Buscar

Questões de Tributario N2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

01- Fale sobre o fato gerador, o sujeito passivo, a base de cálculo e a alíquota dos seguintes impostos:
a) IPVA
Autor 1: Renato Grilo
O fato gerador do IPVA é a propriedade de veículo automotor de qualquer espécie, salvo aeronaves e embarcações. Ou seja, IPVA só incide sobre veículos automotores terrestres.
Perceba que é apenas a propriedade que gera incidência de IPVA, e não a mera detenção do veículo, o próprio uso ou mesmo a posse. O IPVA é devido ao local onde o veículo é registrado.
A base de cálculo do IPVA é o valor venal do veículo.
Essas tabelas sofrem uma atualização anual, sem que haja uma violação à legalidade, eis que não há alteração da base de cálculo.
A Constituição Federal autoriza que a fixação da base de cálculo do IPVA não se sujeite ao princípio da anterioridade nonagesimal (art. 150, § 1º). Ou seja, é possível que o Estado, nos últimos dias do ano, altere a tabela de valor venal dos veículos e essa mudança já valha a partir de 1º de janeiro do ano seguinte.
A EC 42/03 estabelece a competência do Senado Federal para a fixação da alíquota mínima, além de prever a possibilidade de fixação de alíquotas diferenciadas de acordo com o tipo de veículo e em função de sua utilização (art. 155, § 6º, da CF/88).
Autor 2: Eduardo Sabbag
É o proprietário de veículo automotor – pessoa física ou pessoa jurídica, presumindo -se como tal aquele em cujo nome o veículo esteja licenciado.
É a propriedade (e não o “uso”) de veículo automotor de qualquer espécie (automóvel, motocicleta, caminhão etc.).
Com efeito, apenas a propriedade gera incidência de IPVA, e não a mera detenção do veículo, o próprio uso ou mesmo a posse.
Do contrário, “as fábricas e os revendedores de automóveis teriam de pagar o IPVA desde o momento em que se completasse a respectiva industrialização ou importação” A propriedade prova -se pelo CRV – Certificado de Registro de Veículo –, sendo também ceito, como prova de propriedade, o documento do licenciamento do ano anterior.
É o valor venal do veículo ou o preço comercial de tabela (= valor de mercado). Utilizam -se as tabelas anuais elaboradas e publicadas pelo poder tributante, que se baseia em publicações especializadas. O preço poderá estar discriminado na Nota Fiscal ou em documentos relativos ao desembaraço aduaneiro (Preço CIF), quando se tratar de produto importado.
A EC n. 42/2003 dispôs, na parte final do art. 150, § 1º, CF, que é exceção à anterioridade nonagesimal a alteração na base de cálculo do IPVA. Portanto, é possível que se proceda à fixação legal do valor venal de um veículo automotor, no fim de ano, e que tal modificação possa ser aplicada no 1º dia do exercício financeiro seguinte.
A alíquota será estabelecida em lei ordinária estadual. Deverá ser proporcional, não existindo limite máximo a ser fixado. No entanto, a EC n. 42/2003 incumbiu ao Senado Federal a estipulação de suas alíquotas mínimas. Ademais, poderá o IPVA ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização do veículo, do que se depreen de uma latente pro gressividade ao imposto em comento (art. 155, § 6º, I e II, CF). Frise -se que tal progressividade não é explícita no texto constitucional, como o é para o IPTU, IR e ITR, parecendo -nos mais o IPVA um imposto que se sujeita à extra fiscalidade, assumindo função regulatória, do que, propriamente, um gravame progressivo.
Autor 3: Alexandre Mazza
O fato gerador do IPVA é propriedade de veículo automotor, assim considerados carros, motos, ônibus e caminhões.
No caso de veículos zero quilômetro considera-se ocorrido o fato gerador na data da aquisição do veículo pelo consumidor final ou quando de sua incorporação ao ativo permanente da empresa. É por essa razão que as montadoras e concessionárias não são contribuintes do IPVA em relação aos veículos novos integrantes de seus estoques na medida em que, enquanto não forem vendidos ao consumidor final, integram o ativo circulante ou realizável da empresa. No caso de veículos usados, o fato gerador ocorre em 1º de janeiro de cada ano.
