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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Fisioterapia DISCIPLINA: Termo e Fototerapia ALUNO: Kátia Cilene Santos Vasconcellos R.A: 2223703 POLO: Brasília/DF – Asa Sul DATA: 23 de setembro e 30 de setembro de 2023. Mobile User SUMÁRIO 1. Introdução 2. Aula 1 Roteiro 1: Crioterapia e calor superficial 3. Aula 2 Roteiro 1: Terapia por Ultrassom 4. Aula 3 Roteiro 1: Ondas curtas e micro-ondas 5. Aula 4 Roteiro 1: Laser 6. Referências 1 – Introdução Para as aulas práticas ministradas pelos professores Gracielle Vieira Ramos e André Luís Maia do Vale nos dias 23 e 30 de setembro de 2023, utilizamos a própria sala de aula do polo. De todos os recursos utilizados do termo foto o laser e o mais estudado, que mais tem na literatura cientifica, e que hoje em dia e considerado o melhor. À medida que a aulas transcorriam fomos conhecendo sobre métodos utilizados seus efeitos, indicações e contraindicações. Nas aulas vimos alguns aparelhos disponíveis no polo no qual formamos grupos e fomos colocar em prática como o infravermelho, bolsa de gel fria e quente, o gelo no copinho para massagem e o mesmo enrolado em uma gase para evitar queimar o paciente, todos esses foram colocados em prática durante a aula e corrigidos quando executávamos errado, vimos também o polar care onde tiramos nossas dúvidas como: determinar a faixa de temperatura para cada paciente, colocar sempre um tecido contra umidade entre a almofada e a pele... o ultrassom só explicado sem a utilização devido a precaução com a colega que esta gestante devido a radiação. Sobre o microondas vimos que ele é um método muito interessante para a recuperação, regeneração dos tecidos, e que tem um efeito melhor que o de ondas curtas e pode ser usado tanto pulsado como contínuo. Por fim vimos sobre os tipos de laser: manta e de caneta, suas indicações e contraindicações. Fizemos grupos e colocamos em prática tudo que foi explicado. Eu fiz uso da manta a laser para aliviar a dor da síndrome do túnel do carpo por 10 minutos e depois com a caneta, onde o professor fez algumas correções quanto ao manuseio. Aula 1 Roteiro 1 Crioterapia e Calor Superficial A - Crioterapia A crioterapia é um tipo de tratamento em que deve ser aplicado frio no local, sendo normalmente indicado para tratar inflamações e dores no corpo. Assim, por meio da crioterapia é possível aliviar sintomas como inchaço e vermelhidão, já que promove a vasoconstrição, diminuindo o fluxo sanguíneo local e a permeabilidade das células. (FELICE, Thais D.; SANTANA, Lidianni R. de 2019). A crioterapia pode servir no tratamento de: . Lesões musculares, como, por exemplo, entorses, pancadas ou manchas roxas na pele; . Lesões ortopédicas, como no tornozelo, joelho ou coluna; . Inflamação dos músculos e das articulações; . Dores musculares; entre outros. • A crioterapia é feita por meio da aplicação de frio no local a ser tratado, o que pode ser na forma de pedras de gelo, com bolsa térmica, géis, banho de imersão em água gelada ou aparelhos, no caos de crioterapia para fins estéticos. A forma da aplicação do frio varia de acordo com o objetivo do tratamento e recomendação do fisioterapeuta ou dermatologista. (FELICE, Thais D.; SANTANA, Lidianni R. de 2019). 