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XII FATECLOG GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 ISSN 2357-9684 A GESTÃO DE CONFLITOS COMO FERRAMENTA DE ORGANIZAÇÃO E ESTRATÉGIA EMPRESARIAL: CASO CORPORAÇÃO ALPHA MELISSA DE OLIVEIRA ROSA (FATEC GUARATINGUETÁ) melissa.rosa@fatec.sp.gov.br GABRIELA RIBEIRO DE OLIVEIRA (FATEC GUARATINGUETÁ) gabriela.oliveira51@fatec.sp.gov.br ALEXSANDER AUGUSTO DE PAULA MAIA (FATEC GUARATINGUETÁ) alexsander.maia@fatec.sp.gov.br ADRIANO CARLOS M. ROSA (FATEC GUARATINGUETÁ) adriano@fatecguaratingueta.edu.br RESUMO Os conflitos organizacionais foram por muito tempo considerados integralmente prejudiciais para a organização. No entanto, na atualidade acredita-se que os conflitos podem vir a ser benéficos e até estratégicos para as organizações e seus colaboradores, se a sua gestão for capaz de torná-los funcionais. Este artigo tem como objetivo estudar conceitos administrativos e comportamentais, transformando-os em práticas, abordando principalmente a gestão de conflitos nas organizações, as distinções que as compõem e as formas para fazer com que essa gestão seja eficaz. Além disso, como ferramenta metodológica, adotou-se também um estudo de caso que, neste trabalho, por motivo de sigilo e preservação de dados da empresa pesquisada, foi comentado como “Corporação Alpha”. A base conceitual e o respectivo estudo de caso foram apresentados com muito sucesso pelos autores como avaliação final da disciplina de Comportamento Organizacional, componente do segundo semestre do curso superior de tecnologia em Gestão Empresarial da Faculdade de Tecnologia de Guaratinguetá. PALAVRAS-CHAVE: comunicação. conflitos. estratégia. gestão. organização. A B S T R A C T Organizational conflicts have long been considered to be entirely harmful to the organization. However, nowadays it is believed that conflicts can prove to be beneficial and even strategic for organizations and their collaborators if their management is able to make them functional. This article aims to study administrative and behavioral concepts, transforming them into practices, mainly addressing conflict management in organizations, the distinctions that compose them and the ways to make this management effective. In addition, as a methodological tool, a case study was also adopted which, in this work, for reasons of confidentiality and data preservation of the researched company, was commented as “Alpha Organization”. The conceptual basis and the respective case study were presented with great success by the authors as a final assessment of the discipline of Organizational Behavior, a component of the second semester of the higher technology course in Business Management at the Guaratinguetá Technology Faculty. Keywords: communication. conflicts. management. organization. strategy. XII FATECLOG - GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 XII FATECLOG GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 ISSN 2357-9684 1. INTRODUÇÃO A gestão empresarial possui uma gama de necessidades em seu estudo e uma dessas necessidades é a aplicação dos conceitos de gestão na resolução de conflitos no ambiente organizacional. Conflitos estes, que se dão por meio de duas ou mais pessoas e por fatores diversos, uma vez que, fatores e pessoas têm ligação direta com a bagagem comportamental de cada indivíduo. Em todas as organizações existe uma obrigatoriedade do exercício da gestão de conflitos na busca de minimizar impactos negativos e estipular a boa relação entre colaboradores. Utilizando os métodos de pesquisa exploratória bibliográfica e documental, apoiados por um estudo de caso, os autores apresentam essa pesquisa e artigo que teve por objetivo analisar os possíveis tipos de conflitos, suas fundamentações, desenvolvimentos e os possíveis impactos resultantes, de forma a demonstrar através de um estudo de caso a resolução baseada no levantamento teórico e na aplicação dos conceitos apresentados em gestão empresarial. Dignou-se o estudo através da investigação e pesquisa realçadas nos fatores importantes e reais na organização, possibilitando o entendimento conceitual da gestão de conflitos de forma geral e aplicabilidade do conteúdo na prática, que para tal foi concedido através de um estudo de caso, a fim de proporcionar diretamente a atividade de compreender e gerir conflitos internos em um ambiente organizacional. O estudo justifica-se pela importância e relevância do assunto, tão quando a necessidade da abordagem e administração dos conflitos em todas as organizações, de forma a impor uma resolução por parte do gestor empresarial que por vezes está no controle de situações que exigem aplicação prática fundamentada pelo embasamento teórico no exercício de suas atividades, norteando seu ambiente organizacional ao seu maior índice possível de conflitos benéficos e consequentemente de um ambiente favorável a um melhor desenvolvimento empresarial. A base conceitual da pesquisa fundamenta-se por artigos científicos, livros e demais documentos que orientaram os autores no alcance dos objetivos e, sequencialmente utilizou-se de conhecimentos obtidos na disciplina de Comportamento Organizacional (do segundo semestre do curso de Gestão Empresarial da Fatec Guaratinguetá) para propor soluções para o caso apresentado, gerando a aplicação dos conceitos na prática. A estrutura do artigo compõe-se por esta Introdução na seção 1. O Embasamento Teórico é apresentado na seção 2 através do estudo dos temas O Ambiente Organizacional, as O Conflito e Seus Impactos nas Organizações, Gerenciamento de Conflitos e, por fim, Estratégia e Planejamento Estratégico. Na seção 3 aborda-se o Desenvolvimento da Temática, onde se registra a metodologia adotada (as pesquisas, o estudo de caso e a conclusão dos autores), de forma a opinar e propor soluções para o caso através de conceitos dados pela gestão empresarial, estratégica e da gestão de conflitos, compilando informações para a aplicação prática, o gerenciamento e a resolução do problema mencionado no Caso “Corporação Alpha”, baseado no trabalho de Oliveira e Canaparro (2018). Na seção 4 são informados os resultados e a discussão inseridas em um tratamento situacional. O encerramento encontrado na seção 5, Considerações Finais do artigo. XII FATECLOG - GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 XII FATECLOG GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 ISSN 2357-9684 2. EMBASAMENTO TEÓRICO Nesta seção é apresentado o conteúdo obtido pelas pesquisas bibliográfica e documental, ou seja, os assuntos de destaque sobre o ambiente organizacional, conflitos e seus impactos nas organizações, gerenciamento de conflitos, estratégia e planejamento estratégico. 2.1 O Ambiente Organizacional De acordo com Drucker (2016), o mercado propõe mudanças às empresas e as pessoas que as constituem, sejam mudanças de hábitos, costumes e culturas no mundo todo, gerando um modelo para adaptação e de competitividade entre as empresas. E, de modo global, nesse modelo inúmeros fatores fazem com que essas pessoas se desenvolvam. Todos esses fatores, sem exceção, são importantes para que a presença continue presente e competindo no seu mercado, de modo que, para administrá-las, é preciso conhecer, analisar, verificar e aprimorar as características de cada uma delas. Dentre elas, está o AmbienteOrganizacional. Para Certo et al. (2005), o Ambiente Organizacional é o conjunto de todos os fatores, internos e externos, que têm a capacidade de influenciar o progresso logrado através dos objetivos alcançados. Este ambiente pode ser dividido entre Ambiente Interno, onde é levado em consideração o meio dentro da empresa em si, como todos os colaboradores e seus meios de produção, e o Ambiente Externo, onde todas as pessoas e empresas que estão relacionadas, principalmente, às oportunidades e ameaças que não estão alocados na organização, como os concorrentes e clientes. Essa disjunção faz com que o entendimento das organizações seja acessível a todos e, dessa forma, se torne possível, principalmente, observar os acontecimentos em cenários distintos. “As organizações são estruturadas para apreender e dirigir sistemas de fluxos e determinar os inter-relacionamentos das diferentes partes (MINTZBERG, 2014) A partir do ideal de organizações e ao considerar a atual sociedade onde o homem nasce, cresce, aprende, se profissionaliza, trabalha e morre em organizações, o ambiente organizacional tem amplitude em diversidade, como visto por Chiavenato (2014) as organizações possuem tamanhos diferentes, características diversas, costumes diferentes, estruturas diversificadas e objetivos extremamente diferentes. A Teoria das Organizações se ocupa do entendimento de organizações por seu tamanho, operações, sua complexidade de operações e os aspectos que tornam aquele conjunto de pessoas e atividades um exato ambiente organizacional. Este, é moldado por sua cultura e pelo seu clima, e, portanto, se adequa a um estudo de ciências e relações humanas aprofundado e