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FISIOTERAPIA-EM-DOENÇAS-VASCULARES-DO-SNC-1

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1 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2 SISTEMA NERVOSO CENTRAL ................................................................ 5 
2.1 Divisões do SNC .................................................................................. 6 
2.2 Motricidade (movimento) ...................................................................... 7 
2.3 Reflexos ............................................................................................... 8 
2.4 Linguagem ............................................................................................ 9 
3 NEUROANATOMIA .................................................................................... 9 
4 DOENÇAS VASCULARES DO SNC ........................................................ 10 
4.1 Acidente vascular encefálico (AVE) ................................................... 11 
4.2 Complicações do acidente vascular cerebral ..................................... 13 
4.3 AVE isquêmico ................................................................................... 15 
4.4 AVE hemorrágico ............................................................................... 18 
4.5 Fisioterapia e AVE .............................................................................. 19 
5 EPILEPSIA ................................................................................................ 20 
5.1 Fisioterapia e Epilepsia ...................................................................... 21 
6 CEFALEIAS .............................................................................................. 21 
6.1 Fisioterapia e cefaleias ....................................................................... 22 
7 TROMBOSE CEREBRAL ......................................................................... 23 
8 EMBOLIA CEREBRAL .............................................................................. 24 
9 DOENÇAS INFECCIOSAS DO SISTEMA NERVOSO ............................. 26 
10 ALTERAÇÕES DO SNC ........................................................................ 27 
10.1 Apraxia ............................................................................................ 27 
10.2 Afasia .............................................................................................. 29 
10.3 Agnosia ........................................................................................... 30 
 
 
3 
 
 
 
 
10.4 Ataxia .............................................................................................. 30 
10.5 Disfagia ........................................................................................... 30 
10.6 Fisioterapia e as alterações do SNC ............................................... 31 
11 FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA ........................................................... 32 
12 FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS VASCULARES 
DO SNC ................................................................................................................33 
12.1 Objetivos do tratamento .................................................................. 34 
12.2 Protocolos de tratamento ................................................................ 36 
12.3 A hidroterapia como tratamento de paciente de AVC ..................... 38 
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRáFICAS ....................................................... 40 
14 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................. 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
2 SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 
Fonte: www.todamateria.com.br 
O sistema nervoso humano executa uma enorme quantidade de funções por 
meio de muitas subdivisões. De fato, a complexidade do encéfalo tradicionalmente 
torna o estudo da neuroanatomia uma tarefa exigente. Pode-se simplificar muito essa 
tarefa abordando o estudo do sistema nervoso a partir de perspectivas dicotômicas 
de sua anatomia regional e funcional. 
Uma célula nervosa, ou neurônio, é a unidade celular funcional do sistema 
nervoso. O outro componente celular principal do sistema nervoso é a célula da 
neuróglia, ou célula da glia. A célula da glia fornece suporte metabólico e estrutural 
aos neurônios durante o desenvolvimento e na maturidade. 
O termo neuróglia foi criado pelo patologista Rudolf Virchow e apareceu em 
seu livro “Cellular Pathology”, em 1856 (BELLARD, 2008, apud MENDES, 
2011). 
O SNC consiste na medula espinal e no encéfalo, e o encéfalo é ainda 
subdividido em bulbo, ponte, cerebelo, mesencéfalo, diencéfalo e hemisférios 
cerebrais. Dentro de cada uma das sete divisões do sistema nervoso central encontra-
se um componente do sistema ventricular, um labirinto de cavidades cheias de líquido 
 
 
6 
 
 
 
 
que possuem diversas funções de suporte. O encéfalo é formado pelo cérebro, 
cerebelo e bolbo raquidiano. 
A medula espinhal atua como uma espécie de intermediário entre o sistema 
nervoso periférico (SNP) e o SNC, possuindo muitas fibras nervosas dispostas em 
conjuntos, que controlam os músculos e os órgãos internos. Recebe, através dos 
nervos sensitivos, informações sobre a temperatura, dor, tato, tensão muscular e 
posição das articulações, podendo esta ser transportada até ao cérebro, através dos 
axónios, de forma a estimular conscientemente a informação ou então essa 
informação, depois de entrar na medula, pode ser utilizada para controlar a tensão 
muscular ou estimular respostas reflexas (atos involuntários, imediatos, produzidos de 
forma inconsciente). Por exemplo, quando tocamos em algum objeto quente retiramos 
automaticamente a mão num ato reflexo. Num ato reflexo quatro ações são 
desencadeadas: a recepção, condução, transmissão e resposta. O sistema nervoso 
central intervém em todas elas. 
Encontramos também no SNC, as chamadas substâncias cinzenta e branca. A 
substância cinzenta é formada pelos corpos dos neurônios e a branca, por seus 
prolongamentos. Com exceção do bulbo e da medula, a substância cinzenta ocorre 
mais externamente e a substância branca, mais internamente. 
2.1 Divisões do SNC 
 
Divisão funcional: Sistema nervoso de vida de relação: associado a interações 
do organismo com o meio (motricidade, percepção, integração, cognição). É composto 
por fibras aferentes (que levam informações do meio) e fibras eferentes, que inervam 
os músculos estriados. 
Sistema nervoso autônomo: relacionado à manutenção da homeostase, ou 
seja, do equilíbrio interno físico-químico do organismo para a sua sobrevivência, 
regulando então a manutenção da temperatura, da sede, do apetite, do funcionamento 
das vísceras (digestão, frequência cardíaca e respiratória, entre outros). Divide-se em: 
Vias aferentes: que trazem a informação para o SNC (Exemplo: receptores da parede 
da artéria carótida que detectamvariações da pressão arterial e da concentração de 
 
 
7 
 
 
 
 
CO2 e que enviam através de fibras nervosas aferentes esta informação para o SNC, 
desencadeando então mecanismos de compensação para manutenção da 
homeostase); Vias eferentes: Sistema nervoso autônomo (SNA), simpático e 
parassimpático, que compõem dois sistemas de fibras que inervam as vísceras. 
Divisão metamérica: SN segmentar: são as estruturas do SN, em que há uma 
correspondência anatômica entre os seus segmentos e os segmentos do corpo. 
Composto por todo o sistema nervoso periférico, a medula espinhal e o tronco 
encefálico; SN supra-segmentar: composto pelo cérebro e o cerebelo. Estas 
estruturas não podem ser divididas em segmentos. 
A maioria dos axônios que possuem mais de 1 um de diâmetro são mielínicos. 
A bainha de mielina nos axônios do SNP é constituída pelos neurolemócitos, 
também denominados células de Schwann, e no SNC é constituída pelos 
oligodendrócitos (BERGMAN, 2007 apud, MENDES, 2011). 
Existem ainda as denominadas fibras de transmissão rápida, que são ricas em 
mielina, que é uma substância gordurosa que envolve as fibras nervosas. Quanto mais 
mielina, mais grossa a fibra e mais rápida a sua transmissão. Conduzem informações 
mais precisas. E as fibras de transmissão lenta, que são finas, sendo pouco 
mielinizadas ou amielínicas. Transmitem a dor, a sensação de cócegas, pressão e o 
tato grosseiro. 
Diferentes áreas do SNC têm uma representação somatotrópica própria, não 
só áreas do córtex. Assim, por exemplo, no corno anterior da substância cinzenta da 
medula os motoneurônios da porção mais medial inervam a musculatura axial (tronco, 
paravertebral) e os da porção mais lateral a musculatura dos membros. 
2.2 Motricidade (movimento) 
Nossos sistemas sensórios formam representações internas de nossos corpos 
e do mundo exterior. Uma das principais funções destas representações internas é 
orientar o movimento. Mesmo uma informação simples como alcançar um copo de 
água exige informação visual para estabelecer uma representação interna da 
localização espacial do copo. Ela requer também informação proprioceptiva para 
 
 
8 
 
 
 
 
formar uma representação interna do corpo de modo que comandos motores 
adequados possam ser enviados ao membro superior. 
A ação voluntária somente é possível porque as partes que controlam o 
movimento têm acesso à corrente contínua de informação sensorial do cérebro. A 
ação integrativa do sistema nervoso a decisão de executar um movimento e não um 
outro depende da interação entre os sistemas motores e sensoriais. 
Os sistemas motores são organizados numa hierarquia funcional, com cada um 
dos níveis envolvidos em diferentes decisões. 
2.3 Reflexos 
São padrões involuntários, coordenados, de contração e relaxamento 
musculares desencadeados por estímulos periféricos. Dentre eles podemos citar: 
Reflexo miotático: é a resposta de contração do músculo, quando este é 
estirado bruscamente. Trata-se de um circuito monosinaptico, ou seja, há uma via 
aferente de entrada de informação no SNC (medula), uma sinapse e a via eferente 
que executa a contração. Por isso é chamado de reflexo monossináptico. É a forma 
mais simples de circuito neural, pois envolve apenas dois neurônios. É também um 
reflexo intrasegmentar, ou seja, envolve um segmento da medula (um andar). 
O estiramento rápido do músculo produzido através da percussão do tendão 
com o martelo de reflexos estimula receptores intramusculares (fusos 
neuromusculares). São gerados impulsos que trafegam com grande velocidade por 
fibras nervosas grossas e bastante mielinizadas. Estas entram pela raiz dorsal do 
respectivo nervo espinhal e já se conectam (fazem sinapse) com o motoneurônio 
anterior do mesmo segmento medular. A estimulação dos motoneurônios provoca 
contração do músculo estirado. Ao mesmo tempo são estimulados interneurônios 
(células de Renshaw) que inibem motoneurônios destinados a músculos antagonistas 
(aqueles que realizam o movimento oposto) e interneurônios que excitam os 
motoneurônios destinados aos músculos agonistas. Ao contrário dos reflexos, os 
movimentos voluntários são iniciados para atingir um objetivo específico. 
 
