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C o m C a r o l J ú n i o r DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR E APRENDIZAGEM 2 SUMÁRIO SOBRE O CURSO 3 PROFESSOR DO CURSO 4 AULA 1, PARTE 1 5 AULA 1, PARTE 2 13 AULA 1, PARTE 3 21 AULA 2, PARTE 1 28 AULA 2, PARTE 2 34 AULA 2, PARTE 3 41 AULA 3, PARTE 1 46 AULA 3, PARTE 2 55 AULA 3, PARTE 3 62 3 SOBRE O CURSO O QUE SERÁ ABORDADO NAS AULAS? Abordagem em neuroanatomia funcional ; Desenvolv imento da cr iança: audit ivo ; v isual ; motor ; cognit ivo e l inguagem; Motr ic idade; Est imulação precoce; Visão hol íst ica do desenvolv imento e crescimento da cr iança; Caracter íst icas do desenvolv imento neuropsicomotor na infância e técnicas de aval iação; Estratégias de intervenção na est imulação motora e psicossocial . O QUE CONSTA NESTE EBOOK? Neste mater ia l , você tem uma l inha do tempo com os pr incipais acontecimentos das v ideoaulas, como frases impactantes dos professores, conceitos impor tantes do mercado, indicações de f i lmes e l ivros, entre outros. 4 PROFESSOR DO CURSO C A R O L J Ú N I O R P S I C Ó LO G O C L Í N I C O, N E U R O P S I C Ó LO G O E N E U R O C I E NT I S TA Possui graduação em Psicologia pela Faculdade Integrada do Recife (2009) , pós-graduado em Neuropsicologia da Faculdade de Ciências Humanas - ESUDA (2011) , mestrando em inovação pedagógica (2012) , prof issional com atuação nas áreas Cl ín ica e Organizacional . 55 AULA 1, PARTE 1 Carol Costa Júnior O professor introduz o tema a ser explorado na aula , destacando a impor tância da invest igação fe i ta pela equipe mult id iscipl inar. Também cita que devido ao aumento das dif iculdades de aprendizagem este assunto está sendo cada vez mais difundido, o que leva a um maior interesse em chegar a uma provável causa. Psicossomatização O termo “psicossomático” é empregado para se refer i r às patologias que per tencem tanto ao f ís ico quanto ao psíquico. Dessa forma, são doenças que afetam diretamente a saúde mental e f is io lógica. Nesse contexto, os s intomas f ís icos acabam se tornando uma consequência dos s intomas emocionais e psicológicos. Introdução Essa saúde mental que hoje já está tão prejudicada é justamente devido ao que a gente vem vivendo ao longo da vida. 6 Aprendizagem é tudo que você capta, processa e devolve ao ambiente. Escala de Apgar A Escala ou Índice de Apgar é um teste desenvolv ido pela Dra. Virgin ia Apgar, médica nor te-americana, que consiste na aval iação por um pediatra de 5 s inais objet ivos do recém-nascido, atr ibuindo-se a cada um dos sinais uma pontuação de 0 a 2. 09:22O que é neurociência? A neurociência nada mais é que o estudo do sistema nervoso. O professor expl ica que o s istema nervoso é uma máquina perfei ta e grandiosa, e que para entendê- la é necessár io div id i r por par tes. O s istema nervoso central é d iv id ido em cérebro, cerebelo e medula. Já o s istema nervoso per i fér ico pode ser comparado com f ios – f igurat ivamente – que par tem da base do crânio , da área medial e da área sacral . Estes “ f ios” se enraízam em todo o corpo, levando as informações do s istema nervoso para o restante do corpo e captando através de células receptoras as informações do ambiente. 7 15:02Estrutura do cérebro O professor expl ica que devido a sua complexidade, o cérebro também precisa ser anal isado por par tes , sendo elas: lobo frontal , lobo par ietal , lobo temporal , lobo occipi ta l e lobo l ímbico. Apesar de o cérebro funcionar integralmente, cada um dos lobos possui uma função. O lobo frontal pode ser v isto como o gerente do cérebro e é onde se or ig ina nossa personal idade, como foi evidenciado no caso de Phineas Gage. O lobo par ietal é responsável pelas funções s inestésicas, como exemplo, em casos de lesões neste lobo é possível que a pessoa não reconheça par tes do própr io corpo como suas. O lobo temporal é responsável pela audição, paladar e é onde está a nossa memória. O lobo occipi ta l é responsável pela v isão, e local iza-se na nuca. E , por f im, o lobo l ímbico é onde se processam as emoções. E le se local iza no centro do cérebro, fazendo fronteira com todos os outros lobos. É como se fosse um banco de dados. Vamos entender o sistema nervoso central como uma CPU. Phineas Gage (1823-1860) Phineas Gage foi um operár io americano que teve seu cérebro perfurado por uma barra de metal em um acidente com explosivos, sobrevivendo apesar da gravidade do acidente. Após o ocorr ido, Phineas, que aparentemente não t inha sequelas, apresentou uma mudança acentuada de compor tamento, sendo objeto para estudos de caso muito conhecidos entre neurocient istas. 8 32:58Cerebelo É responsável pelo tônus muscular e equi l íbr io. O professor c i ta como exemplo, a mudança de f is ionomia de um cadáver em comparação com quando o indiv íduo estava v ivo, pois como o cerebelo não está mais atuando, toda a musculatura “despenca” . 34:13 Maturação do sistema nervoso O professor expl ica que o s istema nervoso absorve todos os est ímulos externos e vai maturando os dados através do tempo, obedecendo a uma cronologia. Existe uma idade esperada para cada t ipo de compor tamento, e cr ianças que possuem capacidade de executar tarefas esperadas para idades avançadas são chamadas de precoces, embora não se possa dizer que elas são mais habi l idosas ou superdotadas. 37:17O caso das crianças selvagens O professor usa uma analogia de cr ianças selvagens cr iadas por animais em f lorestas, para demonstrar como são necessár ias referências humanas para que possamos desenvolver nossas habi l idades. 9 O homem precisa de um outro homem como referência para poder se tornar humano. Lev Vygotsky (1896 - 1934) Lev Semionovitch Vygotsky, fo i um psicólogo, proponente da Psicologia histór ico-cultural . Pensador impor tante em sua área e época, fo i p ioneiro no conceito de que o desenvolv imento intelectual das cr ianças ocorre em função das interações sociais e condições de v ida. Jean Piaget (1896 - 1980) Jean Wi l l iam Fr i tz Piaget foi um psicólogo suíço e impor tante estudioso da psicologia evolut iva. Revolucionou os conceitos de intel igência infant i l que provocou mudança nos ant igos conceitos de aprendizagem e educação. 10 43:24Desenvolvimento do cérebro O professor ref lete sobre s istema nervoso como o diferencial do ser humano, que conseguiu chegar ao topo da cadeia a l imentar mesmo desprovido de presas e garras. E le discorre sobre as al terações que ocorreram no cérebro humano com o passar do tempo e c i ta que dentro da teor ia de Darwin, o processo de evolução humana ainda não foi f inal izado. Charles Darwin (1809 – 1882) Char les Rober t Darwin, fo i um natural ista , geólogo e biólogo br i tânico. Formulou a teor ia da evolução das espécies , anteviu os mecanismos genét icos e fundou a biologia moderna. É considerado o pai da “Teor ia da Evolução das Espécies” . 46:18 A neurociência através da história O professor c i ta as or igens da neurociência , dando como exemplo Sócrates que desde tempos remotos já teor izava sobre a impor tância do cérebro e sua re lação com a intel igência e personal idade. 11 Andreas Versalius (1514 – 1564) Andreas Vesal ius , por vezes refer ido na l i teratura por tuguesa como André Vesál io , fo i um médico belga, considerado o “pai da anatomia moderna” . Foi o autor da publ icação De Humani Corpor is Fabr ica, um at las de anatomia publ icado em 1543. 