancho na ponta, introduz no espaço pleural e quando puxa um pedaço da pleura parietal vem junto, retira, manda para patologistas. Faz 3 fragmentos normalmente para ter certeza que é o suficiente. Tem técnica para fazer, simples. Cuidado da VAN – punção pleural na borda superior do arco costal. Mediastinoscopia Cervical Paraesternal Olhar dentro da cavidade mediastinal. Para entrar no mediastino: ou acesso na região cervical ou na paraesternal. 15 Métodos Diagnósticos em Cirurgia Torácica Cervical = incisão cervical. Com anestesia geral. Finalidade – ter acesso aos gânglios do mediastino (aquelas 3 cadeias) – a maioria das vezes a mediastinoscopia acessa as paratraqueais, que são as mais altas. Normalmente é feita de forma convencional, com aparelho convencional, hoje existe a por vídeo também. Tranquilo. Opera, no max 1 dia de internação. Pelo aparelho ve mediastino, punciona gânglio que quer biopsiar, entra com a pinça, retira fragmento e manda pra patologia. Anatomia Normalmente todas são possíveis de acessar pela mediastinoscopia cervical, mas a mais fácil é a mais proximal – paratraqueal. Paciente com imagem homogênea lobo superior direito, mas irregularidade parahilar direito. RX triagem. Tem história clinica. Fumante crônico acima de 60 anos de idade. Massa homogênea do ápice do pulmão direito, com áreas de necrose. Poderia colocar uma agulha transtorácica para fazer biopsia, mas muitos desses pacientes são enfisematosos, pode furar pulmão e fazer pneumotórax. Muitas vezes se percebe grande massa ganglionar paratraqueal direita (como é nesse caos) pode indicar mediastinoscopia e pode fazer DGO dessa massa ganglionar – infiltração ganglionar dessa massa primeira. Biopsia do gânglio. Era metástase ganglionar de adenoca de pulmão. Adenocarcinoma de Pulmão Mediastinoscopia Cervical Mediastinoscopia é para o gânglio. Biopsiando o gânglio – só inflamatório não infiltrado por ex – lobectomia superior certamente com certeza de beneficio ao paciente porque não tem gânglio comprometido. Mas tumor com gânglio comprometido – já não é mais restrito ao parênquima, infiltração linfática para mediastino. Prognostico muito pior. Nesse caso a onco pede para não fazer lobectomia – beneficio em termo de sobrevida (QT ou lobectomia) – é o mesmo, preserva lobo muitas vezes para preservar respiração, qualidade de vida enquanto responder ao tto QT. Muda conduta se gânglio fosse ou não contaminado. Se fosse inflamatório – lobectomia. Muda completamente conduta muitas x. Nesse caso foi para quimio. DGO com viés da conduta de tto. Nesse caso foi não cirúrgico pela mediastinoscopia positiva 16 Métodos Diagnósticos em Cirurgia Torácica Lesões não acessíveis pela cervical, é a paraesternal. Lesão paraesternal esquerda por ex: faz incisão paraesternal, resseca cartilagem e fica com espaço aberto para entrar dentro do tórax do paciente. Entra na cavidade, divulsiona peitoral maior, identifica cartilagem, abre pericôndrio, usa dissectores especiais para retirar somente a cartilagem, mantem pericôndrio para que depois possa dar ponto e reconstruir. Mexe por dentro da cartilagem e não no feixe intercostal, vantagem, musculo preservado, só pericôndrio retirado. Abre pleura, chega pulmão. Desloca pulmão lateralmente e tem acesso a região chamada janela aorto-pulmonar => a janela entre a artéria pulmonar, aorta, traqueias – no hilo pulmonar esquerdo que é a janela. Hilo pulmonar esquerdo tem uma série de gânglios. Aumentado na tomo, tumor – comprometidos ou não? Muda o prognostico em termos de conduta cirúrgica, se contaminados ou não. Mediastinoscopia para biopsiar o gânglio. Outra forma de abordar mediastino em região onde acesso cervical não chega, paraesternal. Do lado direito para hilo direito. Esquerdo para esquerdo. Hoje usa pouco pelo PET-CT (glicose marcada) – tumor do lobo superior e PET tem gânglios mediastinais positivos – evita já de fazer mediastinoscopia ou toracotomia, PET já indica comprometimento do gânglio. Faz quando PET duvidoso, duvida se não captou. Mas muitas vezes o PET hoje já é suficiente para DGO de gânglios mediastinais junto a neo. Pleuroscopia Toracoscopia por vídeo Olhar dentro do espaço pleural. Se o paciente tem doença pleural que normalmente cursa com DP – pode tentar DGO por liquido pleural, punção – ex desconfia de neo no liquido – punciona – citologia oncótica e vem positiva. Já tem adenoca que citologia indicou, não precisa de procedimento mais invasivo. Mas as vezes entra pensando que tem neo, faz coleta, citologia negativa ou inconclusiva (suspeita mas inconclusiva) – próximo passo biopsia pleural. Retira fragmento da pleura e olha no microscópio. A biopsia é as cegas, retira 3 fragmentos as cegas – nada garante que esta tirando lesão. As vezes vem negativa também. Diante de exsudato que pode ser TB, neo... Faz pequena incisão sob anestesia geral, coloca toracoscopio – aparelho que tem visão direta da cavidade pleural. E aí vê se na cavidade pleural tem lesão que possa fazer biopsia sob visão direta. A pleuroscopia é um procedimento mais sofisticado que complementa a punção pleural e a biopsia, nos casos onde esses 2 procedimentos prévios foram inconclusivos quanto ao diagnóstico. Normalmente DP que não se faz o DGO por punção ou biopsia: chama de derrames pleurais indeterminados – desconfia causa mas não consegue identificar. Passa 17 Métodos Diagnósticos em Cirurgia Torácica para procedimento mais sofisticado para o DGO e muitas vezes no próprio procedimento já fazer tto. Diagnóstico é olhar cavidade, localizar lesão e biópsia sob visão direta. Muitas vezes patologista fala que é adenoca, e ve que toda cavidade já esta semeada de adenoca, significando que já está em doença avançada, não mais cirúrgica – pode jogar lá agente para provocar inflamação do espaço, irritação das pleuras, adesão pleural e as pleuras ficam em sínfise – da parietal com a visceral, grudam, cavidade pleural some epaciente não tem mais derrame. Os derrames pleurais neoplásicos tem tendência a recidivar e isso da dispneia, vai muito ao hospital para retirar o liquido, toda hora. Nesses casos joga talco. Faz pleurodese – adesão das pleuras. Introdução de agente irritante pleural que nesse caso é o talco cirúrgico para provocar inflamação e adesão das pleuras. Indicada também em casos de DP que não consegue drenar adequadamente. Ex hemotórax por arma de fogo – pode formar coagulo, dreno esvazia parcialmente a parte liquida mas os coágulos não consegue – entra com aparelho e aspira, higiene da cavidade. O mesmo em derrames infecciosos – entra e faz higiene da cavidade pleural, descasca, descorticação pulmonar. Limpa pleura e permite que cavidade fique limpa, que paciente possa ter expansão pulmonar adequada. A última indicação: terapêutica também da pleuroscopia – pneumotórax. Uma das causas é blebs – bolhas espontaneamente rompem, extravasam ar para cavidade pleural, coloca dreno, pulmão expande mas bolha fica lá. Depois de um tempo fura de novo e volta a ter pneumotórax, recidiva. Entao muitas vezes nesses casos cirurgião de tórax entra e identifica a bolha e faz ligadura – ligadura das blebs. Indicações de entrar na cavidade com aparelho, inventário sob visão direta de toda a cavidade pleural, biópsia para dgo, ou higiene de hemotórax/empiema ou para ligar uma bolha. DGO e terapêutica. Técnica minimamente invasiva, videotoracoscopia. Normalmente entre com 3 portes – porte da câmera (toracoscopio), da pinça – aprisiona e grampeia a bolha. Resolve com 3 mínimas incisões, sem necessidade de toracotomia ampla que é muito dolorosa para o paciente. Para fazer videotoracoscopia precisa de intubação seletiva do paciente. Não respira do lado que está fazendo. Sonda de duplo lumen – uma em cada bronco fonte, e pede para ventilar apenas um e murcha outro, para ver a cavidade pleural do paciente. Pleura normal sem doença é brilhante. Simpatectomia – corta o nervo simpático. Cirurgia do suor na mão, nas axilas. Única situação praticamente em que faz inventário da cavidade pleural e ela está normal. Cavidade pleural normal: costelas, vasos intercostais, pleura brilhante normal (membrana unicelular, células mesoteliais), VCS, nervo frênico, veia azigos, ramos intercostais. Entre azigos e coluna vertebral – cadeia simpática. Existe um porte – olha dentro da cavidade pela câmara, 2 porte que é para pinça. Tratamento do pneumotórax Algumas vezes tem necessidade de entrar em pneumotórax recidivado para cerclagem ou ligadura das bolhas no ápice do pulmão. Bolha muito grande na imagem. Bolha subpleural bleb. Ligadura de blebs no pneumotórax recidivado. 18 Casos clínicos Retirada de pleura parietal do ápice – para que pulmão que grampeou não desenvolva novas bolhas. Quando retira pleura parietal – pulmão quando expandir vai grudar no ápice do pulmão mas vai murchar, se desenvolver bolhas não murcha mais pois gruda no ápice. Pleurectomia – retirada da pleura parietal. Pleura doente vídeo – lesões esbranquiçadas – implantes de adenoca de pulmão. Biopsia sempre da pleura parietal e não da visceral. Visceral tira pedaço de pulmão – fistula aérea, não vale a pena. Vai na parietal. Nesse caso não tem como tirar já está completamente comprometida – nuvem de talco – pleurodese. Casos clínicos Métodos diagnósticos Caso 1 RX – terço medio hemitórax esquerdo – imagem homogenea arredondada, cupula diafragmatica esquerda um pouco elevada. Tomo – desvio discreto de mediastino para lado esquerdo, redução volumétrica do hemitórax esquerdo, TC com contraste ve aorta ascendente e descendente, está no corte da carina BFD e BFE. Tronco esquerdo e direito da artéria pulmonar. Hiperinsulflação do hemitórax direito. E lesão homogênea no hilo esquerdo (via no rx) com o tronco da artéria pulmonar do lado esquerdo. Principal suspeita: D Provavelmente pela história clinica desse paciente – tabagista crônico, rouquidão por acometimento de laríngeo recorrente do lado esquerdo (passa por baixo do arco aórtico, se fosse do direito teria tu de pancoast em cima). Laringoscopia ou broncoscopia – identificaria isso. Broncoscopia + biopsia Como tem hemoptoico – provável lesão central – procedimento menos invasivo que é feito só com sedação nesse caso seria uma broncoscopia. Começa pelo menos invasivo. Se na carina, na entrada do BFD já identifica lesão vegetante – lesão em dedo – típico de lesão neoplásica do BFD. Tumor central que provoca hemoptoico. Deve ser sempre investigado primeiramente por broncoscopia com biópsia. É o mais correto. Menos invasivos. Outras são possíveis: se não deu nada, pode pensar em agulha transparietal, mediastinoscopia... Caso 2 Condensação homogênea, em parábola, ocupando até 1/3 medio do hemitórax direito. DP direito. 19 Casos clínicos Neo de colon com frequencia da metástase em pulmão. Considerando que não é fumante, não tem antecedente, não é que afasta neo primaria, mas hipótese mais forte para metástase de neo de colon – adenoca de colon provavelmente com metástase em pulmão. Não sugere quadro infeccioso. E não existe imagem de tumor, de alargamento de mediastino... DP secundário da neo e vai para o diagnostico. Conduta para esclarecer: E Muitas vezes faz no mesmo procedimento – liquido e biopsia – as vezes citologia oncótica demora para ficar pronta, vem poucas células. Já que vai fazer toracocentese faz com agulha de biopsia e 2 procedimentos no mesmo. Se positiva já sabe tipo de tumor infiltrando. Se negativo complementa com pleuroscopia para biópsia sob visão direta e se for tumor e muito implante já faz a pleurodese. Caso 3 Tumor periférico de pulmão. Região central, tumor com imagem de nódulo pulmonar que poderia ser tumor de pulmão. Imagem lobo superior direito. Menor que 3 cm – nódulo, mas bordas espiculadas. Na janela de mediastino na TOMO – traqueia, esôfago, veia azigo, arco aórtico, VCS, e gânglio paratraqueal direito pequeno. Após 6 meses.... Aumentou. Gânglio do mediastino aumentou muito. Tumor invasivo e letal. C Quando isso ocorre, tumor pequeno ainda T1, mas já é N2 – já saiu do limite peribronquico e já foi para mediastino, é gânglio paratraqueal, subiu na cadeia. Poderia ser nódulo de TB com gânglio comprometido. Faz mediastinoscopia para ter certeza que é adenoca. Faria nesse caso. PetCT diria que paciente tem nódulo captante e um gânglio captante – não tem diagnostico histológico 20 Pneumotórax disso, apenas a captação. Poderia fazer na sequencia diagnostica. Mas qual o MELHOR METODO PARA CONFIRMAÇÃO DO DGO HISTOLOGICO? Faz MEDIASTINOSCOPIA cervical. Tira fragmentos de biopsia do gânglio. Deixa em aberto essas possibilidades – biopsia, pet, mediastinoscopia cervical se tolerar bem anestesia geral. Biopsia pode ter complicações mas pode tentar, seria o menos invasivo. Mas muitas vezes não consegue. Caso 4 Velamento homogêneo em base de hemitórax direito. Derrame pleural. Toracocentese faz para alivio ou em duvida se pode ser DP complicado por PNM? Empiema? E tem que fazer toracocentese para diagnostico do que esta acontecendo no liquido e então tomar conduta de drenagem ou não, de mudar ATB ou não, cultura e antibiograma do germe... C. toracocentese diagnóstica Diagnóstica na suspeita de que é exsudato e que precisa saber o que esta ocorrendo. Se é infeccioso, ou se é leve, amarelo citrino residual de PNM e sem bactéria – nem precisa mudar ATB, esvazia liquido para alivio e o organismo e ATB que esta tomando vai fazer efeito. Mas se for DHL, pH alto, glicosebaixa, sugerindo consumo – pode estar virando empiema. 20/08/2020 Pneumotórax Definição: presença de ar no espaço pleural – um dos temas mais prevalentes, é algo do dia a dia. RX – pulmão com trama vasculobronquica. Olhando no hemitórax direito ve opacidade com atelectasia e região de pneumotórax. Não ve trama vasculobronquica na região, sem trama. Epidemiologia Incidência Faixa etária Tabagismo Tipos de pneumotórax que ve no dia a dia. Faixa etária, varia conforme a etiologia – primário, traumático... E relação com tabagismo – enfisema bolhoso que pode romper, se rompe bolhas pode ter pneumotórax. Classificação Etiologia – pneumotórax espontâneo primário, secundário, traumático ou iatrogênico. Tamanho – pequeno moderado ou gtande Fisiologia Tudo tem implicação na parte terapêutica. Etiologia - Espontâneo primário, secundário, traumático e iatrogênico 21 Pneumotórax Primário PEP – paciente jovem, sem comorbidades, presença de blebs no pulmão (pleura visceral disseca geralmente no ápice ou segmento 6 do pulmão (ponta do lobo inferior) – e forma como bolha na pleura visceral – mais comum em longilíneos, magros e jovens. Pode romper e ter pneumotórax espontâneo primário. Secundário Secundário – causado por alguma doença – pode ser por DPOC associado ao enfisema bolhoso, TB que forma cavidades no pulmão e por motivo pode romper e extravasar conteúdo aéreo para o espaço pleural. Fibroses, varias doenças, todos são secundários a alguma doença. obstrutiva supurativa intersticial pulmonar Infecções Miscelânia Traumático Traumático – paciente que ve bastante no dia a dia, acidente de moto, carro, agressão e seja contuso ou penetrante pode perfurar o pulmão do paciente e extravasar ar para o espaço pleural. Iatrogênico Iatrogênico – mais comum - paciente vai ser submetido a acesso central, toracocentese, sonda nasoenteral, NSG, ou barotrauma, rompe pleura visceral e extravasa ar para o espaço pleural. Primário Longilíneos, blebs, bolhas. Dor torácica, jovem, magro, falta de ar – eletro vem inespecífico, na RX tórax ve linha de pneumotórax. Quando resseca blebs – na peça cirúrgica nota blebs geralmente no ápice do pulmão. Pneumotórax decorrente do rompimento de alguma dessas blebs. OBS: Bolhas para doenças secundárias, bolha é mais para 2° e não primário Secundário Secundário – pode ser doença obstrutiva, supurativa, intersticiais pulmonares, infecções e miscelâneas. Obstrutiva – mais comum é DPOC, na asma não tao comum mas pode ocorrer. Ca de pulmão e metástases são bem comuns – adenocarcinoma, lesões escavadas mais periféricas que podem romper, não é incomum ver. Metástases em menor frequência. Doenças intersticiais – fibrose grave, frequente ver cursando com pneumotórax. Infecções – ressalta disparado TB que é a mais comum. E outras autoimunes, mais incomum, marfan, AR. Traumático Tem trauma fechado/contuso e trauma penetrante. Para o cirurgião se preocupa mais com pneumotórax no trauma fechado – potencial maior de evoluir para pneumo hipertensivo – sem solução de continuidade com o ar ambiente para sair. Ex múltiplas fraturas de costela, perfura pulmão e tem PNT hipertensivo. Atenção especial. E penetrante. Pacientes geralmente – DGO clinico do pneumotórax pelo exame físico. Murmúrio vesicular diminuído ou abolido, percussão hipertimpanismo, e frêmito (FTV) diminuído. Paciente tinha um tórax instável, afundamento a direita (o fechado) – indicação de drenagem na própria sala de emergência, não leva para RX. Ferimento com arma branca – drena antes de qualquer exame. Pode ter PCR na maca, no transporte, tem que drenar. 