 
9 
 
 
 
 
A medula, o tronco encefálico e o córtex cerebral também atuam, regulando o 
planejamento e a execução dos movimentos, bem como o cerebelo e os núcleos da 
base (putamen, globo pálido, núcleo causado, substância negra). 
2.4 Linguagem 
A linguagem é exclusiva dos seres humanos. O ser humano tem então uma 
capacidade inata não apenas para aprender o significado das palavras, mas de 
reconhecer suas diferentes categorias, agrupando-as de acordo. 
3 NEUROANATOMIA 
 
Fonte: www.nanomedicina.com 
A neuroanatomia é o ramo da ciência responsável pelo estudo de estruturas 
anatômicas complexas do sistema nervoso central e periférico. Esta grande área está 
responsável pelas delineações das regiões cerebrais bem como a diferenciação 
destas estruturas relacionando todo o conhecimento estrutural ao seu funcionamento. 
A neuroanatomia regional examina as relações espaciais entre as estruturas. 
Ela define as principais divisões do encéfalo, assim como as relações contíguas locais 
dentro das divisões. Ao contrário, a neuroanatomia funcional examina aquelas partes 
do sistema nervoso que atuam em conjunto para concluir uma tarefa específica, por 
https://www.infoescola.com/biologia/sistema-nervoso/
 
 
10 
 
 
 
 
exemplo, a percepção visual. Os sistemas funcionais são formados por conexões 
neurais específicas dentro e entre regiões do sistema nervoso; conexões que formam 
circuitos neurais complexos. A finalidade da neuroanatomia funcional é desenvolver 
uma compreensão do circuito neural subjacente ao comportamento. 
4 DOENÇAS VASCULARES DO SNC 
 
Fonte: www.fiapodejaca.com.br 
A expressão Acidente Vascular Encefálico (AVE) refere-se ao súbito 
comprometimento da função cerebral provocado por uma variedade de alterações 
histopatológicas envolvendo um (focal) ou vários (multifocal) vasos sanguíneos 
intracranianos ou extracranianos. 
O encéfalo é irrigado pelas artérias carótidas internas e vertebrais. Na base do 
crânio estas artérias formam o polígono de Willis, de onde saem as principais artérias 
para a vascularização cerebral. 
Também pode ser efetuada uma abordagem cirúrgica endovascular, 
buscando se a reperfusão do vaso ocluído, se o início dos sinais e sintomas 
for recente, menor do que uma hora e meia a duas horas (MUSUKA, 2015, 
apud, BORBA, 2018). 
 
 
11 
 
 
 
 
O tratamento da hipertensão arterial, embora benéfico na fase subaguda como 
medida de prevenção secundária, pode ser deletério na fase aguda. O aumento da 
pressão arterial nesta fase pode ser uma forma compensatória para aumentar o fluxo 
sanguíneo na área de isquemia cerebral. A correção para níveis de pressão arterial 
normal está relacionada a pior evolução clínica. Por isso, o consenso é não tratar a 
hipertensão arterial nos primeiros dez dias do AVC isquêmico exceto em casos de 
hipertensão extrema (>220x120mmHg) ou de lesão aguda de órgão-alvo (insuficiência 
coronariana aguda, dissecção aguda da aorta, insuficiência renal aguda, edema 
agudo do pulmão). Medicações para controle da hipertensão utilizadas previamente 
ao evento, podem ser mantidas. No caso do AVC hemorrágico pode-se reduzir 
cautelosamente a pressão arterial para níveis abaixo de 180x110mmHg. 
As crescentes mudanças no estilo e expectativa de vida associadas com o 
aumento dos fatores de risco para as doenças cerebrovasculares podem servir como 
justificativa para a grande incidência do AVE. Dentre os principais fatores de risco que 
podem aumentar a propensão ao AVE, destacam-se os altos perfis lipídicos, diabetes 
mellitus, sobrepeso e obesidade, além do tabagismo e sedentarismo. 
4.1 Acidente vascular encefálico (AVE) 
 
Fonte: www.gestaodelogisticahospitalar.com.br 
 
 
12O acidente vascular encefálico é uma doença caracterizada pelo início agudo 
de um déficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 
horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um 
distúrbio na circulação cerebral que leva a uma redução do aporte de oxigênio às 
células cerebrais adjacentes ao local do dano com consequente morte dessas células. 
Por se tratar de uma das principais causas de morbi-mortalidade no mundo, 
além de proporcionar incapacidades motoras e cognitivas, o AVE é uma 
doença comum e de grande impacto na saúde pública. (GROCHOVSKI, 2015 
apud MEDEIROS, 2017). 
O AVE é um distúrbio grave do sistema nervoso. Pode ser causado tanto pela 
obstrução de uma artéria, que leva à isquemia (suspensão da circulação local do 
sangue) de uma área do cérebro, como por uma ruptura arterial seguida de derrame. 
Os neurônios alimentados pela artéria atingida ficam sem oxigenação e morrem, 
estabelecendo-se uma lesão neurológica irreversível. 
 Os AVEs extensos podem chegar a provocar estupor ou coma. Além disso, 
acidentes vasculares cerebrais, mesmo os mais leves, podem causar depressão ou 
incapacidade de controlar as emoções. Por exemplo, as pessoas podem rir ou chorar 
de forma inadequada. 
Alguns pacientes apresentam convulsão quando o acidente vascular cerebral 
se inicia. As convulsões também podem ocorrer meses ou até anos mais tarde. As 
convulsões tardias resultam de cicatrização ou materiais que são depositados a partir 
do sangue em tecidos cerebrais lesionados. 
Se os sintomas, particularmente consciência comprometida, se agravarem 
durante os primeiros dois ou três dias, a causa é muitas vezes inchaço devido ao 
excesso de líquido (edema) no cérebro. Os sintomas geralmente diminuem dentro de 
poucos dias, quando o líquido é absorvido. No entanto, este inchaço é particularmente 
perigoso, porque o crânio não se expande. O consequente aumento da pressão pode 
causar mudança no cérebro, prejudicando ainda mais seu funcionamento, mesmo que 
a área diretamente danificada pelo AVC não aumente. Se a pressão for muito elevada, 
o cérebro pode ser forçado para baixo no crânio, através das estruturas rígidas que o 
separam em compartimentos. O problema resultante é chamado de hérnia ( cérebro 
sob pressão) e esta pode ser fatal. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/traumatismos-cranianos/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-traumatismos-cranianos#v739909_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/traumatismos-cranianos/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-traumatismos-cranianos#v739909_pt
 
 
13 
 
 
 
