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1 Thayná Campos Duarte ELETROCARDIOGRAMA Fundamentos básicos -Representa a atividade elétrica cardíaca (registro gráfico) (Não a contração. Existe um ritmo cardíaco sem batimento mas com atividade elétrica). Atividade elétrica sem pulso. -Tem uma atividade elétrica própria. -Derivações são ângulos para visualizar a atividade elétrica do coração. Energia química (íons, entra Na sai K) -> Energia elétrica (ECG registra) -> energia mecânica -> contração muscular (translocação de íons através da membrana) *O ECG é o registro gráfico dos fenômenos elétricos que resultam na contração mecânica do músculo cardíaco. -Sarcolema – membrana plasmática que envolve a célula cardíaca -2 camadas de fosfolipídeos e 1 de proteínas -Permeabilidade seletiva -Canais iônicos -> Específico para cada íon o Célula em repouso Não gera potencial elétrico. -Face externa da membrana: carga positiva (cátions) -Face interna da membrana: carga negativa (ânions) Muito K dentro da célula e muito Na fora da célula. o Transporte de íons através da membrana >> Passivo (sem gasto energético) -Força difusional: força impulsora que movimenta os íons do meio de maior concentração para os de menor concentração. -Força elétrica: força impulsora que movimenta os íons – mesma carga se repelem, e cargas opostas se atraem, para estabelecer o equilíbrio elétrico. >>Ativo (gasto de energia) -Bomba de sódio e potássio. *Galvanômetro e osciloscópico catódico: mede a intensidade da corrente elétrica pela voltagem gerada pela movimentação iônica pela membrana celular. O ECG faz isso. Registram as diferenças de potencial. -Potencial de repouso (transmembrana):Sem corrente.Carga de -90mV. + fora (extra). – dentro (intra). Na+ e Ca+ fora. K dentro. Célula em repouso, polarizada. *Célula em repouso -> potencial de repouso *Membrana estimulada (sistema nervoso simpático e parassimpático ou por continuidade) -> Potencial de ação *Nó sinusal é estimulado a gerar impulso, dispara uma corrente em cascata -> gera potencial de ação -> muda a carga 2 Thayná Campos Duarte Potenciais elétricos -4: Potencial de repouso. + fora e – dentro. -0: Potencial de ação. Abre os canais de Na+. Na+ vai para o meio intracelular. Muda a carga elétrica da célula. De -90 vai para +30. -1:abre os canais lentos de K+. Sai K. Reduz a carga. De +30 vai para +10. -2: Platô. Abre os canais de Ca2+. O Ca que entra não muda muito a carga elétrica. Entra para participar da contração da célula. Um vez dentro da célula ele liga no retículo sarcoplasmática nos receptores Rianodinicos, o RSC é reservatório de Ca (tem mais Ca), libera ainda mais Ca no meio intracelular. Ca vai para as fibras contráteis para permitir a ligação de actina e miosina, resultando em contração. Mais Ca liberada, maior a força de contração. (DIGOXINA = aumenta a força de contração, usado na ICC. Atua impedindo que o Ca saia para o meio extracelular, aumenta Ca dentro da célula, aumenta a força de contração. Inibe o retorno de Ca para o meio extracelular. Ionotrópico. Inibe a bomba Ca-Na-ATPase -3:Abertura dos canais rápidos de K. Saída de K da célula em grande quantidade. Mudança do potencial elétrico. Reduz o potencial para -90mV. -4: Bomba de sódio e potássio. Pega o K e joga para dentro, e pega Na+ e joga para fora. Retorna para o potencial de repouso. -ECG capta as mudanças de potenciais. Condução do Impulso do Coração -Existem fibras elétricas e fibras contráteis. -Nó sinusal: AD. Dele saem feixes inter-atriais que vão para os átrios. -> Nó atrioventricular (AV) -> penetra pelo septo interventricular -> feixe de his (esquedo VE e direito VD) -> fibras de purkinje *Nó sinusal coordena a atividade elétrica. Ritmo normal = Ritmo sinusal -Todas as células do sistema de condução possuem automatismo (podem gerar estímulo elétrico). Mas apesar disso, elas obedecem a maior frequência, a que tem o automatismo maior, e é o Nó sinusal (Frequência = 50-100 bpm) -Se o nó sinusal não funciona: o nó atrioventricular começa a liberar os estímulos, começa a comandar a atividade elétrica do coração -> ARRITIMIA (F = 40) -Se nó AV não funciona: os ramos do feixe de His liberam o automatismo do ventrículos (F = 30). O nó sinusal pode estar gerando estímulo mas é bloqueado pelo nó AV. *Marcapasso: para pacientes que tem bradicardia. Gera estímulos. Passa a comandar o ritmo por ter maior frequência. *Taquicardia ventricular: curto circuito -> estímulos acelerados, dispara arritmias. Quem comanda é a arritmia provocada pelos ventrículos. Formação da atividade elétrica cardíaca -Existem 3 grupos de células marcapasso que podem comandar naturalmente o ritmo cardíaco. 3 Thayná Campos Duarte 1- Nó sinusal: geralmente comanda o ritmo cardíaco pois impõe maior frequência (50-100) 2-Nó átrio-ventricular: F = 50 3-His-Purkinje: F = 35 Condução da atividade elétrica cardíaca Os impulsos gerados pelo marcapasso dominante, em geral nó sinusal, caminham pelo coração por vias de condução preferencial, permitindo uma rápida ativação elétrica de todo o miocárdio. A sequência de ativação do coração pode ser: 1-Ativação atrial: Corresponde à onda P do ECG 2-Ativação ventricular: Corresponde ao complexo QRS (Q negativa, R positiva, S negativa) *Se tiver P é ritmo sinusal -> ativação elétrica do nó sinusal. Nó sinusal -> onda P -> ativação atrial-> nó AV -> estímulo sofre um retardo (para dar tempo do átrio terminar de contrair – completo esvaziamento – e o ventrículo terminar de dilatar) -> QRS -> repolarização ventricular (onda T) P: despolarização dos átrios QRS: despolarização dos ventrículos. Sístole T: Repolarização dos ventrículos. Diástole **Repolarização atrial: está encoberta pelo QRS. U: ativação ventricular cardíaca dos músculos papilares -Primeira porção da onda P: ativação do átrio direito -Segunda porção: átrio esquerdo -Retardo no nó AV: controla a resposta ventricular -Ativação ventricular: QRS Q e S sempre negativas. R sempre positiva. -Repolarização ventricular: onda T 4 pás 6 peras -Amarela: braço esquerdo (punho) -Verde: tornozelo esquerdo -Vermelha: braço direito -Preto: tornozelo direito Derivações precordiais: são as 6 peras. *Paciente amputado no joelho, coloca no joelho. Sempre o mais distante possível -1 pera: 4 espaço intercostal, na linha paraesternal direita V1 4 Thayná Campos Duarte -2 pera: linha paraesternal esquerda V2 (4º espaço intercostal esquerdo) -3 pera: Linha médio clavicular e o 5º espaço intercostal V4 -Entre V2 e V4 coloca o V3 -5 pera: linha media axilar V6 -Entre V4 e V6 coloca o V5 *Existem derivações acessórias -O ECG funciona como um galvanômetro – mede pequenas intensidades de corrente – que recolhe as diferenças de potencial decorrentes da atividade elétrica cardíaca (teoria do dipolo) -Derivação é a linha de base que une esses dois eletrodos -Derivação bipolar: é aquela onde se faz através de dois eletrodos situados à mesma distância do coração (ex: DI, DII e DIII) DI: braço E + braço D - DII: Braço D - Perna E + DIII: braço E - Perna E + Resultante vetorial vai em direção ao ápice no VE. Aproxima do verto + -> gera onda positiva Afasta do vetor - -> gera onda negativa -Derivação unipolar: traçado obtido se deve praticamente às variações de potencial recolhidas por um eletrodo dito “explorado”. O outro fica relativamente muito mais distante do coração (eletrodo “indiferente”. Ex: V1 a V6 e aVR, aVL, aVF. As derivações aVR, aVL, aVF são denominadas derivações unipolares aumentadas dos membros. aVR: foge (direção ao ventrículo E).P e QRS negativo. aVL: mesma direção do VE. P e QRS positivo. aVF:mesma direção do VE. P e QRS positivo. Plano frontal e Plano horizontal: 6 derivações frontal ou vertical (aVR, aVL, aVF, DI, DII, e DIII) e 6 derivações horizontal ou precordial (V1 a V6). *Podem ser utilizadas derivações precordiais adicionais para uma melhor visualização da parede posterior do coração (V7 e V8) e do ventrículo direito (V3R e V4R). 