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Você encontrará nos próximos capítulos, questões comentadas dos concursos de Residência Médica! Leia cada questão com muita atenção e aproveite ao máximo os comentários. Se necessário, retorne ao texto de sua apostila. Sugerimos que você utilize esta área de treinamento fazendo sua autoavaliação a cada 10 (dez) questões. Dessa forma, você poderá traçar um perfil de rendimento ao final de cada treinamento e obter um diagnóstico preciso de seu desempenho. Estude! E deixe para responder as questões após domínio dos temas. Fazê-las imediatamente pode causar falsa impressão. O aprendizado da Medicina exige entusiasmo, persistência e dedicação. Não há fórmula mágica. Renove suas energias e se mantenha cronicamente entusiasmado. Boa sorte! Você será Residente em 2021! Atenciosamente, Equipe SJT-MED Caderno de Questões SUMÁRIO 1 CAPÍTULO 1 QUESTÕES PARA TREINAMENTO Questões 2019 ....................................................................5 2 CAPÍTULO 2 GABARITO COMENTADO Questões 2019 ................................................................. 27 3 CAPÍTULO 3 QUESTÕES PARA TREINAMENTO Pré-operatório .................................................................45 4 CAPÍTULO 4 GABARITO COMENTADO Pré-operatório ..................................................................61 5 CAPÍTULO 5 QUESTÕES PARA TREINAMENTO Resposta metabólica ao trauma e cirurgia .......79 6 CAPÍTULO 6 GABARITO COMENTADO Resposta metabólica ao trauma e cirurgia .......83 7 CAPÍTULO 7 QUESTÕES PARA TREINAMENTO Pós-operatório.................................................................89 8 CAPÍTULO 8 GABARITO COMENTADO Pós-operatório............................................................... 107 9 CAPÍTULO 9 QUESTÕES PARA TREINAMENTO Cicatrização de feridas e infecção em cirurgia........................................................................127 10 CAPÍTULO 10 GABARITO COMENTADO Cicatrização de feridas e infecção em cirurgia.........................................................................141 11 CAPÍTULO 11 QUESTÕES PARA TREINAMENTO Hérnias e abdome agudo ..........................................157 12 CAPÍTULO 12 GABARITO COMENTADO Hérnias e abdome agudo ......................................... 193 13 CAPÍTULO 13 QUESTÕES PARA TREINAMENTO Queimaduras ................................................................. 233 14 CAPÍTULO 14 GABARITO COMENTADO Queimaduras ...................................................................241 1 QUESTÕES PARA TREINAMENTOQuestões 2019 AMRIGS – 2019 1. Criança de 7 anos sofreu mordedura de cão e teve um ferimento lacerocontuso do braço com afastamento e irregularidade de bordos. A primeira conduta é: a) sutura b) antissepsia e curativo c) vacinação antirrábica d) antibioticoterapia CERMAM – 2019 2. Os limites constituídos por musculo retoab- dominal (medial), músculos obliquo interno e transverso (superior), músculo iliopsoas (late- ral) e pelo ligamento de Cooper e a sínfese do púbis (inferior). Corresponde ao: a) espaço de Retzius b) triângulo de Hasselbach c) orifício miopectíneo de Fruchaud d) espaço de Bogros CERMAM – 2019 3. A artéria uterina se origina mais frequente- mente de qual artéria: a) pudenda interna b) ilíaca externa c) obturatória d) ilíaca interna FMJ – 2019 4. Paciente do sexo feminino, 60 anos é subme- tida à laparotomia devida a abdome agudo obstrutivo. Durante a liberação das aderências ocorreu perfuração de alça do delgado com perda de grande quantidade de material enté- rico na cavidade abdominal. Sob o ponto de vista do grau de contaminação da ferida ope- ratória, como seria classificada esta cirurgia? a) potencialmente contaminada b) infectada c) limpa d) contaminada e) suja FMJ – 2019 5. Paciente de 25 anos vítima de ferimento corto- -contuso no antebraço direito. Qual é o primei- ro mecanismo envolvido na hemostasia? a) sistema extrínseco da coagulação b) constrição vascular c) sistema intrínseco da coagulação d) ativação de plaquetas e) sistema fibrinolítico HAC – 2019 6. Assinale a alternativa correta referente à(s) sequencia(s) correta(s), identificada(s) pelos números I, II, III e IV, para a higienização das mãos em procedimentos cirúrgicos realiza- dos por profissionais que trabalham em servi- ços de saúde. 6 SJT Residência Médica Clínica Cirúrgica | Questões para treinamento I II III IV a) as sequências I e III estão corretas b) a sequência II e IV estão corretas c) somente está correta a sequência IV d) somente está correta a sequência I e) nenhuma das sequências está correta HDG – 2019 7. Durante uma consulta eletiva, acompanhado de dois filhos, um paciente recebe um diag- nóstico de adenocarcinoma do cólon esquer- do. Após ser informado das opções de trata- mento, opta, com apoio dos filhos, por não realizar o procedimento operatório indicado pelo médico assistente. Dentre os princípios abaixo, assinale aqueles que subsidiam a con- duta do médico perante esta decisão tomada pelo paciente. I. É vedado ao médico causar dano ao pa- ciente, por ação ou omissão caracterizada como imperícia, imprudência ou negligência. II. É vedado ao médico desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a execução de prá- ticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco de morte. III. É vedado ao médico deixar de usar todos os meios diagnósticos e terapêuticos, cienti- ficamente reconhecidos e a seu alcance, em favor do paciente, IV. É vedado ao médico deixar de garantir ao paciente o exercício do direito de decidir livre- mente sobre sua pessoa ou seu bem estar, bem como exercer sua autoridade para limitá-lo. a) I apenas b) II apenas c) I e III apenas d) II e IV apenas e) todos os princípios HNMD – 2019 8. São elementos da lista de verificação da se- gurança cirúrgica, quanto ao início, intervalo e finalização, respectivamente: a) verificar se oxímetro de pulso está funcionan- do; confirmar todos os membros da equipe por nome e função; e, se houver espécime, verifi- car se está rotulado de forma correta b) verificar se o sítio cirúrgico está marcado, a identidade do paciente; e, se os membros da equipe estão cientes do caso c) verificar se a contagem de agulhas e compres- sas está completa, se o oxímetro de pulso está funcionando; e a marcação de sítio cirúrgico d) verificar nome do procedimento como registra- do se espécimes, se houver, estão rotulados; e o oxímetro de pulso e) revisar etapas críticas e inesperadas da ope- ração (cirurgião); verificar o oxímetro de pulso; e se espécimes, se houver, estão rotulados Santa Casa-SP – 2019 9 Um paciente de dezoito anos de idade procu- rou o serviço médico por ter sofrido uma que- da da própria altura há cerca de doze horas, apresentando ferimento na região do braço direito, com dor local. Ao exame, observou-se lesão de 12 cm de extensão no braço, com se- paração entre as bordas de 3 cm e hiperemia local, além de edema. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa que apresen- ta a melhor orientação. a) fazer sutura com pontos intradérmicos para obter melhor resultado estético b) suturar com ponto contínuo para facilitar a aproximação das bordas da lesão c) manter a ferida aberta, sem sutura, para evitar infecção d) fazer o debridamento das bordas da lesão para poder suturá‐la com ponto Donatti e) fazer sutura com três pontos simples, bem se- parados, para direcionar a cicatrização SES-PE – 2019 10. Ele é considerado o pai da cirurgia experimen- tal. Reconhecido por utilizar a observação científica e a experimentação no desenvolvi- mento científico cirúrgico. Foi um anatomis- ta altamente produtivo, produzindo mais de 10.000 peças anatômicas (humanas e animais) na sua coleção que depois se transformou num museu. De qual personalidade cirúrgica estamos falando? a) Edward Jenner b) Lortat-Jacob c) Henry Gray d) John Hunter e) WiliamHarvey 71 Questões 2019 SJT Residência Médica UFPI – 2019 11. Sobre o consentimento livre e esclarecido em cirurgias, é CORRETO afirmar que: a) é um documento de proteção a autonomia ex- clusiva do médico b) é obrigatório por lei para todas as intervenções cirúrgicas c) é um documento que deve ser feito sempre por escrito e assinado pelo médico e pelo pa- ciente (ou responsável legal) d) é obrigatório por lei apenas para as interven- ções de urgência e) a finalidade é esclarecer claramente o paciente a respeito do procedimento a que será submetido UFPI – 2019 12. São eventos ou situações consideradas “erro humano” na segurança do paciente, EXCETO: a) paciente submetida à apendicectomia supura- da que evolui com infecção de sítio cirúrgico e deiscência de ferida operatória b) paciente com rabdomiossarcoma em membro inferior esquerdo, teve a perna direita amputa- da, pois o exame de imagem foi invertido c) paciente recebeu vaselina endovenosa ao in- vés do soro fisiológico porque os frascos eram parecidos d) paciente de 1 ano de idade com quadro alérgi- co foi a óbito após receber 10mL de adrenali- na endovenosa e) paciente sob anestesia geral evolui com se- quela após hipoxia devido ao mal funciona- mento da ventilação mecânica durante a saída do anestesista da sala de cirurgia UFRN – 2019 13. Nos últimos anos, houve avanços no mane- jo dos pacientes com abdome aberto. Nes- se contexto, a terapia de pressão negativa caracteriza-se por a) promover lesão na pele e aponeurose b) reduzir a perda de domínio da cavidade c) reduzir a neoangiogênese d) promover a evisceração UFT – 2019 14. A cirurgia ambulatorial começou neste século, com o primeiro serviço inaugurado em 1961, no Butter Worth Hospital, em Michigan. Atual- mente, nos EUA, realizam-se por ano, aproxi- madamente, 20 milhões de intervenções cirúr- gicas, sendo que, destas, 40-45% podem ser feitas sem hospitalizar o paciente. No que se trata de cirurgia ambulatorial está CORRETA a seguinte afirmação: a) o serviço de cirurgia