22 Pneumotórax Politrauma que já fez exame físico e já nota pneumotórax – não é pequeno geralmente, risco ao transportar para exame. Se é discreto, não traumático, estável hemodinamicamente – autorizado a exame de imagem, geralmente não é o caso em trauma. Ex físico + sintomatologia compatível no trauma – dentro no pronto socorro, penetrante já sabe que tem perfuração, conduta é drenagem. Mas espontâneo – sintomatologia leve, nada que caracterize hipertensivo – vai para exame, medico acompanha paciente idealmente, qualquer piora clinica tem que drenar. RX de trauma contuso – nota que tem pneumotórax extenso a direita, um RX desse é um erro – já tinha que ter drenado antes da radiografia. Pode fazer depois a radiografia com o dreno. Ferimento de arma branca – pulmão encolhido e entre pleuras – ar. Esse ar pode ir empurrando mediastino e causar pneumotórax hipertensivo. Problema – saindo ar pelo pulmão e indo para pleura, não tem para onde extravasar, comprime mediastino, vasos, átrio, diminuição do retorno venoso e pode ir para parada cardíaca. Iatrogênico Talvez o mais comum Barotrauma – comum, precisa de PIP (pressão) alta para ventilar, ou quando intuba precisa ambuzar, e rompe, babrotrauma na ventilação. Precisa drenar. É um dos que tem maior potencial para hipertensivo. Rompe alvéolos, vai para face pleural. Esta em ventilação com pressão positiva no ventilador ou ambu e ar comprime mediastino. Ficar atento. Procedimentos: acesso central é comum. Acesso na subclávia – índice de pneumotórax muito alto. Hoje em dia evoluiu – protocolo de acesso central é fazer jugular geralmente a direita com uso de US, vem diminuindo pneumotórax por acesso central mas ainda repara muito no dia a dia. Toracocentese, radiointervenção, biopsia de lesões pulmonares na tomo, passagem de chaile para dialise. Na biopsia pode evoluir para pneumotórax, marcapasso... E sondas nasoenterais – ao invés de ir para esôfago vai pela glote e vai para pulmão que pode perfurar. Fisiopatologia Pneumotórax aberto: tem solução de continuidade com ar ambiente, na inspiração entra ar, apesar de pode ser grave é menos grave que o fechado. Normalmente sem risco de hipertensivo Pneumotórax fechado – Hipertensivo: perfuração no pulmão, libera ar pro espaço pleural e não tem para onde sair, empurra o mediastino, comprime a cava superior. Quadro clínico - Quadro clínico e radiológico Pode ter desvio de mediastino contralateralmente, hipertransparência do pulmão e em casos mais severos até rebaixamento do diafragma. Costuma cursar com dor torácica, falta de ar e tosse. Dispneia e dor são mais comuns. Dor torácica Dispnéia Tosse 23 Pneumotórax Diagnóstico DGO – exame físico/clinico. Sinais e sintomas e em algumas situações no exame radiológico (RX já suficiente para avaliar adequadamente) – RX. RX com atelectasia do pulmão adjacente. Em algumas situações ou duvida no RX – TOMOGRAFIA. Ve a direita parênquima pulmonar expandido, e do lado esquerdo ve pulmão e na região mais escura pneumotórax. No tecido subcutâneo percebemos presença de ar. Enfisema subcutâneo é muito comum em pneumotórax traumático, ar disseca para subcutâneo. No exame físico ou mesmo no radiológico caso veja enfisema subcutâneo – investigar pneumotórax. Enfisema mediastinal – pleura mediastinal direita e esquerda e tem ar. Avalia. Pneumomediastino. Tratamento Conservador ou invasivo Conservador: apenas para pneumotórax de tamanho pequeno (<2 cm) e paciente assintomático. Nunca para paciente dissaturando, dor torácica e dispneico. Obs: tamanho pela radiografia. Invasivo: Pleurocentese Drenagem pleural Videotoracoscopia Em relação ao invasivo faz a drenagem pleural. Maioria das vezes drenagem pleural. Mas por questões de conforto tem usado cada vez mais pig tail. Pleurocente – so punciona e esvazia, maioria das vezes é DRENAGEM, dreno tubular ou Pigtail (usa mais, mais confortável) e conecta na vasvula de Haimish (mesma função do selo d’agua – ar apenas sai e não entre, unidirecionar, ar e liquido só sai). Vídeo – drenagem não é suficiente, no 1ª drenou e em 5 dias ta mantendo escape aéreo, não consegue tirar o dreno, opta pela cirurgia – resseca as blebs ou as bolhas, pleurectomia. Pleurocentese: esvaziar esse ar que fica no espaço pleural Drenagem de tórax: dreno. Usa cada vez menos dreno tubular (muito doloroso para paciente), usa mais finos Pig Tail. Videotoracoscopia: ressecção de blebs, antes era aberta. Normativas Pequeno: menor que 2cm (BTS) ou 3cm (ACCP) 24 Pneumotórax Se pequeno e assintomático – pode tratar conservador. Grande, estável – pesa o clinico e invasivo (tende a drenar). Grande, instável – invasivo. Indicações do tratamento cirúrgico: Refratariedade ao tratamento minimamente invasivo PEP 2º episodio (cada vez que tem aumenta chance de recidiva) PEP 1º episodio – ocupação/situação (ex: mergulha em águas profundas, dado o risco já vai fazer cirurgia, se tem pneumotórax no mergulho a chance de ser hipertensivo é grande; piloto de avião – alterações da pressão atm com frequência). Dependendo da profissão. Se mergulha em aguas profundas – no primeiro episodio pode programar cirurgia dado o risco da sua ocupação. Se tiver pneumotórax o risco de hipertensivo com a pressão muito alta é enorme. Pessoas que lidam com variação da pressão atmosférica com frequencia. Tratamento PNM hipertensivo: Cianose Dispnéia Taquicardia e evolui com bradi e PCR Hipotensão Sudorese Choque Puncionar ou drenar imediatamente – ATLS atual punciona no 5º EI, mesmo da drenagem – se punciona no 2º espaço pode ter acidentes de punção – torácica interna, e cada muito hemotórax, agora é pro 5º EI entre linha axilar media e anterior. Por questão de segurança protocolo foi mudado para 5° entre linha media e anterior. Precisa ser rápido. Punciona e já drena se for experiente. Se não punciona espera e drena com mais calma. Dreno de tórax – tubular cada vez menos sendo usado, e o coletor selo d’agua (2cm submerso, ar passa pelo sistema, sai pela água e deixar respiro aberto, da pneumotórax hipertensivo do mesmo jeito se não abrir). Pode conectar na aspiração para aspirar mais esse liquido, se não tiver conectado tem que estar aberto. Pressão ATM, ar passa pelo selo d’agua e sai pelo respiro. Mesma função da válvula, ar só sai e não entra. Ar passa pelo sistema, sai para agua e lembrar de deixar respiro aberto – por onde sai o ar. Se não evolui para hipertensivo do mesmo jeito. Só tampa em uma situação – conecta na aspiração na verdade – quando não está conectado na aspiração precisa estar aberto. Erro frequente no dia a dia. Ar passa pelo selo d’agua, vem e passa pelo respiro = MESMA FUNÇÃO DA VALVULA DE HEINZ. Curativo de três pontas – não é procedimento médico, é para o paramédico. Sendo médico drena o tórax. Pneumotórax aberto sem dreno de tórax disponível. Deixa só uma saída – mecanismo de válvula que ar só sai e não entra. Drenar e tampar depois. Diferenciar grande de pequeno – radiológico – 2 cm da ponta do pulmão ate a ponta do hemitórax ipsilateral. Na tomo também 2 cm. Caso clínico Exame físico 25 Pneumotórax Estável, sem hipotensão, não esta taquicardico – leva para o rx. A: vias aéreas – centrada, pérvia (brônquio esquerdo direito, traqueia, sem entrada, nada muito desviada) B: parênquima – parênquima sem trama vasculobronquica ate o fim como na esquerda, no direito linha ate onde ve trama. A linha mais para direita é a escápula. Esquerdo com trama vasculobronquica e o esquerdo tem uma linha, hipertransparente. Em sequencia: Tem sintoma – mais de 3 cm do ápice do pulmão ate o ápice da caixa torácica. O Kit do dreno – válvula, lamina, pigtail, e conector – do dreno na válvula. E válvula pode conectar a coletor para se sair liquido. HSV tubular, pior mas mais barato. Conduta: paciente sintomático, PMT mais de 3cm – fazer drenagem, o kit do pig tail (válvula, lamina, pig tail, introdutor e conector do dreno na válvula e depois pode por num coletor pro caso de sair um pouco de liquido). RX da drenagem Pulmao já expandiu. Evolução: Tossia e o dreno oscilava, 2º dia tambem, 3º dia não tava oscilando e ele tava com dor – ver se o dreno não está obstruído (normal é oscilar pela variação de pressão na cavidade pleural) ou o pulmão está totalmente expandido. Tem que fazer um teste, seringa e puxar por dentro do dreno e vem grumos, volta a oscilar. Desobstruiu e voltou a oscilar, escapes aéreos. 5º dia ainda oscila, mantendo escape aéreo – abordagem cirúrgica, desse PMT espontâneo 1º. Vídeo e pleurectomia. Entra com grampeador, grampeia a bolha e um pouco do pulmão sadio para garantir o grampeamento num pulmão sadio, que não vai abrir a linha de grampo. 26 Bronquiectasias Oscilação do dreno é normal. Decorre da variação de pressão na cavidade pleural na inspiração e expiraão. Ou pulmão completamente expandido ou dreno obstruído. Fazer teste – seringa e puxar. As vezes grumo, e volta a oscilar. Obstruido com grumo de fibrina, desobstruiu e depois voltou a oscilar e a borbulhar. Quarto e quinto dia ainda escape quando tossia. Não para de borbulhar dreno já tem 5 dias – abordagem cirúrgica. Usa de 4/5 dias – passou dia não drena para sempre, pode infectar, não esta resolvendo. Não tira o dreno, faz cirurgia. Nesse jovem pensa em PEP – videotoracoscopia e bulectomia. Camera de vídeo, parede do tórax com costelas e pumão. Entra com grampeador, tira um pouco de pulmão com bolha junto se não pode vazar ar. Grampeamento em pulmão sadio para saber que esta efetivo e que não vai abrir. Conectar o respiro Conectar na aspiração – 2 linhas – uma linha que algumas usam para se paciente está com fistula, escapando ar para ver se conecta e pulmão expande. E controverso. Outra situação – quando paciente não expandiu – drenou e pulmão ainda caído com pneumotórax. Conecta na aspiração para auxiliar expansão pulmonar (ele segue mais essa linha) – só para quando não expande e não pela fistula em si. Alguns trabalhos falam que aspiração pode aumentar fístula pulmonar ou brônquica. Controverso entre cirurgiões torácicos. Mesmo em aspiração, se mantiver fistula – aspiração não vai resolver a fistula, resolve a expansão. Mesmo em aspiração passou de 5 dias opera. No 2/3 poderia colocar dreno em aspiração. Passou 5 dias, continuou borbulhando, geralmente opera esse paciente. Na maioria das vezes se não expande pulmão é por fistula Em tumor pode ser que pleura visceral esteja tomada por tumor – algo recobrindo – não expande e tenta colocar em aspiração e nem aspiração resolve eventualmente. 4Q + ABCDE do raio de torax: 4 Q: quem? Quando? Qual exame? Qualidade ( rotação, inspiração, penetração) A (aéreas): a TRAQUEIA está centralizada B (bordas): os campos pulmonares estão expandidos simetricamente e claros C (coração e mediastino): o tamanho do coração está normal. Os contornos mediastinais e os hilos nao apresentam alterações ao método D (derrame e dhernias): nao ha evidencia de derrames ou hérnias E (esqueleto): nao ha evidencia de fratura, pneumoperitonio, enfisema ou corpos estranhos 27/08/2020 Bronquiectasias Introdução Síndrome caracterizada por tosse, expectoração, infecção e dilatação permanente dos brônquios 50% causa desconhecida Lateralidade variável Preferencialmente em lobos inferiores Metade das causas são desconhecidas. Lateralidade varia. Principalmente em lobos inferiores – talvez pelaação da gravidade, maior Impactação do muco nas bases. Causas gerais e broncopulmonares – temos síndromes, doenças infecciosas. IMPORTANTE 27 Bronquiectasias Epidemiologia: • 53-566/100.000 habitantes (Europa); 52/100.0000 habitantes (EUA) • Maior prevalência nos países em desenvolvimento • Antecedente de infecção respiratória na infância • Brasil Tuberculose • Alta prevalência em mulheres/idosos A prevalência é maior em países em desenvolvimento – antecedente, já começa na infância, faixa pediátrica com infecções de repetição, pneumonia de repetição. Bronquilites...no BR tem a TB tambem que agrava a situação. Fisiopatologia: Importante: sequencia de como o alvéolo, a arvore pulmonar vai dilatar, que é a bronquiectasia. Alteração da parede brônquica por fator irritante, ulceração e lesão da mucosa, dessa ulceração tem metaplasia epitelial, altera o epitélio, processo supurativo, essa infecção causa perda do tecido conectivo, hiperplasia de células caliciformes. É um ciclo. Inflamação se perpetua e infecta, fibrose e proliferação das arteríolas brônquicas, colonização e dilatação brônquica. Altera parede, inflama, infecta, inflama mais, infecta ate dilatar. Torna-se uma infecão CRONICA, brônquio colonizado, reduz o clearance mucociliar, hiperplasia das células caliciformes, produz mais muco e reduziu fator que joga o muco fora vai ACUMULAR MUCO, e lesão da estrutura pulmonar alveolar e brônquica, continua o ciclo – EXACERBAÇÕES. Ele infecta toda hora, trata e melhor mas não trata a CAUSA, tratou so a infecção, mas começa exacerbar, continua com fator infecção, vai danificando e propicia a recorrência, isso é para vida toda. Lado esquerdo brônquio normal e do lado direito um esquema com brônquio alterado, perda ciliar, aumento de células caliciformes e muco, e isso com inflamação destrói a parede. Diferença dos brônquios – esse muco gruda bactéria La. Lamina do tecido normal a direita com arquitetura e o outro todo alterado, estruturas glandulares, imapacto mucoso. A. Epitélio colunar pseudoestratificado e epitélio ciliar B. Epitélio espesso com linfócitos intraepiteliais C. Submucosa com denso infiltrado linfocitário D. Vasos sanguíneos células endoteliais reativas Classificação: RADIOLÓGICAS Cilíndrica: representam bronquiectasias com dilatações brônquicas uniformes, que terminam de forma repentina na superfície pleural. É um TUBO 28 Bronquiectasias Varicosa: os brônquios são de tamanhos irregulares e apresentam estreitamentos em diferentes partes, com dilatação terminal. TORTUOSAS Cística: as dilatações brônquicas aumentam progressivamente e adquirem forma esférica, comprometem três ou quatro gerações brônquicas mais terminais. BOLINHAS Num lobo só pode ter as 3 formas Quadro clínico: • Tosse com expectoração e falta de ar • 1/3 dos casos: dor torácica, dispneia, hemoptise, fadiga e rinossinusite • Extensão e localização • Infecções de repetição Pode ter muco purulento e dispnéia. Hemoptise é fator de gravidade, não ta bem, precisa fazer algo INVASIVO. Quadro típico é infecção de repetição, são periódicas, 3-4 pneumonias por ano. Diagnóstico: Tudo começa com RX simples, mostra FAVEOLAMENTO, são cavitações, padrão sugestivo de bronquiectasia. A broncografia colocava contraste na via aérea, não faz mais. Hoje faz tomo, que é o exame que faz DIAGNÓSTICO, mostra o padrão, classificação, distribuição – conduta cirúrgica, magnitude e extensão da doença. A – Brônquio terminal com imagem cística B – Trajeto do brônquio para a periferia sem afilamento da luz C – Anel de Sinete (brônquio mais calibroso que a. pulmonar) D – Muco na luz brônquica Broncoscopia: Fundamental a CULTURA para ver o microrganismo que causa infecção – é endoscopia respiratória. Com aparelho atinge a arvore brônquica vê a secreção e coleta material, manda para cultura e destina qual ATB vai dar para esse paciente. Carina, broncofonte direito, esquerdo, pus no esquerdo. • Alteração funcional (VEF1) • Pesquisa do patógeno – escarro e broncoscopia com lavado • Bactérias gram-negativas: - H.influenzae, M.catarrhalis e P.aeruginosa (infecção crônica) • Bactérias gram-positivas: - S.pneumoniae, S.aureus Prova de função pulmonar – saber o quanto está prejudicada a função pulmonar. A broncoscopia é melhor que escarro, mais material. Pseudômonas: INFECÇÃO CRONICA, GRAVIDADE, preditor que não está bom, algum momento não vai dar certo, tomar medidas como ampliação do ATB e cirurgia. Tratamento: Precisa parar a bola de neve – tudo começa com inflamação, tem que PARA INFECÇÃO parar de irritar a mucosa, se para de irritar, para de infectar, para de inflamar, e com isso o clearance mucociliar se restitui, volta a bater o cílios e eliminar o muco, para de lesar mucosa brônquica, para de dilatar o brônquio, quebrar o ciclo nessas 4 fases. 