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Toxinas como agentes de envenenamento Prof. Dr. Ernani Pinto ernani@usp.br 0110360 - Qualidade de Vida e Saúde Prof. Dr. Ernani Pinto - ernani@usp.br Gabriel Moreira - gabluismoreira@usp.br Introdução Resumo: Tipos de Toxinas Plantas Microorganismos e Algas Insetos Animais: cobras e lagartos Atropa belladonna Aspergillus fumigatus Alexandrium tamarense Apis melliferaCrotalus durissus Introdução Tentativa de se classificar toxicidade Introdução Toxinas utilizadas como arma química Guerra Fria Atualmente: Rússia Ex-repúblicas Presidente da Ucrânia Toxicologista holandês Bram Brouwer encontrou dioxina no sangue do presidente Yushchenko: 6.000 vezes acima do normal – diagnóstico cloracne Introdução Alexander Litvinenko who happened to be poisoned by radioactive substance. http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/6179074. stm Introdução former Russian spy Sergei Skripal and his daughter, Yulia. https://www.bbc.com/news/uk-43643025 Examples of structures claimed as Novichok agents Introdução Nações participantes da “Chemical Weapons Convention” - CWC Países que declaram possuir estoques de armas químicas. Introdução http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,917864,00.html Quando um avião espião da CIA Lockheed U-2 foi abatido sobre a Rússia em 1 de maio de 1960, o piloto, Francis Gary Powers, carregava um dólar de prata com um buraco contendo uma agulha revestida com uma saxitoxina. Powers não usou a agulha e avisou seus captores para terem cuidado ao lidar com o dólar de prata. Os russos picaram um cachorro com a agulha e o cachorro morreu em dez segundos. A CIA também desenvolveu uma pistola de dardos elétrica que poderia disparar um dardo envenenado até cerca de 100 metros. O dardo era tão pequeno que a vítima nem percebia que ele havia sido atingido por ele e morreria rápida e misteriosamente. Introdução saxitoxina https://sites.google.com/site/saxitoxinbiounm/historical-uses http://www.globalsecurity.org/wmd/intro/bio_saxitoxin.htm http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,917864,00.html https://sites.google.com/site/saxitoxinbiounm/historical-uses http://www.globalsecurity.org/wmd/intro/bio_saxitoxin.htm Introdução A morte de Sócrates, de Jacques-Louis David (1787) Conium - Cicuta Conium maculatum (Hemlock or Poison Hemlock) Introdução Conium - Cicuta Conium maculatum (Hemlock or Poison Hemlock) Conina tem uma ação semelhante à nicotina, primeiro estimulando e depois deprimindo os gânglios autônomos, e um efeito semelhante ao curare ao paralisar as terminações nervosas motoras dos músculos esqueléticos. [CLARKE, M. L., D. G. HARVEY AND D. J. HUMPHREYS. Veterinary Toxicology. 2nd ed. London: Bailliere Tindall, 1981., p. 258] Introdução Poderoso agonista nicotínico D-Tubocurarina se liga a receptores colinérgicos nicotínicos na junção neuromuscular e por competição bloqueia a ação da acetilcolina [Hardman, J.G., L.E. Limbird, P.B. Molinoff, R.W. Ruddon, A.G. Goodman (eds.). Goodman and Gilman's The Pharmacological Basis of Therapeutics. 9th ed. New York, NY: McGraw-Hill, 1996., p. 183] D-tubocurarina Curare Chondrodendron tomentosum Introdução Curare - Histórico Chondrodendron tomentosum Os estudos decorrentes da compreensão da relação entre as propriedades químicas de um corante e sua estrutura química levaram Claude Bernard (1856) a deduzir que o curare agia como bloqueador neuromuscular. Devido à complexidade estrutural dos alcalóides do curare, somente 12 anos após a caracterização da tubocurarina, apareceram os primeiros sais de amônio quaternários como bloqueadores ganglionares. O curare foi também responsável pelo início dos estudos sobre a relação entre estrutura química e atividade biológica (SAR), tendo sido, nesta área, o primeiro trabalho publicado sobre SAR em Química Farmacêutica, datado de 1869. Cláudio Viegas