ambulatorial deve sempre estar ligado a uma instituição hospitalar b) do ponto de vista legal, a prática da cirurgia ambulatorial quando realizada em serviço in- dependente do hospital, não está regulamen- tada pelo Conselho Federal de Medicina c) as intervenções em unidades ambulatoriais abrangem as cirurgias de pequeno porte, ex- cluindo as de médio porte d) são exemplos de cirurgias possíveis de serem feitas em nível ambulatorial: postectomia, va- sectomia, exérese de nódulo de mama, cure- tagem uterina, hemorroidectomia e) a cirurgia ambulatorial não reduz custos em relação à cirurgia feita em regime de interna- ção hospitalar UFT – 2019 15. O conceito principal por trás da cirurgia robó- tica é relacionado à capacidade de habilitar características dos instrumentos robóticos, visando melhorar as habilidades manuais do cirurgião, podendo ser considerada uma evolução da cirurgia minimamente invasiva laparoscópica. Dentre as assertivas relacio- nadas as vantagens da cirurgia robótica em relação à laparoscópica, assinale a alternati- va INCORRETA: a) em cirurgias pélvicas, e em outras regiões corporais cujo acesso cirúrgico é complexo, a utilização da intervenção via robótica possui maior precisão b) facilidade de movimentação e utilização dos instrumentos, pois de forma inversa à laparoscopia, o cirurgião movimenta os dedos para a esquerda e a pinça robótica mover-se-á para esquerda c) melhora na visão espacial, proporcionando vi- são tridimensional ao cirurgião d) melhor ergonomia ao cirurgião, pois este fica sentado em posição confortável utilizando suas mãos e pés para movimentação dos ins- trumentos e) menor interferência humana, pois o robô pos- sui completa independência de ação dos mo- vimentos da mesma forma como utilizado por indústrias automobilísticas UFT – 2019 16. A ética médica, no âmbito da cirurgia, compre- ende a integração do paciente cirúrgico, com a natureza do cirurgião, influenciada pela sua formação e pelo seu treinamento, pela sua sensibilidade para identificar o que é certo. No que diz respeito ao assunto ética em cirurgia, assinale a alternativa INCORRETA: 8 SJT Residência Médica Clínica Cirúrgica | Questões para treinamento a) a ética médica não deve estar apenas no procedimento, no ato cirúrgico propriamente dito ou no que acontece em uma sala de ope- ração ou mesmo no exercício da cirurgia como especialidade b) a ética deve estar na vida e conduta do cirurgião, de forma que todos os atos profissio- nais e de vida devam ser eticamente válidos, desde o estudo do paciente, à realização de estudos para a investigação diagnóstica, à in- formação do paciente, à obtenção do consenti- mento, ao ato cirúrgico, aos cuidados pós-ope- ratórios, etc c) o cirurgião não cuida apenas dos corpos hu- manos, trata de pacientes que são seres hu- manos. Estes procuram o cirurgião, porque eles estão sofrendo, sentindo, pensando e ain- da vivenciam, com medo e tristeza, algo que ameaça a sua integridade d) a cirurgia é uma atividade intervencionista de diversas especialidades médicas, baseada no conhecimento, regida pelo raciocínio e execu- tada com compaixão, paixão, perfeccionismo e bioética e) o médico cirurgião deve priorizar que sua ci- rurgia seja feita dentro da técnica cientifica- mente aceita, ficando a ética neste tratamento em segundo plano AMRIGS – 2019 17. Das cirurgias abaixo, em qual está indicada antibioticoprofilaxia? a) setorectomia de mama b) tireoidectomia c) excisão cirúrgica de melanoma cutâneo d) herniorrafia inguinal AMRIGS – 2019 18. Paciente de 50 anos, sem comorbidades, será submetido a uma colecistectomia videolapa- roscópica. Qual dos exames abaixo NÃO faz parte da rotina de avaliação pré-operatória? a) colesterol b) ureia c) fosfatase alcalina d) glicemia de jejum AMRIGS – 2019 19. Paciente portador de câncer de estômago será submetido à gastrectomia total com reconstru- ção esôfago-jejunal em y de Roux por via aber- ta. Qual das seguintes medidas é mandatória? a) reposição de vitamina B12 no pré-operatório b) terapia nutricional prévia à cirurgia c) uso de fio inabsorvível no fechamento da apo- neurose d) profilaxia do tromboembolismo pulmonar HAC – 2019 20. O sucesso de uma cirurgia eletiva está inti- mamente relacionado a um preparo pré-ope- ratório bem executado. Sobre isto, assinale a alternativa INCORRETA: a) os agentes hipoglicemiantes orais devem ser suspensos no mínimo 8 (oito) horas antes do procedimento. A insulina deve ser suspensa a dose matinal porque os pacientes não estão re- cebendo glicose oral no período pré-operatório b) recomenda-se interromper a varfarina 05 dias antes da cirurgia e o clopidogrel 07 dias c) óleo de peixe e vitamina E devem ser suspen- sos num intervalo maior que 24 horas por cau- sa de relatos de alterações na coagulação d) medicamentos como betabloqueadores e quaisquer antiarrítmicos devem ser tomados a dose matinal no dia da cirurgia e) os diuréticos como furosemida e hidoroclotia- zida devem ser suspensos a dose matinal no dia da cirurgia indepedentemente de pacien- tes serem portadores de insuficiência cardíaca congestiva ou não HAC – 2019 21. Paciente, 92 anos, é atendido em consulta de “risco cirúrgico” para cirurgia oftalmológica de catarata. Está assintomático, tem boa capa- cidade funcional e realiza acompanhamento médico regular por apresentar hipertensão ar- terial sistêmica e diabetes tipo 2. Tem histórico de infarto agudo do miocárdio de parede late- ral ocorrido há 03 anos antes, ocasião na qual realizou cineangiocoronariografia e colocou com sucesso, um stent não farmacológico em coronária circunflexa. Cateterismo cardíaco recente mostra que atualmente a coronária esquerda está livre de lesões obstrutivas e a função ventricular está normal. Faz uso de AAS 100 mg/d, sinvastatina 40 mg/d, ateno- lol 50 mg/d, losartan 100 mg/d e metformina 2.000 mg/d. Com base na III Diretriz Brasileirade Avaliação Pré-Operatória para estratifica- ção de risco cardiovascular para cirurgias não cardíacas, a conduta mais adequada é: a) suspender o AAS 10 dias antes da cirurgia e a metformina na noite anterior b) solicitar teste ergométrico para decidir se o pa- ciente está apto ao procedimento c) manter, com vistas à cirurgia, o uso diário de metformina, dado o baixo risco de hipoglice- mia da droga e do paciente d) descartar a necessidade de testes funcionais, como cintilografia do miocárdio, pois o pacien- te está apto à cirurgia 91 Questões 2019 SJT Residência Médica HAC – 2019 22. Homem, 74 anos, hipertenso, diabético tipo 2, ex-tabagista por 30 anos, com plano de ci- rurgia de endarterectomia de carótida esquer- da. O paciente está assintomático, mas há 06 meses apresentou hemiparesia braquial direi- ta, atribuída, na ocasião, a Ataque Isquêmico Transitório (AIT). Angiotomografia de caróti- das mostra lesão de 90% em carótida inter- na esquerda e 30% na direita. Está em uso de AAS, sinvastatina, losartan, metformina e insulina NPH à noite. Hemograma e coagulo- grama normais, glicemia de jejum = 115 mg/ dL, Hb1Ac; 6,9%, Ureia = 82 mg/dL, Creatini- na 2,7 mg/dL, Sódio = 140 mEq/L, potássio = 5,1 mEq/L. Com base na III Diretriz Brasileira de Avaliação Pré-Operatória para estratifica- ção de risco cardiovascular para cirurgias não cardíacas, a conduta mais adequada é: a) solicitar um teste funcional não invasivo, como uma cintilografia de perfusão miocárdica em repouso e stress b) adiar a cirurgia e realizar cineangiocoronario- grafia, pois, caso ocorram lesões coronarianas críticas, seria mais apropriado cirurgia de re- vascularização combinada, carotídea e mio- cárdica c) solicitar Rx de tórax pela história de tabagismo e iniciar metoprolol oral até atingir controle de frequência cardíaca e pressão arterial, poden- do-se, então, liberar o paciente para a cirurgia d) iniciar metoprolol oral e solicitar cineangioco- ronariografia e) liberar o paciente para a cirurgia, uma vez que a situação clínica indica intervenção de urgência HAC – 2019 23. Quais os objetivos da avaliação pré-operató- ria, EXCETO: a) registrar afecção/doença a ser tratada cirurgi- camente b) descrever condições clínicas e físicas da pa- ciente c) avaliar fatores de risco associados a infec- ções, tromboembolismo, quedas d) compilar exames laboratoriais e descartar exames de imagens e) fornecer orientação à paciente HGIP – 2019 24. Um homem de 60 anos está em pré-operatório de artroplastia de quadril por osteoartrite. Ele é hipertenso e diabético, em uso de metformi- na, glibenclamida, losartana e hidroclorotia- zida. Seu exame físico não revela alterações relevantes e a pressão arterial é de 138 × 82 mmHg. Exames laboratoriais mostram hemo- grama e coagulograma normais; glicemia 105 mg/dl; hemoglobina glicada 6,3%; creatini- na 2,1 mg/dL; colesterol total 200 mg/dL; tri- glicerídeos 200 mg/dL; HDL-colesterol 20 mg/ dL. O eletrocardiograma em repouso é normal. A sua pontuação no índice de risco cardíaco modificado, também chamado índice de risco cardíaco revisado ou índice de Lee, é: a) pontuação um b) pontuação dois c) pontuação três d) pontuação quatro HPM-MG 25. O manejo do paciente cirúrgico que está em uso de medicamentos constitui muitas vezes um desafio para o médico. É CORRETO afir- mar que: a) a melhor via para administração de medica- mentos durante a fase inicial de resposta orgâ- nica ao trauma é a via oral b) não há necessidade de suspensão do uso de ervas medicinais pois não há associação com aumento de sangramento ou inibição da agre- gação plaquetária c) os anti-inflamatórios não esteroides se ligam fortemente às proteínas plasmáticas e com isso aumentam o efeito de outros medicamentos d) a meia vida da heparina de baixo peso mole- cular é de 24h Santa Casa-BH – 2019 26. Paciente masculino, 50 anos, 65kg, foi subme- tido à cirurgia abdominal e precisará ficar em jejum. Na prescrição de soroterapia, foi indica- do 30-40 mL/kg/dia de água, 1-1,5 mEq