53:24Localização da mente Embora o f i lósofo René Descar tes acreditasse que a mente se local iza na glândula pineal , não existe uma local ização exata pois e la não existe f is icamente. Pode se considerar que a mente é o conjunto de todas as par tes do cérebro funcionando corretamente em harmonia. René Descartes (1596-1650) René Descar tes foium f i lósofo e matemático francês. Cr iador do pensamento car tesiano, s istema f i losóf ico que deu or igem à Fi losof ia Moderna. 12 Frenologia Frenologia é uma pseudociência que alega que a forma e protuberâncias do crânio são indicat ivas das faculdades e apt idões mentais de uma pessoa – ou seja , ser ia capaz de se determinar o caráter, caracter íst icas da personal idade, e grau de cr iminal idade pela forma da cabeça. A frenologia baseia-se no conceito de que o cérebro é o órgão da mente e se encontra div id ido em regiões com funções específ icas denominadas módulos. Foi desenvolv ida por Franz Joseph Gal l , um médico e anatomista alemão por volta de 1800. 13 AULA 1, PARTE 2 Carol Costa Júnior Django Livre (2013) No sul dos Estados Unidos, o ex-escravo Django faz uma al iança inesperada com o caçador de recompensas Schultz para caçar os cr iminosos mais procurados do país e resgatar sua esposa de um fazendeiro que força seus escravos a par t ic ipar de competições mor tais . Dir ig ido por Quent in Tarant ino. Luigi Galvani (1737 – 1798) Luigi Galvani fo i um médico, invest igador, f ís ico e f i lósofo i ta l iano. Fez uma das pr imeiras incursões do estudo de bioeletr ic idade, um campo que ainda hoje estuda os padrões elétr icos e s inais do s istema nervoso. 05:51Neurônio O neurônio é a unidade funcional básica do s istema nervoso. É uma célula nervosa e faci lmente est imulável . Ao nascer temos cerca de 80 a 100 bi lhões de neurônios, que vão morrendo ao decorrer de nossa v ida. Atualmente sabe-se que existe a chamada neurogênese, e que há dois lugares específ icos no cérebro onde os neurônios são formados: no bulbo olfatór io e no lobo temporal . E les são const i tu ídos basicamente por t rês estruturas: um corpo celular, dendr i tos e axônios. 14 11:16 Funções do sistema nervoso central Sensit iva: detecção de est ímulos var iados, dentro e fora do corpo. Integradora : processamento, anál ise e armazenamento da informação sensit iva e tomada de decisões para respostas apropr iadas. Motora: resposta às decisões integradora, através da ação dos neurônios motores. 12:53Encéfalo Apesar de ser comumente entendido como sinônimo de cérebro, o cérebro é apenas uma par te dele. O encéfalo é formado pelo cérebro ( te lencéfalo e diencéfalo) , t ronco encefál ico (mesencéfalo , ponte e bulbo) e cerebelo. Encontra-se na caixa craniana, ocupando todo seu espaço e junto com a medula e os nervos compõe o s istema nervoso. É envolv ido por membranas chamadas meninges, cuja função é proteger o encéfalo e a medula contra choques mecânicos. Telencéfalo: maior espaço no cérebro humano, recebe todos os s inais que vem do corpo; Diencéfalo: formado por vár ios núcleos, compreende o tá lamo e o hipotálamo; Mesencéfalo: impor tante para o movimento ocular, controle postural subconsciente e postura corporal ; 15 Ponte: contém grande quant idade de neurônios que retransmitem informações; Bulbo: centro de controle de funções v i ta is ; Cerebelo: monitora e a justa o funcionamento do cór tex cerebral , equi l íbr io e tônus muscular. Cortex cerebral O cór tex cerebral , ou cór tex do cérebro, é a camada externa de substância c inzenta dos hemisfér ios cerebrais. E le possui cerca de 2 a 4 mm de espessura, e contém numerosos corpos de neurônios. Essa camada apresenta numerosas e complexas dobras, cujas e levações são chamadas de giros e as depressões são chamadas sulcos. Onde há acúmulo de partes de neurônio a massa fica cinza chamamos de córtex, e onde há acúmulo de axônios a massa fica branca e chamamos de tractus. 16 21:58 Fontes de energia para o cérebro O cérebro requer muita energia do nosso corpo mesmo quando em repouso, a l imentos de fáci l d igestão e a l to conteúdo energét ico são necessár ios para nutr i r o cérebro. O professor expl ica que com o decorrer do processo evolut ivo humano nossa al imentação foi sendo apr imorada com a introdução da carne, e após a descober ta do fogo foi possível cozinhar os al imentos, que deixou a absorção mais fáci l . Isso contr ibuiu com o aumento da longevidade, e os indiv íduos mais velhos foram capazes de acumular mais exper iências e transmit i r hábitos e valores culturais . Sinapses A sinapse é uma região de proximidade entre um neurônio e outra célula por onde é transmit ido o impulso nervoso. Sabemos que os impulsos nervosos devem passar de uma célula à outra para que ocorra uma resposta a um determinado sinal . Temos aí uma máquina extremamente complexa e eficaz. Não há computador que possa reproduzir isso. 17 Eu costumo comparar o que nós sabemos sobre o cérebro hoje, com o que nós conhecemos do oceano. Para vocês terem ideia [...] nós só conhecemos 4% do oceano. 27:15Hemisférios cerebrais Através de uma proeminente ranhura chamada f issura longitudinal , o cérebro é div id ido em duas metades chamadas hemisfér ios. Na base desta f issura encontra-se um espesso fe ixe de f ibras nervosas chamado corpo caloso, o qual fornece um elo de comunicação entre os hemisfér ios. O hemisfér io esquerdo controla a metade dire i ta do corpo e v ice-versa, em razão de um cruzamento de f ibras nervosas no bulbo. O lado esquerdo é racional , lógico e matemático, enquanto o lado dire i to é intui t ivo , cr iat ivo e ar t íst ico. Assim como temos um olho ou uma mão dominante, também temos um hemisfério dominante [...] e sempre vai ser o esquerdo. 18 Área de Broca e de Wernicke Área de Broca é a par te do cérebro humano responsável pela expressão da l inguagem, contém os programas motores da fala. Área de Wernicke está re lacionada ao conhecimento, interpretação e associação de informações, mais especif icamente a compreensão da l inguagem escr i ta e fa lada. A área de Wernicke está conectada à área de Broca por um feixe de f ibras nervosas, denominado fascículo arqueado. DPAC O Distúrbio do Processamento Audit ivo Central (DPAC) ou Disfunção Audit iva Central é um distúrbio que afeta as v ias centrais da audição. Pessoas que sofrem com DPAC são capazes de detectar o som, mas possuem dif iculdade para interpretar as informações que estão sendo transmit idas por e le . 46:36Conflito no cérebro O professor apresenta uma at iv idade que consiste em nomes de cores escr i tas , porém as letras têm uma cor di ferente (exemplo, a palavra “amarelo” escr i ta em verde” . Isto ocorre pois o lado dire i to do cérebro tenta dizer a cor, mas o lado esquerdo que é dominante insiste em ler a palavra. O professor também cita o v ídeo da bai lar ia que gira para o lado que quisermos, que pode ser encontrado cl icando aqui . https://www.youtube.com/watch?v=wOclJxGkPh4&ab_channel=ChamasdaHist%C3%B3riaHD 19 50:56Corpo celular e dendritos O corpo celular também é chamado de soma ou per icár io , contém as organelas em seu ci toplasma. Os dendr i tos são prolongamentos do corpo celular, responsáveis pela captação do impulso nervoso. 53:06Axônio É um prolongamento longo e f ino que se or ig ina do corpo de um dendr i to pr incipal , condutor do impulso nervoso. É composto de: Bainha de Miel ina: envoltór io axonal l ip íd ico, cuja função é auxi l iar na propagação do impulso nervoso; Nódulo de Ranvier: região desprovida de miel ina, onde ocorrerá a passagem do impulso nervoso; Colateral : Prolongamento lateral do axônio ; Telodentro: região f inal do neurônio ; Botão sináptico: local de armazenagem dos neurotransmissores. O impulso nervoso ao chegar neste local l ibera estas substâncias. 