29 Bronquiectasias Na bacteriana vai dar ATB – macrolideo e inalatorio, se pseudômonas ERRADICAR. Macrolideo tem ação anti inflamatória, e associado a corticóide quebra inflamação. Fisioterapia estimula o brônquio a cuspir, tirar para fora o muco, técnicas para tirar o muco. E por fim, parar o dano da estrutura pulmonar – broncodilatador, trata comorbidades. Fisioterapia é FUNDAMENTAL – ATB, corticóide mas a fisio é fundamental nesse fator. Antibioticoterapia Oral: Mais específicos, quando não é obtida, tratamento empírico ou broncoscopia não isolou o patogeno usa levofloxacino ou moxifloxacino. Se com beta lactamico associar o clavulotato. Antibioticoterapia intravenosa: - P.aeruginosa RESISTENTE - Hospitalização: • - refratariedade ATB via oral • - sepse/insuficiência respiratória • - Terapia dupla (?) Obteve o escarro pode tratar em casa, mas pseudômonas é HOSPITAL, ATB EV, caso mais grave. Pilar é MACROLIDEO (azitro e claritromicina). Pode ter varias exacerbações, e da macrolideo, corticóide, depois tem outra repete o esquema – basear na cultura, mas basicamente repete o esquema. Tratamento da causa quando conhecida/identificada Tratamento das exacerbações: • Antibióticos inalatórios (tobramicina, ciprofloxacino, gentamicina) • Macrolídeos (falha do ATB inalatório) Esquema de como aborda quando bronquiectasia ta confirmada – historia clinica e laboratorial, trata CAUSA, inicia fisio, cultura do escarro, exercícios. Flora normal observa, não pseudômonas – ATB, macrolideo, se psedomonas INTERNA e ATB inalatorio e ate de amplo espectro. Esquema da pseudômonas – tratamento clinico. Tratamento cirúrgico: Não deu certo, já ta há 5 anos com infecções de repetição, a infecção alem de matar por sepse ela 30 Bronquiectasias depleta o paciente, emagrece, reação imunológica extrema, a cada epsodio ta pior. Ate quando esperar? Maior das vezes controla e doença, mas se já tem refratariedade, depletando reservas, e infecções muito freqüentes – OPERA, dilatou destruiu o segmento do pulmão, é disfuncional, so ta La para infectar, nessa situação retira a parte infectada. Fibrose Cística: mucoviscidose • Doença autossômica recessiva • Brasil (incidência) – 1:7576 nascidos vivos • Expectativa de vida até os 40 anos • Pâncreas, rins, fígado, intestino, PULMÕES • Triagem neonatal (fundamental) – 3ª fase teste do pezinho, teste do suor Doença autossômica recessiva, hiperprodução de muco na arvore brônquica, uma das principais causas de transplante pulmonar. Viviam ate 15 anos com essa doença, é um tipo de bronquiectasia, causa bronquiectasia, tratamento é o mesmo – macrolidio, ATB inalatorio, corticóide, fisio, mas chega uma época que não da mais, muco nos 2 pulmoes. Tem que trocar o pulmão – TRANSPLANTE. Triagem neonatal é essencial e teste doSUOR é padrão ouro. Pesquisa genética – gene CFTR, que é o gane alterado. Tratamento: • Antibioticoterapia nas infecçoes tratameto de bronquiectasias !!!! • Abordagem multidisciplinar • Cirurgia • TRANSPLANTE PULMONAR Transplante pulmonar: • 1983 – 1º transplante bem sucedido no Brasil • Mais comum bilateral sequencial • SP – aproveitamento menor que 5% de órgão para doação • Sobrevida em 5 anos – 55,3% • Doenças supurativas – BRONQUIECTASIAS (4%), DISCINESIAS CILIARES, FIBROSE CÍSTICA (17%) Transplante bilateral – troca os 2 pulmoes é difícil trocar 1 só, vai continuar infectando, troca os 2 ao mesmo tempo. 17% dos transplantes no incor. Fibrose cística cursa com bronquiectasia. Casos clínicos: 31 Derrames pleurais 03/09/2020 Derrames pleurais Pleura Normal: 12 mL fluido Agressão: o Acúmulo anormal LP o Derrame Pleural DP tem uma causa de base! O espaço pleural sempre tem pequena quantidade de liquido que permite deslizamento do pulmão nas incursões resp. Quantidade mínima – 12 ml por espaço pleural por adulto. Introduzindo agulha por ex não tira, não consegue, pequena quantidade, só para deslizar pulmão. DP é a consequência de uma agressão qualquer ao espaço pleural (neo, inflamação ou infecciosa) – acumulo de liquido pleural = derrame pleural. O líquido pleural é o produto de uma formação VS absorção. Ao longo do dia formamos constantemente LP e ele é absorvido na mesma quantidade que é formado, só tem filme liquido (espaço virtual da cavidade pleural). Quando existe ou excesso de formação ou diminuição da absorção ou na maioria – os dois juntos = ocorre o DP. O DP não é a doença em si, é consequência de uma doença. A maioria das vezes descobre CAUSA do derrame e não é a doença em si. Como reconhecer um DP? História: antecedentes: dispneia, tosse, dor eventual Exame físico: o Inspeção: diminuição expansão o Palpação: diminuição frêmito o Percussão: som maciço o Ausculta: egofonia Exames de imagem: o RX PA-Perfil é suficiente o USG/Tomografia: se necessário Tentativa do DGO de causa do DP. Como derrame se comporta? Como reconhecer? Na história – Qc de dispneia progressiva tosse geralmente seca, eventualmente dor ventilatório dependente e antecedente do paciente – é consequente de algo – PNM recente? Doença imune associada? Usuário de droga? Neo previa? O antecedente na história é muito importante. Exame físico: DP é reconhecido pela diminuição da expansão do hemitórax com derrame, redução FTV, macicez a percussão e ausculta da egofonia ou voz caprina/pectoriloquia egofonica (voz anasalada ao falar 33). Uma vez suspeitado pela história e exame – complementa com exames de imagem – RX tórax PA e perfil geralmente suficiente. Em algumas situações usa US e ate eventualmente tomo, exceção. Derrame pleural “livre” No RX de tórax normal o seio costofrênico sempre aparece em ponta de lápis. Pulmao expandido, diafragma visível, seio visível, sem alteração. Quando existe DP: velamento do seio costofrênico, obliteração = é conhecido pelo sinal do menisco ou da parábola. É uma curva em parábola. Seio costofrênico velado ou obliterado. Aspecto bem sugestivo de DP livre – fez RX tórax em pé – cai para base se pleura livre, e ocupa espaço inferior. Lado esquerdo está 32 Derrames pleurais escuro – é o lado normal. DP acumulado na lateral mas está também na frente e atrás, hemitórax mais claro em totalidade que lado esquerdo que é o normal. DP livre. Imagem no Derrame Pleural DP pode ter tamanhos diferentes – repercute na clinica. Pode velar seio costofrênico (pode confundir com infiltração de parênquima de PNM, PNM com derrame), linha branca em cima é fissura pulmonar – pode entrar na fissura e dar esse aspecto sugestivo => DP pequeno, tem sintomas mas menos. DP que ocupa ate terço médio, hilo pulmonar => derrame de moderado a grande, comprime parênquima pulmonar e reduz ventilação. Pressão intrapleural em situação normal é negativa, nesse caso com liquido fica altamente positiva. Pode empurrar mediastino e comprimir pulmão contralateral, pode ser volumoso e comprimir (nesse caso não, traqueia normal). DP maciço: ocupou todo o hemitórax. Traqueia desviada e hemitórax esquerdo pequeno, desvia mediastino além de colabar direito. Muito sintoma. Pode pegar casos que chega no extremo, pode ir se instalando aos poucos. DP que as vezes precisa de RX de perfil. Pode ter história de quadro febril recente, obliteração do seio costofrênico – PNM + derrame, infiltrado do parênquima junto com derrame? Na duvida RX em perfil – no perfil o seio costofrênico posterior é la embaixo – mais fácil de ver pequeno derrame pleural obliterando seio posterior. Perfil mais fácil de ver isso que em PA. Interessante em algumas situações: duvida de pequenos derrames pleurais e não tem US, TOMO, só conta com RX: pode fazer RX em DL com raios horizontais – deita do lado do derrame, RX realizado. Se for DP – escorre pela lateral, normalmente derrame >1cm é facilmente visível nesse decúbito. Pode eventualmente lançar mao desse tipo de estratégia para o DGO. DP pequeno que vela seio costofrênico de um adulto por volta de 70kg, aprox. quanto de derrame deve ter pelo menos para isso? Quantos ml? Como vai puncionar derrame precisa saber se tem liquido suficiente para puncionar => pequeno e só vela seio na base – normalmente pelo menos 300 ml no espaço pleural – nesse nível tem segurança de punção. Na duvida exame complementar para marcar local de punção – US. Outra forma que não o livre. Loculado ou encistado. O livre fazia parábola. Esse aspecto do derrame é diferente: não é massa, não é tumor, é derrame loculado – acontece pois a pleura é membrana muito reativa, se existe irritação do espaço pleural principalmente em infecciosas – tendência de locular derrame para compartimentazar infecção – não espalhar, para não ter interface com sistêmico e sepse – compartimentalizar derrame, e fica com aspecto diferente chamada parábola invertida. No livre – curva apontada para mediastino, nesse caso – aponta contra o mediastino: parabula investida. São perigosos de puncionar, não sabe onde está loculado. Embaixo: DP bilateral livre, pequeno, obliterando seios, mas serie de imagem de DP encistados/loculados – nesse caso se precisa de 33 Derrames pleurais punção para DGO usa US: ele vai individualizar e mostrar onde está o derrame (linha mais escura) – faz marcas e calcula volume do derrame. Pode dar densidade do derrame – se empiema/muito debri diz que é liq espesso sugestivo de empiema. Marca com X na pele, e fala quanto entrar com agulha para estar dentro da loja do derrame. Usa US sempre quando possível principalmente em derrames de pequeno volume – localizar, evitar acidente de punão e complicações. Etiologia do DP Qual o 1° passo no diagnóstico etiológico do DP? Transudato: DP que não tem doença do tórax, do mediastino, do pericárdio, da pleura, do esôfago – de nada dentro do tórax que poderia ser causa do DP. É consequência de uma doença sistêmica e não torácica, não pleural. Principais doen-ças que causam, com excesso de liquido do organismo (anasarca, edema generalizado): IC, cirrose hepática e doenças renais (sd nefrótica principalmente). Exsudato: tem deonça pleural. Inflama pleura (transudato não inflama pleura), aumenta vascularização da face endotoracica subpleural levando a extravasamento de liq por inflamação, infecção ou neo. Principais causas: PNM, neoplasias e TB – doenças do pulmão, da pleural e de órgãos eventuais dentro do tórax. Transudato x Exsudato O transudato como é doença sistêmica não necessita de intervenção, tto da doença para melhorar. Exsudatoé doença local – importante o DGO para tto adequado, mas as vezes tem duvida se transudato ou exsudato. Light desenvolveu critérios de Light – relação de proteína do liq pleural/serica, DHL pleural/serica ou DHL do liq pleural excludivamente. Desenvolveu para diferenciar exsudatos de transudatos – não queria deixar escapar o exsudato. São critérios que exigem amostra de sangue. O ultimo só amostra do liq pleural. Na pratica, no dia a dia, acaba fazendo a punção pleural para retirar liq para dgo e dosa DHL – por esse infere se é exsudato, na maioria das vezes suficiente. DHL – 2/3 o DHL sérico normal (ate 450 é o DHL sérico normal, geralmente menor que isso). 300. Quando maior que 300 – exsudato, não é perfeito, se muito próximo – fatores de história, antecedentes. Da boa ideia. Se muito maior não tem duvida. Conduta Transudatos Causado por Doença Sistêmica Normalmente NÃO é necessária punção pleural Tratamento da Doença de Base o Diuréticos / Restrição Hídrica o Tratamento da Ascite / Insuficiência Renal Peso diário / Edema / Controle de diurese Se tem DGO clinico de transudato – não tem febre, não tem leucograma infecicioso, sem neo previa, anasarca por IC descompensada, toda vez vai com DP, DP livre bilateral... dados da história que inferem que pode ser só de causa sistêmica – normalmente nesses casos se punção risco de sangramento, contaminação... DGO clinico junto para não ter necessidade de abordar espaço pleural, não precisa puncionar. Trata doença de base – estimula diurese, restrição hídrica, punção de ascite ou corrigir proteína para ter turn over de liquido mais efetivo, tratar IRA, segurar volume na diálise, pode fazer anasarca. Como controla na pratica? Vai pesando o paciente diariamente, perdendo água, reduzindo edema, controlando diurese, acaba enxugando e DP se resolve. 34 Derrames pleurais Pode realizar toracocentese de alivio para transudato se descompensação muito importante, e medidas clinicas vao demorar, pode fazer. Eventualmente pode utilizar. Se pequeno, moderado, QC não tao importante – desconforto quando deita contralateral (compressão do mediastino e pulmão sem derrame) – procura não puncionar pelo risco de sangramento, idosos, fragilidade (analisa variáveis). Mas em algumas situações pode fazer. E se a suspeita for exsudato? INDICADA TORACOCENTESE o Diagnóstica (Coleta Exames) o Terapêutica (Alívio) Se DP loculado => USG de tórax E se a suspeita for de Exsudato? Celularidade (Leucócitos, %N, %L, %) Bioquímica: pH, glicose, DHL, proteína, ADA (TBC) Bacterioscopia / Cultura / Citologia Oncótica Quando é suspeita de Exsudato – doença local, ai já está indicada punção do espaço pleural. DP loculados são mais complicados – USG de tórax para marcar. O que costuma fazer quando punciona é o perfil celular e bioquímico, coleta o derrame e examina, o que tem de célula – sabemos que dependendo se tem neutrófilo ou linfocitico ou eosinofilico da uma pista do que pode ser. E a atividade do derrame é medida por marcadores bioquímicos, quando existem agressões, pH reduz, glicose reduz, pH e glicose andam juntos, existe consumo no espaço pleural por agende infeccioso ou cel neoplásicas, maior a queda maior a gravidade. E o DHL toda vez que é liberado por necrose, maior a liberação maior a chance de quadro mais agressivo. Proteína tambem pois tende a subir nos exsudatos e é bem baixa no transudatos. Enzima ADA, é enzima de atividade monocitária, TB ativa monócitos, macrófagos e linfócitos, então sempre que sobe o ADA é sinal indireto de DP por TB. Alem disso, suspeita de infecção do derrame – bacterioscopia, cultura e orientar tratamento, ou neoplasia pede citologia oncótica do liquido pleural. Anestesia da pele subcutaneo, entra no espaço pleural e punciona, feito nessa posição, é feito em salas de pequena cirurgia. Na região subescapular após propedeutica e relacionar ponto – anestesia da pele, agula e entra no epsaço pleural. Toracocentese. Em sala de pequena cirurgia, ambulatorios... E se a análise bioquímica + citológica do LP não for suficiente para diagnóstico? Biópsia pleural Bx Pleura: mais comum no diagnóstico diferencial de TBC x NEO O ideal na biópsia de pleura é a retirada de 3 a 6 fragmentos Cuidado em pacientes anticoagulados Colhe DP para analisar bioquimicamente, do ponto de vista citológico. Dependendo do perfil faz DGO, sabe que é exsudato pois punciona pensando nisso – é neoplásico, parapneumonico, TB? As vezes o perfil não é suficiente para DGO. Adiciona – introdução de agulha especial de biopsia pleural => agulha com gancho na ponta, introduz, drena liquido pleural normalmente mas gancho faz com que se retirem fragmentos de biopsia da pleura. Quer ver para diferenciar TB (granulomas com células em paliçadas 35 Derrames pleurais típicas de TB, alguns com necrose caseosa no interior) e neoplasia (presença de adenoca, de infiltração neoplásica da pleura). Normalmente também é feito em ambulatório, simples, anestesia local, complementar a toracocentese. Cirurgião ou químico retira de 3 a 6 fragmentos – amostra mais representativa para pato. É mais agressivo, agulha mais grossa, retira pedaço de pleura (pressão negativa) – complicação de sangramento, cuidado se não usando aspirina, anticoagulante... Tomar cuidado. Toracocentese é menos agressivo que esse. Quais as causas mais frequentes de Exsudatos? Caracterizar esses 3 tipos mais frequentes, aqui que cirurgião intervem. DGO e forma melhor de tto. 3 principais exsudatos e como diferenciar além da história e exames de liquido pleural. Grafico qu mostra – as vezes duvida por intersecção dos três diagnostico – características que confundem, todos eles tem área de embricamento que muitas vezes não é fácil diagnosticar. Características dos Principais Exsudatos Derrame maligno Pacientes mais idosos História atual ou prévia de Neoplasia Derrame mais hemorrágico