Prévia do material em texto
Transferências Voluntárias Convênios de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação: Atos Preparatórios 2Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Enap, 2023 Fundação Escola Nacional de Administração Pública Diretoria de Desenvolvimento Profissional SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF Fundação Escola Nacional de Administração Pública Diretoria de Desenvolvimento Profissional Conteudista/s Vanessa Montiel (conteudista, 2023); Mayra Gonçalves (conteudista, 2023). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 3 Módulo 1: Cadastro do Programa no Transferegov.br ........................................6 Unidade 1: Noções Gerais de Programas do Governo e Convênios de ECTI ......6 1.1 Programas e Convênios de ECTI ............................................................................... 7 1.2 Convênios de ECTI ..................................................................................................... 8 Referências ............................................................................................................ 11 Unidade 2: Operacionalização dos Programas no Transferegov.br .................13 2.1 Cadastro de Programas e o Transferegov.br ....................................................... 13 2.2 Passo a passo para Registro de Programa no Transferegov.br. ...................... 15 Referências ............................................................................................................ 32 Módulo 2: Cadastro da Proposta no Transferegov.br ........................................33 Unidade 1: Noções Gerais de Propostas de Projetos ........................................33 1.1 Conceito de projeto ................................................................................................. 33 1.2 Projetos para Execução de Políticas Públicas ..................................................... 36 Referências ............................................................................................................ 39 Unidade 2: Cadastro da Proposta pelo Proponente no Transferegov.br .......40 2.1 Passo a Passo para Cadastro de Proposta ............................................................ 40 2.2 Construindo a Justificativa da Proposta ................................................................ 46 Referências ............................................................................................................ 56 Módulo 3: Cadastro do Plano de Trabalho no Transferegov.br ........................57 Unidade 1: Noções Gerais de Plano de Trabalho e Cronograma Físico ..........57 1.1 Entendendo o Plano de Trabalho ......................................................................... 57 1.2 Noções Gerais e Aplicação de Cronograma Físico .............................................. 59 1.3 Operacionalização na Aba Cronograma Físico: Registrar Metas e Etapas ....... 62 Referências ............................................................................................................ 72 Unidade 2: Noções Gerais e Aplicação de Cronograma de Desembolso .........73 2.1 Entendendo o Cronograma de Desembolso ....................................................... 73 2.2 Operacionalização na Aba Cronograma Desembolso ....................................... 74 Referências ............................................................................................................ 85 Unidade 3: Noções Gerais e Preenchimento do Plano de Aplicação Detalhado .86 3.1 Entendendo o Plano de Aplicação Detalhado ..................................................... 86 3.2 Operacionalização da Aba PAD: Incluir Bens, Serviços ou Obras Adquiridas ou Contratadas .................................................................................................................... 88 3.3 Operacionalizando a Aba Anexos .......................................................................... 95 Referências ............................................................................................................ 98 Sumário 4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Módulo 4: Termo de Referência, Noções de Projeto Básico e Envio da Proposta .................................................................................................................. 99 Unidade 1: O Projeto Básico e o Termo de Referência no Transferegov.br ....99 1.1 Entendendo o Projeto Básico e o Termo de Referência .................................... 99 1.2 Operacionalizando o Termo de Referência ....................................................... 103 Referências .......................................................................................................... 107 Unidade 2: Envio de Proposta para Análise ...................................................... 108 2.1 Como Enviar a Proposta para Análise ................................................................. 108 Referências .......................................................................................................... 111 Módulo 5: Análise e Ajuste da Proposta e do Plano de Trabalho no Transferegov.br ...112 Unidade 1: Análise dos Dados da Proposta e do Plano de Trabalho pelo Concedente/Repassador ..................................................................................... 112 1.1 Análise dos Dados da Proposta ........................................................................ 112 1.2 Análise do Plano de Trabalho .............................................................................. 113 1.3 Análise do Projeto Básico ..................................................................................... 114 Referências .......................................................................................................... 120 Unidade 2: Emissão do Parecer da Proposta e do Plano de Trabalho pelo Concedente/Repassador ..................................................................................... 121 2.1 Emissão de Pareceres para Proposta de Convênio de ECTI ............................. 121 2.2 Operacionalização dos Ajustes da Proposta e do Plano de Trabalho pelo Proponente ................................................................................................................... 122 Referências .......................................................................................................... 124 Módulo 6: Formalização e Celebração do Instrumento ..................................125 Unidade 1: Execução das Etapas de Formalização no Transferegov.br .........125 1.1 Etapas de Formalização ................................................................................... 125 1.1.1 Como gerar pré-convênio ................................................................................. 126 1.1.2 Como vincular uma Unidade Gestora de Transferência Voluntária (UGTV) 129 1.1.3 Como emitir Nota de Empenho ........................................................................ 129 1.1.4 Como abrir uma conta bancária ....................................................................... 130 Referências .......................................................................................................... 133 Unidade 2: Operacionalização da Assinatura e Celebração no Transferegov.br . 134 2.1 Registrar Assinatura e Celebração no Transferegov.br ................................... 134 2.2 Publicação do Convênio de ECTI .......................................................................... 