5 Thayná Campos Duarte 360/12=30º Maior parte do eixo elétrico está entre -30º a +90. -> Eixo elétrico normal -Região cinza: desvio de eixo à direita. Sobrecarga de VD. Bloqueio de ramo direito -Região rosa: desvio de eixo a esquerda. Bloqueio de ramo esquerdo -Região azul: desvio extremo de eixo. Pode ser extrema direita ou extrema esquerda -Região amarela: eixo elétrico normal ELETROCARDIOGRAMA NO RMAL Todo papel é milimetrado. Cada quadradão tem 5 quadradinhos. Registro curto das 12 derivações curtas mais uma derivação longa como DII porque enxerga bem todas as ondas. -Configuração do eletro: N (normal) Ganho normal Velocidade: 25 mm/s 1 quadradinho = 1mm = 0,1mV = 0,04s 1 quadrado grande = 5 quadradinhos = 5mm = 0,5mV = 0,20s -Aumentar a velocidade, paciente taquicárdico, ajuda a ver mais ciclos. -Vai indo para a esquerda e vai positivando. 6 Thayná Campos Duarte ONDA P -Representa a ativação dos átrios -Eixo: plano frontal -30º e +90º (onda P positiva em DI, DII e aVF e negativa em aVR) SINUSAL e em uma mesma derivação tem que ter a mesma morfologia. -Amplitude máxima de 2,5mm e duração inferior a 110ms. -> 2,5 quadradinhos -Sobrecarga de átrio direito -> P é maior que 2,5. -Morfologia: Variável (de acordo com as derivações, de pessoa pra pessoa) -No ritmo sinusal a onda P tem a mesma morfologia em uma mesma derivação. ***Ritmo atrial multifocal-> a onda P não tem a mesma morfologia -Arredondada e monofásica, podendo ser difásica em V1. Quando isso ocorre a fase positiva deve ser maior do que a negativa. -Onda P com duração aumentada -> sobrecarga de átrio esquerdo Metade inicial da onda P -> átrio direito Outra metade -> átrio esquerdo SEGMENTO PR -Segmento PR: retardo -Segmento da linha de base isoelétrica que conecta o final da onda P ao início do complexo QRS -Tempo que o estímulo leva apara alcançar os ventrículos após a despolarização atrial. -Pode ter supra de PR (acima da linha de base) ou infra de PR (abaixo da linha de base). INTERVALO PR -Medido do início da onda P até o início do QRS -Varia de 0,12s a 0,20s (adultos) (3 a 5 quadradinhos) -Tempo em que ocorre a ativação atrial e retardo fisiológico na junção átrio ventricular (AV), cuja duração é de 0,12s a 0,20s. O intervalo PR varia de acordo com a FC e a idade. -Intervalo PR aumentado -> o estímulo está demorando a chegar ao ventrículos. Problema no nó átrio-ventricular (bloqueio átrio-ventricular -> BAV de 1º grau – intervalo PR maior que 0,20) -Pode ocorrer de o intervalo PR ser menor que 0,12s, o estimulo chega muito rápido aos ventrículos. Não é normal. Pode predispor arritmias. Hiperexcitação ventricular. COMPLEXO QRS -Despolarização ventricular -Duração inferior a 120ms = 0,12s (duração inferior a 3 quadradinhos) QRS alargado -> maior ou igual a 3 quadradinhos = duração aumentado *Problema em ventrículos vai alagar QRS -> extra- sístole ventricular, bloqueio de ramo direito e esquerdo, taquicardia ventricular. -Amplitude entre 5 e 20mm (5 a 20 quadradinhos) nas derivações de plano frontal e entre 10 e 30mm nas derivações precordiais, com orientação normal do eixo elétrico. *Nas precordiais são maiores pelos eletrodos estarem no tórax “em frente do coração”. *Amplitude diminuída: DPOC (tórax em tonel, afasta os eletrodos. Paciente obesos, mama grande. Derrame pericárdio) *Amplitude aumentada: sobrecarga de VE. Tórax escavado, eletrodos aproximam do coração. -Eixo elétrico do coração no plano frontal situam- se entre -30º e +90º -Tem como característica a transição da morfologia rS, característico de V1 (negativo), para o padrão qR típico do V6 (positivo), com o r aumentando progressivamente de tamanho até o máximo em V5 e o S progressivamente se reduzindo até V6. Os padrões intermediários de 7 Thayná Campos Duarte RS (zona de transição) habitualmente ocorrem em V3 e V4. V1: negativo e vai positivando. R vai aumentando e S vai diminuindo. REPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR -Ponto J, Seg ST, onda T e U -Período entre o final do QRS e o final da onda T ou da onda U. Dentro desse período, os seguintes elementos devem ser analizados: -Ponto J -> é o ponto final da inscrição do QRS em sua interseção com o segmento ST. É útil para o diagnóstico dos desníveis do segmento ST -Segmento ST -> começa no ponto J (fim do QRS) e termina na porção ascendente da onda T. Normalmente a primeira porção do segmento ST é isoelétrica. Ponto J (segmento ST) -> abaixo da linha de base ST -> Infra de ST = Infradesnivelamento Ponto J -> acima da linha de base = supradesnivelamento do seguimento ST *Importante na angina, infarto -Onda T: onda assimétrica de início mais lento e final mais rápido, positiva em quase todas as derivações, habitualmente com polaridade semelhante à do QRS e de amplitude equivalente a cerca de 10% a 30% do QRS. Assimétrica. Representa a repolarização ventricular. QRS positivo -> T tem que ser positivo Onda T oposta ao QRS -> alteração de repolarização. *Derivações precordiais direitas: V1 e V2 pode ter QRS e onda T opostas, é normal. *Onda T em tenda, maior que QRS, pontiaguda e simétrica: Hipercalemia -Onda U:última e menor deflexão do ECG que, quando presente, inscreve-se logo após a onda T e antes da onda P do ciclo seguinte, de igual polaridade à T precedente a de amplitude entre 5% e 25% da mesma, na maioria das vezes. Geralmente visível apenas em frequências cardíacas baixas. INTERVALO QT E INTERVALO QTC CORRIGIDO -QT: Começo do QRS até o final de T. Representa a duração total da atividade elétrica dos ventrículos. Vai do começo da despolarização até a repolarização. A duração varia de acordo com a frequência: -QTc: Como o QT é variável de acordo com a frequência cardíaca, habitualmente é corrigido pela fórmula de Bazzet: ANÁLISE DO ECG -Sequência de análise: 1-Ritmo e frequência (Olhar P – Positiva em DI DII e aVF e negativa em aVR, mesma morfologia) F = 1500/RR 2-Onda P (após a P vem QRS) 3-Intervalo PR 4-Complexo QRS 4-Onda Q (Q patológica – grande, 1/3 maior que QRS) 8 Thayná Campos Duarte 5-Segmento ST 6-Onda T 7-Intervalo QT 8-Onda U 9-EIXO Eixo normal: -30º a +90º -12 ângulos: 360/12=30º -Desvio do eixo para a esquerda: pode ser uma sobrecarga de VE -Desvio do eixo para a direita: pode ser uma grande sobrecarga de VD D1 perpendicular com aVF. D3 perpendicular com aVR. aVL perpendicular com D2. -1500/34 = 44bpm -Bradicardia sinusal EIXO -Não usa as precordiais 1º-Qual quadrante está o eixo? DI e aVF. Onde P está positivo em DI e aVF 2º-Duas derivações fora do quadrante. Como aVL e DIII. ->Eixo: +30 a +60 BRADIARRITMIAS -Arritmias com FC baixa = abaixo de 50 -Bradicardia sintomática ou que não se resolve -> indicado marcapasso -Existe um provisório e um definitivo -FC < 50-60 bpm (cardiologia é 50bpm) -Situações fisiológicas (Sono – metabolismo e simpático diminui e parassimpático aumenta e provoca bradicardia- atletas faz vasodilatação em repouso e fica bradicárdico, em exercício aumenta a frequência e mantém o débito- e patológicas -Sintomáticas (tontura, lipotimia, síncope, parada cardíaca, edema agudo de pulmão, choque cardiogênico) ou assintomáticas -Induzidas por medicamentos -> medicamentos bradicardizantes: Beta bloqueadores (propranolol, atenolol, nebivolol,metropolol, carvedilol- TODOS), Diltiazen e verapamil (bloqueadores de canal de cálcio), Digitálicos (Digoxina), antiarrítmicos (amiodarona, sotalol?), Clonidina (HAS). -Disfunções do Nó sinusal e do Nó atrioventricular. 