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1 INTELIGÊNCIA COMPETITIVA 1 SUMÁRIO NOSSA HISTÓRIA ................................................................................................. 2 INTRODUÇÃO A INTELIGÊNCIA COMPETITIVA.................................................. 3 FOCO ..................................................................................................................... 3 ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL ............................................................................. 4 PROFISSIONAIS DE INTELIGÊNCIA DEVEM: ...................................................... 5 AS NECESSIDADES DE UM PROCESSO DE INTELIGÊNCIA COMPETITIVA .... 5 INTELIGÊNCIA COMPETITIVA, PROCESSO DECISÓRIO E ESTRATÉGIA ........ 7 AS BASES DA INTELIGÊNCIA COMPETITIVA ................................................... 12 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA INTELIGÊNCIA COMPETITIVA .......... 15 UNIDADES DE INFORMAÇÃO ............................................................................ 16 A INTELIGÊNCIA COMPETITIVA E O PROFISSIONAL DA INFORMAÇÃO ....... 17 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 19 REFERENCIA ...................................................................................................... 20 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 INTRODUÇÃO A INTELIGÊNCIA COMPETITIVA Pode-se definir a Inteligência Competitiva (IC) como um serviço de inteligência voltado para organizações, uma atividade especializada, permanentemente exercida com o objetivo de produzir informação acionável (Inteligência) de interesse de um determinado ator e da salvaguarda desta informação contra ações adversas de qualquer natureza. Para tanto, deve investigar o ambiente onde a empresa (ou organização) está inserida, com o propósito de descobrir oportunidades e reduzir os riscos, bem como diagnosticar o ambiente interno, visando o estabelecimento de estratégias de ação a curto, médio e longo prazo. A inteligência competitiva pode se definir, também, como um processo de aprendizado motivado pela competição, fundado sobre a informação, permitindo esta última a otimização da estratégia corporativa em curto e em longo prazo. E, que é um processo contínuo cuja maior complexidade está no fato de estabelecer relações e conexões de forma a gerar inteligência para a organização, na medida em que cria estratégias para cenários futuros e possibilita tomada de decisão de maneira mais segura e assertiva. Foco Assim, a IC tem como foco a identificação de vantagens competitivas, a velocidade e objetividade de sua utilização e a simplicidade de seu funcionamento, possibilitando a 4 utilização da informação relevante como insumo fundamental para a proposição de estratégias e para a tomada de decisão. Outro aspecto relevante da IC é entendê-la como um processo composto, apoiado por elementos essenciais como a cultura e a comunicação organizacional, as atividades de prospecção e monitoramento informacional e as tecnologias de informação e comunicação. Referindo-se, também, a um modelo de gestão sistêmico que se transforma a cada momento, buscando evoluir de um estado para outro supostamente melhor. Atuação do profissional O trabalho do profissional de Inteligência envolve a análise de dados, dos resultados. Sendo assim, faz parte das atribuições do profissional de inteligência: a produção de informações que evitem que as organizações sejam surpreendidas; a análise de impactos das informações produzidas sobre o futuro e a proposição de ações; e a produção de informações que auxilie a elaboração do planejamento estratégico da organização e de planos, inclusive os de contingência. Para tanto, os profissionais de inteligência são treinados para juntar fragmentos de informação e integrá-los para compreender o todo e antecipar as mudanças que ocorrerão no ambiente, evitando que a organização seja surpreendida. O profissional de Inteligência deve alertar sobre a exigência de movimentos consolidados que se estenderão no futuro, podendo trazer oportunidades ou riscos para a organização. Esse processo inicia-se com a identificação das principais questões ligadas a sua área de atuação. Em seguida, devem-se verificar quais as variáveis apresentam