136 Referências .......................................................................................................... 139 Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 5 Apresentação e Boas-vindas Seja muito bem-vindo ao curso Convênios de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação: Atos Preparatórios. Para iniciar seus estudos é importante saber que este curso está dividido em 6 módulos, conforme a sequência: Mas antes devocê dar início ao conteúdo, primeiro, vale assistir à videoaula de apresentação do curso para compreender melhor o formato e os módulos que o compõem. Videoaula: Apresentação e Boas-vindas ao Curso 1 Cadastro do Programa no Transferegov.br (Concedente/Repassador) 2 Cadastro dos dados da Proposta no Transferegov.br (Proponente/Convente) 3 Cadastro do Plano de Trabalho no Transferegov.br: Cronograma Físico, Cronograma de Desembolso e Plano de Aplicação Detalhado (Proponente/Convente) 4 Cadastro do Termo de Referência, Noções de Projeto Básico e Envio da Proposta para Análise do Concedente/Repassador no Transferegov.br (Proponente/Convente) 5 Análise da Proposta e do Plano de Trabalho pelo (concedente/repassador) 6 Formalização e celebração do Instrumento (Concedente/Repassador) https://cdn.evg.gov.br/cursos/649_EVG/video/modulo01_video01/index.html https://cdn.evg.gov.br/cursos/655_EVG/video/modulo01_video01/index.html 6Enap Fundação Escola Nacional de Administração PúblicaEnap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Módulo Cadastro do Programa no Transferegov.br1 Seja bem-vindo ao Módulo 1 do curso sobre Convênios de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação: Atos Preparatórios. Inicialmente, você terá a oportunidade de expandir seus conhecimentos sobre programas e convênios. Em seguida, você será guiado por meio de um passo a passo no processo de cadastro de um Programa no Transferegov.br. Está pronto para começar? Este módulo está composto por duas unidades. A primeira aborda noções gerais sobre os Programas do Governo e Convênios de ECTI, enquanto a segunda trata da operacionalização desses programas no Transferegov.br. Ao concluir o primeiro módulo, você será capaz de compreender o processo de registro e disponibilização do conjunto de regras essenciais para que o órgão concedente/repassador (União) possa apresentar e viabilizar a execução da política pública desejada. Isso inclui entender como essas regras são estruturadas, cadastradas e disponibilizadas no Transferegov.br. Você conhece o Transferegov.br? Ele é a ferramenta utilizada para gerenciar e operacionalizar os Programas do Governo. Prossiga, assim você vai entender melhor essa ferramenta. Unidade 1: Noções Gerais de Programas do Governo e Convênios de ECTI Objetivo de aprendizagem Ao final desta unidade, você será capaz de descrever os Programas de Governo, sua função e importância, bem como os convênios de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação (ECTI) dentro de sua singularidade no contexto atual. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 7 Os Programas do Governo são instrumentos que visam organizar e articular ações para solucionar problemas e atender às demandas da sociedade. A avaliação do desempenho desses programas é realizada por meio de indicadores alinhados aos objetivos estabelecidos. Esses Programas governamentais: • Têm relação direta com o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei do Orçamento Anual (LOA). • Estabelecem um conjunto de regras e ações para otimizar a resposta às demandas da sociedade. • São essenciais para a concretização das políticas públicas. • Promovem a integração entre os entes e setores. • Otimizam recursos financeiros, humanos, logísticos e materiais. A metodologia de elaboração dos Programas do PPA facilita a identificação dos problemas e dos segmentos sociais que necessitam da intervenção governamental. Por outro lado, a LDO define diretrizes e prioridades para otimizar a execução das políticas públicas. Já a LOA estabelece os recursos e receitas disponíveis para implementar as ações e alcançar os resultados. Quando são definidos no planejamento do PPA, LDO e LOA, os Programas e Ações do Governo podem ser executados, de forma descentralizada, por meio de transferências da União. Dessa forma, os atores envolvidos nas transferências participam da implementação das políticas. 1.1 Programas e Convênios de ECTI Os Programas são instrumentos que estabelecem um conjunto de regras para viabilizar a implementação das políticas públicas e garantir que as demandas da sociedade sejam atendidas. Fonte: Freepik (2023). 8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Na etapa de registro do Programa, é importante considerar a parcela de colaboração que será aportada pelo responsável pela execução do orçamento descentralizado, de acordo com sua capacidade financeira. Essa parcela é conhecida como "contrapartida" e é obrigatória, sendo uma exigência decorrente das leis de diretrizes orçamentárias. É relevante ressaltar que, devido à anualidade da LDO, as regras e percentuais de contrapartida podem variar de um exercício para outro. Portanto, o valor e as especificações da contrapartida devem estar em conformidade com os limites e regras estabelecidos na LDO referente ao exercício em que ocorrerá a celebração do instrumento de transferência. 1.2 Convênios de ECTI Os convênios representam formas de colaboração que podem englobar diversos níveis, desde parcerias para intercâmbio de estudantes e professores até acordos de cooperação para realização de pesquisas avançadas e compartilhamento de recursos e infraestrutura. No âmbito dos convênios de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação (ECTI), as instituições participantes podem incluir: • IFES (Instituições Federais de Ensino Superior); • ICTs (Instituições Científicas e Tecnológicas); • fundações de apoio; • empresas públicas; • sociedades de economia mista, subsidiárias e controladas; • entidades privadas com ou sem fins lucrativos; e • organizações sociais com contrato de gestão firmado com a União, conforme Decreto nº 8.240, de 21 de maio de 2014. Essa colaboração entre entidades e instituições desempenha um papel fundamental no impulsionamento do desenvolvimento científico e tecnológico de um país ou região. Além de promover a inovação e a transferência de tecnologia, esses convênios fortalecem a educação e possibilitam a criação de redes de conhecimento. Também contribuem para o avanço de soluções para desafios sociais, econômicos e ambientais, estimulando o crescimento econômico e a competitividade global do país. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 9 E quem formaliza esses convênios? A formalização segue os termos estabelecidos no inciso XIII do art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que prevê a dispensa de licitação para sua celebração por prazo determinado. Fique tranquilo que, ao concluir este curso, você terá adquirido o conhecimento necessário para compreender as etapas que antecedem a formalização dessas parcerias, conhecidas como Atos Preparatórios. Abertura de programa pelo Governo Federal Etapa na qual o Governo Federal publica um programa no Transferegov. br, contendo a descrição da ação governamental que se quer concretizar e os respectivos critérios de seleção para a celebração de instrumento de repasse discricionário. Cadastramento da proposta de trabalho Etapa na qual o interessado em celebrar instrumento de repasse de determinado Programa, chamado proponente, cadastra sua proposta no Transferegov.br. Essa proposta deve conter informações básicas sobre a estratégia que será utilizada para a execução da ação governamental indicada pelo Programa. Cadastramento do plano de trabalho Etapa na qual acontece o cadastro do plano de trabalho no Transferegov.br. Aqui, por meio do preenchimento do plano de trabalho, o proponente deve detalhar a estratégia de execução apresentada. Análise da proposta e do plano de trabalho Etapa na qual o órgão federal analisa propostas e planos de trabalho de determinado Programa para assim poder selecionar as propostas mais adequadas e então celebrar instrumento de repasse discricionário. Cada etapa mencionada no processo de convênios ECTI envolve uma série de ações dentro do sistema Transferegov.br. É importante destacarque para compreender melhor a operacionalização dessas ações, é necessário iniciar cada módulo focando nas etapas de cadastro, análise, formalização e celebração dos convênios ECTI. Atos Preparatórios é o nome dado ao conjunto de etapas que antecede a celebração do convênio. 10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública A Portaria Interministerial ME/CGU/MCTI/MEC nº 14.213, de 15 de dezembro de 2021, estabelece que a partir de 1º de janeiro de 2022, o Transferegov.br será o canal utilizado para a operacionalização dos convênios de ECTI. Ele servirá como meio para realizar as diversas etapas mencionadas, oferecendo uma estrutura centralizada e eficiente para o gerenciamento desses convênios. É importante destacar que a administração pública de qualquer esfera de governo também pode ser denominada como "recebedor", dependendo do tipo de instrumento a ser celebrado. No entanto, a lógica é a mesma: o recebedor é aquele que recebe recursos do concedente/repassador para a implementação de políticas públicas. É relevante observar que: • o proponente e o convenente/recebedor são a mesma pessoa, sendo que os termos apenas diferenciam a fase do processo em que ela se encontra; • o proponente refere-se à fase inicial de proposição, enquanto o convenente/ recebedor corresponde às fases de pactuação e execução do convênio. Bom, agora você já tem uma visão abrangente dos programas e convênios governamentais! Você chegou ao final desta Unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima! Neste curso de Atos Preparatórios, utilizamos o termo proponente para se referir às IFES e ICTs que expressam interesse em firmar o instrumento de convênio com a União, por meio da apresentação de uma proposta de trabalho. Após a celebração do convênio, o proponente é qualificado como convenente/recebedor, tornando- se apto a receber recursos financeiros do órgão concedente para a execução da política pública. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 11 BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 01 jul. 2021. BRASIL. Decreto nº 8.240, de 21 de maio de 2014. Regulamenta os convênios e os critérios de habilitação de empresas referidos no art. 1º-B da Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994. Brasília, DF: Presidência da República, 2014. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/decreto/d8240.htm. Acesso em: 05 set. 2023. BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1993. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm. Acesso em: 05 set. 2023. BRASIL. Decreto nº 8.726, de 27 de abril de 2016. Regulamenta a Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014, para dispor sobre regras e procedimentos do regime jurídico das parcerias celebradas entre a administração pública federal e as organizações da sociedade civil. Brasília, DF: Presidência da República, 2016. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Decreto/D8726.htm. Acesso em: 05 set. 2023. BRASIL. Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994. Dispõe sobre as relações entre as instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica e as fundações de apoio e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1994. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8958compilado.htm. Acesso em: 05 set. 2023. BRASIL. Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014. Estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação; define diretrizes para a política de fomento, de colaboração e de cooperação com organizações da sociedade civil; e altera as Leis nºs 8.429, de 2 de junho de 1992, e 9.790, de 23 de março de 1999. Brasília, DF: Presidência da República, 2014. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm. Acesso em: 05 set. 2023. BRASIL. Lei nº 13.473, de 8 de agosto de 2017. Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2018 e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2017. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13473.htm. Acesso em: 05 set. 2023. Referências http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/decreto/d8240.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Decreto/D8726.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Decreto/D8726.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8958compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13473.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13473.htm 12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública BRASIL. Portaria Interministerial ME/CGU/MCTI/MEC nº 14.213, de 15 de dezembro de 2021. Estabelece a operacionalização dos convênios de educação, ciência, tecnologia e inovação - ECTI no sistema +Brasil. Brasília, DF: Ministério da Economia, 2021. Acesso em: 05 set. 2023. FREEPIK COMPANY. [Banco de Imagens]. Freepik, Málaga, 2023. Disponível em: https://www.freepik.com/. Acesso em: 05 set. 2023. https://www.freepik.com/ Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 13 Unidade 2: Operacionalização dos Programas no Transferegov.br Objetivo de aprendizagem Ao final desta unidade, você será capaz de esclarecer como o concedente/repassador cadastra e disponibiliza Programas de ECTI a serem executados, além de ajudar o proponente a identificar e analisar a possibilidade de captação de recursos para a implementação de políticas públicas por meio do Transferegov.br. 2.1 Cadastro de Programas e o Transferegov.br Os Programas de Governo refletem as políticas públicas sob a responsabilidade dos órgãos e entidades federais (concedentes/repassadores) e devem conter: • descrição; • requisitos; • padrões; • procedimentos; • critérios de elegibilidade; • prioridade; • estatísticas; e • outros elementos que auxiliem na avaliação das necessidades locais. Saiba que os critérios de elegibilidade e prioridade devem ser estabelecidos de forma objetiva, alinhados com as diretrizes e objetivos dos respectivos Programas, com o intuito de obter melhores resultados na execução do objeto, considerando, entre outros aspectos, a avaliação da qualificação técnica e da capacidade operacional do proponente. 