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Síndrome compartimental intrabdominal

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SÍNDROME COMPARTIMENTAL
· Aumento da pressão no compartimento intra-abdominal levando a compressão das vísceras ocas e redução da sua perfusão , elevação das cúpulas diafragmáticas com a consequente insuficiência respiratória e hipóxia,compressão de veia cava inferior com diminuição do débito cardíaco e das veias renais piorando a perfusão renal.
· PIA = pressão intra abdominal
· A pressão de perfusão abdominal (PPA) é dada pela subtração da pressão arterial média (PAM) pela PIA (PPA=PAM-PIA). 
· A elevação da PIA torna o fluxo sanguíneo dos órgãos abdominais diminuídos, predispondo à isquemia e à injúria aguda.
· Pressão abdominal normal: 2 a 7 mm/Hg;
· PIA > 12 mmHg = Síndrome compartimental abdominal (em crianças, essa síndrome já se estabelece a partir de 10 mmHg)
· A medição dessa pressão pode ser feita através de sonda vesical ou sonda gástrica acoplada a uma coluna líquida;
· As grávidas não apresentam síndrome compartimental abdominal pois o feto conforme ele cresce aumenta gradativamente a pressão intra abdominal e isso permite que as vísceras se adaptem e isso acaba não gerando a síndrome hemorrágica compartimental abdominal.
PRINCIPAIS CONDIÇÕES RELACIONADAS A ESSA SÍNDROME
· Pacientes que foram submetidos a múltiplas operações abdominais;
· Grandes queimados
· Ressucitação volêmica
· Pancreatite aguda necro-hemorrágica
· Sepse
· Aneurisma de aorta abdominal
· Hipotermia
· Acidose
· Coagulopatia
· PEEP maior que 4 mmHg
· Íleo Paralitico
CLASSIFICAÇÃO
· Primária
Condições PRÓPRIAS abdominais ou pélvicas
· Secundária
Condições extrínsecas a região abdominal ou pélvica
· Terciária ou recorrente
Persistência ou recorrência a despeito de tratamento clinico ou cirúrgico
FATORES DE RISCO
FISIOPATOLOGIA 
• Elevação das cúpulas diafragmáticas com hipoxemia. Aumento da pressão intratorácica no paciente em suporte ventilatório
• Aumento e estase dos fluidos pulmonares pelo comprometimento da drenagem torácica.
• Translocação bacteriana associada à lesão da membrana alvéolo-capilar secundária ao aumento da pressão intratorácica
• A compressão ao nível do diafragma repercute em especial sobre a veia cava com diminuição do retorno venoso dos membros inferiores e aumento da pressão venosa central. O aumento de pressão no átrio direito pode transcorrer para o sistema arterial pulmonar, diminuição do débito da artéria pulmonar e piora da insuficiência respiratória hipoxêmica.
• Comprometimento do débito cardíaco, por compressão direta.
• Aumento da pressão nas veias renais, que culmina em diminuição da taxa de filtração glomerular e da perfusão renal.
• Comprometimento do Sistema nervoso central por aumento da PIC ( pressão intracraniana) diminuindo a perfusão cerebral. O plexo venoso pré-vertebral comunica os aumentos de pressão do abdome e tórax com a cavidade craniana.
• Sistema gastrintestinal: diminuição da perfusão até isquemia difusa intestinal, translocação bacteriana levando à sepse
QUADRO CLÍNICO
Paciente com estado geral grave, pressões ventilatórias e
venosa central elevadas, débitos cardíaco e urinário
diminuídos. Trata-se normalmente de um paciente sob
Sedação com pouca manifestação de sintomas, apenas
queixas inespecíficas.
• Apresentam mal-estar, dor abdominal, dispneia, náuseas e
vômitos.
• No exame físico em geral depara-se com abdômen tenso e
distendido, e pode haver estase jugular, edema periférico e
sinais de edema agudo pulmonar.
Importante : ascite não causa sindrome compartimental abdominal
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO 
• Evacuação dos conteúdos intraluminais, com SNG, agentes pró-cinéticos correção dos distúrbios eletrolíticos
• Aumento da complacência abdominal, através da sedação até a curarização.
• Diminuição do volume de lesões abdominais, com descompressão transcutânea
• Otimização da administração de fluidos, minimizando a admnistraçaõ de cristalóides, manter balanço hídrico
negativo, com preferência para os colóides e soluções hipertônicas.
• Otimização da perfusão tecidual sistêmica e periférica: pelaa adequada administração de fluidos e substânci
vasoativas.
• Laparotomia descompressiva e colocação de uma tela : PIA acima de 20 mm Hg é indicativa.
· Paciente com boa complacência abdominal pode ser indicativo de curarização
· Curarização: 	Medicamentos que fortalecem a sedação do paciente por meio do bloqueio neuromuscular e assim o paciente fica mais resiliente em relação a intubação orotraqueal.
RESUMINDO FATORES DE RISCO E CONDUTA

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