comportamento tendencioso, mantendo, assim, a organização informada. Para entendermos o processo para obtenção de IC pode-se recorrer a sete passos para seu funcionamento contínuo: 1. Identificar os “nichos” de inteligência internos e externos à organização; 2. Prospectar, Acessar e Coletar os dados, informações e conhecimento produzidos internamente e externamente à organização; 5 3. Selecionar e Filtrar os dados, informações e conhecimento relevantes para as pessoas e para a organização; 4. Tratar e Agregar Valor aos dados, informações e conhecimento mapeados e filtrados, buscando linguagens de interação usuário / sistema; 5. Armazenar através de Tecnologias de Informação os dados, informações e conhecimento tratados, buscando qualidade e segurança; 6. Disseminar e transferir os dados, informações e conhecimento através de serviços e produtos de alto valor agregado para o desenvolvimento competitivo e inteligente das pessoas e da organização; 7. Criar mecanismos de feedback da geração de novos dados, informações e conhecimento para a retroalimentação do sistema. Profissionais de inteligência devem: monitorar permanentemente o ambiente; manter redes de especialistas; conhecer os métodos e as “ferramentas” da prospectiva; saber identificar e classificar as sementes de futuro; analisar os estudos de futuro e identificar os impactos na organização; propor ações e construir planos de contingencia; ter conhecimento aprofundado e monitorar sistematicamente os principais agentes de mudança; AS NECESSIDADES DE UM PROCESSO DE INTELIGÊNCIA COMPETITIVA Para se definir as necessidades de um processo de Inteligência Competitiva (IC), deve-se começar revendo os planos estratégicos da empresa, organogramas e 6 relatórios mensais de gestão. O propósito deste primeiro passo é identificar as principais estratégias da empresa e suas áreas críticas, permitindo o mapeamento dos seus potenciais provedores e usuários de inteligência. O segundo passo é a definição dos principais concorrentes. Se a lista inicial tiver mais do que cinco concorrentes, então, significa que se deve refazê-la. Normalmente, os gerentes de nível afirmam: “nós temos de 100 a 200 concorrentes chaves”. Isso é impossível. Para eliminar qualquer dúvida a respeito, deve-se usar o princípio de Pareto. Isto é, deve-se identificar os 20 % de empresas que detêm os 80 % da concorrênciano mercado. A partir desta identificação, deve-se focalizar em um ou dois concorrentes-chave para se conceber o processo de IC. Trata-se de identificar as forças e as fraquezas relativas desses principais concorrentes, focalizando-se naquele que representa a maior ameaça. O próximo passo é a definição de uma estratégia geral para a concepção e o desenvolvimento do processo de IC. A parte principal desta etapa deve incluir a estimativa de custos da concepção e do desenvolvimento do processo de IC, bem como os custos de sua manutenção. Os custos da concepção e do desenvolvimento representam os custos do projeto do processo de IC, incluindo os softwares, hardwares e assinatura de base de dados. Os custos de manutenção incluem os salários do(s) coordenador(es), encargos das bases de dados, clippings, custos de desenvolvimento de softwares, pesquisas externas e serviços de consultoria. Após completar os passos do planejamento, deve- se encontrar os potenciais “campeões” da empresa para uma pré-venda do conceito de IC. Normalmente, em todas as organizações, têm executivos chave na organização que tenham a visão necessária para prover suporte ao plano de inteligência competitiva. O processo de inteligência tem sido alocado na área de marketing, P & D e, até mesmo, garantia de qualidade. A área funcional específica que será abordada é de pouca importância. O que interessa é que a audiência seja composta por “campeões” .A aprovação de um processo de IC, por parte de um executivo sênior, nem sempre é necessária. Afinal, a maioria desses executivos acredita que a captação de inteligência já está formalizada na empresa. Eles assumem que alguém na área de marketing já está coordenando este esforço. Se eles soubessem. Como já apresentado em outro artigo, aqui publicado, a captação 7 de inteligência deve focalizar os fatores críticos de sucesso. O ideal é que esses fatores sejam traduzidos em indicadores