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1 IMPACTOS NO DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................. 2 1. IMPACTOS NO DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL ...... 3 1.1Necessidade Interpessoal .......................................................................... 4 1.2Gestão do conhecimento e desenvolvimento profissional ......................... 5 1.3 Coaching Profissional ............................................................................... 7 1.3.1 Coaching com Orientação para resultados ........................................ 8 1.3.2 Ikigai ................................................................................................... 8 2.RELAÇÕES COM OS PROFISSIONAIS ....................................................... 10 2.1Relações de Trabalho .............................................................................. 10 2.1.1 A teoria das relações humanas ........................................................ 13 2.1.2 Como melhorar as relações humanas no trabalho ........................... 14 2.2Cargos, Carreiras e Remuneração .......................................................... 17 2.2.1 Programa de Planos e Carreiras ...................................................... 17 2.2.2 Remuneração ................................................................................... 19 2.3Compromentimento e disciplina no Trabalho ........................................... 21 2.3.1Como melhorar a disciplina no trabalho ............................................ 22 2.4 Administração de Conflitos e Negociação .............................................. 23 3.QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ........................................................ 24 3.1Motivação ................................................................................................ 24 3.2 Benefícios do coaching de vida .............................................................. 26 3.3 Valorização e segurança das pessoas ................................................ 27 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 31 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 1. IMPACTOS NO DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL Nos últimos anos o mundo do trabalho sofreu mudanças radicais e rápidas. O foco antes nas máquinas e processo passou a ser direcionado nas pessoas, buscando inovação e valorização do ser humano com o objetivo de melhor resultado organizacional. O coaching veio para revolucionar a forma de pensar, e agir pessoal, social e empresarial. Um dos maiores desafios das pessoas é ter o autocontrole de sua própria vida, emoções, sentimentos, definir metas e traçar um caminho a seguir. A sociedade nunca foi tão fútil e nunca houve tantas doenças emocionais entre profissionais liberais e empresários de qualquer área, pois, estão perdidos, sem direção e não sabem lidar com suas emoções. Todas essas mudanças afetam no geral as estratégias empresariais e é necessário criar uma nova forma de gestão de pessoas, preparando-as para um alto padrão de desempenho individual e coletivo. O sucesso das organizações depende das pessoas e suas competências. Hoje o capital mais importante é o ser humano, seu conhecimento, criatividade, saber trabalhar de forma coletiva, adaptar-se às mudanças e capacidade de aprendizagem contínua. É necessário motivá-los e conduzi-los em busca da felicidade pessoal e profissional. O coaching surgiu como uma forma de promover uma ligação das pessoas com o que há de mais importante dentro de cada uma delas, explorando todo o poder pessoal que habita o íntimo de cada indivíduo, com sua experiência de vida, desejos e objetivos. Quando as pessoas estão centralizadas nelas próprias, elas conseguem atingir o sucesso, alavancar resultados e ajustar comportamentos. 4 Ao ingressar em uma empresa, as pessoas trazem seus anseios, expectativas, desejos e aspirações e buscam satisfazer suas necessidades, que não são apenas financeiras, como descreve a pirâmide de Maslow: As pessoas, quando ingressam em uma empresa, precisam conhecer suas responsabilidades, alinhar suas expectativas e mensurar seus resultados, afim de evitar impactos no desenvolvimento profissional e pessoal. 1.1Necessidade Interpessoal William Schutz, quando estuda os grupos humanos, define três zonas de necessidade interpessoal: 5 A necessidade interpessoal é satisfeita quando ocorre o equilíbrio entre essas três zonas. Primeiro, passa-se a fase de inclusão, depois de controle e, por fim, de afeição. Vamos detalhar essas zonas: Inclusão: as pessoas têm necessidade de serem consideradas por outra pessoa. Não só serem consideradas, mas conseguirem despertar o interesse alheio. Controle: relaciona-se com o respeito pela competência e pela responsabilidade dos outros, além da consideração dos demais pela competência e responsabilidade próprias. Afeição: é o sentimento mútuo, é o amar e ser amado, é o reconhecimento das diferenças. 