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Direito Internacional - RESUMO SLIDE 9

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Direito Internacional
Prof.ª Flávia de Oliveira Brito
 
 flavia_de_brito@hotmail.com
Jurisdição
Jurisdição é “o poder, a função e a atividade de fazer atuar o direito, de forma cogente e com a força da imutabilidade, aplicável a uma lide, substituindo-se aos titulares dos interesses em conflito.” (GRECO FILHO, 2013, p. 52)
Quando se está diante de uma relação jurídica com conexão internacional, qual a jurisdição competente para julgá-la?
Jurisdição
· Cada Estado irá definir os limites da sua jurisdição;
· Cada Estado irá definir os casos em que a competência será declinada para jurisdição estrangeira; ou ainda;
· Cada Estado irá definir os casos de cooperação entre a jurisdições nacional e estrangeira, chamada cooperação internacional.
Jurisdição
· A definição da competência jurisdicional do Estado está intimamente ligada ao princípio da territorialidade e da soberania. A jurisdição de um Estado não pode ultrapassar as suas fronteiras, nem pode o mesmo interferir na competência de outro Estado.
· O direito brasileiro trata do assunto por meio do Código de Processo Civil de 2015, em seu Título II quando fala “Dos Limites da Jurisdição Nacional e da Cooperação Internacional”.
Jurisdição
· Competência concorrente da jurisdição brasileira – art. 21 e 22/CPC (se admite a competência da jurisdição estrangeira). 
· Competência exclusiva da jurisdição brasileira – art. 23/CPC (somente o Brasil)
Jurisdição
Art. 21/CPC. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Jurisdição
Art. 22/CPC. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
Jurisdição
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.
Jurisdição
Jurisdição
· Pode ocorrer de em uma mesma situação dois Estados serem igualmente competentes para apreciar e julgar a causa. Como resolver tal conflito?
· Nos casos de competência concorrente, a ação pode ser proposta e julgada em qualquer um dos Estados competentes, cabendo às partes realizar a escolha.
· Caso proponha a ação perante o Estado estrangeiro, a decisão proferida poderá produzir os efeitos necessários no Brasil, mediante homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
Jurisdição
Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação.
§ 1º Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional exclusiva previstas neste Capítulo.
Jurisdição
Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
Cooperação jurídica internacional
· Pode ser que durante a tramitação do processo haja a necessidade da realização de diligências fora da jurisdição competente, ou ainda, como já citamos, que a decisão proferida por outro Estado seja reconhecida para que produza seus efeitos.
· A jurisdição de um Estado não pode agir além dos seus limites (princípio da territorialidade), assim a cooperação jurídica internacional é imprescindível em muitas situações para o bom andamento do processo.
Cooperação jurídica internacional
Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e observará:
I - o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente;
II - a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados;
III - a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação brasileira ou na do Estado requerente;
IV - a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de cooperação;
V - a espontaneidade na transmissão de informações a autoridades estrangeiras.
Cooperação jurídica internacional
Art. 26. (...)
§ 1º Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática.
§ 2º Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1º para homologação de sentença estrangeira.
§ 3º Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro.
§ 4º O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na ausência de designação específica. (ver inciso IV)
Cooperação jurídica internacional
Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por objeto:
I - citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial;
II - colheita de provas e obtenção de informações;
III - homologação e cumprimento de decisão;
IV - concessão de medida judicial de urgência;
V - assistência jurídica internacional;
VI - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
Instrumentos para Cooperação jurídica internacional
1) Carta Rogatória
2) Homologação de sentença estrangeira;
3) Auxílio Direto
Instrumentos para Cooperação jurídica internacional
1 - Carta Rogatória: 
· Destinam-se ao cumprimento de diligências processuais relativas à realização de comunicações pessoais, como citação e intimação; bem como à produção de provas, como oitiva de testemunhas. 
· Logo, é um instrumento de cooperação jurídica internacional jurisdicional, que se aplica às hipóteses dos incisos I e II do artigo 27/CPC. 
Instrumentos para Cooperação jurídica internacional
A Carta Rogatória subdivide-se em duas espécies:
· Carta rogatória passiva: quando a ação está em trâmite em jurisdição estrangeira, a qual solicita o cumprimento da diligência pelo Judiciário brasileiro;
· Carta rogatória ativa: quando é o Judiciário brasileiro que solicita a diligência ao estrangeiro. 
Instrumentos para Cooperação jurídica internacional
Art. 36/CPC - O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal.
§ 1º A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendimento dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro produza efeitos no Brasil.
§ 2º Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira.
Instrumentos para Cooperação jurídicainternacional
Art. 12/LINDB (...)
§ 2º - A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a forma estabelecida pela lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências.
Instrumentos para Cooperação jurídica internacional
2 - Homologação de sentença estrangeira
· A homologação é um processo necessário para que a sentença proferida no exterior – ou qualquer ato não judicial que, pela lei brasileira, tenha natureza de sentença – possa produzir efeitos no Brasil (art. 961/CPC).
