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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS CURSO DE AGRONOMIA 1. Variabilidade Genética de Bactérias 2. Diagnose de Fitobactérias 3. Manejo de Fitobactérias A reação de hipersensibilidade (HR) mostra-se como uma resposta celular extrema por parte da planta, podendo levar a um alto grau de resistência à doença. A reação de hipersensibilidade resulta na morte repentina das células do hospedeiro que circunda os sítios de infecção. Prática • Trazer uma plantinha em um vaso • Diluir a bactéria em água • Inocular bactéria • Avaliar a reação de HR • Em dupla • 0,5 ponto bônus Teste de Hipersensibilidade Liamar M. Anjos Dra. em Fitopatologia http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=P83ZcmoFxa5IFM&tbnid=zTlfYiGR_01NhM:&ved=0CAgQjRwwAA&url=http://www.infoescola.com/reino-monera/estrutura-celular-das-bacterias/&ei=IzB-Uqb3GJWv4AOahoHQDA&psig=AFQjCNHitT2UaT7v2XI2tmEN_VuT55LduA&ust=1384087971435930 Reprodução das bactérias Reprodução assexuada por fissão binária ou bipartição Como ocorre a variabilidade? Variabilidade Genética Mutação: alteração na sequência de bases do DNA sem aquisição de genes de outro microrganismo. Ocorre durante a replicação do cromossomo Recombinação genética: alteração no genótipo que ocorre pela aquisição de material genético de outro microrganismo. Ocorre durante transformação, transdução e conjugação Mutação nas sequencias de DNA - permanente e herdável - induzida ou espontâneas - micro (2pb) ou macrolesões (fragmentos inteiros de DNA) Recombinação genômica: 1) Transformação: incorporação de fragmento de DNA no genoma. 2) Conjugação: transferência direta de genes plasmídeo de conjugação 3) Transdução: transferência fragmento DNA bacteriófago Variabilidade Genética em bactérias Variabilidade Genética em bactérias 1) Mutação • É o principal mecanismo de geração de novos genes porque permite a criação de novas sequências de nucleotídeos. • Ocorrem devido a erros de duplicação cromossômica durante a meiose ou mitose (fungos, bactérias e nematóides). Mutações gênicas (macrolesões) Mutação em bactérias Mutação do DNA DNA é estável e a replicação é precisa. Mesmo assim mudanças e erros acontecem. Mutações: Alteração herdada da informação genética. A substituição da Base nitrogenada altera o código e altera o aminoácido Causa das mutações • Mudanças espontâneas naturais na estrutura do DNA. • Erros durante a replicação. • Mudanças induzidas no DNA causadas por substâncias ambientais ou radiação. – Nitrosoguanidina – Óxido nitroso – Radiação UV Contribui para o aumento da diversidade genética. Fonte de variações para evolução. 1) Transformação Incorporação de fragmento de DNA no genoma Recombinação Genômica Ex: Clonagem e expressão de gene de Thermus aquaticus em Eschericia coli. Objetivo: produção da enzima Taq DNA polimerase (72°C) - Bactéria em estado competente - O DNA liga-se a proteínas presentes externamente à célula bacteriana - O DNA é transportado para o interior da célula - O DNA é incorporado ao genoma da bactéria Expressão do novo gene 1) Transformação Incorporação de fragmento de DNA no genoma https://www.google.com.br/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAkQjRwwAGoVChMImrfA5P32xwIVh4SQCh14Uwbt&url=https://djalmasantos.wordpress.com/2014/03/10/transformacao-bacteriana/&psig=AFQjCNHZRUwpKDCU6S8b46elyOJR8r2x9g&ust=1442335823537225 Recombinação Genômica Pili sexual Conjunção Bacteriana 2) Conjugação Transferência direta de genes através de um plasmídeo de conjugação. Transferência genética envolvendo contato célula-célula. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=2oOd8sd87rNvvM&tbnid=ZEHK3U3Rz8sthM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/monera2.php&ei=JHB_UuyrCYvfkQfR2ID4DQ&psig=AFQjCNF-upp94dDH4AP8G4wAo948SqmH6A&ust=1384169809651062 Ex: Técnica de DNA recombinante transformação de E. coli (plasmídeo) produção artificial de insulina humana antes produzida em pâncreas de bovinos e suínos Plamídeos de conjugação - Genes Tra (transferência) - Pilus (pilus de conjugação) - pareamento de células realizado pelo pilus - A conjugação pode ocorrer entre espécies e entre gêneros diferentes 2) Conjugação http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=2oOd8sd87rNvvM&tbnid=ZEHK3U3Rz8sthM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/monera2.php&ei=JHB_UuyrCYvfkQfR2ID4DQ&psig=AFQjCNF-upp94dDH4AP8G4wAo948SqmH6A&ust=1384169809651062 2) Conjugação http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=2oOd8sd87rNvvM&tbnid=ZEHK3U3Rz8sthM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/monera2.php&ei=JHB_UuyrCYvfkQfR2ID4DQ&psig=AFQjCNF-upp94dDH4AP8G4wAo948SqmH6A&ust=1384169809651062 Técnica do DNA Recombinante DNA CÉLULA Humana DNA bacteriano Bactéria Plasmídeo Técnica do DNA Recombinante Corta o GENE de interesse Enzima de Restrição Plasmídeo Célula Humana DNA Técnica do DNA Recombinante Enzima DNA ligase Pedaço do plasmídeo Pedaço do DNA humano Processo de CONJUGAÇÃO Bactérias conjugadas com plasmídeo Multiplicação por fissão binária Bactérias E. coli transgênicas Técnica do DNA Recombinante Processo de TRANSFORMAÇÃO PRODUÇÃO DE INSULINA Transformação: Incorporação de fragmento de DNA no genoma de bactérias E. coli . Técnica do DNA Recombinante Transgênicos: uso de bactérias para produção de insulina usada no tratamento de diabetes. Escherichia coli tratamento de diabetes 3) Transdução Transferência de um fragmento DNA através de um bacteriófago Recombinação Genômica Material genético Capa proteica Bacteriófago Tipos de bacteriófagos Ciclo Lítico e ciclo Lisogênico O DNA do bacteriofago liga-se ao cromossomo bacteriano Em função de algum Estímulo radiação, quimioterapia http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=S7_qhsl86cGAhM&tbnid=IUutt_PmfHACaM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/biovirus2.php&ei=nHF_UvieO4uqkAeE5YCQDg&psig=AFQjCNF-upp94dDH4AP8G4wAo948SqmH6A&ust=1384169809651062 Transdução • CICLO LISOGÊNICO: O vírus invade a bactéria ou a célula hospedeira, onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. • O DNA viral torna-se parte do DNA da célula infectada. A célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo celular. • Durante a divisão celular, o DNA e o vírus sofrem duplicação e são divididos entre as células-filhas. Ciclo Lítico Transdução CICLO LISOGÊNICO: • Uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas. • Em função de algum estímulo, a fase lítica é induzida e o fago multiplica no interior da célula hospedeira, causando a LISE e liberando novas partículas virais. Doenças causadas por vírus lisogênico tendem a ser incuráveis (AIDS e herpes) e pode "DESPERTAR" por Radiação, quimioterapia e todas as celulas contaminadas terminarão o ciclo em forma de ciclo lítico. Transdução CICLO LÍTICO: • O vírus invade a bactéria, onde as funções normais desta são interrompidas na presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). • O DNA viral passa a COMANDAR o metabolismo