1 - Price O protocolo Price (protection, rest, ice, compression and elevation), tem como objetivo recuperar o mais rápido possível uma lesão, minimizando a formação edemas e aliviando a dor. Esse método é muito simples e consiste basicamente em cinco passos, que qualquer pessoa tem condições de seguir. Esses passos são: Proteção: O indivíduo deve proteger a área afetada para evitar um dano ainda maior. Recomenda-se o uso de muletas, órteses e dispositivos de imobilização em geral. Repouso: É importante para que não haja esforço e sobrecarga sobre a lesão e não atrapalhe a recuperação, além também de não expor o membro afetado a lesões secundárias, permitindo assim um reestabelecimento mais eficiente da área lesada. Gelo: A aplicação do gelo após a lesão aguda é algo que não havendo consenso nos estudos científicos quanto a melhor forma de ser aplicada e quanto a duração da aplicação. O objetivo é evitar a progressão do edema, diminuir a dor local e os espasmos musculares. A aplicação do gelo deve ser feita de 15 a 20 minutos, com intervalos de 2 horas. O gelo deve estar envolvido em um pano ou plástico. Caso seja aplicado diretamente sobre a pele pode causar queimaduras devido à baixa temperatura. Compressão: A compressão é muito útil pois auxilia na drenagem do edema. Quando uma região é comprimida, os espaços disponíveis para o edema são reduzidos e, consequentemente, o inchaço também. Essa compressão pode ser feita por meio de bandagens, é necessário certificar-se de que não esteja muito apertado, caso esteja, devemos remover a bandagem e recolocar novamente, porém um pouco mais frouxa. Elevação: Elevar o membro ajuda no retorno venoso, com consequente diminuição do edema. Essa drenagem ocorre de maneira mais eficaz caso o segmento em questão esteja acima do nível do coração. É recomendado que o método P.R.I.C.E seja utilizado logo após a lesão, quanto mais cedo for feito a aplicação dos procedimentos acima melhores serão os resultados. (http://blog.recursosterapeuticos.com.br/2013). http://blog.recursosterapeuticos.com.br/2013 blog.recursosterapeuticos.com.br Figura 1 – Price 2 - Compressa de gelo As compressas com gelo promovem a diminuição do fluxo sanguíneo da região, diminuindo a inflamação e a dor, além de evitar o aparecimento de hematomas. Assim, esse tipo de compressa é indicado para: Após pancadas, quedas ou torções; depois de tomar injeção ou vacina; na tendinite; após a atividade física. A compressa fria é colocada diretamente no local da dor ou lesão e deve ser deixada por no máximo 20 minutos, lembrando sempre de proteger a pele para que não seja machucada pelo frio. (SOUZA, Juliano Castro de; UEDA, Tiago Kijoshi. 2014). 3 - Compressa e gel e química A compressa de gel é um método terapêutico da crioterapia, que contêm no seu recipiente um gel clínico resfriavel, capaz de manter a temperatura durante a sua aplicação. Para a aplicação da compressa de gel, e necessário mantê-la no refrigerador e retirara-la somente no momento de aplicar sobre a região. O terapeuta deve fixar a compressa sobre a região lesionada, com bandagem elástica, e manter na região pelo tempo de 20 a 30 minutos. Já a compressa química o resfriamento ocorre pela interação de dois ou mais princípios ativos dentro da bolsa vinílica, ela segue os mesmos critérios das compressas de gelo, realizar leve pressão no local e não permanecer por longos períodos. (CARVALHO, GA; CHIERICHETTI, HSL A., 2006). 4 - Imersão em gelo ou crioimersão A crioimersão é uma atividade clínica em que o paciente é colocado em uma banheira de gelo para auxiliar a recuperação física após atividades de alta intensidade. Para a realização do tratamento, o paciente é imergido em uma banheira com água e gelo, em uma temperatura igual ou menor do que 4ºC. Além disso, a técnica também pode ser aplicada em pacientes que sofrem lesões ortopédicas, para controle inflamatório e alívio da dor. “Um exemplo disso é o tratamento após a entorse de tornozelo, que pode ser realizado com a imersão do tornozelo e do pé do paciente em um balde com água e gelo”. (https://www.minhavida.com.br/). 