eficaz, para assim obter resultados válidos. Dentre estes aspectos, está principalmente o fator comum que são o relacionamento inter e intrapessoal, uma vez que as pessoas que desenvolvem a cultura dessa empresa, e o clima é resultante da cultura das organizações; de seus aspectos positivos e negativos, onde se dão os conflitos (DAFT, 2017). Contudo, torna-se claro que toda e qualquer empresa tem seu próprio ambiente organizacional, sendo específico e peculiar de cada uma. Cabe a cada gestor conhecer o ambiente em que sua organização institui e assim administrá-lo da melhor maneira. Intrínseco à essa administração, está o gerenciamento de conflitos, os quais apresentam-se de várias formas e impactam as organizações de diversas maneiras. XII FATECLOG - GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 XII FATECLOG GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 ISSN 2357-9684 2.2 O Conflito e Seus Impactos nas Organizações A organização necessita de mentes raciocinantes para se manter em constante desenvolvimento. É notório apontar que as pessoas que formam o corpo organizacional têm características, habilidades, qualidades e defeitos específicos uns dos outros e, diante disso, confronto de ideias, discussões, perda de foco e desequilíbrios são comuns em toda sua estrutura. Essas e diversas outras formas de conflito são cada vez mais comuns em situações de transição de gestão, baixa lucratividade ou mesmo quando a organização se dá em estado de emergência, pois o que é intensamente afetado é a inteligência emocional, precisamente o lado direito do cérebro humano (CARVALHAL; ANDRADE; DE ARAÚJO, 2014). O conflito, portanto, de acordo com Serrano Martínez e Rodríguez Fernández (1993) é um encontro entre duas ou mais linhas de força, com as mesmas direções, porém com sentidos opostos, resultando deste evento a necessidade de uma gestão eficaz da ocorrência, a fim de retirar algo positivo dela. Para Mintzberg (2014), existem diversas formas de conflitos, estas podem ser geradas por apenas dois integrantes ou até mesmo com todos os colaboradores. Cada confronto, de fato, tem seu motivo específico para ser realizado e, portanto, não cabe às organizações descreverem quando isso poderá acontecer. Contudo, há formas de conflitos que podem ser analisadas e, com resultados estatísticos, é notável realizar tais observações de acontecimentos mais comuns. Para tanto, a partir dessas observações, é possível determinar algumas condições que antecedem os conflitos. Segundo Chiavenato (2014) existem algumas condições antecedentes dos conflitos a saber: ambiguidade de papel, objetivos concorrentes, recursos compartilhados e interdependência de atividades. No que tange a primeira condição, ocorre quando expectativas são vagas e confusas, podendo fazer com que as pessoas sintam que os propósitos para os quais trabalham, são incompatíveis. Ainda para o autor (CHIAVENATO, 2014) a segunda condição, como consequência do crescimento da organização, os grupos se especializam na busca de seus objetivos e, dessa forma, cada um realiza tarefas diferentes e possui objetivos distintos, onde surge a particularização: interesses e objetivos distintos tendem a provocar uma percepção de que talvez sejam incoerentes e contrários. No que se refere aos recursos compartilhados, Chiavenato (2014), declara que os recursos organizacionais são escassos e muitas vezes, insuficientes. Portanto, devem ser distribuídos e alocados entre os grupos. Assim, se determinado grupo quer aumentar sua quantidade de recursos, outro deverá renunciar a uma fração dos seus. Logo, isso provoca a percepção de objetivos e interesses diferentes e talvez incompatíveis e incongruentes. Daft (2017) também propõe como condição a interdependência de atividades, pois os grupos da organização dependem uns dos outros para desempenhar as atividades e alcançar os objetivos. Assim, muitas vezes se tornam interdependentes, o momento em que um grupo não consegue realizar uma tarefa ou alcançar determinado objetivo, a menos que outro grupo realize a sua ou alcance o seu. Ao que essa interdependência se torna excessiva, surgem oportunidades de um grupo tanto auxiliar quanto prejudicar o rendimento dos demais. O estágio posterior às condições se refere ao conflito propriamente dito, onde este possui, além de toda variação de ocasião, a variação de tipos. Para Robbins e Judge (2020), existem três tipos de conflito: o de tarefa, que está relacionado ao conteúdo e aos objetivos do XII FATECLOG - GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 XII FATECLOG GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 ISSN 2357-9684 trabalho; o de relacionamento, que se refere às relações interpessoais; e o de processo, que se relaciona à maneira como o trabalho é realizado. Concordando, Daft (2017) relata que, uma vez que conflito implica em uma ação e reação por duas ou mais partes, isso o torna inerente a existência dos impactos positivos, negativos e consequências, sendo essa última diferenciada entre funcionais ou disfuncionais, ou seja, contribuem para o bom desempenho ou que atrapalham o desenvolvimento da organização, respectivamente. Já segundo Alméri, Barbosa e Nascimento (2014) o conflito gera incertezas, ansiedades e rumores que agravam as diferenças e as retaliações, alimentam a disputa referente aos objetivos desejados e o ódio que revela a sensação de que um grupo ameaça a identidade do outro, o que faz com que ambos se evitem ou resistam a uma aproximação, isso afeta diretamente ao ciclo de produção da organização. Contudo, o conflito também é abordado como necessáriono fator de desenvolvimento humano a partir do momento em que é identificado, abordado, compreendido e gerido de forma construtiva. 2.3 Gerenciamento de Conflitos Devido às divergências nos pontos de vista, às diferentes perspectivas e o anseio no cumprimento de objetivos entre as partes envolvidas, se faz necessário o gerenciamento de conflitos de forma que a administração sobre esta questão o torne benéfico para a organização. Segundo Robbins e Judge (2020), alguns conflitos apoiam os objetivos do grupo e melhoram seu desempenho; estes são os conflitos funcionais, formas construtivas de conflito. Por outro lado, existem conflitos que atrapalham o desempenho do grupo; são formas destrutivas ou disfuncionais de conflito. De acordo com Araújo, Guimarães e Rocha (2005), as formas de tratamento do conflito incluem dois conceitos distintos: a solução dele, ou a sua administração. A solução de conflitos pode ser entendida como redução, eliminação ou sua extinção. Por outro lado, a administração de conflitos envolve o desenvolvimento de estratégias efetivas de minimizar “disfunções”, e maximizar conflitos construtivos, que ajudam a aprimorar a aprendizagem e a efetividade organizacional. Ainda para os autores: A alternativa proposta por vários autores contemporâneos a respeito do conflito organizacional é que a sua administração, uma vez que o conflito mediado com eficiência pode trazer bons retornos aos gerentes e consequências positivas às organizações. Quando tratado como integrante natural dos processos organizacionais, como os de mudança e inovação, o conflito pode ser utilizado para assegurar cooperação entre grupos ou até mesmo fomentar um aumento de produtividade. Segundo esta abordagem, o ponto central no que diz respeito ao conflito organizacional é a gerência do processo, fazer tudo que estiver ao alcance para garantir que seus efeitos positivos sejam majorados, enquanto os negativos e potencialmente destrutivos, sejam anulados (ARAÚJO, GUIMARÃES; ROCHA, 2005, p. 5). Diante do exposto, os variados autores defendem que as organizações não conseguem prever quando os conflitos irão surgir, mas a forma com que se tratam essas questões faz com XII FATECLOG - GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 XII FATECLOG GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 ISSN 2357-9684 que seja possível trazer positividade aos conflitos que por vezes podem resultar em melhorias da produtividade no ambiente organizacional. 