chaves de controle, mensuráveis, para que a atividade competitiva possa ser medida tanto qualitativa quanto quantitativamente. Alguns fatores levam, eles mesmos, a uma análise quantitativa mais diretamente do que outros. Por exemplo, se a participação no mercado é um fator de sucesso, é fácil identificar um indicador chave de controle. Contudo, medir um indicador chave como imagem é mais difícil porque fatores subjetivos são mais difíceis de serem quantificados. O próximo passo é determinar as bases nas quais a empresa compete no mercado. Ela compete em preço, qualidade, diferenciação ou outro fator? Por exemplo, se a empresa não compete em preço, não se deve focalizar os esforços de coleta de dados e de relatórios nos preços dos produtos e serviços dos concorrentes. Enfim, após ter sido definida a informação estratégica que se quer que o processo produza, deve-se definir o tipo, nível de detalhe e a frequência da disseminação desta informação para os seus principais usuários. Inteligência Competitiva, Processo Decisório e Estratégia De acordo com Felix Jr. (2003), o mundo está passando por grandes transformações econômicas, políticas, culturais e tecnológicas que carregam consigo uma grande carga de incerteza e complexidade que, se de um lado, enseja ameaças de desaparecimento às organizações que não conseguirem se adaptar, por outro lado, oferece oportunidades de expansão. Dentre as alternativas que as empresas têm buscado para sobreviver nesse complexo ambiente, o autor enumera as seguintes: Reestruturação de custos, em consequência da aparição de novos competidores, que podem estar distantes, ter estruturas de custos diferentes ou pertencer a modelos econômicos distintos; Redução de riscos, mediante o estabelecimento de alianças tecnológicas e comerciais e maior cooperação com seus intermediários; Redistribuição de tarefas, com o uso das novas tecnologias, que diluem os limites das tarefas tradicionais; 8 Gestão de tempo eficaz, pois o novo ambiente exige detecção imediata das tendências e necessidades do mercado, para oferecer uma reação 27 instantânea às demandas dos clientes, evitando desgastes desnecessários na imagem da organização. Contudo, para a empresa manter a capacidade de competir no mercado, ela necessita ter uma Vantagem Competitiva. Para garantir vantagem competitiva, Gomes e Braga (2002) afirmam que as organizações devem monitorar o fluxo de informações relativo aos elementos do chamado Sistema Competitivo, como forma de se antecipar às mudanças, enxergar oportunidades e observar com olhos críticos o panorama sócio-econômico. O Sistema Competitivo, segundo Thomas (2000), é composto por três subsistemas: Operações, Ambiente Local e Ambiente Externo. O Subsistema Operações compreende as atividades da organização (Produção, Vendas, Marketing, Recursos Humanos, Pesquisa & Desenvolvimento, Tecnologia da Informação) e é influenciado pelo subsistema Ambiente Local, que inclui todas as características internas da organização que podem, de certa maneira, influenciar um elemento em particular (ex.: estilo de liderança, capacidade de gerenciamento, cultura organizacional, ciclo de vida da organização, core competencies). Ambos os subsistemas representam a organização e são dependentes e influenciados pelo Ambiente Externo que os cercam. Os elementos do Ambiente Externo são representados pelos concorrentes, mercado, indústria, a realidade política e econômica, os consumidores, os fornecedores e fatores sociais e demográficos. A Figura 1 representa o Sistema Competitivo. 9 Segundo Roedel (2002), para fazer o acompanhamento e a avaliação dos elementos do Sistema Competitivo e das informações advindas dele, as empresas vêm, cada vez mais, resgatando o processo de Planejamento Estratégico como instrumento de gestão, confirmando a necessidade de que a partir de estudos do ambiente externo, as empresas conseguem identificar as fontes de vantagem competitiva necessárias para operarem no mercado numa perspectiva de longo prazo. Segundo Ansoff (1993), a definição da Estratégia da empresa é realizada a partir de dois grandes processos estruturados. O primeiro processo é o Planejamento, que parte de uma análise das perspectivas da empresa para identificar os aspectos que podem alterar as tendências