Contribuinte do imposto é o proprietário do veículo, presumindo-se como tal a pessoa em cujo nome o automóvel esteja licenciado pela repartição competente em 1º de janeiro.
A base de cálculo do IPVA é o valor do veículo tal como definido na tabela oficial definida anualmente pelo Estado tributante.
O IPVA é imposto de alíquota fixa, admitindo-se apenas diferenciação quanto ao tipo e forma de utilização da veículo (art. 155, § 6º, da CF).
Para provas e concursos públicos prevalece amplamente a posição que sustenta a inconstitucionalidade do sistema de alíquotas progressivas no IPVA. Embora alguns autores sustentem a existência de uma “previsão implícita” de progressividade para o IPVA na Constituição de 1988, tal ponto de vista é minoritário.
b) ITCMD
Autor 1: Renato Grilo
O fato gerador é a transmissão de quaisquer bens e direitos recebidos em razão de:
Sucessão causa mortis; Doação.
A base de cálculo do ITCMD é o valor venal do bem. No momento em que há a abertura da sucessão ou a doação, será levado em consideração o valor venal do bem e esta será a base de cálculo.
A Constituição impõe que as alíquotas do ITCMD tenham um teto definido pelo Senado Federal.
Hoje, a alíquota máxima para o ITCMD é de 8% sobre o valor imóvel, conforme a Resolução do Senado.
A jurisprudência sedimentou-se no sentido de que é possível que o ITCMD tenha alíquotas progressivas, desde que levem em consideração a capacidade contributiva do sujeito passivo da obrigação tributária.
Autor 2: Eduardo Sabbag
Ao legislador estadual é concedida a faculdade de eleger o responsável tributário. Por exemplo: se, por ocasião da lavratura do instrumento público, o tabelião não exigiu a prova de quitação do imposto de transmissão (e é obrigado por lei a fazê -lo), ele ficará responsável pelo pagamento do tributo (art. 134, VI, CTN). No caso da doação, o doador pode ser escolhido para ocupar a posição de responsável tributário, caso o donatário não recolha o imposto.
O fato gerador do ITCMD é:
a) transmissão de propriedade de quaisquer bens (por exemplo, bens imóveis ou móveis, tais como: veículos, valores financeiros, títulos de crédito etc.);
b) transmissão (cessão) de direitos em decorrência de: – falecimento de seu titular;
Note o item considerado CORRETO, em prova rea lizada pela FCC, para o cargo de Titular de Serviços de Notas e de Registros (TJ/PE), em 2013: “O Imposto de Transmissão ‘Causa Mortis’ e Doação incidente sobre bens e direitos – ITCMD, tem por fato gerador a abertura da sucessão, que se dá com a morte”.
– transmissão e cessão gratuitas.
A transmissão é a passagem jurídica da propriedade ou de bens e direitos de uma pessoa para outra. Ocorre em caráter não oneroso, seja pela ocorrência da morte (transmissão causa mortis), ainda ou doação (ato de liberalidade).
É imperioso destacar que, conforme o art. 35, parágrafo único, do CTN, nas transmissões causa mortis ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários.
Consoante a dicção do art. 38 do CTN, a base de cálculo será o va lor venal dos bens ou direitos transmitidos e da doação. Em princípio, re presentará o valor de mercado do bem objeto da transmissão, não devendo superá -lo. O cálculo é feito sobre o valor dos bens na data da avaliação, observada a alíquota vigente na data da abertura da sucessão. Ademais, sabe -se que o imposto não é exigido antes da homologação do cálculo.
As alíquotas do ITCMD são fixadas livremente pelos Estados, respeitado o máximo fixado pelo Senado Federal por meio da Resolução n. 9/92 em 8%.
Autor 3: Alexandre Mazza
O fato gerador do ITCMD, no caso de herança, é a transmissão de bens móveis ou imóveis em decorrência da morte. Sobre isso importa destacar que o art. 35, parágrafo único, do CTN prescreve que “nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários”.
Constitui, também, fato gerador do ITCMD a transmissão inter vivos por meio de doação.
