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TRABALHO DE FILOSOFIA

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TRABALHO DE FILOSOFIA
SOBRE DIVERSIDADE
CULTURAL
 
JAPAO: Não é tão belo como imaginamos ser
 PRIMEIRA CAMADA: Religião
Os japoneses têm o sincretismo religioso como marca. Suas principais crenças têm raízes no xintoísmo e budismo, mas coexistem com outras religiões, até mesmo com a cristã.
Diferente do que ocorre no Ocidente, no Japão, não há pregações religiosas e a religião não é vista como doutrina, mas um modo de vida. É considerada um código moral, um modo de viver e está tão arraigada, que não se distingue dos valores sociais e culturais da população.
A introspecção também marca a religião no Japão. As orações não são públicas e, menos ainda, integram cerimônias oficiais. A adoração não é comum entre os japoneses. Os rituais de vida (nascimento, casamentos, aniversários) e morte (funerais) são parte comum da vida no Japão.
Nem sempre foi assim, contudo. Até a Segunda Guerra Mundial, o imperador japonês era considerado um verdadeiro deus. O conflito quebrou esse sistema de crenças e, após a recuperação econômica, a religião define a espiritualidade do povo.
Cerimônia do Chá
Mais recente, essa tradição teria começado em 1192, quando um monge budista chinês, Eisai, chegou ao Japão. A cerimônia impõe ritual sobre a preparação da infusão à base de chá verde em pó.
As cerimônias com a demonstração da cultura japonesa teriam começado entre 1333 e 1573, lideradas por monges nos jardins projetados somente para os rituais.
Entre 1568 e 1600, as cerimônias já possuíam adornos como as lanternas, trampolins e pontes em arco construídos nos jardins considerados ícones do Japão.
Costumes
Os japoneses vivem sob rígidos códigos e muitos são de tamanha sutileza, que poucos estrangeiros poderiam notar ou compreender.
Entre os hábitos mais comuns e que levam ao conhecimento da cultura japonesa está a imposição de uma curvatura nas costas.
De costas em arco, os japoneses dizem olá, despedem-se, demonstram gratidão ou arrependimento. Curvar as costas significa ter respeito. A reverência formal logo leva à imagem do povo japonês.
Outro símbolo que logo conduz à imagem do Japão está nos calçados, que são retirados à entrada de casas, templos e, até mesmo, restaurantes. Por tradição, os japoneses retiram os sapatos para dormir, sentar e comer. Como as refeições são feitas em tatâmis, retirar os sapatos é uma forma de manter o ambiente higienizado.
Esportes
Os esportes constituem um importante elemento na cultura japonesa. Os esportes que, rapidamente, remetem à prática no Japão são o sumô, judô, karatê e aikidô. Hoje, contudo, badminton, basebol e futebol são largamente praticados no Japão.
Sumô
O sumô é considerado um esporte nacional, sendo praticado há pelo menos 1,5 mil anos.
É um esporte profissional, mas ainda guarda as raízes ritualísticas, como o uso do sal para purificação e de alimentação dos praticantes.
Os atletas de elevado desempenho do sumô são venerados pelos japoneses. Hoje, o esporte também é buscado por estrangeiros, mas ainda são os nativos os atletas de maior notoriedade.
Kendô
Considerada a arte marcial mais antiga do Japão, o kendô consiste no uso de espadas de bambu unidas por tiras de couro. É praticado desde 1333, porque os samurais precisavam praticar o uso da espada.
Karatê
Do Japão, o karatê chegou à China, onde foi aperfeiçoado. Suas origens, contudo, são até mesmo direcionadas ao continente indiano. O karatê é espalhou-se para o mundo e apresenta uma maneira fantástica de combate sem o uso de armas.
Culinária Japonesa
Comida
A comida japonesa é tão particularmente diversa e sedutora que, sozinha, seria uma justificativa para visitar o país. Assim como o esporte, espalhou-se pelo mundo, levada por migrantes e envolvendo apreciadores por toda parte.
Do Japão saiu o sushi, iguaria que mistura peixe e arroz envolto em uma capa de alga. E de suma importância na culinária japonesa está o arroz que, de tamanho significado, já foi negociado como moeda.
O arroz é a base de ao menos 2 mil pratos japoneses. A exigência pela qualidade começa no plantio e a colheita segue diretrizes especiais.
Outro ingrediente que resume a peculiaridade da culinária japonesa é o peixe, preparado de maneira tão diversa que chega a ser apreciado até mesmo no café da manhã, onde precisa ser consumido cru.
Bebida
O saquê é a bebida nacional japonesa. Trata-se de um vinho de arroz branco que pode servir de acompanhamento a várias refeições. Outra tradição no Japão é o chá, consumido em larga escala.