20 56:09Tipos de neurônio De acordo com as conexões ou funções na condução dos impulsos, os neurônios podem ser c lassif icados em: • Receptores ou sensit ivos: são os que recebem est ímulos sensor ia is e conduzem o impulso nervoso ao s istema nervoso central ; • Motores ou efetuadores: t ransmitemos impulsos motores (respostas ao est ímulo) ; • Associat ivos ou interneurônios: estabelecem l igações entre os neurônios receptores e os neurônios motores. 57:47 Axônios e a bainha de mielina O axônio está envolv ido por um dos seguintes t ipos celulares: • Célula de Schwann: encontrada apenas no s istema nervoso per i fér ico; • Ol igodendrócito: encontrado apenas no s istema nervoso central ; Em muitos axônios, esses t ipos celulares determinam a formação da bainha de miel ina. Em axônios miel in izados existem regiões de descont inuidade da bainha de miel ina (nódulo de Ranvier) . 21 AULA 1, PARTE 3 Carol Costa Júnior 00:06Bainha de mielina A Bainha de Miel ina é uma capa de tecido adiposo que protege suas células nervosas. E la envolve as f ibras que são a par te longa em forma de f io de uma célula nervosa. A bainha protege essas f ibras, conhecidas como axônios, muito parecido com o isolamento em torno de um f io e létr ico. Em neurônios com a Bainha de Miel ina totalmente formada, a velocidade da transmissão de informações é de 400km/h, contra apenas 40km/h dos neurônios sem essa “capa” . E la se forma completamente por volta dos 18 anos de idade para os homens, e aos 21 para as mulheres. Maturidade é a capacidade que o ser humano tem de se desprender ou evitar prazeres. Fases do prazer de Freud Sigmund Freud, o pai da psicanál ise , propôs sua teor ia do desenvolv imento psicossexual na infância através de 5 estágios: oral , anal , fá l ico, latência e genita l . As famosas 5 fases de Freud. Cada estágio representa a f ixação da l ib ido ( traduzida também como “ impulsos” ou “ inst intos sexuais”) em uma área diferente do corpo. 22 Sigmund Freud (1856 – 1939) Sigmund Freud foi um médico neurologista e psiquiatra cr iador da psicanál ise. Freud nasceu em uma famíl ia judaica, em Freiberg in Mähren, na época per tencente ao Impér io Austr íaco. 10:42O tecido nervoso Neurogl ia (gl ia) : Tem como função a proteção, sustentação, isolamento e nutr ição dos neurônios, possui células menores e mais numerosas que os neurônios e corresponde a metade do volume do SNC. Histologistas ant igos acreditavam que era uma cola que mantinha unido o tecido nervoso. Não produzem nem conduzem impulso nervoso, mas podem mult ip l icar-se e div id i r -se no s istema maduro. Em caso de lesão ou doença a neurogl ia mult ip l ica-se para preencher espaços anter iormente ocupados pelos neurônios. Os tumores cerebrais der ivados da gl ia (g l iomas) são al tamente mal ignos e crescem rapidamente. • Tipos de células da gl ia : Oligodendrócitos: Contr ibui para a formação de miel ina no s istema nervoso central . São impor tantes na manutenção dos neurônios, pois sem eles os neurônios não sobrevivem. Astrócitos: São as maiores células da neurogl ia , responsáveis pela sustentação e manutenção dos neurônios e preenchimento de espaços entre e les. Regulam o excesso de neurotransmissores na fenda sinápt ica e podem at ivar a maturação e prol i feração de células-tronco nervosas adultas. 23 Por que a sinapse é importante? Porque ela é a base da memória e do aprendizado. 19:25Tipos de sinapse Existem dois t ipos de s inapses: química e elétr ica . S inapses químicas in ic iam no terminal do axônio (uma região pouco mais alargada formando um botão) da célula pré-s inápt ica. As vesículas contendo neurotransmissores são l iberadas na fenda sinápt ica e reconhecidas por receptores químicos (proteínas específ icas) na membrana da célula pós- sinápt ica. A seguir se fundem com a membrana e l iberam o seu conteúdo. A l igação química entre o neurotransmissor e o receptor do neurônio seguinte gera mudanças que i rão fazer com que o s inal e létr ico seja transmit ido. Nas sinapses elétr icas não há par t ic ipação de neurotransmissores, o s inal e létr ico é conduzido diretamente de uma célula a outra através de junções comunicantes. Essas junções são canais que conduzem íons, obtendo respostas quase imediatas, isso quer dizer que o potencial de ação é gerado diretamente. 25:18A importância das sinapses É o local de ação de drogas psicotrópicas, e onde ocorre o surgimento dos transtornos mentais. Além de ser a base da aprendizagem e memória , é o mecanismo básico do funcionamento do s istema nervoso central . 24 Quando você toma um remédio, ansiolítico ou antidepressivo, ele age na sinapse. A sinapse é a base de tudo. Isso [sinapses] que é o neurodesenvolvimento, precisamos que isso aconteça. Se em algum momento houver ruído e o indivíduo não está desenvolvendo, já sabemos onde está o problema. 29:32Neurotransmissores São substâncias químicas produzidas pelos neurônios e ut i l izadas por e les para transmit i r s inais para outros neurônios ou para células não-neuronais (células do músculo esquelét ico, miocárdio , células glandulares) que eles inervam. Dopamina A dopamina é um neurotransmissor que atua de diferentes formas no sistema nervoso, estando re lacionada, por exemplo, com o humor e o prazer, a lém de estar envolv ida com processos como controle motor, cognição, compensação, prazer, humor e a lgumas funções endócr inas. Estudos recentes também revelaram que essa substância possui papel no que diz respeito a problemas como a esquizofrenia e a doença de Parkinson. 25 Serotonina A serotonina é conhecida como o hormônio da fe l ic idade. Entre suas funções está a regulagem do r i tmo cardíaco, do sono, do apet i te , do humor, da memória e da temperatura do corpo. Ter essa substância em equi l íbr io é fundamental para uma vida fe l iz e bem-disposta. Acetilcolina A acet i lcol ina foi o pr imeiro neurotransmissor descober to. Produzido no s istema nervoso central e per i fér ico, e le está re lacionado diretamente com a regulação da memória , do aprendizado e do sono. Encefalinas e endorfinas As encefal inas são neurotransmissores narcót icos secretados pelo encéfalo. Semelhantes à morf ina, e las se l igam a s í t ios estereoespecíf icos de receptores opioides no cérebro, a l iv iando a dor e produzindo uma sensação de eufor ia . Noradrenalina e adrenalina A noradrenal ina possui efei to pr imário no controle da pressão ar ter ia l , enquanto a adrenal ina possui um efei to mais for te nas taxas metaból icas e no coração. Tanto a noradrenal ina quanto a adrenal ina são também produzidas no s istema nervoso, atuando nesse local como neurotransmissores. 26 39:15 Cérebro - Conceitos e generalidades • Compreende os dois hemisfér ios cerebrais ; • Os dois hemisfér ios são incompletamente separados pela f issura longitudinal do cérebro; • O pr incipal ponto de união dos lobos cerebrais é o corpo caloso; • No inter ior da massa cerebral vamos encontrar cavidades, os ventr ículos cerebrais ; • Cada hemisfér io possui t rês faces: súperolateral , medial e infer ior ; • É o local onde há o processamento geral das informações; • Sede da intel igência , emoção, raciocínio , p lanejamento, v isão, audição, tato , paladar, interpretação de est ímulos; • Estrutura extremamente nobre , podendo lesionar-se com faci l idade; • A pr ivação metaból ica ou de oxigênio pode acarretar modif icações profundas no seu funcionamento; • Encontra-se totalmente protegido por um arcabouço ósseo (crânio) . 