Jr; Vanderlan da Silva Bolzani; Eliezer J. Barreiro. The natural products and the modern medicinal chemistry. Quím. Nova vol.29 no.2 São Paulo Mar./Apr. 2006 Claude Bernard (1856) Elucidação Estrutural e experiências de uso como anestésico Toxinas de Plantas Comigo-ninguém-pode Dieffenbachia picta (comigo-ninguém-pode) Histórico Toxinas de Plantas Comigo-ninguém-pode Dieffenbachia picta (comigo-ninguém-pode) Nome científico: Dieffenbachia picta Schott. Família botânica: Araceae Outros nomes populares: aninga-pará Sinonímia botânica: Caladium pictum Lodd. irritação é agravada pela entrada simultânea de uma enzima proteolítica, análoga à tripsina, que desencadeia um processo inflamatório Cristais de oxalato de cálcio Ca2 +O O- O -O Toxinas de Plantas Comigo-ninguém-pode Dieffenbachia picta (comigo-ninguém-pode) Idioblastos contendo ráfides Toxinas de Plantas A ricina pode ser fatal para humanos em doses de 5 mg.Kg-1 via oral. Somente 500 microgramas da substância poderiam matar um adulto se injetada Mamona Nome científico: Ricinus communis L. Família botânica: Euphorbiaceae Outros nomes populares: carrapateira, rícino, palma-de-cristo A ricina é uma proteína inibidora de ribossomos - ela danifica irreversivelmente os ribossomos que realizam a síntese das proteínas nas células. https://www.youtube.com/watch?v=uceiJP4oAWo https://www.youtube.com/watch?v=uceiJP4oAWo Toxinas de Plantas Mamona - Ricina 60-65 KDa Toxinas de Plantas Mamona - Ricina http://www.cnn.com/2003/WORLD/europe/01/07/terror.poison.bulgarian/ http://www.youtube.com/watch?v=bHWuj5WPvtU http://www.youtube.com/watch?v=YvZfyauSk8A http://www.cnn.com/2003/WORLD/europe/01/07/terror.poison.bulgarian/ http://www.youtube.com/watch?v=bHWuj5WPvtU http://www.youtube.com/watch?v=YvZfyauSk8A Toxinas de Plantas Mandioca Brava Família: Euphorbiaceae. Nome científico: Manihot utilissima Pohl. (Manihot esculenta ranz). Nome popular: mandioca, maniva. Parte tóxica: raiz e folhas. Sintomas: a ingestão causa cansaço, falta de ar, fraqueza, taquicardia, taquipnéia, acidose metabólica, agitação, confusão mental, convulsão, coma e morte. Princípio ativo: glicosídeos cianogênicos. Toxinas de Plantas Mandioca Brava – Alimento – Tucupi e Tacacá Toxinas de Plantas Mandioca Brava mecanismo ação HCN Toxinas de Plantas Mandioca Brava mecanismo ação HCN Hisakazu Yamane, ... Hideaki Oikawa, in Comprehensive Natural Products II, 2010 https://www.sciencedirect.com/referencework/9780080453828/comprehensive-natural-products-ii https://www.sciencedirect.com/referencework/9780080453828/comprehensive-natural-products-ii Toxinas de Plantas Mandioca Brava - mecanismo ação HCN - sintomas Sinais de intoxicação por ácido cianídrico: náuseas, vômitos, distensão abdominal e dificuldade respiratória. A ingestão crônica de mandioca pode causar neuropatia atáxica (pessoa com incoordenação e desequilíbrio), com atrofia óptica primária bilateral, surdez perceptiva bilateral, mielopatia e neuropatia periférica.97 Relatos anteriores de bócio e pancreatite como efeitos crônicos não foram confirmados. Toxinas de Microorganismos Toxinas de Microorganismos Toxinas de Bactérias A maioria das toxinas bacterianas são proteínas, que não são termicamente estáveis. Algumas toxinas bacterianas bem conhecidas são a botulínica, a enterotoxina de Staphylococcus aureus e a enterotoxina de Bacillus cereus. Podem ser classificadas como exotoxinas ou endotoxinas. Exotoxinas são produzidas e a secreção é ativa; endotoxinas permanecem no interior das bactérias. http://www.nlm.nih.gov/cgi/mesh/2011/MB_cgi?mode=&term=Exotoxins http://www.nlm.nih.gov/cgi/mesh/2011/MB_cgi?mode=&term=Exotoxins Toxinas de Microorganismos Antrax Nome científico: Bacillus anthracis Toxinas de Microorganismos Botulismo Nome científico: Clostridium botulinum Toxina Botulínica 149 KDa A toxina botulínica liga-se à membrana neuronal, na terminação nervosa ao nível da