Releva indagar sobre o aspecto temporal da hipótesede incidência do ITCMD, isto é, o momento em que se considera ocorrido o fato gerador. Na transmissão causa mortis, a ocorrência do fato gerador opera-se no exato instante do óbito (art. 1.784 do Código Civil).
Quanto à doação extrajudicial de bem móvel, o fato gerador ocorre com a tradição; sendo imóvel, com o registro. Na hipótese de doação judicial, como no caso de separação em juízo, o fato gerador se dá com a homologação da partilha.
O contribuinte do imposto é o herdeiro ou o legatário, vale dizer, a pessoa beneficiada pela transmissão causa mortis. Na hipótese de doação, o legislador estadual pode definir como contribuinte do ITCMD o doador ou o donatário, já que ambos têm relação direta e pessoal com a ocorrência do fato gerador (art. 121, parágrafo único, I, do CTN).
Embora a Constituição de 1988 não faça qualquer referência à progressividade do ITCMD, nem sua aplicação seja defendida pela doutrina, no julgamento do RE 562.045/RS o Supremo Tribunal Federal passou a admitir a aplicação de alíquotas progressivas no ITCMDSTF.
c) IPTU
Autor 1: Renato Grilo
O fato gerador do IPTU é a propriedade, domínio útil ou a posse de um bem imóvel, desde que esteja localizado na zona urbana do município.
O critério é o da localização, mas a depender da destinação do imóvel, o STJ entende que poderá caber a incidência de ITR e não de IPTU.
As ficções jurídicas estabelecidas pelo art. 80 do Código Civil, que fala de direitos reais sobre imóveis, direito à sucessão aberta e direitos reais sobre imóveis, são todas considerados por ficção jurídica como bens imóveis.
Todavia, as ficções jurídicas ali estabelecidas não geram a incidência do IPTU, o qual somente incide sobre prédio ou terreno.
A base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel, não sendo considerados os bens móveis que guarnecem o prédio ou a propriedade.
Atente-se que a atualização do valor venal do imóvel por índices oficiais de correção não representa majoração da base de cálculo.
Consequentemente, poderá ser feita por ato do Poder Executivo, por meio de decreto. A Súmula 160 do STJ diz que é defeso ao município atualizar o IPTU mediante decreto em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.
A fixação da base de cálculo do IPTU é exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal, mas precisa observar a anterioridade anual.
As alíquotas poderão ser livremente estipuladas pelos Municípios, desde que, obviamente, não sejam tão elevadas a ponto de caracterizar um confisco, o que é vedado constitucionalmente.
Existem três critérios de diferenciação de alíquota no IPTU:
Progressividade de alíquota em razão do valor do imóvel (art. 156, § 1º, I);
Progressividade de alíquota em razão da função social da propriedade (art. 182, § 4º, II): aumento de alíquotas para desestimular que o imóvel fique não edificado, inutilizado ou subutilizado.
Extrafiscalidade pela localização e uso (art. 156, § 1º, II).
Autor 2: Eduardo Sabbag
A sujeição passiva do IPTU abrange aquele que detém qualquer direito de gozo, relativamente ao bem imóvel, seja pleno ou limitado.
Segundo o art. 32 do CTN, o fato gerador do IPTU será “a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município”
A base de cálculo do IPTU será o valor venal do bem imóvel, não se considerando o valor dos bens móveis mantidos em caráter permanente ou temporário no imóvel, conforme se depreende do art. 33 e de seu parágrafo único do CTN. Quanto à dimensão semântica da expressão “valor venal”, pode -se afirmar que é crível considerar tal valor como o preço à vista que o imóvel alcançaria se colocado à venda em condições normais no mercado imobiliário. Todavia, a avaliação do valor do imóvel sempre será uma questão tormentosa.
O art. 97, IV, do CTN prevê que a base de cálculo do tributo deverá ser originariamente prevista em lei, em prol da estrita legalidade tributária. Não obstante, o Poder Executivo pode, em momento superveniente, vir a realizar uma alteração na também chamada “base imponível”.