 
Derrames cerebrais isquêmicos, o tipo mais comum, podem ser tratados com 
medicamentos trombolíticos. Esses medicamentos interrompem o derrame ao 
dissolverem o coágulo sanguíneo que bloqueia o fluxo de sangue no cérebro. Uma 
vez que os medicamentos trombolíticos podem elevar ao sangramento, eles devem 
ser usados somente, depois de o médico ter a certeza que o paciente sofre ou sofreu 
derrame cerebral isquêmico e não um hemorrágico. 
O diagnóstico de AVC é baseado na história clínica, que se caracteriza por um 
déficit neurológico súbito, no exame físico e nos exames complementares. Os sinais 
de alerta mais importantes são os seguintes: hemiparesia; hemihipoestesia; 
parestesias; alterações mentais, da linguagem, da memória, da fala, do nível de 
consciência, visuais ou de outros órgãos dos sentidos; tonturas, vertigens; 
desequilíbrio; distúrbios da marcha e cefaleia forte especialmente com vômitos. 
A adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção desta 
patologia. No âmbito da rede pública de saúde, o Ministério da Saúde investe em 
ações para a promoção da saúde como o Programa Academia da Saúde, que trabalha 
práticas corporais e atividade física por meio da implantação de polos. Há também 
o Guia Alimentar para a População Brasileira, que dá orientações sobre os cuidados 
e caminhos para alcançar uma alimentação saudável, saborosa e balanceada, 
evitando o desenvolvimento de doenças crônicas, como o AVC. 
4.2 Complicações do acidente vascular cerebral 
Os acidentes vasculares cerebrais podem levar a outros problemas 
(complicações): 
Se houver dificuldade de deglutição, as pessoas podem não se alimentar o 
suficiente e ficar desnutridas e desidratadas, tendo que fazer uso de sonda para 
alimentação (exemplo: sonda nasogástrica); 
Comida, saliva ou vômito pode ser inalado (aspirado) para dentro dos 
pulmões, resultando em pneumonia por aspiração; 
Estar em uma posição por muito tempo pode resultar em úlceras de 
decúbito e levar à perda de massa muscular; 
http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_academia_saude.php
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-respirat%C3%B3rias/pneumonia/pneumonia-por-aspira%C3%A7%C3%A3o-e-pneumonite-qu%C3%ADmica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-da-pele/%C3%BAlceras-de-dec%C3%BAbito/%C3%BAlceras-de-dec%C3%BAbito
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-da-pele/%C3%BAlceras-de-dec%C3%BAbito/%C3%BAlceras-de-dec%C3%BAbito
 
 
14 
 
 
 
 
A incapacidade para mover os MMII (membros inferiores) pode provocar a 
formação de coágulos de sangue nas veias profundas das pernas e na virilha 
(trombose venosa profunda). Os coágulos podem se desprender, seguir através da 
corrente sanguínea e bloquear uma artéria que chega ao pulmão (embolia 
pulmonar); 
Os pacientes podem ter dificuldade para dormir, necessitando assim, de 
tratamento para tal; 
As perdas e os problemas resultantes do AVC podem tornar as pessoas 
deprimidas. 
O tratamento proposto consta em medidas de apoio às funções vitais, como 
respiração; Medicamentos que desintegrem os coágulos sanguíneos ou diminuam a 
propensão do sangue de coagular; A cirurgia ou angioplastia com stent podem ser 
necessários; Medidas para controlar a dificuldade de deglutição e, dessa forma, 
prevenir a pneumonia por aspiração; Medidas para prevenir coágulos sanguíneos 
nos MMII. 
Quando um acidente vascular cerebral é muito grave, podem-se administrar 
medicamentos como o manitol para reduzir o edema e o aumento da pressão no 
cérebro. Algumas pessoas têm necessidade de um ventilador artificial para respirar 
adequadamente. 
Tratamentos específicos de AVC podem incluir medicamentos para dissolver 
os coágulos sanguíneos (medicamentos trombolíticos) e medicamentos para reduzir 
a probabilidade de o sangue coagular (medicamentos antiplaquetários e 
anticoagulantes), seguida de reabilitação. Em alguns centros especializados, os 
coágulos sanguíneos são fisicamente removidos das artérias (chamada trombectomia 
mecânica). 
Medidas para prevenir outro acidente vascular cerebral incluem controle de 
fatores de risco (incluindo hipertensão arterial, diabetes e elevados níveis de 
colesterol), o uso de medicamentos que tornam o sangue menos coagulado e algumas 
vezes cirurgia ou angioplastia para desobstruir as artérias bloqueadas. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/dist%C3%BArbios-venosos/trombose-venosa-profunda-tvp
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-respirat%C3%B3rias/embolia-pulmonar/embolia-pulmonar
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-respirat%C3%B3rias/embolia-pulmonar/embolia-pulmonar
 
 
15 
 
 
 
 
4.3 AVE isquêmico 
 
Fonte: www. ecasadaenfermagem.com.br 
O AVE isquêmico consiste na oclusão de um vaso sanguíneo que interrompe o 
fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções 
neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou 
déficits característicos. 
O AVC isquêmico se divide em quatro subgrupos, com causasdistintas: 
AVC isquêmico aterotrombótico: provocado por doença que causa formação 
de placas nos vasos sanguíneos maiores (aterosclerose), provocando a oclusão do 
vaso sanguíneo ou formação de êmbolos. 
AVC isquêmico cardioembólico: ocorre quando o êmbolo causador do 
derrame parte do coração. 
AVC isquêmico de outra etiologia: é mais comum em pessoas jovens e pode 
estar relacionado a distúrbios de coagulação no sangue. 
AVC isquêmico criptogênico: ocorre quando a causa do AVC isquêmico não 
foi identificada, mesmo após investigação detalhada pela equipe médica. 
Os sintomas ocorrem subitamente e podem incluir fraqueza muscular, paralisia, 
perda de sensibilidade ou sensibilidade anormal de um lado do corpo, dificuldade em 
falar, confusão, problemas com a visão, tonturas, perda de equilíbrio e coordenação. 
 
 
16 
 
 
 
 
O diagnóstico costuma se basear nos sintomas e nos resultados de um exame 
físico e de imagens do cérebro. Outros exames de diagnóstico por imagem e exames 
de sangue são realizados para identificar as causas do acidente vascular cerebral. 
É mais predominante o AVC isquêmico, cerca de 80% do total dos casos, 
contra 15% de casos de AVC hemorrágico (LIMA, 2016, apud, JUNIOR, 
2019). 
Cerca de um terço das pessoas recuperam toda ou a maior parte da capacidade 
funcional normal após um AVC isquêmico. 
Alguns fatores de risco de acidente vascular cerebral isquêmico podem ser 
controlados ou modificados até certo ponto, por exemplo, tratando o distúrbio que 
aumenta o risco. 
Fatores de risco modificáveis: Altos níveis de colesterol; Hipertensão 
arterial; Diabetes; Resistência à insulina (resposta inadequada à insulina), que ocorre 
no diabetes tipo 2; Tabagismo; Obesidade, particularmente se o excesso de peso 
estiver ao redor do abdômen; Consumo excessivo de álcool; Falta de atividade física; 
Dieta pouco saudável (como aquelas que apresentam um teor elevado de 
gorduras saturadas, gorduras trans. e calorias); Depressão ou outros tipos de 
estresse mental; Doenças cardíacas que aumentem o risco de que coágulos 
sanguíneos se formem no coração, se desprendam e se desloquem pelos vasos 
sanguíneos como êmbolos (como um ataque cardíaco ou em uma arritmia cardíaca 
denominada fibrilação atrial); Endocardite infecciosa (infecção do revestimento do 
coração e, geralmente, das válvulas do coração); Uso de cocaína ou anfetaminas; 
Inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite); Distúrbios coagulatórios que resultem 
em coagulação excessiva. 
Em escala mundial, o AVC é a segunda principal causa de morte, ocorrendo 
predominantemente em adultos de meia-idade e idosos. Nas últimas 
décadas, o AVC no Brasil vem liderando entre as principais causas de 
internações e mortalidade, causando na grande maioria dos pacientes algum 
tipo de deficiência, seja parcial ou completa. Foram registradas no país 
160.621 internações por doenças cerebrovasculares em 2009, sendo a taxa 
de mortalidade de 51,8 a cada grupo de 100.000 habitantes (LIMA, 2016, 
apud JUNIOR, 2019). 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-relacionados-ao-colesterol/dislipidemia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/hipertens%C3%A3o-arterial/hipertens%C3%A3o-arterial
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/hipertens%C3%A3o-arterial/hipertens%C3%A3o-arterial
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/diabetes-mellitus-dm-e-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-da-glicose-no-sangue/diabetes-mellitus-dm
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/assuntos-especiais/uso-de-tabaco/fumar
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/obesidade-e-a-s%C3%ADndrome-metab%C3%B3lica/obesidade
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/doen%C3%A7a-arterial-coronariana/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-doen%C3%A7a-arterial-coronariana-dac#v28483999_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-do-humor/depress%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/doen%C3%A7a-arterial-coronariana/s%C3%ADndromes-coronarianas-agudas-ataque-card%C3%ADaco-infarto-do-mioc%C3%A1rdio-angina-inst%C3%A1vel
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/arritmias-card%C3%ADacas/fibrila%C3%A7%C3%A3o-atrial-e-flutter-atrial
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/endocardite/endocardite-infecciosa
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/assuntos-especiais/drogas-recreativas-e-entorpecentes/coca%C3%ADna
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/assuntos-especiais/drogas-recreativas-e-entorpecentes/anfetaminas
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-%C3%B3sseos,-articulares-e-musculares/dist%C3%BArbios-vascul%C3%ADticos/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-vasculite
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/coagula%C3%A7%C3%A3o-excessiva/coagula%C3%A7%C3%A3o-excessiva
 