27 Meninges As meninges são três membranas (dura-máter, aracnoide e pia-máter) que revestem o s istema nervoso central . Em termos anatômicos, o s istema nervoso é c lassif icado em sistema nervoso per i fér ico e s istema nervoso central . Líquor Líquor, ou l íquido cefalorraquiano (LCR) , é um l íquido produzido nos ventr ículos laterais (cavidades local izadas no inter ior do cérebro) . Sua pr incipal função é fornecer uma barreira mecânica e imunológica, protegendo o s istema nervoso central (SNC). O volume normal do l íquor em umadulto é de cerca de 150 ml. Existe um mecanismo que determina o nosso comportamento, existem bases neurais que garantem a forma como eu aprendo, a forma como eu memorizo, a forma como eu consigo desempenhar as minhas funções, e eu preciso que elas funcionem de uma forma totalmente harmônica. Pelo menos até os seis anos a criança não tem mecanismos neurais desenvolvidos o suficiente para prospectar coisas complexas. A criança até esse momento apenas reproduz. 2828 AULA 2, PARTE 1 Carol Costa Júnior É fácil você perceber a evolução da criança, você começa a ver que ele nem sentava e hoje já corre pela casa. A linguagem é uma característica do ser humano que o difere das outras espécies. 00:48Desenvolvimento da criança Conforme vimos na aula anter ior o s istema nervoso atua de forma integrada no desenvolv imento da cr iança, obedecendo uma ordem cronológica. O objet ivo é que o indiv íduo esteja apto - dentro de suas estruturas neurais - a ter uma vida funcional , porém pode ocorrer neste processo algo que impeça que esse desenvolv imento ocorra plenamente. 29 08:40Nascimento Quando nasce, o bebê é completamente dependente dos adultos e cuidadores. Tem uma posição mais passiva, l igada à sat isfação das suas necessidades e comunica-se essencialmente através do choro. Reconhece seus cuidadores muitas vezes pelo tom de voz ou cheiro , e não pela imagem da pessoa, já que a sua v isão ainda está em desenvolv imento. O cheiro está diretamente ligado à memória. [...] O sistema límbico está colado com o bulbo olfativo, então é por isso quando você sente um cheiro ele te remete a outra situação. 14:18Capacidade sensorial Todo o nosso corpo está cober to de células receptoras, todas prontas para captar o ambiente. O bebê começa a desenvolver seus sent idos (audição, o l fato , paladar, v isão e tato) desde os pr imeiros meses de v ida. O professor discorre sobre este tema dando alguns exemplos do desenvolv imento da capacidade sensor ia l dos bebês. 30 26:50Recém-nascido • Os ref lexos são extremamente profundos, há hiper tonia f lexora (aumento do tônus muscular) dos 4 membros, h ipotonia axia l (d iminuição do tônus muscular) e h iperref lexia profunda; • Todos os ref lexos pr imit ivos estão presentes no recém-nascido, com a exceção de casos onde o bebê tenha algum t ipo de transtorno ou condição como paral is ia cerebral ; • Pode seguir objetos com os olhos, modulação sensit ivo-sensor ia l , in ic iando a cor t ical ização. 30:48 Reflexos primitivos do recém- -nascido • Marca do funcionamento cerebral subcor t ical , ou seja as áreas mais internas; • F is io lógicos nos pr imeiros meses e após patológico; • S istema infer ior (extrapiramidal) : maturação precoce e ascendente , in ic ia na 24ª semana. Responsável pelo tônus postural e ref lexos arcaicos; • S istema super ior (p i ramidal) : movimentos voluntár ios , maturação mais tardia e descendente , responsável pela motr ic idade. Tudo segue uma sequência, tudo começa com a estruturação dessa maturação. 31 31:48Segundo e terceiro mês Neste per íodo o bebê consegue f icar mais horas acordado, tem um aumento progressivo do domínio do pescoço, começa a seguir as pessoas com o olhar e a sorr i r voluntar iamente. Consegue imitar os adultos (palrar, ar t icular sons incompreensíveis , in ic ia a hipotonia f is io lógica, tem ref lexos pr imit ivos como a sucção, f i rma o pescoço, movimenta a cabeça, etc. 34:36Quarto e sexto mês No quar to o mês o bebê consegue sentar-se sem apoio , tenta agarrar objetos e tem boa matur idade dos sent idos. Já no sexto mês o bebê tem ref lexos profundos semelhantes a adultos, tem ref lexos pr imários como preensão plantar, cutâneo plantar e a sucção, preensão palmar, mão-boca e moro desaparecem. Senta com apoio , muda de decúbito , atende pelo nome, demonstra estranheza diante de desconhecidos, etc. 36:03Terceiro trimestre Aos nove meses o bebê apresenta hipotonia f is io lógica em decl ín io , senta sem apoio e f ica na posição de engat inhar, engat inha e pode andar sem apoio , pega objetos em cada mão e troca, local iza o som de forma indireta e é capaz de profer i r s í labas repet idas com sent ido (pr imeiras palavras) . 32 37:38Quarto trimestre Aos doze meses o desenvolv imento motor permite todo um mundo por explorar, o bebê consegue f icar de pé (com apoio) , in ic ia a marcha sem apoio , usa palavras corretamente produz alguns jargões. 41:01Segundo e terceiro ano Há três marcos evolut ivos no desenvolv imento: • Aparecimento da marcha; • L inguagem oral (sobretudo o não) ; • Controle dos esf íncteres. Ele precisa estruturar o sistema dele através de estímulos, se eu não estimular essa criança a falar, ela não vai falar. 43:32Desenvolvimento motor Proporciona uma maior capacidade e apt idão para explorar e manipular o meio à sua volta. Com a marcha já desenvolv ida, começa a aperfeiçoar a motr ic idade f ina. 33 50:21Dos 5 aos 7 anos Aperfeiçoamento das funções já existentes const i tu indo o aprendizado formal . Pode-se ut i l izar a aval iação das funções cor t icais (memória , or ientação, gnosias, praxias e l inguagem) e a performance escolar. Até este estágio de desenvolv imento, espera-se que a cr iança tenha adquir ido a matur idade sensór io-motora necessár ia para ingressar num novo desaf io : a escola. A escola é um processo extremamente enriquecedor e desafiador, onde a criança vai estar sendo submetida a testes de observação o tempo inteiro. 34 AULA 2, PARTE 2 Carol Costa Júnior 00:05Dos 6 aos 10 anos As at iv idades podem (e devem) ter cada vez mais regras, pois o valor delas é quase mais s ignif icat ivo que o da at iv idade em si . Enquanto a cr iança em idade pré-escolar obedece a regras sem compreender o porquê, com 6 a 7 anos começa a percebê- las pelo seu valor funcional . Essas regras são fundamentais para a estrutura do ser, é aí que se dá a construção do sujeito moral. 03:26Desenvolvimento da linguagem 1 ano: pr imeiras palavras (desenvolv imento mais lento que o motor) ; 18 meses: maior invest imento no desenvolv imento da l inguagem; 24 meses: idade dos porquês (a l ia cada vez mais a exploração f ís ica a verbal) ; 2º ano de vida: surgimento do “não” , “eu” , “meu” ; 32 meses: usa frases cur tas e fa la sobre um assunto por cur tos per íodos de tempo. Desenvolve a consciência de s i e imagens mentais ( ideias , s ímbolos) . 35 08:22 Sugestões de estímulos para a linguagem O professor c i ta a lgumas ações que servem de est ímulo para o desenvolv imento da l inguagem das cr ianças, sendo eles: fa lar para a cr iança de frente para e la , ler, contar h istór ias , cantar, mandar bei j inhos, mostrar a l íngua, fazer caretas, pronunciar as palavras corretamente e evi tar repreender erros. Neurônio espelho Um neurônio-espelho, uma das descober tas mais impor tantes da neurociência na úl t ima década, está l igado à v isão e ao movimento. Permite o aprendizado por imitação, já que é acionado quando é necessár io observar ou reproduzir o compor tamento de outros seres da mesma espécie. Equipe multidisciplinar Uma equipe mult id iscipl inar é um t ime formado por di ferentes t ipos de prof issionais , que possuem habi l idades técnicas diversas, perf is compor tamentais var iados, v ivências e exper iências dist intas um dos outros. 