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Objetivos/Metas 1 🎯 Objetivos/Metas Cósmica como toda natureza A antiguidade clássica é o período da história entre o século VIII a.C. e o século V d.C. centrado no mar Mediterrâneo, abrangendo as civilizações da Grécia e da Roma antigas, sendo conhecido como mundo greco-romano. Nesse período as sociedades grega e romana floresceram e exerceram grande influência em toda a Europa, norte de África e Ásia ocidental. De um modo geral, surgiram duas formas de conceber o cosmos: a cosmologia antiga (gregos) e a cosmologia cristã (até certo ponto, latina). Novas teorias foram desenvolvidas a respeito do homem, do conhecimento e da natureza, baseadas nessas duas cosmologias ou visões de mundo. A cosmologia grega, mais especificamente, muito sustentada em Aristóteles e Platão, compreendia o mundo (o cosmos) como um todo finito e ordenado. Todos os seres, inclusive o homem, fazem parte do todo e estão sujeitos a uma lei natural imutável. Também são transitórios, tendo começo, meio e fim. Já o cosmos (o todo), era considerado imortal e eterno. A natureza com suas leis e limites impõe-se às coisas e aos seres humanos, sendo estas leis um conjunto de princípios ou ideias superiores, imutáveis, estáveis, permanentes. A autoridade, então, provém da natureza e não da vontade do homem. Objetivos/Metas 2 Para os gregos, tudo tinha uma razão de ser e todas as coisas e seres cumprem o seu papel, inclusive o homem. Por isso, seria tão importante se conhecer, porque este seria o caminho para descobrir seu papel no mundo e a forma como poderia contribuir com o todo, considerado mais importante do que suas partes. Feios, tortos e encantadores A Eudaimonia é o termo que retrata o grande objetivo/meta dos gregos de cumprir o seu papel no cosmos, entrando em harmonia com o todo. Este era considerado o ideal da vida, pois, uma vez em harmonia com o todo, as pessoas seriam felizes e cada um seria o que nasceu para ser. “Do grego eudaimonia, felicidade. Doutrina moral segundo a qual o fim das ações humanas (individuais e coletivas) consiste na busca da felicidade através do exercício da virtude, a única a nos conduzir ao soberano bem, por conseguinte, à felicidade. É essa identificação do soberano bem com a felicidade que faz da moral de Aristóteles um eudemonismo; também a moral provisória de Descartes pode ser entendida como um eudemonismo (que não se deve confundir com hedonismo).”¹ “Qualquer doutrina que assuma a felicidade como princípio e fundamento da vida moral. São eudemonistas, nesse sentido, a ética de Aristóteles, a ética dos estoicos e dos neoplatônicos, a ética do empirismo inglês e do iluminismo. Kant acredita que o eudemonismo seja o ponto de vista do egoísmo moral, ou seja, da doutrina "de quem restringe todos os fins a si mesmo e nada vê de útil fora do que lhe interessa" (Antr., I, § 2). Mas esse conceito de eudemonismo é demasiado restrito, pois o mundo moderno, a partir de Hume, a noção de felicidade tem significado social, não coincidindo portanto com egoísmo ou egocentrismo.” ² “Literalmente, 'eudemonismo' significa "posse de um bom demônio", ou seja, gozo ou fruição de um modo de ser mediante o qual se alcançará a prosperidade e a felicidade. Filosoficamente, entende-se por 'eudemonismo' toda tendência ética segundo a qual a felicidade é o sumo bem. Característica do eudemonismo é considerar que não pode haver incompatibilidade entre a felicidade e o bem. Os que se opõem ao eudemonismo, em contrapartida, admitem que a felicidade e o bem podem coincidir, mas não coincidem necessariamente. Para o eudemonismo, a felicidade é o prêmio da virtude e, em geral, da ação moral. Para o antieudemonismo, por outro lado, a virtude vale por si mesma, independentemente da felicidade que pode produzir.” ³ Objetivos/Metas 3 Em seguida, os seguidores de Jesus, mais especificamente representados por Agostinho e Tomás de Aquino, deram continuidade à reflexão a respeito do propósito da vida humana e de como alcançar