Características dos Principais Exsudatos DHL ↑( > 1.000 U/ Glicose ↓( < 60 Citologia Oncótica pode ser (+) Bx Pleura: infiltrado neoplásico DP maligno: levar em consideração que são mais frequentes em pacientes mais idosos. Em geral, tem história prévia ou recente de neoplasia sugerindo alguma ligação do derrame com a doença. Neoplásico múltiplas infiltrações – costuma ser mais hemorrágico. Perfil quimiocitologico: tanto maior a infiltração neoplásica e doença pleural – maior quantidade de DHL no liquido pleural, menor a quantidade de glicose e de pH. A citologia oncótica pode ser positiva, e se tiver suspeita as vezes na toracocentese (derrame hemorrágico, história) já pode fazer biopsia de pleura – já pode fazer para confirmar, muda conduta e abordagem para tto. DHL é enzima intracitoplasmática, quanto maior necrose, agressão do espaço pleural – maior o DHL. Citologia Oncótica O citologista pode na citologia oncótica sem biopsia diferenciar neoplasias. Mas as vezes a quantidade de cels no derrame não é tao grande – vem “suspeito, altamente suspeito” – positiva suspeita, ou negativa. Mas não vem DGO histológico. Precisa complementar com biopsia de pleura – la ve infiltração neoplásica. Tuberculose Pacientes mais jovens História: queda peso; queda geral; Febrícula vespertina Características dos Principais Exsudatos Derrame Seroso (amarelo citrino) DHL ↓(< 1.000 U/L) Glicose normal (> 60mg%) Exsudato LINFOCÍTICO ADA elevada (maior que 40 U/L) Bx Pleura: Granuloma com Necrose Caseosa TB pode dar em qualquer faixa, mas DP tuberculoso costuma aparecer emmais jovens, com história característica de perda de peso progressiva, queda do EG progressiva, febrícula vespertina, etilistas crônicos, se alimentam mal por qualidade de vida inadequada, 36 Derrames pleurais desnutridos. Quando isso ocorre com essa história e quando punciona não é hemorrágico, costuma ser amarelo citrino. DHL acima de 300 pois é exsudato mas não sobe muito – geralmente abaixo de 1000 (acima muita infecção, inflamação, neo) – abaixo mais crônico, linfocitário, menos neutroflilico. Derrame linfocitico – predominância de linfócito, ativa sistema mononuclear – libera a enzima adenosina deaminase (valor de corte 40) – ADA maior que 40, associado a QC e exame quimiocitologico – infere TB. Glicose normal. ADA limítrofe, que desconfia – nessa situação muitas vezes parte para biopsia de pleura – esperaria encontrar granuloma na TB. Assim como na neo é interessante biopsia de pleura para caracterizar com certeza presença de granuloma da TB na pleura. Na neo – biopsia de pleura e múltiplas – com múltiplos fragmentos faz imunohistoquimica – marcadores que ajudam onco a delinear tto da doença pleural neoplásica. Definir DP da TB: é um exsudato linfocítico com ADA maior que 40. Se punciona e ve essas características, além da história – bem sugestivo de TB. Existem outras doenças que elevam ADA – linfoma, empiema, outras doenças com ativação do sistema linfomononuclear. Linfoma costuma ser outra caracts – DP mais neoplásico, outras características clinicas que não TB. Pode ser difícil diferenciar. DP por TB bem mais frequente de que por linfoma. Parapneumônico Todas as idades / em até 20% das pneumonias História de pneumonia recente Características dos Principais Exsudatos Derrame Turvo / Empiema (líquido espesso e Exsudato NEUTROFÍLICO DHL ↑↑↑ (> 1.000 até > 10.000 U/ Glicose ↓↓↓↓ (< 60 mg%) e pH ↓↓↓ (< 7,2) Bacterioscopia / Cultura / Antibiograma Atenção: Cultura (-) com uso de antibióticos DP concomitante com PNM – em todas as idades. 20% das PNM podem ocorrer com DP. As diretrizes da abordagem da PNM indicam que se paciente tem DP por pneumonia tem que ser internado. Diferente de uma PNM normal que não precisa. DP – tratar de forma mais agressiva pelo risco de virar empiema. Tem história de pnm recente. É um derrame mais escandaloso – mais turvo, já é derrame empiematico com liq espesso fétido muitas vezes. É derrame mais agudo, recente como a PNM – seu exsudato é neutrofilico, a DHL sobe MUITO, quanto mais complicado o derrame mais sobe. A glicose e ph costumam abaixar MUITO. Tanto mais a queda quanto mais agressivo derrame. Não faz citologia oncótica mas busca – bacterioscopia, cultura, antibiograma. Pode pegar cels necróticas e bactéria nem estar mais viva. Mas infecção e febre pela doença inflamatória local ocupando espaço pleural, repercussão sistêmica. Em uso de ATB – não consegue na cultura/bact./antibiograma pegar bacilo muitas vezes. È um exsudato neutrofilico, sobre muito DHL, cai muito glicose e ph. Não pede ADA pois certalemte estaria elevada, mas não é característico – pede no linfocitico e não no neutrofilico. Derrames infecciosos Princípio básico Derrame Pleural Parapneumônico Complicado ou Empiema devem ser drenados ! DP parapnm quando complica com dhl muito alto, glicose muito baixo – grande inflamação do espaço pleural – abscesso fechado – indicação absoluta de drenagem pleural. Se no perfil ve dp parapneumonico complicando ou já é empiema – drenar abscesso fechado. Predomínio PMN pH e Glicose ↓ ↓ ↓ DHL ↑↑↑ Como os caracteriza? Predominio de PMN (neutrófilos), ph e glicose muito baixo e DHL muito alto. Indicado drenagem pleural. 37 Derrames pleurais Cirurgia para DP Infecciosos Toracoscopia (pleuroscopia) Nos DP Infecciosos, após drenagem pleural ineficaz, com Loculação e Expansão Pulmonar Inadequada, é possível realizar a “Decorticação Pulmonar” por Videotoracoscopia Cirurgião de tórax entrando e fazendo procedimentos mais invasivos. Nos DP infecciosos, se introduz dreno de tórax e faz drenagem pleural, e eventualmente evolui com dificuldade de expansão pulmonar (pleura encarcerou pulmão pois ficou espessa), diversos derrames loculados - olha dentro da cavidade e faz higiene, pleuroscopia interessante nesse caso. Quadro clínico 7 anos, pneumonia E + DP drenado há 1 semana, mantém febre, dispneia e leucograma infeccioso. Persiste DDP Esquerdo, agora com empiema. Sem expansão pulmonar ou melhora clínica DP drenado, depois de um tempo dreno obstruiu, não ssaia, imagem continuada, mantendo febre, dispneia. Persistencia do DP e suspeita de empiema não resolvida sem expansão pulmonar ou melhora clinica – pleuroscopia com decorticação pulmonar Introduz, olha cavidade, faz higiene da cavidade – de imediato já tem expansão bem melhor do paciente, começa a melhorar clinicamente. Depois de 15 dias pulmão já expandiu. Ficou bolha pulmonar – PNM por stafilococos, evoluiu com pneumatocele (depois de um tempo com tto clinico geralmente regride). Higiene e expansão adequada necessitou de pleucoscopia. Paciente que iniciou com PNM (na primeira imagem), tratou com ATB, resolveu clinicamente mas dispeneia com restrição funcional nas atividades diárias. Após 1 mês – segunda imagem – velamento total do hemitórax direito pos PNM. Nesse caso: TC de tórax. Lado esquerdo TC - pleura normal é membrana unicelular e não é vista na tomo. É vista quando tem espessamento ou edema importante – é o caso nessa situação. Tem loja cística enorme de liquido, pleura bem evidente – pleura parietal inteira e visceral espessada com encarceramento do pulmão, e liquido livre ocupando espaço grande, obliterando praticamente todo hemitórax direito, diminuição volumétrica causando dispneia. Vai ate a traqueia, alto. Hemitórax esquerdo com volume nomral e 38 Derrames pleurais direito retraindo – pleura espessando retrai hemitórax – restrição ventilatória e dispneia importante. Como era DP muito importante primeiro foi feita drenagem pleural, depois da drenagem pulmão expandiu parcialmente. Ficou com espessamento pleural que encarcera pulmão e diafragma – apesar de drenar volume persiste com dispneia e limitação respiratória comprometida. Doença crônica (casos que passa de 30 semanas/30 dias) - já com pleura tao espessa, tao dura, sangra tanto pela inflamação – precisa partir para procedimento mais invasivo. Tinha indicação pela dispneia a pequenos esforços apesar do DP controlado. Parte para procedimento mais invasivo: decorticação. Decorticação Pulmonar Aberta Toracotomia para liberar o Pulmão e Diafragma através da retirada cirúrgica das Pleuras Visceral e Parietal Descorticação – é a toracotomia extensa e retira toda a pleura espessada tanto do pulmão quanto do diafragma quanto da parede torácica. Pleura já não é mais funcional, esta encarcerando pulmão. Faz toracotomia com decorticação, descascamento da pleura, tira e libera pulmão para expandir adequadamente. Ficar sem pleura tem problema? Nesse caso a pleura é o problema, retira e organismo se adapta de outra maneira. Após a decorticação – ve dois drenos de tórax pois sangra. Diafragma liberado e pulmão expandido (imagem esbranquiçada da pleura não aparece mais). Sempre que desconfia de exsudato – parte para toracocentese – DHL é menor que 300? Provável transudato (hipotireoidismo – mixedema...) – desbalanço hídrico sistema, tto da doença de base. DHL maior ou igyal 300 – exsudato – é linfomononuclear ou polimorfo (neutrófilo)? Se linfócito principais hipóteses – TB, neo, colagenoses, embolia é bem mais raro – faz DHL,ADA pensando em TB, glicose, citologia oncótica pensando em neo. Se é polimorfonuclear – parte para outros marcadores – pH (mais para infecciosa), DHL, glicose, suspeitando de infecção bacteriscopia e cultura – parapneumonico e empiema. Casos clínicos Caso clínico 1 39 Derrames pleurais PAP – normal até 25, dobro, sinal de hipertensão pulm E – transudato e tratar doença de base Não está com tosse produtiva, não está com febre, não tem antecedente de neoplasia... Certamente tem quadro de IC de base, edema de MMII, edema sacral, FA que reduz debito. Já tem grau de hipertensão pulmonar (no RX hilo pulm esquerdo elevado – arco da aorta, endentação da a pulmonar e coração – nesse caso endentação perdida – alargamento sugerindo HP). Além do DP bilateral – velamento de seio bilateral (direita é maior – na IC é normalmente maior mesmo). Tem quadro congestivo associado no pulmão – dispeneia. Doença sistêmica com comprometimento pleuro-pulmonar. IC descompensada. Não há necessidade de toracocentese (ate perigosa nessa situação, anticoagulante, hemotórax, drenagem e complica). Furosemida normalmente se estiver urinando bem, depende do paciente e do quadro. Vasodilatador periférico pela HP... Velamento do hemitórax direito, DP que ocupa pelo menos 2/3 do hemitórax direito, volumoso quase maciço. Tema linha de Demoiseau (ve mais em derrames moderados mas ai esta evidente). D – maligno: exames, bx pleura, alivio Sempre que se aborda DP, a não ser que empiema, quando punciona, grosso fétido – já direto para drenagem. Mas se punciona DP sempre interessante ter perfil quimiocitologico para ter ideia geral do que se trata. Se punciona, é hemorrágico, associado a essa história previa – na hipótese principal e conduta derrame maligno, faria exames que muitas vezes não dao DGO histológico – confirma com biopsia para ver metástase de ovário, ou adenoca primário. E quando faz punção, já com agulha, já esvazia para aliviar. Biopsia depois imunohistoquimica também. Metástases costumam ser bilaterais mas derrames as vezes unilaterais. Já era metástase pleural 2° tumor de ovário. Inicia quimio mas DP recidivante. C – drenagem pleural + pleurodese Porque não videotoracoscopia direto e pleurodese? Faria se primeira bx de pleura negativa e duvida se 40 Derrames pleurais neoplásico ou não. Mas já tem biopsia positiva – não precisa de procedimento com anestesia geral, pode ser local e anestesia local introduzindo o talco. Drenagem menos invasiva. Derrame bem mais resolvido. Qualidade de vida melhor. DP pode evoluir com dor torácica. Quando punciona derrame (exsudato pela história) – LP hemorrágico, com DHL alto acima de mil. RX apresenta opacidade até metade do hemitórax esquerdo a nível de hilo pulmonar, velamento do seio costofrênico esquerdo. Opacidade costofrênica. Suspeita de DP – toracocentese. Em TB mais infrequente, mas pode ter. B – citologia oncótica + biopsia pleural Exsudato hemorrágico com DHL alto sem história de tb ou infecção. Suspeita de neoplasia – primeiro passo é citologia oncótica e biopsia de pleura. Se fechar DGO não precisa de procedimento mais avançado – já sabe o tumor pela biopsia e já parte para oncologia. Avalia e começa quimio... DP volumoso a esquerda no tomo, com atelectasia de parte do pulmão. E – videotoracoscopia + biopsia guiada Sob visão direta consegue ver a neoplasia e biopsiar. Suspeita de neo sem diagnóstico (poderia fazer segunda biopsia se não tem vídeo, se dificuldade para procedimento mais apurado, até terceira biopsia). Mas nesse caso tem o vídeo – coloca paciente em: DP de causa indeterminada. Nesses casos indica videotoracoscopia pois sob visão direta faz biopsia guiada. Na videotoraco olha implante pleural. Lesão branca e sessil, agulha de biopsia, pinça especifica e faz biopsia sob visão direta – mesotelioma. Difícil dgo pela citologia. Se caracteriza por infiltração da pleura e da parede torácica – tem muita dor. DP neoplásicas com muita dor – dgo possível de mesotelioma pela infiltração da parede torácica. 41 Derrames pleurais Liquido com sangue pode pensar em todas essas opções. Derrames parapneumonicos são mais claros. Mas neoplasia é característico ser mais hemorrágico, maioria. TB eventualmente pode ocorrer, mas mais raro, amarelo citrino geralmente, seroseroso. Acidente de punção é relativamente comum (obesos, acamados). Empiema ativa todo o sistema inclusive LMN – ate parapneumonicos complicados com muita infecção pode. ADA maior que 40 é mais comum na TB, mas pode dar nos outros. Biopsia complementa – pode pegar neo pela pleura Infecção – perfil neutrofilico, pH e glicose baixas e DHL alto. pH está muito baixo, acido. Glicose do LP – 60 a 80, próxima a do sangue => no empiema chega a ser 0, de tanto consumo. Incorreta: E – se faz pelos critérios de Light (DHL do liquido pleural ou pela relação de proteína e de DHL do liquido pleural/sérico). Para diferenciar o tipo ai sim usa essas outros parâmetro para tipo de exsudato. É exsudato pela história. Inflamatório, neoplásico ou infeccioso? Infeccioso. Se perfil linfomono – provável TB, se perfil PMN – parapneumonico. Mas não tem dado do perfil do derrame. Baseia-se pela história clinica. TB – punção com biopsia pleural de linfomono. Se tiver perfil neutrofilico – PPN – drenagem pleural. Mas não da esse dado. Mostrando pedreiro, alcoolatra, dispneia progressiva, tosse seca, agora com febre, vem perdendo peso e ficando inapetente – é quadro mais arrastado – PNM não fica com quadro 2 semanas de perda ponderal. Esse é o quadro que TB costuma se manifestar. Sendo TB: D ou E? A biopsia pleural ajudaria certamente – mesmo com ADA acima de 40 – ve granuloma e confirma. Drenagem: drena TB? É necessário drenar TB ou com diagnostico clinico da tuberculostatico e aquilo controla infecção de DP some? Se dispneia importante faz alivio pela agulha pela biopsia pleural, não precisa colocar dreno. Drenagem: DP neo com pleurodese, ou infecciosos - parapneumonicos complicados e empiemas – abscessos de cavidade que precisa drenar. TB não drena – aumenta inflamação, corre risco de infecção alternativa, com espessamento pleural, e depois precisa decorticar sem necessidade. Responde bem com o tto clinico. Esvazia na punção, confirma com biopsia, 2/3 semanas mesmo com derrame residual absorve Nem videotoraco... só se esgotou meios para diagnostico. Invade só para DGO. TB responde bem ao TTO clinico. Consolidação usa para parênquima pulmonar – PNM consolidação. Nesse caso chama de velamento que ocupa ate quase 1/3 médio do hemitórax direito com linha de parábola (demoiseau) obliterando seio costofrênico direito. Lado direito tem consolidação em ápice – provavelmente teve consolidação pulmonar e evoluindo com derrame pleural. 42 Derrames pleurais Diante desse quadro e desse RX, Não é empiema – sem febre, sem consumo geral. É quadro que já foi agudo quando tomou amoxa e evoluindo mais lentamente. Pode ser que tenha que drenar. Precisa da toracocentese. C Sempre que indica drenagem – indica a que tem consumo grande (ph baixo, glicose baixa com DHL alto) – com predomínio PMN – vai virar empiema. 