9 Thayná Campos Duarte -A bradicardia por si só não é problema. -Doença do nó sinusal: doença degenerativa do sistema de condução relacionado ao nó AV, onde as células do nó sinusal estão disfuncionantes e não conseguem fazer uma boa frequência. -Bloqueio sinoatrial: Do nada o nó sinusal para de suncionar (não tem P) -Hipersensibilidade do seio carotídeo: não é um problema do nó sinusal em si. Na bifurcação das carótidas tem os barorreceptores (regulam a pressão durante a mudança de posição) e estimulação do nervo vago (causa bradicardia, síncope, hipotensão). Manipulações leves, como fazer a barba, quem tem a sensibilidade estimula o nervo vago. -Síndrome braditaquicardia: Fibrilação atrial e depois volta pro nó sinoatrial, só que voltar bradicárdico (nó sinusal demora a agir). (Pode gerar síncope após a reversão da arritmia). Alterna. Coração dispara e depois paciente desmaia. -Reflexo do vômito: é uma manobra vagal e causa bradicardia -Vago é o freio do coração. -Micção: Hiperplasia prostática -> força pra fazer xixi provoca reação vagal e o paciente bradicarda. Marcapasso cardíaco é o sinusal com uma frequência de disparo abaixo de 50bpm -ECG normal exceto pela FC baixa 1500/43=34bpm É um ritmo sinusal sem demais alterações. Avaliar a presença de sintomatologia. 1500/31=48 -Pausa sinusal -Subitamente o nó sinusal para de funcionar -Alterações na junção sinoatrial, responsável pela condução do estímulo a partir de células marcapasso até o tecido contrátil atrial. Estímulo não sai do nó sinusal, não aparece onda P, não tem estimulação atrial e não aprece QRS. -Parada súbita e momentânea da atividade automática do nódulo sinusal. -Isquemia, miocardite aguda, cardite reumática, fármacos, doença do nó sinusal, tônus vagal aumentado -Não tem onda P -> Não tem estímulo, não forma QRS (bloqueio sinusal). Nó sinusal não funcionou. -Dependendo da duração da pausa pode ter sintomas. Contextualizar os momentos das pausas. -Pode ter síncope, tontura ou não sente nada. FC boa e subitamente diminui. -Distúrbio de condução do impulso elétrico dos átrios aos ventrículos. O nó AV não deixa passar. Tem P mas não deixa passar. 10 Thayná Campos Duarte -BAV em que o estímulo chega no nó AV e demora a passar para os ventrículos, intervalo PR (3-5 quadradinhos) aumentado. Tempo do nó sinusal ir para o nó AV e descer para os ventrículos. -BAV o estímulo sinusal é barrado pelo nó AV, não passa todo o estímulo. -BAV bloqueia todas as P, bloqueia todos os estímulos. -Ocorre no nó AV ou no sistema His-Purkinje -Reversível ou irreversível -Aguda ou crônica -IAM, fármacos, degeneração idiopática do sistema de condução AV (idosos) -Doença de chagas (vai precisar de marcapasso) -São 3 tipos. -Intervalo PR aumentado -> estímulo demora mais no nó AV -Estímulo é barrado pelo no AV 1º grau: PRi > 0,20 e fixo. Aumentado. (estímulo chega no nó AV e segura por um tempo e depois libera, todos os P geram QRS). Intervalo PR aumentado e fixo 2º grau: condução AV intermitente. Algumas P vão para o ventrículo outas não. Começa a ter P sem QRS (P bloqueado) 3º grau: dissociação AV. Todas as P bloqueadas. Nenhum estímulo chega no ventrículo. Nó AV bloqueia tudo. Átrios com FC 80 e ventrículos de 35. O sistema de condução ventricular começa a provocar estímulos por automatismo. BAV DE 1º GRAU -Intervalo PRi > 0,20s e fixo (aumentado) -Não tem P bloqueado. Todas as P conduzem QRS as custas de PR aumentado -Significado clínico: >Vagotônia >Medicamentos (B-bloqueadores) >Doença arterial coronariana >Cardite reumática >Cardiopatia congênita -Intervalo PR aumentado com valor fixo. -Não influencia na frequência cardíaca porque todas as Ps geram QRS. Não é causa de bradicardia. -Se torna bradicardico se o nó sinusal está bradicárdico. BAV DE 2º GRAU -P bloqueado, P sem QRS -BAV 2º grau Mobitz I (Fenômeno de Wenckebach) -Aumento progressivo do PRi, até que a condução AV fique bloqueada e um estímulo atrial não é conduzido -PRi mais longo precede P bloqueada e o mais curto está logo após -Aumento progressivo de PR até bloquear P -Não é uma parada porque tem uma onda P sem QRS 11 Thayná Campos Duarte Aumenta, aumenta, bloqueia e diminui depois. Intervalo mais curto depois do P bloqueado -Aumento progressivo do intervalo PR até que tenha onda P bloqueada -Bloqueia do nada. NÃO tem o aumento progressivo de PR. -Intervalo PR fixo. -P bloqueado GRAU 2:1 -Para cada dois batimentos atriais 1 é bloqueado. -Conduziu bloqueou, conduziu bloqueou. 2:1 -> 2 ondas Ps para 1 QRS Pode ter também 3 para 1. GRAU AVANÇADO Maior proporção de P bloqueada uma atrás da outra. Mais de 50%. BAV DE 3º GRAU OU BAVT 12 Thayná Campos Duarte -Total -Todas as P são bloqueadas no nó AV. -Libera automatismo de condução ventricular. -Átrios a uma frequência e ventrículos a outra. -Não tem intervalo PR*: P n conduz QRS RITMO JUNCIONAL -Nó sinusal não funciona. -Nó AV vira o marcapasso. Nasce e já desce para os ventrículos, não da tempo de formar onda P (ativar os átrios). -Não tem onda P MARCAPASSO CARDÍACO -Alarga QRS: estímulo é direto nos ventrículos -Pico antes do QRS: choque do marcapssado (espícula do marcapasso). SOBRECARGAS CARDÍACAS -Pode sobrecarregar umas das cavidades por pressão (quando ocorre uma estenose) a cavidade embaixo dela tem que exercer muita força. Ou por estar funcionando por sobrecarga de volume, como ocorre nas insuficiências valvares (válvula mitral não fecha totalmente, quando o VE vai ejetar o sangue, o sangue retorna ao AE por insuficiência na válvula mitral (refluxo). Comunicações intra-atriais e intraventriculuraes causam sobrecarga de volume. HAS também causa sobrecarga de VE. -As sobrecargas são transmitidas retrogradamente. -Estenose da válvula aórtica, o VE vai ser sobrecarregado por pressão. Se VE está sobrecarregado o AE também vai sofrer dessa sobrecarga. Ocorre a longo prazo. AE sobrecarregado transmite para o pulmão, sobrecarga de pulmão, sobrecarga de AD, e sobrecarga de VD. Sobrecarga geral, edema, turgência jugular. -O que sobrecarrega uma cavidade, sobrecarrega tudo que está atrás. -Insuficiência do cardíaca direita -> causa comum é a insuficiência do VE. HIPERTROFIA ATRIAL D IREITA -Sobrecarga atrial direita ocorre quando há aumento do átrio direito, com consequente aumento da amplitude e deslocamento do vetor médio do átrio direito para frente e direita. -O termo hipertrofia não deve ser colocado em ECG, já que é uma dado anatomopatológico. O termo deve ser sobrecarga (já que pode ser por dilatação). Causas principais: >Hipertensão pulmonar/SVD (sobrecarga de VD) >Estenose pulmonar/Insuficiência pulmonar >Estenose tricúspide/insuficiência tricúspide Olhar a onda P. 13 Thayná Campos Duarte *Paciente DPOCitico -> hipertensão pulmonar, circulação pulmonar fica rígido, causa sobrecarga do VD -> sobrecarga de AD (Cor pulmonale) *Estenose: válvula não abre de forma eficaz, Estenose pulmonar -> sobrecarga por pressão do VD *Insuficiência: não fecha direito (retorna sangue para a cavidade anterior) -> sobrecarga de volume. Insuficiência pulmonar -> sobrecarga de VD por volume. Volume normal e volume regurgitante. *Tricúspide -> também sobrecarrega átrio direito. Estenose tricúspide -> sobrecarrega o AD por pressão. Sangue passa com dificuldade. Sobrecarrega tudoatrás dele -> cava sobrecarregada, estase jugular, edema. Depende do grau. -VD NÃO será sobrecarregado. O sangue não chega adequadamente. O problema é antes do VD. *Insuficiência tricúspide -> válvula não fecha totalmente. Sístole do VD, contrai e fecha tricuspide e abre pulmonar. Nesse caso, tricúspide não fecha direito, parte do sangue vai refluir para o AD através da tricúspide que não fechou totalmente. Sempre um excesso de sangue. Sobrecarga de volume. Sobrecarga de VD e AD. Nas estenoses NÃO sobrecarrega ventrículos. -Sobrecarga de AD -> abaulamento da região de AD -Normal: Câmaras esquerdas ligeiramente maiores que as direitas. *Em sobrecargas as câmaras direitas ficam maiores. -olhar a onda P (atividade atrial) -Amplitude de Onda P > 0,25 mV (maior que 2,5 quadradinhos) em D2, D3 e aVF e com duração normal (P pulmonale) -Desvio de SÂP para a direita (>+90º) = desvio de eixo -Alterações do QRS de sobrecarga de VD reforçam suspeita de SAD: *reforça a suspeita >qR, em V1 (positivo, normalmente é negativo) >Transição brusca na amplitude de QRS de V1 para V2 (Penãlosa-Tranchesi) 14 Thayná Campos Duarte HIPERTROFIA ATRIAL ESQUERDA -Sobrecarga atrial esquerda ocorre quando há crescimento do átrio esquerdo, com consequente