Sabe -se que a alíquota, a par da base de cálculo, é uma grandeza dimensional do fato gerador. Revela -se por meio de índice de percentagem, que permitirá a aferição do quantum tributário a pagar.
Naturalmente, avoca a inafastável previsão em lei, em homenagem ao princípio da legalidade tributária (art. 97, IV, CTN), cuja mitigação se dá apenas no casos dos tributos extrafiscais (II, IE, IPI, IOF, CIDE - Combustível e ICMS -Combustível). O IPTU, no plano das alíquotas, por não fazer parte do rol retrocitado, não pode se distanciar da estrita legalidade.
Autor 3: Alexandre Mazza
O fato gerador do IPTU é a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física localizado na zona urbana do Município (art. 32 do CTN).
De acordo com o parágrafo único do art. 32 do CTN, considera-se zona urbana aquela definida em lei municipal, desde que beneficiada por melhorias públicas mencionadas em pelo menos dois dos incisos abaixo transcritos:
Contribuinte do IPTU é o proprietário do imóvel. Sendo inviável cobrar o tributo do proprietário, então o titular do domínio útil ou o possuidor a qualquer título responde pela dívida tributária. É que o art. 34 do CTN menciona como contribuintes, sucessivamente, o dono do imóvel, o titular do domínio útil e o possuidor, estabelecendo verdadeiro benefício de ordem em favor destes últimos, que somente poderão ser acionados para quitação da dívida na hipótese de restarem frustradas as tentativas, por parte do Fisco, de cobrança junto ao proprietário
A base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel, assim considerado o produto da multiplicação de sua metragem pelo preço do metro quadrado definido na planta genérica de valores (propriedade territorial), somado com o quantum da área construída (propriedade predial
d) ISS
Autor 1: Renato Grilo
O fato gerador do ISSQN é a prestação de serviços que esteja na lista anexa da LC 116/03.
O STF, na Súmula Vinculante 31, diz que é inconstitucional a incidência de ISS sobre operações de locação de bens móveis, pois não há prestação de serviço.
O STF entende que o arrendamento mercantil, a depender do tipo, poderá admitir ou não a incidência do ISSQN.
Lembrando que o arrendamento mercantil possui três modalidades:
Leasing operacional: não incide ISSQN. Há aqui uma locação com direito de compra ao final do contrato;
Leasing financeiro: incide ISSQN, pois há aqui um serviço de financiamento;
Leasing back: aqui também se trata de um financiamento.
Segundo a Súmula n. 167 do STJ, o fornecimento de concreto, por empreitada, para construção civil, preparado no trajeto até a obra em betoneiras acopladas a caminhões, é prestação de serviço, sujeitando-se à incidência do ISS.
O STJ, na Súmula n. 274, entende que o ISS incide sobre o valor dos serviços de assistência médica, incluindo-se neles as refeições, os medicamentos e as diárias hospitalares. Seria a soma dos valores gastos no hospital pelo paciente. Sobre esse valor incidirá o ISS.
Conforme a Súmula n. 424, é legítima a incidência de ISS sobre os serviços bancários congêneres da lista anexa ao Decreto-Lei 406/68 e à LC 56/87.
O contribuinte do ISS é o prestador do serviço.
A base de cálculo do ISS é o preço do serviço. Permite-se abater do serviço os valores dos materiais fornecidos pelo prestador.
Segundo a Súmula n. 524 do STJ, no tocante à base de cálculo, o ISSQN incide apenas sobre a taxa de agenciamento, quando o serviço prestado pela sociedade empresária de trabalho temporário for de intermediação, devendo, entretanto, englobar também os valores dos salários e encargos sociais dos trabalhadores por ela contratados nas hipóteses de fornecimento de mão de obra.
Essa Súmula se refere às empresas de agenciamento, como é o caso das empresas que fazem a intermediação de serviços. No entanto, se a empresa tiver uma equipe e ela for colocada para realizar o serviço, sobre esse total que é pago à equipe incidirá o ISS.