A importância do chá lhe rendeu uma cerimônia específica, que envolve a preparação e consumo.
SEGUNDA CAMADA:
Yakuza
"Eles tentam parecer criminosos cavalheirescos, vestem-se a rigor e portam-se muito educadamente para com o mundo exterior. Esta família em particular controla Kabukicho, que é o "red-light district" de Tóquio, e está envolvida na prostituição, nos clubes nocturnos e no jogo", conta Anton Kusters em entrevista ao P3. O fotógrafo belga é especializado em projectos de longo termo e foi o único fotógrafo a conseguir aceder ao submundo do crime japonês através do contacto com o gang Yakuza, nome atribuído à máfia japonesa, fruto de dez meses de negociações com Souichirou, um dos membros da organização criminosa. "Aperceberem-se que o meu trabalho não era de índole jornalística, mas sim documental, fez uma enorme diferença para conseguir a aprovação. Acho que o facto de eu não entender japonês também pode ter sido importante." Estabelecer uma relação de confiança baseada em rotinas e controlo foi também relevante: "A cada 15 dias tinha reuniões onde lhes mostrava cada imagem que tinha feito durante aquele período e as que tinha seleccionado para integrar o livro. Disse-lhes que tinham poder de veto sobre cada imagem e que nunca veriam nada publicado contra a sua vontade. Também lhes disse que eu próprio teria poder de veto, de forma a não ser também forçado a usar determinadas imagens. (...) Durante dois anos nunca rejeitaram qualquer imagem." A comunicação estabelecia-se, enquanto fotografava, exclusivamente através de linguagem não-verbal, "o que pode parecer muito difícil, mas que na verdade torna as coisas bastante mais simples, uma vez que deixam de existir explicações longas." Conta que o seu estilo "fly on the wall" - estilo observador não-participante - fazia com que eles esquecessem a sua presença. "Nos últimos anos, à medida que aumentava a presença e a pressão da polícia, começaram a transferir-se para o crime económico e de colarinho branco. Entre os chefes mais jovens, o tráfico de droga parece ganhar popularidade", referiu, por fim. O livro "Yakuza" encontra-se esgotado.
A SEXUALIZAÇÃO INFANTIL NO JAPÃO
Sem dúvidas, a cultura japonesa cativou diversas pessoas. Afinal, esse é um povo conhecido por sua educação, gentileza, pontualidade e respeito. No entanto, talvez você não saiba que, até os dias de hoje, o Japão carrega algumas características no mínimo problemáticas, principalmente, com relação à hipersexualização de crianças. Então, hoje vamos falar sobre isso! Será que o Japão alimenta a pedofilia?
No Japão, como em muitos outros países, a pedofilia é um problema sério. Porém, apesar da baixa taxa de criminalidade do país, os números de abuso infantil só crescem! Inclusive, em 2018, o país marcou o 14º aumento anual consecutivo. De acordo com a Agência Nacional de Polícia (NPA), 80.104 casos de violência chegaram ao conhecimento dos centros de atendimento ao menor em 2018.
Em 2019, o país mais uma vez voltou seus olhos para essa ocorrência lamentável, quando uma menina de 10 anos – Mia Kurihara – foi encontrada morta no banheiro de sua casa. Seu pai, Yuichiro Kurihara, 41 anos, foi preso pela morte e pelos abusos cometidos contra a filha. Porém, o mais triste é que já era sabido pelas autoridades que a criança sofria abuso desde 2017. No entanto, o centro de proteção responsável pelo caso concluiu que o abuso não era sério
A hipersexualização da figura da criança em animes e mangás:
Infelizmente, Mia é uma das vítimas de uma política de criminalização que ainda não é forte o bastanteno Japão. Para se ter uma ideia, só em 2014 a posse de pornografia infantil foi criminalizada. E, em 2015, a Maud de Boer-Buquicchio, relatora especial da ONU para o tráfico de menores e a prostituição e pornografia infantis, teria sugerido a proibição de mangás – quadrinhos japoneses – que envolvam conteúdo sexual extremo representando crianças. Porém, esse tipo de material não é considerado pedofilia no Japão.
“Nos últimos dez anos, a sexualização das crianças tem piorado de forma constante à medida que a idade de exploração delas também diminui”, falou Aiki Segawa à BBC Brasil – uma ativista de relações públicas da Lighthouse, organização sem fins lucrativos que combate o tráfico humano e exploração infantil.
“Existem produtos que usam menores de 15 anos vestidas com microbiquínis e que são forçadas a realizar atos sugestivos em filmes”, denuncia.
