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Administração da Qualidade Unidade 2 Profª. Drª Vanessa Cabral Gomes 1 Batalha. Gestão Agroindustrial. Capítulo 8. Corrêa e Corrêa, Administração de Produção e Operações. Capítulo 6. Slack, Administração de Produção e Operações. Capítulo 20. EVOLUÇÃO DA QUALIDADE E SEUS PRINCIPAIS PENSADORES Evolução Histórica da Qualidade Tempo 1900 1930 1950 1970 1980 Grau de Evolução Inspeção Controle Estatístico do Processo Garantia da Qualidade Gestão Estratégica da Qualidade Total FASES DA EVOLUÇÃO DA QUALIDADE 1ª fase: A inspeção • Revolução Industrial até Década de 20 • Surgiu da necessidade de se garantir integralmente a fidelidade dos produtos à qualidade requerida, segundo a visão da organização. • A ênfase era na uniformidade do produto, inspecionando a qualidade. • A qualidade era um problema de conformação 2ª fase: Controle Estatístico da Qualidade Década de 20 até a II Guerra • O processo consiste em selecionar e avaliar uma quantidade significativa de itens processados que representassem estatisticamente a produção. • Uso de instrumentos e técnicas de Controle Estatístico • Inspeção por Amostragem • Controle da Qualidade 3ª FASE: A GARANTIA DE QUALIDADE • ( II Guerra até a Década de 60 ) • A Garantia da Qualidade surgiu em decorrência da ineficiência das anteriores em não reduzir a quantidade de produtos sem a qualidade pressuposta. • Em decorrência deste fato, buscou-se meios que pudessem intervir no processo para que este não originasse tantos itens ou produtos fora da especificação. 3ª FASE: A GARANTIA DE QUALIDADE Controle Total da Qualidade • todas as áreas da empresa tinham contribuição significativa a qualidade; • iniciava a ideia da formulação de sistemas gerenciais que suportassem a qualidade; • o conceito cresceu com o avanço americano na economia mundial, quando empresas estavam em processo de internacionalização e de mudança de perfil estrutural; • sai a ideia clássica de administração proposta por Taylor/ Fayol para surgir a neo-clássica: departamentalização, estruturação linear, funcional, etc. 3ª FASE: A GARANTIA DE QUALIDADE Engenharia da Confiabilidade • dar suporte aos projetos aeroespaciais e à corrida armamentista convencional e nuclear; • apoio à garantia no sentido de se criar a ideia de protótipos, testes de vida, consciência da confiabilidade e seus múltiplos relacionamentos; • ferramentas: FMEA, Curva da Banheira, Engenharia de Risco, etc. 3ª FASE: A GARANTIA DE QUALIDADE Zero Defeito • Surge a ideia de fazer certo da primeira vez; • De que qualidade é um esforço de todos; • Consolida todos os conhecimentos anteriores; • Foco ainda restrito e introspectivo. 4ª FASE: GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE TOTAL • A qualidade deve permear por toda a organização e não ficar restrita à linha de produção. • Neste momento surge o conceito de cliente interno. • Altera também o relacionamento entre organização e fornecedores deveria mudar e passar para um trato entre parceiros e não entre adversários. • A qualidade é feita exclusivamente para o mercado. • Deve, além de privilegiar os clientes internos e fornecedores, privilegiar o cliente externo e precaver-se sempre contra a concorrência Fonte: CARVALHO... [et al] Gestão da Qualidade: Teoria e Casos. Rio de Janeiro: 3ed. Elsevier. 2017 “GURUS”DA QUALIDADE Willian E. Deming • Considerado no Japão o pai do controle de qualidade, afirmou que a qualidade começa com a alta administração e é uma atividade estratégica. • Afirma-se que muito do sucesso da indústria japonesa em termos de qualidade foi resultado de suas conferências apresentadas nos anos 50. Willian E. Deming • A filosofia básica de Deming é que a qualidade e a produtividade aumentam à medida que a "variabilidade do processo" (imprevisibilidade do processo) diminui. • Em seus 14 pontos para a melhoria da qualidade, ele enfatiza a necessidade de métodos estatísticos de controle, participação, educação e melhoria objetiva. Willian E. Deming Diagrama da melhoria contínua – Shewhart-Deming Joseph M. Juran • Procurou fazer com que as organizações se movessem da visão fabril tradicional