O ISS poderá ter alíquotas fixas,quando prestado pelo profissional autônomo.
Todavia, o ISS poderá ter alíquotas proporcionais. Essas alíquotas são utilizadas na tributação de serviços prestados por pessoa jurídica.
As alíquotas são determinadas pela legislação municipal. No entanto, as alíquotas deverão obedecer aos limites mínimos e máximos estabelecidos em lei complementar.
A LC n. 116 estabelece que a alíquota máxima do ISSQN é de 5% (art. 8º, II).
A alíquota mínima não vem prevista na LC n. 116/03, motivo pelo qual continua valendo o art. 88 do ADCT. Portanto, hoje, a alíquota mínima do ISS é de 2%.
Autor 2: Lucas Borba de Oliveira
É comum encontrar a definição de fato gerador como sendo uma situação abstrata, descrita na lei, a qual, uma vez ocorrida em concreto, enseja o nascimento da obrigação tributária. Amílcar Falcão, em sua obra "Fato gerador da obrigação tributária" descreve o fato gerador como sendo "o conjunto de fato, a que o legislador vincula o nascimento da obrigação jurídica de pagar um tributo determinado".
O Art. 1º da Lei Complementar nº 116/2003 cita o fato gerador do ISS como sendo "a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador".
Em relação ao fato gerador da respectiva obrigação tributária dispõe a Constituição Federal, em seu Art. 156, III que compete aos municípios instituir imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em Lei Complementar.
Assim, a causa jurídica que dá lugar à incidência do ISS é a seguinte situação de fato gerador: prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador definidos na presente Lei Complementar. Seguindo a linha de raciocínio, os serviços não contemplados na lista de serviços anexa a legislação, não podem ser tributados pelo ISS.
O aspecto quantitativo do ISS é expresso pela base de cálculo e alíquota.
A base de cálculo fornece critérios para mensuração correta do aspecto material de incidência tributária, tanto mede o fato imponível como determina a modalidade do tributo que será exigido do contribuinte, é a dimensão da materialidade do tributo.
O caput do Art. 7º da Lei Complementar nº 116/2003 considera a base de cálculo do ISS como sendo o preço do serviço, fazendo algumas ressalvas para os itens 3.04, 7.02 e 7.05 da lista anexa, quais sejam: caso o serviço seja prestado em mais de um município, a base de cálculo será proporcional à aplicada em ambos, e possíveis materiais fornecidos pelo prestador de serviços não entram na base de cálculo. É importante ressaltar, também, que o preço a qual se refere o legislador é o preço bruto, não o preço líquido.
A alíquota é o percentual fixado por lei ordinária municipal, a ser aplicado sobre a base de cálculo para obtenção do valor do imposto devido, na seguinte fórmula:
(base de cálculo) X (alíquota) = (ISS)
A Constituição Federal estabelece que a lei complementar deve fixar alíquotas máximas e mínimas do ISS. Contudo, a LCP nº 116/2003 não fixou alíquota mínima, somente máxima, em 5%, de acordo com seu Art. 8º. Dessa forma, a alíquota mínima, por ora, é fixada em 2% pelo artigo 88, inciso I, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórios, inserido pela Emenda Constitucional nº 37/2002. Dessa forma, o preço do ISS é calculado da seguinte forma: (preço do serviço) X (2% - 5%) = (ISS)
Autor 3: Alexandre Mazza
 Como a noção de serviço é muito ampla, o Texto Constitucional delegou ao legislador complementar da União a tarefa de definir quais serviços devem recolher ISS. Nesse sentido, o art. 156, III, da CF determina que compete aos municípios instituir impostos sobre: III – serviços de qualquer natureza “definidos em lei complementar”
O contribuinte do ISS é o prestador do serviço (art. 5º da Lei Complementar n. 116/2003).
A base de cálculo do ISS varia de acordo com o tipo de contribuinte17: 1) no caso de prestação de serviços na forma de trabalho pessoal, o valor do imposto é fixo (art. 9º, § 1º, do Decreto-lei n. 406/68) 2) no caso de prestação de serviços por empresas, a base de cálculo é o preço do serviço (art. 7º da Lei Complementar n. 116/2003); 3) no caso da prestação de serviços por sociedades profissionais, o valor é calculado multiplicando o montante fixo do tributo pelo número de profissionais que a integrem (art. 9º, § 3º, do Decreto-lei n. 406/68).