5 - Massagem com gelo ou criomassagem A massagem com gelo é uma técnica para muitos problemas como por exemplo: tendinopatia do tendão calcâneo, distensão muscular, lesões, problemas no joelho ou até mesmo pancadas, depois de tirar o gesso ou após uma cirurgia. Essa massagem é simplesde fazer e é possível fazer sozinho ou com alguém. Assim, para fazê-la é preciso cubos de gelo e um pano. Então, o primeiro passo é segurar os gelos com o pano (importante não ter o contato direto com a mão). Depois, faça movimentos circulares ou horizontais e verticais. É importante permanecer massageando a região por 5 a 8 minutos além disso é recomendado que seja feita pelo menos 3x ao dia. Dessa forma, vai ser possível ter um resultado mais agradável. Portanto, cuidado para não queimar a pele, assim sempre fique movimentando e massageando, além disso segure o gelo com o pano. (https://medicinaortopedica.com/2021). B - Calor Superficial Termoterapia é o uso terapêutico do calor ou do frio; hipertermoterapia é o uso terapêutico do calor, que pode ser aplicado de forma superficial (forno de Bier, compressa/bolsas de água quente, infravermelho e banho de parafina) ou profunda (diatermia por ondas curtas). O aquecimento superficial da pele e dos músculos dilata os vasos sanguíneos, aumentando a circulação local e causando analgesia, sendo essa sua indicação mais frequente. Ele também aumenta o metabolismo local, contribuindo para a desintoxicação, e pode ser aplicado em distúrbios musculoesqueléticos e neuromusculares, como espasmos e/ou distensões musculares. O calor, além de relaxar os músculos, aumenta sua elasticidade, sendo https://www.minhavida.com.br/saude/temas/entorse-de-tornozelo https://www.minhavida.com.br/ https://medicinaortopedica.com/2021 indicado para facilitar exercícios de mobilidade, alongamento e fortalecimento. Já o calor profundo é muito utilizado para a cicatrização tecidual e para um maior relaxamento das estruturas. (PRENTICE, W., 2014). Os efeitos fisiológicos da aplicação de calor superficial incluem: • Relaxamento muscular. • Vasodilatação cutânea. • Incremento do fluxo sanguíneo superficial. • Aumento da permeabilidade capilar superficial. • Aumento da sudorese. O principal risco da aplicação de calor superficial está associado a queimaduras. As queimaduras podem ocorrer se os materiais e equipamentos forem medidos de modo inadequado, se o paciente estiver com a circulação seriamente afetada ou se os tecidos estiverem desvitalizados. (LOW, J; REED, A, 2001). Sobre Banho de Parafina e Forno Bier, não realizamos aulas práticas, mas a professora explicou sobre seus benefícios e tratamentos terapêuticos. O banho de parafina é uma forma de transferência superficial em que se usa uma parafina derretida misturada com óleo mineral a uma temperatura entre 52ºC e 54ºC, com fins terapêuticos e sobre Forno de Bier o aquecimento e superficial, mas nos dias de hoje é pouco usado. (LOW, J; REED, A, 2001). 1 – Compressas As compressas podem ser feitas com toalhas de rosto enroladas e preenchidas internamente com água quente. As bolsas de água quente são de borracha, sendo preenchidas com água quente. (PRENTICE, W. 2014). GUIRRO, E. & GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-funcional 2002. Figura 2 – compressa quente. 2 - Luz infravermelha Emite radiação infravermelha, estando geralmente acoplada a um suporte que permite sua aplicação em diversas partes do corpo. Acerca dos efeitos fisiológicos promovidos pela aplicação do calor superficial, citam-se: • Aumento do fluxo sanguíneo superficial; • Vasodilatação cutânea; • Aumento da permeabilidade capilar superficial; • Relaxamento muscular e de outras estruturas superficiais; • Aumento da sudorese. (PRENTICE, W., 2014). GUIRRO, E. & GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-funcional 2002. Figura 3 - Lâmpada