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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Química Departamento de Fisico-Quimica Laboratório de Físico-Química Experimental PRÁTICA 2: Fronteira móvel Alunos: Ariane Viana Bezerra (202020552411) Caio Rocha Miguel da Silva (202020554911) Laura Fernandes de Souza Feiten (202020632711) Curso: Engenharia Química Docente: Jéssica Linhares Data da realização do experimento: 20/09/2023 Data de entrega do relatório: 04/10/2023 Rio de Janeiro, 2023 SUMÁRIO: 1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................................3 2. OBJETIVOS.......................................................................................................................................3 3. PARTE EXPERIMENTAL............................................................................................................... 3 3.1 MATERIAIS.............................................................................................................................. 3 3.2 REAGENTES............................................................................................................................ 3 3.3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS............................................................................... 3 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................................................4 5. CONCLUSÃO.................................................................................................................................... 4 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................4 2 1. INTRODUÇÃO A determinação do número de transporte de um íon durante um processo de eletrólise, com base em sua carga elétrica, é uma técnica valiosa na química analítica. Neste contexto, o método da "fronteira móvel" é empregado para investigar a migração dos íons, conduzida por um campo elétrico, que resulta no deslocamento da interface entre duas soluções distintas. É imperativo notar que essas soluções devem ser selecionadas cuidadosamente para evitar mistura, sendo preferível que elas tenham densidades substancialmente diferentes. Para calcular o número de transporte de cátions, utilizamos a seguinte equação: nc = c⋅V⋅F / I⋅t Onde "c" representa a concentração, "V" é o volume percorrido pela interface, "F" é a constante de Faraday, "I" denota a corrente elétrica, e "t" é o tempo necessário para a interface atravessar um volume específico. O cálculo do número de transporte de ânions é simplesmente o complemento do número de transporte de cátions, isto é, na = (1−nc). Neste procedimento, durante a eletrólise, ocorre a oxidação do cobre metálico e a redução dos íons H+ na solução. Isso resulta em uma observação visual da migração de íons, evidenciada pela variação na altura da superfície entre as soluções, manifestada pela diferença de coloração entre elas. A alteração na coloração está relacionada à acidez do meio, a qual tende a diminuir à medida que o experimento avança. Um indicador avermelhado em soluções com pH entre 0 e 4 e amarelo em pH acima de 4 facilita a identificação dessa diferença. As reações que ocorrem no cátodo e ânodo são as seguintes: No cátodo: H+(aq)→ ½ H (g) No ânodo: Cu0 (s)→Cu2+ (aq) Os íons H+ migram em direção ao cátodo, enquanto os íons Cu2+ se dirigem ao ânodo. A presença de íons Cl- no ânodo atrai os cátions Cu2+, garantindo que apenas os íons H+ estejam presentes no cátodo. Além disso, no ânodo, pode ocorrer a seguinte reação, resultando na formação de gás hidrogênio: 3 Cu + 2HCl→CuCl2 + H2 2. OBJETIVOS Determinar o número de transporte do HCl. 3. PARTE EXPERIMENTAL 3.1 MATERIAIS - Suporte universal - Garra - Célula de interface móvel - Fonte de corrente contínua - Cronômetro 3.2 REAGENTES - HCl 0,1 mol/L - Alaranjado de metila 3.3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS A célula de interface móvel foi montada previamente pelo técnico de laboratório. A célula consta de um capilar graduado contendo a solução de HCl que tem como objetivo estabelecer a comunicação entre o anodo de cobre e um catodo de cobre. O catodo foi introduzido em uma pequena "vasilha eletrolítica" unida ao capilar de modo que a solução mais densa que se forma em torno do eletrodo superior de cobre não se difunde ao capilar. Em determinações mais precisas, pode submergir-se em água o tubo graduado para eliminar o calor gerado durante a eletrólise e, assim, reduzir as variações térmicas. A uma porção de ácido 0,1 mol/L, adicionou-se uma quantidade suficiente de alaranjado de metila para que sua cor seja intensa o bastante para permitir observação clara no capilar. Esta solução foi então colocada em contato com o anodo do cobre. O tubo foi enchido com a solução de HCl, com certificação de que nem na superfície anódica nem nas paredes do capilar ficaram aderidas bolhas de ar. A vasilha contendo 4 o eletrodo de Cu foi unida com o extremo superior do tubo graduado e mais ácido foi juntado até completá-la. Por último, colocou-se o eletrodo de Cu. Na sequência, foi aplicado um potencial de 6 mA à célula. A observação da interface foi possível pela diferença de cor entre as duas soluções, no qual acarretou na dissolução do anodo e, como consequência da migração de cátions, obteve-se uma ascensão da superfície limite entre as soluções de cloreto cúprico. Foram feitas medidas de tempo do minuto 2 ao 5 minuto para ela percorrer 0,1 mL, com as quais estabeleceu-se uma média. Como a resistência do eletrólito aumenta durante a experiência, foi preciso elevar o potencial aplicado para manter constante a intensidade de corrente. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Ao medir-se o tempo necessário para o deslocamento de 0,1 mL da interface obteve-se os seguintes resultados: ● 5 mL -> 4 mL: 232 segundos ● 4 mL -> 3 mL: 232 segundos ● 3 mL -> 2 mL: 237 segundos ● Tempo médio: 233 segundos Ressalta-se que em todos os casos a corrente foi de 6 mA. Para o cálculo do número de H+ transportados utilizou-se a seguinte fórmula: Figura 1: Fómula utilizada para cálculo do número de H+ transportados. Sabendo-se que: ● c = 1 x 10-4 mol/mL ● V = 0,1 mL (distância percorrida por uma medição de tempo) ● F = 96485 sA/mol ● I = 0,006 A (corrente) ● T = 233 segundos (tempo médio) 5 Realizando-se esta conta obtém-se como resultado o valor de 0,6901 para o número de transporte de H+ Baseando-se no livro de Moore, no primeiro volume de seu livro de Físico Química (2015), o valor comum para o transporte de HCl, com valor de concentração de 0,1 mol/L, e à uma temperatura de 298 K é de 0,8314. Para calcular o número de transporte de ânions, se faz a conta de 1 menos o valor obtido para o número de transporte de cátions. Obtendo-se um resultado de 0,3099. Calculando-se o erro percentual através da fórmula: Figura 2: Fórmula do erro percentual Obteve-se um erro de 1,41 % 5. CONCLUSÃO O experimento teve um erro percentual extremamente baixo (1,41%) demonstrando que o experimento foi bem sucedido, apresentando resultado próximo ao teórico. Pode-se dizer que os fatores de erro atrelados ao experimento podem ter sido humanos, como erro ao cronometrar o tempo, ou até mesmo erro na leitura da medida percorrida pelo líquido. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. SKOOG, Douglas A. [et al.]. Fundamentos de Química Analítica. 9 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2017 2. Departamento de Físico-Química da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Práticas de Físico-Química Experimental II (Apostila de Laboratório), 2022.. 6 3. Walter John Moore, Físico-química, volume 1, 14ª reimpressão, 2015. 4. 7