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Ebook - Desenvolvimento Neuropsicomotor e Aprendizagem

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C o m C a r o l J ú n i o r
DESENVOLVIMENTO 
NEUROPSICOMOTOR E APRENDIZAGEM
2
SUMÁRIO
SOBRE O CURSO 3
PROFESSOR DO CURSO 4
AULA 1, PARTE 1 5
AULA 1, PARTE 2 13
AULA 1, PARTE 3 21
AULA 2, PARTE 1 28
AULA 2, PARTE 2 34
AULA 2, PARTE 3 41
AULA 3, PARTE 1 46
AULA 3, PARTE 2 55
AULA 3, PARTE 3 62
3
SOBRE O CURSO
O QUE SERÁ ABORDADO NAS AULAS?
Abordagem em neuroanatomia funcional ; Desenvolv imento da cr iança: audit ivo ; 
v isual ; motor ; cognit ivo e l inguagem; Motr ic idade; Est imulação precoce; 
Visão hol íst ica do desenvolv imento e crescimento da cr iança; Caracter íst icas 
do desenvolv imento neuropsicomotor na infância e técnicas de aval iação; 
Estratégias de intervenção na est imulação motora e psicossocial .
O QUE CONSTA NESTE EBOOK?
Neste mater ia l , você tem uma l inha do tempo com os pr incipais acontecimentos 
das v ideoaulas, como frases impactantes dos professores, conceitos 
impor tantes do mercado, indicações de f i lmes e l ivros, entre outros.
4
PROFESSOR DO CURSO
C A R O L J Ú N I O R
P S I C Ó LO G O C L Í N I C O, N E U R O P S I C Ó LO G O E 
N E U R O C I E NT I S TA
Possui graduação em Psicologia pela Faculdade Integrada do Recife 
(2009) , pós-graduado em Neuropsicologia da Faculdade de Ciências 
Humanas - ESUDA (2011) , mestrando em inovação pedagógica (2012) , 
prof issional com atuação nas áreas Cl ín ica e Organizacional .
55
AULA 1, PARTE 1
Carol Costa Júnior
O professor introduz o tema a ser explorado na aula , destacando a 
impor tância da invest igação fe i ta pela equipe mult id iscipl inar. Também 
cita que devido ao aumento das dif iculdades de aprendizagem este 
assunto está sendo cada vez mais difundido, o que leva a um maior 
interesse em chegar a uma provável causa.
Psicossomatização
O termo “psicossomático” é empregado para se refer i r às patologias que 
per tencem tanto ao f ís ico quanto ao psíquico. Dessa forma, são doenças 
que afetam diretamente a saúde mental e f is io lógica. Nesse contexto, os 
s intomas f ís icos acabam se tornando uma consequência dos s intomas 
emocionais e psicológicos.
Introdução
Essa saúde mental que hoje já está tão prejudicada é 
justamente devido ao que a gente vem vivendo ao longo da vida.
6
Aprendizagem é tudo que você capta, processa e devolve ao 
ambiente.
Escala de Apgar 
A Escala ou Índice de Apgar é um teste desenvolv ido pela Dra. Virgin ia 
Apgar, médica nor te-americana, que consiste na aval iação por um 
pediatra de 5 s inais objet ivos do recém-nascido, atr ibuindo-se a cada um 
dos sinais uma pontuação de 0 a 2.
09:22O que é neurociência?
A neurociência nada mais é que o estudo do sistema nervoso. O professor 
expl ica que o s istema nervoso é uma máquina perfei ta e grandiosa, e que 
para entendê- la é necessár io div id i r por par tes. O s istema nervoso central é 
d iv id ido em cérebro, cerebelo e medula. 
Já o s istema nervoso per i fér ico pode ser comparado com f ios – 
f igurat ivamente – que par tem da base do crânio , da área medial e da área 
sacral . Estes “ f ios” se enraízam em todo o corpo, levando as informações 
do s istema nervoso para o restante do corpo e captando através de células 
receptoras as informações do ambiente.
7
15:02Estrutura do cérebro
O professor expl ica que devido a sua complexidade, o cérebro também 
precisa ser anal isado por par tes , sendo elas: lobo frontal , lobo par ietal , 
lobo temporal , lobo occipi ta l e lobo l ímbico. Apesar de o cérebro funcionar 
integralmente, cada um dos lobos possui uma função. O lobo frontal 
pode ser v isto como o gerente do cérebro e é onde se or ig ina nossa 
personal idade, como foi evidenciado no caso de Phineas Gage. O lobo 
par ietal é responsável pelas funções s inestésicas, como exemplo, em 
casos de lesões neste lobo é possível que a pessoa não reconheça par tes 
do própr io corpo como suas. O lobo temporal é responsável pela audição, 
paladar e é onde está a nossa memória. O lobo occipi ta l é responsável pela 
v isão, e local iza-se na nuca. E , por f im, o lobo l ímbico é onde se processam 
as emoções. E le se local iza no centro do cérebro, fazendo fronteira com 
todos os outros lobos.
É como se fosse um banco de dados. Vamos entender o sistema 
nervoso central como uma CPU.
Phineas Gage 
(1823-1860)
Phineas Gage foi um operár io americano que teve seu cérebro 
perfurado por uma barra de metal em um acidente com explosivos, 
sobrevivendo apesar da gravidade do acidente. Após o ocorr ido, Phineas, 
que aparentemente não t inha sequelas, apresentou uma mudança 
acentuada de compor tamento, sendo objeto para estudos de caso muito 
conhecidos entre neurocient istas.
8
32:58Cerebelo
É responsável pelo tônus muscular e equi l íbr io. O professor c i ta como 
exemplo, a mudança de f is ionomia de um cadáver em comparação com 
quando o indiv íduo estava v ivo, pois como o cerebelo não está mais 
atuando, toda a musculatura “despenca” .
34:13
Maturação do sistema 
nervoso
O professor expl ica que o s istema nervoso absorve todos os est ímulos 
externos e vai maturando os dados através do tempo, obedecendo a uma 
cronologia. Existe uma idade esperada para cada t ipo de compor tamento, 
e cr ianças que possuem capacidade de executar tarefas esperadas para 
idades avançadas são chamadas de precoces, embora não se possa dizer 
que elas são mais habi l idosas ou superdotadas.
37:17O caso das crianças selvagens
O professor usa uma analogia de cr ianças selvagens cr iadas por animais em 
f lorestas, para demonstrar como são necessár ias referências humanas para 
que possamos desenvolver nossas habi l idades.
9
O homem precisa de um outro homem como referência para 
poder se tornar humano.
Lev Vygotsky 
(1896 - 1934)
Lev Semionovitch Vygotsky, fo i um psicólogo, proponente da Psicologia 
histór ico-cultural . Pensador impor tante em sua área e época, fo i p ioneiro 
no conceito de que o desenvolv imento intelectual das cr ianças ocorre 
em função das interações sociais e condições de v ida.
Jean Piaget
(1896 - 1980)
Jean Wi l l iam Fr i tz Piaget foi um psicólogo suíço e impor tante estudioso 
da psicologia evolut iva. Revolucionou os conceitos de intel igência 
infant i l que provocou mudança nos ant igos conceitos de aprendizagem e 
educação.
10
43:24Desenvolvimento do cérebro
O professor ref lete sobre s istema nervoso como o diferencial do ser 
humano, que conseguiu chegar ao topo da cadeia a l imentar mesmo 
desprovido de presas e garras. E le discorre sobre as al terações que 
ocorreram no cérebro humano com o passar do tempo e c i ta que dentro da 
teor ia de Darwin, o processo de evolução humana ainda não foi f inal izado.
Charles Darwin
(1809 – 1882)
Char les Rober t Darwin, fo i um natural ista , geólogo e biólogo br i tânico. 
Formulou a teor ia da evolução das espécies , anteviu os mecanismos 
genét icos e fundou a biologia moderna. É considerado o pai da “Teor ia 
da Evolução das Espécies” .
46:18
A neurociência através 
da história
O professor c i ta as or igens da neurociência , dando como exemplo Sócrates 
que desde tempos remotos já teor izava sobre a impor tância do cérebro e 
sua re lação com a intel igência e personal idade. 
11
Andreas Versalius 
(1514 – 1564)
Andreas Vesal ius , por vezes refer ido na l i teratura por tuguesa como 
André Vesál io , fo i um médico belga, considerado o “pai da anatomia 
moderna” . Foi o autor da publ icação De Humani Corpor is Fabr ica, um 
at las de anatomia publ icado em 1543. 