bacteriano e a fazer várias cópias que se transcrevem mRNA virais. • Com essa reprodução exagerada ocorre uma lise na célula, liberando os novos vírus que podem infectar outras células. • Os sintomas causadospor um vírus aparecem imediatamente. • Os vírus utilizam os Ribossomos da célula para fabricar sua proteína (Capsídeo). O vírus pode "DESPERTAR" por radiação, quimioterapia e induzir para o CICLO LÍTICO. Plasmídeos Bacteriófagos Diagnose de doenças causadas por Fitobactérias Diagnose de Bactérias Diagnose de Bactérias Identificação clássica Microscópio de luz (fluxo bacteriano) - Sintomas - Sinais - Fluxo bacteriano Em campo Em laboratório Isolamento em cultura pura Testes bioquímicos Testes sorológicos Testes Moleculares PCR Diagnose em Laboratório 1. Infra-estrutura de laboratórios especializados 2. Meios de culturas apropriados 3. Microscópios 4. Câmaras de crescimento com temperatura controlada 5. Casas de vegetação, etc A diagnose definitiva requer: - Observação do fluxo bacteriano em microscópio - Isolamento da bactéria em cultura pura - Testes de patogenicidade e - Testes bioquímicos específicos Várias etapas: Manchas foliares O fluxo só é visto sob microscópio ótico Observação do fluxo bacteriano Os sintomas podem variar de acordo com a resistência da cultivar, com o grau de virulência do patógeno e com as condições ambientais. Fazer uma observação criteriosa dos sintomas Diagnose em Fitobactérias O mesmo patógeno pode provocar mais de um sintoma Murcha do tomateiro Fusarium Verticilium Ralstonia Murcha bacteriana (Ralstonia solanacearum) Murcha-de-verticílio (Verticillium dahliae) Murcha-de-fusário (Fusarium oxysporum fsp. lycopersici) Qual o agente causal dos sintomas? Devemos ter cuidado na diagnose com patógenos de solo Murcha do tomateiro Fusarium Verticilium Ralstonia Qual o agente causal dos sintomas? Devemos ter cuidado na diagnose com patógenos de solo Teste do copo Exsudação de pus bacteriano em caule de tomateiro afetado pela murcha bacteriana Cancro cítrico em laranjeira Xanthomonas axonopodis pv. Citri Cancro-bacteriano Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis Ocorre nos vasos do floema e nos tecidos adjacentes da superfície, após a morte do protoplasma (sintoma holonecrótico) Cancro: lesões necróticas nos tecidos corticais de caules, raízes e tubérculos. Sintomas nos frutos Cancro cítrico Xanthomonas campestris pv. citri http://www.google.com.br/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAkQjRwwAGoVChMI3_Lu5qPPxwIVRRiQCh3vHwCl&url=http://www.clubeamigosdocampo.com.br/artigo/manejo-e-controle-do-cancro-citrico-1341&ei=9yniVZ-bGsWwwATvv4CoCg&psig=AFQjCNHKyzZTeM85UsRJ2pcNm1UXOqnThw&ust=1440971639540160 http://www.google.com.br/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAkQjRwwAGoVChMIiJO1y763xwIVypSQCh2Oegtk&url=http://www.fundecitrus.com.br/busca/&ei=07DVVcjdNsqpwgSO9a2gBg&psig=AFQjCNG_TgrAxMCfC_UwbZZvlUE4E8hNNQ&ust=1440154195989897 Cancro: lesões necróticas erupentes formadas de células mortas. Um halo clorótico geralmente circunda a lesão. Doença quarentenária A2 SP, MS, PR, RS e SC Cancro cítrico: Xanthomonas campestris pv. citri https://www.google.com.br/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAkQjRwwAGoVChMI4Zej9M72xwIVRhaQCh3BwwmU&url=http://www.jornal.uem.br/2011/index.php?option=com_content&view=article&id=27:biotecnologia-a-servido-campo&catid=14:jornal-28-janeiro-de-2006&Itemid=2&psig=AFQjCNG37PFrB6ah8WkTRIYezB_BduyaEA&ust=1442323240204068 Progressão do cancro Cancro cítrico: Xanthomonas campestris pv. citri Lagarta minadora Cancro cítrico: Xanthomonas campestris pv. citri Cancro cítrico: Xanthomonas campestris pv. citri Controle de Xanthomonas campestris pv. citri Sintomas nos ramos Cancro cítrico (Xanthomonas campestris pv. citri) Cancro cítrico (Xanthomonas axonopodis pv. citri) https://www.google.com.br/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAkQjRwwAGoVChMIgoiOocH2xwIVQxCQCh2GugSG&url=http://www.apsnet.org/edcenter/intropp/lessons/prokaryotes/Pages/CitrusCankerPort.aspx&psig=AFQjCNGYszlV_dgPCxMJJ5NAcf9Kf0wAMA&ust=1442319576082428 Sobrevivência Xanthomonas axonopodis pv. citri • Alguns dias: no solo • Alguns meses: incorporada no solo no tecido vegetal • Vários anos: tecidos vegetais dessecados e livres de solo. • Morre rapidamente quando exposta diretamente à luz do sol e/ou ao dessecamento na superfície do órgão vegetal. Aparecimento dos sintomas Em condições ideais de infecção Temperaturas entre 25 e 30 °C Presença de lâmina de água na superfície das folhas Sintomas de 5 a 7 dias após a inoculação https://www.google.com.br/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRwwAGoVChMI17frvPv2xwIVAoSQCh2E5AD_&url=http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/92707/ferreira_cb_me_jabo.pdf?sequence=1&psig=AFQjCNHKn-7vl54lrKunFXwOihqUUgGGqA&ust=1442335203684567 Fase patogênica Fase hipobiótica Fase saprofítica Fase residente Sobrevivência de Xanthomonas campestris pv. citri Eliminação de plantas infectadas e suspeitas num raio mínimo de 30 metros a partir do foco Controle Cancro cítrico (Xanthomonas axonopodis pv. citri) http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=bUmByuseSiBMvM&tbnid=--RbzWx7R_6KrM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.redetec.org.br/inventabrasil/xanto.htm&ei=XVeSUu6RM4fOkQfJwYH4Cw&bvm=bv.56988011,d.eW0&psig=AFQjCNGXOy7IVR-LlSadm0Lin7YzBvazog&ust=1385408385929359 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=bUmByuseSiBMvM&tbnid=--RbzWx7R_6KrM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.redetec.org.br/inventabrasil/xanto.htm&ei=XVeSUu6RM4fOkQfJwYH4Cw&bvm=bv.56988011,d.eW0&psig=AFQjCNGXOy7IVR-LlSadm0Lin7YzBvazog&ust=1385408385929359 Cancro cítrico: Xanthomonas axonopodis pv. citri http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=ZYRlSaEeTcjtGM&tbnid=Q7N5jYe_fPLAcM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/agosto2005/ju297pag03.html&ei=JVaSUv-xH5TIkAexiICABg&bvm=bv.56988011,d.eW0&psig=AFQjCNGXOy7IVR-LlSadm0Lin7YzBvazog&ust=1385408385929359 Manchas: Lesões necróticas localizadas, resultante de destruição total ou parcial das células e tecidos afetados. A bactéria penetra pelos estômatos e multiplica-se na câmara subestomatal e nos espaços intercelulares Mancha-bacteriana em tomateiro Xanthomonas campestris pv. vesicatoria Lesões grandes nos frutos Queima das folhas Lesões nos frutos Manchas são lesões maiores Pintas são lesões pequenas Murcha bacteriana em batata Ralstonia solanacearum Murcha: Dificuldade na absorção e translocação de água, provocados por distúrbios na xilema. A bactéria penetra pelas raízes e multiplica-se nos vasos do xilema. Tolerância 0 em batata semente Raça 3, predominante no Sul e Sudeste do Brasil Murcha bacteriana em tomateiro (Ralstonia solanacearum) Dificuldade na absorção e translocação de água provocados por distúrbios no xilema. A bactéria penetra pelas raízes e multiplica-se nos vasos do xilema. Diagnose de doenças bacterianas Podridão mole em couve-flor Patógeno: Pectobacrerium