1.2Gestão do conhecimento e desenvolvimento profissional Teixeira Filho (2000) afirma que o conhecimento, visto como vantagem competitiva, leva as organizações a conhecerem mais a si próprias, as pessoas, os processos (memória organizacional) e seu ambiente competitivo (inteligência competitiva). Também usam esse conhecimento para gerar resultados, sendo mais eficientes e eficazes que a concorrência. Dutra (2004) acredita que as organizações e as pessoas representam uma troca contínua de experiências: as organizações desenvolvem as pessoas, não apenas para a empresa, mas para a sociedade, e as pessoas desenvolvem suas capacidades, transferindo para a organização seu aprendizado. Segundo Dutra (2004, p. 24), “são as pessoas que, ao colocarem em prática seu patrimônio de conhecimentos da organização, concretizam as competências organizacionais e fazem sua adequação ao contexto”. Existem dois tipos de conhecimento, de acordo com Nonaka e Takeuchi (1997): tácito e explícito. Segundo os autores, o conhecimento tácito é aquele disponível e que não se encontra formalizado em meios concretos, e o conhecimento explícito é aquele que pode ser armazenado, por exemplo, em 6 documentos, manuais, bancos de dados ou em outras mídias. Os autores identificaram quatro modos de conversão entre conhecimento tácito e explícito: • Processo de externalização é a transformação do conhecimento tácito em explícito; • Processo de internalização é transformação do conhecimento explícito em tácito; • Processo de combinaçãoé a interação entre conhecimentos explícitos para geração de novos conhecimentos; e • Processo de socialização é interação entre conhecimentos tácitos. (Nonaka; Takeuchi, 1997, p. 79) Desenvolver pessoas é, acima de tudo, incentivar o auto - desenvolvimento para a busca de uma renovação dos conhecimentos, das habilidades e das atitudes. O treinamento está focado no presente, em melhorar o desempenho a curto prazo e em corrigir falhas e dificuldades atuais. O desenvolvimento de pessoas está direcionado para o futuro, preparando pessoas para assumir outros cargos ou posições a médio e longo prazo; inclui o treinamento, a carreira e outras experiências e se alinha com os objetivos estratégicos da organização. Os programas de T&D são processos de aprendizagem que provocam mudanças e um amadurecimento profissional e individual, agregando conhecimentos, desenvolvendo habilidades e atitudes e mudando conceitos. Cada nova aprendizagem gera uma nova lacuna no conhecimento. 7 1.3 Coaching Profissional O coaching tem como objetivo trazer a tona as habilidades dos colaboradores, desenvolve e libera o potencial de uma pessoa para expandir seu desempenho, é um processo individual mesmo que desenvolvido em grupo, ajuda o indivíduo com um processo de aprendizagem. É um modelo que incrementa a capacidade e eficiência das pessoas, nos relacionamentos e nas interações, sempre com metas especificas e com vistas a gerar resultados. Muitas questões subjetivas e inconscientes impedem pessoas de se expressarem, conviverem com a diversidade, serem tolerantes a frustrações impossibilitando a qualquer um de nós utilizar nossas potencialidades no exercício de atividades e profissão, consequentemente dificultam nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Algumas patologias sérias podem também nos acometer ao longo de nossa vida pessoal e profissional fazendo- nos interromper ou suspender nossa vida pessoal e/ou profissional temporariamente ou por um longo tempo. 8 1.3.1 Coaching com Orientação para resultados O coaching executivo é planejado e executado com foco em resultados desejados específicos. O executivo, seu coach, e a organização iniciam o processo decidindo quais as metas fundamentais do coaching. E então, chegam a um acordo sobre os resultados específicos para cada meta. Os membros- chaves da parceria de coaching assinam um plano de coaching por escrito que especifique os prazos-limites esperados para alcançar cada meta. Meios de avaliação apropriados são aplicados a cada meta, incluindo relatórios de acompanhamento e feedback. As atividades propriamente ditas, durante e entre as sessões de coaching, mantêm o foco especificamente em alcançar as metas que foram acordadas para o executivo e sua organização. 