Seminarios Integrativos finalllll-1

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Trabalho de Seminários Integrativos finallllllll
Medidas Socio educativas
 A criança e adolescente estão em formação e por conseguinte ligados à experiências de amor mas também de frustações e de certa punição. A educação se equilibra nesse tripé concorrerendo para o desenvolvimeto do futuro adulto . Assim, o social e o educional caminham em conjunto na formação desses jovens.
A realidade atual entretanto, tem demonstrado um descompasso neste binômio e infelizmente cada vez mais crianças e adolescentes praticam atos fora do contexto admitido pela sociedade. Os escritos desta área manifestam sobremaneira questões relativas à raça, pobreza e ausência de políticas públicas voltadas para estas minorias como fatores preponderantes. Todavia, há mudanças ocorrendo na sociedade. Recentes eventos em escolas no Brasil e em algumas partes do mundo trazem novos temas para reflexão de como a violência também tem se colocado em novos lugares e em outras classes sociais. Assim repensar no âmbito da psicologia sobre como atuar nestas situações com crianças e adolescentes parece ser de fundamental importancia neste momento. 
Observando essas reflexões vamos ao cerne deste trabalho a atuação do psicólogo em medidas socioeducativas para crianças e adolescentes. 
 A noção de socioeducação surgiu de forma mais contundente a partir do advento do  Estatuto da Criança e do Adolescente. DATA
 O documento trouxe inovações importantes e mudou o âmbito da questão. Houve uma mudança importante   modernizando a forma de tratar esses sujeitos, diferenciando o fazer punitivo. Anteriormente eram medidas de internação em órgãos como a Fundacao para o Bem Estar do Menor (FEBEM) as únicas existentes. Hoje, deram lugar a outras medidas em diferentes gradações de acordo com os atos infracionais representando importante conquista na atenção e intervenção com  crianças e adolescentes. Desta forma esse novo tratamento recebeu o nome de medida socioeducativa. Mas afinal o que é uma medida socioeducativa?
A quem se destina?
Como é cumprida?
Qual o papel do psicólogo neste quadro?
Antes de respondermos às questões é importante observar que um dos documentos na área da Psicologia voltado para este tema o documento do CREPOP: "Referências Técnicas para a atuação de psicologos(as) com crianças e adolescentes" em suas primeiras 40 páginas traça um resgate histórico pungente o qual sinaliza para crianças e adolescentes negros e pobres como alvo principal das medidas socioeducativas. Assim, relata todo um histórico que levou muitos desses sujeitos os quais por estarem imersos num ambiente de violência e vulnerabilidades das mais diversas, foram alvos de uma desorganização comportamental que os levou à cometerem infrações.
 As situações do seu cotidiano certamente influenciaram em suas atitudes e formas de agir. Segundo o documento do CREPOP temos a seguinte abordagem sobre medidas socioeducativas:
"O atendimento socioeducativo se caracteriza como um subsistema que articula e integra os vários sistemas – saúde, educação, assistência, justiça e segurança pública – e contempla o atendimento ao(a) ado­lescente em cumprimento de medida socioeducativa desde o processo de apuração até a aplicação, a execução e o encerramento da medida socioeducativa."
Assim o acompanhamento deste adolescente em sua ação de recuperação é objeto da atuação do psicólogo como parte de equipe multidisciplinar e com atuação profissional de uma clínica ampliada, onde ações fora do consultório são bem vindas e fundamentais. Estas ações podem envolver a formação de grupos com interesses comuns em diversas áreas como a arte a prática de esportes dentre outras escolhas. Através das experiências positivas e gratificantes este adolescente poderá perceber que há outras formas de viver em sociedade bastante diferentes do seu cotidiano. Entretanto a escuta é também considerada; dar vez e voz às suas angústias,inquietações e outros sentimentos é fundamental, sendo o acolhimento a palavra chave. 
Agora vamos a segunda questão questão:
A quem se destinam essas medidas:..........
Somente pessoas na faixa etária entre 12 e 18 anos que praticam ato infracional estão sujeitas às medidas socioeducativas. Excepcionalmente, a sua aplicação e o seu cumprimento poderão ser estendidos até os 21 anos. Caso uma criança se envolva na prática de alguma infração, receberá medidas protetivas previstas no artigo 101 do ECA. Em caso de medida excepcional ou em casos expressos em lei, apesar de já ser considerado ADULTO (§único, art. 2o). 
Ex: Ato infracional cometido por adolescente com 17 anos e 11 meses. Ele poderá ficar internado até os 21 anos de idade, quando haverá a desinternação compulsória (art. 121, §5o). 