carotovorum (Erwinia Carotovorum) Domínio: Bactéria Filo: Proteobacteria Classe: Gamma Proteobacteria Ordem: Enterobacteriales Colônias de Pectobacterium sp. em meio 523. Enzimas pectolíticas Folhas de couve com sintomas da doença Observação do fluxo Bacteriano em microscópio Xc pv. campestris em placa de petri Diagnose de doenças bacterianas Podridão Negra das crucíferas Patógeno: Xanthomonas campestris pv. campestris Domínio: Bactéria Filo: Proteobacteria Classe: Gammaproteobacteria Ordem: Xanthomonadales Repicagem da lesão e montagem de lâmina e Isolamento em cultura pura Morte dos ponteiros: morte progressiva das extremidades dos ramose brotos. Sintomas parecidos, quem é o agente causal? Morte dos ponteiros Erwinia psidii Manchas: São áreas necróticas de formatos variados, resultante de destruição total ou parcial das células e tecidos afetados. Mancha bacteriana em maracujazeiro Xanthomonas campestris pv. passiflorae Xanthomonas campestris pv. passiflorae em meio de cultura Sintomas de bacteriose em folha do maracujazeiro Manejo Integrado de Fitobactérias • O controle de doenças de plantas é o mais importante objetivo da Fitopatologia; • Sem controle, doenças de plantas podem ocasionar epidemias e enormes prejuízos; • Estima-se que mais de 30% da produção mundial agrícola são perdidos anualmente por problemas fitossanitários. Combinação de várias medidas (controle integrado) que vão desde antes do plantio até a fase de comercialização. Importância do controle de doenças O controle de doenças plantas não pode ser abordado isoladamente, mas integrado a outros fatores que compõem a equação da produção. Como combater as bactérias? • EXCLUSÃO (evitar o problema – sempre) • ERRADICAÇÃO • Contínua aplicação de táticas de manejo integrado na propriedade SUSTENTABILIDADE Evasão Regulação Proteção Imunização Terapia Evasão Exclusão Erradicação AMBIENTE HOSPEDEIRO PATÓGENO Triângulo da doença Evasão Táticas de fuga à doença Regulação Alterar o ambiente visando desfavorecer a doença Evasão Táticas de fuga à doença Exclusão Evitar a entrada do patógeno em área livre do mesmo Erradicação Eliminar o patógeno Proteção Proteger o hospedeiro do contato direto com o patógeno Terapia Recuper a planta doente Imunização Promover a resistência da planta DOENÇA Fungicidas M I D Agricultura moderna São ferramentas valiosas e confiáveis para o manejo de doenças Busca reduzir a dependência por agrotóxicos Manejo integrado de doenças de plantas Cultivares Resistentes Ciclo da relação patógeno-hospedeiro Sobrevivência - Sementes e mudas - Restos de cultura - Plantas daninhas - No solo - Na rizosfera Disseminação A água é o principal agente de dispersão das bactérias com orvalho ou respingos (chuva ou irrigação). Agentes diversos: sementes, mudas, estacas, tubérculos, bulbos, ferramentas, etc Insetos vetores: xilema (Xylella fastidiosa) ou floema (C. Liberibacter). Penetração Ferimentos, estômatos, hidatódios, vetores, nunca diretamente Reprodução Fissão binária (assexuada) ou bipartição Não há formação de gametas, nem plasmogamia, nem meiose Multiplicação (PG) Período de Geração (PG): 20-120 minutos Temperatura Ótima = 25-28°C. Em laboratório 28°C pH ótimo 7,0 Oxigênio livre Aeróbias (maioria) Anaeróbias facultativas (Erwinia, Pantoea, Bacilus) Colonização Espaços intercelulares Agrobacterium Tecidos vasculares Manchas foliares Podridão mole Hipertrofia Murcha vascular Morte das pontas Cancro Erwinia Xanthomonas Pectobacterium Clavibacter Pseudomonas Xanthomonas