de Na/ kg/dia e 100 g de glicose. Assinale a alternati- va que apresenta CORRETAMENTE o esque- ma que melhor oferece o aporte calculado. a) soro fisiológico (NaCl 0,9%) 2000mL + soro glicosado hipertônico 50% 100 mL b) soro glicosado a 5% 2000 mL + NaCl a 10% 40 mL c) soro fisiológico (NaCl 0%) 1.000 mL + soro gli- cosado a 5% 1.000 mL d) soro fisiológico (NaCl 0%) 1.500 mL + soro gli- cosado a 5% 500 mL + soro glicosado hipertô- nico 50% 100 mL Santa Casa-BH – 2019 27. Paciente do sexo feminino, 45 anos, com doen- ça autoimune faz controle com uso de predni- sona nas crises. Teve crise há 3 meses, rece- bendo 30 mg de prednisona/dia por 2 meses. Há um mês, a dose foi reduzida para 10 mg/ dia e há duas semanas, reduzida para 5 mg/ dia. Havia a indicação de suspender a dose de predinisona hoje, porém ocorreu indicação de 10 SJT Residência Médica Clínica Cirúrgica | Questões para treinamento cirurgia abdominal de grande porte. Assinale a alternativa que apresenta o MELHOR procedi- mento do uso de corticoide no dia da operação. a) manter a dose de 5mg de prednisona ou o equivalente em hidrocortisona endovenoso b) suspender o uso como já programado c) usar 100 mg endovenoso de hidrocortisona na indução anestésica e 50 mg de hidrocorti- sona de 8/8h d) voltar a dose de 10 mg de prednisona ou o equivalente em hidrocortisona endovenoso UERJ – 2019 28. Paciente que possui alergia grave a betalac- tâmicos realizará colectomia esquerda. Nesse caso, a antibioticoprofilaxia a ser administra- da deve, preferencialmente, consistir em: a) clindamicina com gentamicina b) ampicilina e sulbactam c) vancomicina d) ertapenem UFF – 2019 29. Mulher, 50 anos, está em pré-operatório de um adenocarcinoma do cólon ascendente, com proposta curativa. O tumor foi descober- to devido a enterorragias recorrentes. Ela é hipertensa, em uso de losartana. Nega outras comorbidades. No dia a dia, é faxineira e não apresenta dor precordial ou sintomas respi- ratórios. Exame físico normal e PA = 134 × 94 mmHg. Exames complementares mostram ele- trocardiograma, radiografia de tórax, hemogra- ma e bioquímica normais. Na avaliação do “ris- co cirúrgico”, a conduta mais apropriada é: a) liberar para a cirurgia b) trocar o anti-hipertensivo por anlodipino c) iniciar betabloqueador d) pedir estratificação cardiovascular com tes- te funcional e) iniciar estatina e clonidina UFPR – 2019 30. Em que momento deve ser administrado o an- tibiótico profilático? a) na noite anterior à cirurgia b) no momento da incisão cirúrgica c) imediatamente após o término da cirurgia d) uma hora antes da cirurgia e) pelo menos 3 horas antes da cirurgia UFPR – 2019 31. Paciente masculino de 41 anos procura aten- dimento clínico para avaliação pré-operatória, com plano de realizar cirurgia artroscópica de joelho. Ele é assintomático, não apresenta comorbidades e não faz uso de medicamen- tos. Nega tabagismo e etilismo. Sem ante- cedentes cirúrgicos, apresenta sinais vitais dentro da normalidade e exame físico sem particularidades. Em relação à avaliação pré- -operatória do risco de sangramento, a condu- ta mais adequada para esse caso é: a) tempo de coagulação b) hemograma completo com contagem diferencial c) tempo de protrombina e tempo de tromboplas- tina parcial ativada d) hemograma completo, com contagem diferen- cial, tempo de protrombina e tempo de trombo- plastina parcial ativada e) avaliação da história clínica UFRN – 2019 32. O íleo pós-operatório é uma das principais causas de alta tardia após a cirurgia abdomi- nal. Em razão disso, os protocolos de recupe- ração avançada após cirurgias estabeleceram a prevenção do íleo como prioridade e preco- nizaram as seguintes medidas para evitá-lo: a) fazer hiper-hidratação no intra e pós-operató- rio e usar dreno abdominal b) usar sonda nasogástrica e fazer uso de dexa- metasona no pós-operatório c) preferir cirurgia laparoscópica e estimular mascar chicleteno pós-operatório d) usar analgesia a base de opioides e fazer pre- paro intestinal mecânico UFRN – 2019 33. A lista de verificação de cirurgia segura foi introduzida pela Organização Mundial de Saú- de como parte do Segundo Desafio Global para a Segurança do Paciente. Com a sua uti- lização, consegue-se alcançar o objetivo de: a) melhorar a comunicação efetiva entre as equi- pes cirúrgicas b) evitar transfusões sanguíneas intraoperatórias c) escolher as cirurgias minimamente invasivas, quando possível d) evitar cirurgias em mulheres na fase reprodutiva UNESC – 2019 34. Atualmente, o manejo não operatório de le- sões de órgãos intra-abdominais tornou-se seguro e adequado em alguns subgrupos de pacientes. É condição essencial para a sua re- alização: a) trauma contuso b) equipe cirúrgica com sobreaviso disponível c) possibilidade de transferência para serviço de hemodinâmica d) pacientes sem lesões intra ou extra-abdomi- nais associadas e) local adequado para observação e monitoriza- ção do paciente 111 Questões 2019 SJT Residência Médica UNICAMP – 2019 35. Homem, 45a, será submetido a um procedi- mento cirúrgico eletivo com abertura da ca- vidade abdominal. Antecedentes Pessoais: trombose venosa profunda ocorrida há 4 me- ses, em uso de warfarina. Após cinco dias de suspensão do uso de warfarina, RNI foi de 1,9. A CONDUTA É: a) infundir sulfato de protamina na indução anes- tésica b) liberar para realização da cirurgia c) transfundir plasma fresco congelado duas ho- ras antes da cirurgia d) administrar vitamina K e controle de RNI em seis horas UNITAU – 2019 36. Paciente deverá ser submetido à interven- ção cirúrgica com necessidade de um regime de antibioticoprofilaxia. Sobre esse caso, é CORRETO afirmar que a antibioticoprofilaxia: a) deve ser efetiva contra possíveis microorga- nismos passíveis de causar infecção b) não há necessidade de níveis tissulares ade- quados c) está diretamente relacionada ao índice de massa corpórea (IMC) d) pode causar resistência bacteriana hospitalar e) o uso deve ser sempre superior a 48 horas AMRIGS – 2019 37. Considerando a reação metabólica ao trauma cirúrgico, é correto afirmar que: a) nas primeiras 24 horas, ocorre um aumento da diurese b) o nível de cortisol sanguíneo aumenta nas pri- meiras 48 horas c) febre nas primeiras 24 horas indica infecção cirúrgica d) a frequência cardíaca reduz nas primeiras 48 horas AMRIGS – 2019 38. A nutrição parenteral total é mandatória em pacientes: a) com câncer gástrico b) que foram submetidos à colectomia total c) que foram submetidos à gastrectomia total d) com menos de 40 cm de intestino delgado AMSL – 2019 39. Os distúrbios hidreletrolíticos mais frequentes no pós-operatório num paciente com vômitos são: a) desidratação e hipocalemia b) hipernatremia e hipocalcemia c) hiper-hidratação e hipomagnesemia d) desidratação e hipercalemia e) hiponatremia e hipermagnesemia AMSL – 2019 40. Paciente é submetido a laparotomia devido a ferimento por arma branca, sendo identifica- da extensa lesão de jejuno (tratada com en- terectomia e anastomose primária), estômago (sutura) e baço (esplenectomia). No 2º dia pós- -operatória apresentou 2 picos febris de 38,5 °C. A causa MAIS provável e a conduta são, respectivamente: a) peritonite; ultrassonografia de abdome b) atelectasia; radiografia de tórax c) sepse; vacina antiencapsulados c) trombose venosa profunda; uso de heparina de baixo peso molecular d) abscesso intracavitário; tomografia abdominal HPM-MG – 2019 41. Paciente de 22 anos, feminino, atleta, trófica, sem comorbidades, dois episódios de cólica biliar, US de abdome evidenciando cálculo único de 2 cm, via biliar principal fina. Reali- zou pré-operatório, classificada como ASA I, foi submetida a colecistectomia eletiva sem intercorrências, ato operatório com duração de 25 minutos. Com relação ao caso acima é CORRETO afirmar que: a) possui indicação de profilaxia de TVP com he- parina de baixo peso até a deambulação b) não possui indicação de antibioticoprofilaxia c) pneumoperitôneo deve ser realizado fora na cavidade celômica d) pneumoperitôneo deverá ser em torno de 20 mmHg para auxiliar o retorno venoso HP – 2019 42. Qual a importância de iniciar precocemente a nutrição via enteral no paciente grave devido a trauma ou pós-cirúrgico? a) evitar o íleo paralítico b) evitar a atrofia dos enterócitos e a transloca- ção bacteriana c) evitar a úlcera gástrica e úlcera duodenal d) evitar a formação de fecaloma e) nenhuma das alternativas ISM – 2019 43. Um paciente de 14 anos de idade foi subme- tido a laparotomia exploradora com achado de apendicite aguda perfurada, com peritonite localizada. Evoluiu, no segundo dia de pós- -operatório, com febre aferida de 38 °C. Acerca desse caso clínico, qual é a principal hipótese diagnóstica? 