53:24Localização da mente
Embora o f i lósofo René Descar tes acreditasse que a mente se local iza 
na glândula pineal , não existe uma local ização exata pois e la não existe 
f is icamente. Pode se considerar que a mente é o conjunto de todas as 
par tes do cérebro funcionando corretamente em harmonia.
René Descartes 
(1596-1650)
René Descar tes foium f i lósofo e matemático francês. Cr iador do 
pensamento car tesiano, s istema f i losóf ico que deu or igem à Fi losof ia 
Moderna.
12
Frenologia
Frenologia é uma pseudociência que alega que a forma e protuberâncias 
do crânio são indicat ivas das faculdades e apt idões mentais de uma 
pessoa – ou seja , ser ia capaz de se determinar o caráter, caracter íst icas 
da personal idade, e grau de cr iminal idade pela forma da cabeça. A 
frenologia baseia-se no conceito de que o cérebro é o órgão da mente e 
se encontra div id ido em regiões com funções específ icas denominadas 
módulos. Foi desenvolv ida por Franz Joseph Gal l , um médico e 
anatomista alemão por volta de 1800.
13
AULA 1, PARTE 2
Carol Costa Júnior
Django Livre (2013)
No sul dos Estados Unidos, o ex-escravo Django faz uma al iança 
inesperada com o caçador de recompensas Schultz para caçar os 
cr iminosos mais procurados do país e resgatar sua esposa de um 
fazendeiro que força seus escravos a par t ic ipar de competições mor tais . 
Dir ig ido por Quent in Tarant ino.
Luigi Galvani 
(1737 – 1798)
Luigi Galvani fo i um médico, invest igador, f ís ico e f i lósofo i ta l iano. Fez 
uma das pr imeiras incursões do estudo de bioeletr ic idade, um campo 
que ainda hoje estuda os padrões elétr icos e s inais do s istema nervoso.
05:51Neurônio
O neurônio é a unidade funcional básica do s istema nervoso. É uma 
célula nervosa e faci lmente est imulável . Ao nascer temos cerca de 80 a 
100 bi lhões de neurônios, que vão morrendo ao decorrer de nossa v ida. 
Atualmente sabe-se que existe a chamada neurogênese, e que há dois 
lugares específ icos no cérebro onde os neurônios são formados: no bulbo 
olfatór io e no lobo temporal . E les são const i tu ídos basicamente por t rês 
estruturas: um corpo celular, dendr i tos e axônios. 
14
11:16
Funções do sistema nervoso 
central
Sensit iva: detecção de est ímulos var iados, dentro e fora do corpo.
Integradora : processamento, anál ise e armazenamento da informação 
sensit iva e tomada de decisões para respostas apropr iadas.
Motora: resposta às decisões integradora, através da ação dos neurônios 
motores.
12:53Encéfalo
Apesar de ser comumente entendido como sinônimo de cérebro, o cérebro 
é apenas uma par te dele. O encéfalo é formado pelo cérebro ( te lencéfalo 
e diencéfalo) , t ronco encefál ico (mesencéfalo , ponte e bulbo) e cerebelo. 
Encontra-se na caixa craniana, ocupando todo seu espaço e junto com a 
medula e os nervos compõe o s istema nervoso. É envolv ido por membranas 
chamadas meninges, cuja função é proteger o encéfalo e a medula contra 
choques mecânicos.
Telencéfalo: maior espaço no cérebro humano, recebe todos os s inais que 
vem do corpo;
Diencéfalo: formado por vár ios núcleos, compreende o tá lamo e o 
hipotálamo;
Mesencéfalo: impor tante para o movimento ocular, controle postural 
subconsciente e postura corporal ;
15
Ponte: contém grande quant idade de neurônios que retransmitem 
informações;
Bulbo: centro de controle de funções v i ta is ;
Cerebelo: monitora e a justa o funcionamento do cór tex cerebral , equi l íbr io 
e tônus muscular.
Cortex cerebral
O cór tex cerebral , ou cór tex do cérebro, é a camada externa de 
substância c inzenta dos hemisfér ios cerebrais. E le possui cerca de 2 
a 4 mm de espessura, e contém numerosos corpos de neurônios. Essa 
camada apresenta numerosas e complexas dobras, cujas e levações são 
chamadas de giros e as depressões são chamadas sulcos.
Onde há acúmulo de partes de neurônio a massa fica cinza 
chamamos de córtex, e onde há acúmulo de axônios a massa 
fica branca e chamamos de tractus.
16
21:58
Fontes de energia para o 
cérebro
O cérebro requer muita energia do nosso corpo mesmo quando em repouso, 
a l imentos de fáci l d igestão e a l to conteúdo energét ico são necessár ios 
para nutr i r o cérebro. O professor expl ica que com o decorrer do processo 
evolut ivo humano nossa al imentação foi sendo apr imorada com a 
introdução da carne, e após a descober ta do fogo foi possível cozinhar os 
al imentos, que deixou a absorção mais fáci l . Isso contr ibuiu com o aumento 
da longevidade, e os indiv íduos mais velhos foram capazes de acumular 
mais exper iências e transmit i r hábitos e valores culturais .
Sinapses
A sinapse é uma região de proximidade entre um neurônio e outra célula 
por onde é transmit ido o impulso nervoso. Sabemos que os impulsos 
nervosos devem passar de uma célula à outra para que ocorra uma 
resposta a um determinado sinal .
Temos aí uma máquina extremamente complexa e eficaz. Não 
há computador que possa reproduzir isso.
17
Eu costumo comparar o que nós sabemos sobre o cérebro hoje, 
com o que nós conhecemos do oceano. Para vocês terem ideia 
[...] nós só conhecemos 4% do oceano.
27:15Hemisférios cerebrais
Através de uma proeminente ranhura chamada f issura longitudinal , o 
cérebro é div id ido em duas metades chamadas hemisfér ios. Na base desta 
f issura encontra-se um espesso fe ixe de f ibras nervosas chamado corpo 
caloso, o qual fornece um elo de comunicação entre os hemisfér ios. O 
hemisfér io esquerdo controla a metade dire i ta do corpo e v ice-versa, em 
razão de um cruzamento de f ibras nervosas no bulbo. O lado esquerdo é 
racional , lógico e matemático, enquanto o lado dire i to é intui t ivo , cr iat ivo e 
ar t íst ico.
Assim como temos um olho ou uma mão dominante, também 
temos um hemisfério dominante [...] e sempre vai ser o 
esquerdo.
18
Área de Broca e de Wernicke
Área de Broca é a par te do cérebro humano responsável pela expressão 
da l inguagem, contém os programas motores da fala. Área de Wernicke 
está re lacionada ao conhecimento, interpretação e associação de 
informações, mais especif icamente a compreensão da l inguagem escr i ta 
e fa lada. A área de Wernicke está conectada à área de Broca por um 
feixe de f ibras nervosas, denominado fascículo arqueado.
DPAC
O Distúrbio do Processamento Audit ivo Central (DPAC) ou Disfunção 
Audit iva Central é um distúrbio que afeta as v ias centrais da audição. 
Pessoas que sofrem com DPAC são capazes de detectar o som, mas 
possuem dif iculdade para interpretar as informações que estão sendo 
transmit idas por e le .
46:36Conflito no cérebro
O professor apresenta uma at iv idade que consiste em nomes de cores 
escr i tas , porém as letras têm uma cor di ferente (exemplo, a palavra 
“amarelo” escr i ta em verde” . Isto ocorre pois o lado dire i to do cérebro tenta 
dizer a cor, mas o lado esquerdo que é dominante insiste em ler a palavra. 
O professor também cita o v ídeo da bai lar ia que gira para o lado que 
quisermos, que pode ser encontrado cl icando aqui .
https://www.youtube.com/watch?v=wOclJxGkPh4&ab_channel=ChamasdaHist%C3%B3riaHD
19
50:56Corpo celular e dendritos
O corpo celular também é chamado de soma ou per icár io , contém as 
organelas em seu ci toplasma. Os dendr i tos são prolongamentos do corpo 
celular, responsáveis pela captação do impulso nervoso.
53:06Axônio
É um prolongamento longo e f ino que se or ig ina do corpo de um dendr i to 
pr incipal , condutor do impulso nervoso. É composto de:
Bainha de Miel ina: envoltór io axonal l ip íd ico, cuja função é auxi l iar na 
propagação do impulso nervoso;
Nódulo de Ranvier: região desprovida de miel ina, onde ocorrerá a passagem 
do impulso nervoso;
Colateral : Prolongamento lateral do axônio ;
Telodentro: região f inal do neurônio ;
Botão sináptico: local de armazenagem dos neurotransmissores. O impulso 
nervoso ao chegar neste local l ibera estas substâncias.