Ralstonia Erwinia psidii Xylella fastidiosa (QA2) Candidatus Liberibacter Leifsonia xyli Transmissão por vetor X. fastidiosa (12 spp. cigarrinha) C. Liberibacter (Diaphorina citri) Fastidiosas Os sintomas podem variar de acordo com a resistência da cultivar, com o grau de virulência do patógeno e com as condições ambientais. Fazer uma observação criteriosa dos sintomas Diagnose em Fitobactérias O mesmo patógeno pode provocar mais de um sintoma Diagnose de doenças bacterianas Identificação do seu agente causal Em campo Observação dos sintomas Observação do fluxo bacteriano Coleta de amostras Em laboratório Isolamento da bactéria em cultura pura Teste de patogenicidade Testes bioquímicos específicos Várias etapas 1º passo em campo: Reconhecimento dos sintomas típicos de doenças bacterianas Sintomas mais comuns: Cancro Encharcamento ou anasarca Clorose Mancha e pinta Crestamento Murcha Descoloração vascular Podridão-mole Sobrevivência bacteriana de acordo com o ciclo de vida 1 - FASE PATOGENICA: infectando e colonizando os tecidos. 2 - FASE LATENTE: internamente no tecido suscetível, em baixas populações, sem sintomas. 3 - FASE RESIDENTE: multiplicação na superfície de plantas sadias, sem infectá-las. 4 - FASE SAPROFITICA: crescem e multiplicam-se na ausência do hospedeiro. Multiplica em material vegetal morto e em decomposição. Têm capacidade de vida saprofítica e podem se multiplicar em matéria orgânica. 5 - FASE HIPOBIÓTICA: mecanismos de sobrevivência por longos períodos em hipobiose. Sobrevivência eficiente para a próxima estação de plantio. Medidas de controle de bactérias Antibióticos: não são absorvíveis nem translocáveis na planta Fungicida cúprico (mancozeb): usado de forma preventiva Tratamento de sementes? Para as murchas? Antibióticos são lavados por chuvas , contamina o meio ambiente e prejudica a harmonia do ecossistema. Não desenvolveram produtos químicos eficientes contra infecções bacterianas Depois que uma planta é infectada por uma bactéria, não há mais como curá-la. A solução é erradicar as plantas doentes ou a cultura. Cúpricos oferecem alguma proteção para bacterioses do filoplano. PREVENÇÃO DA DISSEMINAÇÃO 1. MEDIDAS FITOSSANITÁRIAS 2. TRATAMENTO DO MATERIAL DE PLANTIO 3. MUDAS CERTIFICADAS 4. LEIS E QUARENTENAS Práticas Culturais • Escolha da área de Plantio • Plantio de sementes e mudas de boa qualidade • Desinfecção ou desinfestação de sementes: a) Termoterapia (água quente, calor seco e calor úmido); b) Tratamento químico (hipoclorito de sódio ou cálcio); c) Antibiótico: elimina apenas bactérias externas ação fitotóxica d) Fermentação: extração de sementes de tomate contra cancro bacteriano (Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis); Práticas Culturais • Rotação de culturas; • Plantio de cultivares resistentes; • Preparo de solo e adubação; • População de plantas; • Sanitação - Eliminar plantas doentes e restos culturais - Desinfestação de máquinas, implementos, caixas, etc, • Manejo da água: - Irrigação por aspersão favorece doenças de parte aérea - Irrigação por sulco favorece doenças de solo • Controle químico: produtos a base de cobre (preventivo) Cancro-Bacteriano (Xanthomonas campestris pv. viticola) Quarentenária A2 (Restrita no Vale do São Francisco) Pontos necróticos Lesões e cancros nos ramos Lesões nas bagas e Cancros no ráquis do cacho Controle: Utilizar mudas e material vegetativo sadio; Eliminar todos os ramos infectados; Desinfestação das ferramentas após o uso em plantas doentes; Utilizar pasta