Compete a cada município definir a alíquota do ISS aplicável em seu território. No entanto, o legislador municipal deve respeitar as alíquotas mínima de 2% e máxima de 5% (arts. 88 do ADCT e 8º da Lei Complementar n. 116/2003).
e) ITBI
Autor 1: Renato Grilo
O fato gerador do ITBI é a transmissão inter vivos por ato oneroso de bens imóveis, de direitos reais sobre bens imóveis, com exceção dos direitos de garantia, bem como da cessão de direitos à aquisição do bem imóvel.
Segundo o STJ, o fato gerador do ITBI é essa transmissão, e a transmissão e a alteração de titularidade de bem imóvel se dá com o registro imobiliário.
Vale ressaltar que a CF/88 diz que o ITBI não incidirá sobre a transmissão sobre bens e direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica para fins de realização do capital social.
Além disso, não incide ITBI sobre a transmissão de bens e direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo, no caso de cisão ou extinção da pessoa jurídica, se a atividade principal do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou ainda o arrendamento mercantil.
Esses são casos de imunidade, pois a não incidência do imposto está prevista na Constituição.
O contribuinte do ITBI é o adquirente ou o alienante, a depender do que dispuser a legislação municipal.
Podem ser considerados responsáveis (art. 134):
Tabeliães;
Oficiais de registros de imóveis.
A base de cálculo do ITBI é o valor venal do imóvel ou dos bens e direitos que estão sendo transmitidos.
O ITBI é um tributo sujeito a lançamento por homologação.
Via de regra, o sujeito preenche a guia, recolhe o imposto e não há qualquer medida fiscalizadora por parte do município.
Após, o município fiscalizará o pagamento do tributo.
Autor 2: Eduardo Sabbag
O sujeito passivo do ITBI pode ser qualquer uma das partes da operação tributária de transmissão de bem imóvel, tanto o transmitente quanto o adquirente, conforme se depreende do art. 42 do CTN. Entretanto, no plano da sujeição passiva, pode despontar a importante figura do responsável tributário
É fato gerador do ITBI a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso (e não gratuito), de bens imóveis (e não móveis), por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição (art. 156, II, da CF e art. 35 do CTN).
É base de cálculo do ITBI o valor venal dos bens imóveis transmitidos ou direitos reais cedidos (art.38 do CTN). Vale dizer que a base de cálculo será o valor de mercado (ou preço de venda, à vista, em condições normais de mercado), sendo irrelevante o preço de venda constante da escritura. De outra banda, entende-se que deve prevalecer o valor da escritura (ou, até mesmo, o do carnê do IPTU).
As alíquotas do ITBI são proporcionais, estabelecidas em lei municipal, incidindo em percentagem única sobre as bases de cálculo.
As alíquotas do ITBI são proporcionais, estabelecidas em lei municipal, incidindo em percentagemúnica sobre as bases de cálculo.
Autor 3: Alexandre Mazza
O fato gerador do imposto é a “transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição” (art. 156, II, da CF).
O ITBI não incide sobre registros em cartório de: a) hipoteca; b) compromisso de compra e venda simples (já que tal contrato não opera transferência da propriedade imobiliária);
c) usucapião.
Cabe à legislação municipal determinar o contribuinte do imposto, podendoser o comprador ou vendedor. Na maioria dos municípios brasileiros, a lei atribui ao adquirente o dever de pagar o ITBI.
A base de cálculo do ITBI é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos (art. 38 do CTN), e não o preço do negócio celebrado entre as partes.
A alíquota do ITBI será fixada pela legislação municipal, vedada aplicação de alíquotas progressivas.
01
-
 