· A Constituição Federal estabelece em seu artigo 105, I, “i”, que a homologação de decisões estrangeiras é competência do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Instrumentos para Cooperação jurídica internacional
2 - Homologação de sentença estrangeira
Art. 961/CPC - A decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil após a homologação de sentença estrangeira ou a concessão do exequatur às cartas rogatórias, salvo disposição em sentido contrário de lei ou tratado.
Instrumentos para Cooperação jurídica internacional
2 - Homologação de sentença estrangeira
· Com o novo CPC, foi eliminada a exigência de homologação para a sentença estrangeira de divórcio consensual simples ou puro, quando a decisão cuida apenas da dissolução do casamento. 
· Havendo envolvimento de guarda de filhos, alimentos ou partilha de bens, a homologação do divórcio consensual continua necessária.
Instrumentos para Cooperação jurídica internacional
2 - Homologação de sentença estrangeira
Requisitos para homologação de sentença: 
Art. 963. Constituem requisitos indispensáveis à homologação da decisão:
I - ser proferida por autoridade competente;
II - ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia;
III - ser eficaz no país em que foi proferida;
IV - não ofender a coisa julgada brasileira;
V - estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em tratado;
VI - não conter manifesta ofensa à ordem pública.
Instrumentos para Cooperação jurídica internacional
3 – Auxílio Direto
· É a solicitação feita pela autoridade estrangeira de cumprimento de diligência em determinado país. 
· Artigos 28 a 34/CPC.
· Aplica-se tanto a atos jurisdicionais como administrativos 
· deve ser encaminhado pela autoridade estrangeira para a autoridade central brasileira a qual compete fazer um juízo de apreciação da medida, 
· No Brasil, a função de autoridade central para a cooperação jurídica internacional relativa às matérias de processo civil internacional é atribuída ao Ministério da Justiça e Cidadania, por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI).
Instrumentos para Cooperação jurídica internacional
3 – Auxílio Direto
Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil.
 Art. 29. A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido.
Instrumentos para Cooperação jurídica internacional
3 – Auxílio Direto
Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio direto terá os seguintes objetos:
I - obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processos administrativos ou jurisdicionais findos ou em curso;
II - colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira;
III - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
Personalidade jurídica
“A personalidade jurídica é projeção da personalidade íntima, psíquica de cada um; é projeção social da personalidade psíquica, com consequências jurídicas” (VENOSA, 2016, p. 129).
· O principal ponto que nos interessa sobre o assunto no âmbito do Direito Internacional é a determinação do início e do fim da personalidade jurídica, pois são pontos controversos em diversos países, e isso influencia em outras questões jurídicas, como no direito sucessório.
Personalidade jurídica
· Para determinar o início da personalidade, o Brasil adota a teoria natalista, segundo a qual a personalidade jurídica tem início a partir do nascimento com vida da pessoa, mas resguarda os direitos do nascituro, mesmo que ainda não tenha personalidade (art. 2º do Código Civil de 2002).
· Já o fim da personalidade jurídica se dá apenas com a morte, persistindo a proteção a alguns direitos, como a honra, mesmo após a morte.
Término personalidade jurídica
· Comoriência: ocorre quando há a morte simultânea de uma ou mais pessoas e é impossível identificar qual morte se deu primeiro, por exemplo, em casos de acidentes aéreos. 
· Como determinar então, nesses casos, o momento do fim da personalidade jurídica? 
Art. 8º/CC - Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
· Porém, aluno, existem países que dão outro tipo de solução ao problema, como a França, que faz uma análise da expectativa de vida de cada indivíduo e por meio dela determina quem morreu primeiro. Por isso que as normas de direito internacional privado são especialmente importantes neste tipo de caso, pois é por meio dela que se determinará qual o direito aplicável.
Capacidade civil
· Já a capacidade civil, apesar de ser um conceito próximo ao da personalidade, dele difere, pois um indivíduo pode ter personalidade jurídica e, no entanto, não ter capacidade civil, ou seja, pode não estar apto para exercer todos os atos inerentes à vida civil. 
Direito ao nome
Art. 16/CC - Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
· Por sobrenome, entende todo o nome de família seja ele paterno ou materno, ambos merecendo proteção jurídica. 
· Da mesma forma, o ordenamento pátrio também prevê por meio de lei específica a possibilidade de alteração do nome. 
· A composição do nome e a sua alteração também são variáveis de país para país.
· No caso de conflitos entre leis estrangeiras decorrentes de relações jurídicas com conexão internacional que abordem um desses atributos, capacidade civil, personalidade jurídica e direito ao nome, aplica-se a LEI DO DOMICÍLIO DA PESSOA
Art. 7º/LINDB - A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
Logo, todo indivíduo domiciliado no Brasil terá a sua personalidade jurídica, sua capacidade civil e nome regidos pelas regras constantes no Código de Direito Civil brasileiro.
Direito Internacional Privado de Família
· O Direito de Família ocupa-se de questões como à formação da entidade familiar, o casamento ou união estável, reconhecimento dos filhos; o poder familiar; o estado civil das pessoas; a tutela, a curatela e a adoção. 