1.3.2 Ikigai A ideia do ikigai surgiu no Japão e ganhou popularidade nos últimos anos, quando se tornou pauta de diferentes livros e estudos. Esses conteúdos evidenciaram a importância das questões existenciais para o sucesso e felicidade de cada um, seja na área profissional ou pessoal. Para tanto, os estudiosos recomendam autoconhecimento e a identificação da nossa paixão, missão, profissão e vocação. 9 Ikigai é um termo japonês que descreve a razão por que alguém levanta da cama todos os dias, ou seja, sua motivação para viver. Na terra do Sol Nascente, a palavra é bastante conhecida e tem um significado dinâmico, que envolve uma procura constante por atividades que provocam satisfação individual e coletiva. Partindo dessa noção, especialistas e autores difundiram o ikigai como uma verdadeira filosofia de vida, com base na premissa de que, para viver mais e melhor, é necessário encontrar um ou mais propósitos. “Se você encontra algo que dê sentido à sua vida, isso o faz seguir em frente e o mantém motivado”. Como temos, ao longo do dia, diferentes fontes de realização pessoal e profissional, é natural que haja mais de um ikigai, e que tenham diferentes dimensões.Assim, uma mesma pessoa pode definir aulas voluntárias para populações carentes como ikigai maior, e uma leitura leve à noite como ikigai menor. Coaching ikigai é um tipo de coaching que utiliza uma metodologia inspirada na filosofia japonesa. Através de consultorias, ferramentas de planejamento e técnicas tradicionais de coaching, o treinamento é direcionado a diferentes esferas da vida e da carreira do aluno – ou coachee. A ideia de se manter ativo conecta o ikigai, também, à esfera profissional, sustentando a tese de que é possível – e fundamental – ter prazer no trabalho. O coaching ikigai usa ferramentas como: Programação Neurolinguística (PNL) Constelação Organizacional e Familiar Psicologia Positiva Análise comportamental Focalização 10 Âncoras de Carreira Tomada de Decisão Planejamento Estratégico Comunicação Efetiva Na sociedade atual, marcada pela velocidade das mudanças, imediatismo, valorização de conquistas materiais e produtividade, existe uma forte tendência à realização das tarefas de modo mecânico. Tentando fazer o dia render mais, é comum cairmos na armadilha do piloto automático, vivendo em um ciclo vicioso sem questionar – e, às vezes, sem saber – porquê estamos fazendo algo. Simplesmente montamos listas de tarefas e as seguimos, o que pode resultar em uma existência vazia de significado e, por consequência, de satisfação e momentos felizes. O ikigai tem o potencial de revelar um propósito maior, atribuindo um sentido à vida. 2.RELAÇÕES COM OS PROFISSIONAIS 2.1Relações de Trabalho Relações humanas no trabalho são as interações que ocorrem na empresa. Trata-se do relacionamento entre colaboradores e entre chefes e funcionários. Por isso, é algo que vai além da hierarquia e dos processos da empresa, impactando diretamente no convívio diário no ambiente de trabalho. Assim, boas relações no trabalho dependem de competências interpessoais, ou seja, da capacidade de se comunicar com outros. Elas ocorrem em momentos como: Delegação de tarefas pelo líder Reuniões Trabalho em equipe Troca de ideias entre colaboradores. Ou seja: a todo momento, na rotina de uma empresa, é preciso criar relações humanas. 11 De modo geral, as relações humanas no trabalho determinam o clima organizacional da empresa. Assim, se as relações são conturbadas, o ambiente de trabalho é permeado por estresse, conflitos e desmotivação da equipe. Por isso, manter um bom relacionamento com colegas é fundamental para a criação de um ambiente positivo, que favorece o trabalho em equipe, a cooperação e a produtividade. Para Matt Petryni, em um artigo para a revista Chron, as relações humanas no trabalho são parte importante do que faz um negócio funcionar, uma 12 vez que funcionários devem trabalhar em conjunto, comunicar ideias e gerar motivação. “Sem uma cultura de local de trabalho estável e convidativa, desafios difíceis podem surgir tanto na logística de gerenciamento de funcionários quanto no resultado final”, aponta. Em artigo para a revista Forbes, Paolo Gallo, assessor sênior do presidente do Fórum Econômico Mundial de Genebra, diz que relações positivas no trabalho baseadas em respeito, cooperação e confiança são essenciais para a felicidade. “Temos que internalizar que o networking não funciona quando nos envolvemos com as pessoas apenas quando precisamos delas: precisamos ser doadores constantes de nosso tempo, atenção, respeito e ajuda”, pontua. O bom desenvolvimento de relações humanas depende da interação entre pessoas de diferentes grupos da empresa, de modo a não criar divisões no ambiente de trabalho. Para ser um bom profissional, é preciso agregar as competênciastécnicas e interpessoais e, ainda assim, entregar uma boa performance no cargo que ocupa. 