20
56:09Tipos de neurônio
De acordo com as conexões ou funções na condução dos impulsos, os 
neurônios podem ser c lassif icados em:
• Receptores ou sensit ivos: são os que recebem est ímulos sensor ia is e 
conduzem o impulso nervoso ao s istema nervoso central ;
• Motores ou efetuadores: t ransmitemos impulsos motores (respostas ao 
est ímulo) ;
• Associat ivos ou interneurônios: estabelecem l igações entre os neurônios 
receptores e os neurônios motores.
57:47
Axônios e a bainha de 
mielina
O axônio está envolv ido por um dos seguintes t ipos celulares:
• Célula de Schwann: encontrada apenas no s istema nervoso per i fér ico;
• Ol igodendrócito: encontrado apenas no s istema nervoso central ;
Em muitos axônios, esses t ipos celulares determinam a formação da bainha 
de miel ina. Em axônios miel in izados existem regiões de descont inuidade da 
bainha de miel ina (nódulo de Ranvier) .
21
AULA 1, PARTE 3
Carol Costa Júnior
00:06Bainha de mielina
A Bainha de Miel ina é uma capa de tecido adiposo que protege suas células 
nervosas. E la envolve as f ibras que são a par te longa em forma de f io 
de uma célula nervosa. A bainha protege essas f ibras, conhecidas como 
axônios, muito parecido com o isolamento em torno de um f io e létr ico.
Em neurônios com a Bainha de Miel ina totalmente formada, a velocidade 
da transmissão de informações é de 400km/h, contra apenas 40km/h dos 
neurônios sem essa “capa” . E la se forma completamente por volta dos 18 
anos de idade para os homens, e aos 21 para as mulheres. 
Maturidade é a capacidade que o ser humano tem de se 
desprender ou evitar prazeres.
Fases do prazer de Freud
Sigmund Freud, o pai da psicanál ise , propôs sua teor ia do 
desenvolv imento psicossexual na infância através de 5 estágios: 
oral , anal , fá l ico, latência e genita l . As famosas 5 fases de Freud. 
Cada estágio representa a f ixação da l ib ido ( traduzida também como 
“ impulsos” ou “ inst intos sexuais”) em uma área diferente do corpo.
22
Sigmund Freud 
(1856 – 1939)
Sigmund Freud foi um médico neurologista e psiquiatra cr iador da 
psicanál ise. Freud nasceu em uma famíl ia judaica, em Freiberg in 
Mähren, na época per tencente ao Impér io Austr íaco.
10:42O tecido nervoso
Neurogl ia (gl ia) : Tem como função a proteção, sustentação, isolamento e 
nutr ição dos neurônios, possui células menores e mais numerosas que os 
neurônios e corresponde a metade do volume do SNC. Histologistas ant igos 
acreditavam que era uma cola que mantinha unido o tecido nervoso. Não 
produzem nem conduzem impulso nervoso, mas podem mult ip l icar-se e 
div id i r -se no s istema maduro. Em caso de lesão ou doença a neurogl ia 
mult ip l ica-se para preencher espaços anter iormente ocupados pelos 
neurônios. Os tumores cerebrais der ivados da gl ia (g l iomas) são al tamente 
mal ignos e crescem rapidamente.
• Tipos de células da gl ia :
Oligodendrócitos: Contr ibui para a formação de miel ina no s istema nervoso 
central . São impor tantes na manutenção dos neurônios, pois sem eles os 
neurônios não sobrevivem.
Astrócitos: São as maiores células da neurogl ia , responsáveis pela 
sustentação e manutenção dos neurônios e preenchimento de espaços 
entre e les. Regulam o excesso de neurotransmissores na fenda sinápt ica 
e podem at ivar a maturação e prol i feração de células-tronco nervosas 
adultas.
23
Por que a sinapse é importante? Porque ela é a base da 
memória e do aprendizado.
19:25Tipos de sinapse
Existem dois t ipos de s inapses: química e elétr ica . 
S inapses químicas in ic iam no terminal do axônio (uma região pouco mais 
alargada formando um botão) da célula pré-s inápt ica. As vesículas contendo 
neurotransmissores são l iberadas na fenda sinápt ica e reconhecidas por 
receptores químicos (proteínas específ icas) na membrana da célula pós-
sinápt ica. A seguir se fundem com a membrana e l iberam o seu conteúdo. A 
l igação química entre o neurotransmissor e o receptor do neurônio seguinte 
gera mudanças que i rão fazer com que o s inal e létr ico seja transmit ido.
Nas sinapses elétr icas não há par t ic ipação de neurotransmissores, o s inal 
e létr ico é conduzido diretamente de uma célula a outra através de junções 
comunicantes. Essas junções são canais que conduzem íons, obtendo 
respostas quase imediatas, isso quer dizer que o potencial de ação é gerado 
diretamente.
25:18A importância das sinapses
É o local de ação de drogas psicotrópicas, e onde ocorre o surgimento dos 
transtornos mentais. Além de ser a base da aprendizagem e memória , é o 
mecanismo básico do funcionamento do s istema nervoso central .
24
Quando você toma um remédio, ansiolítico ou antidepressivo, 
ele age na sinapse. A sinapse é a base de tudo.
Isso [sinapses] que é o neurodesenvolvimento, precisamos que 
isso aconteça. Se em algum momento houver ruído e o indivíduo 
não está desenvolvendo, já sabemos onde está o problema.
29:32Neurotransmissores
São substâncias químicas produzidas pelos neurônios e ut i l izadas por e les 
para transmit i r s inais para outros neurônios ou para células não-neuronais 
(células do músculo esquelét ico, miocárdio , células glandulares) que eles 
inervam.
Dopamina
A dopamina é um neurotransmissor que atua de diferentes formas no 
sistema nervoso, estando re lacionada, por exemplo, com o humor e o 
prazer, a lém de estar envolv ida com processos como controle motor, 
cognição, compensação, prazer, humor e a lgumas funções endócr inas. 
Estudos recentes também revelaram que essa substância possui papel 
no que diz respeito a problemas como a esquizofrenia e a doença de 
Parkinson.
25
Serotonina
A serotonina é conhecida como o hormônio da fe l ic idade. Entre suas 
funções está a regulagem do r i tmo cardíaco, do sono, do apet i te , do 
humor, da memória e da temperatura do corpo. Ter essa substância em 
equi l íbr io é fundamental para uma vida fe l iz e bem-disposta.
Acetilcolina
A acet i lcol ina foi o pr imeiro neurotransmissor descober to. Produzido no 
s istema nervoso central e per i fér ico, e le está re lacionado diretamente 
com a regulação da memória , do aprendizado e do sono.
Encefalinas e endorfinas
As encefal inas são neurotransmissores narcót icos secretados 
pelo encéfalo. Semelhantes à morf ina, e las se l igam a s í t ios 
estereoespecíf icos de receptores opioides no cérebro, a l iv iando a dor e 
produzindo uma sensação de eufor ia .
Noradrenalina e adrenalina
A noradrenal ina possui efei to pr imário no controle da pressão 
ar ter ia l , enquanto a adrenal ina possui um efei to mais for te nas taxas 
metaból icas e no coração. Tanto a noradrenal ina quanto a adrenal ina 
são também produzidas no s istema nervoso, atuando nesse local como 
neurotransmissores.
26
39:15
Cérebro - Conceitos 
e generalidades
• Compreende os dois hemisfér ios cerebrais ;
• Os dois hemisfér ios são incompletamente separados pela f issura 
longitudinal do cérebro;
• O pr incipal ponto de união dos lobos cerebrais é o corpo caloso;
• No inter ior da massa cerebral vamos encontrar cavidades, os ventr ículos 
cerebrais ;
• Cada hemisfér io possui t rês faces: súperolateral , medial e infer ior ;
• É o local onde há o processamento geral das informações;
• Sede da intel igência , emoção, raciocínio , p lanejamento, v isão, audição, 
tato , paladar, interpretação de est ímulos;
• Estrutura extremamente nobre , podendo lesionar-se com faci l idade;
• A pr ivação metaból ica ou de oxigênio pode acarretar modif icações 
profundas no seu funcionamento;
• Encontra-se totalmente protegido por um arcabouço ósseo (crânio) .