12 SJT Residência Médica Clínica Cirúrgica | Questões para treinamento a) atelectasia b) abscesso intra-abdominal c) pneumonia d) infecção de sítio cirúrgico e) infecção do trato urinário PUC-PR – 2019 44. No paciente cirúrgico grave, após a estabi- lidade hemodinâmica, existe uma “janela de oportunidade” para que ele receba a Terapia Nutricional Enteral de forma precoce, se não houver contraindicação formal. Essa estraté- gia pró ativa ajuda a reduzir a gravidade da do- ença, reduz as complicações, diminui o tempo de internação em UTI e impacta favoravelmen- te no resultado cirúrgico desse paciente. Essa “janela de oportunidade” compreende um li- mite máximo de: a) 6 horas b) 12 horas c) 24 horas d) 48 horas e) 72 horas Santa Casa-BH – 2019 45. Paciente sexo feminino, 40 anos, com IMC de 38,5 kg/m2, diabética não insulinodependente, hiper- tensa com bom controle clínico, foi submetida à derivação gástrica em Y de Roux (bypass gás- trico) por videolaparoscopia. Retorna ao pronto atendimento do hospital com queixa de disp- neia e relato de febre no 6º dia pós-operatório. Ao exame clínico apresenta-se taquicárdica 132 bpm, taquipneica 32 irm, PA: 150 × 100 mmHg, ausculta respiratória com murmúrio vesicular discretamente reduzido na base es- querda, palpação do abdome dolorosa difusa- mente, porém sem irritação peritoneal franca, temperatura axilar 38,7 ºC. Diante do quadro descrito, assinale a alternativa que apresenta a PRINCIPAL hipótese diagnóstica e o exame a ser realizado para esclarecer o diagnóstico. a) deiscência de sutura com peritonite e tomo- grafia abdominal com contraste oral b) atelectasia pulmonar e tomografia de tórax c) sem hipótese e tomografia de tórax e abdo- me com contraste venoso d) descompensação do diabete e glicemia venosa SUS-SP – 2019 46. Um paciente de 20 anos de idade, submetido a apendicectomia por incisão de McBurney por apendicite aguda fase III , operado sem intercor- rências, está no primeiro dia de pós-operatório. Pulso: 82 bpm; PA: 110 × 80 mmHg. Refere dor na incisão. A ferida operatória está seca e com bom aspecto. Tem dor discreta à palpação de fossa ilíaca direita. Os ruídos hidroaéreos es- tão audíveis, ainda que fracos. O paciente ainda não evacuou, mas relata eliminação de gases. Melhor conduta, entre as opções a seguir, no que se refere à realimentação: a) solicitar ultrassom de abdome para descartar abscesso intraperitoneal e decidir sobre a rea- limentação com base no resultado b) aguardar evacuação para introduzir dieta c) aguardar melhora do padrão de ausculta ab- dominal para introduzir dieta d) introduzir água, chá e gelatina e) introduzir dieta leve SUS-SP – 2019 47. Um paciente de 34 anos, vítima de queda de motocicleta, é internado com diagnóstico de hemotórax, fratura de três arcos costais à di- reita, contusão pulmonar e lesão esplênica grau I. Não foram achadas outras lesões. O tó- rax foi drenado. No segundo dia de internação, está estável, eupneico e sem dor abdominal. Conduta neste momento, entre as apresenta- das, além de analgesia adequada e fisiotera- pia respiratória: a) liberar a deambulação; introduzirdieta apenas após a alta da unidade de terapia intensiva, onde deve permanecer até ao 5º dia pós-trauma b) manter repouso absoluto e jejum por mais 48 horas c) estimular a saída da cama, sentando em pol- trona, com ajuda; não deve andar, enquanto estiver com o dreno; manter em jejum d) deambular; iniciar dieta por via oral e) repouso no leito; tomografia de controle com con- traste oral, para planejar a introdução de dieta UFPA – 2019 48. Paciente idoso, hipertenso, ex-fumante, sub- metido a colecistectomia convencional eleti- va, evoluiu com febre de 38,5º no 1º pós-opera- tório. No exame físico, apresenta FC: 96 bpm, PA: 140 × 90 mmHg, FR: 22 SatO2: 97%, abdo- me com leve dor em incisão cirúrgica. A causa MAIS provável é a) flebite b) atelectasia c) infecção urinária d) pneumonia hospitalar e) abscesso intracavitário UFPR – 2019 49. Paciente masculino, 38 anos, é submetido, em caráter de emergência, a laparotomia explo- radora e ulcerorrafia de duodeno por úlcera 131 Questões 2019 SJT Residência Médica péptica perfurada em peritônio livre. No 3º dia pós-operatório, apresenta saída de secreção di- gestiva corada por bile pelo dreno abdominal, cuja aferição de débito diário nos próximos 3 dias foi de 950 mL em média. Qual a conduta clínica a ser adotada nesse momento? a) reoperar o paciente em regime de urgência, para realizar gastrectomia subtotal à Billroth II com exclusão do duodeno b) iniciar terapia nutricional do tipo parenteral ex- clusiva c) iniciar terapia nutricional do tipo enteral exclu- siva d) reoperar o paciente em regime de urgência, para realizar ressutura da perfuração da úlce- ra duodenal e) iniciar terapia nutricional do tipo parenteral as- sociada a terapia nutricional do tipo enteral UFT – 2019 50. Uma das mais frequentes complicações ci- rúrgicas é a infecção do sitio cirúrgico (ISC) e sua incidência pode ser reduzida com uso de antimicrobiano profilático. A ISC é a terceira causa de infecção relacionada à assistência à saúde no Brasil. No que se trata de prevenção de infecção do sítio cirúrgico, podemos afir- mar o seguinte: a) é classificada com ISC superficial, profunda, de órgãos ou espaço, quando a infecção ocor- rer até 30 dias após o procedimento cirúrgico ou até 90 dias se houver presença de próteses ou implantes b) o objetivo da antibioticoprofilaxia em qualquer cirurgia é a prevenção de infecção profunda do sitio cirúrgico, não prevenindo contra as infec- ções superficiais c) a ISC é considerada como evento adver- so raro, decorrente da assistência à saúde e quando ocorre pode gerar dano físico, social e/ou psicológico para o paciente d) a internação do paciente pelo menos 3 dias antes da cirurgia contribui para a redução da ISC e) a antibioticoprofilaxia apesar de indicada é a estratégia menos efetiva para a prevenção de ISC por desregular a carga bacteriana que co- loniza ou contamina o sítio cirúrgico UFT – 2019 51. Paciente masculino, 65 anos, submetido a pan- createctomia corpo-caudal por neoplasia de pâncreas evolui com fístula pancreática de alto débito. Qual dos eletrólitos descritos abaixo apresenta perdas mais severas neste doente? a) bicarbonato (HCO3) b) cloro (Cl-) c) fosfato (PO4) d) potássio (K+) e) sódio (Na+) UFT – 2019 52. A dor pós-operatória aguda é uma complexa reação fisiológica às agressões geradas pela lesão tecidual, pela tração visceral, ou, então, pela própria doença. Evidências experimen- tais sugerem que a analgesia prévia (antes do ato cirúrgico) podem efetivamente atenuar a sensibilização central e periférica à dor. Alguns estudos clínicos também demonstram que há uma redução significante nas concentrações das drogas usadas para analgesia pós-opera- tória nos pacientes que receberam analgesia antes do ato operatório. Estes pacientes tam- bém apresentaram uma menor morbidade no pós-operatório. A nomenclatura corretamente empregada para esse tipo de analgesia prévia (antes do ato cirúrgico) é a seguinte: a) geral endovenosa b) pré analgesia c) raquianestesia d) preemptive analgesia e) sedação pré-operatória UFT – 2019 53. O cirurgião é o médico que espera curar o pa- ciente através de uma ferida. Após a remoção de um foco patológico, pode-se gerar uma doença pós-operatória de evolução imprevisí- vel. Apesar da perícia técnica e da evolução da doença pós-operatória, todas as operações são perigosas. Nenhuma delas é isenta de complicações. Qual dentre as abaixo é a com- plicação pulmonar mais comum no paciente submetido a cirurgia de maneira geral? a) atelectasia b) pneumonia c) embolia pulmonar d) derrame pleural e) pneumotórax espontâneo UNICAMP – 2019 54. Homem, 69a, submetido a cirurgia de urgência para correção de aneurisma roto de aorta ab- dominal. No pós-operatório imediato apresen- ta débito urinário de 350 mL/24horas. Ureia = 90 mg/dL; e creatinina= 1,8 mg/dL; densidade urinária = 1035; fração excretada de sódio = menor que 1%. O tratamento é: a) reposição volêmica b) dobutamina 14 SJT Residência Médica Clínica Cirúrgica | Questões para treinamento c) terapia de substituição renal d) furosemida intravenosa UNICAMP – 2019 55. Homem, 65a, dá entrada no Pronto Socorro com distensão abdominal e parada de eliminação de fezes e flatos, episódios de vômitos com aspec- to fecaloide há 48 horas. Indicado procedimento cirúrgico com episódio de vômito durante a in- dução anestésica. No segundo dia pós-operató- rio apresentou febre alta contínua, presença de estertores subcrepitantes e roncos em ausculta respiratória e expectoração abundante e amare- lada. Radiograma de tórax: opacidade homogê- nea em base de pulmão direito. A conduta é: a) amoxicilina-clavulanato. b) ceftriaxona. c) macrolídeo e vancomicina. d) metronidazol e aminoglicosídeo USP-SP – 2019 56. Homem de 75 anos com antecedente de fibri- lação atrial crônica faz uso de anticoagulante oral (varfarina sódica). Está em programação de hernioplastia incisional. Qual é a conduta em relação ao uso do anticoagulante? a) suspender a medicação 12 horas antes da ci- rurgia b) infundir plasma fresco congelado na indução anestésica c) suspender a medicação 5 dias antes da cirurgia d) suplementar vitamina K por 7 dias previamen- te à cirurgia AMRIGS – 2019 57. Qual dos fatores abaixo leva a retardo na cica- trização de um ferimento? a) sutura sob tensão adequada b) diabetes melito compensado c) hipotireoidismo d) falta de oxigenação tecidual HNMD – 2019 58. São fatores que inibem a cicatrização de férias: a) doenças do colágeno, diabetes e neuropatia b) idade avançada, deficiência vitamínica e ra- diação ionizante c) coagulopatia, diabetes e hipertensão d) infecção, pneumopatia crônica e coronariopatia e) deficiência de minerais, diabetes e neuropatia Santa Casa-BH – 2019 59. O conhecimento dos processos que envolvem a cicatrização dos tecidos, sobretudo dos te- cidos especializados, é de suma importância para o cirurgião geral, que frequentemente tem que realizar suturas no trato gastrointes- tinal. Dentre as características da cicatrização dos tecidos no trato gastrointestinal, assinale a alternativa INCORRETA: a) as anastomoses, após duas semanas, po- dem mostrar força que excede à do tecido in- testinal circundante ileso b) as anastomoses intestinais recuperam a for- ça mais demoradamente, quando comparadas às feridas na pele c) o revestimento de células mesoteliais do peri- tônio é importante para a cicatrização no tra- to gastrointestinal e no abdome d) o intestino circundante a uma anastomose in- testinal também participa na reação à lesão, ini- cialmente perdendo colágeno por meio de lise UFF – 2019 60. Com relação à cicatrização de feridas, pode- se afirmar que: a) durante a fase de maturação o conteúdo de proteoglican volta a um nível que se aproxi- ma ao da pele normal b) o principal colágeno da cicatriz é o tipo III com menores quantidades do tipo I c) o acúmulo de colágeno na ferida alcança o má- ximo dentro de quatro a cincosemanas após a agressão d) a molécula de colágeno tem