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DESCONFORTO X INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA NORMAL Esforço mínimo Silenciosa, suave, inspiração fácil e expiração passiva RESPIRAÇÃO COM DOENÇA RESPIRATÓRIA Esforço para respirar Ruidosa (sibilo, estridor, ronco etc) ESFORÇO RESPIRATÓRIO Batimento de asa nasal Retrações ou uso de músculos acessórios Esforço respiratório elevado, inadequado ou ausente FATORES RELACIONADOS A MAIOR ESFORÇO RESPIRATÓRIO Resistência das vias aéreas (sup e inf) → broncoconstrição, muco, edema, secreção, massa etc Menor complacência (pulmões rígidos) → pneumotórax, derrame pleural, pneumonia, COVID, SRAG, fibrose, edema pulmonar Distúrbio do controle respiratório (SNC) → distúrbios neuromusculares com parede torácica e músculos respiratórios fracos DESCONFORTO RESPIRATÓRIO FR, EF Desconforto leve: Taquipneia leve Batimento de asa nasal Retrações Sons anormais de vias aéreas (estridor...) Moteamento (rendilhado na pele) Desconforto intenso: Taquipneia acentuada ou do ER Taquicardia Baixa SatO2 (hipoxemia), apesar de alto fluxo de oxigênio Cianose O desconforto pode evoluir para insuficiência INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Progressão do desconforto Apresentação: Aparência normal Palidez Rebaixamento do nível de consciência FR > 60irpm ou < 10irpm ER inadequado ou ausente FC → taqui ou bradi SatO2 baixa com alta suplementação de oxigênio Classificação: Obstrução de vias aéreas superiores (nariz, faringe e laringe) Obstrução de vias aéreas inferiores (traqueia, brônquios e bronquíolos) Doença de tecido pulmonar (alvéolos e interstício) Distúrbios de controle da respiração (neurológico, metabólico e medicamentoso) DOENÇA DO TECIDO PULMONAR Rigidez pulmonar, colapso alveolar, redução da difusão de oxigênio Pneumonia, edema pulmonar cardiogênico, edema pulmonar não cardiogênico, contusão pulmonar Geralmente se manifesta como: Taquipneia, ER, gemido, crepitações e diminuição do fluxo de ar, sons respiratórios, hipoxemia, taquicardia DISTÚRBIO DO CONTROLE DA VENTILAÇÃO ‘’Criança respira diferente’’ FR, seguido de ; sem sons respiratórios Convulsões, infecções do SNC, hidrocefalia, doenças neuromusculares, anormalidades metabólicas, sobredosagem de medicamentos OBSTRUÇÃO DE VIA AÉREA SUPERIOR Via aérea pequena → propensão à obstrução Sinais INSPIRATÓRIOS: FR ER Estridor Alteração da voz (choro) Salivação, ronco Ao identificar estridor inspiratório → diferenciar crupe, anafilaxia e OVACE → perguntar se a criança estava doente, teve contato com alguma substância/alimento diferente Crupe (laringite aguda) História de 4 – 5 dias de resfriado Evitar medicações via oral Administrar O2 umidificado Administrar epinefrina nebulizada 0,5ml/kg da solução pura (1mg/ml) → dose máxima 5ml Administração de corticoide EV Metilprednisolona 1mg/kg Hidrocortisona 10mg/kg OVACE Obstrução leve: Tosse, respira e fala Estimular a continuar tossindo e falando Obstrução grave: Não tosse, não emite sons e nem respira OVACE em bebês Leve → acalmar o bebê, sem manobras de desobstrução Grave → testar responsividade (plantar), manobras de desobstrução → ciclos repetidos de 5 golpes no dorso da criança, seguido de 5 compressões torácicas Se o bebê se torna irresponsivo → interromper procedimento e iniciar RCP Anafilaxia Há angioedema (edema de mucosa) e urticária (placas eritematosas) Administração de adrenalina IM 0,01ml/kg no vasto anterior da perna → repetir 1x se não houver melhora em 3 – 5 minutos Administração de corticoide EV Metilprednisolona 1mg/kg Hidrocortisona 10mg/kg Administração de anti-histamínico Difenidramina 1-5mg/kg IM → > 2 anos na dose 5mg/kg Prometazina 1mg/kg IM Se broncoespasmo → broncodilatador Salbutamol spray 100mcg 1 puff a cada 3kg Se choque anafilático → cristaloide em bolus 20ml/kg EV → se não houver melhora avaliar indicação de droga vasoativa OBSTRUÇÃO DE VIA AÉREA INFERIOR Inflamação crônica das vias aéreas Redução do calibre com presença de espasmo da musculatura lisa, edema, aumento de muco e comprometimento do transporte ciliar (asma). Edema e inflamação (bronquiolite) Sinais EXPIRATÓRIOS: Fase expiratória prolongada Sibilos Tosse FR e ER TRATAMENTO DA ASMA Fase 1 Tripé do tratamento: Oferta de oxigênio suplementar Broncodilatador → brônquios estão contraídos (broncoconstrição) Corticoide sistêmico → mucosa está inflamada Broncodilatador – beta2 agonista Salbutamol 100mcg/puff → A cada 3kg da criança 1 puff Dose máxima a cada ciclo → 10 puffs 10 puffs e marca 20 minutos → 10 puffs e marca 20 minutos → 10 puffs (totalizando 3 ciclos) Corticoide sistêmico Metilprednisolona → menos efeitos adversos 1-2mg/kg EV Hidrocortisona → mais fraco 4-10mg/kg EV Dexametasona → mais forte, não fazer em crianças Fase 2 Se após fase 1 houver permanência de baixa saturação, de FR E ER Aumentar oferta de O2 Brometo de Ipatrópio (Atrovent) → vem em gotas e faz-se nebulização < 2 anos → 10 gotas > 2 anos → 20 gotas > 12 anos → 40 gotas Resgate de Salbutamol Repete o que se fez na 1ª fase em 3 ciclos novamente Fase 3 Se 2ª fase não for efetiva Sulfato de magnésio 50% 25 – 75mg/kg (ideal 50) Ex: 30kgs → 1500mg em um SF 0,9% de 100ml → EV em 30 – 60 minutos Fase 4 Se 3ª fase não for efetiva Terbutalina EV em bomba de infusão contínua (BIC) Fórmula → Dose x peso x 1,44/concentração 1,44 refere a 24 horas em minutos dividido por 1000 (conversão de mg para mcg) Dose: 0,03 – 0,1 mcg/kg/min; Peso: 30; Concentração: 0,5 → 2,59ml de Terbutalina (pode arredondar para 3 pois foi usado o menor valor da dose) = 3ml de Terbutalina Esses 3 ml devem correr em 24h, portanto + 21ml de SF para se ter 24 ml de solução em 24h Intubação Se 4ª fase não for efetiva Tamanho do tubo: Idade/4 → se com cuff + 3,5; sem cuff + 4 Tubo do tamanho do mindinho Lâmina do laringoscópio < 8 anos → geralmente reta Número da lâmina → do ângulo da mandíbula até a rima labial Drogas Midazolam → 0,2mg/kg em bolus Será calculado em mg e convertido em ml Ex: criança de 8 anos, receberá 1,6mg 1ml ----- 5mg X -------- 1,6mg Cetamina → 1mg/kg Uma ampola tem 50mg em 1ml 1ml ------ 50mg X ---------- 8mg VIA AÉREA CRASH Via aérea crash → via aérea difícil: Irresponsividade Rebaixamento Colapso pulmonar É grave, mas o paciente Sinais de choque m não está em PCR Glicemia normal Presença de pulso Realiza-se ventilação com ambu, pois o paciente não tem driving Preparar material para IOT: Sem uso de drogas pois pode prejudicar o sistema cardiopulmonar, pode-se fazer apenas bloqueador neuromuscular se houver