27
Meninges
As meninges são três membranas (dura-máter, aracnoide e pia-máter) 
que revestem o s istema nervoso central . Em termos anatômicos, o 
s istema nervoso é c lassif icado em sistema nervoso per i fér ico e s istema 
nervoso central .
Líquor
Líquor, ou l íquido cefalorraquiano (LCR) , é um l íquido produzido nos 
ventr ículos laterais (cavidades local izadas no inter ior do cérebro) . 
Sua pr incipal função é fornecer uma barreira mecânica e imunológica, 
protegendo o s istema nervoso central (SNC). O volume normal do l íquor 
em umadulto é de cerca de 150 ml.
Existe um mecanismo que determina o nosso comportamento, 
existem bases neurais que garantem a forma como eu 
aprendo, a forma como eu memorizo, a forma como eu consigo 
desempenhar as minhas funções, e eu preciso que elas 
funcionem de uma forma totalmente harmônica.
Pelo menos até os seis anos a criança não tem mecanismos 
neurais desenvolvidos o suficiente para prospectar coisas 
complexas. A criança até esse momento apenas reproduz.
2828
AULA 2, PARTE 1
Carol Costa Júnior
É fácil você perceber a evolução da criança, você começa a ver 
que ele nem sentava e hoje já corre pela casa.
A linguagem é uma característica do ser humano que o difere 
das outras espécies.
00:48Desenvolvimento da criança
Conforme vimos na aula anter ior o s istema nervoso atua de forma integrada 
no desenvolv imento da cr iança, obedecendo uma ordem cronológica. O 
objet ivo é que o indiv íduo esteja apto - dentro de suas estruturas neurais - a 
ter uma vida funcional , porém pode ocorrer neste processo algo que impeça 
que esse desenvolv imento ocorra plenamente.
29
08:40Nascimento
Quando nasce, o bebê é completamente dependente dos adultos e 
cuidadores. Tem uma posição mais passiva, l igada à sat isfação das suas 
necessidades e comunica-se essencialmente através do choro. Reconhece 
seus cuidadores muitas vezes pelo tom de voz ou cheiro , e não pela 
imagem da pessoa, já que a sua v isão ainda está em desenvolv imento.
O cheiro está diretamente ligado à memória. [...] O sistema 
límbico está colado com o bulbo olfativo, então é por isso 
quando você sente um cheiro ele te remete a outra situação.
14:18Capacidade sensorial
Todo o nosso corpo está cober to de células receptoras, todas prontas para 
captar o ambiente. O bebê começa a desenvolver seus sent idos (audição, 
o l fato , paladar, v isão e tato) desde os pr imeiros meses de v ida. O professor 
discorre sobre este tema dando alguns exemplos do desenvolv imento da 
capacidade sensor ia l dos bebês.
30
26:50Recém-nascido
• Os ref lexos são extremamente profundos, há hiper tonia f lexora (aumento 
do tônus muscular) dos 4 membros, h ipotonia axia l (d iminuição do tônus 
muscular) e h iperref lexia profunda;
• Todos os ref lexos pr imit ivos estão presentes no recém-nascido, com 
a exceção de casos onde o bebê tenha algum t ipo de transtorno ou 
condição como paral is ia cerebral ;
• Pode seguir objetos com os olhos, modulação sensit ivo-sensor ia l , 
in ic iando a cor t ical ização.
30:48
Reflexos primitivos do recém-
-nascido
• Marca do funcionamento cerebral subcor t ical , ou seja as áreas mais 
internas;
• F is io lógicos nos pr imeiros meses e após patológico;
• S istema infer ior (extrapiramidal) : maturação precoce e ascendente , in ic ia 
na 24ª semana. Responsável pelo tônus postural e ref lexos arcaicos;
• S istema super ior (p i ramidal) : movimentos voluntár ios , maturação mais 
tardia e descendente , responsável pela motr ic idade.
Tudo segue uma sequência, tudo começa com a estruturação 
dessa maturação.
31
31:48Segundo e terceiro mês
Neste per íodo o bebê consegue f icar mais horas acordado, tem um aumento 
progressivo do domínio do pescoço, começa a seguir as pessoas com 
o olhar e a sorr i r voluntar iamente. Consegue imitar os adultos (palrar, 
ar t icular sons incompreensíveis , in ic ia a hipotonia f is io lógica, tem ref lexos 
pr imit ivos como a sucção, f i rma o pescoço, movimenta a cabeça, etc.
34:36Quarto e sexto mês 
No quar to o mês o bebê consegue sentar-se sem apoio , tenta agarrar 
objetos e tem boa matur idade dos sent idos.
Já no sexto mês o bebê tem ref lexos profundos semelhantes a adultos, 
tem ref lexos pr imários como preensão plantar, cutâneo plantar e a sucção, 
preensão palmar, mão-boca e moro desaparecem. Senta com apoio , 
muda de decúbito , atende pelo nome, demonstra estranheza diante de 
desconhecidos, etc.
36:03Terceiro trimestre
Aos nove meses o bebê apresenta hipotonia f is io lógica em decl ín io , senta 
sem apoio e f ica na posição de engat inhar, engat inha e pode andar sem 
apoio , pega objetos em cada mão e troca, local iza o som de forma indireta 
e é capaz de profer i r s í labas repet idas com sent ido (pr imeiras palavras) .
32
37:38Quarto trimestre
Aos doze meses o desenvolv imento motor permite todo um mundo por 
explorar, o bebê consegue f icar de pé (com apoio) , in ic ia a marcha sem 
apoio , usa palavras corretamente produz alguns jargões.
41:01Segundo e terceiro ano
Há três marcos evolut ivos no desenvolv imento:
• Aparecimento da marcha;
• L inguagem oral (sobretudo o não) ;
• Controle dos esf íncteres.
Ele precisa estruturar o sistema dele através de estímulos, se eu 
não estimular essa criança a falar, ela não vai falar.
43:32Desenvolvimento motor
Proporciona uma maior capacidade e apt idão para explorar e manipular o 
meio à sua volta. Com a marcha já desenvolv ida, começa a aperfeiçoar a 
motr ic idade f ina.
33
50:21Dos 5 aos 7 anos
Aperfeiçoamento das funções já existentes const i tu indo o aprendizado 
formal . Pode-se ut i l izar a aval iação das funções cor t icais (memória , 
or ientação, gnosias, praxias e l inguagem) e a performance escolar.
Até este estágio de desenvolv imento, espera-se que a cr iança tenha 
adquir ido a matur idade sensór io-motora necessár ia para ingressar num 
novo desaf io : a escola.
A escola é um processo extremamente enriquecedor e 
desafiador, onde a criança vai estar sendo submetida a testes 
de observação o tempo inteiro.
34
AULA 2, PARTE 2
Carol Costa Júnior
00:05Dos 6 aos 10 anos
As at iv idades podem (e devem) ter cada vez mais regras, pois o valor delas 
é quase mais s ignif icat ivo que o da at iv idade em si . Enquanto a cr iança em 
idade pré-escolar obedece a regras sem compreender o porquê, com 6 a 7 
anos começa a percebê- las pelo seu valor funcional .
Essas regras são fundamentais para a estrutura do ser, é aí que 
se dá a construção do sujeito moral.
03:26Desenvolvimento da linguagem
1 ano: pr imeiras palavras (desenvolv imento mais lento que o motor) ;
18 meses: maior invest imento no desenvolv imento da l inguagem;
24 meses: idade dos porquês (a l ia cada vez mais a exploração f ís ica a 
verbal) ;
2º ano de vida: surgimento do “não” , “eu” , “meu” ;
32 meses: usa frases cur tas e fa la sobre um assunto por cur tos per íodos 
de tempo. Desenvolve a consciência de s i e imagens mentais ( ideias , 
s ímbolos) .
35
08:22
Sugestões de estímulos para a 
linguagem
O professor c i ta a lgumas ações que servem de est ímulo para o 
desenvolv imento da l inguagem das cr ianças, sendo eles: fa lar para a 
cr iança de frente para e la , ler, contar h istór ias , cantar, mandar bei j inhos, 
mostrar a l íngua, fazer caretas, pronunciar as palavras corretamente e 
evi tar repreender erros.
Neurônio espelho
Um neurônio-espelho, uma das descober tas mais impor tantes da 
neurociência na úl t ima década, está l igado à v isão e ao movimento. 
Permite o aprendizado por imitação, já que é acionado quando é 
necessár io observar ou reproduzir o compor tamento de outros seres da 
mesma espécie.