quantidade abun- dante de hidroxileucina e hidroxivalina que são fundamentais para o processo e contração da ferida e) a matriz provisória da fase proliferativa é po- voada por linfócitos UFG – 2019 61. No processo cicatricial, existem quatro fases que seguem a respectiva ordem: a) hemostasia, proliferativa, inflamatória e remo- delamento b) inflamatória, hemostasia, proliferativa e remo- delamento c) hemostasia, inflamatória, remodelamento e proliferativa d) hemostasia, inflamatória, proliferativa e remo- delamento UFRN – 2019 62. O processo de cicatrização das feridas com- preende diferentes fenômenos biológicos em que diversas células desempenham funções específicas, seja por ação direta, seja por meio da liberação de mediadores químicos. Nesse sentido, a associação correta entre a fase da cicatrização, a célula envolvida e sua função é: 151 Questões 2019 SJT Residência Médica a) fase inflamatória – fibroblasto – síntese de co- lágeno b) fase proliferativa – neutrófilo – debridamento c) fase de maturação – macrófago – contração da ferida d) fase inflamatória – plaqueta – hemostasia UNICAMP – 2019 63. Homem, 38a, retorna para reavaliação de feri- da decorrente de ferimento corto-contuso em panturrilha esquerda há 7 dias, a qual não foi suturada, pois o mesmo procurou atendimen- to após 12 horas do trauma, sendo orientado apenas curativos e vacinação antitetânica. Exa- me físico: ferida com secreção serosa, bordas bem definidas com hiperemia discreta e interior com tecido vermelho vivo de aspecto granulo- so, sangrando facilmente ao toque. Assinale a alternativa correta em relação à ferida: a) está infectada pelo aspecto e pela secreção, devendo ser desbridada e iniciada antibiotico- terapia sistêmica b) está no processo esperado de cicatrização, na fase proliferativa, podendo manter os curativos e orientado retorno para reavaliação c) está na fase inflamatória, devendo-se retirar os coágulos que estão a recobrindo para facilitar a cicatrização d) está no processo definido como fechamento em primeira intenção, o que permite a sutura da mesma, já que não há secreção purulenta AMRIGS – 2019 64. Considerando a causa mais frequente de ab- dome agudo obstrutivo em adultos, qual dos achados abaixo é esperado no exame físico? a) circulação colateral proeminente b) sinal de Sister Mary-Joseph c) cicatriz cirúrgica abdominal d) massa palpável em fossa ilíaca direita AMRIGS – 2019 65. Paciente chega à UPA com queixa de dor ab- dominal em fossa ilíaca esquerda de início sú- bito, refere ter uma hérnia inguinal no local. Ao exame, é detectada uma hérnia inguinal dolo- rosa e redutível à palpação. Qual a conduta mais adequada? a) correção cirúrgica da hérnia inguinal em cará- ter de urgência b) analgesia e encaminhamento para correção cirúrgica da hérnia após avaliação pré-opera- tória com exames laboratoriais c) analgesia e liberação do paciente, com orien- tação de repouso d) redução da hérnia e encaminhamento à cirur- gia imediata AMRIGS – 2019 66. A apendicite aguda perfurada deve ser tratada cirurgicamente e com tratamento antibiótico com espectro para germes: a) anaeróbios, apenas b) gram-positivos e anaeróbios c) gram-negativos e gram-positivos d) gram-negativos e anaeróbios AMRIGS – 2019 67. A respeito das orientações pós-operatórias de pacientes submetidos à hernioplastia ingui- nal, assinale a alternativa CORRETA: a) deve-se orientar ao paciente que evite ativida- des físicas nas primeiras seis semanas, devi- do ao período de cicatrização da aponeurose b) deve-se orientar ao paciente que retorne as ati- vidades diárias e físicas assim que tiver condi- ções, normalmente após três a cinco dias c) a deambulação precoce não é importante na recuperação e não deve ser estimulada devido ao risco de deslocamento da tela d) a deambulação precoce só deve ser estimula- da a partir do segundo dia pós-operatório AMSL – 2019 68. Com relação às hérnias inguinais é correto afirmar que: a) na hérnia inguinal indireta o saco herniário se projeta através do funículo espermático b) o exame clínico para diagnóstico de hérnia in- guinal deve ser feito com o paciente peferen- cialmente em decúbito dorsal c) atualmente a via laparoscópica é mais utiliza- da que a vida convencional (aberta) d) a utilização de telas sintéticas não diminui a incidência de recidivas nas hernioplastias e) a hérnia de Spiegel é o tipo mais comum de hérnia inguinal CERMAM – 2019 69. Paciente do sexo masculino, 36 anos, refere qua- dro de dor em virilha direita, aguda, durante uma partida de futebol, com evolução de 24h. Nega episódios semelhantes prévios e quaisquer co- morbidades. Seu exame físico cardiopulmonar e abdominal foi normal. Ao exame da região in- guinal direita observamos massa de cerca de 4cm de diâmetro, dolorosa à palpação, não re- dutível, sem sinais flogísticos, que se projetava abaixo do ligamento inguinal em direção da raiz da coxa direita. Assinale a alternativa CORRETA: a) a ultrassonografia é método adequado para efe- tuar o diagnóstico diferencial com linfadenite b) por tratar-se de hérnia 3C de Nyhus, o repa- ro laparoscópico está contraindicado c) por tratar-se de hérnia de Richter complicada, há indicação de reparo à Lichtestein urgente d) já que não há sinais flogísticos, a melhor con- duta para o caso é a alta hospitalar com anal- gesia oral, compressas mornas e acompanha- mento ambulatorial 16 SJT Residência Médica Clínica Cirúrgica | Questões para treinamento CERMAM – 2019 70. Paciente do sexo masculino, 16 anos, dá entra- da no pronto atendimento com quadro de dor tipo cólica em epigástrio, que migrou para a FID (Fossa ilíaca direita), associada a vômitos. Evolução de 3 dias. Refere 1 episódio de febre baixa hoje. Nega diarreia e sintomas urinários. O paciente está em Bom Estado Geral, eupneico, afebril, normotenso. Seu abdome é plano, fláci- do, doloroso à palpação profunda em FID, com discreto plastrão palpável. Sinal de Blumberg positivo. Leucograma: 14.000 mil/mm3. USG prejudicada por excesso de gases, evidencian- do apenas pequena quantidade de líquido livre em FID e pelve. Assinale a alternativa CORRETA: a) a abordagem cirúrgica laparoscópica é fac- tível para o caso acima mesmo em situação de peritonite purulenta b) por tratar-se de paciente jovem, imunocom- petente, hemodinamicamente estável, afebril e com doença em fase inicial de evolução, o tratamento exclusivo com antibióticos pode ser tentado, devendo ser instituído tratamen- to cirúrgico se não houver melhora após 48h c) já que a USG não foi adequada para o diag- nóstico e estadiamento da doença, o próxi- mo passo na conduta deste paciente é a reali- zação de tomografia d) a observação de níveis hidroaéreos à radio- grafia de abdome confirmaria a necessidade de tratamento cirúrgico FMJ – 2019 71. Os limites do triângulo de Hasselbach são: a) ligamento inguinal, fascia transversalis, funí- culo espermático b) ligamento de Cooper, linha pectínea, bainha do reto abdominal c) vasos epigástricos inferiores, linha arqueada, espinha ilíaca anterossuperior d) ligamento inguinal, veia femural, ligamento la- cunar e) ligamento inguinal, bainha do reto abdominal, vasos epigástricos inferiores HAC – 2019 72. Com grande frequência o médico avalia pacientes com dores abdominais. Relacione as possíveis localizações das dores abdominais e os possíveis quadros clínicos: Possíveis quadros clínicos: Localizações mais frequentes das dores: [ ] Isquemia mesentérica aguda I. Dor abdominal central e hipotensão [ ] Aneurisma de aorta abdominal em expansão II. Dor periumbilical [ ] Obstrução íleo jejunal III. Dor em hipocôndrio direito [ ] Colicistite aguda IV. Dor abdominal central [ ] Divertículo de Meckel V. Dor em fossa ilíaca direita a) I, II, I, IV, III b) II, II, III, I, IV c) V, IV, I, III, V d) IV, I, II, III, V e) III, I, V, II, IV HAC – 2019 73. Na suspeita deuma apendicite aguda, alguns sinais no exame físico podem auxiliar no diagnóstico. Diante disso, correlacione as colunas e assinale a alternativa com a sequência correta: [1] Dor com rotação lateral do quadril [ ] Sinal de Rovising [2] Palpação do quadrante inferior esquerdo que provoca dor no quadrante inferior direito [ ] Sinal do Obturador [3] Extensão do quadril direito que gera dor no quadril direito [ ] Sinal Iliopsoas a) 3, 2, 1 b) 2, 1, 3 c) 2, 3, 1 d) 1, 3, 2 HAS – 2019 74. Paciente 68 a, submetido a hernioplastia inguinal direita com tela de marlex pela técnica de Lin- chenstein. Evoluiu com quadro séptico, dor abdominal e no períneo. Realizou ultrassom com dop- pler que mostrou fluxo arterial para ambos os testículos. De acordo com a imagem abaixo, qual o diagnóstico provável? 