13 2.1.1 A teoria das relações humanas A Teoria das Relações Humanas surgiu na década de 1930, no estado de Illinois, nos Estados Unidos. As conclusões da teoria vêm de um estudo realizado em 1927 na Western Electric Company, uma fábrica em Chicago. Tratava-se da Experiência de Hawthorne, realizada pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos e coordenada por George Elton Mayo. O objetivo era estudar a relação entre a iluminação na fábrica e a eficiência dos funcionários. A descoberta foi de que o comportamento dos operários era influenciado, na verdade, por fatores psicológicos e sociais presentes no ambiente. 14 2.1.2 Como melhorar as relações humanas no trabalho Confira a seguir três dicas para construir melhores relações no trabalho. 1. Comunicação eficaz Comunicação eficaz é um fator chave para melhorar as relações humanas no trabalho. É ela que permite a troca de ideias, a solução de eventuais conflitos entre colaboradores e o respeito mútuo. Falar com clareza e respeito, assim como saber ouvir os colegas, é fundamental para estabelecer uma comunicação eficaz. 2. Feedback 360º O feedback 360º é uma ferramenta de gestão de pessoas em que cada colaborador é avaliado levando em conta a percepção de si mesmo, colegas, chefes e subordinados. Ou seja: é uma forma de avaliar como o perfil de cada pessoa é percebido na empresa, identificar competências a serem 15 desenvolvidas e pontos fortes.Claro que, para funcionar, o feedback 360º demanda a comunicação eficaz e, sobretudo, críticas construtivas apontadas com respeito. Modalidade de avaliação em que se busca um amplo leque de opiniões sobre o funcionário. Todos os colaboradores respondem perguntas sobre todos os outros e, às vezes, até de fornecedores e clientes. Os colaboradores recebem o feedback do que os outros (de forma consolidada) acham dele. O colaborador forma um perfil de como é visto pelo grupo, suas qualidades e defeitos. Cria-se um sentimento de busca da melhoria. A liderança pode alinhar com ele um programa de aprimoramento, com metas e providências a serem tomadas. Quanto mais opiniões, mais acurada a avaliação. O objetivo é levar à melhoria contínua do desempenho do colaborador. 16 3. Inteligência Emocional A inteligência emocional é fundamental para que o individuo compreenda a maneira como reage a determinadas situações e de que modo é possível gerenciar as suas emoções no trabalho. Isso impede que ele tenha atitudes impulsivas que possam prejudicar a relação com colegas, das quais você pode se arrepender depois. A inteligência interpessoal é a habilidade de lidar com outras pessoas, capacidade de entender o que motiva essas pessoas, como elas trabalham, como trabalhar em cooperação com elas. Em face de questões de segurança no trabalho, o desafio é reconhecer os comportamentos potencialmente perigosos de outros e saber como contorná-los, mobilizando neles também a importância dessa percepção. Pessoas que apresentam esse tipo de inteligência em nível elevado são hábeis em: a) Organizar grupos – desenvolvem a habilidade essencial da liderança, com iniciativa e coordenação de esforços de um grupo, além da habilidade de obter do grupo a cooperação espontânea e reconhecimento de sua liderança. b) Negociar soluções – representam o papel do mediador, prevenindo e resolvendo conflitos. c) Sensibilidade social – detectam e identificam sentimentos e motivações das pessoas. d) Promover empatia (sintonia pessoal) – entendem e respondem de modo apropriado aos desejos e sentimentos dos outros, canalizando-os ao interesse comum. A inteligência intrapessoal é a capacidade de relacionar-se consigo mesmo e de autoconhecimento, é a habilidade de administrar sentimentos e emoções em favor de seus projetos. É a inteligência da autoestima. As pessoas com bom nível deste tipo de inteligência apresentam facilidade em formar um 17 modelo verdadeiro e preciso de si mesmo e de usá-lo de forma efetiva e construtiva. Por exemplo, usar o medo em benefício próprio, em prol de manter- se alerta diante de situações de risco, ao invés de deixar que o medo paralise até mesmo o raciocínio. Goleman (1995) acaba por resumir as habilidades da inteligência emocional em cinco principais: 1)Autopercepção – capacidade de as pessoas conhecerem a si próprias, em termos de seus comportamentos frente às situações de sua vida social e profissional, além do relacionamento consigo mesmo. 2)Autocontrole – capacidade de gerir as próprias emoções, seu estado de espírito e seu bom humor. 