deslocamento do seu vetor médio de despolarização para trás, para cima e para a esquerda. Causas principais: -Sobrecarga ventricular -Estenose aórtica/insuficiência aórtica -Estenose mitral/Insuficiência mitral -Aumenta tamanho do AE, muda sistema de condução -> muda morfologia da onda P -Vai aparecer com dois ápices (um M na onda P). Atividade elétrica atrial mais demorado. Aumenta tempo da onda P. *Sobrecarga de VE: leva sobrecarga do AE. *Estenose aórtica de VE: leva a sobrecarga de AE. *Insuficiência aórtica: sobrecarga por volume, sangue normal que chega e sangue regurgitante da válvula aórtica. *Estenose mitral: não abre direito. AE tem que fazer muita força, maior pressão. Sobrecarga de pressão do AE. Os ventrículos não ficam carregados. *Insuficiência mitral: não fecha totalmente. Durante a sístole a válvula não veda, parte do sangue ventricular volta para o átrio esquerdo. Com o tempo, tem também uma sobrecarga do ventrículo esquerdo, por volume. *Se ainda não tiver sobrecarga de Ventrículo é uma insuficiência mitral recente. -Retificação da borda (artéria pulmonar e aorta) -Átrio esquerdo aumentado. Quase do mesmo tamanho do VE. -Aumento da duração da onda P em D2 (>0,11s (2,5 quadradinhos) em adultos e >0,09 em crianças) 15 Thayná Campos Duarte -P entalhada e bífida em D2 (intervalo entre ápices >0,04: P mitrale -> dois ápices, maior que 1 quadradinho -Desvio do SÂP para a esquerda (depois de -30) -Índice de Morris: Fase negativa da onda P em V1 com duração >40ms (1mm) e profundidade >1mm (P em duas fases, mas a segunda fase é maior que a primeira porção -> sobrecarga de átrio esquerdo) -aumento da duração e as “montainhas” SOBRECARGA BIATRIAL -Sobrecarga dos dois átrios ao mesmo tempo. -Sinais de aumento dos 2 átrios: >Aumento concomitante de duração e voltagem da onda P > Aumento da duração de O com desvio do eixo elétrico para a direita -Onda P alta e larga. -Os dois átrios sobrecarregados. -P com 3 quadradinhos de duração: sobrecarga de AD -P com aumento da amplitude: sobrecarga de AD SOBRECARGA VENTRICUL AR DIREITA -No coração normal a massa do VE é 3 vezes a mais a massa do VD, por isso o predomínio da atividade elétrica do VE no eletrocardiograma -Olhar QRS -O aumento do VD altera sensivelmente o ECG, conferindo-lhe um aspecto muito diferente do ECG normal -Essas alterações só ocorrem quando a massa do VD já se tornou suficientemente grande para que os vetores de VD possam manifestar-se, superando, em amplitude, os vetores de VE. 16 Thayná Campos Duarte -SVD: força se desloca para o VD. V1 fica positivo (ERRADO) – V6 foge de V6 -> QRS fica negativo. Desloca o vetor para a direita; *Pode ter V6 normal: mostra a intensidade da carga. Quando acomete V6 a sobrecarga pé maior. -Estenose pulmonar/Insuficiência pulmonar -Tetralogia de Fallot (Ventrículo direito muito aumentado) -Cor pulmonale crônico/ Hipertensão arterial pulmonar -CIA e CIV -Estenose mitral grave com hipertensão pulmonar -Embolia pulmonar -Coração em bota: VD dilatou e empurrou VE -Expressão ECG polimórfica visto o VD ter que superar as forças do VE ->Critérios -Desvio do SÂQRS para a direita (>+9º) -Rotação horária -Alterações do QRS precordiais (positivos V1 e V2) -Ondas S em V5 e V6 -Alterações do segmento ST-T (repolarização) -Aumento do AD Rotação horária do eixo QRS -Normal -> V1 negativo e vai positivando. -SVD: V1 positivo e pode ter V6 negativo. -Expressão das forças elétricas do VD em direção anterior. -Padrão Rs, RS ou rS em precordiais -Transição é desviada para direita Ondas R amplas em V1 e V2 (positivos) -Reflete presença de vetores amplos à direita -Quanto maior o número de derivações mostrando vetores amplos para direita, maior é o grau de hipertrofia -Diagnóstico diferencial: BRD, WPW, necrose da parede posterior e dextrocardia. Onda S em V5 e V6 -Orientação do processo de despolarização para a direita -Onda R menor que onda S (rS) é um importante sinal de SV *Alterações de repolarização ventricular (segmento ST) secundária à SVD: padrão “strain” -Em V2 alteração de repolarização ventricular: onda T negativa e QRS positivo. -V5 e V6 negativos -> grau elevado de sobrecarga 17 Thayná Campos Duarte SOBRECARGA DE VENTRÍ CULO ESQUERDO -Predomínio muscular do VE sobre o VD -ECG de um indivíduo adulto normal é um ECG do VE -Praticamente não há manifestações de VD no ECG normal -SVE em fases iniciais constitui um desafio à eletrocardiografia -QRS com amplitudes aumentadas Causas principais -Coração de atleta -Sobrecargas de pressões (HAS, estenose aórtica, coaretação da aorta) -Sobrecarga de volume (RAo (regurgitação), RM, PCA (persistência do canal arterial)) -Hipertrofia compensatória à áreas de necrose -Processos que levam à fibrose (miocardiopatias) -Exagero do predomínio fisiológico do VE -Sobrecarga sistólica ou sobrecarga pressórica -Sobrecarga diastólica ou volumétrica -SVE incipiente pode não manifestar-se no ECG Critérios de amplitude: -Sokolow-Lyon:S-V1 + R-V5 ou V6 > 35mm >Sensibilidade 56,3% e especificidade 12,5% -Onda S-V1 ou R-V6 >20mm -Cornell: R aVL + SV3 >= 28mm (mulheres >=20mm) Desvio do eixo elétrico para a esquerda -Além de -30º -Sensível porém pouco específico -Isoladamente a SVE não desvia o eixo -Secundário ao atraso na condução pelo ramo esquerdo (principalmente BDAS – bloqueio divisional antero-superior) Desvia o eixo para a esquerda. Alteração da repolarização ventricular -Padrão “Strain” -Pode prejudicar análises de desníveis de segmento ST nas SCA -Limita a utilização do Teste Ergométrico 18 Thayná Campos Duarte Outros critérios -Ondas U invertidas em precordiais esquerdas -Crescimento do AE: sinal indireto -Aumento da duração do QRS não associado ao BRE ou outras -Condições que alargam o QRS (hiperpotassemia) -Melhor que os outros critérios. V1: muito negativo R: muito aumentado Padrão Strain. Principal causa: HAS SOBRECARGA BIVENTRICULAR -Superposição de sinais de SVD e SVE -SVE em precordiais com desvio do eixo para direita, sem BDPI (bloqueio – póstero-inferior) -SVD em precordiais com desvio do eixo para a esquerda -Sinal de Katz-Wachtel: complexos RS em precordiais (CIV + HP) V1: R muito grande e S muito profunda. (VE) V6: R muito grandee S muito profunda (VD) BLOQUEIO DE RAMOS -No ramo direito não tem os ramos fasciculares bem demarcados. São apenas aglomerados de feixes. 19 Thayná Campos Duarte -Quando ocorre um bloqueio de ramo (vários motivos: Chagas, fibrose, isquemia, distúrbio hidroeletrolíticos). O estímulo será conduzido de célula a célula muscular e não pelo sistema de condução. Como as células contratei, miócitos, não são células de condução, essa condução ocorre de forma mais lenta, gerando as alterações vistas ao ECG. -Bloqueio de ramo é o termo usado para definir uma situação na qual o estímulo elétrico sofre um atraso na condução ou é impedido de prosseguir através de um dos ramos do feixe de His. -A ativação ventricular fica retardada devido a passagem do estímulo célula a célula (muscular) e não mais pelo tecido especializado. -A manifestação eletrocardiográfica deste retardo da ativação é o alargamento do QRS. -Duas condições caracterizam os bloqueios completos de ramos: >QRS alargado >= 0,12s **QRS normal: menor que 3 quadradinhos >Alteração secundária da repolarização onde o segmento ST e a onda T se opõem ao QRS. DISTÚRBIOS DE CONDUÇÃO DO RAMO DIREITO -Bloqueio completo de ramo direito >QRS >= 0,12s >rSR’ ou rsR’ em V1 com R’ alargada (orelha de coelho) >Onda S alargada em D1, aVL, V5 e V6 >Onda T oposta ao QRS >SÂQRS tendendo para direita (não está presente sempre) -QRS > 3 quadradinhos (alargado). Seg ST oposto ao QRS. -> Bloqueio completo de ramo -Direito ou esquerdo? Morfologia de rSR’. S alargada - morfologia do QRS em V1 de rSR’. -QRS com duração > 3. QRS alargado. Onda T invertida. -Direito ou esquerdo? Morfologia de rSR’ em V1 e V2. S alargada em D1, aVL, V5 e V6. 