14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Portanto, é essencial que o concedente/repassador adote procedimentos claros, objetivos, simplificados e padronizados para orientar os interessados, facilitando seu acesso direto aos órgãos da Administração Pública Federal. A disponibilização dos Programas para celebração de instrumentos ocorre conforme a oportunidade e conveniência do órgão concedente. Sabendo disso, agora você deve seguir os passos para registrar e divulgar um Programa no Transferegov.br. O Transferegov.br desempenha um papel central como ferramenta tecnológicaresponsável pela operacionalização das transferências de recursos federais do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Instituído pelo Decreto nº 11.271, de 5 de dezembro de 2022, o Transferegov.br é um sistema integrado que visa consolidar as diferentes modalidades de transferências de recursos da União. Ele ganha destaque como um importante instrumento para aprimorar a governança dos investimentos federais. Atualmente, o sistema representa não apenas uma forma de transferir recursos para a implementação de políticas públicas, mas também um mecanismo relevante de transparência, proporcionando acesso livre aos dados para os cidadãos, com custos de gestão reduzidos, de maneira integrada e simplificada. Os convênios de ECTI, desde 1 de janeiro de 2022 são operacionalizados no Transferegov.br, no módulo Transferências Discricionárias e Legais, seguindo o disposto na Portaria interministerial ME/CGU/MCTI/MEC nº 14.213, de 15 de dezembro de 2021. Cabe destacar que a divulgação dos Programas destinados ao atendimento de emendas parlamentares individuais de execução obrigatória segue os prazos estabelecidos pelas portarias anuais que regulamentam os procedimentos e prazos para apresentação, registro e operacionalização das emendas parlamentares individuais, bem como os prazos e procedimentos para superação de eventuais impedimentos técnicos. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 15 Vamos lá! Para dar início, o concedente/repassador deve acessar o portal pelo seguinte endereço: https://www.gov.br/transferegov/ Depois clique no campo do Transferegov.br. O concedente/repassador deve selecionar o Módulo Transferências Discricionárias e Legais, conforme indicado na imagem a seguir. 2.2 Passo a passo para Registro de Programa no Transferegov.br. Tela inicial do Transferegov.br. Fonte: Brasil (2023). https://www.gov.br/transferegov/ 16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Tela de escolha do Módulo. Fonte: Brasil (2023). Tela de acesso do Módulo de Transferências Discricionárias e Legais. Fonte: Brasil (2023). O concedente/repassador deve acessar com o CPF e senha o Módulo de Transferências Discricionárias e Legais no TransfereGov.br. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 17 Aba Principal. Fonte: Brasil (2023). Tela Inclusão de Programa. Fonte: Brasil (2023). Na tela seguinte, o concedente/repassador deve selecionar “Programas”, em seguida “Incluir Programas”. As informações dos campos “Órgão”, “Órgão Concedente” e “Órgão Executor” já vêm preenchidas automaticamente. Caso haja necessidade de trocar o “Órgão Concedente”, é necessário clicar na lupa e realizar a alteração. 18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública No campo “Tipo de Instrumento”, o concedente/repassador deve selecionar “Convênio”. Tela Inclusão de Programa: Convênio. Fonte: Brasil (2023). Tela Inclusão de Programa. Descrição do Subtipo. Fonte: Brasil (2023). No campo “Subtipo de Instrumento”, o concedente/repassador deve selecionar “ECTI”. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 19 No campo “Qualificação da Proposta”, o concedente/repassador deve selecionar o tipo de proposta a que se pretende contemplar naquele Programa, clique nas abas e conheça cada uma delas: Proposta Voluntária Nessa modalidade, o concedente/repassador não seleciona um beneficiário específico. O Programa é concebido com regras e critérios claros, de modo que todos os interessados que se enquadrarem nas condições estabelecidas possam submeter suas propostas. Nesse tipo iniciativa, busca-se fomentar a participação ativa da comunidade, promovendo a igualdade de oportunidades e a transparência no processo de seleção. Ao estabelecer diretrizes pré- definidas, assegura-se que todos os potenciais interessados tenham a possibilidade de demonstrar seu mérito e competência, independentemente de origem, raça, gênero ou qualquer outro fator discriminatório. Proposta de Proponente Específico do Concedente Nesta modalidade, o repassador tem a possibilidade de indicar, mediante justificativa adequada, o CNPJ do beneficiário que poderá, caso esteja interessado, apresentar sua proposta. Nessa abordagem, busca-se uma seleção mais direcionada, embasada em critérios específicos que atendam aos objetivos e necessidades do Programa. O repassador, por meio de uma análise cuidadosa, identifica um proponente que demonstre o potencial e a capacidade de contribuir de forma significativa para o alcance dos resultados esperados. Portanto, por meio da Proposta de Proponente Específico do Concedente, visa-se otimizar a eficiência e a eficácia do Programa, ao direcionar recursos e oportunidades para aqueles que possuam o perfil mais adequado, fundamentado em critérios transparentes e justificados. Dessa forma, promove-se uma gestão estratégica e criteriosa dos recursos disponíveis, potencializando o impacto positivo da iniciativa. Proposta de Proponente de Emenda Parlamentar Nesta modalidade, a indicação do CNPJ do beneficiário é feita pelo parlamentar, sendo que somente o beneficiário indicado tem permissão para apresentar sua proposta, caso esteja interessado. Nesse contexto, busca-se uma conexão direta entre o parlamentar e o beneficiário, permitindo que o representante político exerça seu papel de identificar e direcionar recursos para projetos e iniciativas de sua escolha. A indicação do CNPJ é realizada com base em critérios e justificativas estabelecidas pelo parlamentar, que avalia a viabilidade e a pertinência do beneficiário em relação ao contexto político e às necessidades da comunidade. Essa abordagem visa proporcionar uma maior agilidade e eficiência na alocação de recursos públicos, ao permitir que o beneficiário indicado apresente diretamente sua proposta. 20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Observe a imagem a seguir: No campo “Programa Atende a” o concedente/repassador seleciona a natureza jurídica do destinatário do Programa. Os Programas de ECTI podem abranger uma variedade de beneficiários, cada um desempenhando um papel importante na implementação das políticas públicas. Observe, a seguir, os beneficiários comuns dos Programas de convênio: Empresa Pública Trata-se de uma entidade estatal que tem personalidade jurídica de direito privado e cuja maioria do capital social é de propriedade do Estado. Essas empresas desempenham atividades econômicas em nome do governo, geralmente em setores estratégicos, e podem ser beneficiárias de convênios para executar projetos específicos. Sociedade de Economia Mista É uma entidade que possui capital misto, ou seja, uma parte é de propriedade do Estado e outra parte é privada. Essas sociedades podem ser beneficiárias de convênios para realizar atividades econômicas em setores específicos, colaborando com o Estado na execução de políticas públicas. Qualificação da Proposta. Fonte: Brasil (2023). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 21 Administração Pública Estadual e do Distrito Federal Representa os órgãos e entidades do poder executivo dos estados e do Distrito Federal. Essas entidades podem receber recursos por meio de convênios para desenvolver projetos e Programas que estejam alinhados com as políticas públicas estabelecidas em nível estadual ou distrital. Consórcio Público Consiste em uma associação de entidades federativas (municípios, estados ou ambos) com o objetivo de cooperar e executar ações conjuntas para o desenvolvimento de projetos de interesse comum. Os consórcios públicos podem ser beneficiários de convênios para a implementação de Programas regionais ou compartilhados. Organismo Internacional Refere-se a instituições ou agências internacionais que atuam em cooperação com os governos nacionais para promover o desenvolvimento econômico, social e ambiental. Esses organismos podem ser beneficiários de convênios para executar projetos e Programasem parceria com o governo local. Organização da Sociedade Civil Compreende entidades privadas, sem fins lucrativos, que têm atuação nas áreas sociais, culturais, ambientais, entre outras. As organizações da sociedade civil podem ser beneficiárias de convênios para realizar atividades que contribuam para o bem-estar social e o desenvolvimento sustentável. Administração Pública Municipal Engloba os órgãos e entidades do poder executivo dos municípios. A administração pública municipal pode ser beneficiária de convênios para executar projetos e Programas que atendam às demandas locais e estejam alinhados com as políticas públicas municipais. É importante ressaltar que cada Programa de convênio pode estabelecer critérios específicos para a seleção dos beneficiários, levando em consideração fatores como expertise técnica, capacidade operacional, alinhamento com os objetivos do Programa, entre outros. A diversidade de beneficiários visa garantir a efetividade e o alcance das políticas públicas, bem como promover a parceria entre diferentes atores para o benefício da sociedade como um todo. 22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Campo “Programa Atende a”. Fonte: Brasil (2023). Na seção de Categorias do Programa, é responsabilidade do concedente/ repassador selecionar o tipo de investimento que o Programa poderá abranger. Essas categorias podem incluir desde equipamentos, execução de custeio e/ou obras a serviços de engenharia. Nessa etapa, o concedente/repassador deve definir quais são os tipos de investimentos elegíveis para o programa em questão, considerando suas finalidades e objetivos específicos. As opções podem variar de acordo com a natureza do Programa, levando em conta as necessidades e prioridades identificadas. Clique nas abas a seguir e conheças as categorias: Equipamentos Indica que o Programa contempla a aquisição de bens materiais necessários para a execução de atividades específicas. Isso pode envolver desde equipamentos tecnológicos até maquinário, ferramentas e outros recursos necessários para o desenvolvimento de determinada ação. Fonte: Freepik (2023). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 23 O próximo passo consiste em estabelecer o “Nome do Programa”. Nesse contexto, o nome do Programa refere-se ao nome pelo qual o Programa será conhecido e identificado pelos usuários e pela população em geral. Essa denominação é utilizada com o intuito de facilitar a comunicação e o reconhecimento da política, Programa ou serviço público, proporcionando uma identidade clara e distintiva que permite uma melhor compreensão e interação por parte dos cidadãos, tornando-o mais acessível e compreensível. Observe o campo na imagem a seguir: Obras e Serviços de Engenharia Abrange a realização de construções, reformas, infraestrutura e serviços relacionados, como projetos de engenharia, reparos, manutenção, entre outros. Essa categoria é especialmente relevante para Programas que envolvem o desenvolvimento de infraestrutura pública e melhorias urbanas. Execução de Custeio Refere-se à possibilidade de destinar recursos para cobrir despesas operacionais e administrativas relacionadas ao Programa. Isso pode incluir, por exemplo, o pagamento de salários, despesas com energia elétrica, água, materiais de consumo, entre outros custos necessários para o funcionamento adequado das atividades. Cabe destacar, de acordo com o art. 16, do Decreto n. 8.240, de 21 de maio de 2014, que as fundações de apoio não poderão pagar despesas administrativas com recursos dos convênios ECTI, ressalvada a hipótese de cobrança de taxa de administração, a ser definida em cada instrumento. Fonte: Freepik (2023). Fonte: Freepik (2023). Ao selecionar as categorias de investimento no Programa, o concedente/repassador deve: definir o escopo e os limites dos recursos que podem ser direcionados para cada tipo de ação, permitindo uma alocação mais precisa e adequada de recursos para atender aos objetivos estabelecidos. 24Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Campo “Nome do Programa”. Fonte: Brasil (2023). Anexo de Itens – Tipo de Despesa. Fonte: Brasil (2023). Caso necessário, o próximo campo a ser preenchido é o "Anexo de Itens - Tipo de Despesa". Vale ressaltar que o preenchimento deste campo não é obrigatório, devendo ser realizado somente se o repassador já tiver definido previamente os equipamentos que podem ser adquiridos ou os serviços que podem ser prestados, e assim por diante, em relação ao programa que será disponibilizado. Se o concedente/repassador estiver cadastrando um programa que estabelece previamente os itens ou tipos de despesas que poderão ser realizadas nas propostas apresentadas, ele deverá incluir um anexo, em formato XLS (arquivo de Excel) com as informações correspondentes nesse campo. Para isso, basta selecionar o arquivo correspondente ao tipo de despesa e anexá-lo. Esse procedimento pode ser repetido conforme necessário, a fim de abranger todos os tipos de despesas previamente determinados pelo concedente/repassador. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 25 Descrição do Programa. Fonte: Brasil (2023). Campo Período de recebimento de Proposta Voluntária do programa. Fonte: Brasil (2023). O próximo passo trata do Período de recebimento de Propostas Voluntárias do programa. Nesse campo, é necessário que o concedente/repassador preencha as datas de início e término para recebimento de propostas pelo programa. Essas datas definem o período em que os interessados podem submeter suas propostas para participação no programa. Observe na imagem a seguir: Agora chegou o momento de preencher o campo de “Descrição” do programa. Nessa etapa, é necessário fornecer uma explicação clara e detalhada sobre o programa em questão. A descrição deve abordar: • objetivos; • metas; • atividades previstas; • público-alvo; e • quaisquer outras informações relevantes que possam ajudar na compreensão do Programa. É importante que a descrição seja concisa (até 5000 caracteres), porém abrangente, para transmitir de forma eficaz a natureza e o propósito do programa em questão. 26Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Veja agora os campos “Observação” e “Critérios de Seleção”: Observação Em “Observação” é possível preencher informações relevantes sobre o programa que está sendo disponibilizado, caso existam. Esse campo permite incluir observações adicionais que possam esclarecer ou fornecer detalhes relevantes sobre o programa em questão. Critérios de Seleção Quando necessário, devem ser preenchidas as informações relacionadas aos critérios adotados para a seleção das propostas. Esses critérios são utilizados para avaliar e comparar as propostas recebidas, com base em requisitos específicos, como qualificação técnica, experiência prévia, capacidade operacional, entre outros aspectos relevantes. O preenchimento desse campo permite que os proponentes tenham conhecimento dos critérios de seleção estabelecidos, garantindo transparência e imparcialidade no processo de avaliação das propostas. Acompanhe a imagem a seguir: Campo Observação. Fonte: Brasil (2023). No campo da “Ação Orçamentária”, é necessário preencher apenas com a informação correspondente à Ação Orçamentária específica. Essa Ação Orçamentária é definida no orçamento como parte integrante dos Programas de Governo, representando informações qualitativas sobre as ações programadas para cada exercício orçamentário. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 27 Campo Ações Orçamentárias – AO. Fonte: Brasil (2023). Campo Estados Habilitados. Fonte: Brasil (2023). Essas ações são projetadas e planejadas com o intuito de alcançar os objetivos estabelecidos pelos Programas de Governo. O preenchimento correto desse campo é importante para garantir a adequada vinculação entre os programas e suas respectivasAções Orçamentárias, proporcionando uma gestão eficiente e transparente dos recursos públicos. Observe a imagem a seguir: No campo “Estados Habilitados”, essa informação deve estar em conformidade com o que foi selecionado no campo “Programa Atende a”. Por exemplo, se no programa o repassador indicou que ele atende aos municípios, neste campo ele deve indicar se são todos os municípios do país ou apenas os municípios de determinados estados. Se o programa for destinado ao recebimento de propostas e atender a municípios, estados e o Distrito Federal, ao final da página de preenchimento dos dados do programa, serão exibidas as informações para preenchimento do chamamento público ou do fundamento legal: Fudamento Legal As informações adicionais são solicitadas para garantir a conformidade legal e o correto procedimento de seleção das propostas, de acordo com as normas e regulamentos aplicáveis. Chamamento Público Basta selecionar essa opção e preencher as informações solicitadas, como o número do chamamento, descrição e outros dados relevantes. Essas informações são necessárias para estabelecer e documentar o processo de 28Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública chamamento público, garantindo transparência e ampla divulgação para que os interessados possam participar e submeter suas propostas de acordo com as diretrizes estabelecidas. O preenchimento correto dessas informações é fundamental para uma gestão adequada e eficiente do programa. Campo Chamamento Público/Concurso de Projetos. Fonte: Brasil (2023). Se o programa for destinado ao recebimento de propostas de proponente de emenda parlamentar ou proposta de proponente específico do concedente, atente que: Ao final da página de cadastramento dos dados do programa, serão exibidos os campos necessários para preenchimento do CNPJ do(s) beneficiário(s), valor de repasse da proposta e, no caso de emendas parlamentares, o número da emenda e o nome do parlamentar. Essas informações são essenciais para identificar e vincular corretamente os beneficiários e as propostas aos respectivos programas. O preenchimento preciso desses dados é fundamental para garantir a transparência e a correta execução das políticas públicas. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 29 Campo Lista do Proponente Específico. Fonte: Brasil (2023). Botão Cadastrar Programa. Fonte: Brasil (2023). Após preencher e revisar todos os dados do programa que será disponibilizado, o próximo passo consiste em clicar no botão “Cadastrar Programa”. Ao clicar nessa opção, os dados fornecidos serão enviados e registrados no sistema, finalizando o processo de cadastro do programa. É importante garantir que todas as informações estejam corretas e completas antes de realizar o cadastro. Ao clicar em “Cadastrar Programa”, confirma-se o envio dos dados e dá-se início ao processo de disponibilização do programa no sistema. 30Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Após cadastrar o programa, uma mensagem de "dados inseridos com sucesso" será exibida. Em seguida, novas abas serão apresentadas e o concedente/ repassador será direcionado diretamente para a aba "Item de Investimento" para realizar o preenchimento. A seguir, assista à videoaula que detalha o preenchimento das informações nas seguintes guias: “Item de Investimento”, “Regras de Contrapartida”, “Anexos” e “Lista de Item - Tipos de Despesa”. Videoaula: O preenchimento do Programa no TransfereGov.br As regras de contrapartida são determinadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Nos projetos que envolvam risco tecnológico, para solução de problema técnico específico ou obtenção de produto ou processo inovador, o uso de bens e serviços das IFES ou demais ICTs poderá ser contabilizado como contrapartida da instituição ao projeto, mediante previsão contratual de participação da instituição nos ganhos econômicos dele derivados, na forma da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004. (BRASIL, 1994). A opção "Aceita contrapartida bens" só deve ser marcada caso haja previsão expressa de possibilidade de contrapartida por meio de bens. Caso o programa permita essa modalidade de contrapartida, você pode selecionar essa opção durante o preenchimento das regras de contrapartida. https://cdn.evg.gov.br/cursos/655_EVG/video/modulo01_video02/index.html Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 31 Ótimo! Agora o programa está oficialmente disponibilizado e aberto para receber propostas. Fonte: Freepik (2023). Os interessados poderão acessar o sistema e submeter suas propostas de acordo com as informações e diretrizes fornecidas. Lembre-se de acompanhar regularmente o sistema e os prazos estabelecidos para o recebimento e avaliação das propostas. Comunicados e atualizações relacionados ao programa também poderão ser divulgados por meio do sistema. Bom, agora que você já adquiriu conhecimentos importantes sobre os Programas do Governo, desde as noções gerais até a operacionalização no Transferegov.br, você está preparado para aplicar o processo de registro e disponibilização das regras necessárias para o órgão concedente/repassador. Que bom que você chegou até aqui! Agora é a hora de você testar seus conhecimentos. Para isso, acesse o exercício avaliativo disponível no ambiente virtual. Bons estudos! 32Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública BRASIL. Decreto nº 8.240, de 21 de maio de 2014. Regulamenta os convênios e os critérios de habilitação de empresas referidos no art. 1º-B da Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994. Brasília, DF: Presidência da República, 2014. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/decreto/d8240.htm. Acesso em: 05 set. 2023. BRASIL. Decreto nº 11.271, de 5 de dezembro de 2022. Institui o Sistema de Gestão de Parcerias da União - Sigpar. Brasília, DF: Presidência da República, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/plataformamaisbrasil/pt-br/legislacao-geral/decretos/decreto-no- 11-271-de-5-de-dezembro-de-2022. Acesso em: 05 set. 2023. BRASIL. Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994. Dispõe sobre as relações entre as instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica e as fundações de apoio e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1994. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8958compilado. htm. Acesso em: 05 set. 2023. BRASIL. Portaria Interministerial ME/CGU/MCTI/MEC nº 14.213, de 15 de dezembro de 2021. Estabelece a operacionalização dos convênios de educação, ciência, tecnologia e inovação - ECTI na Plataforma +Brasil. Brasília, DF: Ministério da Economia, 2021. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/ dou/-/portaria-interministerial-me/cgu/mcti/mec-n-14.213-de-15-de-dezembro- de-2021-367951534. Acesso em: 05 set. 2023. BRASIL. Portal Transferegov.br. Brasília, DF: Ministério da Gestão e Inovação em Serviços, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/transferegov/pt-br. Acesso em: 05 set. de 2023. FREEPIK COMPANY. [Banco de Imagens]. Freepik, Málaga, 2023. Disponível em: https://www.freepik.com/. Acesso em: 05 set. 2023. Referências https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/decreto/d8240.htm https://www.gov.br/plataformamaisbrasil/pt-br/legislacao-geral/decretos/decreto-no-11-271-de-5-de-dezembro-de-2022 https://www.gov.br/plataformamaisbrasil/pt-br/legislacao-geral/decretos/decreto-no-11-271-de-5-de-dezembro-de-2022 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8958compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8958compilado.htm https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-interministerial-me/cgu/mcti/mec-n-14.213-de-15-de-dezembro-de-2021-367951534 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-interministerial-me/cgu/mcti/mec-n-14.213-de-15-de-dezembro-de-2021-367951534 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-interministerial-me/cgu/mcti/mec-n-14.213-de-15-de-dezembro-de-2021-367951534 https://www.gov.br/transferegov/pt-brhttps://www.freepik.com/ Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 33 Módulo Cadastro da Proposta no Transferegov.br2 O segundo módulo deste curso é dividido em duas unidades. Na primeira unidade, você receberá informações gerais sobre as propostas de projetos que devem ser registradas no Transferegov.br pelo proponente. Na segunda unidade, você aprenderá como o proponente cadastra sua proposta de política pública no Transferegov.br para avaliação pelo concedente/repassador. Após o cadastramento e a disponibilização dos programas a serem executados de forma descentralizada no Transferegov.br pelo órgão concedente (Módulo de Transferências Discricionárias e Legais), o proponente interessado deve apresentar sua proposta. Unidade 1: Noções Gerais de Propostas de Projetos Objetivo de aprendizagem Ao concluir esta unidade, você será capaz de descrever o conceito de proposta de projetos, bem como sua estrutura (objetivos, atividades, cronograma, orçamento e resultados esperados do projeto). Antes de você entender o que são os dados das propostas, é necessário que você entenda o que é um projeto. Você saberia explicar o que é um projeto? Refletindo sobre a pergunta "o que é um projeto?", podemos encontrar diversas definições ao pesquisar o termo. Uma delas é a apresentada pelo PMBOK (Project Management Body of Knowledge), o guia amplamente utilizado no gerenciamento de projetos. Segundo o guia: 1.1 Conceito de projeto 34Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único. (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2012). Um projeto envolve o uso de recursos previamente estabelecidos, como pessoal, tempo, orçamento e materiais. Em resumo, um projeto pode ser compreendido como uma iniciativa que busca atingir um objetivo específico dentro de um prazo determinado, considerando recursos limitados. Ele é caracterizado pela sua natureza temporária e única, exigindo o planejamento, a execução e o controle de atividades para alcançar a finalidade predefinida. Para entender melhor a definição de projeto, em primeiro lugar, é importante considerar que: • Um projeto é caracterizado por ser temporário, com datas de início e fim definidas. Por exemplo, ao construir um site, é estabelecido um período específico para iniciar e concluir o projeto. • Geralmente, um projeto é iniciado para atender a uma demanda, seja criando um novo produto ou serviço, aprimorando algo existente. Nesse sentido, é importante ter um escopo inicial, ou seja, uma descrição do trabalho a ser realizado, mesmo que parcial. Isso ajuda a garantir que o resultado final seja único e facilita o desenvolvimento do projeto, já que, mesmo que existam projetos semelhantes, cada um terá suas características distintas. • Além disso, é fundamental estipular custos e recursos no início do projeto, como força de trabalho, materiais, infraestrutura, verbas e prazos. Essas definições contribuem para evitar a falta de recursos durante a execução do projeto ou a ocorrência de gastos que excedam o orçamento disponível. O planejamento adequado desses elementos é essencial para o sucesso e a conclusão bem-sucedida do projeto. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 35 Portanto, a gestão eficaz de um projeto envolve o planejamento, a organização, a execução e o controle de todas as atividades necessárias para atingir o objetivo estabelecido. Programa oficialmente disponibilizado. Fonte: Freepik (2023). Por outro lado, o gerenciamento de projetos envolve a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas para cumprir os requisitos do projeto. Em outras palavras, abrange o planejamento, delegação, monitoramento, controle e motivação dos envolvidos no projeto, visando atingir os objetivos dentro das diretrizes de prazo, orçamento, qualidade, escopo, benefícios e riscos. Isso inclui a integração das diferentes fases do ciclo de vida do projeto. No contexto atual, essa capacidade se torna ainda mais desafiadora, uma vez que é necessário gerenciar orçamentos cada vez mais restritos, prazos mais curtos, recursos escassos e tecnologias em constante evolução. Sob a perspectiva das partes interessadas, o gerenciamento de projetos pode ser visto como uma abordagem organizada voltada para atender às necessidades do patrocinador e entregar valor ao negócio, envolvendo adequadamente o cliente. 36Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Caso deseje mais informações sobre gerenciamento de projetos, sugerimos o Guia referencial para gerenciamento de projetos e portfólio, disponível no repositório da Enap. Quando se trata de projetos para executar políticas públicas, eles estão relacionados às mudanças e inovações que se deseja promover na sociedade. O objetivo principal desses projetos é melhorar a qualidade de vida das pessoas ou comunidades. Eles têm como ponto de partida a realidade social combinada com o desejo de transformação. Em suma, a ideia de projeto representa a vontade de realizar algo, especificamente a execução de um Programa de Governo ou uma política pública específica para fazer a diferença na vida das pessoas. Quando se fala em proposta, geralmente se refere a uma oferta, convite ou um pensamento expresso para alcançar um determinado objetivo. No Transferegov.br, não é diferente, mas essa intenção deve ser registrada e enviada aos interessados. Seguindo essa lógica a proposta aqui pode ser entendida como um conjunto de ideias estruturadas e organizadas que se pretende apresentar aos órgãos, para que determinada política seja implementada. Ao apresentar a proposta ao órgão concedente, esta deve ser analisada e comparada a outras propostas que foram registradas e vinculadas àquele programa específico, e, diante dos critérios estabelecidos no programa disponibilizado, ela pode ser aprovada, rejeitada ou ainda ter solicitações de complementações antes do registro da análise final. 