2.4 Estratégia Em Montgomery e Porter (1998) a estratégia é definida como uma direção ou um conjunto de ações concebidas e pertinentes para alcançarem (de maneira diferenciada) os desafios e objetivos estabelecidos pela empresa diante de seu ambiente. E, diante disso, aplicam-se os meios disponíveis com vistas à consecução desses objetivos explorando condições favoráveis. Para Hitt, Ireland e Hoskisson (2008) a estratégia se baseia na criação de uma posição específica e valorosa, envolvendo um diferente conjunto de atividades em um determinado sistema. Ela está preocupada com objetivos de longo prazo e os meios específicos para alcançá-los, que afetam o sistema como um todo. Por essa preocupação característica da estratégia, ela é definida também como o elemento que conecta metas e ações aos objetivos em longo prazo (em um processo sistêmico), envolvendo toda a organização e estabelecendo uma ligação com os recursos necessários (humanos, monetários, tecnológicos etc.) para sua implementação. Já conforme Chiavenato (2016), a estratégia se caracteriza ou é representada pelas regras e diretrizes utilizadas nas decisões, que orientam o processo de desenvolvimento de uma organização. Portanto, decisões estratégicas são aquelas que promovem desenvolvimento e alcance de objetivos à empresa, de forma possível e assertiva, considerando também, suas relações com o ambiente em que essa empresa se insere. Colaborando com o assunto, Mintzberg (2014) considera que, são diversas as áreas do conhecimento que, de alguma forma, contribuem para o entendimento do que seja estratégia, mesmo que, tais áreas sejam até divergentes ou discordantes em suas construções. Por fim, de acordo com Daft (2017) a estratégia comumente se caracteriza pela mudança. É um processo dinâmico e ajustável, à medida que a implementação acontece, detectam-se os pontos que precisam ser repensados e estabelecem as ações que deverão ser realizadas. O autor também reitera Mintzberg (2014) quanto às várias as definições de estratégia abordadas, seus muitos autores e, respectivamente, seus diferenciados pontos de vista. 2.4.1 Planejamento Estratégico No momento em que a organização assume uma sistemática estratégica em seu desenvolvimento a mesma se detém a pensar em alternativas, ações e metodologias para que possa escolher entre estas quais serão compatíveis com sua visão de futuro. Como visto por Drucker (1981) há uma necessidade do administrador em viver sempre no presente e futuro. Em suma, a organização agrega suas estratégias de modo a ter uma melhor tomada de decisão para alcançar seus objetivos, tal como agir de acordo com suas mudanças e condições atuais. Para os autores Barbosa e Brondani (2004), planejar significa a formulação sistemática de objetivos e ações alternativas, que ao final, a escolha se dará sobre a melhor ação. Cabe à organização analisar o ambiente e tomar uma meta do que quer que seja feito e, a partir disso, traçar fórmulas e inovações para garantir a conquista. No entanto, um simples planejamento torna a ação, muitas vezes, mediana e com uma maior dificuldade de chegar ao objetivo e, portanto, abordar estratégias em torno do planejamento altera a forma de visualizar o ambiente, pois, como citado anteriormente, a estratégia é caracterizada pela mudança. XII FATECLOG - GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 XII FATECLOG GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 ISSN 2357-9684 De acordo com Alday (2000), o planejamento estratégico deve ser um foco na administração e está relacionado às medidas que uma empresa poderá tomar para lidar positivamente com ameaças e mudanças, inclusive aproveitar oportunidades encontradas no ambiente em questão. O planejamento estratégico orientado para o mercado é o processo gerencial de desenvolver e manter um ajuste viável entre objetivos, habilidades e recursos de uma organização e as oportunidades de um mercado em contínua mudança. O objetivo do planejamento estratégico é dar forma aos negócios e produtos de uma empresa, de modo que eles possibilitem os lucros e o crescimento almejados. (KOTLER, 2000, p.86). Conforme já mencionado no capítulo anterior e como visto por Robbins e Judge (2020) existem três formas de conflito: o de tarefa, o de relacionamento e o de processo, uma vez que estas formas impactam diretamente nos conteúdos e objetivos, nas relações interpessoais e maneira como é executado o trabalho, respectivamente, e veemente esses conflitos trazem como consequência mudanças na organização, de forma que o planejamento estratégico tenha papel imprescindível na administração, a fim de agregar à gerência de conflitos e eventos atípicos não interferindo no alcance das metas da empresa. No mesmo contexto, segundo Chiavenato (1983) as fontes de conflitos podem ser caracterizadasdentro de um continuum que vai desde uma colisão frontal de interesses até divergentes interesses, mas não necessariamente incompatíveis, tais como a concorrência. Logo, o planejamento estratégico, partindo da análise do contexto interno, pode intervir nos conflitos frontais dentro do ambiente organizacional, assim como o outro extremo dessas fontes de conflito pode ser mediado pela análise externa e, diante disso, obter alternativas estratégicas para abolir essas situações. Conforme apresentado, se faz importante o desenvolvimento do planejamento estratégico nas organizações de forma a conseguir administrar as mudanças advindas de seus diversos fatores comuns como recursos, mercado, relações interpessoais e demais causas que acarretam transformações do fluxo padrão do ambiente organizacional. 3 . DESENVOLVIMENTO DA TEMÁTICA – PESQUISAS E ESTUDO DE CASO Para a elaboração deste artigo foram feitas pesquisas que, quanto à sua natureza, foi classificada como aplicada (MARCONI; LAKATOS, 2017), método assistido por investigação de um problema (neste, a associação entre estratégia e a gestão de conflitos). Relativo à aplicabilidade do conhecimento científico, o estudo é amparado por uma pesquisa bibliográfica e documental, que são realizadas mediante complemento e/ou soma entre bases de conhecimento levantados geralmente em livros, artigos e documentos atualizados (GIL, 2017). Ainda relativo à metodologia, o artigo apresenta um estudo de caso, o método de pesquisa que utiliza (geralmente), dados qualitativos, coletados a partir de um evento real, o objetivando a explicação, exploração ou a descrição de fenômenos atuais inseridos em um contexto (YIN, 2014). 3.1 Apresentação do Estudo de Caso – “Corporação Alpha” XII FATECLOG - GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 XII FATECLOG GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 ISSN 2357-9684 O Caso apresentado é baseado no trabalho dos autores Oliveira e Canaparro (2018), que trata de uma situação específica de conflito sucedida nas dependências de uma consolidada empresa que, neste artigo, por motivos de sigilo e preservação de dados será apresentada como “Corporação Alpha”. Segundo os autores (OLIVEIRA; CANAPARRO, 2018), a “Corporação Alpha” está no mercado de fabricação de calçados há mais de 26 anos. Sua matriz está situada na região do Vale dos Sinos, em Campo Bom (RS), na qual estão centralizados todos os setores administrativos e de produção de amostras. As demais unidades produtoras de calçados estão situadas no Nordeste brasileiro, na Argentina e na América Central. O grupo produz cerca de 7 milhões de pares por ano e possui, aproximadamente, 4.500 colaboradores. O mais novo cliente da “Corporação Alpha”, nomeado como “Cliente Beta” iniciou um contrato com a empresa desde maio de 2016. Para ele, desde o início do contrato, foi programado uma nova demanda de produção em torno de 3.600 pares de calçados por dia, o que geraria cerca de 1.000 (hum mil) novos empregos para atendê-los. Esse novo cliente seria, então, responsável por um aumento de aproximadamente 25% do faturamento geral da “Corporação Alpha”. Diante do exposto, o objetivo deste estudo de caso, foi analisar a estratégia de gestão e os conflitos existentes entre os vários setores, considerando: o setor de Programação (PCP), o Comercial e os setores de Custos e Modelagem. Tais conflitos eram também relacionados à chegada de um “Novo Projeto de Desenvolvimento” para uma linha de calçados esportivos, advindos do “Cliente Beta”. Para cumprir o objetivo, entender os conflitos e planejar uma proposta de solução, houve a execução de uma pesquisa com o grupo de colaboradores que atenderam ao Cliente Beta. Foram entrevistadas 4 pessoas: aqui reconhecidos como Colaboradores A, B, C e D, respectivamente: Gerente Comercial, Supervisor de PCP, Gerente de Custos e Gerente de Modelagem. As entrevistas aconteceram ao longo de uma semana, a fim de evitar um longo espaçamento entre elas. Além disso, foram coletados dados através da técnica de observação participante, que ocorreu mais especificamente em reuniões entre os setores, duas vezes por semana, dentro de 1 mês. A análise dos dados coletados por meio das entrevistas foi realizada através do método de análise de conteúdo. A partir da transcrição das entrevistas, foram levantadas categorias através da análise categorial, que identificou características comuns nas respostas dos entrevistados. Assim, a análise ocorreu em três etapas: ▪ Pré-Análise: a fim de organizar as entrevistas; ▪ Exploração do material: definição das três categorias principais: Conflito, Comportamento e Processo; ▪ Tratamento e interpretação dos resultados: entrevistas fragmentadas dentro das categorias e, posteriormente, reagrupadas de acordo com as semelhanças apresentadas. De forma a proporcionar melhor compreensão da atual administração dos conflitos e comunicação entre os colaboradores dos setores em questão, os entrevistados foram convidados a relatar sobre o fluxo atual de comunicação: Os entrevistados mencionaram de forma unânime que existem falhas importantes na estratégia de comunicação que ocorria no repasse de informações dos novos projetos. No decorrer das entrevistas, ficou claro que para estas falhas os entrevistados conseguiam identificar uma causa raiz, conforme destacado pelo entrevistado D, “[...] o setor comercial não sabe o que precisa pedir pro cliente quando ele passa um projeto novo [...]”