20 Thayná Campos Duarte -QRS alargado + inversão de segmento ST - bloqueio completo de ramo (direito ou esquerdo) -a morfologia do QRS em V2 e v3 de rSR’ – bloqueio de ramo direito -Em V1 também é possível perceber, sutilmente, rSR’. -Onda S alargada em D1, aVF, V5 e V6. – Bloqueio completo de ramo direito. BLOQUEIO DE RAMO DIREITO INCOMPLETO -Condução ocorre devagar mas não chega a alargar o QRS. -Mesmas características de do BRD completo porém com QRS estreito. -Ocorre alentecimento na condução pelo ramo direito -QRS < 0,12s -Características que parecem BRD porém com QRS estreito -Ritmo sinusal -Nenhuma alteração de repolarização. -Em V1 e V2: rSR' Pode-se dividir os bloqueios de ramo incompleto em de 1º e 2º grau. O de 3º é o completo. 1º grau, segunda onda R é pequena, sutil. 2º grau, a segunda onda R é mais evidente. -Incompletos: normalmente não traz repercussões clínicas. SIGNIFICADO CLÍNICO: -Indivíduos sadios -Lesões orovalvulares aórtica e tricúspide -Cardiopatias congênitas -IAM -Doença de chagas: muito comum BLOQUEIO DE RAMO ESQUERDO BLOQUEIO COMPLETO DE RAMO ESQUERDO -QRS alargado. -Segmento ST oposto a QRS. -V1 à V3: S bem profunda e alargada. Supra de ST -R larga e T oposta a QRS. 21 Thayná Campos Duarte -Completo: QRS alargado. Direito ou esquerdo? Olhar V1 e V2-> S bem profunda e larga -R em torre, alta e larga em V1, V2 e V3. -ATENÇÃO: não confundir a onda R em “torre” com entalhe em D1, aVL, V5 e V6, com a “orelhinha de coelho” (rSR’) que deve ser encontrada em V1 e V2 no bloqueio de ramo direito. -QRS alargado: bloqueio completo. Direito ou esquerdo? QRS bem negativo e largo. -Alterações de repolarização. V1 supra. V2 infra. Alterações de repolarização secundárias ao bloqueio de ramo esquerdo. -QRS alargado > 3 quadradinhos. ST oposto. -Vejo rSR’ em V1 e v2, v3? Não. Percebo QRS 22 Thayná Campos Duarte bastante negativo (S profunda e larga) = bloqueio completo de ramo esquerdo. -Em D1, aVL, V5 e V6 é possível perceber R alargada (em torre). -QRS alargado. = bloqueio completo de ramo Direito ou esquerdo? V1 e V2 com S bem profunda e larga. R em torre em D1, aVL, V5 e V6. QRS alargado. = bloqueio completo de ramo Direito ou esquerdo? V1 e V2 com S bem profunda e larga. R em torre em D1, aVL, V5 e V6. SIGNIFICADO CLÍNICO -Hipertrofia ventricular esquerda -Esclerose hipertensão arterial -Doença arterial coronariana -Calcificação do sistema de condução (doença de Lev e Lenegre) -Indivíduo normal (raro) Não trata o bloqueio -> trata a CAUSA. BLOQUEIO INCOMPLETO DO RAMO ESQUERDO -QRS 0,10s < 0,12s -Ausência de q em D1, aVL, V5 e V6 (onda R pura) -ST-T com tendência à oposição ao QRS -Comum na SVE -Presença de QRS muito negativo em V1 e V2. -Presença de R pura (em torre) em D1, aVL, V5 e V6. -QRS estreito 23 Thayná Campos Duarte QRS alargado -> V1 rsR’ = Bloqueio do ramo direito. S QRS alargado -> S negativo e profundo = bloqueio de ramo estreito. R em torre. Min 58. BLOQUEIOS FASCICULARES 1- Hemibloqueio anterior esquerdo (bloqueio divisional antero-superior – BDAS) 2- Hemibloqueio posterior esquerdo (Bloqueio divisional potersinferior – BDPI 3- Bloqueio antero-medial ***O mais importante e o mais frequente é o: Hemibloqueio anterior esquerdo (bloqueio divisional antero-superior) -> é comum a associação do bloqueio de ramo direito com esse bloqueio antero-superior -> COMUM EM CHAGAS HEMIBLOQUEIO ANTERIOR ESQUERDO (BLOQUEIO DIVISIONAL ANTERO- SUPERIOR – BDAS) -QRS estreito -Onda S proeminente em V5 e V6 -Cálculo do eixo: desvio para esquerda -S marcada e profunda em V5 e V6 24 Thayná Campos Duarte HEMIBLOQUEIO POSTERIOR ESQUERDO (BLOQUEIO DIVISIONAL POTER0 INFERIOR – BDPI PAREI NO 1:14 ECG NA INSUFICIÊNCIA CORONARIANA -Paciente que está tendo uma isquemia: Infarto, angina. -Alterações principais e precoces acontecem no segmento ST. Artérias coronárias superficiais. Artérias coronárias saem da artéria aorta. -Esquerda: tronco da coronária esquerda. Ramos = artéria circunflexa (parede posterior) e artéria coronariana descendente anterior -Direita: coronária direita (leva para a parede inferior do VE e também o VD) -Ramos superficiais. -Quando vão alcançando o ápice, as coronárias vão se ramificando cada vez mais e penetrando. -Ponto safena = Cirurgia de revascularização do miocárdio -> faz uma ponte com a artéria mamária (descendente anterior normalmente – dura mais tempo) ou a veia safena e liga no ramo obstruído, liga na aorta e depois do local da obstrução -Cateterismo é o exame 25 Thayná Campos Duarte ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA ***Irriga nó sinusal e AV. -Isquemia de Nó sinusal e Nó AV por má perfusão pela Coronária Direita pode ser uma possível etiologia para bradicardia. Cateterismo: introduz na artéria femoral e vai subindo até a coronária direita. Injeta o contraste Exame padrão ouro para avaliação coronariana. *Cateterismo ou Cineangiocoronariografia é o exame padrão ouro para avaliação de Artérias Coronarianas TRONCO DA CORONÁRIA ESQUERDA -Maioria das pessoas se divide em DA e CX. Normalmente é bifurcada. -Variação anatômica -> se divide em diagonalis sendo trifurcada. -Obstrução no tronco: obstrui quase tudo. Paciente grave. Uma lesão grave no tronco do Coronária esquerda representa um comprometimento grave podendo levar até a morte súbita. O VE ficaria praticamente sem perfusão (Parede anterior). ARTÉRIA DESCENDENTE ANTERIOR (DA) -Ás vezes o paciente infarta e faz uma FA justamente pela falta de irrigação dos feixes de condução. Canulou o tronco. CX e DA. Diagonal é ramo da DA. Septais = intramiocárdicos; -DA é superficial importante que irriga ⅔ do VE. ARTÉRIA CIRCUNFLEXA 26 Thayná Campos Duarte ARTÉRIA DIAGONALIS* Entre a DA e CX. Variação anatômica.90% são placas de ateroma. LDL penetra na camada íntima das artérias. Desencadeia um processo inflamatório, aumentando ainda mais a obstrução. Gordura coberta por fibrina e células inflamatórias. Artérias do coração são mais finas, sendo mais fácil de ser obstruída. Doença arterial periférica é fator de risco para doença arterial coronariana. Ideal LDL baixo e HDL alto. 27 Thayná Campos Duarte Dor torácica e alterações ao ECG. Causas menos frequentes: embolia, arterites e espasmos dos músculos das artérias coronarianas. -Diagnósticos diferenciais para obstruções coronarianas. Covid pode ser uma causa de infarto em função de seus fenômenos tromboembólicos. ISQUEMIA MIOCÁRDICA Normalmente, há apresentação dos sintomas em esforço, pois com o aumento da FC e Débito, a obstrução coronariana passa a prejudicar a perfusão miocárdica. Não é uma urgência cardiológica!!! Teste ergométrico é uma boa forma de avaliação. Teste positivo = Reaparecimento da angina no decorrer do exame. Se positivo, pede-se CAT para avaliação mais precisa. Insidiosa >Síndromes coronárias crônicas e estáveis >Isquemia miocárdica acontece em determinado esforço e melhora ao repouso >Placa estável (camada fibrótica extensa – risco menor de ruptura) >ANGINA ESTÁVEL -Aumenta esforço aumenta a FC, mais sangue precisa passar, mas não consegue passar quantidade suficiente -> DOR -> para a atividade alivia a dor. Aguda SCA -> Pronto socorro -> dor torácica em repouso (umbigo ao nariz e braços) >Classificada em: - SCA sem supra de ST = Pode ser ANGINA INSTÁVEL ou IAM sem supra de ST. O que diferencia é alteração de enzimas cardíacas. Dosa enzimas = enzimas normais -> ANGINA INSTÁVEL Enzimas alteradas = IAM sem supra de ST Enzimas = CKMB e troponina - SCA com supra de ST = abrir artéria o mais rápido possível Nesse caso, a luz do vaso é ocluída por trombo/coágulo. É uma urgência cardíaca!!! Dor em repouso, deve-se abrir protocolo de dor torácica no PS. É UMA SCA. (Dor do umbigo à ponta do nariz e de um braço pro outro, sempre suspeitar de uma SCA) A SCA pode ser: -Sem SUPRA DE ST ( Ponto J normal) - Angina instável (Enzimas negativas) - Se o paciente é baixo risco → Encaminhar para investigação ambulatorial - Se o paciente é alto risco → Internar para investigação coronariana - IAM (S/ SUPRA) (Enzimas positivas) - CAT de urgência - TTO imediato