 
17 
 
 
 
 
Fatores de risco que não podem ser modificados: Ter sofrido um acidente 
vascular cerebral anteriormente; Idade avançada; histórico familiar de AVC. 
Geralmente, os sintomas de um acidente vascular cerebral isquêmico ocorrem 
de repente e muitas vezes são mais graves alguns minutos depois que iniciam, 
porque a maioria dos AVC isquêmicos, tem início subitamente, desenvolvendo 
rapidamente e causando a morte do tecido cerebral dentro de um espaço de tempo 
pequeno. 
Os AVCs causados por um êmbolo ocorrem frequentemente durante o dia, e 
a cefaleia pode ser o primeiro sintoma. Os AVCs causados por um coágulo de 
sangue em uma artéria estreitada ocorrem com frequência à noite e são observados 
primeiramente quando o paciente acorda. 
Podem-se manifestar muitos outros sintomas, dependendo da parte do 
cérebro que se encontra privada de sangue e oxigênio ( Disfunção cerebral por 
localização). 
Quando as artérias que se ramificam a partir da artéria carótida interna (que 
levam o sangue ao longo da frente do pescoço até o cérebro) são afetadas, os 
seguintes sintomas são comumente observados: Cegueira em um olho; 
Incapacidade de ver fora do mesmo lado em ambos os olhos; Sensações anormais, 
fraqueza ou paralisia de um braço ou uma perna ou em um lado do corpo. 
Quando as artérias que se ramificam a partir das artérias vertebrais (que 
transportam o sangue ao longo da parte de trás do pescoço ao cérebro) são 
afetadas, os seguintes sintomas são comumente observados: Tontura e vertigem; 
Visão dupla ou perda de visão em ambos os olhos; Fraqueza generalizada em um 
ou nos dois lados do corpo. 
Outros sintomas que se podem manifestar são a dificuldade em falar 
(linguagem ininteligível, por exemplo), consciência comprometida (como confusão), 
perda de coordenação e incontinência urinária. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral-por-localiza%C3%A7%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral-por-localiza%C3%A7%C3%A3o
 
 
18 
 
 
 
 
4.4 AVE hemorrágico 
 
Fonte:www.tuasaude.com 
No AVE hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com outros 
fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) 
cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais. 
Geralmente é causado por hipertensão arterial, ruptura de aneurismas, 
malformações arteriovenosas, vasculites, vasculopatias e discrasias sanguíneas. A 
hemorragia intraparenquimatosa (HIP), é o subtipo mais comum de hemorragia 
cerebral, acometendocerca de 15% de todos os casos de AVC. 
Os sinais e sintomas são sempre súbitos e podendo causar: fraqueza do 
hemicorpo, perda da sensibilidade ou do campo visual de um ou ambos os olhos, 
vertigem, dificuldade para falar ou para compreender palavras simples e até mesmo 
a perda da consciência ou crises convulsivas. 
O diagnóstico é feito por meio da realização de exames de neuroimagem, como 
tomografia de crânio ou ressonância magnética, logo diante da suspeita clínica, ou 
seja, imediatamente na chegada ao hospital, no serviço de emergência. Estes exames 
demonstram a localização e o tamanho da hemorragia. 
O tratamento pode ser cirúrgico ou clínico, dependendo do volume da lesão, da 
localização e da condição clínica do paciente. Mesmo os pacientes tratados 
cirurgicamente recebem todo o suporte clínico e de reabilitação. O tratamento 
 
 
19 
 
 
 
 
cirúrgico visa a retirar o sangue de dentro do cérebro. Em alguns casos, coloca-se um 
cateter para avaliar a pressão dentro do crânio, que aumenta por conta do inchaço do 
cérebro após o sangramento. Em algumas situações, o tratamento cirúrgico é decidido 
por esta medida e não realizado logo na entrada do paciente no hospital, 
principalmente porque alguns têm um novo sangramento poucas horas depois do 
primeiro. O tratamento clínico tem o objetivo de controlar a pressão arterial, 
complicações como crises convulsivas e infecções. 
A prevenção deve ser feita pelo controle rigoroso da pressão arterial, que deve 
ser mantida a níveis inferiores a 120 X 80 mmHg, e evitando o consumo abusivo do 
álcool, que também é um importante fator de risco para esta doença. 
4.5 Fisioterapia e AVE 
A reabilitação deve ser iniciada tão logo a condição do paciente permita e é 
uma parte do tratamento. Como seu início depende das condições do paciente, 
somente deve ser feita quando não há perigo de piorar o estado neurológico ou clínico. 
Um bom programa de reabilitação conta com uma equipe de fonoaudiologia, 
fisioterapia, enfermagem e terapia ocupacional, que deverá traçar um plano 
terapêutico individualizado, baseado nas sequelas neurológicas, garantindo a 
qualidade de vida do paciente. 
A reabilitação visa à reintegração dentro de um trabalho global, mantendo a 
tendência de primeiro tentar reduzir as limitações funcionais e, 
posteriormente, aumentar a reintegração social ou adaptação no ambiente. 
(MEEK, 2004 apud CALIL, 2007). 
Dentre as diversas técnicas utilizadas na fisioterapia neurofuncional, 
encontram-se: cinesioterapia, hidroterapia, eqüoterapia, bobath, kabat, eletroterapia, 
entre outros. A cinesioterapia é o uso do movimento ou exercício como forma de 
tratamento, a fim de reabilitar ou reequilibrar as forças mecânicas atuantes no 
organismo como um todo, proporcionando melhora na qualidade do movimento e 
como consequente melhoria na qualidade de vida. Para isso, a cinesioterapia é de 
fundamental importância para a fisioterapia, visto que o movimento só se cura com o 
movimento. Ela é o recurso mais utilizado no paciente com hemiplegia. 
 
 
20 
 
 
 
 
5 EPILEPSIA 
 
Fonte: www. edif.sapo.com.br 
 A epilepsia é uma alteração na atividade elétrica do cérebro, temporária e 
reversível, que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou 
neurovegetativas. Os ataques epilépticos aparecem, na maioria dos casos, antes dos 
18 anos de idade e podem ter várias causas, tais como: anomalias congénitas, 
doenças degenerativas do sistema nervoso, infecções, lesões decorrentes de 
traumatismo craniano, tumores cerebrais, entre outras. 
 Atualmente, o tratamento da epilepsia é realizado através de medicações 
que possam controlar a atividade normal dos neurônios, diminuindo as cargas 
cerebrais anormais. Mesmo com o uso de múltiplas medicações, pode não haver 
controlo satisfatório da doença. Neste caso, pode haver indicação de cirurgia. Ela 
consiste na extração da parte lesionada ou das conexões cerebrais que levam à 
propagação das descargas anormais. O procedimento cirúrgico pode levar à cura, ao 
controlo das crises ou à diminuição da frequência e intensidade das mesmas. 
 
 
21 
 
 
 
 
5.1 Fisioterapia e Epilepsia 
Os exercícios fisioterapêuticos têm sido utilizados como forma de tratamento 
de inúmeras doenças, porém, seus efeitos na epilepsia são controversos. Apesar de 
alguns estudos demonstrarem um efeito benéfico, tanto em humanos como em 
animais, outros não mostram associação. Devido a isso, o exercício é pouco utilizado 
como tratamento complementar ao farmacológico com o objetivo de controlar as crises 
epilépticas e diminuir os efeitos colaterais. Apesar da controvérsia, evidências têm 
apontado para uma melhora nos aspectos psicológicos e na saúde cardiovascular 
desses indivíduos. 
6 CEFALEIAS 
 
Fonte:www.revistavivasaude.uol.com.br 
 A cefaleia é o termo usado para descrever qualquer dor que ocorra numa 
ou mais áreas do crânio (face, boca ou pescoço). A cefaleia pode ser crônica, 
recorrente ou ocasional. A dor pode ser leve ou intensa, o suficiente para afetar as 
atividades diárias. A dor é causada por estímulos na rede de fibras nervosas dos 
tecidos, músculos e vasos sanguíneos da cabeça e da base do crânio. 
 