cúprica após a poda; Arrancar e incinerar as plantas severamente atacadas; Incinerar os restos culturais; Aplicação de produtos a base de cobre (preventivo). Cancro-Bacteriano Xanthomonas campestris pv. viticola (QA2) Clorose-variegada-dos-citros (CVC) Patógeno: Xylella fastidiosa Domínio: Bactéria Filo: Proteobacteria Classe: Gammaproteobacteria Ordem: Xanthomonadales 12 espécies de cigarrinhas que alimentam no xilema de árvores contaminadas Clorose-variegada-dos-citros - CVC Xylella fastidiosa http://www.google.com.br/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAkQjRwwAGoVChMI472qqL-3xwIVwSGQCh2N3Af4&url=http://www.paraiba.pb.gov.br/governo-cria-alternativas-para-combater-mosca-negra-dos-citros-sem-agrotoxicos/&ei=lrHVVeOaLsHDwASNuZ_ADw&psig=AFQjCNFll00jy5MBMCbWFLlKkThWoFhshg&ust=1440154390941570 http://www.google.com.br/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAkQjRwwAGoVChMIyYiVzL-3xwIVQkKQCh2gOwwY&url=http://quero-comprar-vender.vendadepulverizadores.com.br/pulverizadores-1061/pulverizador-litros-twister-citros-novo-de-fabrica/181625&ei=4bHVVYmUN8KEwQSg97DAAQ&psig=AFQjCNF76BbcLqbFuhC55KFRj66Fu6kxtA&ust=1440154466035648Raquitismo da soqueira Leifsonia xyli Considerada uma das mais importantes doenças da cana, foi descrita, pela primeira vez, na Austrália, em 1944 e, em 1989, já havia sido relatada em 61 países produtores de cana. • A mais importante doença da cana-de-açúcar em todo o mundo. Pode causar prejuízos de 5 a 30% da produtividade e infeccionar até 100% do canavial. • Não existe qualquer sintoma externo. O produtor pode não saber que seu campo está infectado. • Subdesenvolvimento dos colmos rebrotados da touceira depois da colheita. Crescimento retardado das touceiras, tornando o canavial desuniforme. Colmos mais finos e internódios curtos redução da produtividade. • A bactéria sobrevive no solo após a colheita para re-infectar plantas sadias. Controle: • Resistência varietal • Tratamento térmico de toletes - duas horas a 50o C. • Desinfecção de todos os equipamentos com produtos químicos ou pelo calor. Raquitismo da soqueira Leifsonia xyli MOKO DA BANANEIRA Ralstonia solanacearum – Raça 2 Quarentenária A2: presente AP, AM, PA, RO, RR, PE e SE Escurecimento dos feixes vasculares Erradicação das plantas Glifosato injetado no pseudocaule Deixar a área erradicada em pousio 1 ano Moko da bananeira (Ralstonia solanacearum – Raça 2) Quarentenária A2: presente AP, AM, PA, RO, RR, PE e SE Controle Erradicação das plantas Herbicida glifosate, injetado no pseudocaule Deixar a área erradicada em pousio 1 ano Princípio da exclusão http://www.google.com.br/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAkQjRwwAGoVChMI__ud06i7xwIVBn-QCh2c3QXa&url=http://www.freshfruitportal.com/news/2013/01/28/moko-disease-a-threat-to-colombian-banana-costs/&ei=sbLXVb_fKIb-wQScu5fQDQ&psig=AFQjCNGmUq3S6qsMyLUyY2mfdpur1Z0LYg&ust=1440285745779510 http://www.google.com.br/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAkQjRwwAGoVChMIx-Gz0qi7xwIVxIOQCh3b7QVM&url=http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Banana/BananaAmazonas/doencas.htm&ei=r7LXVYfOOMSHwgTb25fgBA&psig=AFQjCNGVrhR9v0CNk5Gmi2W2mE-iKUDrXw&ust=1440285744004283 Escurecimento dos feixes vasculares Murcha das folhas baixeiras e cartucho com necrose e murcha Doença vascular causada pela ação de enzimas e/ou toxinas da bactéria. Sintoma semelhante ao do mal-do-panamá (Fusarium oxysporum f. sp. cubense Moko da bananeira (Ralstonia solanacearum – Raça 2) Quarentenária A2