de qualidade como "atendimento às especificações" para uma abordagem mais voltada ao usuário, para o que criou a expressão adequação ao uso. Joseph M. Juran • Primeiro a propor uma abordagem de custos de qualidade: falhas(externas e internas), prevenção e avaliação • Propôs a trilogia da qualidade: planejamento, controle e melhoria da qualidade Joseph M. Juran Gestão da Qualidade em três processos (trilogia de Juran) • Planejamento da Qualidade • Controle da Qualidade • Melhoria da Qualidade Custo da má qualidade Tempo Planejamento da Qualidade Melhoria da Qualidade Controle da Qualidade nova zona de controle Lições aprendidas Fonte: BATALHA, 2013 Armand V. Feigenbaum • Armand Feigenbaum fazia o doutorado no MIT nos anos 50 quando preparou seu livro Total quality control. • Foi o primeiro a tratar a qualidade de forma sistêmica • Estabeleceu os princípios do TQC. Armand V. Feigenbaum • Ele define TQC como: "um sistema eficaz para integrar as forças de desenvolvimento, manutenção e melhoria da qualidade dos vários grupos de uma organização, permitindo levar a produção e o serviço aos níveis mais econômicos da operação e que atendam plenamente à satisfação do consumidor". Philip B. Crosby • Conhecido por seu trabalho sobre custo da qualidade. • Sugeriu que muitas organizações não sabem quanto gastam em qualidade, seja para consertarem o que fazem errado ou para fazerem certo. • Crosby procurou destacar os custos e benefícios da implementação de programas de qualidade por meio de seu livro Quality is free, no qual apresentou um programa de zero defeito. • Criticado por esse slogan. Philip B. Crosby Isso é resumido em suas máximas da administração da qualidade: • Qualidade é conformidade às exigências. • Prevenção, não inspeção. • O padrão de desempenho deve ser "zero defeito". • Mensure o "preço da não-conformidade". Kaoru Ishikawa • Criador do conceito de círculos de qualidade e dos diagramas de causa-e- efeito. • Afirmou que houvera um período de ênfase excessiva no controle estatístico da qualidade (no Japão) e, como resultado, as pessoas não gostavam de controle de qualidade. • Viam-no como algo desagradável porque recebiam ferramentas complexas e difíceis, em vez de mais simples. Kaoru Ishikawa • Difusor das ferramentas da qualidade. • 95% dos problemas na companhia podem ser resolvidos pelas Sete Ferramentas do Controle de Qualidade: Gráfico de Pareto; Diagramas de causa- efeito (espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa); Histogramas; Folhas de verificação; Gráficos de dispersão; Fluxogramas; Cartas de controle. • Dados sem a informação da sua dispersão são dados falsos - por exemplo, estabelecer a média sem fornecer o desvio padrão. Genich Taguchi • Sua definição de qualidade utiliza o conceito de perda imposta pelo produto ou serviço à sociedade, desde o momento em que ele é criado. • Sua função perda da qualidade - quality loss function (QLF) - inclui fatores como custos de garantia, reclamações do consumidor e perda da boa vontade do consumidor. David A. Garvin • A qualidade é considerada critério competitivo. • É importante ser melhor que os concorrentes nos aspectos relacionados à qualidade que o cliente considera importante. • A qualidade deve ser parte da estratégia da organização David A. Garvin • Considera que a qualidade é um “pacote” com 8 dimensões. • E que o nível de qualidadeentregue ao consumidor deve ser definido pela importância dada pelo cliente às oito dimensões e pelo desempenho desejado da operação frente à concorrência. David A. Garvin • São as 8 dimensões: 1. Desempenho 2. Características 3. Confiabilidade 4. Conformidade 5. Durabilidade 6. Manutenção 7. Estética 8. Qualidade percebida David A. Garvin • O cliente considera um “pacote” qualidade, que raramente consiste em todas as dimensões e com mesmos pesos. • A operação deve entender seu cliente para definir as estratégias da organização. • O planejamento da qualidade segue 4 passos: 1. Definição da qualidade. 2. Comparação com a concorrência. 3. Definição das alavancas internas para o melhoramento. 4. Plano de ações.
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