 
22 
 
 
 
 
A Sociedade Internacional de Cefaleias (IHS), em 1988, classificou a cefaleia 
em primária e secundária de acordo com a sua causa. Pode ser primária 
quando a dor por si só é o sintoma principal, e secundária, quando ela é 
secundária a uma doença, como por exemplo, a cefaleia associada à sinusite 
(MORAIS, 2009 apud, SILVA, 2011). 
 Atualmente, o tratamento das dores de cabeça é feito com analgésicos 
comuns de uso diário, dosados pelo médico de acordo com a gravidade dos sintomas. 
Nas cefaleias emocionais, pode ser indicada a psicoterapia e a fisioterapia. 
6.1 Fisioterapia e cefaleias 
Cada vez mais o fisioterapeuta se torna atuante nesta patologia pois a alta 
incidência de pessoas portadoras de cefaleia gera a procura por maneiras alternativas 
ao tratamento alopático. Assim nesse contexto, a fisioterapia se torna uma opção 
viável para tratar esse tipo de algia se apresentando útil e eficaz não somente para as 
pessoas que tiveram resultados negativos com o tratamento alopático, mas firmando-
se com eficácia e segurança em todos as circunstâncias da patologia. Uso da 
acupuntura para tratamento, massagens relaxantes. 
A analgesia causada através do TENS pode ocorrer por meio do sistema da 
comporta da dor ou através do sistema opióide endógeno descendente. 
Muitos são os recursos e exercícios que podem ser utilizados pelo 
fisioterapeuta, com a finalidade de restaurar a nutrição sanguínea e adequar as 
atividades musculares, dentre eles destaca- se: Terapia manual com manobras 
cranianas e cervicais (para normalizar o equilíbrio membranoso com a consequente 
liberação dos micromovimentos do crânio, diminuindo a compressão nervosa, 
promovendo a drenagem venosa, e relaxando os tecidos moles relacionados); 
Mobilizações vertebrais; Tração cervical; Mobilização passiva das facetas cervicais; 
Massagem do tecido conjuntivo; Técnicas de relaxamento muscular; Liberação de 
aderências no couro cabeludo; Crochetagem do nervo occipital; Alongamento das 
estruturas moles suboccipitais, do trapézio superior, dos músculos posteriores da 
cervical, da musculatura da cintura escapular, pericraniana e cervical; Exercícios de 
fortalecimento crânio-cervical; Instruções posturais para cervical; Reeducação 
postural. 
 
 
23 
 
 
 
 
A fisioterapia é amplamente utilizada no tratamento da cefaleia do tipo 
tensional, mas as evidências científicas de quaisquer benefícios ou efeitos 
possíveis são bastante limitadas, pela falta de estudos a cerca desse assunto 
(TORELLI, 2004 apud, SILVA, 2011) 
Além dos métodos citados acima, alguns cuidados e restrições devem ser 
tomados em relação ao paciente com cefaleia: 
No tratamento com a realização de exercícios, principalmentede fortalecimento 
muscular observar se o paciente não está tensionando musculaturas acessórias, que 
podem levar ao aumento do quadro de dor. 
Deve sempre ser incentivada a terapêutica ergonômica com a correção da 
postura no local de trabalho para evitar tensões e estresse musculares. 
Orientar o paciente sobre alguns desencadeadores da cefaleia, como cafeína, 
álcool, sinusite, gripe, resfriado, congestão nasal, alterações odontológicas (como o 
bruxismo), fumo em excesso, fadiga visual, fadiga, estresse de origem externa e 
interna, esforço em excesso, má postura, repouso insuficiente, ansiedade, fome, 
excesso de exercícios, repouso insuficiente, cansaço, e estresse emocional ou 
mental, inclusive depressão. 
7 TROMBOSE CEREBRAL 
 
Fonte: www.sobretrombose.com.br 
Refere-se à formação ou desenvolvimento de um coágulo de sangue ou trombo 
no interior das artérias cerebrais, ou dos seus ramos. Existem dois tipos de trombose, 
 
 
24 
 
 
 
 
a venosa e a arterial. Arteriais são mais frequentes, e resultam da presença de 
material ateromatoso que oclui o lúmen de um vaso. As tromboses venosas 
constituem uma raridade no conjunto dos quadros de patologia vascular cerebral. 
Geralmente, a trombose cerebral é mais frequente em idosos ou pessoas com 
pressão alta ou aterosclerose, por exemplo, mas também pode acontecer em 
pessoas jovens, sendo que o risco pode estar aumentado em mulheres que tomam 
anticoncepcional regularmente. Os sintomas que ajudam a identificar a trombose 
cerebral são: Formigamento ou paralisia num lado do corpo; Boca torta; Dificuldade 
para falar e de compreensão; Alterações na visão; Dor de cabeça intensa; Tonturas e 
perda de equilíbrio. 
Dependendo do tempo de duração da trombose cerebral, podem surgir 
sequelas devido às lesões provocadas pela falta de oxigênio no sangue. As sequelas 
podem incluir vários problemas, desde alterações na fala até paralisia, e a sua 
gravidade depende do tempo que o cérebro ficou sem oxigênio. 
Para tratar as sequelas, é necessário tratamento fisioterapêutico e terapia 
ocupacional, sendo que alguns casos, a fonoaudiologia também pode ser solicitada 
(caso de alteração na fala). 
8 EMBOLIA CEREBRAL 
 
Fonte: www.patologandocomocrebro.br 
 
 
25 
 
 
 
 
Define-se como todo o processo em que se verifica a oclusão arterial por um 
corpo estranho (embolo) em circulação, que são libertados na corrente sanguínea e 
que se deslocam até as artérias cerebrais. Estes coágulos formam-se dentro dos 
vasos sanguíneos do cérebro, geralmente sobre uma placa de gordura, devido a 
acumulação de colesterol nas paredes das artérias, processo conhecido como 
arteriosclerose. 
Diferentes áreas do cérebro são responsáveis por diferentes funções, incluindo 
a sensibilidade, o movimento, a visão, a fala, o equilíbrio e a coordenação. 
As manifestações clínicas de embolia variam, dependendo da área do cérebro 
que se encontra lesada, podendo incluir: Dores de cabeça com ou sem vômitos; 
Tonturas, confusão mental; Fraqueza ou paralisia de um dos lados do corpo; 
Entorpecimento súbito e acentuado de qualquer parte do corpo; Assimetria facial; 
Perturbações visuais, incluindo uma perda súbita de visão; Dificuldades da marcha, 
incluindo uma marcha cambaleante ou instável; Problemas de coordenação nos 
braços e nas mãos; Discurso arrastado ou incapacidade para falar; Desvio súbito dos 
olhos numa direção; Convulsões (crises epilépticas); Respiração irregular; Estupor, 
coma. 
O aparecimento súbito de uma ou mais destas manifestações constitui um sinal 
de alerta de que pode estar a ocorrer um acidente vascular cerebral. 
Fatores de risco da embolia: Hipertensão arterial; Doença cardíaca; Obesidade; 
Sedentarismo; Diabetes; Colesterol elevado; Tabagismo; Consumo excessivo de 
bebidas alcoólicas. 
A história e o exame físico dão subsídios para uma possibilidade de doença 
vascular cerebral como causa da sintomatologia do paciente. O início agudo de 
sintomas neurológicos focais deve sugerir uma doença vascular em qualquer idade, 
mesmo sem fatores de risco associados. Normalmente o médico solicita exames 
complementares com a finalidade de confirmar ou afastar o diagnóstico, verificar a 
gravidade, a evolução e certificar-se do local da lesão. Para que o médico possa 
determinar os exames necessários, é preciso sua prévia avaliação, baseada nas 
informações dos acompanhantes e, quando possível, do próprio paciente, bem como 
o exame clínico e neurológico do mesmo. 
 
 
26 
 
 
 
 
As informações mais importantes, em geral, são: o que o paciente sente, desde 
quando, a maneira que começou a adoecer (rápida, progressiva), como o paciente 
passou do início até a admissão ao hospital, medicamentos, doenças prévias e atuais. 
9 DOENÇAS INFECCIOSAS DO SISTEMA NERVOSO 
 
Fonte:www.anatomiahumana.br 
 Vírus, bactérias, protozoários e vermes podem parasitar o sistema nervoso, 
causando doenças graves que dependem do tipo de agente infeccioso, do seu estado 
físico e da idade da pessoa afetada. 
Se o encéfalo for afetado, fala-se em encefalites. Se a medula espinhal for 
afetada, fala-se de poliomielite. Os sintomas da infecção viral dependem da região 
atingida e do tipo de vírus; incluem febre, dor na cabeça, náuseas, vômitos, rigidez da 
nuca (no caso das meninges) e paralisia (no caso da poliomielite). 
Infecções bacterianas também podem causar meningites. Embora sejam mais 
comuns em crianças, podem atingir adultos. Os sintomas são semelhantes aos das 
meningites virais, embora mais graves, podendo levar ao estado de coma e à morte. 
As meningites podem ser prevenidas pela vacinação e tratadas com 
antibióticos. O protozoário Plasmodium falciparum causa a malária cerebral, que se 
desenvolve em cerca de dois a dez por cento dos pacientes. Destes, cerca de 25% 
 