Definitivamente, as maiores controvérsias se encontram nos animes – animações japonesas – e mangás. Pois, esses são os produtos nos quais vemos explicitamente a representação de menores em atividades sexuais, muitas vezes sendo abusados. Nesse contexto, há quem diga que isso se deve à uma cultura extremamente regrada, então o erotismo infantil seria apenas uma forma de “escape”. Ademais, os apoiadores também defendem que não são usadas crianças verdadeiras, além de esse ser um direito de livre expressão dos criadores. Aliás, outros alegam que esse material é até um meio de “contenção”, pois os pedófilos poderiam se satisfazer com tais conteúdos – ao invés de buscarem abusar de crianças.
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Contudo, com os avanços das tecnologias e dos desenhos, as imagens que estão sendo feitas são cada vez mais realistas. Além disso, esses produtos causam uma “normatização” do ato, pois a maioria dos autores desses conteúdos que erotizam crianças abordam o tema de forma banal, e sem limites éticos e morais. Apesar da maioria desse tipo de obra estar presente nos hentais – animes ou mangás com representações sexuais -, ainda há muitas produções japonesas que não fazem parte desse gênero, mas usam a sexualização de crianças de forma implícita.
 TERCEIRA CAMADA
PROSTITUIÇÃO INFANTIL NO JAPÃO: Para garotas adolescentes vulneráveis no Japão, uma cultura de “encontros” com homens mais velhos
Encontros no ensino médio? Nada demais em muitos lugares do mundo – mas no Japão significa algo bem diferente. 
Aqui, “encontros no ensino médio” juntam garotas em uniformes com homens nos seus 40 e 50 anos e mais. E há dinheiro trocando de mãos. 
Às vezes isso envolve uma caminhada ao redor da quadra ou uma bebida em um bar. Mais frequentemente, envolve sexo – prostituição infantil com outro nome. 
“É fácil falar com essas garotas”, disse um homem na casa dos 30 anos sentado em uma escrivaninha escolar no AKB High School, um café em Akihabara, uma região de Tóquio conhecida por suas subculturas. Uma garota de 17 anos em uniforme escolar trouxe cerveja bateu papo com o homem e um colega seu, ambos os quais se recusaram a dar seu nomes. 
“Na verdade nós achamos bares regulares desinteressantes ultimamente”, ele disse. “Fiquei cansado de bares regulares com mulheres velhas.” 
Eles admitiram que os uniformes são grande parte da atração. “Elas ficam tão bonitinhas”, disse seu amigo, na casa dos 40. “Os uniformes as deixam 150% mais bonitinhas do que realmente são.” 
NEGÓCIO OBSCURO: Esse é o obscuro negócio de “encontros no ensino médio” do Japão, ou “JK”. (“Joshi kosei” significa “garota do ensino médio” em japonês, e as iniciais em inglês JK são universalmente usadas aqui para se referir à prática.) 
Embora alguns cafés como esse sejam relativamente inocentes — aqueles que empregam garotas do ensino médio precisam fechar às 22h, o que significa que os homens não se atrasam demais para chegar em casa e estar com suas esposas — há uma grande parte desse mundo que não é. 
Há vários níveis de encontros no ensino médio, começando com cafés em que trabalham garotas menores de idade e peep shows em que garotas do ensino médio sentam atrás de um vidro espelhado em seus uniformes escolares, posando de acordo com os pedidos dos clientes. 
Também há “guiar um tour”, em que garotas dão uma caminhada com homens, uma caminhada que frequentemente termina com algum tipo de serviço sexual, e o direto “encontro remunerado” – ser paga por sexo. 
TRÁFICO SEXUAL: Kazue Muta, uma professora de sociologia e estudos de gênero na Universidade de Osaka, disse que o elemento do tabu torna garotas em uniformes escolares sexualmente atraentes para homens. “O Japão é uma sociedade patriarcal, e tem essa mentalidade de que as jovens e com aparência inocente são mais valiosas e mais sedutoras”, ela disse. 
Em seu mais recente relatório sobre práticas internacionais de direitos humanos, o Departamento de Estado dos Estados Unidos expressou preocupações a respeito da exploração sexual infantil no Japão, dizendo que “encontros remunerados” em particular facilitam o tráfico sexual de crianças. 
Alguns esforços têm sido feitos nos últimos anos para cercear o negócio, mas eles deram pouco resultado – em parte porque poucas pessoas o consideram um problema. 
Yuki Aoyama, um fotógrafo conhecido por suas fotos “complexo de colegial”, disse que, da maneira como vê, é só um negócio. 
“Há homens que querem passar tempo com garotas do ensino médio, e há garotas que querem ganhar dinheiro”, disse. 