AAS, Clopidogrel, heparina 28 Thayná Campos Duarte O que vai diferencial a ANGINA INSTÁVEL do IAM são as enzimas cardíacas (CKMB e TROPONINA) -Com SUPRA DE ST (Ponto j acima da linha de base) Fases do eletro quando analisa uma isquemia. -Isquemia: alteração de onda T. Pode ter T invertida -Pode evoluir para lesão das células miocárdicas = desnível do segmento ST. Supra ou infra. - Pode evoluir para necrose -> morte celular. Alterações crônicas. Sequelas Tem que agir antes da necrose. Zona de isquemia: alterações de onda T Zonas de lesão: alterações de ST Zona de necrose: morte celular do músculo e substituição do tecido por fibrose. -No início do processo, há o surgimento da isquemia manifestando-se com alterações de onda T. Na fase de lesão ao ECG, (agravamento da isquemia) SUPRA (lesão epicárdica) OU INFRA DE ST (lesão endocárdica). Tratando o coração nessa fase, pode haver a regressão do quadro. Se não houver tratamento, haverá necrose tecidual com presença de fibroses apresentando ao ECG sequelas da isquemia - áreas de inatividade/ necrose. (Onda q patológica). ISQUEMIA -Oxigenação deficiente em relação a demanda do miocárdio, ocasionando alterações metabólicas e funcionais. -Ao ECG manifesta-se por onda T simétrica e pontiaguda. >Isquemia epicárdica: T é negativa >Isquemia endocárdica: T é positiva *Hipercalemia: onda T em tenda -> diagnóstico diferencial. Isquemia tem DOR. -Endocárdio começa a sofrer primeiro com a obstrução (é o último músculo a ser irrigado). (Primeiros minutos) *Ocorre precocemente Dificilmente é possível perceber a onda T apiculada e simétrica, essa fase é chamada de fase hiperaguda. *A isquemia pode evoluir e chegar ao epicárdio. Endocárdio -> mesocárdio -> epicárdio *Mesocárdio não causa alterações específicas -O paciente pode apresentar onda T em tenda, pode ser por hipercalemia ou isquemia. O que vai diferenciar sugestivamente as etiologias dessa manifestação é a clínica do paciente. -Onda T bem profunda e simétrica, além de oposta ao meu QRS, e o paciente que está em vigência de dor torácica chama-se de onda T de isquemia epicárdica. (Nessa fase, o paciente já está com mais tempo de dor, já apresentando evolução da área de infarto) -Já a onda T simétrica e alta no mesmo sentido do QRS e o paciente está em vigência de dor torácica chama-se de onda T de isquemia endocárdica. Normalmente, não é comum de se ver pois essa manifestação ocorre nos primeiros minutos do processo 29 Thayná Campos Duarte isquêmico. (Isquemia endocárdica ou fase hiperaguda do infarto). -Durante o processo de isquemia, quem começa a “sofrer” primeiro é a isquemia endocárdica justamente por essa porção ser a porção mais “distante” da vascularização. LESÃO -Corrente de lesão representa o agravamento da isquemia. Alterações histológicas potencialmente reversíveis. -Na área lesionada ocorre uma diminuição do potencial de repouso, ficando um potencial diferente da área sadia. -Alterações no seguimento ST. Desníveis do ponto J. *Ponto J acima da linha de base: Supra de ST -> Lesão epicárdica (PIOR – toda a espessura do músculo está sofrendo) – é uma EMERGÊNCIA tem que fazer a reperfusão o mais rápido possível. *Ponto J abaixo da linha de base: Infra de ST -> Lesão endocárdica Endocárdio -> mesocárdio -> epicárdio Ponto J acima da linha de base: Supradesnivelamento do segmento ST.(Lesão epicárdica) “Mais grave por apresentar maior área de lesão. Acomete as 3 camadas musculares Endocárdio → Miocárdio → Epicárdio.” É UMA EMERGÊNCIA!!! TEM QUE SE REPERFUNDIR A ARTÉRIA OCLUÍDO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL! Ponto J abaixo da linha de base: Infradesnivelamento do segmento ST. (Lesão endocárdica) Em ambos os casos, associado a um quadro de dor torácica, chama-se de área de lesão. NEM TODO SUPRA OU TODO INFRA É INFARTO OU ISQUEMIA!!! Existem outras etiologias que podem causar supra/infra. ASSOCIAR COM A CLÍNICA!!!! -Paciente com DOR torácica e supra -> infarto Paciente com dor torácica e BRE novo, deve-se tratar como um infarto com supra pois uma oclusão da DA pode causar alterações de repolarização causando um BRE. Deve-se reperfundir essa artéria imediatamente para evitar progressão da lesão. Se o paciente já apresenta um BRE prévio com dor torácica, deve-se inciar protocolo de dor torácica e avaliar a evolução. Pré-excitação ventricular: O paciente não apresentará dor torácica e terá outras alterações simultâneas no ECG; Miocardite/Pericardite: É um diagnóstico complicado pois vai cursar com SUPRA DE ST, ALTERAÇÕES DE ENZIMAS, DOR TORÁCICA (MIMETIZA MUITO UM INFARTO COM SUPRA). Diferenças: Normalmente irradia para o trapézio, pode apresentar melhora ao se inclinar para frente. Além disso, haverá supra em todas as minhas derivações. No infarto, o supra é mais localizado - acometendo apenas as derivações que “visualizam” a parede infartada. 30 Thayná Campos Duarte Além disso, deve-se avaliar a epidemiologia (idade do paciente, fatores de risco). Em caso de dúvida, deve-se encaminhar o paciente para o CAT para avaliar se de fato é infarto/isquemia ou miocardite. Não deve-se atrasar o tratamento. TEMPO É MÚSCULO!!! Neoplasias: Podem causar alterações com supra de ST. Repolarização precoce: Pode apresentarsupra entretanto normalmente o paciente estará sem dor torácica. Vasoespasmo: Haver um espasmo da artéria que causará uma oclusão mas sem obstrução. Síndromes catecolaminérgicas: Ex: Feocromocitoma → Alta secreção de catecolaminas. Estimulação artificial: Paciente em uso de marcapasso pode apresentar um supra em função da espícula no QRS causada pelo aparelho. Se não houver dor torácica, associa-se ao uso do MP. Distúrbio hidroeletrolítico: Hipercalemia etc Síndrome de BRUGADA: É uma síndrome que não é muito comum. É um paciente que tem uma alteração de repolarização rSR’ com um pequeno supra. Ele não estará com quadro de dor torácica. Pode apresentar arritmias ventriculares graves. Aneurisma ventricular: Morte celular e presença de fibrose no local da lesão. Isso vai gerar um adelgaçamento da parede tornando-a mais frágil e formando um aneurisma ventricular. Geralmente ocorre em pacientes infartados que não foram tratados e evoluíram para áreas de necrose. Dessa forma, o paciente vai apresentar o ECG um supra persistente sem dor torácica pós infarto. Pré-excitação ventricular: alteração do sistema de condução na qual o paciente cursa com taquicardia supraventricular e o eletro de base tem supra de ST. Miocardite/pericardite: dor torácica, supra de ST e alterações de enzimas. A dor é diferente: ventilatório dependente, irradia pro trapézio, melhora quando projeta o tronco para frente. ECG cursa com supra de ST difuso, em todas as derivações e não em paredes específicas como ocorre no infarto. Neoplasias cardíacas: raras. Repolarização precoce: alteração que não traz problemas. Supra de ST em pacientes jovens e sem dor. **Quando o supra é patológico é como se tendesse a ter um arco positivo (boquinha triste) e quando é por outras causa o arco é mais negativo (boquinha feliz); este é mais benigno e não costuma estar associado ao infarto. NECROSE -Miócito perde a integridade da membrana celular, morte celular, FIBROSE. -No ECG pode ser evidenciada pela presença de área inativa: >Onda Q patológiva: amplitude maior que 1/3 do QRS e/ou duração maior que 0,04s. >Má progressão/ausência de onda R em precordiais associada ou não a supradesnivelamento ST. Má progressão de onda R nas precordiais. Presença de onda Q patológica em DII, DIII, 31 Thayná Campos Duarte e aVR SÍNDROME CORONARIANA AGUDA 1- Sem supra de ST: Angina instável e IAM sem supra 2- IAM com supra de ST Chega com dor torácica: faz um eletro >SEM SUPRA: AAS, clopidrogrel -Ateroma instável: placa vulnerável (capa fibrosa delgada, inflamação ativa, centro lipídico extenso e hemorragia intraplaca) -Trombose coronária: placas vulneráveis sofrem erosão e ruptura da placa fibrosa, expondo elementos da estrutura do ateroma que são trombogênicos. Infarto