. Esta causa foi informada inclusive pelo entrevistado A, responsável por esta função. As entrevistas demonstraram que esta dificuldade na obtenção do que os entrevistados XII FATECLOG - GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 XII FATECLOG GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 ISSN 2357-9684 chamam de pacotes completos para iniciar o desenvolvimento dos projetos acaba por gerar conflitos entre os setores. Em relação a identificação dos comportamentos a serem melhorados, quando questionado sobre a postura dos colegas quando há necessidade de administrar conflitos, o entrevistado C alega que “[...] há um conflito importante que afeta o trabalho de custos, que diz respeito à definição das matérias primas que serão usadas no projeto [...]”. Segundo ele, o Setor Comercial administra estes conflitos de modo a evitá-los, o que passa a sensação de que não estão comprometidos com a solução dos problemas. Já o entrevistado B diz que “[...] sobre comportamentos, acho apenas que o comercial podia ter outra postura quando a gente pede mais informações [...]”. O entrevistado A mencionou que não tem dificuldades com os setores quando necessário administrar algum conflito. No que diz respeito aos comportamentos e atitudes, nenhum entrevistado citou disputas pessoais, apenas conflitos profissionais. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO – Tratamento Situacional Como explícito no caso, tratou-se de um conflito profissional, o que não diz respeito a questão comportamental propriamente dita, mas sim, ao processo dentro da organização exigindo um gerenciamento administrativo na existência desse conflito para que o mesmo resulte em um consenso benéfico, aumentando os lucros e simultaneamente diminuindo as perdas. O conflito neste ambiente organizacional foi considerado disfuncional, uma vez que atrapalha o desenvolvimento da empresa e reflete diretamentena produção direcionada ao cliente, para tanto seria necessário reformular os processos desde o primeiro contato com o possível cliente até a entrega final do produto exigido por ele. A primeira questão a ser tratada seria a comunicação conjunta entre os setores, de forma a exigir reuniões periódicas e clareza em toda alteração em processo que vier a ocorrer, não somente por parte dos gestores, mas envolvendo todo o corpo de funcionários da empresa. Posteriormente e diretamente com o setor comercial, deve-se trabalhar fortemente a comunicação, o fluxo destas e a frequência com que devem acontecer, criar um mural com assuntos importantes e manter atividades no e-mail de forma a informar aos outros setores com frequência diária seja em relação aos seus níveis de vendas sejam as suas reuniões com clientes ou aos seus calendários semanais de objetivos a serem cumpridos. Foi necessário elaborar, junto aos setores (para que todos especifiquem o que precisam para uma produção de sucesso) um formulário de contato inicial, contendo as informações do cliente e sua empresa, seu público-alvo, a ideia de modelo o qual pretende receber, a quantidade e qualidade desejada, e todas as características estéticas do produto em si (cores, tamanhos, materiais, textura). Após uma reunião com o cliente, o setor comercial em consenso com o setor de modelagem, se responsabilizou em compilar o formulário a um “levantamento de matérias primas necessárias”, sendo estas dispostas em planilhas por parte da produção e do supervisor PCP. Seguinte a isso, todos teriam respostas (por parte dos quatro setores) a fim de passar um orçamento certeiro ao cliente em um (curto) prazo de uma semana, transmitindo assim confiança ao mesmo e mantendo sempre uma linhagem de processos padrão. Logo após o fechamento do contrato por ambas as partes fixarem dias e horários para reuniões com finalidade de acompanhar, junto ao PCP, a condição de projeto e consequentemente atualizarem o cronograma de produção. XII FATECLOG - GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 XII FATECLOG GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 ISSN 2357-9684 Estabelecerem horários de transmissão de informação da linha de produção aos seus gestores a ponto de se ter ciência do prazo de entrega restante. Sequencial a modificação do processo, o conflito estaria por completo gerido e torna-se benéfico nesta empresa, devendo apenas aplicar com frequência a estratégia da “Melhor Comunicação”. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Atualmente, em resposta ao aumento acirrado da concorrência, um dos pontos a ser tratado e melhorado em todas as organizações é com relação ao ambiente organizacional, para isso é primordial a aplicação de uma gestão de conflitos eficaz e eficiente, de forma a minimizar os problemas ou ao menos transformá-los em questões benéficas aos colaboradores e à organização. O estudo apresentado teve por objetivo analisar os possíveis conflitos, suas fundamentações, desenvolvimentos e os possíveis impactos resultantes deles, de forma a demonstrar através de um estudo de caso a resolução baseada no levantamento teórico e na aplicação dos conceitos apresentados em gestão empresarial. Levando em consideração as ideias defendidas pelos autores estudados e aplicando-a no estudo de caso abordado, conseguiu-se comprovar que, de fato, o estudo da estratégia e da administração dos conflitos (vistos em sala de aula e no caso) tornaram-se vantajosos comparados à sua solução, visto que benefícios proporcionados para a organização, como o aumento da produtividade e, consequentemente, dos lucros e a melhoria do relacionamento dos colaboradores foram evidentes. O estudo justificou-se pela importância do assunto e escassez de material disponível ao público interessado e, respectivamente, a necessidade de maior abordagem sobre o tema administração estratégica dos conflitos nas organizações, de forma que, alunos, professores e demais interessados possam colaborar propondo soluções, adquirindo experiência como gestores empresariais. É sabido Por muitas vezes quem está no controle situacional que exige a aplicação prática fundamentada pelo embasamento teórico no exercício de suas atividades, norteando seu ambiente organizacional ao seu maior índice possível de conflitos benéficos e consequentemente de um ambiente favorável a um melhor desenvolvimento empresarial. REFERÊNCIAS ALDAY, H. O Planejamento Estratégico Dentro do Conceito de Administração Estratégica. Revista. FAE, Curitiba (SC), vol.3, n.2, p.9-16, 2000. ALMÉRI, T. M.; BARBOSA, E. G.; NASCIMENTO, A. Conflitos Organizacionais: os diversos tipos de conflitos interpessoais nas organizações, suas causas e efeitos. Revista de Administração da FATEA RAF, vol. 9, n. 9, p. 54-71, 2014. Disponível em: <http://publicacoes.unifatea.edu.br/index.php/RAF/article/view/699/640>. Acesso em: 10/03/2021. ARAÚJO, W.; GUIMARÃES, T.; ROCHA, C. Estilos de Administração de Conflitos Interorganizacionais: uma análise comparativa entre brasileiros e norte-americanos. 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XII FATECLOG - GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE 2021 Revista Conhecendo Online: Ciências Sociais e Humanas, março de 2019, v.5, n. 1 ISSN: 2359-5256 (Online) A gestão de Conflitos nas Escolas: Desmistificando e Aprimorando Práticas de Gestão. Jeuziane Duarte Lamim Resumo: Objetiva-se com este trabalho orientar os gestores de escolas em geral na gestão eficaz dos conflitos para que eles possam ser capazes de neutralizar os efeitos negativos do conflito de forma a transformá-los em oportunidades de crescimento pessoal, profissional e institucional. Para isso fez-se necessário definir e classificar os conflitos, bem como enumerar as principais causas geradoras de conflitos nas escolas e as melhores práticas de gestão. Palavras-chave: Conflitos; Causas; Gestão; Oportunidades. The Management of Conflicts in Schools: Demistifying and Improving Management Practices. Abstract: The objective of this work is to guide school managers in general in the effective management of conflicts so that they can be able to neutralize the negative effects of the conflict in order to transform them into opportunities for personal, professional and institutional growth. In order to do so, it was necessary to define and classify conflicts, as well as to enumerate the main causes of conflicts in schools and the best management practices. Keywords: Conflicts; Causes; Management; Opportunities. 