infravermelho Aula 2 Roteiro 1 Terapia por Ultrassom É definido como uma forma de onda acústica inaudível, cujas frequências para tratamento por meio de vibrações mecânicas são superiores a 20.000 Hz. (BORGES, 2010). A primeira aplicação do ultrassom terapêutico foi na década de 50, desde então vem evoluindo rapidamente. Atualmente, a energia ultrassônica é um dos recursos da eletroterapia mais utilizados na prática clínica do fisioterapeuta com os objetivos de diminuir a dor, atenuar os efeitos da inflamação e auxiliar na regeneração tecidual. Estas vibrações acústicas podem gerar efeitos fisiológicos térmicos (exposição contínua à onda) e não térmicos (exposição à onda pulsada) nos tecidos biológicos por meio de parâmetros que varia de 1 a 3 MHZ de frequência. (BAKER, K.G. 2001). A - Parâmetros de ajuste: Frequência: às frequências de onda do equipamento pode ser regulado de acordo com a necessidade do paciente, varia de 0,5 a 5 MHZ, sendo que as mais utilizadas são de 1 MHZ e 3 MHZ (ABNT, 1998). Quanto maior a frequência, maior a absorção e menor a profundidade de penetração (HAAR,1999). Intensidade: o ultrassom apresenta doses entre 0,125 w/cm²-5w/cm² (LEUNG, 2004). A intensidade menor trata estruturas mais próximas da pele, enquanto a intensidade maior trata regiões mais profundas, como lesão óssea. O modo contínuo: produz maior quantidade de calor decorrente da vibração de partículas celulares, que através do atrito entre si é produzido o efeito térmico, alterando o metabolismo e a permeabilidade das células, auxiliando na cicatrização das feridas e diminuindo o inchaço, sendo também mais eficaz no tratamento de lesões crônicas. O modo pulsado: as ondas são emitidas com pequenas interrupções, o que não produz efeitos térmicos, decorrente do intervalo entre a transmissão das ondas que permite ao tecido dissipar calor recebido, mas também é capaz de estimular a https://blogfisioterapia.com.br/criofrequencia/ https://blogfisioterapia.com.br/criofrequencia/ https://janainacintas.com.br/riscos-da-cesarea/ cicatrização e diminuir os sinais inflamatórios, sendo mais indicado no tratamento de lesões agudas. O tempo de aplicação é calculado da seguinte forma: Área/ERA • Largura= 5 cm • Comprimento = 8 cm • Então a área é igual a 40 cm². • ERA = 4cm² O tempo é de 40 minutos, então 40/4 = 10 minutos de aplicação. (BASSOLI,2001: GUIRRO & GUIRRO, 2002). B – Aplicação A aplicação direta pode ser realizada quando a superfície a ser irradiada é minimamente plana, sem grandes irregularidades, permitindo um perfeito contato de toda a superfície metálica do transdutor com a pele. Nesta técnica de aplicação pode- se utilizar como agente de acoplamento, além do gel hidrossolúvel, formulações farmacológicas com fins terapêuticos para tratamentos específicos, fonoforese, sendo que a base dessa formulação deve ser preferencialmente o gel. A água um meio de acoplamento, a imersão do segmento corporal possibilita uma boa exposição da área a ser irradiada pelo feixe ultrassônico. Essa técnica é indicada para as regiões de contornos irregulares, ou áreas que não permitem o contato do transdutor com a pele. A água pode servir de meio de acoplamento, uma vez que a onda ultrassônica apresenta uma boa transmissividade, sendo que a água dê gaseificada apresenta uma performance melhor pela diminuição dos gases dissolvidos. Nas aplicações subaquáticas o material do recipiente que contém a água, no qual vai ser realizada a terapia, deve ser considerado. O recipiente de plástico pode ser utilizado diretamente na terapia, ao passo que recipientes metálicos devem ser forrados com uma manta de borracha para evitar as reflexões que possam ocorrer do feixe ultrassônico, incontroladas tanto para o paciente quanto