171 Questões 2019 SJT Residência Médica a) gangrena de Fournier b) epididimite necrotizante c) dermatomiosite perineal enfisematosa d) orquite necro-hemorragica supurativa e) epidermite reacional HAS – 2019 75. Sobre as hérnias lombares, é correto afirmar: a) as hérnias que ocorrem pelo triangulo de Petit são mais comuns b) o triangulo lombar inferior – triangulo de Gryn- felt – é limitado pelo músculo grande dorsal, crista ilíaca e músculo oblíquo interno c) o reparo na maior parte das vezes, não querer colocação de prótese de tela d) as hérnias lombares superiores – triangulo de Petit- é limitado pela sétima costela, músculos para espinhais e musculo obliquo externo e) as hérnias lombares não tendem ao encarcei- ramento HAS – 2019 76. Paciente 60 anos, admitida na emergência com dor abdominal, febre, anorexia, leucoci- tose e massa palpável na fossa ilíaca direita. TC abdominal revelou coleção purulenta com destruição do apêndice com bloqueio inflama- tório local. A melhor conduta seria: a) apendicectomia laparoscópica ou convencio- nal com drenagem da coleção e limpeza local b) apendicectomia por laparotomia e debrida- mento de toda coleção c) antibioticoterapia venosa e suporte clinico d) drenagem percutânea da coleção guiada por US ou TC, antibiótico venoso e suporte clínico e) hemicolectomia direita devido ao risco de neo- plasia associada HAS – 2019 77. A hérnia femoral é classificada segundo Nyhus, em: a) IIIa b) IIIb c) IIIc d) IVb e) IVd HGIP – 2019 78. Sobre a cirurgia e anatomia das hérnias femo- rais, é correto afirmar, EXCETO: a) normalmente a hérnia se encontra lateralmen- te aos vasos femorais b) a hérnia femoral se insinua abaixo do ligamen- to inguinal c) é mais comum no sexo feminino e do lado di- reito d) a técnica de Mc-Vay utiliza-se o Ligamento de Cooper como elemento de reforço HGIP – 2019 79. Na região inguinal há um triângulo formado pelo ligamento inguinal, vasos epigástricos inferiores e borda do músculo reto abdominal. As hérnias que ocorrem em seu assoalho são denominadas: a) hérnias inguinais diretas b) hérnias inguinais indiretas c) hérnias femorais d) hérnias epigástricas HGIP – 2019 80. Sobre abdome agudo, marque a principal in- dicação da utilização de ultrassom abdominal como ferramenta diagnóstica; a) abdome agudo obstrutivo especialmente nos casos de obstrução de colón direito b) abdome agudo vascular no idoso c) abdome agudo perfurativo, especialmente na ulcera perfurada d) abdome agudo inflamatório especialmente na mulher jovem HGIP – 2019 81. Em paciente com suspeita de obstrução intes- tinal é correto afirmar, EXCETO: a) na obstrução intestinal mecânica, a mudança da característica da dor abdominal (de cólica para dor contínua) sugere complicação com sofrimento de alça intestinal b) na obstrução intestinal funcional geralmente o peristaltismo se apresenta diminuído, enquan- to na obstrução intestinal mecânica há, no iní- cio do quadro, a chamada peristalse de luta c) a obstrução intestinal por cálculo biliar impac- tado na válvula ileocecal, após fístula colecisto- duodenal, caracteriza a Síndrome de Bouveret d) vômitos com características fecaloides também podem ocorrer nas obstruções intestinais altas HNMD – 2019 82. São achados associados à doença cirúrgica no contexto de dor abdominal aguda: 18 SJT Residência Médica Clínica Cirúrgica | Questões para treinamento a) pneumoperitôneo / leuco < 250 leucócitos/mL (na lavagem peritoneal) b) dilatação maciça do intestino / < 300.000 he- mácias/mL (na lavagem peritoneal) c) pressão compartimental abdominal < 30 mm hg/sepse sistêmica inexplicada d) oclusão vascular na angiografia / sinais de hi- poperfusão e) extravasamento de contraste intestinal / pres- são compartimental < 30 mmHg HNMD – 2019 83. Pela classificação de Nyhus de hérnia de viri- lha, a do tipo II apresenta: a) hérnia recidivada (A – direta B – indireta) b) defeito da parede posterior (A – direta B – indi- reta) c) hérnia inguinal indireta (anel normal – tipo pe- diátrica) d) defeito de parede posterior (hérnia femoral) e) hérnia inguinal indireta (anel inguinal interno dilatado, mas parede intacta, vasos não deslo- cados) HNMD – 2019 84. Assinale a opção que correlaciona o sinal do exame abdominal e o possível diagnóstico: a) Murphy: apendicite b) Rovsing: hipertensão portal c) Cullen: doença inflamatória pélvica d) Claybrook: ruptura de víscera abdominal e) Grey Turner: abscesso pélvico HNMD – 2019 85. São condições abdominais agudas cirúrgicas: a) crise falciforme, colite isquêmica e colecistite b) doença de Buerger, torção testicular e volvo cecal c) porfiria intermitente aguda, abscesso hepático e apendicite d) intussuscepção, uremia e diverticulite e) abscesso de psoas, crise diabética e colecistite HPP – 2019 86. Paciente de 67 anos com dor abdominal súbita com piora nas últimas horas, temperatura de 38 ºC, abdome em franca irritação peritoneal e ao estudo radiológico de abdome agudo pre- sença de pneumoperitôneo. À laparotomia descoberta de divertículo de sigmóide perfu- rado não bloqueado com peritonite difusa. A melhor conduta seria: a) ressecção do segmento perfurado e colosto- mia (operação em dois tempos) b) ressecção do segmento perfurado e anasto- mose primária c) colectomia total com íleo-reto anastomose d) sutura do segmento perfurado e colostomia protetora e) exteriorização do segmento perfurado como colostomia mais drenagem ampla da cavidade HPP – 2019 87. Uma mulher de 30 anos é submetida a uma la- parotomia exploradora de uma possível apen- dicite aguda. No procedimento cirúrgico, é descoberto um divertículo cecal roto. Proces- so inflamatório local, embora não haja uma pe- ritonite difusa manifesta. O tratamento de pre- ferência é: a) colectomia íleo ascendente com ileostomia cutânea b) colectomia íleo ascendente com anastomose primária c) hemicolectomia direita d) drenagem de abscesso e remoção do apêndice e) fechamento do abdome e tratamento com an- tibióticos HPP – 2019 88. Um paciente portador de hérnia inguinal do tipo Nyhus III A é submetido a tratamento ci- rúrgico pelo método de Lichtenstein. Pode- mos afirmar que a principal característica des- te procedimento é a utilização de: a) tela sem tensão b) sutura monofilamentar c) incisão de relaxamento d) abordagem pré-peritoneal e) videolaparoscopia ISM – 2019 89. Uma paciente de 21 anos de idade apresen- ta histórico de dor em fossa ilíaca direita e hipogástrio há 24 horas, febre não aferida e hiporrexia. Ao exame físico, apresenta dor à palpação profunda em fossa ilíaca direita e hipogástrio, sem dor à descompressão. Sem queixas ginecológicas, possui vida sexual ati- va. Com relação a esse caso clínico, assinale a alternativa CORRETA: a) não é necessária avaliação da ginecologia b) a paciente pode ser mantida em observação domiciliar, com retorno caso haja piora dos sintomas c) não são necessários exames de imagem para esse caso d) o tratamento dessa paciente será cirúrgico e) a videolaparoscopia pode ser usada tanto para diagnóstico quanto para eventual tratamento PSU-CE – 2019 90. Um jovem de 19 anos retorna à UPA após 8 horas do primeiroatendimento, com persis- tência de dor abdominal, antes tratada com 191 Questões 2019 SJT Residência Médica analgésico endovenoso. No momento, queixa- -se de dor periumbilical com predominância a direita, náuseas e anorexia. Em sua avaliação, observa-se os achados de leve sensibilidade a descompressão em fossa ilíaca direita, tem- peratura 37,8 °C, sinais de Dunphy´s e do ob- turador positivos. Laboratório com Hb 11,7 g/ dL, Leucócitos 11.840 mm3 e 7% de bastões. O paciente realizou ultrassonografia abdomi- nal que foi prejudicada pela presença gasosa e descreve pouco líquido livre em pelve. Qual a conduta a ser tomada? a) iniciar protocolo de tratamento clínico de apen- dicite aguda b) indicar tratamento cirúrgico para realização da apendicectomia c) transferir para realização de tomografia abdo- minal sem contraste d) analgesia e antibiótico venoso, repetir o ultras- som com 8 a 12 horas PSU-CE – 2019 91. Um paciente foi atendido na UPA e referido a uma emergência cirúrgica. Ele tem 62 anos, e queixa de dor abdominal em fossa ilíaca esquer- da (FIE) de intensidade crescente nos últimos 4 dias. Teve 3 episódios de febre (T = 38,7 ºC) nas últimas 48 horas, está taquicárdico (FC = 102 bpm), nega anorexia ou vômitos ou parada da eliminação de flatos. Ao exame abdominal, tem dor à palpação superficial e profunda localizada em FIE com ausência de descompressão brus- ca ou distensão abdominal ou outros sinais de irritação peritoneal. Foi realizada tomografia de abdome que revelou presença de espessamen- to da parede do sigmoide e de sinais sugestivos de inflamação do mesocólon correspondente, pequena coleção com conteúdo hidroaéreo pe- ricólica de 2 cm e ausência de pneumoperitô- neo. Qual deve ser a conduta proposta? a) internar o paciente com prescrição de jejum e antibióticos parenterais b) contra referir o paciente à UPA para tratamen- to clínico conservador c) solicitar colonoscopia para confirmar o diag- nóstico de diverticulite d) indicar e encaminhar para laparotomia de ur- gência PUC-PR – 2019 92. O limite lateroinferior da região inguinal é deli- mitado por: a) espinha ilíaca anterossuperior e sínfise púbica b) músculo oblíquo interno e sua aponeurose c) anel inguinal externo e músculo transverso do abdome d) ligamento de cooper e trato iliopúbico e) ligamento inguinal e trato iliopúbico Santa Casa-SP – 2019 93. A apendicectomia é considerada a cirurgia de emergência mais realizada pelo cirurgião geral. Cerca de 7% dos indivíduos nos países ocidentais têm apendicite em algum momento de suas vidas. Sobre apendicite aguda, assi- nale a alternativa INCORRETA: a) os fecalitos e os cálculos são encontrados em 20% dos apêndices agudamente inflamados b) a apendicite aguda pode ser confundida com ou- tros quadros cirúrgicos quando o apêndice está localizado fora do quadrante inferior direito c) a apendicite aguda apresenta complica- ções como: perfuração, peritonite, abscesso do apêndice e pileflebite d) a sensibilidade, com descompressão dolo- rosa localizada sobre o chamado ponto de McBurney, é a base do diagnóstico Santa Casa-SP – 2019 94. Um paciente de 65 anos de idade apresenta abaulamento em região inguinal direita há dois anos, com aumento progressivo, porém sem dor local. Ele trabalha em um almoxa- rifado, carregando caixas. Ao exame físico, observou-se abaulamento inguinal à direita, à manobra de Valsalva. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa CORRETA: a) o tempo mais importante do tratamento é a ressecção do saco herniário b) o melhor tratamento para o paciente é a sutura da fáscia transversal ao ligamento inguinal c) o reforço dos componentes musculares da hérnia, por meio da sutura entre eles, está bem indicado para o paciente d) a cirurgia videolaparoscópica com técnica in- traperitoneal e colocação de tela reduz a dor pós‐operatória e antecipa o retorno ao trabalho e) o tratamento cirúrgico deve ser indicado ape- nas na presença de complicações como es- trangulamento Santa Casa-SP – 2019 95. Um paciente de dezoito anos de idade foi ao serviço de emergência e relatou sentir dor em fossa ilíaca direita há três dias, acompanhada de anorexia e febre. Ao exame físico, apresen- tou dor à palpação de fossa ilíaca direita, com descompressão brusca positiva. Consideran- do esse caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta a situação em que se deve dre- nar a cavidade abdominal durante a cirurgia videolaparoscópica para tratamento da apen- dicite aguda. 