dificuldade com o laringoscópio Succinilcolina 2mg/kg em bolus → gera efeito rápido e passa rápido Até onde introduzir o tubo? Adultos → até 22cm Crianças → tamanho do tubo x peso Falha na IOT → máscara laríngea – é colocada as cegas, sem visualizar a traqueia, esôfago etc; pode ficar 24h no paciente Cânula orofaríngea → paciente rebaixado e sem via aérea pérvia (percebemos no A do A.B.C.D.E) Dispositivos de ventilação: Cateter Máscara de alto fluxo não reinalante Quando paciente Máscara de Venturi apresenta driving Ambu → quando não tem drivingCHOQUE DEFINIÇÃO Perfusão inadequada aos tecidos Não atende às necessidades metabólicas e a oxigenação tecidual Perfusão periférica e de órgãos alvo inadequada Em alguns casos, baixo débito cardíaco Dependendo da gravidade, apresenta hipotensão CLASSIFICAÇÃO Choque hipovolêmico → volume sanguíneo ou capacidade de transporte de oxigênio inadequados; inclui choque hemorrágico Choque distributivo → distribuição imprópria do volume e fluxo sanguíneo Choque obstrutivo → fluxo sanguíneo obstruído Choque cardiogênico → contratilidade cardíaca debilitada IDENTIFICAÇÃO DO CHOQUE Se faz no ‘’C’’, na avaliação hemodinâmica: Pele Pulso Perfusão Não é necessário todos os parâmetros alterados Choque não é = hipotensão → o paciente pode estar chocada com a PA compensada CAUSAS DE CHOQUE S → Sepse, Spinal (lesão medular) H → Hipovolêmico, hemorrágico O → Obstrutivo C → Cardiogênico K → AnafiláKtico, EndóKrino TRATAMENTO DO CHOQUE No primeiro momento, não se leva em conta o tipo de choque Volume → cristaloide Ringer lactato 20ml/kg em 20 min Não tem ringer → SF Fazer sonda de demora → verificar se está tendo diurese (significa melhora do choque) Não houve melhora em 20 minutos → repete Não houve melhora com duas tentativas → droga vasoativa (só não se faz se for percebido congestão) Droga vasoativa: Choque frio (hipodinâmico) TEC aumentado (> 3s) Pele fria e pulso fino Tudo isso é causado pela vasoconstrição, característica desse tipo de choque Nesse caso, é melhor administrar adrenalina, pois é uma droga vasoativa que faz menos vasoconstrição e faz o coração bombear mais forte (receptor alfa) Choque quente (hiperdinâmico) TEC diminuído (< 2s) Pele quente e pulso mais forte que o normal Ocorre vasodilatação, por isso, o ideal é administrar noradrenalina, que aumentará a vasconstrição periférica Característico de choque séptico DOSE ADRENALINA: Dose x Peso x 1,44/Concentração AVALIAÇÃO COMPLETA TAP → Coloração da pele, padrão respiratório, aparência M.O.V → Monitorização (PNI não invasiva, cardiografia), Oximetria (normal 90 – 96%), Acesso venoso (fossa antecubital jelco 14 ou 16) A – AIRWAYS Como saber se uma via com tubo está pérvia? Sonda com aspirador → desconecta ventilador do tubo e coloca a sonda → ela irá passar ou não dependendo da perviedade Como saber se o tubo está deslocado? Verificar tamanho do tubo x 3 Como saber se o ventilador está ventilando bem? Tirar ventilador mecânico, conectar ambu e ventilar, se não houver melhora dos parâmetros o problema não é o equipamento B – BREATHING – Pneumotórax Exame físico respiratório Tratamento imediato → punção de alívio com jelco 14 ou 16 < 8 anos → 2º EI linha hemiclavicular > 8 anos → 5º EI linha medioaxilar Tratamento definitivo → dreno de tórax em selo d’agua C – Circulation TEC, pulso, pele, PA, AC, fígado D – Dextro Glicemia Normal → > 70 e < 250 Reatividade pupilar Exame neurológico (Glasgow ou Rass) CHOQUE SÉPTICO E HEMORRÁGICO Temperatura > 37.8°C ou < = 36°C Aumento da FC Aumento da FR Alteração do nível de consciência Possível foco infeccioso Somado a isso, ocorre a disfunção orgânica Baixa diurese Anúria/oligúria Alteração de ureia e creatinina Queda da PA Rebaixamento do nível de consciência Desconfiar de sepse Se torna choque séptico CONDUTA CHOQUE HEMORRÁGICO Independentemente da saturação e se tem esforço respiratório ou não → ofertar o máximo de O2 (15L/minuto com máscara de alto volume) Paciente está perdendo sangue, o qual possui hemácias que carregam oxigênio Volume → Ringer lactato 20ml/kg em 20 min (pode fazer até 3x) Suspeita de trauma abdominal → USG na emergência (US Fast) – verifica presença de líquido livre abdominal Acionar bloco cirúrgico, equipe, anestesista Pedir tipagem sanguínea (ABO/RH-) + hemograma + coagulograma + ureia + creatinina Fazer transamin → antifibrinolítico, não deixará sangrar mais Dose adulto: 6 ampolas EV em bolus + 6 ampolas EV em velocidade para acabar em 8h Dose pediátrica: 10mg/kg EV em bolus 1 ampola tem 5 ml → 250mg Se paciente tem 20kg → 5ml ----- 250mg X ------- 200mg Concentrado de hemácias 10ml/kg EV Pois depois de muito Ringer, o paciente ficará ‘’lavado’’ Se não tiver a tipagem, fazer o sangue universal (O-) Droga vasoativa → avaliar se noradrenalina ou adrenalina Choque frio – adrenalina Choque quente – noradrenalina Como estancar o sangue de região que não o abdome? Sangramento externo → curativo compressivo, oclusivo ou torniquete Torniquete é feito em membros; fazer o mais proximal possível do membro; pode ficar no membro 240 minutos Sonda vesical de demora CONDUTA CHOQUE SÉPTICO Deve-se avaliar se tem UTI ou não Não tem UTI → avaliar se o paciente está compensado (PA alterada ou não) PA normal → faz soro de manutenção → soro calculado para ser feito em 24h *Regra de Holliday-Seager* PA baixa → volume com cuidado Regra de Holliday-Seager Soro glicosado 5% de 1000ml + NaCl 40ml + KCl 10ml 0 – 10kg → 1kg x 100ml da solução ‘’1000/40/10’’ ‘’1000/40/10’’ → Porém não será feita essa dose, será calculado 10 – 20kg → 1kg x 50ml da solução EV em 24h > 20kg → 1kg x 20ml da solução *Os 10 primeiros kg são multiplicados por 100; a partir dos 10, os kgs que sobraram são multiplicados por 50; a partir dos 20kgs, por 20... Ex: 13kgs → 10 x 100 = 1000 ml + 3 x 50 = 150 → 1150ml EV em 24h Ex: 22 kgs → 10 x 1000 = 1000 ml + 10 x 50 = 500 ml + 2 x 20 = 40 ml → 1540ml EV em 24h Coletar duas culturas de dois sítios diferentes → urina, hemocultura, escarro, do tubo ATB empírico de amplo espectro → Ceftriaxona para criança de 50 a 100mg/kg, se passar de 1g faz a dose de adulto – EV ou intraósseo Pode pedir PCR e VHS, hemograma completo, gasometria e lactato (se aumentado diz sobre o prognóstico de sepse) Droga vasoativa → nodradrenalina Corticoide se não melhorar com volume ou droga vasoativa → hidrocortisona 1mg/kg EV 6/6h ou 2mg/kg EV 8/8h Choque séptico refratário a volume e droga vasoativa, independente se está bem ou não → IOT
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