para o terapeuta caso ele esteja com a mão imersa. (Wells PNT.; 1977). https://pt.slideshare.net/savagner/ultra-som Figura – 4 Tecnica de aplicação subaquática https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-royalty-free-terapia-do-ultra-som-image. Figura – 5 Terapia de ultrassom https://pt.slideshare.net/savagner/ultra-som https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-royalty-free-terapia-do-ultra-som-image 13 Aula 3 Roteiro 1 Ondas curtas e micro-ondasA diatermia por ondas curtas é um tipo de eletroterapia feito com um aparelho que emite radiações eletromagnéticas, que são transformadas em calor de forma profunda pelo corpo, ajudando a diminuir a inflamação, a rigidez muscular e a aliviar os espasmos nos músculos profundos do corpo. Além disso, a diatermia por ondas curtas ajuda a regenerar tecidos lesionados, diminuir hematomas e favorecer a regeneração dos nervos periféricos. (PRENTICE, W., 2014). • Para que serve: a diatermia por ondas curtas é indicada em situações quando é necessário que o calor atinja camadas mais profundas, como em caso de lombalgia, dor ciática e outras alterações na coluna ou no quadril, por exemplo. • Contraindicações: esse tipo de eletroterapia não deve ser feito por pessoas com marcapasso, fixadores externos ou internos na região onde deseja tratar, alterações de sensibilidade. Além disso, não deve ser feito na gravidez, câncer, tuberculose, trombose venosa profunda recente, em caso de febre, em crianças e adolescentes para não comprometer o crescimento ósseo. (BOHÓRQUEZ, I. J. R., 2013). a) Parâmetros de ajuste Tempo: Fases agudas: 5 a 10 minutos. Fase crônica: 15 a 20 minutos. A sensação de calor vai depender do tamanho dos eletrodos, da distância eletrodo/pele, da posição dos eletrodos e da região a ser tratada. A frequência mais usada é 27,12 MHz com um comprimento de onda de 11 metros. A diatermia por ondas curtas pode ser administrada como corrente contínua ou como um campo eletromagnético pulsado. A diatermia por ondas curtas pulsada é produzida interrompendo-se perio dicamente o fluxo de 14 corrente de alta frequência, de modo que ela esteja ligada por um breve período e desligada por um período igual ou maior que o período em que a corrente flui. O período desligado permite que o calor criado durante o período ligado seja dissipado. Se essa técnica for usada em intensidades suficientes ou para tempos de tratamento que sejam bastante longos para produzir calor, os efeitos são os mesmos que os efeitos do calor da diatermia contínua. Sintonia: No tratamento com ondas curtas, a sintonia do aparelho é de fundamental importância, pois a eficácia terapêutica está diretamente ligada a ela. 1. Colocar os eletrodos na distância pré-estabelecida; 2. eleger uma pot6encia segundo a escala de Schliephake; 3. Gira-se o botão da sintonia levemente para a direita ou para a esquerda, de modo que o ponteiro vá se movimentando do sentido horário; 4. Quando o ponteiro atingir ao máximo da deflexão, ele retornará levemente no sentido contrário; 5. Neste momento, girar o botão para o lado oposto do inicial que o ponteiro voltará à posição de máxima deflexão para a potência utilizada. (STARKEY, Chad., 2017). Dose: A escolha da dose para aplicação de OC e OCP tende a ser no sentido de uma dose mais baixa para condições mais agudas e uma dose mais alta para condições crônicas. (Low, J., 1995). b) Aplicação A técnica necessita de eletrodos com o mesmo tamanho, que devem ser um pouco maiores que a parte do corpo em que serão colocados, e precisam ser aplicados de maneira equidistante e formando um ângulo reto com a pele. Os tipos de eletrodos usados são: 15 Placas de Silicone: São placas metálicas flexíveis de silicone. Elas podem se apresentar em tamanhos variados (pequeno, médio e grande). Outra característica importante é que o espaçamento entre o eletrodo e a pele do paciente é feito com toalhas e cobertores. Eletrodos de Schliephake: São discos metálicos planos, acoplados a espécies de braços mecânicos, que permitem movimentos universais, facilitando o posicionamento dos eletrodos na área a ser tratada. Técnica de colocação dos eletrodos Há três arranjos principais para os eletrodos usados na técnica capacitiva. 