históricas e novas áreas de negócio compatíveis com suas capacidades. O segundo é a Administração Estratégica que incorpora ao processo de Planejamento, as potencialidades da organização: qualificação e mentalidade dos 10 principais administradores; cultura; estrutura interna de poder; sistemas e estrutura gerencial e capacidade de gestão. Embora considerem essa forma tradicional de se fazer planejamento fundamental na definição do direcionamento estratégico das empresas, Perry (1993) e Mintzberg (2000) informam que as opções estratégicas (para onde as empresas deverão ir) não surgirão apenas de ações intencionais, mas também de ações que não foram planejadas, isto é das ações decorrentes da interação cotidiana com o meio ambiente. Segundo estes autores, são essas ações, principalmente em períodos de grandes mudanças, que possibilitarão a realização de estratégias emergentes e diferenciadas. O problema é que os processos formais de Planejamento não permitem que os planejadores façam uma imersão crítica no cotidiano a fim de reduzir seus níveis de abstração e aproximar o dia-a-dia do longo prazo. Seu ciclo demorado e conduzido fundamentalmente por especialistas em planejamento, tem dificuldades na identificação desses caminhos e na implementação de ações em velocidade compatível com a dinâmica da organização. Com isso, a Estratégia demora a incorporar o dia-a-dia aos processos organizacionais. Por outro lado, mais habituados à condução de ações cotidianas enfocando apenas a eficiência operacional no curto prazo, muitos executivos e gerentes têmdificuldades na realização de ações com foco em longo prazo. Resultado: dificuldades de operacionalizar Estratégia. Segundo Mintzberg (2000), a saída para esse dilema seria o processo de Planejamento estratégico permitir aos seus profissionais mergulharem no cotidiano para ficarem mais próximos dos gerentes e da realidade e, ao mesmo tempo, permitir uma maior participação dos gerentes no estabelecimento e 30 implementação da Estratégia, em um permanente processo de Aprendizagem Organizacional. Argyris e Schon (1974, apud Ganesh e Zaveri, 2001) explicam que no processo de Aprendizagem Organizacional, as organizações detectam e corrigem os próprios erros, melhoram o desempenho de suas funções, cumprem bem sua missão e 11 alcançam mais rapidamente seus objetivos. Quando não aprendem, não conseguem se adaptar adequadamente e, com isso, acabam por degradar sua capacidade de competir, ficando mais expostas ao processo de extinção. A escola do aprendizado tem assumido grande relevância nos últimos anos, por enfatizar a importância do Conhecimento e seu objeto de estudo, a Informação, como a principal fonte de vantagem competitiva para as organizações. Arie de Geus (1998) e Levy e Authier (1995) destacam que capital, terra e trabalho, pilares do desenvolvimento da sociedade, já não comandam as transformações sociais, papel que está sendo cada vez mais assumido pelo Conhecimento e seu principal objeto de estudo a Informação. De acordo com Porter (1996), Ansoff (1993), Perry (1993) e Mintzberg (2000), sendo fonte de vantagem competitiva, a informação passa a ser muito relevante para a formulação da estratégia empresarial. É através da informação que a organização identifica antecipadamente possíveis manobras de concorrentes, introduz novos produtos e atua em novos mercados. Quanto mais rápido e eficientemente a informação chegar à organização, mais oportunidades poderão ser aproveitadas. É neste contexto que surge a Inteligência Competitiva. Sua capacidade de gerar insumos em períodos de tempo mais curto do que o normalmente associado às metodologias tradicionais de pesquisa e planejamento (meses e não anos), além da ênfase em perspectivas estratégicas, possibilitaria decisão acionável, antecipada e embasada no que de fato está acontecendo no ambiente competitivo. Segundo Roedel (2005), ao introduzir os conceitos de Inteligência Competitiva para a realização de um monitoramento contínuo e dinâmico do ambiente externo, o processo de planejamento adquire maior agilidade e atualidade no levantamento das informações necessárias à definição de estratégias. Para autores como Tyson (1998) e Prescott e Gibbons (1993), a associação entre informação, inteligência e estratégia dominará a