· O Direito Internacional Privado de Família traz as normas para resolver os conflitos de leis que envolvam essas questões. 
Direito Internacional Privado de Família
· Em relação às formalidades do casamento, aplica-se a regra da lei do local de celebração. 
Art. 7º,§ 1º/LINDB Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
· Se o casamento for celebrado no Brasil, mesmo que os nubentes sejam de outra nacionalidade, segue-se as formalidades previstas na lei brasileira nos artigos 1.525 a 1.5271/CC, e art. 67 a 69 da Lei 6.015/1973. 
· E, uma vez válido, deverá ser reconhecido nos demais países produzindo todos os efeitos.
Direito Internacional Privado de Família
Art. 7º/ LINDB – (...)
§ 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. 
§ 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a leido primeiro domicílio conjugal.
Direito Internacional Privado de Família
Art. 7º/ LINDB – (...)
§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
· A explicação para esta regra é a de que se deve aplicar a lei do domicílio conjugal à época do casamento, ou, a lei do primeiro domicílio conjugal, pois quando os nubentes escolhem o seu domicílio, manifestam uma vontade de tácita de se submeter às leis do local. 
· Uma vez estabelecido o regime de bens, o mesmo só pode ser alterado quando a lei permitir e quando forem atendidas as exigências para tanto.
Direito Internacional Privado de Família
Art. 7º/ LINDB – (...)
§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. 
Direito Internacional Privado de Família
Art. 7º/ LINDB – (...)
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. 
Direito Internacional Privado de Família
· Em relação aos direitos e deveres pessoais dos cônjuges, como o respeito mútuo, coabitação, e outros, a legislação brasileira não possui previsão expressa. 
· Porém, a doutrina entende que deve ser aplicada a lei do domicílio atual do casal. 
· Por exemplo, no Brasil a coabitação não é uma obrigação, entretanto, em outros países pode ser e, caso os cônjuges venham a estabelecer domicílio em um deles, deverão seguir suas normas
Direito Internacional Privado de Família
· No Brasil, o casamento tem formalizado o seu fim com o divórcio:
Art. 226, § 6º/CF: o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio”. 
· O divórcio pode ser litigioso ou consensual, a Lei nº 11.441/07 alterou alguns dispositivos do CPC, possibilitando a realização do divórcio consensual por via administrativa, já o litigioso continua sendo pela via judicial. 
Direito Internacional Privado de Família
Art. 7º/ LINDB – (...)
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. 
Direito Internacional Privado de Família
· Todavia, com o passar dos anos, a jurisprudência foi firmando entendimento no sentido de que, quando o divórcio for consensual a homologação da sentença é dispensável.
Art. 961, § 5º/CPC - A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
Direito Internacional Privado de Família
Art. 7º/ LINDB – (...)
§ 7º Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.
· Essa regra não condiz mais com a realidade da sociedade brasileira. Atualmente, no Brasil, o poder familiar é atribuído em pé de igualdade ao homem e à mulher, (ex.: art. 1.565 e 1.569/CC), 
· Tal dispositivo é contrário ainda à igualdade de gêneros que prega a Constituição Federal, pelo que se pode dizer que o mesmo não foi completamente recepcionado pela Constitucional, havendo, portanto, uma lacuna quanto à determinação da lei aplicável às relações familiares entre marido, mulher e filhos que tiverem domicílios diferentes.
Direito Internacional Privado de Família
· Nesses casos de dúvida sobre a lei aplicável, e na ausência de uma lei expressa que a determine, existem alguns princípios que norteiam o direito internacional privado que ajudam o julgador no momento de suprir a lacuna.
· Princípio da Proteção;
· Princípio da Lei mais favorável;
· Princípio da Proximidade.
Direito Internacional Privado de Família
· Princípio da Proteção
É o princípio que norteia principalmente as relações familiares, em especial nas relações entre pais e filhos, e determina a proteção dos filhos em primeiro lugar pela vulnerabilidade, em essência, defende a aplicação da lei que melhor proteja a parte vulnerável da relação, não permitindo a aplicação de uma lei que lhe seja prejudicial.
Direito Internacional Privado de Família
· Princípio da Lei mais favorável
De acordo com este princípio aplica-se a lei que preserva o negócio jurídico celebrado, ou a que for melhor para as partes quando não aplicado o princípio da proteção.
Direito Internacional Privado de Família
· Princípio da Proximidade
Como o próprio nome já induz, por este princípio aplica-se a lei que tiver mais conexão com as partes ou com a relação jurídica, a qual é a lei do país com que as partes tenham uma relação mais íntima, que a depender de cada caso será a lei do país de nacionalidade de uma das partes, a lei do domicílio, a lei onde um negócio jurídico foi celebrado etc. Por isso, exige a análise de cada caso concreto pelo julgador
Direito Internacional Privado de Família
· Todas as regras relativas ao casamento, com exceção das formalidades, aplicam-se também à união estável, bem como ao casamento homoafetivo, o qual já foi reconhecido pelo ordenamento jurídico brasileiro

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