Equipe multidisciplinar
Uma equipe mult id iscipl inar é um t ime formado por di ferentes t ipos 
de prof issionais , que possuem habi l idades técnicas diversas, perf is 
compor tamentais var iados, v ivências e exper iências dist intas um dos 
outros.
36
14:31Controle dos esfíncteres
18 meses: Controle vesical d iurno;
2 anos: Controle vesical d iurno em consol idação e in ic iando o vesical 
noturno e anal ;
3 a 4 anos: Controle vesical d iurno e anal consol idados e vesical noturno 
em consol idação;
5 anos: Controle completo vesical e anal .
16:59Motricidade
A motr ic idade é a habi l idade humana de real izar d i ferentes movimentos que 
auxi l iam nas at iv idades básicas, comosegurar, soltar, pular, empurrar, entre 
outros. É a resposta preferencial e pr ior i tár ia as suas necessidades básicas 
e aos seus estados emocionais e re lacionais.
A motr ic idade na cr iança é a expressão do seu psiquismo prospect ivo e 
a pr imeira forma de expressão emocional do compor tamento. Por e la , a 
cr iança expr ime as suas necessidades neurovegetat ivas de bem ou mal-
estar.
A motr ic idade contém uma dimensão psíquica, e é um deslocamento no 
espaço de uma total idade motora, afet iva e cognit iva.
37
Henry Wallon 
(1879 – 1962)
Henr i Paul Hyacinthe Wal lon foi um f i lósofo, médico, psicólogo e pol í t ico 
francês. Wal lon foi o pr imeiro a levar não só o corpo da cr iança, mas 
também suas emoções para dentro da sala de aula. Fundamentou suas 
ideias em quatro e lementos básicos que se comunicam o tempo todo: 
a afet iv idade, o movimento, a inte l igência e a formação do eu como 
pessoa. 
Se eu me desenvolvo de forma motora eu [também] me 
desenvolvo psiquicamente.
22:36Estimulação precoce
É um trabalho não mecânico que ocorre com o bebê de 1 a 3 anos, e é uma 
alternat iva para as dif iculdades.
Neuroplasticidade
Neuroplast ic idade, também conhecida como plast ic idade neuronal ou 
plast ic idade cerebral , refere-se à capacidade do s istema nervoso de 
mudar, adaptar-se e moldar-se a nível estrutural e funcional ao longo 
do desenvolv imento neuronal e quando suje i to é exposto a novas 
exper iências.
38
37:36Objetivos
• Est imular o desenvolv imento constantemente;
• Desenvolver as áreas percepto-cognit ivas, a percepção do mundo;
• Adequação do tônus muscular ;
• Faci l i tação de movimentos próximos do normal ;
• In ib ição da at iv idade ref lexa;
• Or ientação famil iar.
41:00
Desenvolvimento e crescimento 
da criança
Crescimento s ignif ica desenvolv imento f ís ico do corpo medido em 
cent ímetros ou gramas, e le t raduz o aumento em tamanho e número de 
células. Já o desenvolv imento é a capacidade do ser de real izar funções 
cada vez mais complexas, e le corresponde a termos como maturação e 
diferenciação. É um processo complexo estrutural e funcional associado ao 
crescimento, maturação e aprendizagem.
Anamnese
Anamnese é uma entrevista real izada pelo prof issional de saúde ao 
paciente. O processo consiste em um registro de dados obt idos numa 
conversa in ic ia l com o paciente. Esses dados são referentes à v ida do 
suje i to e devem ter a maior quant idade de detalhes possível .
39
Se eu tenho mais massa corpórea, o meu neurodesenvolvimento 
vai se dar de uma forma maior e mais otimizada, [pois] eu já 
exploro outras situações.
45:21O perímetro cefálico
É um exame que todo bebê faz ao longo do pr imeiro ano de v ida, onde 
vai mapeando-se o crânio. As medidas são PC (per ímetro cefál ico) , DBA e 
DAP (diâmetro, a l tura e peso) , e deve corresponder a 12cm em 12 meses, 
e o per ímetro toráxico deve ul trapassar o per ímetro craniano por volta do 
quar to ou quinto mês de v ida. O exame consiste em inspeção, palpação e 
ausculta.
51:27
Maneiras de avaliar o 
desenvolvimento
O desenvolv imento neural pode ser medido por escalas, h istór ia do 
indiv íduo, exame neurológico e pelo ENE (exame neurológico evolut ivo) . 
Não é possível medir o desenvolv imento diretamente.
40
56:45Avaliação neurológica
Alguns aspectos anal isados são: at i tude, tônus, ref lexos pr imit ivos, 
equi l íbr io estát ico e dinâmico, coordenação apendicular e funções cerebrais 
super iores.
Escala Denver II
É um instrumento de tr iagem em desenvolv imento infant i l que aval ia de 
0 a 6 anos. É interessante usá- lo em cr ianças aparentemente normais , 
quando há suspeita de alguma alteração e cr ianças em r isco. Este 
instrumento ut i l iza a comparação com outras cr ianças da mesma idade.
Neuropsicologia
A Neuropsicologia é uma área de interface entre a Neurologia e a 
Psicologia. De um lado há o estudo detalhado do sistema nervoso e 
do outro há a anál ise do compor tamento humano e dos processos 
psicológicos.
41
AULA 2, PARTE 3
Carol Costa Júnior
00:32História
É de extrema impor tância sempre quest ionar os seguintes pontos:
• Histór ia fami l iar ;
• Histór ia da gestação, do par to e do per íodo neonatal ;
• Histór ia médica pós-natal ;
• Contexto social e fami l iar ;
• Marcos do desenvolv imento.
Não é incomum que as famíl ias não entendam a necessidade destas 
perguntas e se s intam desconfor táveis , porém é de extrema impor tância 
saber todo o contexto pois há diversas condições que podem ter s ido 
geradas em algum destes pontos.
Sabemos que na maioria das síndromes, transtornos, déficits, 
dificuldades e condições da criança o peso genético é muito 
grande.
42
Fórceps
Fórceps é um instrumento cirúrgico ut i l izado para auxi l iar no par to 
normal e faci l i tar a passagem da cabeça do bebê pelo canal vaginal . 
É uma pinça arredondada, desenvolv ida especialmente para segurar a 
cabeça do recém-nascido, na al tura das orelhas. É ut i l izado na medicina 
obstetr íc ia para auxi l iar a ret i rada de um feto por a lguma razão em que 
a contração natural não é suf ic iente para o par to ou possa colocar em 
r isco a v ida da gestante e/ou do feto.
Os avós geralmente são mais permissivos, e fazem com que a 
criança tenha um baixo limiar de frustração.
16:56
ENE (Exame neurológico 
evolutivo)
É apl icado em cr ianças de 3 a 7 anos, fo i introduzido em 1972 por Lefèvre 
e colaboradores. São 101 provas, d iv id idas em 11 i tens: dominância 
lateral , tônus muscular e ref lexos profundos, equi l íbr io estát ico, equi l íbr io 
dinâmico, coordenação apendicular, coordenação tronco-membros, 
s incinesias (contrações musculares involuntár ias) , at iv idade sensit iva-
sensor ia l e persistência motora.
43
Antonio Frederico Lefèvre 
(1916 – 1981)
Antônio Freder ico Branco Lefèvre foi um médico neurologista brasi le i ro. 
É reconhecido hoje como o pai da neurologia infant i l no Brasi l .
20:00
Atrasos no desenvolvimento 
neuropsicomotor
O professor c i ta a lgumas das possíveis causas de atrasos no 
desenvolv imento neuropsicomotor em cr ianças, como: paral is ia cerebral , 
doenças neuromusculares e or topédicas, aut ismo, entre outras.
É impor tante que a causa seja invest igada pois em muitos casos não há um 
exame que comprove a condição, como por exemplo o aut ismo. Não existe 
um exame para diagnost icar o aut ismo, o que ut i l izamos são escalas.
25:41Marcos do desenvolvimento
Idades chave:
1. Recém-nascido;
2. Lactente (3 , 6 , 9 , 12, 18 e 24 meses) ;
3. Dos 3 aos 7 anos (ENE) ;
4. Após (aval iação das funções cor t icais super iores somado ao 
desempenho escolar) .
44
27:58
Estratégias de intervenção na es-
timulação motora e psicossocial
O professor c i ta a lgumas estratégias de est imulação motora e psicossocial 
e reforça a impor tância de dizer “não” às cr ianças, de forma a prepará- las 
para a v ida em sociedade, para que não sejam cr iados adultos com baixo 
l imiar de frustração.