3)Automotivação – capacidade de motivar a si mesmo e realizar as tarefas e ações necessárias para alcançar seus objetivos, independentemente das circunstâncias. 4)Empatia – habilidade de comunicação interpessoal de forma espontânea e não verbal, e de harmonizar-se com as pessoas. 5)Práticas sociais – capacidade de relacionamento interpessoal e de trabalho em equipe. 2.2Cargos, Carreiras e Remuneração 2.2.1 Programa de Planos e Carreiras 18 Não há dúvida, de que para uma empresa montar uma equipe extraordinária de colaboradores considerados competentes e diferenciados, terá que montar uma estratégia para ser tornar atraente a estes colaboradores. A necessidade de satisfazer os desejos e aspirações dos colaboradores dentro da empresa não pode ser ignorada como fator de vantagem competitiva. Quando um colaborador entende claramente as vantagens dos benefícios que são propostos e consegue enxergar o caminho de progressão e crescimento na empresa, pode traçar um plano estratégico pessoal de treinamentos, estudos e atitudes para galgar patamares elevados dentro dessa carreira de progressão. Ele terá um sentimento de que seu futuro dependerá de suas escolhas, a satisfação de progredir na empresa, através de ganho de conhecimento, habilidade e formação, e a auto realização de progredir. Além disso, define as regras para a administração salarial e estabelece parâmetros técnicos e justos para a diferenciação da remuneração entre os colaboradores e os cargos; e busca isometria salarial entre os cargos de empresas da região. O objetivo é que o colaborador não se sinta injustiçado ao achar que um colega de trabalho ganha mais realizando a mesma tarefa. Ou ainda, perceber, através de anúncios, que empresas concorrentes ou de outros segmentos oferecem uma remuneração muito mais atraente para funções e cargos compatíveis com o seu atual. As vantagens são inúmeras: A motivação da equipe (Pessoas motivadas são mais eficientes, produtivas e comprometidas com sua função); Redução de “ turnover” (redução da rotatividade de entrada e saída de pessoas na empresa); Retenção de talentos 19 2.2.2 Remuneração O termo salário se refere somente àquilo que a empresa oferece pela prestação de serviços do colaborador à empresa. Já o termo remuneração é mais abrangente, pois corresponde a um pacote que envolve, além do salário fixo, recompensas (bônus, participação nos resultados, premiações como viagens etc.) e benefícios (planos de saúde, de seguro de vida, previdência privada, refeições e transporte pagos etc.) aos funcionários em troca dos seus esforços e da sua dedicação à empresa e serve para motivar as pessoas e comprometê-las com a organização. As empresas precisam desenvolver sistemas de remuneração eficazes para proporcionar motivação, retenção e interesse das pessoas em permanecer na organização. 20 Um bom programa de remuneração e recompensas alavanca o comprometimento,já que as recompensas, aliadas aos desafios, tendem a fazer o empregado “vestir a camisa da empresa” e comprometer-se com os resultados. Algumas críticas aos métodos tradicionais são apresentadas por Wood Junior e Picarelli Filho (2004, p. 84-86), entendendo- -se que tais sistemas promovem um modelo burocrático de gestão, inibem a criatividade e o espírito empreendedor, aumentam a hierarquia, promovem foco na obediência de regras e não em resultados, não têm orientação estratégica e não encorajam o desenvolvimento de competências. Os autores apontam ainda os seguintes problemas em relação a esses sistemas tradicionais: inflexibilidade, falsa objetividade, metodologia desatualizada, anacronismo e divergência. • Inflexibilidade – Os sistemas tradicionais tratam atributos diferentes com os mesmos parâmetros, de forma homogênea, sem considerar particularidades das empresas, áreas e funções. • Falsa objetividade – A aparente racionalidade apresenta uma visão reducionista da realidade organizacional. Pressupõe uma linha de autoridade definida, atividades principais bem alinhadas por procedimentos e normas e pouca variação de responsabilidades. Porém, as necessidades de flexibilidade e agilidade estão mudando os processos de trabalho e derrubando esses pressupostos. 21 • Metodologia desatualizada – Os sistemas tradicionais são trabalhosos e inflexíveis, têm vida curta e dificuldade para avaliar cargos multifuncionais. • Conservadorismo – Reforçam a estrutura burocrática, com foco nas hierarquias em detrimento dos processos críticos e do cliente. • Anacronismo – Empresas mais modernas e em fase de mudanças, mas que mantêm um sistema de remuneração tradicional, encontram dificuldades no processo de mudança. • Divergência – Existe dificuldade em colocar o foco em objetivos comuns, não se consideram a visão de futuro e o planejamento estratégico. A administração de salários é o conjunto de ações e processos que definem ou mantêm uma política de salários justa e equivalente ao mercado. 