a felicidade. Aspectos importantes foram trazidos, diametralmente opostos aos pensamentos gregos aristotélicos. Para os cristãos, Deus planejou nossas metas e objetivos para alcançarmos a santidade, todavia, não nos obriga a cumprir seus desígnios. Nesta nova produção filosófica, Deus nos autoriza a sermos livres, senhores das próprias vidas, conforme textos bíblicos, nos teria sido dado o livre arbítrio. Nosso valor e felicidade não seriam determinados pelo o que recebemos de antemão, mas sim pela maneira como investimos nossa natureza no auto-aperfeiçoamento e na dedicação às causas nobres. Agora é nóis, mano! Por fim, estudamos o Humanismo, teoria renascentista e europeia (a partir do século XIV na Itália, final do século XV e século XVI na França) que redescobriu as obras e os textos da Antiguidade. O movimento defende que é o próprio ser humano quem deve definir como sua vida deve ser vivida. O humano está acima de tudo, ele é gestor da sua própria trajetória. Cabe a cada um pensar a respeito do que quer para si e para o mundo. A definição do que a humanidade deve ser pertence ao próprio homem, portanto, seus objetivos e metas devem estar ligados a melhor humanidade possível, não só ao eu, egoísta, mas a tudo o que torna melhor os seres e a sociedade. “Do latim humanistas. Atitude filosófica que faz do homem o valor supremo e que vê nele a medida de todas as coisas. Movimento intelectual que surgiu no renascimento. Lutando contra a esclerose da filosofia escolástica e aproveitando-se de um melhor conhecimento da civilização grego-romana, os humanistas (Erasmo, Tomás Morus etc.) se esforçaram por mostrar a dignidade do espírito humano e inauguraram um movimento de confiança na razão e no espírito crítico. Por uma espécie de deslocamento, o termo "humanismo" tomou dois sentidos particulares: a) na filosofia, designa toda a doutrina que situa o homem no centro de sua reflexão e se propõe por objetivo procurar os meios de sua realização; b) na linguagem universitária, designa a ideia segundo a qual toda formação sólida repousa na cultura clássica (chamada de humanidades).” 4 Objetivos/Metas 4 “Abordagem filosófica baseada na suposição de que a humanidade é a coisa mais importante que existe e que não pode haver conhecimento de um mundo sobrenatural - caso ele exista.” 5 “Conceder importância superior ao que é humano e não a questões divinas ou sobrenaturais.” 6 Vale destacar que na filosofia as teses se complementam, logo, não se invalida uma teoria após surgirem outras. Todas possuem importância histórica e filosófica. ¹ JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. ² ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970. ³ MORA, J. Ferrater. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2004. 5 VÁRIOS COLABORADORES. O Livro da Filosofia. Tradução de Rosemarie Ziegelmaier. São Paulo: Globo, 2011. 6 LEVENE, Lesley. Penso, Logo Existo: Tudo o que Você Precisa Saber sobre Filosofia. Tradução de Debora Fleck. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013. Atividade extra Nome da atividade: Filosofia, política e cosmologia: ensaios sobre o renascimento. Capítulo 2: As leis do cosmos e a liberdade do homem: Giovanni Pico Della Mirandola e Leon Batista Alberti, pág. 35. Jonathan Molinari. Link para ler a atividade: http://books.scielo.org/id/75pz8/pdf/pinto-9788568576939.pdf Referência Bibliográfica BARROS FILHO, Clóvis. A Felicidade é Inútil. Ed. Citadel. São Paulo. 2019. BARROS FILHO, Clóvis. CALABREZ, Pedro. Em Busca de Nós Mesmos. Ed. Citadel. São Paulo. 2017. BARROS FILHO, Clóvis. KARNAL, Leandro. Felicidade ou Morte - Col. Papirus Debates. Ed. Papirus 7 Mares. São Paulo. 2016. BARROS FILHO, Clóvis. MEUCCI, Arthur. A Vida que vale a pena ser vivida. Ed. Vozes. São Paulo. 2014. BARROS FILHO, Clóvis. PONDÉ, Luiz Felipe. O Que Move As Paixões. Ed. Papirus 7 Mares. São Paulo. 2017. http://books.scielo.org/id/75pz8/pdf/pinto-9788568576939.pdfObjetivos/Metas 5
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