A partir da análise do processo judicial, o Juiz da Infância e da Juventude pode aplicar, por meio de sentença, uma das medidas socioeducativas, considerando o contexto pessoal do adolescente, sua capacidade para cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração. 
 :Quais são as medidas socioeducativas?
Advertência
Obrigação de reparar o dano
Prestação de serviços à comunidade
Liberdade assistida
Inserção em regime semi aberto
Internação em estabelecimento educacional.
FIZ ESSE PARAGRAFO DESTE TEMA :De acordo com o ECA.2021, a cada uma delas há uma distinção e gradação ao ato cometido.
Para que estas ações sejam efetivadas o documento cita as áreas que se interligam formando um sistema de atuação abrangente denomindo Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente. (SGD) são elas : O sistema de Justiça, o Sistema Único de Assistência à Saúde. TEM MAIS…..
 O O Sistema de Justiça, que envolve a apuração do ato infracional, a atribuição da medida socioeducativa e o acompanhamento de seu cumprimento pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública e pelo Poder Judiciário; • O Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que, além de ofertar um conjunto de ações socioassistenciais, tem como definição, entre seus usuários de serviços de média complexidade, o atendimento ao adolescente em cumprimento de medida socioeducativa de meio aberto (liberdade assistida ou prestação de serviço à comunidade); • O Sistema Único de Saúde (SUS) e a integração às ações em rede para o atendimento em saúde; • O Sistema de Educação (SE), onde se situa a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) (Brasil, 1996); • O Sistema de Segurança Pública. 
POR ÚLTIMO OUTRO COLEGA: 
Qual o papel do psicólogo neste contexto ?
Este tópico objetiva demonstrar e discutir sobre o lugar da psicologia no Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas), mais especificamente no CRIAAD - Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente. O CRIAAD é uma unidade do DEGASE, onde são realizadas as medidas estipuladas via sentença judicial, aos adolescentes em situação de conflito com a lei. É importante destacar também sobre a importância de um modelo de gestão eficiente, proativo e com projetos que auxiliam na organização e êxito das funções executadas por cada profissional local. 
Um dos principais diferenciais dessas unidades em referência, são os projetos realizados, tais como: curso de barbeiro e jardinagem, oficinas socioculturais e parcerias e/ou convênios com instituições de ensino, objetivando profissionalizar esses adolescentes, pois é extremamente importante implementar projetos que atuem diretamente no potencial de mudança e ao mesmo tempo na realidade social. Acredita-se que é necessário fazer mais, e também fomentar ainda mais, com ações que contribuem para o trabalho e renda, e qualificação, ou seja, apresentando as ferramentas essenciais, ferramentas essas que por muita das vezes são poucas, mas que ainda assim tem um poder gigante de fazer as ideias saírem do papel e acontecer na prática. 
O papel da psicologia no Degase, sem dúvidas, é um dos principais desafios e demandas no dia a dia desses profissionais que atuam dentro das unidades.Os variados aspectos que aqui também serão abordados, demonstram um pouco da grande realidade quemuitos destes enfrentam, e tem enfrentado, quando o assunto são políticas públicas e recursos necessários. Por isso, é essencial destacar que independente da atuação individual de cada profissional da psicologia, não podemos deixar de mencionar sobre a “carência” de recursos e ferramentas que são extremamente importantes para um trabalho com continuidade e abrangência. Posicionamento e fazer “o mais”, termos que foram bastante nítidos em cada fala apresentada pelas psicólogas que trabalham nas unidades locais. 
Isso mostra que não basta fazer o modo padrão, mas significa que os desafios da profissão, e suas respectivas demandas, trazem consigo esses requisitos mínimos para a atuação do papel da psicologia que é fundamental nesse cenário e contexto atual do Degase. Entretanto, a função da psicologia nesse modelo social, presente nas unidades do Degase, poderia ser mais ampla e efetiva. Mas ainda assim, o papel da psicologia no Degase é um canal atuante no potencial de mudança de cada adolescente, por meio da “escuta” e muitas das vezes, um modelo de referência e autoridade para esses menores em conflito com a lei. Portanto, o papel da psicologia, em nenhum momento pode ser inferiorizada ou desqualificada, pois sua presença agrega e muito no dia a dia, e nas atribuições em geral, no Degase. 
Vale destacar também que muitos dos projetos socioculturais realizados, contam com o apoio da psicologia. Tem unidade que os profissionais da psicologia utilizam por exemplo, o modelo “PIA - Plano Individual de Atendimento”, também reforçando sobre a importância do trabalho multidisciplinar. Inclusive, as psicólogas mencionaram que não são realizadas terapias com os adolescentes ou algo exclusivamente nessa área, pois eles(os adolescentes) saindo daquele local, não teriam uma “continuidade” a partir desse momento (a qual cumpririam o período de execução das medidas e já não teriam mais nenhum tipo de acompanhamento nesse sentido).