junção neuromuscular, e desloca-se para o citoplasma do terminal axônico, onde bloqueia a transmissão sináptica excitatória, provocandoparalisia flácida. Toxinas de Fungos Aflatoxina fungos Aspergillus flavus e A. parasiticus. Toxinas produzidas por fungos: A maioria tem relativamente pequeno peso molecular, e são normalmente termicamente estáveis. Micotoxinas que são significativos em termos de toxicidade e ocorrência incluem as aflatoxinas, ocratoxinas, tricotecenos, patulina, fumonisinas e zearalenona. Toxinas de Fungos Toxinas produzidas por fungos: aflatoxinas, ocratoxinas, tricotecenos, patulina, fumonisinas e zearalenona. Toxinas de Algas http://www.youtube.com/watch?v=VHM2nTUFuEw&feature=related Mares Vermelhas e HAB (harmful algal blooms) http://www.youtube.com/watch?v=VHM2nTUFuEw&feature=related Martin, John - The Seventh Plague - 1823 Marés Vermelhas e as Pragas do Egito 1. Águas em sangue 2. Rãs 3. Piolhos 4. Praga nos Animais 5. Sarna levando a úlceras 6. Saraiva 7. Gafanhotos 8. Trevas 9. Morte dos Primogênitos http://www.nasa.gov/centers/goddard/mpg/97442main_a002420.mpg Água Salgada N N H N H NH 2 H 2N ONH 2 O H N OH OH + + saxitoxina Maré Vermelha e Aqüicultura Maré Vermelha e Aqüicultura Importância da água Consumo Recreação 2 Água Salgada Principais toxinas de algas marinhas Amnesic Shellfish Poisoning (ASP) Ácido domóico ✓Desordens gastrintestinais e neurológicas, incluindo perda de memória. ✓Intoxicação em humanos ocorrem em várias partes do mundo. ✓Principal espécie envolvida: a diatomácea Pseudo-nitzschia. 2 Água Salgada Principais toxinas de algas marinhas Paralytic shellfish poisoning – PSP ✓Cerca de 2000 casos são reportados por ano, com 15% de mortalidade. ✓Intoxicação em humanos ocorrem em várias partes do mundo. ✓Principal espécie envolvida: dinoflagelados. Saxitoxina 2 Água Salgada Principais toxinas de algas marinhas Diarrhetic shellfish poisoning - DSP ✓Principais sintomas são: diarréia, vômito e câimbras abdominais . ✓Intoxicação em humanos ocorrem em várias partes do mundo e não é fatal. Exposição prolongada promove formação de tumor no aparelho digestivo ✓Principal espécie envolvida: dinoflagelados. Ácido Ocadáico 2 Água Salgada Maré Vermelha e Aqüicultura Se liga a bomba de sódio-potássio bloqueando o transporte passivo dos dois íons, destruindo o gradiente iônico, que é essencial para a homeostase celular. Sintomas típicos: dores no peito do tipo angina, dificuldades para respirar, taquicardia, pressão sanguínea instável, hemólise, Pode levar a morte em poucos minutos. LD 50 → 0,1 mg/Kg (i.v. ratos) Palitoxina - produzida por um dinoflagelado do gênero Ostreopsis Água Doce Já são bem conhecidos os problemas causados pela eutrofização dos corpos d’água e a formação de florações de algas tóxicas ou HAB (harmful algal blooms) Introdução Ocorrência de floração de cianobactérias e cianotoxinas também é relativamente freqüente. Uma das mais comuns é a cianotoxina MICROCISTINA - MC Introdução JOCHIMSEN, E.M. et al. Liver failure and death after exposure to microcystins at a hemodialysis center in Brazil. New Engl. J. Med..v. 338, n. 13, p. 873-878, 1998. Estudos Toxicológicos “Síndrome de Caruaru” – Mortes causadas por exposição a MC MC-LR, MC-AR e MC-YR (0.03 – 0.60 mg/Kg de tecido de fígado) Estudos Patológicos necrose, apoptose, vacuolização citoplasmática, hepatócitos multinucleados e infiltração de leucócitos Para as Microcistinas – MC, o principal problema é a alta variabilidade, mais de 70 variantes são conhecidas... Cianotoxinas MC - Main variants found (MC-LR, -YR, -RR, -LA) NH O 1-Ala Position – 1 D-Ala, A in 66 of 67 reported MCs O HN 2-Leu Position – 2 Leucine, L in 29 of 67 reported MCs 13 other aa also reported H N O OHO 3-Me-b-Asp Position – 3 iso-linked 3-methyl-D-aspartic acid (MeAsp) in 46 of 67 reported MCs, and iso-linked D-aspartic acid (D-Asp) in 21 MCs O H N HN H2N NH 4-Arg