36 14:31Controle dos esfíncteres 18 meses: Controle vesical d iurno; 2 anos: Controle vesical d iurno em consol idação e in ic iando o vesical noturno e anal ; 3 a 4 anos: Controle vesical d iurno e anal consol idados e vesical noturno em consol idação; 5 anos: Controle completo vesical e anal . 16:59Motricidade A motr ic idade é a habi l idade humana de real izar d i ferentes movimentos que auxi l iam nas at iv idades básicas, comosegurar, soltar, pular, empurrar, entre outros. É a resposta preferencial e pr ior i tár ia as suas necessidades básicas e aos seus estados emocionais e re lacionais. A motr ic idade na cr iança é a expressão do seu psiquismo prospect ivo e a pr imeira forma de expressão emocional do compor tamento. Por e la , a cr iança expr ime as suas necessidades neurovegetat ivas de bem ou mal- estar. A motr ic idade contém uma dimensão psíquica, e é um deslocamento no espaço de uma total idade motora, afet iva e cognit iva. 37 Henry Wallon (1879 – 1962) Henr i Paul Hyacinthe Wal lon foi um f i lósofo, médico, psicólogo e pol í t ico francês. Wal lon foi o pr imeiro a levar não só o corpo da cr iança, mas também suas emoções para dentro da sala de aula. Fundamentou suas ideias em quatro e lementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afet iv idade, o movimento, a inte l igência e a formação do eu como pessoa. Se eu me desenvolvo de forma motora eu [também] me desenvolvo psiquicamente. 22:36Estimulação precoce É um trabalho não mecânico que ocorre com o bebê de 1 a 3 anos, e é uma alternat iva para as dif iculdades. Neuroplasticidade Neuroplast ic idade, também conhecida como plast ic idade neuronal ou plast ic idade cerebral , refere-se à capacidade do s istema nervoso de mudar, adaptar-se e moldar-se a nível estrutural e funcional ao longo do desenvolv imento neuronal e quando suje i to é exposto a novas exper iências. 38 37:36Objetivos • Est imular o desenvolv imento constantemente; • Desenvolver as áreas percepto-cognit ivas, a percepção do mundo; • Adequação do tônus muscular ; • Faci l i tação de movimentos próximos do normal ; • In ib ição da at iv idade ref lexa; • Or ientação famil iar. 41:00 Desenvolvimento e crescimento da criança Crescimento s ignif ica desenvolv imento f ís ico do corpo medido em cent ímetros ou gramas, e le t raduz o aumento em tamanho e número de células. Já o desenvolv imento é a capacidade do ser de real izar funções cada vez mais complexas, e le corresponde a termos como maturação e diferenciação. É um processo complexo estrutural e funcional associado ao crescimento, maturação e aprendizagem. Anamnese Anamnese é uma entrevista real izada pelo prof issional de saúde ao paciente. O processo consiste em um registro de dados obt idos numa conversa in ic ia l com o paciente. Esses dados são referentes à v ida do suje i to e devem ter a maior quant idade de detalhes possível . 39 Se eu tenho mais massa corpórea, o meu neurodesenvolvimento vai se dar de uma forma maior e mais otimizada, [pois] eu já exploro outras situações. 45:21O perímetro cefálico É um exame que todo bebê faz ao longo do pr imeiro ano de v ida, onde vai mapeando-se o crânio. As medidas são PC (per ímetro cefál ico) , DBA e DAP (diâmetro, a l tura e peso) , e deve corresponder a 12cm em 12 meses, e o per ímetro toráxico deve ul trapassar o per ímetro craniano por volta do quar to ou quinto mês de v ida. O exame consiste em inspeção, palpação e ausculta. 51:27 Maneiras de avaliar o desenvolvimento O desenvolv imento neural pode ser medido por escalas, h istór ia do indiv íduo, exame neurológico e pelo ENE (exame neurológico evolut ivo) . Não é possível medir o desenvolv imento diretamente. 40 56:45Avaliação neurológica Alguns aspectos anal isados são: at i tude, tônus, ref lexos pr imit ivos, equi l íbr io estát ico e dinâmico, coordenação apendicular e funções cerebrais super iores. Escala Denver II É um instrumento de tr iagem em desenvolv imento infant i l que aval ia de 0 a 6 anos. É interessante usá- lo em cr ianças aparentemente normais , quando há suspeita de alguma alteração e cr ianças em r isco. Este instrumento ut i l iza a comparação com outras cr ianças da mesma idade. Neuropsicologia A Neuropsicologia é uma área de interface entre a Neurologia e a Psicologia. De um lado há o estudo detalhado do sistema nervoso e do outro há a anál ise do compor tamento humano e dos processos psicológicos. 41 AULA 2, PARTE 3 Carol Costa Júnior 00:32História É de extrema impor tância sempre quest ionar os seguintes pontos: • Histór ia fami l iar ; • Histór ia da gestação, do par to e do per íodo neonatal ; • Histór ia médica pós-natal ; • Contexto social e fami l iar ; • Marcos do desenvolv imento. Não é incomum que as famíl ias não entendam a necessidade destas perguntas e se s intam desconfor táveis , porém é de extrema impor tância saber todo o contexto pois há diversas condições que podem ter s ido geradas em algum destes pontos. Sabemos que na maioria das síndromes, transtornos, déficits, dificuldades e condições da criança o peso genético é muito grande. 42 Fórceps Fórceps é um instrumento cirúrgico ut i l izado para auxi l iar no par to normal e faci l i tar a passagem da cabeça do bebê pelo canal vaginal . É uma pinça arredondada, desenvolv ida especialmente para segurar a cabeça do recém-nascido, na al tura das orelhas. É ut i l izado na medicina obstetr íc ia para auxi l iar a ret i rada de um feto por a lguma razão em que a contração natural não é suf ic iente para o par to ou possa colocar em r isco a v ida da gestante e/ou do feto. Os avós geralmente são mais permissivos, e fazem com que a criança tenha um baixo limiar de frustração. 16:56 ENE (Exame neurológico evolutivo) É apl icado em cr ianças de 3 a 7 anos, fo i introduzido em 1972 por Lefèvre e colaboradores. São 101 provas, d iv id idas em 11 i tens: dominância lateral , tônus muscular e ref lexos profundos, equi l íbr io estát ico, equi l íbr io dinâmico, coordenação apendicular, coordenação tronco-membros, s incinesias (contrações musculares involuntár ias) , at iv idade sensit iva- sensor ia l e persistência motora. 43 Antonio Frederico Lefèvre (1916 – 1981) Antônio Freder ico Branco Lefèvre foi um médico neurologista brasi le i ro. É reconhecido hoje como o pai da neurologia infant i l no Brasi l . 20:00 Atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor O professor c i ta a lgumas das possíveis causas de atrasos no desenvolv imento neuropsicomotor em cr ianças, como: paral is ia cerebral , doenças neuromusculares e or topédicas, aut ismo, entre outras. É impor tante que a causa seja invest igada pois em muitos casos não há um exame que comprove a condição, como por exemplo o aut ismo. Não existe um exame para diagnost icar o aut ismo, o que ut i l izamos são escalas. 25:41Marcos do desenvolvimento Idades chave: 1. Recém-nascido; 2. Lactente (3 , 6 , 9 , 12, 18 e 24 meses) ; 3. Dos 3 aos 7 anos (ENE) ; 4. Após (aval iação das funções cor t icais super iores somado ao desempenho escolar) . 44 27:58 Estratégias de intervenção na es- timulação motora e psicossocial O professor c i ta a lgumas estratégias de est imulação motora e psicossocial e reforça a impor tância de dizer “não” às cr ianças, de forma a prepará- las para a v ida em sociedade, para que não sejam cr iados adultos com baixo l imiar de frustração. A vida dá ‘não’ para a gente toda hora, se a gente pega essas crianças e só dá a elas o que elas querem, [...] qual adulto que a gente tá formando para o futuro? 41:02 A importância da intervenção precoce na deficiência motora A fase mais rápida do desenvolv imento motor nas cr ianças é dos 0 aos 18 meses. Por este motivo será o per íodo que o bebê terá maiores possibi l idades de normal izar esta problemática. O objet ivo da intervenção precoce é normal izar o tônus e permit i r que, pela plast ic idade, essas sensações normais sejam absorvidas e mant idas pelo maior. 