A vida dá ‘não’ para a gente toda hora, se a gente pega essas 
crianças e só dá a elas o que elas querem, [...] qual adulto que a 
gente tá formando para o futuro?
41:02
A importância da intervenção 
precoce na deficiência motora
A fase mais rápida do desenvolv imento motor nas cr ianças é dos 0 
aos 18 meses. Por este motivo será o per íodo que o bebê terá maiores 
possibi l idades de normal izar esta problemática. O objet ivo da intervenção 
precoce é normal izar o tônus e permit i r que, pela plast ic idade, essas 
sensações normais sejam absorvidas e mant idas pelo maior.
45
42:14
Técnicas de promoção do 
desenvolvimento motor
Existem 3 técnicas de intervenção: hidroterapia , hipoterapia e f is ioterapia .
• Hidroterapia é um tratamento fe i to dentro da água, a juda a desenvolver 
a marcha e o equi l íbr ionas cr ianças com problemas motores. Ajuda 
também na concentração da cr iança, na autoest ima e social ização. O 
tato , as sensações de movimentos do corpo e a audição também são 
est imulados pela hidroterapia ;
• A f is ioterapia permite que a cr iança se mova de um modo mais ef icaz, 
melhora o seu tônus postural dando- lhe exper iências que de outra forma 
não o conseguir iam fazer ;
• Al terações no tônus muscular tem como objet ivo in ib ir padrões anormais 
de postura e movimento, e maior var iedade de padrões motores normais ;
• At iv idades funcionais apropr iadas a fase de desenvolv imento, perceber o 
que impede a cr iança de executar a tarefa e a judas técnicas a repet ição.
Precisamos estimular este cérebro não só com telas, cores e 
formas, porque desta forma trabalhando o psicomotor o nosso 
ganho é muito maior, a gente se apropria muito mais desse 
conhecimento.
46
AULA 3, PARTE 1
Carol Costa Júnior
00:58Hipoterapia
Os movimentos efetuados pelo cavalo são semelhantes aos movimentos 
de marcha humana, ou seja , são movimentos tr id imensionais , para c ima 
e para baixo, para esquerda e para dire i ta e para frente e para trás. Estes 
movimentos não são encontrados em cr ianças com def ic iência motora.
Existem registros desde a pré-história do uso de animais no 
tratamento e na busca do bem-estar e da saúde para o ser 
humano.
Nise Da Silveira 
(1905 – 1999)
Nise Magalhães da Si lveira foi uma médica psiquiatra brasi le i ra. 
Reconhecida mundialmente por sua contr ibuição à psiquiatr ia , 
revolucionou o tratamento mental no Brasi l . Foi a luna de Car l Jung. Além 
da ar te , o contato com cães e gatos também foi um dos tratamentos 
introduzidos por Si lveira no Brasi l .
47
08:52Desenvolvimento psicossocial
O psicanal ista Er ik Er ikson propôs uma teor ia chamada Teor ia Psicossocial 
do Desenvolv imento. O desenvolv imento psicossocial envolve a integração 
do desenvolv imento psicológico com a formação de re lações sociais . 
Ambos os processos necessitam ocorrer de uma forma parale la. Essa teor ia 
valor iza o papel do meio social na formação da personal idade do indiv íduo 
(Rabel lo , 2007).
Erik Erikson 
(1902 – 1994)
Er ik Homburger Er ikson foi um psicólogo do desenvolv imento e 
psicanal ista conhecido por sua teor ia sobre o desenvolv imento 
psicossocial dos seres humanos.
12:06
Teoria do desenvolvimento 
psicossocial de Erik Erikson
De acordo com esta teor ia , o desenvolv imento psicológico do indiv íduo 
depende da interação que mantém com outras pessoas num ambiente 
social (Rabel lo , 2007).
Ao longo de toda a v ida o ser humano atravessa estágios que servirão de 
formação para o seu compor tamento, caracter izado pelas chamadas “cr ises 
psicossociais” , episódios marcantes que inf luenciarão as decisões que esta 
pessoa tomará perante a v ida (Girão, 2009).
48
Há oito estágios psicossociais ou oi to idades em que ocorre o 
desenvolv imento. Cada estágio ou idade atravessa uma cr ise entre uma 
ver tente posit iva e uma negat iva. Um estágio conecta-se ao outro e 
os pr imeiros inf luenciam os poster iores, sendo que os c inco pr imeiros 
estágios formam a ident idade e em todos os estágios existem conf l i tos 
para serem resolv idos, resoluções que inf luenciarão a v ida futura (Girão, 
2009).
13:34
Estágios de desenvolvimento 
de Erikson
1. Conf iança X Desconf iança (até 1 ano de idade) ;
2. Autonomia X Vergonha e dúvida (segundo e terceiro ano) ;
3. In ic iat iva X Culpa (quar to e quinto ano) ;
4. Indústr ia/Mestr ia X Infer ior idade (dos 6 aos 11 anos) ;
5. Ident idade X Confusão/Difusão (dos 12 aos 18 anos) ;
6. Int imidade X Isolamento ( jovem adulto) ;
7 . Produt iv idade X Estagnação (meia idade) ;
8. Integr idade x Desesperança (velhice) .
No desenvolv imento pessoal de cada estágio algumas patologias psíquicas 
podem surgir, mas mesmo que em cer tas etapas da v ida alguém possa 
desenvolver at i tudes patológicas, n inguém está inevitavelmente condenado 
a permanecer em uma existência disfuncional pelo resto da v ida. Cada 
conf l i to psicossocial que o indiv íduo enfrenta pode encontrar uma solução 
saudável , a inda que os conf l i tos anter iores tenham se encaminhado para 
soluções ruins.
49
Síndrome de Burnout 
Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Prof issional é um 
distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e 
esgotamento f ís ico resultante de s i tuações de trabalho desgastante , que 
demandam muita competi t iv idade ou responsabi l idade. A pr incipal causa 
da doença é justamente o excesso de trabalho.
Transtorno de ansiedade generalizada
O transtorno de ansiedade general izada (TAG) é um distúrbio 
caracter izado pela “preocupação excessiva ou expectat iva apreensiva” , 
persistente e de dif íc i l controle , que perdura por seis meses no mínimo.
Depressão
Depressão (CID 10 – F33) é uma doença psiquiátr ica crônica e 
recorrente que produz uma alteração do humor caracter izada por uma 
tr isteza profunda, sem f im, associada a sent imentos de dor, amargura, 
desencanto, desesperança, baixa autoest ima e culpa, assim como a 
distúrbios do sono e do apet i te .
25:49Aspectos psicossociais
Aspectos psicossociais consistem na interação dos aspectos sociais , 
b io lógicos, psicológicos e famil iares do indiv íduo. Existem 3 grandes 
teór icos que falam um pouco do desenvolv imento do indiv íduo para a fase 
adulta : Vygotsky, Wal lon e Piaget . Estes autores são o tr ipé das teor ias 
que ajudam os professores e pesquisadores a compreender a inte l igência , 
o aprendizado e o desenvolv imento. A contr ibuição de cada um é muito 
re levante mesmo com suas diferenças, e é preciso conhecê- las para pode 
usá- las sempre que necessár io. 
50
29:00Jean Piaget
Formado em biologia , Piaget especial izou-se nos estudos do conhecimento 
humano e desenvolveu a teor ia conhecida como Epistemologia Genét ica. 
Sua maior questão é : Como o ser humano constrói o conhecimento.
Principais conceitos:
O conhecimento é adquir ido por assimi lação, ou seja , o a luno incorpora as 
exper iências ou objetos às estratégias ou conceitos já existentes. Também 
pode ser adquir ido por acomodação, já que para o aluno aprender é 
preciso modif icar e a justar o que ele já sabe para as novas exper iências ou 
informações. Outro ponto impor tante da teor ia de Piaget é a equi l ibração, 
já que é outro fator essencial e determinante no desenvolv imento do sujei to 
no processo de adaptação ao meio que v ive. Dessa forma, aprender é um 
constante processo de desequi l ibração e equi l ibração.
Estar bem significa viver bem e melhor. Vão vir desafios cada 
vez piores e de difícil conclusão, mas você pelo menos vai 
saber interagir com eles.
31:23
Estágios do desenvolvimento 
para Piaget
Piaget div ide o desenvolv imento cognit ivo em 4 estágios pr incipais : 
sensór io-motor, pré-operatór io , operatór io concreto, e operatór io formal . 