2.3Compromentimento e disciplina no Trabalho Os vínculos estabelecidos entre as pessoas no trabalho não precisam ser baseados em laços afetivos, conforme já foi dito. Isso porque, muitas vezes, somos levados a fazer escolhas afetivas, o que pode nos conduzir a ações impulsivas, colocando em risco os outros e a nós mesmos. As escolhas, quando afetivas, podem prejudicar um grupo de trabalho, por exemplo, na situação de se privilegiar um ou outro componente em detrimento de outros ou até 22 demasiada subordinação à figura do líder, abdicando da própria criatividade e autonomia na tomada de decisões. Ainda existem diferentes modos de se estabelecer estes vínculos, que serão o motor daqueles comportamentos desejáveis numa organização para que se aprimorem desempenhos, se devidamente trabalhados. Chamamos de comprometimento o vínculo positivo que se estabelece entre as pessoas e as organizações e que é objeto de estudo da psicologia das organizações, visando à obtenção de vantagens e resultados. No entanto, para isso ocorrer, é preciso que a empresa ofereça condições para que seus funcionários atinjam seus objetivos pessoais. Um elevado nível de comprometimento contribui para o aumento do desempenho do trabalhador porque se comprovou através de pesquisas que esse fator desencadeia comportamentos e atitudes desejáveis. A análise do comprometimento organizacional torna possível compreender melhor a natureza dos processos psicológicos envolvidos na escolha da identificação com os objetivos em seu ambiente de trabalho. O comprometimento não é apenas um vínculo, envolve o desejo de manter o mesmo curso de ação, um sentimento de responsabilidade em transformar objetivos e metas em realidade. Também vai além da simples lealdade à empresa, tendo a ver com a real preocupação com o sucesso da organização em que se trabalha e do bem-estar dos colegas. Assim, o comprometimento se desdobra em diferentes focos, definidos tradicionalmente pelos estudiosos em: valores, organização, carreira, trabalho e sindicato. 2.3.1Como melhorar a disciplina no trabalho Método de enriquecimento de Tarefas (do trabalho) – Herzberg Esse enriquecimento é também conhecido como job enrichment ou enriquecimento de cargos. Trata-se de uma reorganização e ampliação de um cargo para proporcionar adequação a quem ocupa aquele posto. O intuito é aumentar a satisfação, agregando variedade (diversidade de tarefas), autonomia (para tomada de decisões), significado das tarefas (entendimento do trabalho), identidade das tarefas (identificação com aquilo que se realiza) e feedback (retroação). Há dois tipos de enriquecimento: 23 • Lateral/horizontal: busca de atividades de igual complexidade/responsabilidade. • Vertical: busca de atividades mais complexas e com maiores responsabilidades. 2.4 Administração de Conflitos e Negociação O Coaching é uma ferramenta de autoconhecimento e de desenvolvimento de potencialidades – e a gestão de conflitos é uma delas. O processo de Coaching na gestão de conflitos pode ser altamente positivo. Através dele é possível analisar o cenário do ponto de vista de uma terceira pessoa. Dessa forma o indivíduo consegue olhar de fora para o problema e assim tem mais facilidade para considerar as opções que auxiliam a gerenciar a questão, projetando as melhores abordagens para cada indivíduo. Além disso, o método ajuda no desenvolvimento de uma série de habilidades interiores – como oratória, adaptabilidade, flexibilidade, persuasão e receptividade. A metodologia pode servir de apoio para uma série de pontos, que vão desde os conflitos nas relações profissionais até desacordos familiares ou conflitos comerciais. Através do Coaching, você receberá suporte para elaborar um plano de ação para lidar com o conflito e enxergar o quadro todo com mais clareza. Tudo para que você possa tomar as melhores decisões e proceder com uma boa gestão de conflitos – não importa em qual quadrante de sua vida ele estiver se manifestando. Segundo CCL (Center of Creative Leadership) existem sete formas de respondermos a um conflito, sendo que quatro delas são consideradas Respostas Construtivas Ativas e três Respostas Construtivas Passivas. As Respostas Construtivas Ativas podem ser usadas quando se deseja envolver a outra pessoa diretamente na resolução do conflito. Essas respostas ajudam a entender o ponto de vista do outro e a gerar soluções de forma conjunta. As Respostas Construtivas Passivas são utilizadas principalmente quando estamos nos preparando para resolver um conflito. Elas auxiliam a pensar sobre as questões que estão gerando o conflito, tornando-nos mais receptivos, calmos e abertos às novas ideias. 