45 42:14 Técnicas de promoção do desenvolvimento motor Existem 3 técnicas de intervenção: hidroterapia , hipoterapia e f is ioterapia . • Hidroterapia é um tratamento fe i to dentro da água, a juda a desenvolver a marcha e o equi l íbr ionas cr ianças com problemas motores. Ajuda também na concentração da cr iança, na autoest ima e social ização. O tato , as sensações de movimentos do corpo e a audição também são est imulados pela hidroterapia ; • A f is ioterapia permite que a cr iança se mova de um modo mais ef icaz, melhora o seu tônus postural dando- lhe exper iências que de outra forma não o conseguir iam fazer ; • Al terações no tônus muscular tem como objet ivo in ib ir padrões anormais de postura e movimento, e maior var iedade de padrões motores normais ; • At iv idades funcionais apropr iadas a fase de desenvolv imento, perceber o que impede a cr iança de executar a tarefa e a judas técnicas a repet ição. Precisamos estimular este cérebro não só com telas, cores e formas, porque desta forma trabalhando o psicomotor o nosso ganho é muito maior, a gente se apropria muito mais desse conhecimento. 46 AULA 3, PARTE 1 Carol Costa Júnior 00:58Hipoterapia Os movimentos efetuados pelo cavalo são semelhantes aos movimentos de marcha humana, ou seja , são movimentos tr id imensionais , para c ima e para baixo, para esquerda e para dire i ta e para frente e para trás. Estes movimentos não são encontrados em cr ianças com def ic iência motora. Existem registros desde a pré-história do uso de animais no tratamento e na busca do bem-estar e da saúde para o ser humano. Nise Da Silveira (1905 – 1999) Nise Magalhães da Si lveira foi uma médica psiquiatra brasi le i ra. Reconhecida mundialmente por sua contr ibuição à psiquiatr ia , revolucionou o tratamento mental no Brasi l . Foi a luna de Car l Jung. Além da ar te , o contato com cães e gatos também foi um dos tratamentos introduzidos por Si lveira no Brasi l . 47 08:52Desenvolvimento psicossocial O psicanal ista Er ik Er ikson propôs uma teor ia chamada Teor ia Psicossocial do Desenvolv imento. O desenvolv imento psicossocial envolve a integração do desenvolv imento psicológico com a formação de re lações sociais . Ambos os processos necessitam ocorrer de uma forma parale la. Essa teor ia valor iza o papel do meio social na formação da personal idade do indiv íduo (Rabel lo , 2007). Erik Erikson (1902 – 1994) Er ik Homburger Er ikson foi um psicólogo do desenvolv imento e psicanal ista conhecido por sua teor ia sobre o desenvolv imento psicossocial dos seres humanos. 12:06 Teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik Erikson De acordo com esta teor ia , o desenvolv imento psicológico do indiv íduo depende da interação que mantém com outras pessoas num ambiente social (Rabel lo , 2007). Ao longo de toda a v ida o ser humano atravessa estágios que servirão de formação para o seu compor tamento, caracter izado pelas chamadas “cr ises psicossociais” , episódios marcantes que inf luenciarão as decisões que esta pessoa tomará perante a v ida (Girão, 2009). 48 Há oito estágios psicossociais ou oi to idades em que ocorre o desenvolv imento. Cada estágio ou idade atravessa uma cr ise entre uma ver tente posit iva e uma negat iva. Um estágio conecta-se ao outro e os pr imeiros inf luenciam os poster iores, sendo que os c inco pr imeiros estágios formam a ident idade e em todos os estágios existem conf l i tos para serem resolv idos, resoluções que inf luenciarão a v ida futura (Girão, 2009). 13:34 Estágios de desenvolvimento de Erikson 1. Conf iança X Desconf iança (até 1 ano de idade) ; 2. Autonomia X Vergonha e dúvida (segundo e terceiro ano) ; 3. In ic iat iva X Culpa (quar to e quinto ano) ; 4. Indústr ia/Mestr ia X Infer ior idade (dos 6 aos 11 anos) ; 5. Ident idade X Confusão/Difusão (dos 12 aos 18 anos) ; 6. Int imidade X Isolamento ( jovem adulto) ; 7 . Produt iv idade X Estagnação (meia idade) ; 8. Integr idade x Desesperança (velhice) . No desenvolv imento pessoal de cada estágio algumas patologias psíquicas podem surgir, mas mesmo que em cer tas etapas da v ida alguém possa desenvolver at i tudes patológicas, n inguém está inevitavelmente condenado a permanecer em uma existência disfuncional pelo resto da v ida. Cada conf l i to psicossocial que o indiv íduo enfrenta pode encontrar uma solução saudável , a inda que os conf l i tos anter iores tenham se encaminhado para soluções ruins. 49 Síndrome de Burnout Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Prof issional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento f ís ico resultante de s i tuações de trabalho desgastante , que demandam muita competi t iv idade ou responsabi l idade. A pr incipal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. Transtorno de ansiedade generalizada O transtorno de ansiedade general izada (TAG) é um distúrbio caracter izado pela “preocupação excessiva ou expectat iva apreensiva” , persistente e de dif íc i l controle , que perdura por seis meses no mínimo. Depressão Depressão (CID 10 – F33) é uma doença psiquiátr ica crônica e recorrente que produz uma alteração do humor caracter izada por uma tr isteza profunda, sem f im, associada a sent imentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoest ima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apet i te . 25:49Aspectos psicossociais Aspectos psicossociais consistem na interação dos aspectos sociais , b io lógicos, psicológicos e famil iares do indiv íduo. Existem 3 grandes teór icos que falam um pouco do desenvolv imento do indiv íduo para a fase adulta : Vygotsky, Wal lon e Piaget . Estes autores são o tr ipé das teor ias que ajudam os professores e pesquisadores a compreender a inte l igência , o aprendizado e o desenvolv imento. A contr ibuição de cada um é muito re levante mesmo com suas diferenças, e é preciso conhecê- las para pode usá- las sempre que necessár io. 50 29:00Jean Piaget Formado em biologia , Piaget especial izou-se nos estudos do conhecimento humano e desenvolveu a teor ia conhecida como Epistemologia Genét ica. Sua maior questão é : Como o ser humano constrói o conhecimento. Principais conceitos: O conhecimento é adquir ido por assimi lação, ou seja , o a luno incorpora as exper iências ou objetos às estratégias ou conceitos já existentes. Também pode ser adquir ido por acomodação, já que para o aluno aprender é preciso modif icar e a justar o que ele já sabe para as novas exper iências ou informações. Outro ponto impor tante da teor ia de Piaget é a equi l ibração, já que é outro fator essencial e determinante no desenvolv imento do sujei to no processo de adaptação ao meio que v ive. Dessa forma, aprender é um constante processo de desequi l ibração e equi l ibração. Estar bem significa viver bem e melhor. Vão vir desafios cada vez piores e de difícil conclusão, mas você pelo menos vai saber interagir com eles. 31:23 Estágios do desenvolvimento para Piaget Piaget div ide o desenvolv imento cognit ivo em 4 estágios pr incipais : sensór io-motor, pré-operatór io , operatór io concreto, e operatór io formal . Sensório-motor (0-2 anos): A par t i r de ref lexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimi lar mentalmente o meio. 51 Pré-operatório (2-7 anos): É a fase em que as cr ianças reproduzem imagens mentais , e las usam um pensamento intui t ivo que e expressa numa l inguagem comunicat iva – mas egocêntr ica – pois o pensamento delas é central izado nelas mesmas. Operatório concreto (7-11 anos): A cr iança desenvolver noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casual idade. . . já sendo capaz de re lacionar di ferente aspectos e abstrair dados da real idade. Operatório formal (11 anos ou mais) : A representação permite abstração total , a cr iança não se l imita mais a representação imediata nem somente as re lações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as re lações possíveis logicamente. É a fase de transição para o modo adultode pensar. 