Sensório-motor (0-2 anos): A par t i r de ref lexos neurológicos básicos, o 
bebê começa a construir esquemas de ação para assimi lar mentalmente o 
meio. 
51
Pré-operatório (2-7 anos): É a fase em que as cr ianças reproduzem 
imagens mentais , e las usam um pensamento intui t ivo que e expressa numa 
l inguagem comunicat iva – mas egocêntr ica – pois o pensamento delas é 
central izado nelas mesmas.
Operatório concreto (7-11 anos): A cr iança desenvolver noções de tempo, 
espaço, velocidade, ordem, casual idade. . . já sendo capaz de re lacionar 
di ferente aspectos e abstrair dados da real idade.
Operatório formal (11 anos ou mais) : A representação permite abstração 
total , a cr iança não se l imita mais a representação imediata nem somente 
as re lações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as 
re lações possíveis logicamente. É a fase de transição para o modo adultode pensar.
40:25Lev Vygotsky
Vygotsky levantou a questão de re lação entre ensino, aprendizagem escolar 
e desenvolv imento cognit ivo. Suas teor ias consideram muito a escola , os 
professores e a equipe pedagógica.
Para Vygotsky a cr iança nasce inser ida num meio social , que é a famí l ia , e é 
nele que estabelece as pr imeiras re lações com a l inguagem com os outros. 
O ponto central da sua teor ia é : a aquis ição do conhecimento vem com a 
interação do suje i to com o meio.
52
41:48
O desenvolvimento para 
Vygotsky
Ele acreditava que o desenvolv imento era um processo evolut ivo e 
que as funções psicológicas super iores se davam a par t i r de um plano 
interpsicológico de desenvolv imento. 
A zona de Desenvolv imento Proximal é tudo o que a cr iança pode adquir i r 
em termos intelectuais quando lhe é dado o supor te educacional devido.
Para Vygotsky o desenvolv imento e aprendizagem são processos 
concomitantes, interdependentes e recíprocos.
É muito simples [a diferença]. Para Piaget o desenvolvimento 
se dá de dentro para fora, e para Vygotsky se dá de fora para 
dentro.
47:36Henry Wallon
Segundo Wal lon, a gênese da intel igência é biológica e social , ou seja , 
o ser humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe 
a intervenção da cultura. Seu projeto teór ico foi estudar a gênese dos 
processos de const i tuem o psiquismo humano. 
O ponto central da sua teor ia é a psicogênese, o desenvolv imento 
intelectual envolve não só o cérebro, mas também a emoção.
53
49:40O desenvolvimento para Wallon
• Processo constante , cont ínuo de transformações dessa re lação ao longo 
da v ida;
• Não é l inear ;
• Tem f luxos e ref luxos necessár ios aos ajustes das funções espontâneas 
da cr iança às exigências do meio;
• Cada estágio não impl ica apenas acréscimo de at iv idades mais 
coordenadas e mais complexas, mas sim uma reorganização qual i tat iva ;
• O desenvolv imento é um processo em aber to , porque a cada nova do meio 
(que está sempre em movimento) , novas possibi l idades orgânicas poderão 
ser at ivadas em múlt ip las direções.
50:49
Estágios do desenvolvimento 
para Wallon
Assim como Piaget , Wal lon div ide o desenvolv imento em etapas, que 
para e le são cinco: impulsivo-emocional , sensório-motor e projet ivo , 
personal ismo , categorial , e puberdade e adolescência.
Impulsivo-emocional ocorre no 1º ano de v ida e é o pr imeiro estágio do 
desenvolv imento e é caracter izada por :
• Total dependência do mundo externo;
• Incapacidade de resolver seus própr ios problemas;
• Sensações de bem-estar ou de mal-estar i rão se manifestar mediante 
descargas motoras.
• É div id ida em estágio de impulsiv idade motora e estágio emocional .
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Sensório-motor e projet ivo:
• At iv idade de exploração;
• Manipulação põe a cr iança em contato com o mundo;
• Inte l igência se dedica a construção da real idade;
• As possibi l idades prat icas são ampl iadas pela novidade da l inguagem
• Invest igação e exploração dos espaços;
• Imitação;
• A cr iança indiv idual iza a representação de s i ;
• Somente a par t i r dos 2 anos a cr iança consegue atr ibuir a s i mesmo sua 
imagem ref let ida no espelho.
• É div id ida em estágio sensór io-motor e estágio projet ivo.
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AULA 3, PARTE 2
Carol Costa Júnior
00:00
Estágios do desenvolvimento 
para Wallon (Continuação)
Personal ismo:
• Estágio voltado para a pessoa, para o enr iquecimento do eu, da 
construção da personal idade;
• Predominância afet iva ;
• Consciência corporal ;
• Conquistas e conf l i tos ;
• Contradição e cr ises.
Categorial :
• Per íodo de acentuada predominância da intel igência sobre as emoções;
• Começa a desenvolver a memória e atenção voluntár ias ;
• Formam-se as categor ias mentais ;
• O poder de abstração é consideravelmente ampl iado.
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Puberdade e adolescência: 
• A cr iança começa a passar por t ransformações f ís icas e psicológicas;
• Estágio caracter izadamente afet ivo, marcado por conf l i tos internos e 
externos;
• Busca de autoaf i rmação;
• Desenvolv imento da sexual idade.
Essa transformação para a vida adulta na maioria das vezes não 
se dá de forma tranquila e plena.
07:09
Semelhanças entre Piaget, 
Vigotsky e Wallon
Os três eram sociointeracionistas, por tanto pensavam no homem como um 
ser social . 
Todos os três t inham formação acadêmica em outras áreas que não eram a 
educação, e mesmo assim deram contr ibuições val iosas à área através de 
suas teor ias psicogenét icas.
Eles acreditavam que o conhecimento é construído gradualmente e levaram 
em conta a base biológica do funcionamento psicológico, e também que 
os processos f i logenét icos e ontogenét icos t inham impl icações diretas no 
desenvolv imento.
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10:22Principais diferenças
O professor apresenta as pr incipais di ferenças entre as teor ias de Piaget , 
Vygotsky e Wal lon, c i tando por exemplo que para Piaget o conhecimento é 
construído do indiv íduo para o social enquanto para Vygotsky e Wal lon o 
conhecimento é construído do social para o indiv íduo, entre outros tópicos.
20:58Aprendizagem
Entendemos a aprendizagem como uma mudança de compor tamento, a lgo 
que é captado do ambiente , processado e devolv ido ao ambiente.
O processo de aprendizagem var ia de espécie para espécie , no ser humano 
in ic ia a par t i r do nascimento e vai até a mor te. Logo que nascemos 
apendemos a chamar atenção dos nossos pais através do choro, na 
infância a escola in ic ia a aprendizagem de outra maneira e adquir imos 
conhecimentos, hábitos, habi l idades e informação.
Segundo os teóricos a aprendizagem se dá ao longo de toda a 
vida, então esses idosos também aprendem, então nada melhor 
do que apresentar a tecnologia para eles.
58
29:03Conceitos da aprendizagem
Na psicologia e na pedagogia o aprendizado é div id ido em duas categor ias: 
associat iva e cognit iva . O aprendizado associat ivo é determinado quando 
um est ímulo é seguido por uma resposta, e o aprendizado cognit ivo é 
def in ido como o estudo cient í f ico da mente ou da intel igência.
30:52Condicionamento operante
Dentro da aprendizagem há o condicionamento operante , que é determinada 
quando est imulamos o ser a chegar num lugar desejado para saciar o seu 
desejo , mais conhecido como “desejo” pr imário. O reforço negativo é par te 
do condicionamento operante e se adquire através de negat iva do reforço 
ou pela punição. Este esquema de reforçamento é melhor f ixado quando a 
resposta é f ixada em seguida.
38:20Teorias da aprendizagem
O professor c i ta as teor ias da aprendizagem pelo ponto de v ista de diversos 
teór icos.
• Piaget: usava a teor ia chamada de “Método Psicotécnico” . Sua teor ia 
tem uma ideia básica onde as funções permanecem invar iáveis , mas as 
estruturas mudam sistematicamente conforme a cr iança se desenvolve.
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• Vygotsky: sua teor ia ident i f icou que a cultura e a cr iação ar t íst ica tornam-
se par te de cada indiv íduo a par t i r do momento em que são inser idas 
na at iv idade cerebral quando cr iança. As cr ianças são super at ivas no 
processo de aprendizagem, mas não são capazes de atuar sozinhas, 
necessitando da ajuda de um adulto para lhes apresentar as ferramentas 
adequadas.
