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O dilema do sofrimento humano e os fundamentos da ACT Luiz Alves Ferreira Junior Terapia Cognitivo-Comportamental – Terapia de Aceitação e Compromisso O dilema do sofrimento humano O dilema do sofrimento humano “Não há nada de externo que garanta ausência de sofrimento. Mesmo quando nós, seres humanos, temos todas as coisas que tipicamente usamos para medir o sucesso externo – ótima aparência, pais amorosos, filhos incríveis, segurança financeira, um cônjuge atencioso –, isso pode não ser suficiente” Hayes, Strosahl & Wilson (2012) O dilema do sofrimento humano • Pressuposto da Normalidade Saudável • Pensamentos sentimentos, lembranças ou sensações físicas penosas = sintomas • Exame de características topográficas levaria a entidades patológicas verdadeiramente funcionais que abarcam por que essas características surgem e como melhor alterá-las O dilema do sofrimento humano “As doenças psiquiátricas são, na verdade, mais mito do que realidade” • Síndromes não atingem critérios enquanto estado patológico • Alta taxa de comorbidade entre transtornos • Poucas alterações em estudos de eficácia que adotam síndromes • Sistema descartar formas importantes de sofrimento psicológico (problemas de relacionamento, crises existenciais, dependências comportamentais etc.) O dilema do sofrimento humano “As doenças psiquiátricas são, na verdade, mais mito do que realidade” • Sistema clinico aborda saúde mental e o sofrimento humano usando pressuposto da normalidade saudável → estados mentais de sofrimento vistos como sinais de transtornos de doença • Modelo transdiagnóstico unificado – possibilidades de avanço? O dilema do sofrimento humano Krueger, R. F. et al. (2018) O dilema do sofrimento humano Kotov et al. (2017) O dilema do sofrimento humano • ACT: sofrimento humano emerge predominantemente de processos psicológicos normais, sobretudo aqueles que envolvem a linguagem humana • Modelo subjacente à ACT sustenta que os processos comuns incorporados na linguagem e no pensamento autorreflexivo podem na verdade aumentar as dificuldades centrais associadas a transtornos mentais O dilema do sofrimento humano • Pressuposto da normalidade destrutiva: a universalidade do sofrimento por si só sugere que ele se origina dentro de processos que se desenvolveram para promover a adaptabilidade do organismo humano. • Processos psicológicos normais e necessários funcionam de forma muito semelhante a uma faca de dois gumes. O dilema do sofrimento humano Fusão cognitiva • Acreditar fortemente nos conteúdos literais de sua mente que ficam fusionadas com suas cognições • Não consegue distinguir entre consciência e narrativas cognitivas, já que cada pensamento e seus referentes fortemente ligados • Ignorar experiência direta e se tornar relativamente alheio às influências ambientais • Aprisionamento por regras originadas na própria mente O dilema do sofrimento humano Esquiva experiencial • Consequência imediata da fusão com instruções mentais que encorajam a supressão, o controle ou a eliminação de experiências cuja expectativa é a de que sejam estressantes • Tentar evitar, suprimir ou eliminar experiências privadas indesejáveis → intensificação da frequência e intensidade O dilema do sofrimento humano • Fusão cognitiva e esquiva experiencial afetam a habilidade do indivíduo de prestar atenção de modo flexível e voluntário ao que está acontecendo interna e externamente • Impacto no senso de direção na vida e nosso comportamento guiado por objetivos • “Controle aversivo” vs. “controle apetitivo” O dilema do sofrimento humano ACT: aceitar, escolher, agir • Sentir bem • É psicologicamente saudável ter pensamentos e sentimentos desagradáveis, além dos prazerosos • Sentimentos são sentimentos, pensamentos são pensamentos → parte da nossa história • Fusão → desfusão • Esquiva experiencial → aceitação • Busca de um valor vital Referências • Krueger, R. F., Kotov, R., Watson, D., Forbes, M. K., Eaton, N. R., Ruggero, C. J., Simms, L. J., Widiger, T. A., Achenbach, T. M., Bach, B., Bagby, R. M., Bornovalova, M. A., Carpenter, W. T., Chmielewski, M., Cicero, D. C., Clark, L. A., Conway, C., DeClercq, B., DeYoung, C. G., … Zimmermann, J. (2018). Progress in achieving quantitative classification of psychopathology. World Psychiatry, 17(3), 282–293. https://doi.org/10.1002/wps.20566 • Baddeley, A. (2012). Working Memory: Theories, Models, and Controversies. Annual Review of Psychology, 63(1), 1–29. https://doi.org/10.1146/annurev-psych-120710-100422 • Kotov, R., Krueger, R. F., Watson, D., Achenbach, T. M., Althoff, R. R., Bagby, R. M., Brown, T. A., Carpenter, W. T., Caspi, A., Clark, L. A., Eaton, N. R., Forbes, M. K., Forbush, K. T., Goldberg, D., Hasin, D., Hyman, S. E., Ivanova, M. Y., Lynam, D. R., Markon, K., … Zimmerman, M. (2017). The Hierarchical Taxonomy of Psychopathology (HiTOP): A dimensional alternative to traditional nosologies. Journal of Abnormal Psychology, 126(4), 454–477. https://doi.org/10.1037/abn0000258 https://doi.org/10.1002/wps.20566 https://doi.org/10.1146/annurev-psych-120710-100422 https://doi.org/10.1037/abn0000258 OBRIGADO! Slide 1: O dilema do sofrimento humano e os fundamentos da ACT Slide 2: O dilema do sofrimento humano Slide 3: O dilema do sofrimento humano Slide 4: O dilema do sofrimento humano Slide 5: O dilema do sofrimento humano Slide 6: O dilema do sofrimento humano Slide 7: O dilema do sofrimento humano Slide 8: O dilema do sofrimento humano Slide 9: O dilema do sofrimento humano Slide 10: O dilema do sofrimento humano Slide 11: O dilema do sofrimento humano Slide 12: O dilema do sofrimento humano Slide 13: O dilema do sofrimento humano Slide 14: O dilema do sofrimento humano Slide 15: Referências Slide 16: OBRIGADO!
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