1 INTRODUÇÃO O conflito é inerente ao ser humano e isso torna-o inevitável, em algumas situações apresenta-se de forma positiva e produtiva e em outras de maneira negativa e desastrosa. Ao contrário do que muitos gestores pensam, o conflito nem sempre deve ser considerado como um vilão. Segundo Marta, Lacerda, Carvalho et al. (2010, p. 605), a moderna abordagem relacionada à resolução de conflitos considera que estes são inevitáveis consequências das interações entre as pessoas e que, dependendo da 123 Revista Conhecendo Online: Ciências Sociais e Humanas, março de 2019, v.5, n. 1 ISSN: 2359-5256 (Online) sua intensidade e da maneira como forem tratados, podem ser benéficos ao ambiente de trabalho. Segundo Neto (2005, p. 4), “desde que o ser humano surgiu, constata-se a ocorrência de uma série de conflitos em sua vida, seja em termos pessoais, seja em termos profissionais”. Segundo McIntyre (2007, p. 296) “o conflito por si só não é “mau”, tendo que haver um certo nível de conflito para que a organização tenha níveis máximos e otimizados de eficácia”. O conflito apesar de comum no nosso cotidiano e no ambiente de trabalho, muitas vezes é tratado de forma não profissional, principalmente no ambiente escolar, devido em muitas situações os diretores e ou gestores de escolas não possuírem competências e ou habilidades na gestão de conflitos e por isso acabam agindo muito mais no sentido de evitar as situações geradoras do que no enfrentamento e gestão do mesmo. Nesse sentido, objetiva-se com este trabalho orientar os diretores e ou gestores de escolas em geral na gestão eficaz dos conflitos existentes no ambiente escolar envolvendo pessoas, tais como docentes, discente, familiares dos discentes e comunidade escolar em geral de forma que os mesmos possam ser capazes de neutralizar os seus efeitos negativos, transformando-os em oportunidades de crescimento pessoal, profissional e institucional. A gestão de conflitos tem ganhado cada vez mais projeção nas organizações contemporâneas, devida a valorização cada vez maior do fator humano, as pessoas, no ambiente de trabalho, os quais tem sido vistos como o maior fator de diferencial das organizações e como os conflitos surgem das relações interpessoais, é muito importante que os gestores aprendam gerenciá-los de forma que os mesmos não se transformam em problemas mas sim fonte de criatividade, de mudança e de maior qualidade e produtividade. Daí a relevância deste trabalho no contexto da gestão escolar atual. O trabalho foi desenvolvido através de uma pesquisa bibliográfica em livros, artigos de periódicos e trabalhos de conclusão de cursos de graduação e pós- graduação sobre assuntos relacionados à gestão de conflitos nas escolas, tais como o conceito e a classificação dos conflitos, as causas objetivas de conflitos nas escolas, bem como as melhores práticas de gestão dos conflitos. 124 Revista Conhecendo Online: Ciências Sociais e Humanas, março de 2019, v.5, n. 1 ISSN: 2359-5256 (Online) 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Conceito e classificação do Conflito De acordo com o dicionário da língua portuguesa são várias as definições para conflito, porém especificamente no contexto organizacional o conflito consiste em uma divergência de opinião entre as partes envolvidas a qual leva a uma interrupção e ou empecilho do andamento do trabalho. Alguns autores definem o conflito da seguinte maneira: Segundo Berg (2012, p. 22), “a palavra conflito vem do latim conflictus, que significa choque entre duas coisas, embate de pessoas, ou grupos opostos que lutam entre si, ou seja, é um embate entre duas forças contrárias”. Para Marta, Lacerda, Carvalho et al. (2010, p. 605), “o conflito pode ser definido como desacordo interno ou externo resultante de diferenças de ideias, valores, culturas e ou sentimentos de duas ou mais pessoas”. Para Chiavenato (2004, p. 416), “o conflito é muito mais do que um simples acordo ou divergência: constitui uma interferência ativa ou passiva, mas deliberada para impor um bloqueio sobre a tentativa de outra parte de alcançar os seus objetivos”. Observa-se que os três autores concordam e se complementam na hipótese de que o conflito além de surgir da divergência e ou oposição entre pessoas, seja por ideias, valores, culturas e ou sentimentos, pode gerar embate entre os opositores, além de interferências ativas e ou passivas de uma das partes envolvidas no sentido de bloquear as ações da outra. Para haver o conflito, precisa haver incompatibilidades, as partes precisam perceber e precisam estar em interação. Para uma gestão eficaz do conflito, embora este trabalho não se atém a um tipo específico de conflito, faz-se necessário conhecer os diferentes tipos e formas de ocorrência dos conflitos. 125 Revista Conhecendo Online: Ciências Sociais e Humanas, março de 2019, v.5, n. 1 ISSN: 2359-5256 (Online) Na literatura são encontradas diferentes classificações para os conflitos, tais como: intrapessoal, interpessoal, organizacional, intergrupal, interorganizacional, interno, externo, etc. Chiavenato (2004, p. 419) e Burbridge e Burbridge (2012, p. 29) classificam os conflitos como sendo interno e ou externo porém, com abordagens diferentes. Segundo Chiavenato (2004, p. 419) o conflito interno, ou intrapessoal, envolve dilemas de ordem pessoal; e o conflito externo envolve vários níveis, como: interpessoal, intragrupal, intergrupal, intra-organizacional einterorganizacional. O conflito intrapessoal é aqueles gerados internamente nos processos mentais do indivíduo, o conflito interpessoal é aquele gerado entre as pessoas que se relacionam, o conflito organizacional é originário do próprio ambiente das organizações (escolas), o conflito intergrupal é aquele ocorrido entre os grupos e ou equipes, já o conflito interorganizacional é aquele que ocorre entre as organizações e ou instituições. Já segundo Burbridge e Burbridge (2012, p. 29), o conflito interno acontece entre setores e ou departamentos de uma mesma organização e ou escola, e sempre envolvendo pessoas. Devido ao falto das pessoas pertencerem a uma mesma organização, geralmente o conflito se apresenta oculto e por isso acaba se tornando mais complexo. Já o conflito externo, acontece com outra organização e ou escola, governo, familiares e ou pessoas externas aquela organização e ou escola, e por isso é mais explícito e os seus custos são mais fáceis de ser dimensionados. Desde os conflitos próprios da infância, passamos pelos conflitos pessoais da adolescência e, hoje, visitados pela maturidade, continuamos a conviver com o conflito intrapessoal (ir/não ir, fazer/não fazer, falar/não falar, comprar/não comprar, vender/não vender, casar/não casar etc.) ou interpessoal, sobre o qual nos deteremos (CHRISPINO e CHRISPINO (2002, p. 57). Berg (2012, p. 31) classifica os conflitos como sendo de ordem pessoais, interpessoais e organizacional: Conflito pessoal: é como a pessoa lida com si mesma, são inquietações, dissonâncias pessoais do indivíduo, e reflete num abismo entre o que se diz e faz, ou contraste entre o que se pensa e como age. Esse tipo de conflito pode levar a determinados estados de estresse e atrito. Conflito interpessoal: é aquele que ocorre entre indivíduos, quando duas ou mais pessoas encaram uma situação de maneira diferente. Embora boa parte dos conflitos sejam causados por processos organizacionais, a maioria dos atritos e desavenças são, no entanto, de origem interpessoal, o que torna-as mais difíceis de se lidar. Podem existir ainda dentro dos conflitos interpessoais, o intragrupal (divergência numa mesma área, setor, etc.), e 126 Revista Conhecendo Online: Ciências Sociais e Humanas, março de 2019, v.5, n. 1 ISSN: 2359-5256 (Online) intergrupal (dissensão entre áreas, setores diferentes). Conflito organizacional: esse tipo de conflito não é fundamentado em sistema de princípios e valores pessoais, e sim do resultado das dinâmicas organizacionais em constante mudança, muitas delas externas à empresa. Nascimento e Sayed (2017, p. 50-51), estabelece quatro níveis de gravidade para a ocorrência dos conflitos, tais como: a) Conflito latente: Nesse estágio o conflito ainda não foi declarado e não existe uma clara consciência por parte dos envolvidos. b) Conflito percebido: Nesse estágio apesar das partes terem consciência da ocorrência do conflito, não se manifestam claramente sobre o mesmo. c) Conflito sentido: Nesse estágio o conflito já declarado por ambas as partes, as quais já sentem o seu desconforto. d) Conflito manifesto: Nesse caso não só as partes têm consciência do conflito, como também já é percebido por terceiros. Nesse estágio o conflito pode prejudicar o bom o funcionamento das organizações. Segundo Chrispino (2002, p.10) “os conflitos educacionais, para fins efeito de estudo, são aqueles provenientes de ações próprias dos sistemas escolares ou das relações que envolvem os atores da comunidade educacional mais ampla”. Os diversos tipos de conflitos destacados neste trabalho podem surgir naturalmente no ambiente das escolas. 