(Juízo - Jovens Infratores no Brasil - Documentário de Maria Augusta Ramos)
 O documentário em referência é um conteúdo que retrata a realidade de
 menores infratores no Brasil (baseado em fatos reais). Apresentando conceitos
como: a humanização, ambientalidade, justiça, educação, políticas públicas e o
drama dos familiares desses adolescentes. O documentário "Juízo" (2007), de Maria Augusta Ramos, começa com uma audiência, ou seja, um julgamento de um adoscelente, tendo a presença da juíza para conduzir e julgar o caso, uma promotora e um defensor público. Em dado
momento, também mostra outros casos nessa mesma esfera, e também testemunhas, e até mesmo familiares dos adolescentes envolvidos com a prática de atos infracionais.
Do início ao fim, podemos observar como o papel da justiça é fundamental
nesses aspectos que envolvem adolescentes, pois ao final de cada julgamento, a juíza determinava qual medida seria cabível para cada caso. É importante destacar também sobre o alto grau de vulnerabilidade que esses adolescentes se encontram, desde a falta de geração de renda, assistência social, e até mesmo do suporte familiar(carinho e afeto). 
Em cada audiência é notável a causa que os levaram a esse ponto, e a grande
repetição dos mesmos atos infracionais cometidos. Muitos desses menores
infratores, retornam à vida do crime, o que torna ainda mais complexo este processo
de reinserção social. Os familiares tentam proporcionar o devido apoio nesse momento tão delicado, mas o “mundo do crime” não perdoa, então o caminho se torna estreito para este adolescente pensar em um novo começo de vida. 
Os adolescentes citados no documentário, tiveram seus conflitos originados em seu próprio lar, e alguns destes, até chegaram em uma atitude fatal, motivados pela raiva, violência já sofrida pelos próprios familiares, falta de amor, falta de recursos financeiros, falta de acesso à educação, alimentação, qualidade de vida, etc. No final do documentário, mostrou também como é difícil tratar dessas questões,pois se não houver políticas públicas e um olhar mais amplo para esta causa, haverá novamente repetições e repetições de audiências como essas.
Visita Técnica
(Vara da Infância, da Juventude e do Idoso)
A Vara da Infância e da Juventude, atua em processos ligados à adoção, acolhimento, situação de risco social à menores, e trata também de aplicação de medidas socioeducativas para menores infratores, dentre outras
demandas. A visita contou com a presença da Excelentíssima Dra. Regina Lucia Rios Gonçalves - Juíza desta Comarca em referência. E nesse momento, foram abordados temas como: progressão de medida, seletividade punitiva, internação, semiliberdade e municipalizada, onde também foram apresentadas as principais demandas de trabalho nesse campo. Um ponto a ser destacado, é que em dado momento, a Juíza reforçou que que dificilmente decide pela internação, e que embora seja de curta duração, a Dra. acredita que não é a melhor forma de reinserção do adolescente na sociedade, pois acredita na muito na educação, e por esse mesmo motivo, decide pelo meio aberto na maioria das vezes. Referente às unidades do DEGASE (Departamento Geral de Ações Socioeducativas), foi apontada a questão da internação, e ainda a Resolução 367 e 1550 de 2021 TJ, pois as unidades estão sobrecarregadas, e nesse mesmo contexto, a Dra. acredita que a Defensoria Pública seja o melhor caminho para os adolescentes. Na sequência, a Dra. reafirma os relatórios multidisciplinares como um alicerce para os juízes, e destaca que acredita haver uma seletividade punitiva em nossa sociedade. A Dra. também apresentou situações já vivenciadas em sua jornada profissional, e exemplificou que as meninas se envolvem com traficantes e cometem atos infracionais, numa proporção muito menor que os rapazes que buscam poder.
Apesar da burocracia processual, as progressões das medidas não são mais decididas diretamente pela Dra. na Vara da Infância e Juventude, pois esse direcionamento depende mais do local referente à “facção” e/ou região a qual o adolescente se encontra. Dentre os principais assuntos abordados, a Dra. se mostrou preocupada com a saúde mental dos funcionários do Degase que vivem em meio à pressão de suas
funções/demandas diárias com relação às condições do ambiente de trabalho, e também sobre os possíveis atrasos de remunerações dos funcionários de outras pastas do setor público.
Depois eu redijo uma conclusão….mais pra frente.