1. Aplicação contraplanar (transversa): É colocado um eletrodo de cada lado do membro. 2. Aplicação coplanar: Os dois eletrodos são colocados do mesmo lado do membro. O campo segue a rota de menor resistência (por ex., através dos vasos sanguíneos, que contêm uma alta proporção de íons). Se os eletrodos são colocados mais próximos do que a distância entre os eletrodos e a pele, o campo passará diretamente entre os eletrodos e não correrá tratamento do tecido. 3. Aplicação longitudinal: Um eletrodo é colocado de cada lado do membro. A meta dessa colocação de eletrodos é permitir que o campo elétrico seja orientado na mesma direção dos tecidos, proporcionando desse modo boas condições para que a corrente flua através dos tecidos de baixa resistência. Esses eletrodos são cobertos com um envoltório, que pode ser de borracha, plástico ou vidro, responsáveis por manter a distância entre a pele e a placa capacitora. Eles ainda têm um dispositivo interno, que permite variar a distância entre o eletrodo e a pele. Essa variação é muito importante porque faz com que a concentração de calor seja aplicada apenas no local desejado, ou ainda variar entre calor profundo ou superficial. (Ward, AR., 1980). A aplicação desse tipo de eletrodo pode ser feita: 16 • buscando um aquecimento profundo, usando 2 eletrodos próximos ao local a ser tratado; • para um aquecimento superficial, com 2 eletrodos distantes entre 1 e 2,5 cm do local a ser tratado; • apenas com 1 eletrodo de Schliephake e outro capacitivo, que deverá estar envolto em uma toalha. (Ward, AR., 1980). https://www.youtube.com// Figura – 6 Colocação de eletrodos Compex eletroestimulação B – Micro-ondas A diatermia por micro-ondas possui frequência muito mais alta e comprimento de onda mais curto do que a produzida por ondas curtas. São vibrações eletromagnéticas com frequência na faixa de 300MHz a 300Ghz; o espectro está entre a de radiofrequência e a infravermelho, com comprimento de onda de 1 mm a 1 m. (LOW, J.; REED, A., 2001). a) Parâmetros de ajustes: Tempo: de 3 a 15 minutos Intensidade: 2450MHz b) Aplicações: https://www.youtube.com/ 17 Como a sensação térmica do paciente é o principal referencial, o bom senso deve ser utilizado. Comumente os distúrbios subagudos são tratados com baixas doses e uma sensação térmica branda, durante 3 a 8 minutos. Já os distúrbios crônicos são tratados por uma sensação de aquecimento confortável, durante 5 a 15 minutos. A duração e frequência dos tratamentos dependeram dos objetivos e metas terapêuticas. Indicações: • Analgesia • acelerar a cicatrização de tecidos; • Reabsorção de hematomas e edemas; • estimular a circulação sanguínea; • Relaxamento muscular; • Aumento da extensibilidade do colágeno, aumentando amplitude de movimento; • Entorse subagudas ou crônicas; • Distensão muscular; • Tendinite; • Tenossinovite;' • Lombalgia e lombociatalgia; • Pós-imobilização. Contraindicações • Próximo a marcapassos não blindados ou com blindagem insuficiente; • Neoplasias; tumores malignos; • Gestação; • Osteossínteses com placas e parafusos e fixadores externos; • Artroplastias; • Tuberculose • Processos infecciosos; • Sensação térmica comprometida; • Idade avançada; cujo paciente não coopera ou em decorrência de alguma