 
27 
 
 
 
 
morrem em consequência da infecção. O verme platelmintoTaenia solium (a solitária 
do porco) pode, em certos casos, atingir o cérebro, causando cisticercose cerebral. 
O paciente adquire a doença através da ingestão de alimentos contaminados 
com ovos de tênia. A larva do verme, ao sair do ovo, atravessa a parede intestinal e 
penetra na circulação sanguínea, podendo formar cistos no cérebro. Os sintomas são 
semelhantes aos das epilepsias. 
 Estas doenças atacam fortemente o sistema nervoso, são muito complexas 
e exigem o respectivo tratamento, casos contrários podem levar à morte. 
 Atualmente, o tratamento consiste numa alimentação cuidado e na 
administração de antibióticos específicos para as diferentes patologias. 
10 ALTERAÇÕES DO SNC 
É preciso muita atenção e cautela ao se avaliar um paciente neurológico. Ele 
pode apresentar múltiplas alterações que podem passar despercebidas e que muitas 
vezes dificultam o processo de reabilitação. Em alguns casos, essas alterações 
podem ser mal interpretadas pelos familiares e gerar conflitos e frustação ao paciente. 
Por isso, é muito importante conhecer as alterações decorrentes de lesão do SNC, 
além das motoras é claro, para direcionar o melhor tratamento e poder orientar a 
família. 
Dentre essas alterações podemos citar: Apraxia, afasia, agnosia, ataxia e a 
disfagia. 
10.1 Apraxia 
Causada por condições que afetam partes do cérebro, principalmente o lobo 
parietal, que controlam os movimentos. O indivíduo perde a habilidade de realizar 
movimentos. A pessoa sabe como fazê-los, é fisicamente capaz de fazer (e quer 
fazer), mas não consegue. 
 
 
28 
 
 
 
 
Pode ser decorrente de uma lesão cerebral como traumatismo craniano, tumor 
cerebral, AVC e doença de Alzheimer. Essa lesão afeta a capacidade do cérebro de 
enviar sinais corretos ao corpo. A forma mais branda da apraxia é chamada dispraxia. 
Tipos de Apraxia: Buco facial ou orofacial: incapacidade de pessoas seguir 
comandos envolvendo movimentos faciais e dos lábios. Essa atividade inclui tossir, 
lamber os lábios, assobiar e piscar. Conhecidatambém como apraxia facial-oral é a 
forma mais comum. 
As doenças relacionadas ao distúrbio alimentar não são poucas, pois o 
crescimento exagerado dessas bactérias patogênicas acaba desequilibrando 
a integridade intestinal, afetando até o estado de humor, alegria de viver, 
bem-estar do hospedeiro, já que a disbiose pode levar a uma diminuição na 
produção de serotonina. Além disso dificulta a absorção de nutrientes para 
síntese desse neurotransmissor, levando assim ao um quadro de depressão 
(ALMEIDA, 2009, apud, RODRIGUES, 2015). 
 Apraxia cinética dos membros incapacidade de fazer movimentos precisos com 
braços ou pernas. 
 Apraxia ide motora incapacidade de imitar movimentos realizados por outras 
pessoas, como acenar. 
 Apraxia construcional inabilidade de copiar, desenhar, ou construir figuras simples. 
 Apraxia ideacional incapacidade de realizar uma atividade que envolve a 
realização de uma série de movimentos em sequência. O paciente com essa 
alteração pode apresentar problemas para se vestir, comer ou tomar banho. 
Também chamada de apraxia conceitual. 
 Apraxia oculomotora caracterizada pela dificuldade de mover os olhos. 
 Apraxia verbal envolve a dificuldade de coordenar os movimentos da fala e boca. 
A pessoa pode querer dizer uma palavra e fala outra com som semelhante. 
O paciente com o diagnóstico de apraxia pode também apresentar afasia. Esse 
indivíduo pode apresentar frustação pela dificuldade de comunicação ou devido aos 
problemas na realização de tarefas. Em alguns casos, pode afetar a capacidade de 
viver de maneira independente. 
 
 
29 
 
 
 
 
10.2 Afasia 
Afasia é uma desordem neurológica causada pela lesão de regiões cerebrais 
responsáveis pela fala. Os primeiros sinais incluem dificuldade em se expressar 
quando fala, problemas de entendimento, e dificuldade de ler e escrever. Afasia não 
é uma doença e sim, um sintoma de uma lesão cerebral. Pode ser causado devido 
AVC, Traumatismo Craniano, Tumor, Infecção ou Demência. O tipo e a severidade da 
lesão dependem da localização e extensão da lesão do tecido cerebral. 
No Brasil, a presença de fonoaudiólogos nas unidades de AVC foi 
recomendada para suporte terapêutico somente após a implementação da 
linha de cuidado do AVC e, mesmo assim, ainda é difícil estimar o número de 
encaminhamentos para continuidade do tratamento fonoaudiólogo após a 
alta hospitalar. (BRASIL, 2012 apud GOULART, 2015) 
Tipos de Afasia: Geralmente, pode ser dividida em 4 categorias: 
Afasia de Expressão: dificuldade de expressar os pensamentos por meio da 
fala e escrita. O paciente sabe o que quer dizer, mas não consegue encontrar as 
palavras que precisa. 
Afasia Receptiva: dificuldade de entender a linguagem escrita e falada. O 
paciente escuta a voz ou vê a imagem, mas não consegue entender. 
Afasia Amnésica: é o tipo mais severo, caracterizada pela dificuldade de usar 
nomes corretos para objetos, pessoas, lugares ou eventos em particular. 
Afasia Global: resulta de uma lesão severa e extensa de áreas cerebrais. 
Pacientes perdem quase toda a função de linguagem, tanto de compreensão quanto 
expressão. O indivíduo não consegue falar ou entender a fala, nem pode ler ou 
escrever. 
Geralmente, pessoas mais jovens ou com lesões menos extensas respondem 
melhor ao tratamento. A localização da lesão também é importante e é uma dica para 
o prognóstico. Em geral, a recuperação da compreensão é mais fácil do que a de 
expressão. 
 
 
30 
 
 
 
 
10.3 Agnosia 
É uma desordem rara caracterizada pela incapacidade de reconhecer objetos 
e pessoas. O indivíduo pode apresentar dificuldade em reconhecer figuras 
geométricas de um objeto ou face ou pode ser capaz de perceber as figuras 
geométricas, mas não para que o objeto é usado ou se o rosto é familiar ou não. A 
Agonia pode ser limitada à apenas uma modalidade sensorial como visão e audição. 
Pode ocorrer devido AVC, demência, desordens do desenvolvimento, ou outras 
desordens neurológicas. Geralmente, é resultado de lesões em áreas cerebrais 
específicas como os lobos parietais e occipitais do cérebro. Pessoas com essa 
alteração geralmente apresentam as habilidades cognitivas das outras áreas 
preservadas. 
10.4 Ataxia 
Essa é uma alteração motora que ocorre quando partes do sistema nervoso 
que controla os movimentos são lesionadas. Observa- se perda do controle muscular 
de braços e pernas, resultando na perda de balance e coordenação ou um distúrbio 
da marcha. A maioria das alterações que levam à ataxia causam degeneração ou 
atrofia de células cerebelares. Algumas vezes a medula também é afetada. 
A maioria das ataxias são hereditárias, podendo ser autonômicas recessivas 
ou dominantes. As mais comuns são as de Friedreich e Machado-Joseph. 
Ela também pode ser adquirida. Condições que podem levar à essa alteração 
motora incluem AVC, esclerose múltipla, tumor, alcoolismo, neuropatia periférica, 
desordens metabólicas e deficiências de vitamina. 
10.5 Disfagia 
A disfagia orofaríngea é entendida como um distúrbio de deglutição, com sinais 
e sintomas específicos, que se caracteriza por alterações em qualquer etapa e/ou 
entre as etapas da dinâmica da deglutição, podendo ser congênita ou adquirida após 
comprometimento neurológico, mecânico ou psicogênico, podendo trazer prejuízo aos 
 
