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Alterações eletrocardiográficas nas síndromes coronarianas agudas Síndrome coronariana aguda (SCA) é uma entidade nosológica caracterizada por um espectro de manifestações clínicas e laboratoriais de isquemia miocárdica aguda, sendo classificada em três formas: · Angina Instável (AI) · Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) sem supradesnível do segmento ST → IAMSSST · IAM com supradesnível do segmento ST(IAMCSST) DOR precordial é característica - TIPO A · Em aperto, como se tivesse uma roda de caminhão passando por cima do peito; · Sinal de Levine Positivo; · Acomete a região retroesternal e irradia para o braço esquerdo, pescoço e mandíbula · Inicia com esforços · Melhora ao repouso ou com nitratos · Associado a náuseas e/ ou vômitos Considerando que Síndromes coronarianas agudas são o resultado de um bloqueio repentino em uma artéria coronariana… FATORES DE RISCO · Estresse, ansiedade e depressão · Escore de Risco de Framingham Formação da Placa Aterosclerotica · Doença arterial inflamatória sistêmica Presença de radicais livres que oxidam o LDL que adentra nas lesões do endotélio, o LDL-oxidado atrai monócitos e linfócitos para camada média dos vasos que vão se transdormar em macrofago que vai fagocitar o LDL-oxidado formando as células espumosas que vão se juntar por camadas de fibrinas mediante a atividade inflamatoria constante formando as placas ateroscleróticas. Que se persistir o processo inflamatório os radicais livres podem induzir a instabilidade da placa e formar êmbolos que caem na corrente sanguínea. Placa friável ou instável que pode se desestabilizar. Progressão da Aterosclerose · · · · Crianças com histórico na família( dislipidemia familiar) devem ser avaliadas anualmente a partir dos 2 anos de idade · Aterosclerose é uma doença insidiosa e subclínica · Evolução para Angina Instável,IAM, AVC, AIT( Acidente isquémico Transitório ) , DAOP ( Doença Arterial Oclusiva Periférica) e Morte Cardiovascular ANGINA INSTÁVEL · Isquemia transitória e reversível, causada pelo desequilíbrio entre a demanda e oferta, a partir de 70% de oclusão nota-se os primeiros sinais de angina instável IAM COM SUPRA DE ST · Pacientes com oclusão total IAM SEM SUPRA DE ST · Pacientes com Obstrução parcial O QUE O SUPRA QUER DIZER? Que houve um aumento do intervalo entre o fim da despolarização ventricular e o início da repolarização, provavelmente por causa da oclusão que há nos vasos adjacentes ao miocárdio, tais que tem sua concentração de eletrólitos alterados. Quando o cardiomiócito entra em isquemia por oclusão, a bomba de cálcio não consegue expurgar o cálcio e o potencial de membrana fica muito positivo e a célula não consegue conduzir o potencial elétrico.Assim, ocorre um aumento do segmento ST por ausência da despolarização da membrana que está em isquemia que faz com que a membrana fica positiva. O estímulo elétrico nessa isquemia ele fica mais lentificado que acaba contribuindo também para a elevação do segmento ST. CIRCULAÇÃO CORONARIANA · Infarto de coronária direita (acomete tanto parte anterior e posterior do coração) · Acometimento da artéria do nó AV = bloqueio AV · Bradicardia · Olha-se em D2, D3 e AVF Imagem abaixo referente à localização das derivações indicativas das pareder lateral, inferior e anterior ou septal no ECG ALTERAÇÕES NO ECG · Infarto recente eu tenho um supra de st · infarto antigo eu tenho a onda Q apiculada Importante : · Não confundir o padrão strain com um padrão de IAM com Supra O padrão strain é definido como alterações no segmento ST em alguma das derivações D1, D2, aVL ou de V3-6, apresentando o segmento horizontalização com depressão igual ou superior a 0,05 mV mais onda T invertida. Ventrículo hipertrofia e a área do miocárdio fica isquêmica porque não chega sangue até lá; · O padrão strain eu tenho onda T assimétrica e infra de ST · O padrão de Infarto eu tenho onda T simétrica *Supra de ST:* O coração em repouso é todo negativo e quando ocorre a despolarização ele fica todo positivo e quando existe um grupo de células que demoram a se despolarizar em relação ao restante do músculo cardíaco, ao final da despolarização o coração já está todo negativo, mas essas células ainda não, ela continua positiva, então o QRS não volta para a linha de base porque ainda tem células que não se despolarizaram e como são células positivas, o gradiente de potencial forma um vetor que vai mostrar onde está a parte doente do coração. O supra é uma parede que demorou a se despolarizar e ficou mais positiva do que deveria, causando uma elevação do traçado eletrocardiográfico. *Infra de ST:* Geralmente é uma imagem espelho de um supra de ST em outra derivação, mas o infra verdadeiro pode aparecer em locais de lesão subepicárdica, quando há atraso na despolarização da região mais endocárdica, assim o vetor irá apontar para dentro do coração e no eletro irá se apresentar como infra de ST. · Presença de Onda Q patológica: Áreas sem condução elétrica, que pode ser por uma região de fibrose pós infarto. · Quanto maior a onda Q mais necrose · Quanto mais supra, mais células sendo lesadas · INFARTO COM SUPRA DE ST - significa que não está passando sangue pela artéria - ocorre uma OCLUSÃO TOTAL DO VASO INFARTO SEM SUPRA - Indica uma suboclusão CORRESPONDÊNCIA ENTRE ANATOMIA CORONÁRIA E ECG O bloqueio de ramo esquerdo é a interrupção parcial ou completa da condução do impulso elétrico cardíaco pela fiação do lado esquerdo do coração (SIGNIFICA QUE O VE foi afetado e o paciente está sujeito à falência dessa câmera = CHOQUE. · CHOQUE cardiogênico (geralmente ocorre por causa de uma oclusão da descendente anterior; Principal ponto: o bloqueio de ramo é diagnosticado olhando a largura e a configuração dos complexos QRS. O complexo QRS em condições normais é estreito e tem duração de até 120 ms (3 quadradinhos). SCACSST PAREDE ANTERIOR EXTENSA (NECROSE) Não tem mais supra de ST expressivo porque a célula morreu. · Não se faz trombólise nesse caso porque o paciente vai sangrar muito, uma vez que estará reperfundindo uma coronária lesada. Daí uma isquemia, vira hemorragia; · CORONÁRIA DIREITA · Nasce no seio de valsalva direito (97%) e acompanha o sulco atrioventricular direito; · Atravessa a “crux cordis” e se divide; · Dá origem a 4 - 5 ramos ventriculares; · Artéria do nó sinusal em 55% dos casos; · Irriga toda a parede livre do VD, ⅓ posterior do septo, parede inferior do VE e todo átrio direito; SCACSST DE PAREDE INFERIOR · D2, D3 e aVF · O infarto tá na parede inferior que deu supra e o espelho está com infra na parede anterior SCACSST DE VENTRÍCULO DIREITO · Paciente hipotenso · Portador de ICC · Clínico: Ortopneia, dispneia paroxística noturna, sudorese · ECG pode ter: Supra de ST nas derivações inferior e direita, bem como infra do ST e inversão da onda T em aVL. IMAGEM EM ESPELHO