incapacitação; • Trombose venosa profunda; • Febre; • Áreas isquêmicas; • Cardiopatas descompensados; • Período menstrual; • Tecidos expostos a radioterapia; etc. (M., GUIMARAES, C S., 1998). O tratamento seguro com micro-ondas requer primeiro que o paciente tenha sensibilidade normal à dor e temperatura na pele. Como a sensação térmica do paciente é o indicador mais importante da dosagem, essa precisa ser testada na área a ser tratada antes de começar a primeira aplicação. A dosagem escolhida, que deve ser baseada na gravidade, tipo e progresso do distúrbio, é determinada do mesmo modo que na diatermia por ondas curtas. (Lehmann, JF, de Lateur,1999).https://www.clinicamcd.es/microondas Figura 7 – microondas 18 Aula 4 Roteiro 1 Laser O laser trata-se de um equipamento que produz a emissão de uma luz monocromática, coerente, com grande concentração de energia, capaz de provocar alterações físicas e biológicas. A monocromaticidade deve-se ao fato de a luz emitida possuir um único comprimento de onda, que oscila na mesma frequência. A coerência ocorre devido à emissão alinhada das ondas eletromagnéticas no tempo e no espaço. Já a elevada concentração de energia ocorre pela direcionalidade dos fótons em um só sentido, pela coerência da emissão. A colimação é uma consequência da coerência espacial (feixe paralelo). Como as radiações não divergem, a energia é propagada em longas distâncias, e devido a isso, os lasers possuem alvo localizado. (SANTANA L., 2016). a) Com base na literatura temos as seguintes doses para LLLT: A laserterapia é um tratamento realizado com um laser de baixa potência para reduzir a inflamação da pele, mucosas ou articulações, reparar músculos, e promover a produção de colágeno e a cicatrização de feridas de tecidos superficiais e profundos. Além disso, devido ao seu efeito analgésico, a laserterapia serve para o tratamento da dor crônica e lesões musculares, nos tendões, ligamentos e nervos. Geralmente, para se obter os efeitos terapêuticos analgésicos, anti-inflamatórios e cicatrizantes, utiliza-se comprimentos de onda infravermelho entre 770 nm a 1550 nm. (METIN, R., 2018). Os lasers de alta potência também são conhecidos como lasers “quentes” devido às respostas térmicas que provocam. Estes são utilizados no campo médico em inúmeras áreas, incluindo corte cirúrgico e coagulação, oftalmologia, dermatologia, oncologia e especialidades vasculares. ( Fact Sheet. Laser biostimulation. Rockville, MD, 1984). Na fisioterapia são utilizados os tipos de laser sem potencial destrutivo, ou seja, radiações emitidas com potência inferior a 1 W, considerando o limite de potência para a existência ou não de potencial destrutivo. 19 1- Laser Hélio-Neônio (He-Ne) É obtido a partir da estimulação de uma mescla de gases e possibilita uma radiação visível, com comprimento de onda de 632,8 nm ou 6328, o que confere ao mesmo vermelha. 2- Laser de Arsenieto de Gálio (As-Ga) é uma radiação obtida a partir da estimulação de um diodo semicondutor, formado por cristais de arsenieto de gálio, e por isso também é chamado de laser semicondutor ou laser diódico. (KANH, J., 1991). b) Aplicação: 1 - Técnica pontual - Aplicação por pontos: Consiste na irradiação de um determinado ponto sobre o corpo do paciente. Normalmente são necessários vários pontos para que toda a área a ser tratada seja irradiada. Normalmente, cada ponto se distância 1 cm do outro. https://www.youtube.comhttps:// Figura – 8 Laser 3 Chronic Sport - Protocollo per "Epicondilite 2 - Técnica pontual (Tipo borda) A utilização do laser de baixa intensidade com o objetivo de auxiliar o reparo tecidual é pesquisada desde 1963 (MESTER, 1967). Estudos mostraram que a laserterapia de baixa intensidade é eficaz na cicatrização