prática de negócios no século XXI, pois a rápida absorção, análise, seleção e disseminação da informação precisará ocorrer continuamente se a empresa quiser superar os demais competidores nos 12 mercados atuais e emergentes. E com base nesse entendimento do ambiente que as estratégias serão formuladas. AS BASES DA INTELIGÊNCIA COMPETITIVA Para que a Inteligência Competitiva aconteça de maneira eficaz na organização, é necessária a implantação da prospecção e do monitoramento informacional, assim como as gestões da informação e do conhecimento, criando entre si uma cadeia, na qual o bom funcionamento de I. C. será comprometido pela falta de algum dos fatores descritos abaixo. PROSPECÇÃO E MONITORAMENTO INFORMACIONAL Considerados elementos essenciais à Inteligência Competitiva, a prospecção e o monitoramento informacional estão na base do processo para o tratamento e disponibilização dos dados, informação e conhecimento que sejam de interesse para a organização. Valentim, define prospecção como ”[...] método ou técnica que visa a identificação de dados, informação e conhecimento relevantes para a organização.” Através dessa técnica é possível fazer um mapeamento das fontes de informação que são necessárias para alimentar os diferentes setores da organização. O monitoramento informacional “[...] é o método ou técnica de observação e acompanhamento constante de dados, informação e conhecimento relevantes ao negócio da organização” (VALENTIM; MOLINA, 2004). Esse monitoramento visa qualificar o processo de I. C., atentando quando há necessidade de entrada de novos dados, informação e conhecimento, e quando há necessidade de descarte deles. Para a realização destas duas técnicas, é preciso que a equipe de I. C. conheça toda a estrutura organizacional e observe os diferentes aspectos que norteiam a entrada e saída de dados, informação e conhecimento, como: foco, usuários/clientes, fontes de informação internas e externas, tipos de informação, uso, entre outros. Esses fatores serão determinantes na hora da análise, filtragem e distribuição dos dados, informações e conhecimento pela organização, fazendo com que ela tenha uma visão diferenciada do mercado, aumento assim a competitividade entre organizações da mesma área e sua inserção no mercado. Segundo Valentim e Molina (2004), existem sete etapas que compõem a prospecção e o monitoramento informacional: 13 A. Diagnóstico organizacional – mapeamento dos fluxos informacionais, estabelecimento de contato com as lideranças e levantamento das necessidades informacionais; B. Construção das redes informacionais – arquitetura de dados, informação e conhecimento quanto a geração e uso dessa massa informacional, visando a elaboração de futuros produtos e serviços especializados; C. Identificação de fontes informacionais – mapeamento de fontes informacionais, formais e informais, no ambiente interno e externo à organização; D. Coleta de dados – varredura das fontes informacionais identificadas, bem como sua seleção e filtragem, visando estabelecer a prioridade na entrada desses dados, informação e conhecimento nos sistemas de informação existentes da organização; E. Tratamento da informação – análise e agregação de valor aos dados, informação e conhecimento, visando dar consistência e confiabilidade à massa informacional selecionada, quanto maior valor agregado melhor os serviços e produtos elaborados; F. Disseminação da informação – elaboração de produtos e serviços informacionais direcionados aos diferentes públicos da organização, visando atender as ansiedades informacionais anteriormente diagnosticadas. Nessa etapa a palavra chave é a velocidade de resposta, ou seja, a capacidade da atividades de prospecção e monitoramento atender as demandas informacionais da organização; G. Avaliação do monitoramento – verificação junto aos diversos setores e pessoas da organização, da eficiência e da eficácia dos serviços e produtos oferecidos, advindos dessa atividade. A avaliação deve ser contínua e ser o parâmetro básico para as adequações e alterações na atividade de prospecção e monitoramento informacional. O cumprimento destas etapas, somado à boa atuação de um gestor e sua equipe, pode trazer à empresa um diferencial no mercado, com funcionários e clientes/usuários satisfeitos