10/09/2020 Afecções Mediastinais Tumores de Mediastino Anatomia: O mediastino é uma região anatômica, não é uma cavidade. Cavidades reais não temos tantas no corpo – cavidade pleural é cavidade mas em situação normal ocupada pelo pulmão, é preenchido. Traqueia – teoricamente forma cavidade, mas não, é preenchidapor volume aéreo, é matéria. Temos poucas cavidades de verdade no corpo. Mediastino abriga muitos órgãos importantes. Tem coração, grandes vasos, taqueia, parte do esôfago, coluna. Limite superior: estreito torácico superior, lateral – pleuras, inferior – diafragma, posterior – coluna e goteiras. Compartimentos mediastinais: Anterior Visceral (médio) Sulco paravertebral (posterior) 43 Derrames pleurais Dividido em anterior médio e posterior. Distruibui doenças dentro desses compartimentos. Quadro clínico: Tosse Dor torácica Febre Dispnéia ASSINTOMÁTICOS Síndromes associadas Dos tumores, afecções dos mediastino. Mas grande parte são assintomáticos, e se manifestam com síndromes ou sinais e sintomas que fazem pensar em algo no mediastino, que indiretamente faz pensar em algo no mediastino Síndromes: EX – MG miastenia gravis – autoimune, intimamente ligado a timoma – se tem pensa em timoma. Sintomas B (febre de origem indeterminada) – pensar em linfoma (mediastino com linfonodo). As vezes mata DGO pela sd paraneoplasica que apresenta, Doenças: Vermelhas – as principais doenças - PROVA Diagnóstico: DGO: primeiro o radiológico – imagem faz raciocinar que o paciente possa ter algo no mediastino (EX RX com alargamento do mediastino). Depois histológico – biopsia que comprove a doença no mediastino. E depois estadiar doença, qual o grau dela – radiológico e histológico em algumas situações. Depois trata – entende se é avançada, QT e RT, se é cirúrgica, se opera depois ou opera antes... do estadiamento infere tto. Estadiamento diz prognostico da doença, mas dele também tira o tto. Diagnóstico não invasivo: Radiografia de tórax Tomografia computadorizada Ressonância magnética Ecotransesofágico Começa com RX simples de tórax TC Hoje é um exame fundamental para tocacica – é uma foto. RNM – mais elaborado, depende não so da foto, mas também das fases do contraste que vai mostrar. Interpretação mais elaborada. Por vezes é complemento para TC, não raro. Bom para osso? E partes moles. 44 Derrames pleurais Alargamento do mediastino. O anterior não da para ver algo, pode já dar pista na seta. E tempos depois aumentou/alargou; TC com massa importante no mediastino (M). Aorta, indigência não pegou inteira, fatia do corte axial, e veia cava, traqueia, esôfago. ECO transesofágico: ECO TE => exame importante para entender relação do tumor com as demais estruturas. Ve relação do tumor com espinhas, coração, estruturas adjacentes. Mostra se tem invasão, relação do tumor com essas estruturas. Ex – tu que invade esôfago – é passível de ressecção? Ajuda na conduta RNM de tumor aderido mas não invadindo coluna, nitido Diagnóstico invasivo – biópsia: Transtorácica guiada por imagem Videotoracoscopia Toracotomia Não sabe qual o tipo de tumor que é, vai biopsiar a massa. Depois vai biopsiar massa. Hoje com técnicas TT metodo guiado de imagem (US ou TC) – usado muito biopsia transtorácica guiada por tomo. Demarca e punciona em tempo real, guiado. Quando não obtém dgo minimamente invasivo – cirurgia só para biopsiar. As vezes precisa de cirurgia so para biopsiar, mas se puder já tratar é melhor. Se tem a oportunidade de tratar trata, mas intuito de biopsiar – videotoraco ou ate toracotomia Agulha entrando na massa. Mediastinoscopia: exame invasivo que explora mediastino – mediastinoscopio – incisão bem na fúrcula e disseca a fascia pre-traqueal, seca plano ate o mediastino. Ganha o plano pre traqueal ate ver a veia cava. Por muito tempo foi exame de escolha para acessar massas mediastinais. Hoje realidade é videotoraco – faz muito para biopsiar (principalmente a esquerda que a mediastinoscopia não chega). Hoje preferencia-se métodos minimamente invasivos – biopsia guiada por método de imagem 45 Derrames pleurais Vias de acesso cirúrgico: Entender a relação do tumor pois precisa retirar com MARGEM, sempre tentar Quando vai operar precisa entender posição, relação dos vasos e melhor acesso para retirar tumor. Precisa dar a margem – ver estruturas adjacentes. Em alguns casos não consegue com margem mas precisa tentar Toracotomia convencional aberta – incisão antero- posterior ampla – finoqueto para afastar costelas. E via mais utilizada – esternotomia mediana (que é a incisão da cirurgia cardíaca) isso para mediastino anterior. Toracotomia – acessa melhor posterior e médio Bitoracotomia. Era um timoma. Tinha intima relação com frênico, ápice pulmonar, fez ressecção ampla. Incisão enorme, normalmente não faz. Não é habitual, tumores mais altos aderidos. Lesões do Mediastino Anterior “4 Ts” Timoma, teratoma, terrível linfoma e tireoide (bócio mergulhante). Tumores do Timo: - Tumores derivados do epitélio tímico Timoma - Tumor de células neuroendócrinas - Tumor de células germinativas - Linfomas - Tumores metastáticos Timoma é o mais importante porque desses todos é o mais comum Timoma: Neoplasia epitelial originário do epitélio tímico 0,15/100.000 habitantes Maior incidência encontra-se entre 50 e 60 anos Associação com miastenia gravis (30%-65%) Mais comum do mediastino anterior Saber associação com miastenia graves. É o mais comum, associação com MIASTENIA GRAVIS (30-75% dos que tem timoma está associado a MG) Sintomas locais: dor, tosse, dispnéia. Sintomas inespecificos: febre e perda ponderal. Sintomas hematológicos: pancitopenia – pode chamar atenção para linfoma Auto-imune: miastenia gravis, tireoidite, LES, AR. Exames: TC, mediastinoscopia. Biópsias: percutânea, mediastinoscopia, toracoscopia ou toracotomia Diagnóstico diferencial: cistos, timolipoma, outros tumores tímicos Diagnostico é tomo e mediastinoscopia é escolha para biopsiar, prefere os métodos percutâneos. Aorta, broncofonte, e tumor alojado no mediastino anterior. Apenas encosta na arteria pulmonar mas não pode garantir que não invade – RNM para complementar. 46 Derrames pleurais Classificação: Massaoca: I ate IVB, o I cirurgia é curativa e VI disseminação a distancia. Faz diferença, diz como tratar. Patológico: A classificação patológica do timoma: A ate B (B mais agressivos). Tipo A geralmente opera tranquilamente. Tipo B invadem, dao metástase – esse tipo histológico geralmente é mais agressivo. Tratamento: - Depende do estadiamento e do tipo histológico Cirurgia: E-I Cirurgia / Radioterapia: E-II Cirurgia / Radioterapia / Quimioterapia: E-III e IV - Técnica operatória - Cirurgia RADICAL Fez DGO histológico, estadiamento e vai tratar. Pacientes Massaoca tipo I – tto é cirurgia e grande chance de cura. Maassaoca II – sem invasão capsular: além da cirurgia complementa com radioterapia. A radioterapia é um método que vai queimar tudo que sobrou do tumor e tudo que está na região. Se a doença é localizada, já passou um grau mas é localizada – precisa de método que queime localmente, mate localmente – RT. Massaoca III e IV – já passou mediastino e capsula do tumor – além de RT e cirurgia complementa com quimio – doença disseminou, esta em outros lugares, a distancia. Em todos a cirurgia participa – tem que operar esse paciente. Se é passível de ressecção opera. Qualquer coisa QT e RT antes para tentar diminuir e operar. Paciente de 45 anos, masc, achado radiológico incidental Massa no mediastino anterior, puxando para a direita. E na cirurgia era um timoma. MIASTENIA GRAVIS: Distúrbio neuromuscular caracterizado por déficit motor e fatigabilidade da musculatura esquelética Maior em mulheres (bimodal) Incidência:1 – 9/ milhão de habitantes 30% - 50%: Timoma com mistenia Doença crônica auto-imune - anticorpos contra os “receptores nicotínicos pós-sinápticos de acetilcolina na junção neuromuscular.” Miastenia gravis e TIMO Doença autoimune relacionada com timoma A MG é uma doença autoimune – distúrbio neuromuscular. Doença que produz AC contra receptores de acetil-colina, nicotínicos. Ocupa receptores e paciente tem flacidez. 47 Derrames pleurais Quadro Clínico: Graus variados Diplopia, ptose, dispnéia, disfagia, fadiga Insuf.Respiratória A consequência: graus variados de fadiga muscular – desde cansaço até insuficiência respiratória (param músculos respiratórios - traqueo e bipap). O timo não é o grande vilão, é autoimune e sistêmica. Timo é parte do problema do doente, mas permanece com doença autoimune depois que tira, só que em menor grau, demora muito. Não acaba quando tira. Classificação: Escala de Ossemann: classifica o tanto de fraqueza muscular que o paciente tem – vai de I a IV. Tratamento: Sintomático – agentes colinesterásicos Corticosteróides – crônico Imunomoduladores de ação rápida – IG e plasmaférese TIMECTOMIA Como qualquer outra doença autoimune – corticoide, imunomodulador. Mas timectomia é fundamental no tto desses doentes. Existe uma parcela de pacientes com MG que não tem timoma, timo normal – mesmo assim tem que tirar o timo. Timoma – tumor maligno, ressecção oncológica. Se não tem timoma, timectomia não é oncológica, pode fazer mais tranquilo, incisão menor, mas ideal tirar toda a gordura do mediastino para não sobrar mais nenhuma célula. Tem timoma sem e com MG. Associação de timoma com MG é muito frequente. Tumores de Células Germinativas: Grupo de neoplasias derivadas de tecidos gonadais, ocasionalmente ocorrendo em sítios extra-gonadais 15% das massas em mediastino anterior Homens, jovens Os outros tipos de tumores do mediastino anterior – tu de células germinativas. 15% das massas em mediastino anterior. Derivada de células totipotentes – podem se diferenciar em muita coisa. Geralmente menino jovem, gonadais. Classificação: - Teratomas ou teratodermóides - Seminoma - Tumores malignos não seminomatosos Divide em 3 tipos de tumor. Teratoma: Origem – células totipotentes Múltiplos tecidos – glandular, cabelo, cálcio 2/3 assintomáticos Sintoma mais comum = dor O teratoma pode se diferenciar em um monte de coisa – cabelo, dente, unha. Facil de operar, solta, tem plano, quando tira tumor costuma sair quase que todo. Sâo bem encapsulados e se diferenciam dos folhetos, consegue tirar. Pequena parcela maligniza – teratocarcinoma. Ai muito agressivo. Mas no geral bonzinho. Branco na tomo é cálcio Mais preto é liquefeito, áreas de necrose no tumor. Tem de tudo dentro. Tecido amorfo, dente... Teratoma: Tratamento – cirurgia Bom prognóstico Degeneração maligna 48 Derrames pleurais TTO é cirúrgico pois crescem devagar, tem capacidade de degenerar para malignidade e também tem sintomas compressivos. Tem que tirar. Prognostico após cirurgia é muito bom. Seminoma: Raro Masculino, jovem (20 – 40 anos) Exame testicular Aumento de BHCG (7% a 10%), DHL elevado Cirurgia + RT/QT – sensível bom prognóstico São raros, meninos jovens. Geralmente relacionados a tumores do testículos. Tem primários mas muito raro, geralmente metástase de testicular – exame do testículo é fundamental. Massa no mediastino em jovem – palpa testículo. Tem aumento de BHCG – não é para ter em sexo masculino. BHCG elevado e DHL elevado. Pede esses dois em massa testicular e mediastino alterado na tomo Resseca metástase + rt e qt – respondem bem na maioria a esse tto, melhor prognostico Tumores malignos Não-Seminomatosos: CA embrionário, teratocarcinoma, tumor de saco vitelínico e coriocarcinoma Altamente malignos Sintomas (Assintomáticos X compressivos) Níveis séricos elevados de AFP e BHCG Do mal. Muito agressivos, altamente malignos, e geralmente paciente tem sintoma => dispneia porque comprime, síndromes hematológicas. Quadro dramático. Aumento dos níveis séricos de alfa feto e BHCG estourado (no outro 7 a 10% elevado) – esse vai estar muito aumentado. Tomo de tumor não seminomatoso. Apontando artéria pulmonar. Esse tumor – RNM importante para avaliar invasão do vaso. Parece que massa empurra artéria pulmonar, mas não garante que invadiu, corroeu. E tem derrame pleural. Tumor maligno e invasivo. Pode ter que ficar um pouco e faz RT. É melhor tentar retirar, mas é impossível se invade arteria pulmonar. Cirurgia radical se possível Mal resposta à QT e RT Metástases à distância Sempre que puder tira, mesmo se resseca R2 – tira maior parte mas deixa algo, e RT complementa. Oncologicamente questionável. Mas sabe que hoje é melhor tentar tirar se possível (invasão da artéria pulmonar não da – tem que tirar pulmão, não da). Respondem mal a QT e RT e tem metástase a distancia. Diante de massa – laudo nem sempre 100% seminoma, fala 60/70% seminoma – é predominantemente seminoma e da esse nome. Pode estar associado a por ex não seminomatoso e se comportar como não. Seminomas – melhor prognostico, não seminoma – pior prognostico. Menino jovem. Quadro dramático de dispneia Deitava e comprimia cava, massa de 8kg, e chocava Intubado sentado. Cirurgia em semi decúbito sentado. Quando retirou tumor da cava ai pode deitar. E não chocava mais. Tirou nervo frênico, parte do lobo a esquerda. Massa gigantesca. Muito tecido necrótico, indiferenciado nesse tumor. Sobrevida – 6m, fez QT teve reação importante. Linfoma: Neoplasia maligna caracterizada por proliferação dos tecidos reticuloendoteliais, mais comumente linfócito. 49 Derrames pleurais 5% - 10% casos mediastinal puro Linfoma Hodgkin – “células de Reed-Stemberg” Linfoma não-Hodgkin – linfoblástico e células B Sintomas B: febre, sudorese, perda ponderal DAR DIAGNOSTICO – e estadiar pro onco. Papel do cirurgião torácico no linfoma – dar diagnostico. Pode chamar para biopsia, linfonodo. Da diagnostico e por vezes estadiar para o onco. Massa mal delimitada com necrose, mediastino anterior. Com as biopsias transtoracicas tem feito menos diagnostico para eles. Papel do cirurgião torácico = diagnóstico e estadiamento Vias de acesso Tratamento quimioterapia Não era melhor tirar a massa? Porque não faz isso? Linfoma é um problema nas células hematológicas – tumor sistêmico, doença hematológica sistêmica, a massa/conglomerado no mediastino é a ponta do iceberg. É doença do corpo todo, tto é QT. RX com alargamento do mediastino. Provável linfoma. PET CT: PET-CT: FGV. Capta glicose e brilha, brilhou na massa. linfoma Bócio Intra-torácico: Comum Mulheres de meia idade Assintomáticos Desvios traqueais – sintomas Cirurgia combinada É uma tumoração. Bócio mergulhante, intratorácico. Ajuda CCP a tirar quando bócio se insinua no mediastino. Na maioria dos casos CCP faz tireoidectomia, puxa e vem. Mas existe. Esternotomia + cervicotomia. Paciente de 57 anos, fem, com queixa de disfagia. – BOCIO MERGULHANTE Bocio dela em cima. Apertando a via aérea, dispneia. Não dava para sair so pelo pescoço, esternotomia e retirar massa 50 Derrames pleurais Cabeça, abertura do pescoço e desce para o tórax. Tireoide dele. Bócio enorme, apertando a via aérea – dispnéia. Fez esternotomia. TERATOMA: Lesões do Mediastino Médio (cistos) Lesões doMediastino Médio Cistos Aneurisma de Aorta Lesões simulando tumores de mediastino Por ex. lesões esofágicas e pulmonares Existem outras doenças mas pensa em cisto no mediastino médio. O cisto são as mais comuns, principalmente os de duplicações esofágicas e os broncogenicos. Cistos de Mediastino Congênitos: Cistos mesoteliais Pericárdicos / Pleurais Cistos derivados do intestino primitivo Broncogênico / Esofágicos / Gastroentérico/ Neuroentéricos / Cistos Linfáticos / Cistos do Ducto torácico Adquiridos: Inflamatórios Tímicos Teratogênicos Dermóides Tireóideos Paciente de 53 anos, masc, achado incidental radiográfico – CISTO BRONCOGÊNICO Dispneia. Na RNM captou contraste cística, era cisto. O contraste na RNM mostra – fases do contraste interpreta. Era cisto broncogênico. Fase do contraste consegue matar o que é realmente. Problema – cisto é benigno, problema é que pequena parcela degenera para malignidade e ele infecta - infecção de repetição. Uma hora da problema, ficar tendo infecção, varias pneumonias no ano. Pode ter sepse e agravar. Tira para parar ciclo de infecção. Paciente de 36 anos, fem, achado incidental em RX tórax – CISTO PERICÁRDICO 51 Derrames pleurais RX – imagem de pneumonia, Pede tomo. Mas na TC – liquido dentro da pneumonia? Não – essa paciente RNM – ressaltou caráter cístico da lesão Retirada peça – cisto pericárdico. Pode so acompanhar, se cresce tira, é benigno. Paciente de 44 anos, fem, com queixa de disfagia há 1 ano. Endoscopia digestiva alta normal – LEIOMIOMA DE ESÔFAGO Na TOMO – coração, aorta, e lesão aonde deveria estar esôfago É leiomioma de esôfago – tumor no esôfago. Lesões do Mediastino Posterior “Tumores Neurogênicos” Tumores mediastinais originados dos nervos, gânglios simpáticos ou quimiorreceptores do sistema paraganglionar. Ocupam sulco paravertebral e mais raramente plexo braquial e nervos intercostais São tumores da coluna, dos nervos. Originados da crista neural – COLUNA, não são tão comuns, mas se são mais benignos e não invade canal pode tirar ate por vídeo. Tumores que costuma ver na pratica. Não são tao comuns, mas geralmente shivanoma ou mais benigno e não invadem canal medular consegue tirar ate por vídeo. Opera tira. Paciente de 35 anos, masc, assintomático - SCWHANNOMA Aspecto do tumor depois. Era um Shiwanoma. Não invade canal medular, consegue retirar. Mas tumores malignos não retira – o cirurgião não mexe em coluna. Faz toracotomia e deixa neuro ou ortop. de coluna fazer a cirurgia. Cancer do coração – mais comum é mixoma cardíaco. Mas muito rarooooo. Familia dos sarcomas – resposta a quimio não é tao boa. Por se tratar de doença oncológica não cabe transplante. 