24 RESPOSTAS CONSTRUTIVAS ATIVAS Alterando a perspectiva: coloque-se no lugar da outra pessoa, tentando entender o ponto de vista e a motivação do outro; Criando soluções: identifique pontos de concordância buscando o ganho para ambos os lados; Expressando as emoções: explique para a outra pessoa como se sente e os motivos, sem culpá-la; Alcance: admita a sua responsabilidade dentro do processo. RESPOSTAS CONSTRUTIVAS PASSIVAS Reflexão: pare para observar e refletir sobre a sua reação; Atraso na resposta: evite dar respostas quando estiver emocionalmente abalado; Adaptação: ajuste a sua abordagem à situação. 3.QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO 3.1Motivação Um dos problemas que mais afeta os resultados positivos de uma empresa é a falta de motivação por parte de seus colaboradores, empresas que buscam eficácia, requerem um comportamento participativo e motivado de todos os seus colaboradores, sem motivação e compromisso as empresas não conseguiriam atingir suas metas com eficiência e eficácia.Empresas que têm o quadro de profissionais desmotivados geralmente têm problemas para obter os objetivos planejados, sejam eles financeiros, de qualidade, ou de produtividade, 25 um individuo motivado tem mais comprometimento com seu trabalho e busca cada vez mais se aperfeiçoar e contribuir para o sucesso de “sua” empresa. ‘É a paixão com que o individuo exerce uma missão, alcançando satisfação quando os objetivos são alcançados” (Aquino, 1970, p.239). Quando se estuda a motivação, os gestores estão preocupados com os motivos que fazem com que as pessoas se comportem de determinada maneira. Podemos dizer que a motivação é uma força motriz incorporada pelos indivíduos, por meio da qual eles tentam alcançar um objetivo específico, com o intuito de satisfazer uma necessidade ou expectativa. Motivação é “motivar a ação”. A motivação pode ser entendida como um combustível para a produtividade da organização, onde proporciona indivíduos cada vez mais comprometidos com as suas funções, a qual pode ser também definida como uma ação dirigida e ativada por um conjunto de necessidades, emoções, valores, metas e expectativas. Pode se por assim dizer que, motivação é a força responsável por estimular as pessoas para realizar determinada ação, sendo a mesma oriunda das próprias necessidades humanas, e por isso as empresas estão cada vez mais preocupadas em manter seus colaboradores motivados, por mais tecnologia que possa existe nas organizações sempre haverá um ser humano por traz dessa maquina, nem que seja apenas para programa-la, em partes as empresas estão preocupados em manter seus colaboradores motivados, pois motivação também pode ser sinônimo de resultados positivos. Podemos classificar as motivações da seguinte forma: • Motivação extrínseca: diz respeito às recompensas que são “tangíveis”, tais como o pagamento e benefícios adicionais, acomodação ou refeição subsidiadas, segurança no trabalho, promoção, contratação de serviços, ambiente e condições de trabalho. • Motivação intrínseca: relativa às recompensas “psicológicas” e aos sentimentos, tais como a satisfação pessoal no trabalho, a oportunidade de enfrentar desafios e de se realizar, críticas favoráveis, reconhecimento e tratamento com consideração e atenção. 26 3.2 Benefícios do coaching de vida Para Buttazzi (2011), o cliente se transforma na pessoa que deseja ser, identifica seus valores, direciona a sua vida, alcança maior organização e tempo para dedicar a novos projetos de vida, maior conhecimento de si mesmo, desenvolvimento pessoal e profissional, aumenta a confiança e segurança em suas ações, foco, o cliente se torna mais assertivo e motivado, mantem a sua vida em equilíbrio, conquista harmonia, autocontrole, alegria e uma vida mais feliz. O cliente aumenta o controle sobre a sua vida, permite maior clareza nos objetivos de vida e mais energia para atingi-los, passara a ter hamonia com seus valores, o cliente se torna mais feliz e sua vida mais satisfatória. Profissionalmente obterá maiores resultados e será eficaz, tomará posse de todos os recursos dos quais já dispõe para atingir suas metas. Segundo Whithmore (2006), Os benefícios do coaching superam e muito as barreiras da vida, proporciona mudança cultural, facilita o aprendizado, desenvolve melhores relacionamentos, mais tempo, melhora a utilização das habilidades pessoais, 27 aumenta a flexibilidade e adaptabilidade, estimula ideias mais criativas, aumenta a motivação e traz melhoria na qualidade de vida dos indivíduos. 