e bons serviços/produtos na praça. Além da prospecção e do monitoramento informacional, a gestão da informação e do conhecimento, que tramitam pela organização, são fundamentais ao processo de I. C. 14 GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO A grande quantidade de informações disponibilizada no cotidiano das organizações tem aumentado consideravelmente nos últimos tempos, que nos desafia a gerir informações como suporte ao desenvolvimento em um ambiente competitivo e com concorrência crescente. Para alguns autores a informação é considerada um ingrediente básico do qual depende do processo de decisão, no entanto uma empresa não funciona sem informação, mas é de suma importância que ela saiba usar a informação aprendendo novos modos e recursos informacionaispara que a empresa torne-se eficiente. Numa instituição quanto mais à informação for trabalhada para atender as necessidades da empresa com rápido acesso, tem grandes possibilidades de atingir seus objetivos. A falta de informação adequada ao processo decisório torna o processo da gestão da informação ainda mais importante na decisão de uma estratégia dinâmica de informação. Para que em uma instituição/organização tenha uma boa gestão da informação é importante que haja uma gestão organizacional que adote inovações e busque novos conhecimentos. Para Valentim et. al. (2003) A organização terá que desafiar o ambiente em que atua, inteirar-se dos acontecimentos externos, identificar as oportunidades e ameaças, adotando posturas pró-ativas, definindo metas a serem atingidas, enfim, estabelecer as estratégias competitivas que deverão ser priorizadas visando nortear as diretrizes que serão seguidas quando da tomada de decisão. Essa afirmação reforça que a gestão da informação influencia no processo de tomada de decisão em um ambiente competitivo. A Inteligência Competitiva adota a gestão da informação como recurso organizacional que implica, primeiramente, em verificar as necessidades informacionais do indivíduo da organização. Posteriormente ela age na prospecção e coleta do que é relevante. Por fim seleciona, organiza, trata, armazena e dissemina a fim de transferir e gerar novas necessidades. Para tanto, observa-se que existe um vínculo entre informação e conhecimento e se espera que a gestão do conhecimento seja um processo por meio do qual uma organização poderá atingir posição de destaque em um ambiente competitivo. 15 A gestão do conhecimento é uma das bases que amparam o processo de inteligência competitiva nas organizações. Quando pautadas no aproveitamento, na sistematização e na socialização do conhecimento de seus indivíduos para a formação do conhecimento organizacional baseado na coletividade, as empresas obtêm uma maior vantagem frente à concorrência e potencializam a exploração de novas ideias para fomentar a inovação. (VALENTIM; et. al., 2003). Em suma, a gestão do conhecimento gera uma vantagem competitiva nas organizações e na necessidade de disseminar o conhecimento produzido individual para a formação do coletivo. Nesse sentido a Gestão do Conhecimento atua nos fluxos informais de informação e no conhecimento tácito, resgatando informações internas fragmentadas e transformando-as em representações estruturadas e significativas (conhecimento explícito) capazes de auxiliar o processo de I. C., assim como corrigir ações em situações críticas, identificar oportunidades, e gerar atividades antecipativas frente à concorrência. Portanto a Gestão da Informação e do Conhecimento são grandes componentes para gerar a inteligência competitiva, mas para uma melhor gestão propõem-se o uso da tecnologia da informação para inteligência competitiva que será mencionado no próximo tópico. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA INTELIGÊNCIA COMPETITIVA Há muito que as organizações utilizam as tecnologias na otimização de tarefas cotidianas. Não seria diferente com as tecnologias da informação. Com a percepção de que a informação é insumo base importante no crescimento da empresa, notou-se a necessidade do uso de tecnologias informacionais para promover a agilidade na captação, processamento e disseminação da informação na organização. Há tecnologias da informação disponíveis na maioria das organizações. Segundo Gomes (2001, p. 83), elas incluem o “groupware, a gestão eletrônica de documentos, intranet, extranet, Internet, sistemas de informação etc.” Estes poderão ajudar a 16 empresa na gestão estratégica da informação. Tais ferramentas não serão objetos de estudo neste artigo. As tecnologias da informação são de grande importância no processo de Inteligência Competitiva, pois, na perspectiva de Gomes (2001), vão “desde a fase de identificação das necessidades de informação, passando pela coleta, análise e disseminação, até a avaliação dos produtos entregues”. Estas ferramentas têm por objetivo organizar o fluxo de informação da organização. Tal tecnologia não deve ser utilizada apenas pelo profissional da informação. De acordo com Neves ([1999), “as Tecnologias de Informação podem ser usadas para representar o conhecimento de forma interessante, para que todos da empresa compartilhem seus conhecimentos”. Com a capacitação dos demais funcionários no uso das tecnologias informacionais, todos na organização poderão contribuir para a formação e transformação da informação interna em ferramenta para a Inteligência competitiva. Uma das vantagens envolvidas no uso de tecnologias da informação para a empresa é a redução de custos na comunicação com o uso de e-mail ou até mesmo de uma ferramenta de bate papo, criada pela própria empresa. Vale salientar que esse potencial proporcionado pelas tecnologias da informação, só será alcançado se todos na organização estiverem cientes de sua contribuição para a Inteligência Competitiva na empresa. Na utilização de tecnologias da informação, as organizações que poderão ser melhores capacitadas são as unidades de informação. UNIDADES DE INFORMAÇÃO As Unidades de Informação (U.I.) como qualquer outra organização, precisa fazer uso dos conceitos da gestão para obter mais produtividade e resultados positivos em sua missão globalizada de fazer a informação certa chegar ao usuário certo. Para que a Inteligência Competitiva seja implantada e tenha um processo eficaz, o gestor deve conhecer a estrutura de sua organização e todas as ferramentas que o ajudarão a desempenhar de forma eficiente os desafios propostos. Ramos (1996) afirma que “[...] a gestão consiste não só de um conjunto de ferramentas, como também de uma adequada visão e compreensão do negócio em si”. Isso quer dizer que não adianta investir recursos aleatoriamente para se obter 17 sucesso com a I. C., o gestor deve conhecer a fundo sua organização, suas funções e seus funcionários, para então direcionar as ferramentas certas para as ocasiões corretas. Para o gestor de uma U. I. , essa deve ser entendida sob a ótica do mercado, atentando para seus produtos, serviços e clientes ou usuários. Nesse caso, gestor precisa determinar os objetivos da U. I. podendo posteriormente elaborar seus serviços, produtos para assim atingir seu cliente/usuário real e potencial. Mas, independente desses objetivos, a U. I. tem a mesma missão: encaminhar os clientes/usuários às informações das quais necessitam, disseminar a informação. Caso os clientes sejam empresas, as informações se tornam imprescindíveis para a tomada de decisão. Por todos os fatores citados anteriormente, mais outros não explicitados, é que se faz necessária a total interação do gestor com a U. I. É essa interação que será o diferencial da U. I., pois uma boa gestão resulta em sucesso do empreendimento. Saber planejar, articular, mobilizar os recursos existentes, desenvolver metodologias e dinâmicas para os recursos humanos, são características essenciais para um gestor competente. Enfim, o gestor deve saber onde nascem os dados, as informações e o conhecimento que circulam em sua organização. A INTELIGÊNCIA COMPETITIVA E O PROFISSIONAL DA INFORMAÇÃO É diante da necessidade informacional em uma organização, que o processo de inteligência competitiva se inicia. Pois é enfrentando situações complexas onde se percebe que saber trabalhar em equipe, e ter visão de mercado não basta. A organização precisa ter como insumo base a informação, para que ela siga seu caminho até evoluir à inteligência. Informação tanto interna como externa. Para a obtenção de informação na organização faz-se necessário o gerenciamento da mesma. Para a Inteligência Competitiva essa gestão serve como recurso organizacionalque implica, primeiramente, em verificar as necessidades informacionais do indivíduo da organização. Posteriormente ela age na prospecção e coleta do que é relevante. Por fim seleciona, organiza, trata, armazena e dissemina a fim de transferir e gerar novas necessidades. 