20 SJT Residência Médica Clínica Cirúrgica | Questões para treinamento a) nas autólises do apêndice vermiforme b) quando há presença de líquido livre abdominal c) quando há peritonite em gestantes d) quando a drenagem está reservada para reo- peração e) quando há sepse grave Santa Casa-SP – 2019 96. Um paciente de 34 anos de idade apresenta, há dois dias, abaulamento em região inguinal esquerda doloroso e discreta hiperemia local, além de abdome flácido e indolor. A respeito desse caso hipotético, assinale a alternativa CORRETA: a) trata‐se de hérnia inguinal esquerda. Nesse caso, deve ser realizada redução da hérnia e programação de cirurgia eletiva b) trata‐se de hérnia femoral esquerda, devendo‐ se agendar eletivamente cirurgia videolapa- roscópica após analgesia c) deve‐se tentar reduzir a hérnia e realizar anal- gesia, pois se trata de hérnia inguinal esquer- da encarcerada d) deve‐se programar cirurgia de urgência, pois se trata de hérnia inguinal esquerda encarcerada e) deve‐se tentar reduzir a hérnia e realizar anal- gesia, pois se trata de hérnia femoral esquer- da encarcerada Santa Casa-SP – 2019 97. Um paciente de 45 anos de idade apresenta dor epigástrica súbita e vômitos há doze ho- ras, com piora progressiva. Ao exame físico, estava em regular estado geral, pálido e taqui- cárdico, com dor à palpação em todo o abdo- me e defesa muscular. Realizou radiografia de tórax com cúpulas, sem alterações. Conside- rando esse caso hipotético, assinale a alterna- tiva CORRETA: a) é indicado tratamento operatório de emergên- cia por se tratar de pancreatite aguda b) trata‐se de infarto agudo do miocárdio que deve ser encaminhado para tratamento com estreptoquinase c) se a dosagem de amilase for normal, o diag- nóstico será de apendicite aguda complicada d) deve‐se solicitar ultrassonografia de abdome devido à possibilidade de diverticulite aguda e) trata‐se de abdome agudo perfurativo se tiver pneumoperitôneo na tomografia de abdome SES-GO – 2019 98. O tratamento da apendicite aguda no paciente idoso é: a) clínico, pelo elevado risco de mortalidade ope- ratória b) operatório, sendo a técnica aberta superior à laparoscópica c) clínico a princípio e operatório quando há abs- cesso abdominal d) operatório, pelo elevado risco de perfuração SES-PE – 2019 99. Qual das hérnias abaixo tem o maior risco de encarceramento? a) hérnia de Spiegel b) hérnia inguinal direta c) hérnia epigástrica d) hérnia de Petit e) hérnia crural SUS-SP – 2019 100. Um paciente de 55 anos, tabagista, obeso, se- dentário, é atendido em consultório por causa de hérnia incisional. A hérnia surgiu em local de laparotomia mediana, feita há 8 anos, para o tratamento das lesões decorrentes de feri- mento penetrante por arma de fogo. O anel herniário tem aproximadamente 5 cm de di- âmetro e o conteúdo é totalmente redutível. Melhor opção de correção cirúrgica da hérnia deste paciente: a) sem tela, fio inabsorvível b) tela absorvível, onlay c) separação de componentes, sem tela d) tela de polipropileno, onlay e) tela de dupla face, sublay SUS-SP – 2019 101. Um homem de 34 anos é atendido na sala de emergência por dor abdominal de início sú- bito, muito intensa, há 1 dia. Está torporoso. Pulso: 120 bpm, regular; PA: 60 × 40 mmHg. O abdome é em tábua, com claros sinais de peri- tonismo. Temperatura: 38 °C. Fez a radiografia ilustrada a seguir. Conduta, além de receber sintomáticos e anti- bióticos de amploespectro: 211 Questões 2019 SJT Residência Médica a) tomografia de abdome e pelve, para melhor definir a conduta b) reanimação volêmica com cristaloide e droga vasoativa; na sequência, laparotomia c) laparotomia de emergência com reanimação volêmica durante a anestesia d) reanimação exclusivamente com soro fisiológi- co, seguida de laparoscopia e) laparoscopia de emergência, com reanimação volêmica em sala operatória SUS-SP – 2019 102. Um rapaz de 18 anos vai ao pronto-socorro com queixa de dor abdominal há 6 dias, asso- ciada a náuseas e inapetência, desde o início do quadro. Refere febre, mas não mediu. Diz que a dor se iniciou em região de mesogás- trio e agora se localiza basicamente em fossa ilíaca direita. Seu estado geral é bom. É feita a hipótese de apendicite aguda, com provável abscesso. É correto afirmar: a) a apendicectomia deve ser preferencialmente por via aberta, quando houver três ou mais dias de história ou leucocitose > 16.000/mm3 b) deve fazer tomografia de abdome e pelve; se tiver abscesso periapendicular bloqueado, é possível fazer o tratamento inicial com drena- gem do abscesso guiada por exame de ima- gem, tratar com antibioticoterapia e programar apendicectomia para outro momento c) se tiver clinicamente sinais sugestivos de sepse, deve ser tratado inicialmente com an- tibioticoterapia e expansão volêmica, retar- dando a apendicectomia para quando estiver estabilizado totalmente d) seu tratamento provavelmente exigirá colecto- mia direita e) a conduta para apendicite aguda é sempre cirurgia de urgência. O diagnóstico é eminen- temente clínico e os exames de imagem não modificam a conduta. Por isso, em princípio, devem ser dispensados UEL – 2019 103. Assinale a alternativa que apresenta, correta- mente, em qual patologia pode estar presente o sinal de Rovsing e o que o caracteriza: a) apendicite aguda e caracteriza-se por diferen- cial das temperaturas axilar e retal maior que 1 grau b) apendicite aguda e caracteriza-se por dor em fossa ilíaca direita provocada pela compres- são retrógada dos gases a partir da compres- são da fossa ilíaca esquerda c) apendicite aguda e caracteriza-se por dor à descompressão brusca no ponto de McBurney d) hipertensão portal e caracteriza-se por pre- sença de circulação colateral periumbilical e) hipertensão portal e caracteriza-se por pre- sença de circulação colateral em região de flancos abdominais UEL – 2019 104. Sobre reparo de hérnias inguinais e sua des- crição, relacione a coluna da esquerda com a da direita. (I) Andrews (A) Reparo imbricado multicamada da parede posterior do canal inguinal com sutura contínua (II) Bassini (B) Reparo livre de tensão com malha (tela) (III) Lichtenstein (C) Sutura dos arcos músculo-aponeuróticos do transverso abdominal e oblíquo interno ou tendão conjunto ao ligamento inguinal (IV) McVay (D) Aproximar aponeurose do transverso do abdome ao ligamento de Cooper (V) Shouldice (E) Três linhas de sutura Assinale a alternativa que contém a associação CORRETA: a) I-B, II-D, III-A, IV-C, V-E b) I-B, II-E, III-A, IV-C, V-D c) I-C, II-D, III-A, IV-B, V-E d) I-E, II-A, III-C, IV-B, V-D e) I-E, II-C, III-B, IV-D, V-A UEL – 2019 105. Mulher, 65 anos de idade, é encaminhada ao pronto-socorro do Hospital Universitário via SAMU do Hospital da Zona Sul, com história de dor e distensão abdominal, há 3 dias, associadas a náuseas e vômitos, há 2 dias, com parada de eliminação de flatos e fezes e, há 1 dia, com vômitos fecaloides. Refere perda ponderal de 6 kg nos últimos 2 meses. No exame físico, apresenta-se com regular esta- do geral, emagrecida, desidratada (3+/4), pulso de 96 bpm, PA = 90 × 60 mmHg, FR = 22 irpm, abdome globoso e distendido, timpânico difusamente, com ruídos hidroaéreos diminuídos e com aspecto de “luta”, massa palpável em quadrante abdominal inferior esquerdo e toque com ampola retal vazia. So- bre esse caso, assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, o provável diagnósti- co sindrômico, o etiológico e a melhor conduta terapêutica a ser tomada. 22 SJT Residência Médica Clínica Cirúrgica | Questões para treinamento a) abdome agudo inflamatório – diverticulite agu- da – analgesia, hidratação e antibioticoterapia b) abdome agudo perfurativo – diverticulite agu- da Hinchey IV – retossigmoidectomia à Hart- mann c) abdome agudo obstrutivo alto – tumor de sig- moide – retossigmoidectomia à Hartmann d) abdome agudo obstrutivo baixo – vólvulo de sigmoide – retossigmoidectomia à Hartmann e) abdome agudo obstrutivo baixo – tumor de sigmoide – retossigmoidectomia à Hartmann UFF – 2019 106. Paciente masculino, 28 anos, apresenta hérnia in- guinal Tipo IIIB de Nyhus, que se caracteriza por: a) ter anel interno dilatado e parede posterior normal b) ser indireta, com anel inguinal interno normal c) ter fraqueza da parede posterior, com anel in- guinal interno normal d) ser direta com tamanho não levado em con- ta, com anel inguinal dilatado e) ser femoral UFF – 2019 107. O orifício miopectíneo está relacionado com: a) a hérnia epigástrica b) as hérnias umbilicais e persistência do condu- to onfalomesentérico c) o canal de Nuck nas mulheres d) a diástase dos músculos retoabdominais na região infraumbilical e) as hérnias inguinais e crurais UFPA – 2019 108. A técnica de McVay para a correção de hérnia é ideal para o tipo Nyhus a) II b) IIIA c) IIIB d) IIIC e) IV UFPA – 2019 109. Na correção das hérnias da parede abdominal com tela, são considerados princípios impor- tantes a utilização de telas: a) microporosas, hemostasia rigorosa, evitar es- paço morto e fios monofilamentares para fixa- ção da prótese de tamanho pouco maior que a área a ser coberta b) microporosas, hemostasia rigorosa, evitar es- paço morto e fios plurifilamentares para fixa- ção da prótese de tamanho pouco maior que área a ser coberta c) macroporosas, hemostasia rigorosa, evitar es- paço morto e fios monofilamentares para fixa- ção da prótese de tamanho ligeiramente maior que a área a ser coberta d) macroporosas, hemostasia rigorosa, evitar es- paço