3.3 Valorização e segurança das pessoas A valorização é uma questão estratégica na gestão de pessoas e está atrelada aos processos de motivação, retenção e desenvolvimento de talentos. Proporcionar e manter a segurança e a estabilidade aos empregados é uma tarefa árdua, mas fundamental para assegurar um baixo turnover na empresa, comprometimento dos funcionários e estabilidade organizacional mínima, para que, por consequência, a instituição conte com a força de trabalho de seus colaboradores. A higiene no trabalho está diretamente relacionada às condições ambientais e de segurança, que garantem a saúde e o bem-estar do trabalhador. Um ambiente saudável deve conter condições ambientais físicas que protejam o corpo físico do funcionário e as condições psicológicas e sociológicas saudáveis que evitem descontroles emocionais e estresse ocupacional. 28 Um programa de higiene e segurança no trabalho deve ocupar-se com questões relativas ao espaço físico da empresa, como controle da iluminação, ergonomia, garantia de ventilação, controle da temperatura e proteção contra ruído. Outra preocupação é o fator psicológico relacionado à qualidade do ambiente de trabalho. Devem ser incentivados relacionamentos saudáveis e devem ser proporcionadas atividades motivadoras e liderança participativa. • Os processos de higiene e segurança no trabalho devem fazer parte da cultura da empresa, do cotidiano, desenvolvendo hábitos saudáveis e responsáveis em cada indivíduo. • A gestão de segurança é uma atividade que deve ser coletiva para que alcance o sucesso esperado. A capacitação e a conscientização dos indivíduos propiciam as condições mínimas para que eles colaborem efetivamente para uma gestão saudável no ambiente em que trabalham A ergonomia deve proporcionar um ambiente de trabalho favorável, produtivo, saudável e seguro, minimizando o desgaste físico e emocional que resulta em doenças ocupacionais e estresse. 29 Em relação a segurança do trabalho, o programa deve estabelecer um sistema de indicadores estatísticos de acidentes, para que se elabore um relatório de providências e haja o estabelecimento de regras e procedimentos. Trata-se do conjunto de medidas e atitudes tomadas para prevenir acidentes, de modo a diminuir as condições inseguras do ambiente e implantar programas preventivos. A empresa que tem um programa de segurança e qualidade de vida no trabalho, focados na motivação e na qualidade de vida no trabalho têm sido alvo de discussão como fator de aumento de produtividade pela retenção dos talentos humanos em um ambiente competitivo, pensando na satisfação do empregado e no aumento da produtividade, com toda certeza irá potencializar os resultados potenciais e profissionais. As demandas do mundo do trabalho exigem profissionais altamente qualificados, portadores de competências técnicas e comportamentais que atendam às necessidades das empresas na geração de criatividade, iniciativa e inovação. “Tudo é para ontem”, “O trabalho não pode parar”, “O tempo corre”. Essas frases são repetidas em todas as esferas da hierarquia das organizações que buscam os novos modelos de gestão. São frequentes nas empresas as reclamações de dores de cabeça, falta de memória, irritação e cansaço extremo. Essa agitação traz consequências à saúde do trabalhador, que podem ser sérias, se não forem tomadas medidas de prevenção para evitar ou controlar o estresse. As doenças funcionais, causadas pelo estresse, têm evidenciado um quadro preocupante. A qualidade de vida no trabalho passa a ser um diferencial 30 competitivo nas indústrias e assegura uma conscientização para a organização do trabalho, o bem-estar dos colaboradores e o aumento da produtividade. Para finalizarmos, trouxemos na figura abaixo um modelo do formulário de pesquisa de clima, que pode ser aplicado/adaptado a qualquer organização. 31 REFERÊNCIAS MILITÃO, A.; MILITÃO, R. Histórias e fábulas aplicadas a treinamento. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. OLIVEIRA. Vitor Lopes de. A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E SALÁRIOS NA GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS.UFSC Knapik, Janete. Gestão de pessoas e talentos [livro eletrônico] / Janete Knapik. –Curitiba: Ibpex, 2012. 2 MB ; PDF. https://www.cloudcoaching.com.br/gestao-de-conflito-na-lideranca/(acesso em 05/09/2020) Psicologia do trabalho / Luiz Carlos Teixeira Bohrer. – Santa Maria : UFSM, CTISM, Rede e-Tec Brasil, 2013. 114 p. : il. ; 28 cm. COBERO. Claudia. IMPACTO DA FERRAMENTA COACHING DE VIDA NO DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL DOS CLIENTES DE UMA EMPRESA DE TREINAMENTO.SEGET. Outubro. AEDB
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