 
31 
 
 
 
 
aspectos, nutricional de hidratação, no estado pulmonar, prazer alimentar e social do 
indivíduo, Já a disfagia neurogênica é a dificuldade de deglutição causada por um 
transtorno de comprometimento neurológico, doença ou trauma, que afeta a ação 
muscular responsável pelo transporte alimentar ou saliva da boca ao esôfago. 
O indivíduo disfágico pode apresentar prejuízos nos aspectos nutricionais e no 
estado pulmonar e, além disso, tem a mais básica das funções socioculturais afetada: 
a habilidade de comer e beber. Esta restrição vivenciada pelos pacientes no seu dia-
a-dia pode trazer sentimento de frustração, desânimo, vergonha e constrangimento 
podendo produzir um impacto variável na qualidade de vida dos mesmos. 
O problema mais comum pós- AVE é a demora para iniciar a deglutição 
faríngea. Sob essas circunstâncias, líquidos podem ser facilmente aspirados 
(MARCHESAN, 2002 apud, SOUSA, 2018). 
10.6 Fisioterapia e as alterações do SNC 
Apraxia: Em um contexto natural, a imitação desempenha um papel importante 
na aprendizagem motora e pode apoiar a compreensão das ações demonstradas, 
enquanto o desempenho espontâneo de mímicas serve de comunicação, 
principalmente não verbal. 
Afasia: O importante na reabilitação é oferecer ao afásico uma linguagem 
funcional, pois o mais importante é que ele consiga se comunicar mesmo que seja 
através de meios alternativos e o fonoaudiólogo terá que buscar sempre dentro da 
deficiência a eficiência. 
Agnosia: O paciente deve ser estimulado a reaprender sobre a imagem e 
esquema corporal, com o uso de objetos ou estímulos sensoriais no hemicorpo 
afetado. 
Ataxia: Exercícios de equilíbrio e coordenação motora: Podem ajudar a 
melhorar ou manter o equilíbrio e estabilidade durante atividades de vida diária; 
Fortalecimento muscular: se faz necessário para evitar a fadiga; 
Melhorar a resistência física: através de exercícios cardiovasculares marcha na 
esteira e/ou bicicleta ergométrica. Exercícios aquáticos oferecem menor limitação e 
podem ser benéficos; 
 
 
32 
 
 
 
 
Treinar funções para independência: Considerando sempre formas de reduzir 
a demanda de energia e monitorando a postura; 
 Avaliar a necessidade, indicar e treinar o uso de meios auxiliares com o 
objetivo de dar segurança às transferências e locomoção. 
Disfagia: Atualmente, o tratamento das alterações da deglutição, pertence a 
uma equipe multiprofissional, na qual o fonoaudiólogo faz parte do núcleo 
fundamental. As outras áreas envolvidas na equipe são: a otorrinolaringologia, a 
gastroenterologia, a nutrição, a fisioterapia respiratória, a psicologia,a neurologia e a 
pneumologia. O fonoaudiólogo, além de ser o profissional habilitado e responsável por 
avaliar, definir e /ou alterar as condutas terapêuticas na disfagia, ampliando ao 
máximo as possibilidades de o paciente controlar funcionalmente a fase oral e 
faríngea a deglutição, é também responsável por devolver ao paciente o prazer de se 
alimentar junto a família conforme suas condições. 
11 FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA 
 
Fonte: www. clinicadefisioterapiabh.com.br 
A Fisioterapia Neurofuncional representa uma especialidade da Fisioterapia 
regulamentada em 2008, uma vez que o AVC é a mais comum e devastadora doença, 
sendo relevante o conhecimento da sua distribuição em unidades ambulatoriais 
 
 
33 
 
 
 
 
específicas para esse agravo. A Fisioterapia Neurológica induz ações terapêuticas 
para a recuperação da coordenação motora e da força. Pessoas acometidas por AVC 
(derrame cerebral), tumores, mal de Parkinson e Mal de Alzheimer, por exemplo, 
podem ser beneficiadas com a fisioterapia neurofuncional. 
O tratamento é baseado em exercícios que promovam a restauração de 
funções motoras, de forma a resolver deficiências motrizes e aperfeiçoar padrões 
motores, principalmente utilizando os princípios neurofisiológicos da facilitação 
neuromuscular proprioceptiva. Também é realizado exercícios de alongamento, 
fortalecimento, equilíbrio e treino de marcha. O objetivo é avaliar os déficits funcionais 
e, através de exercícios direcionados, promover padrões motores adequados. 
O paciente com disfunções neurológicas pode apresentar alterações 
complexas de movimento e função. Para a reabilitação, a fisioterapia neurológica 
dispõe de vários métodos e recursos específicos, promovendo um tratamento global 
e individualizado. O paciente é estimulado de forma que consiga reaprender e 
restabelecer suas funções acometidas ou se readaptar a sua nova condição, sempre 
mostrando seu potencial, que muitas vezes é esquecido até mesmo pelo próprio 
paciente. 
As alterações na deglutição decorrentes do avanço da idade podem ocorrer 
em todos os estágios. As consequências dessas alterações incluem 
desidratação, desnutrição pneumonia, depressão, problemas psicossociais, 
dentre outros. Aliado a isso, o envelhecimento ocasiona a diminuição das 
papilas gustativas, que em conjunto com a redução do olfato comprometem 
informações sensoriais essenciais para o processo da deglutição. (FEIJÓ, 
2004, apud SOUSA, 2018). 
Atua também na prevenção de deformidades e otimização das funções 
preservadas. Assim, o objetivo final é proporcionar maior funcionalidade, 
independência e melhor qualidade de vida para os pacientes e familiares. 
12 FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS VASCULARES 
DO SNC 
A Fisioterapia Neurológica (Motora e Respiratória) atua nas doenças que 
acometem o Sistema Nervoso Central ou Periférico, levando a distúrbios neurológicos, 
 
 
34 
 
 
 
 
motores e cognitivos. O atendimento neurofuncional atua com base nos conceitos 
neurofisiológicos obtidos após condutas bem-sucedidas. Um dos objetivos da 
fisioterapia na reabilitação destes pacientes é alcançar maior grau de independência. 
A motivação do paciente e a aceitação no que diz respeito às alterações do seu 
estilo de vida são fatores relevantes para o sucesso da reabilitação. O profissional 
precisa inicialmente dominar a capacidade de se comunicar e angariar a confiança e, 
assim, a cooperação do paciente. Sua conduta não deve ser restrita ao protocolo de 
tratamento, mas também a boa avaliação, monitorização do progresso e orientação 
aos parentes nos cuidados e na convivência com o doente. Os pacientes neurológicos 
podem apresentar incapacidades sob o ponto de vista funcional, prejudicando de 
maneira significativa sua qualidade de vida. As características clínicas das doenças 
do sistema nervoso são determinadas pelo local ou locais da lesão e sua extensão. 
Contudo, é essencial conhecimento sobre a natureza integrativa e a complexidade do 
sistema nervoso ao estudar as características clínicas da doença ou da lesão. 
O objetivo é avaliar os déficits funcionais e, através de exercícios direcionados, 
promover padrões motores adequados, melhora da força, coordenação motora e 
equilíbrio. 
A reabilitação de um paciente com sequelas neurológicas deve ser vista com 
um olhar amplo, objetivando conceder-lhe o mais alto grau de funcionalidade, mas 
esse processo só é possível quando há motivação por parte de profissionais e 
pacientes, acesso e acolhimento dos serviços de saúde. 
A participação do fisioterapeuta é um alicerce nos programas de reabilitação 
voltados para pacientes neurológicos, visto que o mesmo possui uma sólida formação 
científica direcionada a esses pacientes. Levando em consideração a integralidade 
como um dos princípios que regem a atenção primária a saúde, faz-se necessário a 
participação do fisioterapeuta nesse âmbito. 
12.1 Objetivos do tratamento 
O tratamento é globalizado e tem como objetivos principais: 
 
 
35 
 
 
 
 
Prevenir deformidades, orientar a família e o paciente seja ele adulto ou 
criança; normalizar os tônus postural; melhorar habilidades cognitivas e de memória; 
Reintegrar o paciente a sociedade; diminuir padrões patológicos; prevenir instalação 
de doenças pulmonares ou qualquer outra intercorrência; manter ou aumentar a 
amplitude de movimento; reduzir a espasticidade; estimular as atividades de vida 
diária, a alimentação, o treinamento da bexiga e intestinos, a exploração vocacional e 
de lazer; otimizar a qualidade de vida do paciente; Devolver o paciente ao convívio 
social, tanto na família quanto no trabalho, reintegrando-o com a melhor qualidade de 
vida possível. 
Reabilitação: É o conjunto de procedimentos que visam restabelecer, quando 
possível, uma função perdida pelo paciente temporária ou permanentemente e com 
os seguintes objetivos: 
Prevenir complicações, as mais comuns são as deformidades. Com a 
paralisação dos músculos e a instalação de uma rigidez (chamada de espasticidade) 
nas partes do corpo afetadas, ocorre a perda da mobilidade das articulações, que 
passam a adotar posições erradas, ficando deformadas e impedindo o paciente de 
realizar certos movimentos. 
Alguns exemplos são estender os joelhos e cotovelos, andar, flexionar os 
braços, entre outros. Outras complicações comuns são as síndromes álgicas (dores 
difusas pelo corpo), o ombro doloroso, doenças pulmonares (broncopneumonia), a 
trombose venosa profunda, as escaras (feridas formadas pela pressão contínua em 
um determinado ponto), entre outras. 
Todas estas complicações podem ser evitadas através da movimentação com 
exercícios corretos, com uso de órteses (aparelhos para manter os ombros 
posicionados corretamente), procedimentos visando diminuir a espasticidade e uso 
de medicamentos para dor, prescritos pelo médico. 
De um modo geral, alguns princípios de reabilitação podem ser iniciados no 
primeiro ou segundo dia do AVC, como posicionamentos adequados e movimentos 
passivos, visando prevenir complicações secundárias, com o paciente ainda 
hospitalizado. Dentre estes exercícios ressalta-se o estímulo esfincteriano com 
 