2.2. Causas Objetivas de Conflitos nas escolas São várias as situações geradoras de conflitos no ambiente das escolas seja por divergência de ideias e ou opiniões entre alunos, entre docentes, entre alunos e docentes entre pais, docentes e gestores, tais como: competição entre os profissionais; a escassez de recursos; geração de mudanças; tensões, ansiedade e medo; disputas por poder; status; ambições; busca por independência e autonomia; exploração e manipulação, falhas de comunicação, de diálogo e assertividades, além das relacionadas à escola e a comunidade em geral as quais são causas objetivas de conflitos. Tatiane Destacar Tatiane Destacar 127 Revista Conhecendo Online: Ciências Sociais e Humanas, março de 2019, v.5, n. 1 ISSN: 2359-5256 (Online) Os conflitos ocorridos no ambiente escolar entre os atores educacionais podem ocorrer por diversas causas. Em uma adaptação de Martinez Zampa (2005, p. 31-32), o quadro 1 destaca as seguintes: QUADRO 1: Atores Educacionais e Causas Geradoras de Conflitos Nas Escolas ATORES CAUSAS Entre docentes falta de comunicação; interesses pessoais; questões de poder; conflitos anteriores; valores diferentes; busca de “pontuação” (posição de destaque); conceito anual entre docentes; não- indicação para cargos de ascensão hierárquica; divergência em posições políticas ou ideológicas. Entre alunos e docentes não entender o que explicam; notas arbitrárias; divergência sobre critério de avaliação; avaliação inadequada (na visão do aluno); descriminação; falta de material didático; não serem ouvidos (tanto alunos quanto docentes); desinteresse pela matéria de estudo. Entre alunos mal entendidos; brigas; rivalidade entre grupos; descriminação; bullying; uso de espaços e bens; namoro; assédio sexual; perda ou dano de bens escolares; eleições (de variadas espécies); viagens e festas. Entre pais, docentes e gestores agressões ocorridas entre alunos e entre os professores; perda de material de trabalho; associação de pais e amigos; cantina escolar ou similar; falta ao serviço pelos professores; falta de assistência pedagógica pelos professores; critérios de avaliação, aprovação e reprovação; uso de uniforme escolar; não-atendimento a requisitos “burocráticos” e administrativos da gestão. 128 Revista Conhecendo Online: Ciências Sociais e Humanas, março de 2019, v.5, n. 1 ISSN: 2359-5256 (Online) Martinez Zampa (2005, p. 30-31) destaca ainda alguns conflitos existentes no ambiente educacional tais como: os conflitos em torno da pluralidade de pertencimento; os conflitos para definir o projeto institucional; os conflitos para operacionalizar o projeto educativo e conflito entre as autoridades formal e funcional. Os conflitos em torno da pluralidade de pertencimento estão relacionados aos professores que trabalham em outras escolas e ou instituições de ensino, ou até mesmos em diferentes níveis de ensino. O fato do professor trabalhar em outras escolas, causa entre outros conflitos, transtornos no momento de estruturação dos horários de aulas, quanto a sua participação nos diversos eventos oferecidos pela instituição que podem serem oferecidos em dias e horários aos quais o professor está comprometido com outras escolas. Nesse caso, a escola acaba não podendo contar integralmente com esses profissionais. Os conflitos para definir o projeto institucional surgem da construção democrática do projeto educacional a qual pode haver divergências de posicionamento dos atores envolvidos na discussão e elaboração do mesmo. Os conflitos para operacionalizar o projeto educativo: no momento de planejamento, execução e avaliação do projeto educativo podem surge vários conflitos levando muitas vezes ao diretor e ou gestor educacional a utilizar de processos de coalizão, adesões, etc. Conflito entre as autoridades formal e funcional: surge das divergências de pensamentos e formas de agir entre a autoridade formal (diretor) e a autoridade funcional (líder situacional). As ocorrências de conflito tendem a aumentam com uma maior diversificação dos atores envolvidos no ambiente, devido a uma maior diversidade de opiniões, ideias,valores e pontos de vistas. Em uma adaptação de Nebot (2000, p. 81-82), os conflitos escolares podem ser categorizados como organizacionais, culturais, pedagógicos e de atores: - Conflitos organizacionais: conflitos setoriais, relacionado a divisão e organização do trabalho e as suas relações hierárquicas, o salário e as formas diversificadas de remuneração dos funcionários da escola e se as escolas são públicas e ou privada. Tatiane Destacar Tatiane Destacar 129 Revista Conhecendo Online: Ciências Sociais e Humanas, março de 2019, v.5, n. 1 ISSN: 2359-5256 (Online) - Conflitos culturais: conflitos comunitários resultantes das relações da escola com a comunidade em geral, relacionados a raça e identidades. - Conflitos pedagógicos: relacionados à estrutura de funcionamento pedagógico da escola e seu controle de qualidade em relação a metodologia de ensino, cumprimento e ajuste do currículo, e rendimento acadêmico. - Conflitos de atores: relacionados às pessoas envolvidas no cenário educacional, podendo ocorrer entre grupos e subgrupos de pessoas, familiares e individuais. Segundo Megginson, Mosley e Jr (1986, p. 471-472) a diversidade cultural dos individuo presentes nas organizações pode estar entre as causas geradoras de conflitos nas organizações, tais como: 1) etnocentrismo: ocorre quando uma pessoa, de uma certa cultura, busca como referência seus próprios valores culturais, para resolver alguns problemas em um contexto os quais os padrões culturais são diferentes dos seus. 2) uso impróprio de práticas gerenciais: Ocorre quando o gestor se utiliza de alguma prática de gestão em uma determinada cultura considerando apenas a sua eficiência e eficácia; 3) percepções diferentes: Ocorre da diversidade de valores e entendimentos apresentados pelas pessoas das diferentes culturas, devido as mesmas apresentarem um determinado conjuntos de valores como parâmetro. 4) comunicação errônea: É quando a comunicação é destorcida devido a diversidade cultural das pessoas presentes no ambiente, tais como, costumes, sentimentos e idiomas, prejudicando assim a qualidade da comunicação. Berg (2012), destaca as mudanças como uma das principais causas de conflito organizacional, que ocorrem principalmente devido as ameaças e pressões do ambiente, sejam tecnológicas, estruturais e ou comportamental, as quais forçam as organizações a mudarem para se adaptar aos novos cenários. O indivíduo é a verso às mudanças, pois sempre as interpretam como ameaças, até que as mesmas acontecem e eles percebem que as mesmas também geram oportunidades. A resistência é um dos maiores entraves dos processos de mudança e inovação. Tatiane Destacar Tatiane Destacar Tatiane Destacar Tatiane Destacar Tatiane Destacar Tatiane Destacar Tatiane Destacar Tatiane Destacar Tatiane Destacar Tatiane Destacar Tatiane Destacar 130 Revista Conhecendo Online: Ciências Sociais e Humanas, março de 2019, v.5, n. 1 ISSN: 2359-5256 (Online) De acordo com Hernandez (2001, p. 32) “tão importante quanto a análise das causas da resistência, particularmente para a mudança organizacional, é a identificação dos grupos e indivíduos que terão maior inclinação a resistir à mudança e das razões desse comportamento”. De acordo com Nascimento e Sayed (2017, p. 50-51), os conflitos podem ser classificados de acordo com a maneira com que as pessoas se comportam diante do mesmo, classificando-os como: Conflito Assumido: os envolvidos reconhecem e assumem as diferenças e se manifestam abertamente; Conflito Omitido: os envolvidos optam por fazer de conta que ele não existe, preferindo ignorá-lo. Conflito Sentido: os envolvidos sofrem em decorrência das emoções e dos sentimentos negativos gerados por suas diferenças. Não há dialogo aberto, os ressentimentos são percebidos nas entrelinhas e nos sinais. Cada um acredita que sofre mais do que o outro. Conflito Generalizado: as partes conquistam adeptos. O envolvimento de terceiros torna o conflito mais amplo e complexo. De acordo com Nascimento e Sayed (2017, p. 49) o conflito segue um estágio de evolução que vai desde uma pequena divergência de ideias, podendo progredir ao nível de ataques e níveis de hostilidades entre as partes, tais como: 1– Diálogo: corresponde a etapa inicial a qual predomina a cordialidade e a racionalidade; 2– Debate: as pessoas começam a divergir nas opiniões, os argumentos convergem no sentido de se chegar a uma conclusão; 3– Discussão: Nesse ponto as diferenças se tornam explícitas, a quantidade de argumentos aumenta enquanto a qualidade e a objetividade diminuem, surgindo assim as generalizações; 4– Disputa: nesse momento as partes ignoram os argumentos da outra, assume uma postura de resistência, reforçando assim o seu ponto de vista. As partes não aceitam ceder, já que isso configuraria perder a batalha. 5– Desavença: Neste momento as partes tomadas pelo nervosismo adotam uma postura inflexível, ofensiva e arrogante; 6– Ataque: Nesta etapa os envolvidos agem como se estivessem em uma batalha onde o vencedor precisará derrotar e ou prejudicar o seu adversário, independente dos prejuízos que essa derrota possa acarretar ao perdedor. 