• Bruner: ut i l izava-se da Teor ia da Aprendizagem por Descober ta onde 
propunha que o aluno t ivesse grande par t ic ipação do processo. Os 
professores em sala de aula dever iam gerar condições para que os 
alunos enxergassem a meta a ser at ingida sem ter o conteúdo da matér ia 
apresentado expl ic i tamente.
• Ausubel : ut i l izava-se da Teor ia da Assimi lação onde tenta expor que os 
movimentos internos que acontecem na mente humana com relação ao 
aprendizado é a estruturação do conhecimento. 
• Rogers: conhecida como teor ia humanista a teor ia de Rogers diz que cabe 
ao professor o papel de terapeutae ao aluno o papel de c l iente , desta 
forma o professor faci l i ta o processo de aprendizagem que o aluno conduz 
de sua maneira.
• Vergnaud: ut i l izando-se da Teor ia dos Tampos Conceituais (TTC) , 
Vergnaud segue com os estudos de Piaget , mas adota como referência 
o conteúdo do conhecimento. Sua teor ia não é didát ica , mas fornece 
um quadro teór ico para anál ise da formação e funcionamento do 
conhecimento. 
• Skinner: tem como pr ior idade estudar, anal isar e expl icar o 
compor tamento humano e animal . Destacava a “educação programada” , 
defendia o condicionamento controlado das massas como meio de 
controle da ordem social e acreditava na conduta condicionada de 
est ímulo-resposta.
60
43:56
Condicionamento Clássico 
X Operante
Clássico: é acionado através de um est ímulo neurológico que é 
transformado num ref lexo associado. Ex. : som de campainha.
Operante: o aprendiz real iza determinada tarefa e recebe uma recompensa. 
Ex. : rato pisa no pedal e ganha comida.
Skinner considera impor tantes alguns mecanismos de condicionamento 
operante , são eles:
• Reforço posit ivo ou recompensa: atos recompensados geralmente são 
repet idos;
• Reforço negativo: atos que são at i tudes de escape a dor normalmente são 
repet idos;
• Ext inção ou ausência de reforço: atos não reforçados normalmente não 
são repet idos;
• Castigo: atos que são punidos normalmente geral consequências.
47:53
Desenvolvimento da 
conduta
Para se desenvolver a conduta é necessár ia a repet ição da ação-resposta 
algumas vezes para que o ser entenda o que queremos e é impor tante que 
in ic iemos com a recompensa para que ele possa l igar uma coisa à outra.
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Eu aprendo mais rápido e melhor se estiver interessado no 
assunto, por isso a motivação é fator determinante para o 
aprendizado.
52:05Grupos sociais
O aprendizado do indiv íduo vai a lém das necessidades pr imarias e do 
grupo que o mesmo se encontra. Grupo pode ser def in ido como pessoas 
que inf luenciam umas às outras, possuem as mesmas ideologias e valores, 
a lém de terem uma determinada re lação de interdependência. Faixa etár ia , 
crenças, re l ig iões, est i los , status social , cor, nações, etc.
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AULA 3, PARTE 3
Carol Costa Júnior
Psicomotricidade
Psicomotr ic idade a real ização de um pensamento através de um 
ato motor coeso, econômico e harmonioso, exigindo para isso uma 
afet iv idade equi l ibrada.
01:16Percepção
Percepção é a capacidade de reconhecer e compreender est ímulos 
recebidos, está l igada a atenção, consciência e memória. Div ide-se em:
• Espacial : capacidade que temos de or ientarmos no espaço;
• Temporal : capacidade de s i tuar um fato no tempo e de discernir a 
velocidade do movimento;
• Visual : percepção de objetos, de pessoas, de formas, tamanhos, 
espessuras, etc. ;
• Audit iva: d iscr iminação através do ouvido de sons, ru ídos e tonal idades;
• Olfat iva: ident i f icação através do olfato de diferentes perfumes, odores ou 
cheiros específ icos.
• Gustat iva: ver i f icação de sabores diferentes, azedo, amargo, salgado, 
doce, etc. ;
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• Termo tát i l : interpretação tát i l ou térmica re lacionada com formas, 
tamanhos, texturas, peso, temperaturas;
• Anál ise e síntese: o todo pode se decompor em par tes (anál ise) e as 
par tes podem formar um todo (s íntese) .
07:50Motricidade
Ampla: desenvolv imento dos movimentos corporais real izados pelos 
grandes músculos (braços, pernas, t ronco).
Fina: Refere-se a ações de pequenos músculos que levam à precisão, 
rapidez e força muscular.
08:58Memória visual
É a capacidade que a cr iança tem de armazenar imagens, e reter com 
exat idão - a longo ou cur to prazo - uma sér ie de est ímulos apresentados 
v isualmente.
09:42Habilidades visuais 
São a percepção e discr iminação de semelhanças e diferenças, constância 
de percepção de forma e tamanho, e percepção de f igura e fundo.
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11:08Ritmo
O r i tmo é extremamente estruturante , pois podemos captar através do r i tmo 
qualquer s i tuação que esteja acontecendo e que esteja atrapalhando o 
desenvolv imento neuropsicomotor.
Abrange a noção de ordem, sucessão, duração e a l ternância , e depende do 
equi l íbr io emocional da cr iança.
16:44Concentração e atenção
Concentração é o poder de prender a atenção em função de algo ou alguém 
durante um tempo considerável , sem deixar-se distrair por a lgo ou alguém 
ao seu redor. 
Atenção é a apl icação cuidadosa da mente em alguma coisa (escutar, ver) .
20:56Equilíbrio
É a capacidade de manutenção do corpo em uma mesma posição durante 
tempo determinado. Pode ser estát ica ou dinâmica, está diretamente l igada 
a atenção e a afet iv idade.
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21:26
Habilidades auditivas 
específicas
São discr iminação de sons, d iscr iminação audit iva de f igura e fundo e 
memória audit iva.
Freio inibitório
Tem a função de controlar e in ib i r nossos impulsos e nos dar a 
opor tunidade de pensarmos e ref let i rmos se aqui lo que temos vontade 
de fazer ser ia adequado de ser fe i to ou não.
23:26
Conhecimento de direita 
e esquerda
Está l igado aos conceitos de esquema corporal e lateral idade, permite 
dist inguir os lados dire i to e esquerdo em si , nas outras pessoas e nos 
objetos. É esperado que se adquira essa habi l idade entre os 6 e 7 anos.
25:48Dominância lateral
É o predomínio ocular, audit ivo e sensór io-motor de um dos membros 
super iores e infer iores. Se def ine por volta de 5 anos, e o indiv íduo será 
mais for te e mais ági l do lado dominante.
Lateral idade é o uso preferencial de um lado do corpo devido a dominância 
de um dos hemisfér ios cerebrais.
66
Nem sempre trabalhar com o corpo ou no corpo significa uma 
atuação psicomotora, por exemplo a pratica de esportes ou 
brincadeiras.
31:43Tipos de lateralidade
• Contrar iada: geralmente canhotos que foram obr igados a mudar a 
preferência devido a pressões sociais ou famil iares;
• Cruzada: quando não existe homogeneidade na preferência de um dos 
lados do corpo – olho dire i to , mão esquerda, pé dire i to ;
• Indefinida: cr ianças que não def in i ram sua preferência lateral após os 5 
anos;
• Ambidestra : ut i l ização de ambos os lados do corpo com a mesma 
habi l idade e destreza.
36:39Recapitulando
O professor retoma alguns tópicos discut idos na pr imeira aula como as 
estruturas do cérebro e suas funções e os re laciona ao desenvolv imento 
infant i l como visto nas aulas subsequentes, abrangendo a neurof is io logia , 
compor tamento, nascimento, t ranstornos, etc. 
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Indivíduos neuro atípicos tem uma relação diferente com a dor, 
porque eles processam a dor de uma forma diferenciada. Eles 
têm as células de recepção, porém a forma como se processa 
essa informação não acontece como deveria.
Precisamos adentrar nos padrões sociais porque isso é 
cobrado.
Nos cabe incentivar, nos cabe otimizar, propiciar, responder as 
dúvidas da criança, dar a ela possibilidade de ser estimulada o 
tempo todo, e aí sim vamos garantir o melhor desenvolvimento 
[...] e sendo assim um adulto funcional.
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