de feridas por atuar como fotobioestimulador em lesões teciduais (DAMANTE et al., 2008; modular o processo inflamatório (BJORDAL et al., 2006) e acelerar o processo de reparo tecidual (SILVA et al., 2010). Walsh (1997) e Colan (1996) acrescentam ainda que as principais modificações histológicas observadas nas feridas tratadas com laser terapêutico incluem a redução da quantidade de infiltrado inflamatório, aumento na formação de https://www.youtube.comhttps/ 20 tecido de granulação, aumento na proliferação fibroblástica e síntese de componentes da matriz extracelular, especialmente colágeno, maior neovascularização e epitelização precoce. O uso de laser de baixa intensidade para tratamento de lesões de úlceras traumáticas e de queilite angular é eficaz na aceleração da cura da lesão e remissão dos sintomas e pode ser usado como uma alternativa terapêutica para esses casos. (Anand V, Gulati M, Govila V, Anand B.; 2013). Revista Portuguesa de Estomatologia. Revista Portuguesa de Estomatologia. Figura - 9 Queilite angular de origem traumática Figura - 10 Fototerapia com laser causada por uma injúria química. baixa Intensidade. 21 Refêrncias Ward, AR. Electricity, Fields and Waves in Therapy. Science Press, Marrickville, 1980). ANAND. V. Gulati M, Govila V, Anand B. Low level laser therapy in the treatment of aphthous ulcer. Indian Journal of Dental Research 2013. BAKER, K.G. et al. A review of therapeutic ultrasound: biophysical effects. Physical Therapy, 2001. BASSOLI,2001: GUIRRO & GUIRRO, 2002. BJORDAL, J.M.; JOHNSON, M.I.; V.; AIMBIRE, F.; LOPES- MARTINS, R.V.B. Low- level laser therapy in acute pain. Photomedicine and laser surgery, 2006. BOHÓRQUEZ, I. J. R.; et al. Influência de parâmetros da estimulação elétrica funcional na contração concêntrica do quadríceps. Rev. Bras. Eng. Biom. 29. 2; 153- 165, 2013) BORGES, 2010 CARVALHO, GA; CHIERICHETTI, HSL A. valiação sensibilidade responde palmar nas aplicações de crioterapia por bolsa de gelo e bolsa de gel. R Bras. Ci e Movimento, 2006 CONLAN, M.J.; rapley, J.W.; COBB, C.M. Biostimulation of wound healing by low energy laser irradiation, 1996. DAMANTE.CA, Micheli G, Miyage, SPH, Feist IS, Marques MM. Effect of laser phototherapy on the release of fibroblast growth factors by human gingival fibroblasts. Lasers Med Sci 2009. ELICE, Thais D.; SANTANA, Lidianni R. Recursos Fisioterapêuticos (Crioterapia e Termoterapia) na espasticidade: revisão de literatura. Revv Neurocienc. de 2019. FACT SHEET. Laser biostimulation. Rockville, MD, 1984 22 GUIRRO, E. & GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-funcional. 3.ed. São Paulo: Manole, 2002. HAAR,1999. KANH, J. Ultrasound in principles and practice of electrotherapy. Churchill Livingstone, NY, 2 ª ed, 1991 Lehmann, JF, de Lateur, BJ Ultrasound, shortwave, microwave, laser, superficial heat and cold in the treatment of pain, 1999 LEUNG, 2004. LOW, J. Dosage of some pulsed shortwave clinical trials. Physiotherapy 1995. LOW, J; REED, A. Eletroterapia explicada: princípios e prática. 3. ed. São Paulo: Manole, 2001. M., GUIMARAES, C S. Manual de recursos Fisioterapêuticos. 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Fonte disponível: http://blog.recursosterapeuticos.com.br/2013 https://pt.dreamstime.com/foto-de-terapia-do-ultra-som-image/ https://pt.slideshare.net/savagner/ultra-som/ https://www.clinicamcd.es/microondas https://www.minhavida.com.br/ Revista Portuguesa de Estomatologia https://www.youtube.com/ http://blog.recursosterapeuticos.com.br/2013 https://pt.dreamstime.com/foto-de-terapia-do-ultra-som-image https://pt.slideshare.net/savagner/ultra-somhttps://www.minhavida.com.br/ https://www.youtube.com/ 24
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