131 Revista Conhecendo Online: Ciências Sociais e Humanas, março de 2019, v.5, n. 1 ISSN: 2359-5256 (Online) Ainda segundo Nascimento e Sayed (2017, p. 50-51), perceber e diagnosticar o conflito pode auxiliar o gestor na escolha ideal da estratégia para gerenciá-los. Para ser assertivo e evitar julgamento superficiais e decisões arbitrárias, ao diagnosticar a origem do conflito é muito importante que o gestor investigue todas as possíveis causas geradoras do conflito antes de tomar qualquer decisão, ou seja, o gestor deve considerar a avaliar todo o contexto ao qual o conflito surgiu, considerando os fatos históricos dos envolvidos, o tempo de permanência das pessoas na organização, suas condutas passadas e presentes, o seu desempenho, entre outras. É muito importante também que o gestor seja solidário com os envolvidos, criando um clima de empatia com os mesmos, de forma que ele possa se colocar no lugar dos envolvidos e dessa forma tenha mais clareza dos motivos que levaram as situações conflitantes, de forma que sua decisão seja justa e satisfatória para ambos. Ao enfatizarmos o conflito no ambiente da escola, é importante frisar a necessidade da escola em identificar e reagir de forma positiva ao conflito, criando estratégias de gestão de forma a transformá-los em fontes de oportunidade. Todas as causas geradoras de conflitos destacadas neste trabalho, pode ocorrer no ambiente das escolas. 2.3 Práticas de gestão do conflito nas escolas Uma das habilidades mais complexas do ser humano desenvolver é a de resolução de conflitos. No entanto é uma habilidade essencial para qualquer gestor, já que os conflitos surgem naturalmente no dia a dia, produto das relações interpessoais no trabalho. O fato do conflito surgir da relação entre as pessoas não quer dizer que as mesmas investem esforços para gerar conflitos, mas sim por que as mesmas nunca pensam exatamente com a outra, daí surge a divergências de ideias e opiniões, gerando assim o conflito entre as partes. Os conflitos surgem inclusive dos relacionamentos saudáveis. O conflito é um elemento importante e inevitável no ambiente organizacional. São muitas as estratégias e fórmulas de solução dos mesmos, no entanto o mais 132 Revista Conhecendo Online: Ciências Sociais e Humanas, março de 2019, v.5, n. 1 ISSN: 2359-5256 (Online) eficiente é buscar conhecê-lo e ou diagnosticar, dimensiona-lo e verificar o quanto os gestores estão preparados para gerenciá-lo. Após o período de diagnóstico dos conflitos, faz-se necessário a gestão eficaz dos mesmos, para isso é importante conhecer as estratégias de resolução de conflitos disponíveis na literatura,a fim de utilizar as que forem mais adequadas e eficientes a cada situação de conflito e perfil das pessoas envolvidas. É sabido que as causas de conflitos e os atores envolvidos no processo são variados, portanto para que o gestor seja assertivo na resolução do conflito, o mesmo deverá escolher a estratégia mais adequada a cada situação e ou pessoas envolvidas no processo do conflito. De acordo com Neto (2005, p. 5) para que o gestor não tome nenhuma decisão que venha causar prejuízos a nenhuma das partes envolvidas no conflito, o mesmo deverá investigar e analisar todo o horizonte de contexto do conflito tais como, pessoas envolvidas, suas condutas, desempenho, entre outros. Segundo Chiavenato (2004, p. 418), “uma qualidade importante no administrador é sua qualidade de administrar conflitos”. Chiavenato (2004, p. 418), destaca três abordagens para administrar conflitos nas organizações, tais como: I - Abordagem estrutural: surge da limitação, escassez, compartilhamento e das diversas formas de distribuição dos recursos nas organizações. Para solucionar o conflito o gestor precisará agir sobre um desses elementos que deram origem ao conflito. II - Abordagem de processo: o gestor busca solucionar os conflitos através de alterações nos processos, podendo ser promovida por uma das partes envolvidas no conflito e ou terceiros. Pode ocorrer das seguintes maneiras: a desativação do onde uma das partes envolvidas no conflito promove um acordo com as outras partes; a reunião de confrontação entre as partes, onde os motivos do conflito são explicitados e discutidos entre as partes, ou colaboração, onde as partes buscam solucionar o conflito de forma vantajosa para ambas as partes. III - Abordagem mista: reuni tanto os aspectos estruturais como os de processo, pode ser feita através da adoção de regras para resolução de conflitos, ou criação de papéis integradores. A adoção de regras utiliza-se da criação de regras e regulamentos a fim de nortear a ação das partes envolvidas no conflito. Já a criação 133 Revista Conhecendo Online: Ciências Sociais e Humanas, março de 2019, v.5, n. 1 ISSN: 2359-5256 (Online) de papéis integradores consiste em buscar parcerias com terceiras partes na organização, as quais serviram atuarão como um elo de ligação entre as partes, através da mediação do conflito entre as mesmas. Também conhecido como papéis de ligação. Segundo Berg (2012, p. 35) há várias formas de reação e gestão de conflitos, porém destaca como a de melhor eficácia a de Estilos de Administração de Conflitos, método criado por Kenneth Thomas e Ralph Kilmann, o qual sugere os seguintes estilos: a) Competição: Nesse tipo de atitude o ser humano utiliza-se do poder para vencer os desafios em vez da cooperação, tendo assim uma atitude assertiva. Ao competir, o indivíduo buscar realizar os seus objetivos em detrimento do outro, é considerado um estilo agressivo. b) Acomodação: É considerado um estilo generoso, altruísta e dócio, onde o indivíduo age de forma inassertiva, cooperativa e autossacrificante, Ao acomodar-se ele abre mão dos seus próprios interesses em detrimento da satisfação do outro, justamente o contrário do que ele faria utilizando os estilos da competição. c) Afastamento: Nesse caso o indivíduo se omite diante da situação do conflito. Em uma atitude inassertiva e não cooperativa, ele não age nem a favor dos seus interesses e nem tão pouco dos interesses da outra parte, colocando-se totalmente a margem da situação de conflito. d) Colaboração: O indivíduo em uma atitude assertiva e cooperativa, busca junto a outra parte uma solução em que atenda os interesses de ambas. Além disso, para uma gestão eficaz do conflito, é importante que as partes envolvidas no conflito tenham habilidades com a comunicação, pois é através do diálogo que elas poderão expor os seus sentimentos e chegar a um consenso. Sem diálogo é impossível resolver qualquer situação conflitante com sucesso. Saber ouvir é fundamental para o processo, pois só assim as partes conseguiram convergir em uma mesma direção. É importante também que as partes ajam com empatia, buscando sempre se colocar no lugar da outra. É importante destacar que as práticas de gestão de conflitos abordadas aqui não são as únicas que podem ser aplicadas na gestão de conflitos, servindo apenas como referências e não como regras definitivas e padronizadas para toda e qualquer 134 Revista Conhecendo Online: Ciências Sociais e Humanas, março de 2019, v.5, n. 1 ISSN: 2359-5256 (Online) situação conflituosa e organização, considerando que a gestão de conflitos é situacional, o gestor precisará identificar qual a prática a aplicar em cada situação e ou a combinação de várias outras. Para tanto, o gestor precisa avaliar todas as variáveis que levaram ao surgimento do conflito, tanto direta como indireta, internas e externas a organização, o que torna a gestão de conflitos bem complexa. O gestor tem a sua disposição várias estratégias de solução de conflitos tais como: negociação, poder, litígio, arbitragem, ouvidoria, conciliação, e diversas outras. Cabe ao mesmo saber como e em que ocasião aplicar cada umas delas, somadas ao estilo adequado de gestão de forma assertiva e inteligente. De acordo com Nascimento e Sayed (2017, p. 48) “A gestão de conflitos consiste exatamente na escolha de meios adequados para se lidar com cada tipo de situação ocorrida dentro ou fora da equipe”. As ferramentas sugeridas neste trabalho podem e são eficazes em qualquer tipo de organização, inclusive nas escolas. Considerações Finais O conflito surge naturalmente das relações interpessoais do indivíduo, tanto no contexto pessoal como profissional, por isso é inevitável, já que os indivíduos têm necessidade de conviver e se relacionar com o outro e com diversos grupos sociais afim de atingir os seus objetivos pessoais e profissionais. O fato do conflito não ser manifestado pelas partes e o gestor muitas vezes ignorá-lo, não quer dizer que não estará ocorrendo nas escolas. Em muitas situações as pessoas envolvidas no conflito se sentem inseguras para se expressar e opta por uma postura de evitação e ou acomodação, o que acaba gerando maiores transtornos para a escola já que a mesma podia ter iniciado uma postura de gestão do mesmo tão logo tenha iniciado, evitando assim que o conflito gerasse maiores prejuízos para a escola. O conflito não é nem bem, nem mal. Um certo nível de conflito é importante para que as escolas tenham níveis máximos e otimizados de eficácia. O conflito não deve ser