sem supra: - Angina instável: Enzimas negativas (Se for paciente de alto risco, deve-se internar e programar um CATE eletivo) Scores de classificação de angina: TIMI Risc - O paciente será classificado como alto → moderado → baixo risco. - IAM sem Supra: Enzimas positivas - CATE eletivo. -Angina instável ou IAMSST -ECG normal ou alterado ALTERAÇÕES DO ECG NAS SCA S/SST Onda T negativa, pontiaguda, simétrica e profunda, geralmente > 3mm -Onda T positiva, pontiaguda, simétrica e ampla, geralmente > que 50% da onda R que a precede. -Fase hiperaguda do IAM. -Infradesnivelamento do ponto J e do segmento ST maior de 0.5mm com concavidade superior. -Supradesnivelamento do ponto J e do segmento ST maior que 1mm (mais sensível) ou maior que 2mm (mais específico), com convexidade superior Quanto maior o supra/quanto mais alto estiver o ponto j, maior probabilidade do paciente estar infartando. Troponina: Sobe em cerca de 4 a 6 h de início da dor e permanece elevada por cerca de 15 dias. 32 Thayná Campos Duarte Já a CKMB: Sobe em cerca de 1h de início dos sintomas e cai em cerca de 24h. Infarto com supra SEMPRE ALTERA ENZIMAS!!! Não precisa pedir enzimas para iniciar o tratamento. Pode ocorrer em função da formação da imagem espelho. v7 e v8 vão me mostrar que já haverá um supra invertido. 33 Thayná Campos Duarte Pode-se desobstruir a artéria a partir da trombólise (Trombolíticos) AAS, Clopidogrel e Heparina não têm ação trombolítica. Usa-se também oxigênio, nitrato e isordil (Tridil em BOMBA DE INFUSÃO) Pode-se desobstruir também via ANGIOPLASTIA (mais usado) TAQUIARRITMIAS – ARRITMIAS VENTRICULARES E SUPRAVENTRICULARES Nó sinusal: tem maior automatismo que os demais pontos, coordenando o ritmo cardíaco. -Podem ocorrer disparos anormais, com disparos a uma frequência mais alta que o nó sinusal, esse local irá suprimir o estímulo do nó sinusal. -Supraventricular: acima do ventrículo *Macete: Tudo que acontece nos ventrículos -> QRS LARGO (maior ou igual a 0,12s) Alteração nos átrios: QRS ESTREITO (menor que 0,12) ->Arritmias: desarranjo do sistema de condução ->Existem três mecanismos arritmogênicos: 1-Reintrada: o estímulo desce normalmente pelo sistema, e por ventura ele entra novamente. Pode ocorrer em qualquer local. Maior parte das arritmias 2-Automatismo aumentado: capacidade de disparar o estímulo em uma frequência mais alta. Pode ocorrer por estímulos externos, hormonais. 3-Pós potenciais tardios: alguns pacientes, quando 34 Thayná Campos Duarte a célula retorna para a voltagem de repouso que é -90, em alguns pacientes retorna por exemplo em -10, e assim fica mais fácil de ser estimulada, podendo provocar arritmias. Medicamentos podem provocar essa alteração. -Frequência: 50 a 100 bpm. -Ritmo sinusal com frequência aumentada. -Não é uma arritmia, não é uma doença -Pode ocorrer durante uma atividade física, para aumentar o débito cardíaco. -O ritmo sinusal é estimulado gradativamente. -Cafeína, energéticos, dobutamina, paciente chocado. EXTRASSÍSTOLES -Batimentos precoces que se originam fora do marca passo sinusal -Manifestações clínicas >Assintomáticas >Palpitações, “falhas”, “soco no peito” -Exame físico >Sístole prematura geralmente sem onda de pulso >Pausa prolongada pós extrassístole, seguida por B1, de intensidade maior -A origem da extrassístole só pode ser identificada pelo ECG -Pela ausculta da pra ver que tem uma extrassístole, mas não identifica a origem -Não é um ritmo sinusal. -Pausa após da extrassístole -Pulso mais fraco na extrassístole -Extrassísitole ventricular: QRS alargado Arritmias que necessitam das estruturas localizadas acima da bifurcação do feixe de His para a sua manutenção. -Acima do nó AV. Nos átrios. -O estímulo desce para os ventrículos -QRS ESTREITO 1-QRS estreito ou com morfologia igual ao do ritmo sinusal precedente 2-Repolarização ventricular igual ao do ritmo sinusal precedente 3-Pausa compensatória -Quando tiver BRD ou BRE por exemplo a extrassístole terá a mesma morfologia. 35 Thayná Campos Duarte -Atrial: P com uma morfologia diferente do ritmo sinusal -Juncional: Junção AV. Batimento precoce, não tem onda P. Aberrância de condução -O impulso de origem sinusal alcança os ramos do feixe de His fora do período refratários. -Um impulso extrassistólico, não muito longe da junção AV, pode surpreender um dos ramos de His em período refratário, seguindo apenas pelo ramo livre, produzindo uma morfologia de bloqueio de ramo, geralmente BRD. -Pode ter uma taquicardia supraventricular com QRS alargado. Problema nos ventrículos. -Período refratário, vai do começo do QRS até o final da onda T. Marcapasso atrial mutável: Ritmo caracterizado por ondas P de diferentes morfologias em uma mesma derivação e intervalosRR irregulares. -P’s com morfologias diferentes. -Inclui taquicardia atrial e taquicardia juncional paroxísticas *Para identificar qual das duas pelo eletro é muito difícil. Teria que ver o início da arritmia. -Ocorre em pessoas normais e em diversas cardiopatias -é frequente em pacientes com Síndrome de Wolff Parkinson White -Normalmente QRS estreito, mas pode ocorrer aberrância de condução com QRS alargado (difícil) -QRS estreito, regular, com ausência de onda P. -Paciente chega com palpitações -Pode ser atrial ou juncional- tem que ver o 36 Thayná Campos Duarte começo da arritmia. Difícil. Não há necessidade da diferenciação. Se tem onda P a taquicardia é atrial. -Paciente pode ter palpitação ou instabilidade hemodinâmica. Com instabilidade hemodinâmica fazer cardioversão elétrica. Se estável fazer manobras vagais (Valsava ou compressão do seio carotídeo), não reverteu faz adenosina. -Ver o começo da arritmia, o primeiro batimento. Não adianta ver se é atrial ou juncional. Não muda nada na prática clínica. -Laranjnha: Juncional -Wolff: paciente que tem predisposição a ter taquicardia paroxística supraventricular. Avaliar se tem ritmo sinusal -Intervalo PR curto (menor que 3) -Onda Delta (base do QRS alargado) -Pacientes que têm vias anômalas, sistema de condução normais + outras vias de condução. -Congênito -Vias acessórias -Paciente com crises de TPSV, reverte a TPSV, sinusal, intervalo PR curto, onda delta -> Wolff -Trata: Emergência, manobra de valsava, massagem no seio carotídeo, adenosina. Instável choque. A longo prazo: Estudo eletrofisiológico (cateter rastreia qual a região de disparo, depois segue com um cateter de ablação e inativa a região) 37 Thayná Campos Duarte -Frequência atrial: um serrilhado a outro. 1500/nº de quadradinhos -Arritmia supraventricular -QRS estreito -Frequência atrial menor que 350 Vários disparos inapropriados, com frequência rápida, em diferentes locais dos átrios, indo para o AV. -Linha de base tremida. -Ritmo irregular -Frequência atrial maior que 350bpm -Ausência de onda P -Ritmo irregular com ausência de onda P. Linha de base tremida. -FA de alta resposta. Aberrância de condução -átrios não contraem, pode formar coágulo. -Instável: cardioversão elétrica -Estável: mais de 48h tem que anticoagular e controlar frequência (pode ter trombo) por 3 semanas, e depois reverte pra sinusal. Menos de 48h pode cardioverter. TAQUICARDIA VENTRICULAR 38 Thayná Campos Duarte -Onda P não é vista, ou se presentes não tem relação com QRS -QRS alargado -Sustentada: maior que 30s. -Na emergência trata como TV, menor chance de erro. -n prestei atenção rs -“Torce as pontas” -Intervalo QT longo -ST oposto ao QRS -Em salvas: umas atrás da outra, pareadas. -Bigeminismo: alterna batimento sinusal e extrassístole ventricular 39 Thayná Campos Duarte -Extrassistole pode cair no período refratário relativo e pode desencadear uma taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular. Ocorre em quem tem QT longo. -Quando faz cardioversão elétrica sincronizada tem que sincronizar e não cair no período refratário relatico. RITMOS DE PCR -Não são chocáveis -Ritmo organizado sem pulso é AESP -Compressão e adrenalina -FV sempre parada -TV ou FV: chocável 40 