52 Derrames pleurais D E A – não, médio B – não, médio C – não, médio D – não, cistos são benignos (uma pequena parcela degenera). Opera quando é sintomático B Esta com quase tamponamento pericárdico, pode ocorrer no linfoma – típico da sua fase avançada. Cel – patognomonico de linfoma de Hodgkin. C Ptose, cansaço. E sd paraneoplasica de pancitopenia que pode ocorrer no timoma. Cirurgico mandatório. Teratoma – mass, 2/3 assintomatico e quando sitnomatico sintoma compressivo. Linfoma – não opera MG e massa -timoma Teratocarcinoma – pela tomo não, a tomo tem cálcio, mas geralmente amorfos, massa que não distingue 53 Casos Clínicos Slide muito importante C 17/09/2020 Casos Clínicos Nódulos Pulmonares Fase inicial do câncer de pulmão Identificar precocemente Caso 1 Padrão ouro – TC Nódulo É na carina, na divisão Paciente tem pobreza vascular – grau de aprisionamento aéreo embora não seja tabagista. Distância aumentada antero-posterior em relação ao coração. Supõe algum grau de DPOC, hiperinsulflamento aéreo. Fissura que separa lobo superior do inferior para trás. Nodulo – segmento superior do lobo inferior esquerdo. Diante desse nódulo Janela de mediastino Densidade de tecidos moles - pontos de calcificação dentro do nódulo. É uma tomo sem contraste, calcificação na aorta descendente e calcificação hilares. Nódulo – menor que 3 cm (maior é uma massa). 0 a 1, 1 a 2 e 2 a 3. Esse é grau intermediário – 1,2 cm 54 Casos Clínicos Primeiro passo em todo exame radiológico de nódulo => tentar resgatar exames antigos dos pacientes. Se tinha no RX antigo, 3 a 5 anos atrás, já estava presente com as mesmas características – deixaria tranquilo – não esta em crescimento. A primeira coisa seria resgatar RX antigo se tiver. Se não => se nódulo é suspeito de malignidade intervém e confirma – biopsia guiada. Mas como esse tem calcificação pode ser sinal de benignidade. Ideal acompanhar com TCs seriadas que variam entre 3 a 6 meses e com isso observa se nódulo aumenta ou não, define conduta baseado na evolução. Quando nódulo tem calcificação provavelmente já está ai a pelo menos 10 anos – mesmo nódulo benigno cresce, necrose em interior, calcifica – lesão crônica. Mesmo que não tivesse RX prévio – o fato de ter calcificação lembra mais acompanhamento clinico sem intervenção (nem biopsia ou cirurgia). Fica estabelecido que mesmo com calcificação acompanha com TC uma vez por ano, ou uma a cada 2. Por pelo menos 2 anos – tempo que na malignidade cresceria. A grande maioria dos nódulos calcificados são benignos. Granulomas sequelares de TB ou hamartomas. A exceção mais comum do que pode malignizar e cresce lento – adenoma carcinoide? – mas bem mais raro. Caso 2 Hiperinsulflado Seios costofenicos livres Sem lesões Hilo mais visivel do lado direito – geralmente ve melhor mesmo. Nódulo RX é exame de triagem – no perfil se visse nódulo pulmonar faria uma tomo. Mas pela experiência: imagem posterior ao coração, se fosse no mesmo plano do coração não teria aparência tao evidente quanto tem. Se for nódulo pulmonar o RX de perfil identificaria imagem mas não daria os detalhes radiológicos que precisa – tamanho, bordas... Pode até fazer exame auxiliar como RX de perfil. 55 Casos Clínicos Na TOMO foi visto que tem 2c m, tamanho intermediário, contorno lobulado no lobo inferior esquerdo. Se desconfia de malignidade – biopsia transtorácica. Primeira coisa é pedir RX antigo. Se trás e não tem nódulo – preocupa Como era muito periférico, paciente hígido: intervenção cirúrgica. Nódulo não tinha calcificação, contornos um pouco lobulados. Aspecto cirúrgico: não ve parênquima pulmonar, só nódulo. Nodulo que foi enucleado – incisão no parênquima, aperta e nódulo pula fora, sozinho enucleado, não sai tecido pulmonar – bem capsulado, borda irregular mas capsula brilhante. Sinal de nódulo benigno chamado de Hamartoma. Caso 3 Cirurgião pensa em todas essas alternativas. Ideal PET se tiver, mas hoje ainda muito difícil ter acesso. Nesse caso se suspeita persistir parte para biopsia. Se maligna parte para adiante. Poderia ser acompanhado por 3 a 6 meses, mas por ser tabagista, borda irregular, tamanho intermediário para grande. Suspeita de neo – tira segmento pulmonar associado para ter segurança que se é maligno pode ter linfangite carcinomatosa periférica. Era nódulo/ granuloma de tuberculose. Bem encapsulado, homogêneo, áreas escuras de antracnose. Caverna no centro – geralmente onde começou todo o processo e pode achar bacilo vivo nessa caverna de necrose caseosa, área central escavado. TB é DD de nódulos captantes no PET – metabolismo tambémaumentados. Notificar vigilância e encaminhar para tto – pode ter outros micronodulos potenciais de risco Caso 4 56 Casos Clínicos Vários nódulos, vários locais de opacidade, ficam periféricos no pulmão, diversos nódulos. São nódulos grandes, alguns provavelmente já são massa. Seio costofrênico a esquerda aparentemente obliterado. Area cardíaca um pouco aumentada, marca passo. Esse quadro parece consumptivo progressivo com múltiplos nódulos pulmonares. Histórias mais definida – quadro mais neoplásico. Não tem febre, tosse produtiva, perdendo peso devagar. RX muito antigos as vezes não consegue ver nada mesmo na neo. Ideal solicitar tomo de tórax para ver melhor. Nódulos difusos bilaterais e massas, periféricos – na ponta do vaso. A TC ajudou muito na hipótese de que tinha múltiplos nódulos metastáticos de neo primaria de algum lugar com nódulos no pulmão. Celulas metastáticas vao para vasculatura pulmonar, param na ponta do vaso e crescem nódulos na periferia. Toda doença neoplásica tem grande chance de metástase pulmonar. Tomo com contraste. Rim esquerdo da paciente: tumor renal esquerdo enorme que era o sítio primário dessas metástases pulmonares. Nódulo pulmonar pode ser solitário, e podem ser múltiplos – se múltiplos mais periféricos, mais nas bases onde existe vasculatura maior – sempre desconfia de nódulos metastáticos – obrigatório investigar neo primaria. Caso 5 PET CT é bom para acima de 1, lesões menores que 1 tem baixa acurácia em relação a captação. É a tensidade da captação do PET-ct que vai dizer se é alta ou baixa e da diagnostico. Biopsia e pets são mais difíceis de realizar e interpretar nesses casos. Pensa que é benigno – mas prudente acompanhar para ter certeza que em 3-6 meses ele não cresce. Acompanhar – tabagista, idade intermediária, tem nódulo. Alta definitiva não é prudente, pelo menos acompanhar. Cirurgia imediata não: só se achasse que é maligno. É pequeno ainda. Não faria. Melhor é acompanhar de 3- 6 meses. Nem sempre consegue o ideal: outros fatores pois não teria condição de acompanhamento. Periférica – toracotomia. Ideal acompanhar pelo baixo risco. Era 57 Casos Clínicos granuloma de tuberculose, sem necrose caseosa e seu interior, provavelmente cicatricial. Caso 6 Massa (lesão>3cm) periférica no campo médio direito no RX de tórax, por volta 4cm, bordas regulares, área de escavação em seu interior e tem uma extensão pleural (grudada na pleura). Foi tentado biopsia pois bem periférica mas não conseguiu. Alguns tumores tem tendência a necrose em seu interior, indolentes de crescimento mais lento, não consegue afastar. Quando aderido – aderência pleural tende a ser mais inflamatório (apesar de não afastar malignidade). Pleura rapidamente inflama e adere. Se faz PPD: Imunossuprimida com PPD+, cavitação. Trata TB e não opera? Nodulo bem delimitado – lobo superior, pensa em TB, nunca afasta. É uma massa já nesse caso. O tuberculostatico penetra bem e esteriliza lesão? O granuloma é extenso e só centro com necrose caseoso. O tuberculostático não chega. Intervir e depois tratar. Nódulos grandes de TB principalmente com necrose e principalmente em imunossuprimidos, tem muita dificuldade, mesmo se confirmasse TB com biopsia – muita dificuldade de tto só clinicamente. Ate porque é imunossuprimido relativamente jovem, pode desenvolver TB até mais grave no futuro. Por ser periférico melhor é ressecção cirúrgica da lesão – grande granuloma de TB com área grande de necrose caseosa. Suspeita de TB alta – DM, corticoide para AR. Pode instituir tto, mas nódulo não desaparece. Não tem certeza que esterilizou. Se consegue resolver com minimamente invasiva resolve. Caso 7 Lesão solida de aprox. 2,4cm. Achado radiológico mas tem quase 3 cm. Jovem, lesão que pode ser benigna mas já tem 3cm. Quando 60 anos vai ter 6 cm e teria que tirar lobo 58 Nódulo Pulmonar Solitário inteiro. É benigno e periférico, pode ressecar. Mesmo tumores benignos, de volume grande e acessível – cirurgia minimamente invasivo tem beneficio grande. Libera de acompanhamento com alta irradiação (tc 100 Rx). Radiação solar e radiações de contato no dia a dia – irradiação equivalente a 10 RX/ano. Caso 8 Mas se recusou, volta com quadro mais dramático e grande lesão. Nunca parte para ressecção cirúrgica completa imediata sem antes estadiar lesão – nada garante que não tem metástase. Para ressecção curativa de neo – saber tipo histológico, algumas curadas melhor por terapia que cirurgia e ESTADIAR PACIENTE. Nunca operar direto. Não tinha sintoma, so achado, mas depois sintomas: Nodulo pulmonar não costuma dar dor. Lesão evoluindo com queda do estado geral, perda ponderal, perda de apetite. Foi visto grande massa extensa no lobo superior direito. Lesão já é massa, a costela – periósteo infiltrado. Quando lesão infiltra arco costal já é praticamente lesão em estádio III para IV – paciente já deve ter, se não macroscópico mas alguns focos de micrometastase – vem crescendo e invadindo parede torácica. As metástases de câncer de pulmão costumam ir para crânio, ossos, fig e suprarrenais – sítios maiores de metástase. E para próprio pulmão as vezes, outros lobo ou contralateral... DGO confirmado – adenoca avançado não cirúrgico. Bastante idade, ate daria para retirar parede costal, grande ressecção – mas DPOC avançado, não tinha função pulmonar adequada, tto paliativo. Nódulo Pulmonar Solitário Definição Lesão radiológica única, cercada de parênquima pulmonar Tamanho de até 3 cm o > 3 cm => massa Achado incidental de exame de rotina Maioria dos pacientes assintomáticos Para ser NPS tem que ter menos de 3 cm, acima de 3cm fala em massa. Em geral não faz tomo para procurar esse TC, ela acaba sendo achado incidental de exame – ex TC por tabagismo de longa data, espirometria, DPOC avaliar parênquima e acha nódulo. Ou porque é Hipertenso de longa data, ECO não sabia largura do arco da aorta. Objetivo do exame não é achar nódulo, mas a partir do achado saber o que fazer da melhor forma possível. Saber se tem chance de malignidade ou não, para ver conduta. 59 Nódulo Pulmonar Solitário Maior parte totalmente assintomáticos. Quando acha na anamnese vai perguntar de queixa, de perda de peso, se tratando outra doença, mas em geral assintomático. Por que é importante? Pan-Canadian Early Detection of Lung Cancer British Colombia Agency studies 12029 nódulos em pacientes de baixo risco 144 (1% malignos) Benigno X Maligno Mais tomos, mais nódulos. Estudos que avaliaram 12 mil pacientes com nódulos em pacientes de baixo risco – não era idoso, sem antecedente de tabagismo nem AF. 1% maligno – mas achado de exame. Naqueles com risco maior é mais. Importância de diferenciar com assertividade se é benigno ou maligno. Se descoberto maligno mas em doença inicial acaba comprometendo qualidade de vida e tto dessa pessoa. Tto inicial é melhor do que um protelado. Isso não é um achado do torácico, é de qualquer medico. Etiologia maligna Carcinomas primários do pulmão Adenocarcinoma: mais comum – 50% (periférico) Escamosa (central) – 20 a 25% Grandes células (periférico) Raros: linfomas e sarcomas Carcinomas primários, dentre eles o mais comum é o adenoca – 50% dos casos, em geral é periférico, tem aspecto não tao bem delimitado. Depois pode ter o de células escamosa que geralmente é mais central, o de grandes cels que também é periférico, e muito mais raro o linfoma e o sarcoma. Lesões metastáticas o Melanoma, sarcoma, carcinoma de cólon, mama, rim e testículo o 25% de chance de ser metástase em pacientecom história de malignidade Lembrar também dos pacientes com lesão primaria em outro órgão e o nódulo do pulmão de origem metastática. O que metastisa para o pulmão? Melanoma, sarcoma, ca de colon... Principais Mas todos os outros podem apresentar metástase pulmonar Paciente com história de malignidade, neo previa, tto de neo não pulmonar – quando aparece nódulo – 25% de ser metástase. Imagem ca de bexiga - Mais arredondado que ate também é característica da metástase. DGO pelo histopatológico, tem que investigar mas desconfia. Tumor carcinoide o Tipicamente endobrônquicos o 20% periféricos, como nódulo bem circunscrito Tem também o tumor carcinoide tipicamente endobronquico mas que 20% pode ser periférico. Ele pode ter calcificação pois é tumor de crescimento lento mas É DE ORIGEM MALIGNA. Ve brônquio dentro, imagem em contiguidade com a parede do brônquio. Etiologia Benigna Granulomas infecciosos o 80% dos nódulos benignos 60 Nódulo Pulmonar Solitário o Geralmente bem demarcados, totalmente calcificados ou com calcificação central o Tuberculose o Histoplasmose, paracoccidioidomicose o Abscessos (menos comum) Etiologia benigne: Granuloma infecioso, alt inflamatória reumatológica, doença de deposito... pode avaliar e que vai ter que diferenciar da benigna Na etiologia benigna, dentre granulomas infecciosos: geralmente bem demarcados, circunscritos, redondos, calcificação importante ou calcificação central. De todos os nódulos que encontra de etiologia benigna – 80% deles é granuloma infeccioso. Pode ser por TB, histoplasmose, paracoco, abscessos – granuloma mas menos comum. Na primeira tomo – granuloma de origem infecciosa com calcificação central importante. Embaixo na duvida – é granuloma bem circunscrito mas parece até nível liquido dentro que fala a favor de ser abscesso – nível liquido no interior. Neoplasias o Hamartoma 10% dos casos Ocorrem em faixa etária intermediária, crescimento lento em anos, radiologicamente e histologicamente heterogêneo (gordura, calcificação) Outras etiologias benignas não tao comum: 10% neo benigna – hamartomas: mais comum em faixa etária intermediaria (40-60), crescimento lento se desenvolvendo em anos, e tem diferença radiológica histológica. Tem conformação heterogênea o da imagem, não é espiculado, mas dentro densidade menor de partes moles, densidade maior de calcificação => é característica do hamartoma. É neo benigna mas dependendo do momento que acha e do tamanho – ressecção pelo risco de aumentar muito e ter que ressecar mais, apesar do crescimento lento e da benignidade. Neoplasias o Bordas mais regulares o Classicamente calcificação em pipoca o Menos de 10% dos casos o Fibroma, leiomioma, hemangioma (incomum) Outros tipos de neoplasias bem menos comuns: Leiomioma... Hamartoma pode ter calcificação em pipoca – lobulado e não espiculado - como orelhas redondinhas sem a trave fibrosa. Vascular o MAV o Infarto pulmonar, contusão Lesões inflamatórias o Granulomatose de Wegener o AR o Sarcoidose o Linfonodos inflamatórios perifissurais Outros 10% - bem menos comuns: Etiologia vascular com MAV, imagem – alteração sugestiva de nódulo em lobo inferior esquerdo e no contraste tem ligação com o vaso, não é comum. Pode ter infarto pulmonar, contusão, trauma, lesões inflamatórias, reumatologicas – por ex por AR, sarcoidose, granulomatose – pode dar NPS Pode ter linfonodo perifissura