visto apenas como um gerador de tensões, disputas, agressões ou ataques verbais e físicos, mas como um ciclo que começa com a 135 Revista Conhecendo Online: Ciências Sociais e Humanas, março de 2019, v.5, n. 1 ISSN: 2359-5256 (Online) percepção negativa e conclui com a geração de oportunidades tanto pessoais como organizacionais. Após o período de diagnóstico dos conflitos, faz-se necessário a gestão eficaz dos mesmos, para isso é importante conhecer as estratégias de resolução de conflitos disponíveis na literatura, a fim de utilizar as que forem mais adequadas e eficientes a cada situação de conflito e perfil das pessoas envolvidas. É sabido que as causas de conflitos e os atores envolvidos no processo são variados, portanto para que o gestor seja assertivo na resolução do conflito, o mesmo deverá escolher a estratégia mais adequada a cada situação e ou pessoas envolvidas no processo do conflito. É importante que o gestor mantenha sempre o conflito no nível do diálogo e do debate, evitando assim que o mesmo evolua para a discussão. Tornar o conflito público e empenhar-se em uma solução que atenta para aos interessas de ambas as partes, constitui na verdadeira e eficaz gestão dos conflitos. É possível neutralizar a negatividade do conflito e transformá-losem oportunidades. Quando bem administradas, as situações conflituosas podem apresentar uma oportunidade de crescimento, mudanças e melhorias. Diante da inevitabilidade do conflito, é muito importante que as escolas aprendam a utilizar os métodos mais adequados de gestão de conflitos, através de uma qualificação adequada de seus gestores. Este trabalho não teve a pretensão de investigar todas as possíveis causas e estratégias de gestão de conflitos nas escolas e sim as mais relevantes. Referências 1- BERG, Ernesto Artur. Administração de conflitos: abordagens práticas para o dia a dia. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2012. 2- BURBRIDGE, R. Marc; BURBRIDGE, Anna. Gestão de conflitos: desafios do mundo corporativo. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. 136 Revista Conhecendo Online: Ciências Sociais e Humanas, março de 2019, v.5, n. 1 ISSN: 2359-5256 (Online) 3- CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: e o novo papel dos recursos humanos na organização. 2. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 415-427. 4- CHRISPINO, A.; CHRISPINO, R. S. P. Políticas educacionais de redução da violência: mediação do conflito escolar. 1. Ed. São Paulo: Editora Biruta, 2002. 5- MARTA, Cristiano Bertolossi, LACERDA, Alessandra Cabral de, CARVALHO, Ana Cristina, STIPP, Marluci Andrade Conceição, LEITE, Josete Luzia. Gestão de Conflitos: Competência Gerencial do Enfermeiro. Revista de pesquisa: cuido é fundamental online 2010. out/dez. 2. (Edição Suplementar):604-608. Disponível em: http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/1062. Acesso em 20 de Novembro de 2017. 6- MARTINEZ ZAMPA, D. Mediación educativa y resolucion de conflictos: modelos de implementacion. 1. Ed. Buenos Aires: Edicones Novedades Educativas, 005. 7- McINTYRE, Scott Elmes. Como as pessoas gerem o conflito nas organizações: Estratégias individuais negociais. Revista de Análise Psicológica (2007), 2 (XXV): 295- 305. 8- MEGGINSON, Leon C. & MOSLEY, Donald C & Jr, Paul H. Pietri. Administração: conceitos e Aplicações. São Paulo: Harbra , 1986, p. 471-472. 9- NASCIMENTO, Eunice Maria. SAYED, Kassem Mohamed El. Administração de Conflitos. Disponível em: http://www.someeducacional.com.br/apz/gestao_conflitos/ 4.pdf. Acesso em 20 de Dezembro de 2017. 10- NEBOT, J. R. Violencia y conflicto en los ámbitos educativos. Ensayos y Experiencias. Buenos Aires, ano7, n. 35, p.77-85, sept./oct. 2000. http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/1062 137 Revista Conhecendo Online: Ciências Sociais e Humanas, março de 2019, v.5, n. 1 ISSN: 2359-5256 (Online) 11- NETO, ÁLVARO FRANCISCO FERNANDES. Gestão de Conflitos. THESIS, São Paulo, ano II, v.4, p. 1-16, 2º Semestre, 2005. 12- HERNANDEZ, José Mauro da Costa. Resistência à mudança: uma revisão crítica. RAE - Revista de Administração de Empresas/FGV/EAESP, Abr./Jun. 2001, São Paulo, v.41, n.2, p. 31-45. XXV ENCONTRO NACIONAL DO CONPEDI - BRASÍLIA/DF FORMAS CONSENSUAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS ADRIANA SILVA MAILLART JOSÉ SEBASTIÃO DE OLIVEIRA RUBENS BEÇAK Copyright © 2016 Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito Todos os direitos reservados e protegidos. Nenhuma parte deste livro, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados sem prévia autorização dos editores. Diretoria – CONPEDI Presidente - Prof. Dr. Raymundo Juliano Feitosa – UNICAP Vice-presidente Sul - Prof. Dr. Ingo Wolfgang Sarlet – PUC - RS Vice-presidente Sudeste - Prof. Dr. João Marcelo de Lima Assafim – UCAM Vice-presidente Nordeste - Profa. Dra. Maria dos Remédios Fontes Silva – UFRN Vice-presidente Norte/Centro - Profa. Dra. Julia Maurmann Ximenes – IDP Secretário Executivo - Prof. Dr. Orides Mezzaroba – UFSC Secretário Adjunto - Prof. Dr. Felipe Chiarello de Souza Pinto – Mackenzie Representante Discente – Doutoranda Vivian de Almeida Gregori Torres – USP Conselho Fiscal: Prof. Msc. Caio Augusto Souza Lara – ESDH Prof. Dr. José Querino Tavares Neto – UFG/PUC PR Profa. Dra. Samyra Haydêe Dal Farra Naspolini Sanches – UNINOVE Prof. Dr. Lucas Gonçalves da Silva – UFS (suplente) Prof. Dr. Fernando Antonio de Carvalho Dantas – UFG (suplente) Secretarias: Relações Institucionais – Ministro José Barroso Filho – IDP Prof. Dr. Liton Lanes Pilau Sobrinho – UPF Educação Jurídica – Prof. Dr. Horácio Wanderlei Rodrigues – IMED/ABEDi Eventos – Prof. Dr. Antônio Carlos Diniz Murta - FUMEC Prof. Dr. Jose Luiz Quadros de Magalhaes - UFMG Profa. Dra. Monica Herman Salem Caggiano – USP Prof. Dr. Valter Moura do Carmo – UNIMAR Profa. Dra. Viviane Coêlho de Séllos Knoerr – UNICURITIBA F488 Formas consensuais de solução de conflitos [Recurso eletrônico on-line] organização CONPEDI/UnB/UCB/IDP/ UDF; Coordenadores: Adriana Silva Maillart, José Sebastião de Oliveira, Rubens Beçak – Florianópolis: CONPEDI, 2016. Inclui bibliografia ISBN: 978-85-5505-191-3 Modo de acesso: www.conpedi.org.br em publicações Tema: DIREITO E DESIGUALDADES: Diagnósticos e Perspectivas para um Brasil Justo. 1. Direito – Estudo e ensino (Pós-graduação) – Brasil – Encontros. 2. Formas consensuais. 3. Solução de Conflitos. I. Encontro Nacional do CONPEDI (25. : 2016 : Brasília, DF). CDU: 34 ________________________________________________________________________________________________ Florianópolis – Santa Catarina – SC www.conpedi.org.br http://www.conpedi.org.br/ http://www.conpedi.org.br/ XXV ENCONTRO NACIONAL DO CONPEDI - BRASÍLIA/DF FORMAS CONSENSUAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS Apresentação É com imensa satisfação que apresentamos a presente obra coletiva, composta por artigos apresentados no Grupo de Trabalho intitulado “Formas Consensuais de Solução de Conflitos”, durante o XXV Encontro Nacional do CONPEDI, ocorrido entre 06 e 09 de julho de 2016 , em Brasília/DF. A complexidade dos assuntos tratados demostra o amadurecimento dos estudos do tema deste GT, talvez sedimentada pela aprovação de Leis emblemáticas para a área em 2015, e não apenas uma área embrionária, como era tratada há algum tempo. Nesta obra, poderão ser encontrados os vinte e seis artigos apresentados no mencionado GT, selecionados após rigorosa análise pelo sistema double blind review, tais como: Clarindo Ferreira Araújo Filho e Afonso Soares De Oliveira Sobrinho tratam do novo viés prático do Novo CPC na forma de encarar os litígios, por meio do estímulo à composição na fase pré-processual e processual: modificam-se as situações e relações processuais que passam a ser pautadas na cooperação e no negócio processual. A análise da relação existente entre a intervenção estatal na esfera privada e as serventias extrajudiciais é tratado no artigo de Wendell De Araújo Lima e Almerio Augusto Cabral dos Anjos de Castro e Costa. Os métodos adequados de solução de conflitos são trabalhados como uma nova forma de gestão dos conflitos empresariais, por Flavia Antonella Godinho Pereira. Oscar Silvestre Filho e Christian Robert dos Rios examinam a autonomia da vontade em perspectiva com a liberdade contratual e os meios alternativas de solução de conflitos e sua conexão condicional com a formatação constitucional do direito à educação e desenvolvimento econômico sustentável. Raquel Nery Cardozo e Jose Carlos Cardozo demonstram em seu artigo a importância da utilização dos meios alternativos de resolução dos conflitos relacionados à saúde que envolvam a administração pública em virtude do conflito entre a Reserva do Possível e o Mínimo Existencial, e da “Crise Estrutural do Poder Judiciário” orientada pela judicialização excessiva dos conflitos. A análise da participação dos maiores litigantes do país como um dos fatores de congestionamento
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