Thayná Campos Duarte AULAS PRÁTICAS PRIMEIRA AULA Monitor cardíaco: simula o ECG Pregas = eletrodos adesivos. Ficam em 3 regiões: -Próximo ao ombro direito - simula braço direito -Próximo ao ombro esquerdo - simula braço esquerdo -Inframamilar na linha hemiclavicular esquerda - simula a perna esquerda ->O monitor serve para avaliar o ritmo do paciente, pois naturalmente o monitor tem alteração na amplitude e no segmento ST. Caso constate alguma alteração é prudente realizar o ECG. Através do monitor é possível obter as derivações do plano frontal → D1, D2, D3, aVR, aVF, Avl ->Saturação: quantidade de o2 na hemoglobina → sangue arterial. além disso também mostra a curva de pulsação que acompanha os QRS. A saturação pode alterar sob interferencias, como vasoconstrição, extremidades frias e esmalte ->Capinógrafo: quantidade de CO2 expirado, idealmente usado em pacientes com ventilação mecanica. A linha do platô corresponde à expiração - paciente muito graves, os "chocados" por exemplo o ideal é realizar a PIA (pressao intra-arterial). Esta ultima faz a monitorização da pressao em tempo real. SatO2 correspondem aos valores de referencia, que são individualizados para a condição do paciente. Caso haja alteração diferente dos VR o monitor alerta. O ritmo sinusal pode variar de acordo com a expiração. A criança é taquipneica, podendo haver irregularidades → arritmia sinusal, normal principalmente em crianças e em adulto quando a respiração fica irregular. A FC no ritmo sinusal aumenta gradativamente, assim como a dimijuição. Já nas arritmias, o disparo se dá de forma súbita. Taquicardia sinusal → não necessita de manejo, pois é um mecanismo fisiológico e protetor para mentar o DC → tratar a causa. Febre, dor, anemia, choques, disfunção da tireoide, distúrbios hidroeletroliticos, ansiedade. Características do ECG no monitor: - linha de base trêmula -irregular -ausência de onda P -Frequencia atrial disparando de forma ectopica e anárquica com f>350 de frequencia atrial, em torno de 500, medido entre um f e outro. O nó AV reorganiza a Fc para os ventrículos, desacelerando, como um filtro. A mudança de Fc na FA é de forma súbita. A ausculta do paciente é arritmica e desordenada, assim como o pulso. ->FA de alta resposta: Há taquicardia, o paciente nao usa medicações por exemplo, havendo uma FC muito elevada. ->FA de resposta ventricular moderada ou controlada: A FC dos QRS é normal, mas ainda com irregularidades ->FA de resposta ventricular baixa: Exemplo, quando o nó AV é disfuncionante e está segurando muito os estimulos dos atrios, causando na FC do QRS baixa. Pode acontecer quando o no AV esta 41 Thayná Campos Duarte É uma prima da fibrilação atrial. Características: -ritmo regular -linha de base com ondas maiores, aspecto serrilhado na linha de base - (ondas) -Ausência de onda T → todas as ondas são ondas F ->Fluter de alta resposta: Ainda faz Fc alta, podendo inclusive atrapalhar o diagnostico, pois fica complicado de visualizar alteração no monitor -> Fluter de resposta controlada: FC dentro dos limites normais ->Fluter de baixa resposta: FC baixa A resposta à arritmia depende do no Av. Essa situação de arritmia geralmente ocorre em átrios sobrecarregados. Na FA de alta resposta: é preciso definir se o paciente está estável ou instavel. -Quais são os critérios de instabilidade? >Alteração neurologica (baixo fluxo cerebral) → torporoso, desmaio, convulsão >Dor toracica >dispneia → congestao pulmonar, edema agudo de pulmao >choque → geralmente é o cardiogênico → pulso filiforme, hipotensao, pele fria devido a má perfusao tecidual. Pode evoluir para perda da diurese inclusive. Qualquer um desses já preenche instabilidade! ->No paciente instável: cardioversão elétrica sincronizada com desfibrilador (risco de evoluir anticoagulação regular por 4 semanas. Atenção: se o paciente desestabilizar com FC de até 130 é pouco provavel que a instabilidade resulte da fibrilação atrial. No paciente estável: é um paciente sintomático com palpitação. Sempre lembrar de precisar quanto tempo de inicio dos sintomas, pois o grande problema é a formação de trombos, devido a estase sanguínea nos atrios, mais provavel de acontecerapos 48h. Podendo evoluir para embolia pulmonar, AVC isquemico, trombose periferica (mesenterio). Se o paciente tiver trombo e houver reversão da arritmia para ritmo sinusal o trombo pode deslocar 30% das FA sem tto podem evoluir para AVCI. Paciente com mais de 48h de sintomas: >Não fazer reverão do ritmo. Realizar controle de sintomas/FC com BB venoso ou digitais amiodarona que é um antiarritmico. >Fazer anticoagulaçao: Orais: Warfarina → age nos fatores da vitamina K e começa faezr efeito em 72h e depende do valor do RNI entre 2 e 3 para manter o efeito. Pode ser utilizado junto à heparina nao fracionada IV, que precisa medir a TTPA, ou enoxaparina SC 1mg/kg 12/12h, sendo esse uso dependente do RNI que quando ficar entre 2 e 3 ha suspensao da heparina e repete o RNI semanalmente e depois quinzenalmente. Lembrar: Warfarina interage com a alimentação. Outros medicamnetos anticoagulantes: Xarelto 1xdia, Lixiane, Pradoxa, Elies 12/12h → tem efeitos imediatos, mas são muito caros. Pacientes com proteses metalicas não podem usar esses novos medicamentos. Anticoagulaçao dura no minimo 3 semanas para que se faça a reversão para ritmo sinusal Cardioversão após 3 semanas: química (amiodarona) e se não reverter pode fazer elétrica no CTI. Ainda continua a anticoagulação 4 semanas após cardioversão. 42 Thayná Campos Duarte -Paciente com menos de 48h de sintomas: não tem risco de trombo → cardioversão quimica + 4 semanas de anticoagulação. Há pacientes que não revertem a FA → fazer controle da FC e anticoagulação pelo resto da vida desse paciente. SEGUNDA AULA -Ritmo sinusal: DI, DII E AVF + / AVR- Onda P com a mesma morfologia Bradicardia Normal: Atleta em repouso. Ao esforço tem que aumentar FC. BAV: 1º GRAU: Aumento do intervalo PR fixo. Tem mais que 5q (0,20s) Toda P conduz QRS, não tem P bloqueada Não faz bradicardia Pode ter taquicardia em BAV de 1º grau. P grudada em T. E P longe de QRS BAV não interfere na FC 2º GRAU: P bloqueada P não conduz QRS TIPO1: Intervalo PR vai aumentando progressivamente até bloquear P. P afasta de QRS Depois do bloqueio o intervalo PR é curto (P perto de QRS) Aumenta, aumenta, aumenta, bloqueia TIPO2: Intervalo PR fixo P bloqueada com intervalo PR fixo 2/1 pior (2 ondas P para 1 QRS) Quando mais P bloqueada pior a bradicardia BAVT: 3º GRAU ou TOTAL Nó AV não deixa passar nada QRS formado pelo sistema ventricular (QRS alargado > 3 quadradinhos) Bradicárdico < 35 Não tem intervalo PR fixo >>Tratamento -Se assintomático: Repouso e monitor. Tirar drogas bradicardizantes. -Sintomático: FC alta. Atropina (estimula bem bradicardia sinusal) Medicamento de infusão contínua (Dopamina?) Se medicamento não ajuda: Marcapasso (Transcutâneo, transvenoso) Retirar medicamentos bradicardizantes (B- bloqueador, amiodarona) -Se não melhorar: marcapasso definitivo *IC: B-bloqueador e IECA – Tem indicação de marcapasso definitivo se bradicardia por tto por IC. Taquicardia sinusal Tem onda P Taquicardia paroxística supraventricular: Ritmo regular, sem onda P, QRS estreito >> Tratamento: Instabilidade: Dor torácica, dispneia, choque, alteração neurológica. Faz cardioversão elétrica sincronizada. (Desfibrilador, não pode fazer sem sincronizar para o choque não cair no período refratário relativo. Se cair pode virar fibrilação ventricular. TPSV: Estável: Manobras vagais: (Redução de FC segura o estímulo no nó AV) Compressão do seio carotídeo ou manobra de valsalva. Se não reverter: medicamentos 1-Adenosina (1/2 vida curta 9-12s). Não tem efeito colateral, se não reverter não era Taqui. Supra. 2-B-bloqueador, digital Taquicardia ventricular Mono ou polimórfica. Sustentada + 30s. >>Tratamento: Instável: Cardioversão elétrica sincronizada Estável: Amiodarona.
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