pulmonar – ex teve pneumonia e teve infarto do linfonodo – aumento dele importante, e parece um nódulo. Na biopsia aparece um linfonodo. Todas etiologias menos 61 Nódulo Pulmonar Solitário comuns, mas importante lembrar dos DD ao investigar paciente. Etiologia benigna X Maligna Nódulos miliares o Nódulos de 1 a 4 mm numerosos o Ambos os pulmões o Classicamente associados a tuberculose o Sarcoidose, silicose o Histoplasmose, metástase Nódulos miliares As vezes tem nódulos muito pequenos – miliares: múltiplos nódulos com menos de 0,5cm – 1 a 4 mm que tem em ambos os pulmões, classicamente associado a TB miliar. Vários pontos no parênquima. Pode ser relacionado a sarcoidose, silicose e não da para afastar de metástase. Mas característico de TB Metástase pode dar múltiplos nódulos mas em geral não são tantos nem tão pequenos, mas entra em DD. Quadro clinico: NPS é achado acidental. Diferente do paciente com tosse, sudorese noturna e febre baixa com piora há 2 dias – tomo com essa imagem, parece ser TB. Confirma pedindo baciloscopia no escarro. Tem diagnósticos diferenciais, pode ter múltiplos nódulos que tem que diferenciar em benigno e maligno. Diagnóstico Probabilidade de malignidade calculada clinicamente e por modelos preditivos Baixa probabilidade = <5% Intermediária probabilidade = 5 a 65% Elevada probabilidade = > 65% Estimar a probabilidade intuitivamente = intermediária a boa (porém depende de diversas variáveis) Avaliação clínica e modelos preditivos são complementares Clinicamente tem tendência a tentar ver se parece mais positivo ou negativo, mas não da para basear conduta nisso. Criados diversos modelos preditivos: escores (o de brock usa bastante) que faz probabilidade conforme variáveis, conforme idade, tamanho, tipo de lesão. Probabilidade de câncer – baixa, intermediária ou elevada. A intermediária tem uma faixa muito grande, investiga tudo da mesma forma? Não, se um em 10% e outro em 60% - mesmo ambos sendo intermediária a chance do 60% é muito maior – intervenção mais precoce e agressiva. Estimar apenas pela experiência – sensibilidade intermediária boa mas depende muito do paciente, de suas comorbidades, da experiência do médico. Por isso, sempre vai complementar com um modelo preditivo, um desses escores. Quais critérios devemos considerar para afastar a etiologia maligna? Idade DPOC (tabagismo crônico) Neoplasias prévias Características radiológicas: tamanho, forma, localização Velocidade de crescimento NPS: que critério fica mais preocupado que sugere mais etiologia maligna? Quanto mais idoso maior chance de malignidade, se já tem DPOC como sequela do tabagismo, se neo previa ou em tto, e as características do nódulo, e velocidade de crescimento. 1. Características de História Clínica Idade = ↑ risco (35-39 anos: 3%; > 60 anos: 50%) Sexo: ↑ feminino (adenocarcinoma) Tabagismo/ enfisema pulmonar (DPOC) História familiar de neo de pulmão História prévia de neo = risco de metástase Quanto maior idade mais risco – jovem tem 3% de chance de malignidade, mas NPS com mais de 60 anos – chance de ser maligno de 60%. 62 Nódulo Pulmonar Solitário Feminino – mais chance de malignidade, mais associado ao adenoca. Tabagista e tiver enfisema pulmonar (DGO de DPOC faz por espirometria – mostra distúrbio ventilatório). Pode fazer TOMO e se tiver estria radiodensa, infiltrado em vidro fosco é sugestivo? É, te ajuda? Sim. Mas para o DGO que vê nos guidelines tem espirometria e o que tem de restrição de atividades do paciente – falta de ar aos esforços, aos pequenos, moderados, grandes. Quanto maior a carga tabagica maior a chance. Paciente com AF de neo de pulmão tem mais chance de ser maligno também. E com história prévia de neo tem mais risco de ser metástase. 2. Características radiológicas Tamanho Bordas e contornos Tipo: nódulo sólido é mais comum Localização Número de Nódulos Características do nódulo. Tamanho Preditor independente de malignidade Antigamente obtido pelo diâmetro máximo Atualmente média entre o eixo axial longo e curto Benigno – 85% < 1cm Maligno – 60% > 2cm Quanto maior o nódulo maior a chance de ser maligno. Na maior parte dos serviços é medido em cm pelo maior diâmetro do nódulo. Estudos atuais falam que isso não é fidedigno – pode estar medindo o diâmetro maior e ele estar aumentando no outro diâmetro, o ideal seria calcular o volume do nódulo: média entre eixo curto e longo. Na prática a maior parte mede em cm. Agora terceira medida para volume. Menores que 1cm:mais de 85% de chance de ser benigno. Maior que 2cm: 60% tem chance de ser maligno. Bordas e contornos Lisa => Benignos Lobulado, espiculado => Malignidade Borda lisa, circunscrita e redonda – fala a favor de benignidade. Lobulado – várias bordas arredondadas e o espiculado – várias traves pontiagudas – são mais características de malignidade. Calcificações Sólida Difusa Central Benignos Lamelar “Popcorn-like” Difusa Irregular Podem ser Malignos Excêntrica Paciente com calcificação sólida difusa – completamente calcificado: provavelmente benigno. Calcificação central – benigno, o lamelar: parece um alvo – mais sugestivo de benignidade. Popcorn – geralmente liso mas lobulado (orelhas), mas tudo cheio de calcificação fala a favor de ser benigno. Maligno: os que não são calcificados, os que tem calcificação muito irregular, não tem padrão e o que tem calcificação discreta e na borda – por fora/periferico e dentro sem nada. 63 Nódulo Pulmonar Solitário 1- Calcificação central – pensa em benignidade 2- Também fala a favor de ser calcificação mais central, mas dentro tem uma circunferência mais densa e fora hipodenso - característico de lesão fungica, histoplasmose. 3- Lamelar: também fala a favor de benignidade. Calcificação em camadas e bem arredondado na periferia. Pode ter reação inflamatória para a pleura 4- Hamartoma: borda não é tao lisa, tem calcificação mais na periferia. Pode ter hamartoma com calcificações tipo popcorn 5- Lobulado, orelhas lisas, calcificação popcorn – parece entremeio de pipoca 6- Adenoma carcinoide: mais endobronquico, e quando não é pode ser mais periférico e tem calcificação também Não tem sempre nem nunca. Mais provável ou menos provável ser benigno/maligno. Depende da história, e apresentação também. Atenuação Nódulo sólido (+ comum) o < 8mm: menor chance de malignidade o > 8mm: maior chance de malignidade PET e biópsia Nódulo semi-sólido (densidade menor) o Vidro fosco único o Presença de componente sólido o Dificuldade de diferenciação É inteiro da mesma densidade ou densidades diferentes? Nódulo sólido se pequeno – a favor de benigno. Se maior que 8 – maior chance, avalia se pede o pet scan ou biopsia. Nódulo semi-sólidos (vidro fosco único), infiltrado de densidade menor, pode ou não ter componente do sólido, pode ser vidro fosco total, vidro fosco parcial, não da para ter certeza se maligno ou benigno – investigar. Localização do nódulo Ca. Pulmão 70% nos lobos superiores Mais frequente no pulmão D Onde está esse nódulo. Uma das características mais importantes e sugestivas de malignidade => nódulo em pulmão lobo superior, e pulmão direito. Sabe-se que 70% dos Cas são de nódulos pulmonares em nódulos superiores. Quanto mais espiculada borda, quanto menos calcificada, quanto mais lobos superior e ápice pulmonar – mais chance de ser neo maligna. 3. Velocidade de crescimento Nódulo sólido: aumento > 2mm no tamanho Nódulo semi-sólido: aumento da atenuação, aumento da medida, desenvolvimento de componente sólido Estabilidade durante 2 anos => benigno o Vidro fosco: 5 anos Avalia se nódulo solido – aumento maior que 2 mm no tamanho já considera sinal. Se semi-sólido: considera aumento de atenuação (diferença de densidade), o aumento da medida, aparecimento de componente sólido. Sabe que se o nódulo continua igual por 2 anos – provavelmente é benigno. No começo da avaliação ve RX antigo: se tem o mesmo em RX de dois anos atrás fala que é benigno. 1 ano atrás – pensa em um ano de estabilidade e acompanha por mais um. Exceção se nódulo não for solido, for tipo vidro fosco, porque sabe que a avaliação é mais difícil, porque não tem componente solido homogêneo, pode estar infiltrado. Acompanha por mais tempo. Exame anterior de 1/2/3 anos com o mesmo nódulo e mesmo tamanho, mesmo assim, fala a favor de benignidade. Aumento de tamanho em curto período de tempo (< 20 dias) => benigno Tempo de duplicação: entre 90 e 180 dias => malignidade o Aumento 25% diâmetro equivale a 100% em volume (duplicação) o Exceções: alguns tumores crescem devagar 64 Nódulo Pulmonar Solitário Um nódulo que aumenta muito rápido, tomo com menos de 20 dias e dobrou de tamanho – provavelmente benigno. Neo não cresce tao rápido assim. Quando solicita exame de controle – entre 3 e 6 meses => pelo tempo de complicação. Se entre 3 e 6 meses esse nódulo aumentou 25% no maior diâmetro sabe que aumentou em 100% o volume, dobrou de tamanho – fala a favor de malignidade. Se não tem certeza do nódulo ou caem em intermediária – repete tomo de 3 a 6 meses. 3 ou 6 depende do risco que calcular. Paciente com 10% pode pensar em repetir exame em 6, mas no 6% repete em 3 meses. Adianta repetir antes? Não, em geral crescimento não é tao rápido assim. Não faz tomo a cada 20 dias. Esse tempo de duplicação => aumento de 25% do diâmetro é bom indicativo de malignidade, mas da mesma forma ele não é característica que sempre vai acontecer, alguns tipos de tumor como o carcinoide podem crescer mais devagar, ai tem que demorar um pouco mais, avaliar mais vezes. Ou se história sugestiva, risco maior, biopsia logo na primeira avaliação. Na prática até 20% mais ou menos segura e faz tomo, paciente com escore entre 40/50 em geral se possível biopsia ou em 3 meses imagem pronta – nunca com 6. O que mais preocupado adianta. E decisão da família – as vezes prefere biopsiar para ficar tranquilo. Anamnese + EF + escore 4. Captação de contraste Nódulos < 5mm com atenuação homogênea (sem gordura ou calcificação): Imagens sem contraste após 1,2,3 e 4 min após injeção (cortes de 1mm) Cálculo de captação (> 20HU sugestivo de neoplasia; sensibilidade 98%, especificidade 58%, valor preditivo neg. 96%). Quando avalia parênquima pulmonar => avaliar pulmão faz tomo sem contraste. Alguns estudos mostram que se fizer contraste nessa situação, se o nódulo for maior que 5mm, todo homogêneo (solido) mas não tiver dentro nem gordura nem calcificação – após injetar contraste faria imagem com esses minutos e consegue pelo tanto de captação em cada minuto. Mas não é tao fácil de fazer – injeta contraste em velocidade, cortes exatamente nesses minutos. Mas em centros de referencia para neo de investigação e triagem – o contraste pode ajudar a diferenciar. Captação >20 sugere neoplasia. Diagnóstico – Futuramente: Uso de Biomarcadores: o Antígeno carcinoembriogênico o Alfa-1 antitripsina o Antígeno carcinoma de células escamosas o Resposta imuno ao câncer (LG3BP e C163A) o (Ainda não validados) Estudos testando – biomarcadores. CEA para carcinoma de intestino para biomarcador de pulmão... Mas nada ainda é validado e nada disso está a disposição agora. Escore de BROCK Coloca a idade, sexo, se tem câncer de pulmão na família, se tem enfisema – ou tabagista pelo menos 30anos-maço e na tomo estrias radiodensa, infiltrado coloca como enfisematoso. Tamanho do nódulo em mm (até 30 mm, 3cm). Coloca o tipo homogeneidadedo nódulo – se é solido, parcialmente solido que aumenta chance de malignidade e diminui chance de ser benigno. Se é vidro fosco ou não solido diminui a chance de maligno. Olha se for em lobo superior – chance maior de malignidade. O numero de nódulos – sabe que um único tem mais chance de ser neo primária de pulmão do que múltiplos nódulos (ve que ou é metástase ou doença infecciosa ou doença inflamatória). E outro fator importante – espículas, travinhas – mais chance de ser neoplásico. Da resultado do escore e com base nisso probabilidade de ser câncer. Algo objetivo para tomar decisão. 65 Nódulo Pulmonar Solitário FDG PET Nódulos sólidos 1-3 cm. Menor que 1cm tem baixa sensibilidade. S = 94% E = 83% População com doenças infecciosas pulmonares endêmicas = especificidade baixa Falso-positivo: infecções focais, TB, sarcoidose, D.reumatóide Falso-negativo: em tumores de crescimento lento como carcinóide, bronquíolo alveolar. Metástases Se ficou no escore intermediário, não sabe => pode tentar fazer o PET. Capta glicose marcada, para qual pode usar? Nódulos de 1 a 3 cm. Menor que 1 não adianta pedir – é muito pequeno e não vai captar, sensibilidade fica ruim. Se solido de 1 a 3 a sensibilidade é 94 e E de 83. Da para ter grau de confiabilidade bom. Levar em conta => países que doenças infecciosas são endêmicas como BR (TB) – especificidade um pouco mais baixa – infecção focal pode fazer falso positivo. Pode ter nódulo captante sugestivo de neo. Por isso lugares com muita TB avaliar com cuidado resultado do PET. Pode ter falso negativo – se câncer com crescimento lento não capta o suficiente e da negativo. É o caso do tumor carcinoide e do bronquíolo alveolar. Metástase também não tem boa especificidade quando tem múltiplos nódulos – investiga com outros exames, contraste, investiga outros sítios, biopsia => depende da localização, quantidade, tamanho. Para nódulos pulmonares solitários > 1cm, o PET é o melhor teste para determinar malignidade ou benignidade Nódulo pulmonar a direita, infusão da glicose marcada ele brilha. SUV>2,5 sugere malignidade. PET é um bom teste para determinar, ótimo. Tem falsos positivos e negativos mas para probabilidade intermediaria ajuda. Grande problema: muito difícil conseguir no SUS. Até pede, são poucos centros que fazem, demora muito para resultado – na maior parte dos casos ou outra tomo ou biopsia. Um ano para conseguir – mais fácil outra tomo em 3-6 para ter ideia de crescimento ou não e não perder tempo no tto. É bom exame, pode ajudar muito, mas nem sempre acessível para todos os serviços. Como abordar o NPS? A mais de 2 anos – certeza que é benigno – alta ou retorno depois. Não é novo, não sugere malignidade. Mas se carga tabagica pesada acompanha – alta desse nódulo que não preocupa mas acompanha surgimento de outro – anualmente ou a cada 2 anos. Se não tem exame ou não tem nódulo no exame – indeterminado, risco de malignidade. LEMBRAR: Imunocomprometidos História de malignidade sob QT atual ou apenas seguimento Sintomas pulmonares Pacientes que são imunocomprometidos, que já tem história de malignidade ou fazendo QT, ou já fez QT e em segmento (5-10 anos) e se tem sintoma pulmonar => investigar ativamente esse paciente que é indeterminado. Não espera muito, pois pode não ter tanto sintoma se imunocomprometido e história de malignidade e já ser metastático. E se sintomas – tto dos sintomas. 66 Nódulo Pulmonar Solitário Nódulo indeterminado Em paciente indeterminado => não tem imagem prévia. Escore de BROCK – se menos que 5% pode repetir exame de 4-6 meses depois. Se intermediário 5-65% pode repetir depois de 3 a 6 meses, ou PET ou ainda ir para biopsia. Se alto risco pode fazer PET ou biopsia ou cirurgia. Mas alto risco porque PET? Depende do paciente – pode não ter condição cirúrgica, nem de QT, paliativo. Em geral quando nada impede tto – alto risco vai para biopsia direto. Perto de 5% é realmente baixo, perto de 60% entraria como alto. E meio que resolve a conduta. Vale a pena conversar e decidir junto. Biópsia aspirativa por agulha fina Em lesões malignas o S = 86% (95% lesões periféricas) o E = 98,8% Lesões de 5-7mm – S=50% Complicações: o Pneumotórax – até 30% (15% drenados) o Hemorragias – normalmente auto-limitadas Em geral ela é muito menos invasiva que cirurgia aberta. Mas sabe que precisa ter tamanho mínimo para tirar material do nódulo. Em geral faz biopsias acima de 1cm. Pois se 5-7 mm, a sensibilidade do exame cai para 50%. Faz quando maior de 1cm, nesse caso S em torno de 86%, mas se periférica – 95% pois mais fácil de acessar. Complicação: pneumotórax, lesando a pleura mas geralmente com poucas complicações – só 15% drenados, a outra de pequena extensão e trata conservador. E pode ter hemorragia, normalmente auto-limitada. 67 Neoplasia de pulmão 24/09/2020 Neoplasia de pulmão Prevalente na sociedade, com morbimortalidade muito alta. Introdução Um dos tumores com maior mortalidade no mundo, perde só para ca de mama. Mais comum em homens. SV média baixa em 5 anos. Varia conforme pais, tempo de diagnostico mas varia entre 13-21%, poucos sobrevivem em 5 anos. Grande relação com o tabagismo. É uma proporção muito grande, muitos tem essa história de tabagismo. 