40:25Lev Vygotsky Vygotsky levantou a questão de re lação entre ensino, aprendizagem escolar e desenvolv imento cognit ivo. Suas teor ias consideram muito a escola , os professores e a equipe pedagógica. Para Vygotsky a cr iança nasce inser ida num meio social , que é a famí l ia , e é nele que estabelece as pr imeiras re lações com a l inguagem com os outros. O ponto central da sua teor ia é : a aquis ição do conhecimento vem com a interação do suje i to com o meio. 52 41:48 O desenvolvimento para Vygotsky Ele acreditava que o desenvolv imento era um processo evolut ivo e que as funções psicológicas super iores se davam a par t i r de um plano interpsicológico de desenvolv imento. A zona de Desenvolv imento Proximal é tudo o que a cr iança pode adquir i r em termos intelectuais quando lhe é dado o supor te educacional devido. Para Vygotsky o desenvolv imento e aprendizagem são processos concomitantes, interdependentes e recíprocos. É muito simples [a diferença]. Para Piaget o desenvolvimento se dá de dentro para fora, e para Vygotsky se dá de fora para dentro. 47:36Henry Wallon Segundo Wal lon, a gênese da intel igência é biológica e social , ou seja , o ser humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura. Seu projeto teór ico foi estudar a gênese dos processos de const i tuem o psiquismo humano. O ponto central da sua teor ia é a psicogênese, o desenvolv imento intelectual envolve não só o cérebro, mas também a emoção. 53 49:40O desenvolvimento para Wallon • Processo constante , cont ínuo de transformações dessa re lação ao longo da v ida; • Não é l inear ; • Tem f luxos e ref luxos necessár ios aos ajustes das funções espontâneas da cr iança às exigências do meio; • Cada estágio não impl ica apenas acréscimo de at iv idades mais coordenadas e mais complexas, mas sim uma reorganização qual i tat iva ; • O desenvolv imento é um processo em aber to , porque a cada nova do meio (que está sempre em movimento) , novas possibi l idades orgânicas poderão ser at ivadas em múlt ip las direções. 50:49 Estágios do desenvolvimento para Wallon Assim como Piaget , Wal lon div ide o desenvolv imento em etapas, que para e le são cinco: impulsivo-emocional , sensório-motor e projet ivo , personal ismo , categorial , e puberdade e adolescência. Impulsivo-emocional ocorre no 1º ano de v ida e é o pr imeiro estágio do desenvolv imento e é caracter izada por : • Total dependência do mundo externo; • Incapacidade de resolver seus própr ios problemas; • Sensações de bem-estar ou de mal-estar i rão se manifestar mediante descargas motoras. • É div id ida em estágio de impulsiv idade motora e estágio emocional . 54 Sensório-motor e projet ivo: • At iv idade de exploração; • Manipulação põe a cr iança em contato com o mundo; • Inte l igência se dedica a construção da real idade; • As possibi l idades prat icas são ampl iadas pela novidade da l inguagem • Invest igação e exploração dos espaços; • Imitação; • A cr iança indiv idual iza a representação de s i ; • Somente a par t i r dos 2 anos a cr iança consegue atr ibuir a s i mesmo sua imagem ref let ida no espelho. • É div id ida em estágio sensór io-motor e estágio projet ivo. 55 AULA 3, PARTE 2 Carol Costa Júnior 00:00 Estágios do desenvolvimento para Wallon (Continuação) Personal ismo: • Estágio voltado para a pessoa, para o enr iquecimento do eu, da construção da personal idade; • Predominância afet iva ; • Consciência corporal ; • Conquistas e conf l i tos ; • Contradição e cr ises. Categorial : • Per íodo de acentuada predominância da intel igência sobre as emoções; • Começa a desenvolver a memória e atenção voluntár ias ; • Formam-se as categor ias mentais ; • O poder de abstração é consideravelmente ampl iado. 56 Puberdade e adolescência: • A cr iança começa a passar por t ransformações f ís icas e psicológicas; • Estágio caracter izadamente afet ivo, marcado por conf l i tos internos e externos; • Busca de autoaf i rmação; • Desenvolv imento da sexual idade. Essa transformação para a vida adulta na maioria das vezes não se dá de forma tranquila e plena. 07:09 Semelhanças entre Piaget, Vigotsky e Wallon Os três eram sociointeracionistas, por tanto pensavam no homem como um ser social . Todos os três t inham formação acadêmica em outras áreas que não eram a educação, e mesmo assim deram contr ibuições val iosas à área através de suas teor ias psicogenét icas. Eles acreditavam que o conhecimento é construído gradualmente e levaram em conta a base biológica do funcionamento psicológico, e também que os processos f i logenét icos e ontogenét icos t inham impl icações diretas no desenvolv imento. 57 10:22Principais diferenças O professor apresenta as pr incipais di ferenças entre as teor ias de Piaget , Vygotsky e Wal lon, c i tando por exemplo que para Piaget o conhecimento é construído do indiv íduo para o social enquanto para Vygotsky e Wal lon o conhecimento é construído do social para o indiv íduo, entre outros tópicos. 20:58Aprendizagem Entendemos a aprendizagem como uma mudança de compor tamento, a lgo que é captado do ambiente , processado e devolv ido ao ambiente. O processo de aprendizagem var ia de espécie para espécie , no ser humano in ic ia a par t i r do nascimento e vai até a mor te. Logo que nascemos apendemos a chamar atenção dos nossos pais através do choro, na infância a escola in ic ia a aprendizagem de outra maneira e adquir imos conhecimentos, hábitos, habi l idades e informação. Segundo os teóricos a aprendizagem se dá ao longo de toda a vida, então esses idosos também aprendem, então nada melhor do que apresentar a tecnologia para eles. 58 29:03Conceitos da aprendizagem Na psicologia e na pedagogia o aprendizado é div id ido em duas categor ias: associat iva e cognit iva . O aprendizado associat ivo é determinado quando um est ímulo é seguido por uma resposta, e o aprendizado cognit ivo é def in ido como o estudo cient í f ico da mente ou da intel igência. 30:52Condicionamento operante Dentro da aprendizagem há o condicionamento operante , que é determinada quando est imulamos o ser a chegar num lugar desejado para saciar o seu desejo , mais conhecido como “desejo” pr imário. O reforço negativo é par te do condicionamento operante e se adquire através de negat iva do reforço ou pela punição. Este esquema de reforçamento é melhor f ixado quando a resposta é f ixada em seguida. 38:20Teorias da aprendizagem O professor c i ta as teor ias da aprendizagem pelo ponto de v ista de diversos teór icos. • Piaget: usava a teor ia chamada de “Método Psicotécnico” . Sua teor ia tem uma ideia básica onde as funções permanecem invar iáveis , mas as estruturas mudam sistematicamente conforme a cr iança se desenvolve. 