Position – 4 Arginine, R in 46 of 67 reported MCs. 9 other aa also reported NH OO Position – 5 3-amino-9-methoxy-2,6,8- trimethyl-10-phenyldeca-4,6- dienoic acid (Adda) in nearly all MCs 5-Adda HN OHO O 6-Glu Position – 6 iso-linked-D-glutamic acid (Glu, E) in all MCs N O 7-MeDhAla Position – 7 N-methyl-dehydroalanine (Mdha) in 35 of 67 MCs, 7 other aa reported Mecanismos de ação das toxinas peptídicas Envolvem hepatotoxicidade aguda As toxinas são liberadas das células das cianobactérias no estomago, causando danos às células do epitélio intestinal As toxinas se acumulam nos hepatócitos via ácidos da bile Induzem modificações na forma das células com perda de adesão celular Ocorre hemorragia intrahepática letal (minutos a horas) ou insuficiência hepática Animais submetidos a necrópsia mostraram fígado aumentado e hemorragia intrahepática. (Carmichael & Falconer, 1993) 1 Água Doce Cianopeptídeos e possível presença em reservatórios do Brasil Exemplos de florações e toxinas frequentemente encontradas www-cyanosite.bio.purdue.edu/images/images.html X 2500 O NH O HN O N OHO O O NH R3 H N H N R1 O R2 OHO O HN O 1 - Microcystis aeruginosa Cianotoxinas em reservatórios no Brasil Billings - São Paulo 2 – Nodularia sp. www-cyanosite.bio.purdue.edu/images/images.html X 1250 Água Salobra O NH HN N H N NH O O O O OHO O OH O HN H2N NH Nodularins Cianotoxinas em reservatórios no Brasil Outras Cianotoxinas e presença em reservatórios do Brasil 3 – Outras Toxinas Exemplos de outras toxinas produzidas por cianobactérias H NH NH NH O O OH HO3SO N NH H H N H O cilindrospermopsina N N H N H NH2 H2N ONH2 O H N OH OH + + saxitoxina NH N N NH O P O OOH anatoxina-a(s) anatoxina-a Cianotoxinas em reservatórios no Brasil Mais recente toxina de água doce e marinha H NHO O O HO O OH NH2 O HO O NH2 NH2 Asp AsnBMAA NH2 ? Exemplos de outras toxinas produzidas por cianobactérias Cianotoxinas em reservatórios no Brasil 3. BMAA: is it a common cyanotoxin? 61 Cycas circinalis Cyanobacteria Cycads form symbioses with nitrogen-fixing cyanobacteria Vega & Bell (1967): Phytochemistry 6: 759–762. Cox PA, Banack SA, Murch SJ (2003) PNAS 100(23): 13380-13383. NH2 O OH H N b-N-methylamino-L-alanine Isolated from seeds 62 Cox PA, Banack SA, Murch SJ (2003): PNAS 100(23): 13380-13383. Cycas circinalis Seeds containing BMAA BMAA content 37 mg/g in the seed BMAA content 0.3 mg/g Cyanobacteria BMAA content 3500 mg/g in the flying foxes Chamorro people 4. BMAA: is it a common cyanotoxin? 63 NH2 O OH H N b-N-methylamino-L-alanine NH2 O HO O OH glutamate http://wwwchem.csustan.edu/chem4400/SJBR/Olson01.htm An uncommon, non-essential amino acid It has a similar structure to the essential amino acid – glutamate which is the neurotransmitter in the brain responsible for most excitatory pathways 4. BMAA: is it a common cyanotoxin? Introduction 64 NH2 O OH H N b-N-methylamino-L-alanine NH2 O HO O OH glutamate HN O HO O O OH NH2 b-N-oxalylamino-L-alanine (BOAA) BMAA - also similar to b-N-oxalylamino-L- alanine (BOAA), which may cause Lathyrism or Neurolathyrism: a neurological disease of humans and domestic animals (plants of the genus Lathyrus). 4. BMAA: is it a common cyanotoxin? Toxinas precisam ser monitoradas JustificativaLegislação Específica Resumo – Toxinas de água doce 1 Água Doce Resumo – Toxinas de água doce 1 Água Doce Slide 1: Toxinas como agentes de envenenamento Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5: Presidente da Ucrânia Slide 6: Alexander Litvinenko who happened to be poisoned by radioactive substance. http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/6179074.stm Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61: 3. BMAA: is it a common cyanotoxin? Slide 62: 4. BMAA: is it a common cyanotoxin? Slide 63: 4. BMAA: is it a common cyanotoxin? Slide 64: Introduction Slide 65 Slide 66 Slide 67
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