18 Na competição existente entre empresas, a informação pode fazer a grande diferença, fazendo com que a organização antecipe as tendências de mercado e lance produtos ou serviços à frente da concorrência. Nesse aspecto, Tarapanoff; Araújo Junior; Cormier, (2000, p. 94) comentam: Em unidades de informação, a postura competitiva associa- se à pró-atividade no atendimento às demandas dos usuários, ou seja, está intimamente relacionada à melhor oferta de produtos e serviços, à antecipação às novas tendências em relação à novas estruturas, à facilidade de acesso à informação, à formação, à agregação de valor e qualidade a esses produtos, bem como à sua personalização (customização), função de redes e de posicionamento no mercado de acordo com as demandas específicas. Há hoje nas organizações, em sua maioria, a necessidade de obter lucros, para tanto, precisam de qualidade, bom atendimento e inovação (NEVES, 1999). A informação, bem empregada, vem para sanar as dificuldades encontradas. No gerenciamento da informação que compreende o conhecimento da necessidade informacional, a coleta e posteriormente a disseminação da informação o profissional no mercado de trabalho mais capacitado para esta função é o bibliotecário, ou seja, o profissional da informação. Os profissionais da informação deverão ser capazes de, segundo Neves (1999), “saberem onde o conhecimento se encontra, onde ele é criado e os meios de como ele pode ser compartilhado”. Ainda sobre o profissional da informação, Neves (1999) acrescenta: Esses profissionais analisam dados e informações, comunicam-se intensivamente com os demais componentes da equipe, possui conhecimentos globais da cultura da organização e tem experiência em sua área. O papel do bibliotecário é auxiliar os membros da organização a encontrarem informações relevantes, tanto dentro como fora da dela. No ínterim, o profissional da informação, atua na Inteligência Competitiva como gestor tanto da informação como do conhecimento, pois tem qualificação acadêmica para tal feitio. 19 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o aproveitamento dos dados, informações e conhecimentos gerados pela própria organização e pelos meios externos através da Inteligência Competitiva, ela tem o potencial de concorrer com as outras organizações, podendo antecipar as tendências de mercado e lançar produtos ou serviços à frente da concorrência. Neste processo de aproveitamento e gerenciamento da informação é vital a participação de um profissional capacitado para tal atividade, e o bibliotecário possui essa capacidade. Com a aplicação de interações sociais na empresa – exemplo dado na pesquisa pôde- se perceber a Inteligência Competitiva em ação, bem como as vantagens que esse processo traz para toda organização. 20 REFERÊNCIA PORTAL BIBLIOTECÁRIO Por Prof. Neri Santos Dr. Ing. GOMES, Elizabeth; BRAGA, Fabiane. Inteligência competitiva: como transformar a informação em um negócio lucrativo. 2. ed. rev. e amp. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. NEVES, Elisabete da Cruz. Novo perfil do profissional da informação. São Paulo, [1999- ?]. Disponível em:< http://dici.ibict.br/archive/00000716/01/T057.pdf>. Acesso em: 7 junho 2011. RAMOS, Paulo Baltazar. A gestão na organização de unidades de informação. Ciência da Informação, [S. l.], v. 25, n. 1, 1996. Disponível em:< revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/download/483/438>. Acesso em: 20 maio 2011. TARAPANOFF, Kira; ARAÚJO JUNIOR, Rogério Henrique de; CORMIER, Patrícia Marie Jeanne. Sociedade da informação e inteligência em unidades de informação. Ciência da Informação, Brasília, v. 29, n. 3, p. 91-100, set./dez. 2000. Disponível em: . Acesso em: 22 abr. 2011. VALENTIM, Marta Lígia Pomim; et. al. O processo de inteligência competitiva em organizações. Ciência da Informação, [S. l.], v. 4, n. 3, jun. 2003. Disponível em: < http://www.dgz.org.br/ago04/Art_02.htm >. Acesso em: 23 mar. 2011.
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