59 • Vygotsky: sua teor ia ident i f icou que a cultura e a cr iação ar t íst ica tornam- se par te de cada indiv íduo a par t i r do momento em que são inser idas na at iv idade cerebral quando cr iança. As cr ianças são super at ivas no processo de aprendizagem, mas não são capazes de atuar sozinhas, necessitando da ajuda de um adulto para lhes apresentar as ferramentas adequadas. • Bruner: ut i l izava-se da Teor ia da Aprendizagem por Descober ta onde propunha que o aluno t ivesse grande par t ic ipação do processo. Os professores em sala de aula dever iam gerar condições para que os alunos enxergassem a meta a ser at ingida sem ter o conteúdo da matér ia apresentado expl ic i tamente. • Ausubel : ut i l izava-se da Teor ia da Assimi lação onde tenta expor que os movimentos internos que acontecem na mente humana com relação ao aprendizado é a estruturação do conhecimento. • Rogers: conhecida como teor ia humanista a teor ia de Rogers diz que cabe ao professor o papel de terapeutae ao aluno o papel de c l iente , desta forma o professor faci l i ta o processo de aprendizagem que o aluno conduz de sua maneira. • Vergnaud: ut i l izando-se da Teor ia dos Tampos Conceituais (TTC) , Vergnaud segue com os estudos de Piaget , mas adota como referência o conteúdo do conhecimento. Sua teor ia não é didát ica , mas fornece um quadro teór ico para anál ise da formação e funcionamento do conhecimento. • Skinner: tem como pr ior idade estudar, anal isar e expl icar o compor tamento humano e animal . Destacava a “educação programada” , defendia o condicionamento controlado das massas como meio de controle da ordem social e acreditava na conduta condicionada de est ímulo-resposta. 60 43:56 Condicionamento Clássico X Operante Clássico: é acionado através de um est ímulo neurológico que é transformado num ref lexo associado. Ex. : som de campainha. Operante: o aprendiz real iza determinada tarefa e recebe uma recompensa. Ex. : rato pisa no pedal e ganha comida. Skinner considera impor tantes alguns mecanismos de condicionamento operante , são eles: • Reforço posit ivo ou recompensa: atos recompensados geralmente são repet idos; • Reforço negativo: atos que são at i tudes de escape a dor normalmente são repet idos; • Ext inção ou ausência de reforço: atos não reforçados normalmente não são repet idos; • Castigo: atos que são punidos normalmente geral consequências. 47:53 Desenvolvimento da conduta Para se desenvolver a conduta é necessár ia a repet ição da ação-resposta algumas vezes para que o ser entenda o que queremos e é impor tante que in ic iemos com a recompensa para que ele possa l igar uma coisa à outra. 61 Eu aprendo mais rápido e melhor se estiver interessado no assunto, por isso a motivação é fator determinante para o aprendizado. 52:05Grupos sociais O aprendizado do indiv íduo vai a lém das necessidades pr imarias e do grupo que o mesmo se encontra. Grupo pode ser def in ido como pessoas que inf luenciam umas às outras, possuem as mesmas ideologias e valores, a lém de terem uma determinada re lação de interdependência. Faixa etár ia , crenças, re l ig iões, est i los , status social , cor, nações, etc. 62 AULA 3, PARTE 3 Carol Costa Júnior Psicomotricidade Psicomotr ic idade a real ização de um pensamento através de um ato motor coeso, econômico e harmonioso, exigindo para isso uma afet iv idade equi l ibrada. 01:16Percepção Percepção é a capacidade de reconhecer e compreender est ímulos recebidos, está l igada a atenção, consciência e memória. Div ide-se em: • Espacial : capacidade que temos de or ientarmos no espaço; • Temporal : capacidade de s i tuar um fato no tempo e de discernir a velocidade do movimento; • Visual : percepção de objetos, de pessoas, de formas, tamanhos, espessuras, etc. ; • Audit iva: d iscr iminação através do ouvido de sons, ru ídos e tonal idades; • Olfat iva: ident i f icação através do olfato de diferentes perfumes, odores ou cheiros específ icos. • Gustat iva: ver i f icação de sabores diferentes, azedo, amargo, salgado, doce, etc. ; 63 • Termo tát i l : interpretação tát i l ou térmica re lacionada com formas, tamanhos, texturas, peso, temperaturas; • Anál ise e síntese: o todo pode se decompor em par tes (anál ise) e as par tes podem formar um todo (s íntese) . 07:50Motricidade Ampla: desenvolv imento dos movimentos corporais real izados pelos grandes músculos (braços, pernas, t ronco). Fina: Refere-se a ações de pequenos músculos que levam à precisão, rapidez e força muscular. 08:58Memória visual É a capacidade que a cr iança tem de armazenar imagens, e reter com exat idão - a longo ou cur to prazo - uma sér ie de est ímulos apresentados v isualmente. 09:42Habilidades visuais São a percepção e discr iminação de semelhanças e diferenças, constância de percepção de forma e tamanho, e percepção de f igura e fundo. 64 11:08Ritmo O r i tmo é extremamente estruturante , pois podemos captar através do r i tmo qualquer s i tuação que esteja acontecendo e que esteja atrapalhando o desenvolv imento neuropsicomotor. Abrange a noção de ordem, sucessão, duração e a l ternância , e depende do equi l íbr io emocional da cr iança. 16:44Concentração e atenção Concentração é o poder de prender a atenção em função de algo ou alguém durante um tempo considerável , sem deixar-se distrair por a lgo ou alguém ao seu redor. Atenção é a apl icação cuidadosa da mente em alguma coisa (escutar, ver) . 20:56Equilíbrio É a capacidade de manutenção do corpo em uma mesma posição durante tempo determinado. Pode ser estát ica ou dinâmica, está diretamente l igada a atenção e a afet iv idade. 65 21:26 Habilidades auditivas específicas São discr iminação de sons, d iscr iminação audit iva de f igura e fundo e memória audit iva. Freio inibitório Tem a função de controlar e in ib i r nossos impulsos e nos dar a opor tunidade de pensarmos e ref let i rmos se aqui lo que temos vontade de fazer ser ia adequado de ser fe i to ou não. 23:26 Conhecimento de direita e esquerda Está l igado aos conceitos de esquema corporal e lateral idade, permite dist inguir os lados dire i to e esquerdo em si , nas outras pessoas e nos objetos. É esperado que se adquira essa habi l idade entre os 6 e 7 anos. 25:48Dominância lateral É o predomínio ocular, audit ivo e sensór io-motor de um dos membros super iores e infer iores. Se def ine por volta de 5 anos, e o indiv íduo será mais for te e mais ági l do lado dominante. Lateral idade é o uso preferencial de um lado do corpo devido a dominância de um dos hemisfér ios cerebrais. 66 Nem sempre trabalhar com o corpo ou no corpo significa uma atuação psicomotora, por exemplo a pratica de esportes ou brincadeiras. 31:43Tipos de lateralidade • Contrar iada: geralmente canhotos que foram obr igados a mudar a preferência devido a pressões sociais ou famil iares; • Cruzada: quando não existe homogeneidade na preferência de um dos lados do corpo – olho dire i to , mão esquerda, pé dire i to ; • Indefinida: cr ianças que não def in i ram sua preferência lateral após os 5 anos; • Ambidestra : ut i l ização de ambos os lados do corpo com a mesma habi l idade e destreza. 36:39Recapitulando O professor retoma alguns tópicos discut idos na pr imeira aula como as estruturas do cérebro e suas funções e os re laciona ao desenvolv imento infant i l como visto nas aulas subsequentes, abrangendo a neurof is io logia , compor tamento, nascimento, t ranstornos, etc. 67 Indivíduos neuro atípicos tem uma relação diferente com a dor, porque eles processam a dor de uma forma diferenciada. Eles têm as células de recepção, porém a forma como se processa essa informação não acontece como deveria. Precisamos adentrar nos padrões sociais porque isso é cobrado. Nos cabe incentivar, nos cabe otimizar, propiciar, responder as dúvidas da criança, dar a ela possibilidade de ser estimulada o tempo todo, e aí sim vamos garantir o melhor desenvolvimento [...] e sendo assim um adulto funcional. SOBRE O CURSO PROFESSOR DO CURSO AULA 1, PARTE 1 AULA 1, PARTE 2 AULA 1, PARTE 3 AULA 2, PARTE 1
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