MORTES POR EXCESSO DE TRABALHO NO JAPÃO: Karoshi (過労死 karōshi?), que pode ser traduzido literalmente do japonês como "morte por excesso de trabalho", é a morte súbita ocupacional. Embora esta categoria seja abrangente, o Japão é um dos poucos países que relatam estes casos nas estatísticas em uma categoria separada. As principais causas médicas das mortes pelo karoshi são ataque do coração e derrame devido a estresse.
O primeiro caso de karoshi foi relatado em 1969 com a morte relacionada a derrame de um trabalhador homem de 29 anos no departamento de remessa da maior companhia de jornal do Japão.[1] A partir do final da década de 1980, durante a bolha econômica, no entanto, quando alguns executivos de alto nível que estavam ainda em seus primeiros anos subitamente morriam sem qualquer sinal prévio de doença, que a mídia começou a prestar atenção no que parecia ser um novo fenômeno. Este novo fenômeno foi rapidamente chamado de karoshi e foi imediatamente visto como uma nova e séria ameaça às pessoas na força de trabalho. Em 1987, com o aumento da preocupação pública, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão começou a publicar estatísticas sobre o karoshi.
A ascensão do Japão da devastação da Segunda Guerra Mundial para o destaque econômico das décadas do pós-guerra é considerada como o gatilho para o que tem sido chamado de nova epidemia. Reconhece-se que os empregados não podem trabalhar mais de doze horas por dia, seis ou sete dias por semana, ano após ano, sem sofrer física e mentalmente. Uma pesquisa recente descobriu que um trabalhador japonês trabalha "a mais" aproximadamente duas horas por dia na média. É comum o trabalho extra não ser pago.
Casos
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) possui um artigo sobre “karoshi”.[4] No artigo, são mencionados quatro casos típicos que causariam o karoshi:
1. A pessoa trabalha em uma grande companhia processadora de salgadinhos por 110 horas por semanas (não por mês) e morreu de um ataque cardíaco com 34 anos de idade. Sua morte foi aprovada como relacionada ao trabalho pelo Departamento de Padrões do Trabalho.
2. Uma certa pessoa, motorista de ônibus, cuja morte também foi aprovada como relacionada ao trabalho, trabalhou mais de 3 000 horas em um ano. Ele não teve nenhum dia de folga nos 15 dias antes de ter um derrame com 37 anos de idade.
3. Uma certa pessoa trabalhava em uma grande companhia de impressão em Tóquio por 4 320 horas em um ano, incluindo trabalho noturno, e morreu de um derrame com 58 anos. Sua viúva recebe uma compensação 14 anos após a morte do marido.
4. Uma enfermeira de 22 anos morreu de um ataque cardíacoapós 34 horas de trabalho contínuo, cinco vezes em um mês.
Bem como a pressão física, o estresse mental do local de trabalho também pode causar o karoshi. Pessoas que cometem suicídio devido ao estresse mental são chamadas de “karojisatsu.” A OIT também lista alguns casos de excesso de trabalho ou estresse ocupacional, incluindo os seguintes:
1. Trabalho por toda noite, mesmo em feriados, por excessivas horas. Durante a recessão econômica após o colapso da bolha econômica na década de 1980 e 1990, muitas empresas reduziram o número de empregados. O montante total de trabalho, no entanto, não diminuiu, forçando cada empregado a trabalhar mais.
2. O estresse acumulado devido à frustração de não ser capaz de alcançar as metas definidas pela companhia. Mesmo na recessão econômica, as companhias tendem a demandar esforços de venda excessivos para seus empregados e exigem que eles atinjam melhores resultados. Isto aumentou a pressão psicológica sobre os empregados.
3. Demissão forçada, destituição e bullying. Por exemplo, empregados que haviam trabalhado para a empresa por muitos anos e acreditavam que eles eram leais à empresa, foram subitamente forçados a se demitirem devido à necessidade de corte de pessoal
Efeitos sobre a sociedade
Muitos estarão preparados para trabalhar por horas extras não pagas até um ponto em que seus colegas mais jovens pedirão pra sair quando um trabalho é muito extenuante. Em alguns casos, foi provado que as firmas estavam cientes da falta de saúde de seu empregado.
Enquanto isso, processos por excesso de trabalho estavam aumentando no Japão, com os parentes das pessoas falecidas demandando pagamentos de compensação. No entanto, antes de a compensação ser reconhecida, o departamento de inspeção do trabalho deve reconhecer a morte como relacionada ao trabalho. Visto que isto pode levar muitos anos em processos judiciais custosos e demorados, muitos não demandam o pagamento.
TRABALHO FEITO POR JOAO VINÍCIUS E GABRIEL PELÓGIA 2F

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