2018 – aumento de DGO de novos casos. Numero de mortes alto Idade do diagnostico Faixa etária que fazemos diagnostico: mais elevada – começa a ter casos com 40, 50 anos mas o que é mais prevalente é entre 70 anos de idade. Dá no paciente que fumou muito, alta carga tabagica, fumaram por vários anos, mais em maior idade. Mais homens fumam – mais comum ver Ca de pulmão em homem, em termos de números gerais é o 2º nos homens e 4º nas mulheres. Em 2012 – incidência por estados, os estados do sul, sudeste, MS tem maior incidência de Ca de pulmão, porque? Fatores SOCIAIS – colonização européia maior, fumam mais, maior urbanização – maior uso de tabaco Em mulheres acrescenta o estado de GO. 68 Neoplasia de pulmão Aumento da mortalidade em homens Taxa bruta em homens de mortalidade, acompanha a de incidência por estados, mais estados do sul, SP, RJ, MS Mulheres tambem, e GO Cada vez mais comum ver mulheres fumando, cada vez mais a proporção de homens para mulheres vai ficando cada vez mais próxima. Década de 70 ate 2015, 5 tipos de neoplasias – década de 70 morria mais por Ca de estomago do que por pulmão e inverteu completamente, inibidores de bomba de próton – reduziu câncer de estomago, ao passo que o tabagismo não chegou a diminuir tanto assim. Ainda não houve uma queda de Ca de pulmão como de estomago, próstata aumentou – aumento da sobrevida do brasileiro, expectativa de vida (fases mais avançadas). Piramide de homens e mulheres do BR. Pulmão em 3° - abaixo CCR e próstata, mulheres – abaixo de mama e colon. 2018 – não muda com relação a antigos Mulheres, manteve mais ou menos aquela proporção Tabagismo Uma das neoplasias mais relacionadas a tabagismo. Talvez só perca em numero absoluto a ca de bexiga. Só perde para câncer de bexiga. Isso já foi maior. Não se sabe ao certo porque vem aumentando a proporção de ca de pulmão em não tabagista, principalmente mulheres de meia idade (adenocarcinoma). Mas ainda assim o ca de pulmão – maioria em pacientes tabagistas. Hoje em dia diminuíram propagandas de cigarro, mas até começo da década de 90 se via bastante. Medidas proibitivas, melhora e diminuição do tabagismo. Incentivar paciente a parar de fumar. Se fala que é tabagista tem a obrigação de explicar risco que esse paciente está correndo. Além das vantagens de parar.Aumenta risco AVC, IAM, ca de pulmão, esôfago, língua, bexiga... Incentivar a parar de fumar, mais QV para ele. Campanhas de combate ao tabagismo. 69 Neoplasia de pulmão Queda da morte por ca de pulmão nos EUA. Final da década de 80-90 ate anos 2000, teve uma queda importante de Ca de pulmão. Começaram a ser feitas campanhas mais amplas contra tabagismo combatendo uso indiscriminado do tabaco. Era comum ver jovens fumando e hoje isso diminuiu muito. Mas ainda no BR teve uma campanha mais efetiva – exemplo no mundo de combate ao tabagismo, queda mais drástica. Caiu para uma media bem abaixo dos países da europa e EUA. Ayrton Senna – malboro, propaganda de cigarro nos carros. Não só o ativo tem relação com ca de pulmão. Tem também grande incidência em paciente com tabagismo passivo, convive com fumantes. Orientar familiares também, crianças, evitar contato com fumaça do cigarro. Isso também melhorou muito nos últimos anos – era comum ficar em ambiente fechado com fumaça de cigarro. Mais pra frente queda na mortalidade e incidência de ca de pulmão na pop – efeito medio a longo prazo. Mortalidade por ca de pulmão anual na primeira coluna em pacientes que fumam A sexta coluna – pacientes com tabagismo passivo, que nunca fumaram. A frente de ca de fig, ovário, tumor de estomago, linfoma... Risco considerável, menor que fumante mas alta incidência de ca de pulmão também nesses pacientes. TABAGISMO PASSIVO: ambientes fechados, antigamente ate no centro cirúrgico. Isso vem mudando. Rastreamento Avançou muito nos últimos 10 anos. Não existia rastreio do ca de pulmão, e se perdia muito paciente pelo DGO tardio. Hoje em dia com novos trabalhos. Começou essa ideia e provou que rastreio é efetivo. Começou a tentar determinar grupos que poderiam se favorecer de rastreio de câncer de pulmão. Ainda está engatinhando no BR mas alguns países está mais evoluído Determina qual pop de risco, maioria => pacientes acima de 50 anos, carga tabágica alta (30 anos-maço), não pode ter parado de fumar a mais de 15 anos, e normalmente 50-74 anos. Depois dos 74 não continua porque depois disso não diminuiria mais a mortalidade desses pacientes. E ideia diminuir mortalidade. Usa tomo de baixa dosagem (perde qualidade de imagem mas não para nódulo, só em 70 Neoplasia de pulmão relação a doenças intersticiais, pulmonares, mas está visando só rastreio) – menor carga de radiação, e não é barata, caro. Não é todo lugar que tem disponível. Nos SUS são poucos locais. E convenio não é obrigado a realizar esse rastreio. Se acha lesão passa para grupo de investigação de nódulo – então faz nova tomo convencional, com contraste... Geralmente nódulo pulmonar investiga acima de 8mm e para isso é mais do que suficiente. 2/5 da radiação de tomo convencional. Esse screening se provou muito efetivo, mais efetivo que de mama e próstata, diminui mortalidade em 20%. Nenhum outro faz isso. Fazendo DGO inicial desses pacientes diminui bem a mortalidade. Diminuição da mortalidade Compararam o screning com tomo de baixa dosagem e o RX, houve redução na MORTALIDADE é significativa. O rastreio é algo que chegou para ficar. Maior problema atual ainda é o custo, caro fazer tomo de baixa dosagem anual para pop tao grande. Primeiro gráfico: qual o estadiamento quando faz DGO de paciente com ca de pulmão. Maior parte já tem lesões a distancia – linfonodal ou metastática, bem avançada. Poucos com doença localizada que é o que quer que chegue, com possibilidade de cura. Gráfico a direita: importancia de ser localizado em fase inicial: SV em 5 anos é maior que 50%, a distancia menor do que 10%. Tentar sempre DGO em fase inicial mas ainda é minoria das vezes. A prevenção é o método mais eficaz – diminuir tabagismo. Custo-beneficio: o tratamento do Ca de pulmão é muito caro, e o rastreio tambem, a prevenção é o mais eficaz – reduzir o tabagismo Importante é rastreio também – o tto pode ser menos custoso do que de uma doença avançada. TTO em fase inicial tem grande chance de cura, volta a trabalhar. Ouve muito do rastreio de ca de próstata e mama, mas de pulmão não escuta tanto. Tem estigma – gastar dinheiro publico sendo que fumou. Mas muitos não se alimentam direito, bebem e nem por isso deixamos de fazer investigação. O custo tem que pensar – mas a tendência como qualquer tecnologia que surge é com o passar do tempo baratear – sera mais acessível. Ca de pulmão na fase inicial não da sintoma, não costuma ter dor, hemoptise, falta de ar. Sintomas que são mais em fases avançadas. Geralmente é achado de exame de imagem ou rastreamento. Com esse DGO radiológico passa para o histológico com biopsia. Depois estadiamento – invasivo e não invasivo. 71 Neoplasia de pulmão E então eventualmente tratamento, que decide mais para frente. Diagnostico Broncoscopia Varias formas de biopsiar Uma das formas broncoscopia – se tiver lesão endobronquica a chance de DGO é muito maior, ve lesão e biopsia. Mas em muitas situações pode estar muito distal, muito periférica e faz biopsia transbronquica – não ve a lesão, direciona para brônquio que imagina que possa estar e que consiga biopsiar lesão. Pode auxiliar com radioscopia – disparos de RX e ve se aparelho esta indo na direção correta da lesão. Existe nos EUA broncoscopia por navegação - guiar broncoscopio pela tomografia. BR não tem. Biópsia percutânea Radiologista que faz geralmente Agulha, anestesia local, sedação leve e entra com agulha e biopsia lesão. Geralmente no próprio aparelho de tomo. Radiologia intervencionista. Muito usada Diagnóstico cirúrgico: E quando isso não é possível – biopsia cirúrgica. Cirurgia aberta ou videotoracoscopia que usa mais atualmente. Geralmente em lesões muito periféricas, ou que não consegue angular aparelho o suficiente para biopsiar, não consegue a broncoscopia. E percutânea as vezes pois é muito central, próximo a estrutura importante como vaso/artéria/coração. Pode precisar do DGO cirúrgico. Tipos histológicos Checar anatomopatológico da lesão biopsiada. O ca de pulmão se divide em alguns grupos – saber diferenciar o não pequena células do pequenas células. São comportamentos completamente diferentes, e tto muito diferentes. NPC – se em fase inicial tem boa resposta ao tto cirúrgico, PC – geralmente não é cirúrgico, é muito agressivo e vai mais para QT e RT, distinto histologicamente. Meio termo – neuroendócrinos – o típico tem geralmente tto cirúrgico, o atípico tem tto geralmente não cirúrgico. Os não pequenas células – saber CEC, adenoca e o de grandes células. PC – divide em puro e misto. Estadiamento Ca de pulmão faz estadiamento TNM Dividimos o Ca de pulmão e estadiamento pelo TNM – tamanho do tumor, linfonodal (N0 nenhum, N1 inguilar, N2 mediastinal e N3 contralateral) e metástase (M1A – pleura, pericárdio, M1B é extratorácica, e MC são múltiplas metástases extratorácicas). N2 é o corte de cirúrgico ou não. Se 72 Neoplasia de pulmão tem metástase de linfonodo do outro lado da lesão, deixa de ser cirúrgico – QT e RT, acima de um N2, não tem proposta cirúrgica Linfonodos acometidos N2 – linha de corte atual E metástases: M1a metástase para pleura/pericárdio, b – metástase extra torácica única, c – múltiplas metástases extra torácicas. N2: principal linha de corte atualmente para saber se será cirúrgico ou não. Metastase de linfonodo no mesmo lado da lesão – muitas fezes deixa de ser cirúrgico, quimio e radio. Acima de N2 ou qualquer metástase – geralmente não tem proposta cirúrgica curativa no momento. A – massa pulmonar com invasão de costela e pleura adjacente. B – linfonodo mediastinal, acometimento N2do mesmo lado da lesão, perdeu timing cirúrgico, provável quimio e radio. Localização de linfonodos mediastinais. Muitas vezes precisa procurar nas cirurgias, tirar para mandar para o patologista. Linfonodos paraorticos Estadiamento – não invasivo Precisa estadiar paciente. A ideia dele é definir que grau esta lesão, se tem metástase ou linfonodo acometido (hilar, mediastinal). Padrao ouro para estadiamento – RNM crânio e PET-CT (pega bem outras lesões pulmonares, linfonodos mediastinais/hilar, e lesões metastáticas (osso, adrenal...) – linfonodos maior que 8 mm para pet captar. Mas não pega bem lesões no SNC – importância da RNM de crânio, comum mandar metástase para SNC. Realiza esse estadiamento não invasivo obrigatoriamente. Se identifica linfonodo e metástase, tem que confirmar histologicamente essa lesão Estadiamento invasivo - EUS 2 exames padrão ouro: US endoscópico e US broncoscopico EUS – entra com aparelho e identifica linfonodos Se identificou linfonodo ou metástase – confirmar histologicamente a lesão, ex: linfonodos mediastinais – estadiamento invasivo. Padrão ouro: ultrassom endoscópio e broncoscopio. Endoscópio: identifica linfonodos – não pega todos os mediastinais, sensibilidade alta e especificidade alta. Broncoscopico: pega outras cadeias. 73 Neoplasia de pulmão Estadiamento invasivo – EBUS Broncoscopio, pega outras cadeias Identifica o linfonodo, biopsia e da diagnostico, idealmente fazer os 2 – CAROS. Poucos médicos com experiência no BR que faz. Estadiamento invasivo padrão ouro ainda inacessível para maioria dos hospitais. Estadiamento EBUS: Valor preditivo positivo alto, mas não é bom para excluir doença linfonodal. Pinça é descartável, uso único. Estadiamento invasivo - Chamberlain Outra opção. Outra forma de identificar esses linfonodos. Via de acesso para biopsiar linfonodos paratraqueais, e pre aórticos. Problema que é cirurgia, incisa do lado do esterno e tenta biopsiar. Não usa muito na pratica clinica. Quando não tem EBUS e EUS faz mais mediastinoscopia. Estadiamento invasivo - mediastinoscopia Ainda é mais em conta, feita pelo cirurgião torácico mas a mediastinoscopia é uma cirurgia, faz com anestesia geral – incisão acima da fúrcula e disseca esses planos pré-traqueais –acessa cadeias 1,4,7. Cirurgia, anestesia geral. Incisão acima da fúrcula esternal e disseca planos pre-traqueais – acessa algumas cadeias linfonodais (1,2,4,7). Passa junto a vasos importantes, existe risco de sangramento volumoso. Precisa as vezes ate de esternotomia para tentar conter, toracotmia, não é isento de risco. O prporpio eBUS e eus também, pode ter risco de sangramento ainda que menor. Mediastinoscopio lembra laringoscópio Entra, pinça de biopsia, ve se não é vaso, belisca lesão com fragmentos. 74 Neoplasia de pulmão Tira pedaço de linfonodo. Pode usar aspiração para confirmar linfonodo ou vaso. Ultima figura – agulha de aspiração para ver se é linfonodo mesmo Sensibilidade é menor, por isso não é padrão ouro, mas especificidade alta, pegou tem grande chance de diagnostico. Especificidade alta, se pega lesão boa chance de dar DGO. O videomediastinoscopio – mais caro, aumenta um pouco sensibilidade mas ainda não chega no EBUS, EUS (padrão ouro). Resumo - estadiamento Pede PET – se negativo muitas vezes autoriza tto cirúrgico. PET positivo – precisa confirmar (PET tem 20% de falso positivo, não pode confiar cegamente). – se negativo cirúrgico. Confirma com padrão ouro EBUS + EUS. Se não tem mediastinoscopia. Negativo cirurgia, positivo – cadeia N2 ou N3 positivo – manda para oncologista – quimio e radio geralmente. Mais uma opção: tentou EBUS e não veio positivo pode depois fazer mediastinoscopia, se negativo também – tto cirúrgico. Estadiamento – pede PET, se negativo – CIRURGIA, se for muito grande a lesão por fazer mediastinoscopia. Mas PET negativo – cirurgia. Se PET positivo precisa CONFIRMAR, o PET tem 20% de falso positivo – EBUS + EUS, ou mediastinoscopia. Positivo – tto não cirugico. Se EBUS não veio positivo pode fazer mediastinoscopia tambem se veio negativo pode ir para cirúrgica. Cirurgia Se caiu no grupo que tem opção cirúrgica, tentar tto curativo.Sempre que possível: Sempre que der lobectomia. LOBECTOMIA RADICAL +LINFADENECTOMIA MEDIASTINAL. Se tira apenas lesão chance de recidivar é muito alta. Vascularização e sistema linfático é lobar, seguir base anatômica, tirar lobo interio para diminuir risco do paciente. E tira linfonodos – saber se não tinha comprometimento também que não foi identificado. Quando não faz lobectomia: se paciente não aguenta que tire lobo inteiro, nesse caso só lesão – segmentectomia. Mas sempre que tiver condições, performance status suficiente realiza cirurgia. Geralmente faz prova de função pulmonar, DLCO, avaliação com pneumo e definir se aguenta cirurgia que está propondo. Diversas formas de vias de acesso Toracotomia aberta, vídeo, robótica Cada uma tem seus pros e contas Toraco aberta – cirurgia mais dolorosa (finoquetos, compressão n intercostal, dor). Video e robótica diminui dor no pos operatório. Ainda não se viu vantagem da robótica sobre vídeo mas pode ser que no futuro tenha benefícios. Questão 1 75 Neoplasia de pulmão Percutânea pois está na periferia, próximo a parede torácica. Não tem brônquio grande para broncoscopia O resto mais invasivo, anestesia geral. Aqui é lesão grande, periferia. 7 cm. Maior que 1 cm consegue biopsiar mais tranquilamente. As vezes pode ser metástase, esse é primário do pulmão. TTO é completamente diferente. C – PET CT e RNM de crânio Estadiamento não invasivo padrão ouro atualmente Questão 2 C – EBUS + EUS Não opera paciente que suspeita de acometimento mediastinal. Também não manda para quimio – precisa ter certeza de acometimento dos linfonodos (pet 20% falso positivo). Precisa de EBUS e EUS, se não tem mediastinoscopia. Estadiamento invasivo. Corte é N2 – linfonodo mediastinal Acometimento mediastinal já é N2 – perdeu possibilidade cirúrgica. Hilar ainda opera – não consegue acessar muito adequadamente antes da cirurgia. Ve no PET mas não tem exame invasivo não cirúrgico que acessa. Mesmo que veja positivo no PET não contraindica cirurgia se do mesmo lado da lesão do pulmão que vai operar. Se for mediastinal N2 do mesmo lado e confirmar no estadiamento invasivo ele já não é mais cirúrgico. Encaminha para onco – quimio, radio... O mais importante prevenção – cessação tabagismo.