Fale sobre o fato gerador, o sujeito passivo, a base de cálculo e a alíquota dos 
seguintes impostos:
 
a)
 
IPVA
 
Autor 1: Renato Grilo
 
O fato gerador do IPVA é a propriedade de veículo automotor de qualquer espécie, 
salvo aeronaves e embarcações. Ou seja, I
PVA só incide sobre veículos 
a
utomotores 
terrestres.
 
Perceba que é apenas a propriedade que gera incidência de IPVA, e não a mera 
detenção do veículo, o próprio uso ou mesmo a posse.
 
O IPVA é devido ao local onde 
o veículo é registrado.
 
A base de cálculo d
o IPVA é o valor venal do veículo.
 
Essas tabelas sofrem uma atualização anual, sem que haja uma violação à 
legalidade, eis que não há alteração da base de cálculo.
 
A Constituição Federal autoriza que a fixação da base de cálculo do IPVA não se 
sujeite ao p
rincípio da anterioridade nonagesimal (art. 150, § 1º). Ou seja, é possível 
que o Estado, nos últimos dias do ano, altere a tabela de valor venal dos veículos e 
essa mudança já valha a partir de 1º de janeiro do ano seguinte.
 
A EC 42/03 estabelece a compet
ência do Senado Federal para a fixação da alíquota 
mínima, além de prever a possibilidade de fixação de alíquotas diferenciadas de 
acordo com o tipo de veículo e em função de sua utilização (art. 155, § 6º, da CF/88).
 
Autor 2: Eduardo Sabbag
 
É o proprietár
io de veículo automotor 
–
 
pessoa físic
a ou pessoa jurí
dica, presumindo 
-
se como tal
 
aquele em cujo
 
nome o veículo esteja licencia
do.
 
É a propriedade (e não o “uso”) de veículo automotor de qualquer espécie 
(automóvel, motocicleta,
 
caminhão etc.).
 
Com efeit
o, apenas a propriedade gera incidência de IPVA, e não a mera detenção 
do veículo, o
 
próprio uso ou mesmo a posse.
 
Do contrário, “as fábricas e os revendedores de automóveis teriam de pagar o IPVA 
desde o momento
 
em que se completasse a respectiva in
dustri
alização ou 
importação” 
A 
 
propriedade
 
prova 
-
se pelo CRV 
–
 
Certificado de Registro de Veículo 
–
, sendo também 
 
ceito,
 
como prova de propriedade, o documento do licenciamento 
do ano anterior.
 
É o valor venal do veículo ou o preço comercial de tabela (= val
or de mercado). 
Utilizam 
-
se as
 
tabelas anuais elaboradas e publicadas pelo poder tributante, que se 
01- Fale sobre o fato gerador, o sujeito passivo, a base de cálculo e a alíquota dos 
seguintes impostos: 
a) IPVA 
Autor 1: Renato Grilo 
O fato gerador do IPVA é a propriedade de veículo automotor de qualquer espécie, 
salvo aeronaves e embarcações. Ou seja, IPVA só incide sobre veículos automotores 
terrestres. 
Perceba que é apenas a propriedade que gera incidência de IPVA, e não a mera 
detenção do veículo, o próprio uso ou mesmo a posse. O IPVA é devido ao local onde 
o veículo é registrado. 
A base de cálculo do IPVA é o valor venal do veículo. 
Essas tabelas sofrem uma atualização anual, sem que haja uma violação à 
legalidade, eis que não há alteração da base de cálculo. 
A Constituição Federal autoriza que a fixação da base de cálculo do IPVA não se 
sujeite ao princípio da anterioridade nonagesimal (art. 150, § 1º). Ou seja, é possível 
que o Estado, nos últimos dias do ano, altere a tabela de valor venal dos veículos e 
essa mudança já valha a partir de 1º de janeiro do ano seguinte. 
A EC 42/03 estabelece a competência do Senado Federal para a fixação da alíquota 
mínima, além de prever a possibilidade de fixação de alíquotas diferenciadas de 
acordo com o tipo de veículo e em função de sua utilização (art. 155, § 6º, da CF/88). 
Autor 2: Eduardo Sabbag 
É o proprietário de veículo automotor – pessoa física ou pessoa jurídica, presumindo 
-se como tal aquele em cujo nome o veículo esteja licenciado. 
É a propriedade (e não o “uso”) de veículo automotor de qualquer espécie 
(automóvel, motocicleta, caminhão etc.). 
Com efeito, apenas a propriedade gera incidência de IPVA, e não a mera detenção 
do veículo, o próprio uso ou mesmo a posse. 
Do contrário, “as fábricas e os revendedores de automóveis teriam de pagar o IPVA 
desde o momento em que se completasse a respectiva industrialização ou 
importação” A propriedade prova -se pelo CRV – Certificado de Registro de Veículo 
–, sendo também ceito, como prova de propriedade, o documento do licenciamento 
do ano anterior. 
É o valor venal do veículo ou o preço comercial de tabela (= valor de mercado). 
Utilizam -se as tabelas anuais elaboradas e publicadas pelo poder tributante, que se

Continue navegando