 
36 
 
 
 
 
exercícios de ponte associados com estimulação de assoalho pélvico. Os exercícios 
de Kegel são ótimos aliados. 
Ao sair do hospital, o paciente deve continuar seu tratamento de reabilitação, a 
nível ambulatorial, com o fisioterapeuta, num centro especializado, se necessário, ou 
em casa, seguindo as orientações dadas pela equipe. E é neste momento que entra 
o papel fundamental da família, fornecendo a infraestrutura necessária para o amplo 
restabelecimento 
Apesar do trabalho intenso da fisioterapia, alguns pacientes podem não 
apresentar grandes melhoras, porém não devem ser interrompidos para não ocorrer 
regressão do progresso já conseguido pelo tratamento de reabilitação. 
A família deve sempre estar atenta à eventuais complicaçõesque possam 
surgir sendo os sintomas mais frequentes: Dor no peito ou respiração mais curta; 
Sangramento, principalmente se estiver tomando anticoagulantes; Dor de estômago, 
indigestão ou soluços frequentes, especialmente se estiver tomando ácido acetila 
salicílico (AAS ou Aspirina); Convulsões ou perda de consciência; Dor para urinar; 
Febre; Alteração do comportamento, depressão ou agressividade; Diminuição da 
força física; Prisão de ventre prolongada. 
12.2 Protocolos de tratamento 
Os principais exercícios de fisioterapia para paciente neurológicos são aqueles 
que estimulam o movimento dos membros acometidos pela lesão, não esquecendo 
que o paciente é um todo, ou seja, todo o deve ser tratado. 
Na década de 80, surgiu a primeira aplicação do uso forçado em humanos, 
realizada apenas com uma contenção do membro superior esquerdo de um 
paciente com hemiparesia direita decorrente de um AVE. Sendo observado 
um aumento da frequência do uso funcional do membro superior parético 
(WOLF, 2002 apud, JUNIOR, 2016). 
Os alongamentos são importantes para melhorar a amplitude dos movimentos, 
principalmente dos MMSS e realização de exercícios respiratórios, evitando assim o 
acúmulo de secreções que podem levar a complicações respiratórias (pneumonia, por 
exemplo). Os exercícios para MMII, são igualmente importantes para ganho de força, 
 
 
37 
 
 
 
 
amplitude de movimento e controle para marcha. Quando o paciente conseguir ficar 
na posição de pé, deve ser trabalhado o seu aprendizado motor e treino de equilíbrio 
para que o mesmo consiga deambular sozinho. Outros exemplos de exercícios são 
as movimentações da escápula. 
 O tratamento fisioterapêutico deve ser individualizado, respondendo às 
necessidades do paciente, que podem mudar de um dia para o outro. Alguns 
equipamentos que podem ser usados são pesos, caneleira, bola, rampa e Thera 
Band. 
Dentre as propostas de tratamento para os pacientes neurológicos podemos 
citar: A Terapia de Contenção Induzida (TCI), também conhecida como de Terapia de 
restrição, baseando-se na superação da teoria do desuso “learned nonuse”, e vem 
ganhando espaço dentro da prática clínica e sendo cada vez mais documentada no 
meio científico. Esta terapia é uma abordagem terapêutica, visando à reabilitação de 
paciente com sequelas de um acidente vascular encefálico (AVE) intermediado por 
um treinamento intensivo, sendo que o membro não afetado é imobilizado, para que 
possa ser estimulado o uso do membro parético ou plégico. 
Na Paralisia Cerebral, a Fisioterapia tem o intuito de inibir a atividade reflexa 
anormal para normalizar o tônus muscular, através de exercícios de facilitação e 
inibição que buscam a melhora da força, flexibilidade e amplitude de movimento, bem 
como o uso do Tens, para estimulação da área afetada. 
Alguns aparelhos e métodos estão sendo empregados para melhora do 
paciente, como o uso de jogos de vídeo game, onde se observa progressiva melhora 
do paciente neurológico. 
O feedback fornecido pela TV proporciona ao usuário observar seus próprios 
movimentos em tempo real, sendo um reforço positivo que facilita a formação 
e o aperfeiçoamento de tarefas. (ROTTA, 2002 apud, SOARES, 2015). 
O Balance deve ser utilizado, pois previne quedas e está relacionada com o 
equilíbrio, a reação de endireitamento e proteção. O balance normalmente requer o 
controle de forças gravitacionais para manter o controle postural e o controle das 
forças de aceleração para manter o equilíbrio. 
 
 
38 
 
 
 
 
12.3 A hidroterapia como tratamento de paciente de AVC 
 
Fonte: www.peixepeixinho.com.br 
 A hidroterapia possui grandes benefícios para portadores de AVC por meio 
das propriedades físicas da água, diminuindo desta forma as sequelas que esta 
patologia pode ocasionar. Ela promove através da reabilitação a diminuição das 
alterações físicas no paciente com AVC; melhorar a qualidade de vida e a perspectiva 
de vida destes pacientes 
Existem diversas formas de se usar a água como elemento terapêutico. O 
termo hidroterapia engloba todas elas, mas podem ser diferenciadas algumas formas 
distintas de utilização da água em processos profiláticos ou terapêuticos, tais como: 
Hidroterapia por via oral, balneoterapia, duchas quentes, frias ou mornas, compressas 
úmidas, crioterapia, talassoterapia, turbilhão, Hidrocinesioterapia (ou fisioterapia 
aquática). 
Diversas abordagens de hidroterapia podem ser utilizadas no tratamento de 
pacientes com AVC e outras patologias. O método Bad Ragaz tem como objetivo a 
redução do tônus muscular, relaxamento, aumento da amplitude articular, 
fortalecimento muscular e preparar os membros inferiores para descarga de 
peso, restaurar o padrão normal de movimento dos membros superiores e 
inferiores, além de melhora da resistência geral .São características do método o 
uso das propriedades da água como turbulência e flutuação, o restabelecimento 
 
 
39 
 
 
 
 
dos movimentos anatômicos, biomecânicos e fisiológicos das articulações e 
músculos em padrões funcionais e a aplicação individualizada, utilizando boia 
ou flutuador cervical, flutuador circular grande para o quadril e vários flutuadores 
circulares pequenos. 
Durante a terapia na piscina, o calor da água ajuda a aliviar a espasticidade, 
mesmo que o alívio seja apenas temporário A pressão hidrostática pode ser 
utilizada para diversos fins, na espasticidade vai ajudar na manutenção do 
equilíbrio, retorno venoso e também vai estimular o aumento da 
propriocepção das terminações nervosas da periferia e do tronco. 
(BARBOSA, 2015 apud MIRANDA, 2018) 
O método Halliwick foi desenvolvido com a proposta inicial de auxiliar pessoas 
com problemas físicos a tornarem-se mais independentes para nadar. A ênfase inicial 
do método era recreativa com o objetivo de independência na água. Mais 
recentemente, essa técnica passou a ser utilizada no tratamento de crianças e adultos 
com enfermidades neurológicas por enfatizar as habilidades dos pacientes na água e 
não suas incapacidades. 
Benefícios da Hidroterapia em portadores de Acidente Vascular Cerebral 
(AVC): 
Pacientes com problemas neurológicos possuem lesões restritas e complexas, 
sendo assim, a reabilitação aquática oferece uma abordagem única e versátil para o 
tratamento dessas lesões e das deficiências secundárias. Durante a terapia na 
piscina, o calor da água ajuda a aliviar a espasticidade, mesmo que o alívio seja 
apenas temporário. A terapia aquática e suas propriedades são uma alternativa eficaz 
para a melhora da espasticidade em pacientes neurológicos. No Brasil a terapia 
aquática é uma técnica que vem crescendo, tendo como finalidade desenvolver 
exercícios terapêuticos, para a reabilitação ou prevenção de alterações funcionais, 
agindo na espasticidade de maneira a diminuir o tônus muscular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
 
 
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