morto e fios monofilamentares para fixa- ção da prótese de tamanho igual à área a ser coberta e) macroporosas ou microporosas, hemostasia rigorosa, evitar espaço morto e fios monofila- mentares para fixação da prótese de tamanho igual à área a ser coberta UFPI – 2019 110. Paciente de 70 anos, cardiopata, diabético será submetido a hernioplastia inguinal com tela. Quanto ao grau de contaminação da feri- da, como se classifica esta cirurgia? a) limpa b) potencialmente contaminada c) contaminada d) potencialmente infectada e) infectada UFPI – 2019 111. São consideradas hérnias raras da parede ab- dominal, EXCETO: a) hérnia de Litreè b) hérnia de Ritcher c) hérnia de Amyand d) hérnia de Garengeot e) hérnia de Spieghel UFPR – 2019 112. Paciente feminina, 52 anos, é internada no se- tor de emergência com quadro de 20 horas de evolução de dor abdominal aguda de forte in- tensidade associada a náuseas e vômitos. A dor localiza-se no andar superior do abdome anterior e irradia-se para o dorso. O hemogra- ma mostra 16.000 leucócitos e a amilase séri- ca é de 3.750 UI/dL. Após atendimento inicial, e com evolução clínica favorável, qual exame complementar está indicado para definição do diagnóstico etiológico mais provável do qua- dro clínico apresentado? a) ultrassonografia endoscópica b) seriografia contrastada de esôfago, estômago e duodeno c) tomografia axial computadorizada d) endoscopia digestiva alta e) ecografia abdominal UFPR – 2019 113. Paciente masculino, 38 anos, é submetido, em caráter de emergência, a laparotomia explo- radora e ulcerorrafia de duodeno por úlcera péptica perfurada em peritônio livre. No 3º dia pós-operatório, apresenta saída de secreção di- gestiva corada por bile pelo dreno abdominal, cuja aferição de débito diário nos próximos 3 231 Questões 2019 SJT Residência Médica dias foi de 950 mL em média. Qual a conduta clínica a seradotada nesse momento? a) reoperar o paciente em regime de urgência, para realizar gastrectomia subtotal à Billroth II com exclusão do duodeno b) iniciar terapia nutricional do tipo parenteral ex- clusiva c) iniciar terapia nutricional do tipo enteral exclu- siva d) reoperar o paciente em regime de urgência, para realizar ressutura da perfuração da úlce- ra duodenal e) iniciar terapia nutricional do tipo parenteral as- sociada a terapia nutricional do tipo enteral UFPR – 2019 114. Levando em consideração a classificação de Nyhus para as hérnias inguinais, é CORRETO afirmar: a) hérnia inguinal que se apresenta com o ânulo inguinal profundo dilatado é do tipo I b) hérnia inguinal direta é do tipo II c) hérnia associada a dilatação do ânulo inguinal profundo e destruição da fáscia transveralis é do tipo III d) hérnia femoral é considerada tipo IV e) hérnias recorrentes não são classificadas UFPR – 2019 115. A respeito da fisiopatologia da apendicite agu- da, considere as seguintes afirmativas: 1. A causa é a obstrução da luz do apêndice cecal. 2. A obstrução arterial é a determinante para a isquemia da mucosa do apêndice. 3. A progressiva distensão do apêndice e is- quemia da mucosa levam à perfuração da pa- rede do apêndice cecal. 4. A flora bacteriana do apêndice cecal é a mesma encontrada no intestino delgado. Assinale a alternativa CORRETA: a) somente a afirmativa 1 é verdadeira b) somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras c) somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras d) somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras e) as afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras UFRN – 2019 116. Durante uma cirurgia para correção de uma hérnia inguinal, pela técnica de Lichtenstein, em paciente masculino, jovem e trabalhador braçal, foi encontrada, associada, uma hér- nia femoral. Nesse caso, a conduta mais ade- quada é: a) manter a técnica de Lichtenstein, deixando a hérnia femoral sem correção, dado seu bai- xo índice de complicações b) manter a técnica de Lichtenstein, apenas adi- cionando fixação de parte da tela ao ligamento pectíneo, obliterando o canal femoral c) abandonar a técnica com tela e realizar o repa- ro de McVay com fio inabsorvível e incisões de relaxamento sobre o tendão conjunto d) abandonar a técnica com tela, realizando re- paro de Shouldice, por meio da sutura do liga- mento pectíneo ao tendão conjunto UFRN – 2019 117. Paciente, 60 anos, dá entrada no pronto aten- dimento com quadro de angina mesentérica tí- pica e de apresentação aguda. A principal cau- sa desse quadro pode ser: a) dissecção arterial b) aterosclerose c) embolia arterial d) trombose de veia mesentérica UFT – 2019 118. A correção de hérnias incisionais abdominais (HIA) permanece como um dos procedimentos cirúrgicos mais comuns, uma vez que ela ocor- re em cerca de 11% das laparotomias. Na cirur- gia aberta, especialmente quando a prótese é colocada acima da camada musculoaponeuró- tica, a profilaxia dos seromas é feita pela: a) drenagem com aspiração fechada e uso sis- temático de cintas contensoras nas primeiras semanas do pós-operatório b) realização de incisões relaxadoras na aponeu- rose c) nenhuma medida é adotada no intraoperató- rio, pois o surgimento de seroma no pós-ope- ratório da correção de hérnia incisional é rara d) drenagem com dreno laminar para em geral ser retirado no primeiro pós-operatório e) drenagem com dreno túbulo laminar para em geral ser retirado no primeiro pós-operatório UNITAU – 2019 119. Homem de 60 anos, portador de epigastralgia de longa data, periódica, apresenta dor abdo- minal súbita e intensa, localizada no andar superior do abdome, taquicardia e hipotensão arterial sistêmica. O abdome é difusamente doloroso à palpação, com rigidez da parede abdominal. Qual o primeiro exame a ser soli- citado para diagnóstico? a) endoscopia digestiva alta b) tomografia abdominal total c) amilase d) eletrocardiograma e) exame radiológico de rotina para abdome agudo 24 SJT Residência Médica Clínica Cirúrgica | Questões para treinamento USP-SP – 2019 120. Homem de 67 anos com dor abdominal difusa, de forte intensidade e início súbito há 1 hora. Refere 2 episódios de vômitos. Nega alteração do hábito intestinal (evacuou ontem) ou sin- tomas urinários. Antecedente de cirurgia de urgência para úlcera gástrica há 25 anos, ta- bagismo (50 maços/ano), etilismo (3 doses de destilado/dia), hipertensão arterial e infar- to agudo do miocárdio há 8 anos. Faz uso de aspirina, atenolol e atorvastatina. Ao exame clínico encontra-se em bom estado geral, agi- tado, FC 110 bpm, FR 16 irpm, anictérico. Ab- dome flácido e doloroso à palpação profunda, sem irritação peritoneal. Exames laboratoriais Hb 15,4g/dL; Leucócitos 17 mil/mm3; Amilase 175 U/L; Lipase 130 U/L; PCR 87 mg/L; gaso- metria venosa com pH 7,31; Lactato 27 mg/dL. Qual a principal hipótese diagnóstica? a) isquemia intestinal b) úlcera perfurada c) pancreatite aguda d) diverticulite aguda perfurada USP-SP – 2019 121. Homem de 49 anos com queixa de dor abdo- minal difusa, em cólica, de início há dois dias, acompanhada de distensão abdominal e vômi- tos, última evacuação há 4 dias. Nega antece- dente de alteração do hábito intestinal e perda de peso. Antecedente de laparotomia devido a trauma abdominal fechado há 13 anos. Nega comorbidades. Ao exame clínico bom estado geral, desidratado 2+/4+, abdome distendido, timpânico, ruídos hidroaéreos aumentados, doloroso à palpação profunda e sem irritação peritoneal. Toque retal com fezes normais na ampola, em pequena quantidade e sem lesões tocáveis. Qual radiografia corresponderia ao quadro clínico atual? a) b) c) d) USP-SP – 2019 122. Homem, 67 anos, procurou o serviço de emer- gência devido a dor e abaulamento na região inguinal direita há 2 horas, após esforço. Nega vômitos e alterações do hábito intestinal. Antece- dentes de tabagismo e infarto agudo do miocár- dio há 2 anos. Faz uso de aspirina 100mg/dia, ate- nolol e atorvastatina. Realizou há 2 meses exame de ecocardiograma que mostrou disfunção sis- tólica com fração de ejeção de 40%. Ao exame clínico encontra-se em bom estado geral com abdome flácido, indolor e abaulamento na região inguinal direita. Realizado diagnóstico de hérnia inguinal. Qual é a conduta neste momento? 251 Questões 2019 SJT Residência Médica a) cirurgia de urgência por inguinotomia sem re- dução da hérnia b) não reduzir a hérnia e correção eletiva após suspensão da aspirina c) redução da hérnia e cirurgia por inguinotomia após 48 horas d) redução da hérnia e acompanhamento ambu- latorial HPM-MG – 2019 123. Em relação às queimaduras e pacientes quei- mados, é CORRETO afirmar: a) a dor é inversamente proporcional à profundi- dade da queimadura b) pacientes com queimaduras de face e pes- coço devem ser submetidos a traqueostomia profilática c) nos pacientes queimados, deve haver dina- mismo no atendimento, oferecendo- se me- dicação analgésica, resfriamento da lesão e medição tranquilizante d) a dieta enteral ou hidratação oral deve ser evita- da nos grandes queimados, optando-se por nu- trição parenteral total para evitar a desnutrição SES-GO – 2019 124. O cuidado na prevenção da úlcera de Curling deve ser observado no acompanhamento de pacientes com: a) varizes de esôfago b) grandes queimados c) tumores neuroendócrinos d) parada abrupta do uso de inibidores de bomba de prótons SES-PE – 2019 125. Homem, 35 anos, vítima de acidente com uma caldeira industrial. Apresenta queimaduras in- dolores circunferenciais em tórax e abdome. Na UTI, entubado, evoluiu com PO2 ↓, PCO2 ↓ e pressão intra-abdominal de 25 mmHg. Qual a terapêutica a ser instituída? a) drenagem torácica bilateral b) “bolsa de bogotá” c) traqueostomia d) ↑ PEEP e a FIO2 e) escarotomia toracoabdominal UFPI – 2019 126. Um dos métodos para determinar a extensão da superfície corporal queimada é a regra de Walla- ce. Sobre este método, é correto afirmar que: a) divide o corpo
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