Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO PACIENTE HOSpITALIZADO Prof. Dra Vanessa Batista de Sousa Lima Protocolo Nutricional Assistência Nutricional a pacientes internados: Visita Inicial Diagnóstico Nutricional Cálculos das necessidades energéticas e nutricionais Conduta Nutricional Visitas Subsequentes Orientação Nutricional para alta hospitalar HGV, 2012 Visitas Iniciais Acolhimento Anamnese Alimentar Avaliação Nutricional Métodos Clinicos: ASG Métodos Antropómetricos: Altura, Peso, IMC Métodos Bioquímicos: Hemoglobina/Hematócrito e Albumina Métodos Imunológicos: Contagem total de linfócitos Avaliação Subjetiva Global (ASG) Destaque para os estudos de desnutrição hospitalar (DH): elevada prevalência, variando de 30-50%. DH associada a maior permanência hospitalar, maiores custos, maior morbimortalidade complicações associadas ao estado nutricional OU SEJA, risco nutricional. Inexistência de padrão ouro para a avaliação do estado nutricional de pacientes: influência de fatores independentes ao estado nutricional. (1982) Baker e col. validaram o uso da avaliação clínica como método para identificar pacientes em risco nutricional no pós operatório. (1987) Detsky e col. padronizaram esse método clínico, criando um questionário para a ASG do estado nutricional. HISTÓRICO Avaliação Subjetiva Global (ASG) Um sistema de avaliação clínica e funcional capaz de triar pacientes com moderado ou alto risco cirúrgico. É composta por anamnese dirigida e exame físico simplificado para aspectos nutricionais. Existem atualmente várias versões para serem utilizadas nas enfermarias clinicas e em diversas situações específicas. DEFINIÇÃO HISTÓRIA CLÍNICA EXAME FÍSICO Avaliação Subjetiva Global (ASG) Adequação da ingesta alimentar Alterações no peso corporal Presença de doenças que aumentam as demandas metabólicas (gasto calórico) O estado funcional O grau de perda de gordura e massa muscular INDICA Avaliação Subjetiva Global (ASG) APLICAÇÃO História Clínica, que contempla cinco elementos: 1.PESO: Perda de peso [PP] nos últimos 6 meses (expressa em Kg e em %) e alteração de peso nas duas últimas semanas; PP (Kg) = Peso Atual (PA) – Peso Habitual (PH); %PP = 100x (PA-PH)/PH; Investigar se a perda de peso ocorreu de forma contínua (no período de 6 meses) ou com períodos de recuperação melhor prognóstico nutricional. Avaliação Subjetiva Global (ASG) APLICAÇÃO História Clínica, que contempla cinco elementos: 2. INGESTÃO ALIMENTAR EM RELAÇÃO AO PADRÃO USUAL: Referida pelo paciente a alteração da ingestão habitual ocorrida de forma não intencional; Em seguida investiga-se a duração dessa alteração (em semanas) e o tipo da modificação; A modificação pode ser quantitativa ou qualitativa. Avaliação Subjetiva Global (ASG) APLICAÇÃO História Clínica, que contempla cinco elementos: PRESENÇA DE SINTOMAS GASTRINTESTINAIS SIGNIFICATIVOS: Considerar somente se ocorrerem há mais de duas semanas; Diarreia: considerar a padronização de pelo menos três evacuações líquidas diárias. Avaliação Subjetiva Global (ASG) APLICAÇÃO História Clínica, que contempla cinco elementos: 4. AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DO PACIENTE: Visa avaliar modificações funcionais que possam ocorrer em associação com as alterações antropométricas e dietéticas; O paciente define se houve ou não modificação nas suas atividades diárias, e em seguida investiga-se o tempo e o grau de diminuição das atividades; Manutenção das atividades cotidianas, porém com maior grau de cansaço e dificuldade para desenvolve-la: Modificação Leve; Interrupção das atividades cotidianas, com movimentação apenas em casa, ficando sentado boa parte do tempo: Modificação Moderada (ambulatorial); Grau extremo de inatividade, maior parte do tempo acamado: Modificação Grave. Avaliação Subjetiva Global (ASG) APLICAÇÃO História Clínica, que contempla cinco elementos: 5. DEMANDA METABÓLICA DE ACORDO COM O DIAGNÓSTICO: Avalia o grau de estresse metabólico associado à patologia; Difícil de padronizar entre os profissionais; A presença de sepse, queimadura e trauma está, em geral, relacionada a taxas de metabolismo aumentadas; Operações de pequeno porte e infecções leves, são consideradas como baixo grau de estresse. Sugeriu-se que este elemento fosse retirado da avaliação. Avaliação Subjetiva Global (ASG) APLICAÇÃO Exame Físico (com base na observação, palpação e inspeção): é direcionado para avaliar 3 aspectos, que são: 1.PERDA DE GORDURA SUBCUTÂNEA: Avaliar regiões: face, tríceps, bíceps, linha média axilar no nível das últimas costelas; áreas interosseas e palmares das mãos; região clavicular e subescapular. Graduar a avaliação entre 0 e 3+ (alterações ausentes, leves (+), moderadas (++) e graves(+++)). Avaliação Subjetiva Global (ASG) APLICAÇÃO Exame Físico (com base na observação, palpação e inspeção): é direcionado para avaliar 3 aspectos, que são: 2. PERDA DE MASSA MUSCULAR: Avaliar com palpação: têmporas, deltóide, quadríceps, panturrilha; Graduar a avaliação entre 0 e 3+ (alterações ausentes, leves (+), moderadas (++) e graves(+++)). Avaliação Subjetiva Global (ASG) APLICAÇÃO Exame Físico (com base na observação, palpação e inspeção): é direcionado para avaliar 3 aspectos, que são: 3. PRESENÇA DE LÍQUIDO NO ESPAÇO EXTRAVASCULAR: Avaliar presença de edema na região do tornozelo, sacral e a ascite; A gravidade depende da profundidade da depressão que persiste após a compressão digital das áreas avaliadas; Graduar a avaliação entre 0 e 3+ (alterações ausentes, leves (+), moderadas (++) e graves(+++)). Fonte: Detsky et al. 1987 Avaliação Subjetiva Global (ASG) Fácil execução; Dispensa recursos materiais; Pode ser realizada por profissionais da equipe multidisciplinar, desde que treinados; Apresenta boa correlação com outros métodos de avaliação do EN; Tem validade como método prognóstico. A precisão diagnóstica depende da experiência do observador; Baixa sensibilidade, tendo uso limitado na avaliação da evolução do paciente por períodos curtos de tempo. VANTAGENS DESVANTAGENS ALTURA Método indireto PACIENTES ACAMADOS Hemoglobina e Hematócrito Albumina MARCADOR DE DESNUTRIÇÃO Contagem de Linfócitos CÁLCULO DE NECESSIDADES ENERGÉTICAS CÁLCULO DE NECESSIDADES ENERGÉTICAS NECESSIDADES PROTÉICAS DISTRIBUIÇÃO DOS MACRONUTRIENTES RECOMENDAÇÃO DOS MICRONUTRIENTES
Compartilhar