1.2 Projetos para Execução de Políticas Públicas No contexto do sistema Transferegov.br, esse projeto é registrado e posteriormente analisado, levando em consideração um conjunto de regras estabelecidas nos programas disponíveis no sistema. Quando o projeto é registrado no sistema, ele é chamado de proposta. A proposta é a peça inicial de manifestação formal dos órgãos ou entidades privadas sem fins lucrativos interessados em celebrar os instrumentos previstos. https://articulateusercontent.com/rise/courses/m9AVervpB0Z_s3D8F530qfAYsisd2tYh/yOqhibqiP38KC8B5-GR%2520Gerenciamento%2520de%2520Projetos%2520e%2520Portfolios%2520-%2520Final.pdf Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 37 Desta forma, o cadastro da proposta no Transferegov.br, para manifestação formal dos órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, em face do programa a ser disponibilizado pelo concedente deve contemplar no mínimo: Fonte: Freepik (2023). Descrição do objeto: detalhamento do que será realizado no projeto, incluindo suas atividades, metas e resultados esperados. Justificativa: apresentação dos motivos que fundamentam a proposta, incluindo a relação entre a proposta e os objetivos e diretrizes do programa federal. Deve-se também indicar o público-alvo, o problema a ser resolvido e os resultados esperados com a implementação do projeto. Estimativa dos recursos: previsão dos recursos financeiros necessários para a execução do projeto, especificando tanto a contrapartida do proponente quanto o repasse do concedente. Deve-se indicar o valor de cada parcela e o montante total dos recursos, conforme previsto em lei. Prazo de execução: definição do período em que o projeto será realizado, estabelecendo uma data de início e uma data de conclusão. Capacidade técnica e gerencial do proponente: informações sobre a competência e habilidades do proponente para a execução da proposta,demonstrando sua capacidade técnica e gerencial para alcançar os resultados propostos. 38Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Essas informações são essenciais para a elaboração e análise da proposta, permitindo uma avaliação adequada de sua viabilidade e adequação aos objetivos do Programa Federal. Por fim, é importante destacar que a descrição do objeto da proposta deve ser clara, sucinta e alinhada com os objetivos e diretrizes do programa que receberá a proposta de trabalho. Você chegou ao final desta Unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima! Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 39 BRASIL. Portal Transferegov.br. Brasília, DF: Ministério da Gestão e Inovação em Serviços, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/transferegov/pt-br. Acesso em: 05 set. de 2023. FREEPIK COMPANY. [Banco de Imagens]. Freepik, Málaga, 2023. Disponível em: https://www.freepik.com/. Acesso em: 05 set. 2023. OLIVEIRA, Tiago Chaves. Guia referencial para gerenciamento de projetos e portfólios de projetos. Brasília, DF: Enap, 2021. Disponível em: http://repositorio. enap.gov.br/handle/1/6155. Acesso em: 05 set. 2023. PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (Guia PMBOK®). 5. Ed. Newton Square: PMI, 2012. Referências https://www.gov.br/transferegov/pt-b https://www.freepik.com/ http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/6155 http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/6155 40Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Unidade 2: Cadastro da Proposta pelo Proponente no Transferegov.br Objetivo de aprendizagem Ao final desta unidade, você será capaz de explicar como o proponente estrutura e registra a proposta de política pública para avaliação pelo concedente/repassador no Transferegov.br. 2.1 Passo a Passo para Cadastro de Proposta O cadastro da proposta para manifestação formal de órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos requer o cumprimento de requisitos mínimos, que são operacionalizados no Transferegov.br. É de responsabilidade do proponente o cadastro da proposta no Transferegov.br, por meio do Módulo de Transferências Discricionárias e Legais, pois exige que ele possua o perfil de Cadastrador de Proposta. A seguir, acompanhe o passo a passo para que o proponente possa cadastrar uma proposta de forma adequada. Para iniciar, acesse o Transferegov.br, módulo Transferências Discricionárias e Legais, utilizando o perfil de Cadastrador de Proposta. Em seguida, clique na aba "Programa" e selecione a opção “Incluir Proposta”. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 41 Tela Dados. Fonte: Brasil (2023). Escolher Proponente. Fonte: Brasil (2023). Selecione o CNPJ do órgão ou organização que atuará como proponente. Se você estiver cadastrado em mais de um órgão convenente, escolha o órgão específico que irá apresentar a proposta. Se estiver cadastrado em apenas um órgão convenente, esta tela não será exibida. Depois de fazer a seleção, clique em “Escolher Proponente”. 42Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Para cadastrar uma proposta, é necessário vinculá-la a um programa específico. Nesta página, você pode utilizar vários campos para buscar o programa desejado, como órgão, ano, emenda parlamentar, nome, entre outros. Selecione o programa ao qual você irá apresentar a sua proposta. É importante observar que o único campo obrigatório a ser preenchido é o “Código do Órgão”. Caso você não saiba o código do órgão, clique no ícone de lupa para realizar uma consulta. Além disso, você pode utilizar todos os outros parâmetros de busca disponíveis. Após preencher os parâmetros de busca, clique em "Buscar Programas para Seleção”. Ao clicar no número do programa, uma nova tela será aberta, exibindo o detalhamento do programa selecionado. Nessa tela, você poderá conferir todas as informações relevantes sobre o programa, garantindo que ele seja adequado para a proposta que deseja apresentar. É importante analisar cuidadosamente os detalhes do programa antes de prosseguir com o cadastro da proposta. Buscar Programas para Proposta. Fonte: Brasil (2023). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 43 Após ter conferido o programa e verificado que é o programa adequado para a proposta, marque a opção correspondente neste campo e, em seguida, clique em "Selecionar" para prosseguir com o cadastro da proposta. Após selecionar o programa adequado, ele será exibido na parte superior da busca de programas. No entanto, antes de concluir a seleção, é necessário "Selecionar Itens de Investimento/Preencher Valores" para a sua proposta. Nesta etapa, você deverá escolher os itens de investimento relacionados à sua proposta e preencher os respectivos valores. Isso garantirá que a proposta esteja devidamente detalhada em termos de investimentos necessários. Tela Seleção do Programa para Proposta. Fonte: Brasil (2023). Se você selecionou o programa errado, não se preocupe. Você pode excluí-lo e fazer uma nova consulta para encontrar o programa correto. Dessa forma, garantimos que a proposta esteja vinculada ao programa adequado. 44Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Selecionar Itens de Investimento. Fonte: Brasil (2023). Selecionar Itens de Investimento. Fonte: Brasil (2023). Na tela seguinte, selecione os itens de investimento necessários para a execução da proposta, marcando a caixa de seleção correspondente a cada item. Então, escolha a regra de contrapartida aplicável (caso haja mais de uma opção), observando o que está estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Insira o valor total da proposta, o valor da contrapartida (convenente) conforme as regras estabelecidas pelo concedente e, por fim, preencha o valor do repasse (concedente). Após o preenchimento das informações referentes à proposta, clique em “Salvar”. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 45 Programas selecionados. Fonte: Brasil (2023). Clique em “Finalizar Seleção” para concluir essa etapa. Após finalizar a seleção do programa, você será direcionado ao preenchimento das demais informações da proposta que está sendo cadastrada. Os primeiros dados que aparecem (já trazidos pelo Transferegov.br) são os seguintes: • Proponente; • Órgão Concedente; • o programa selecionado para apresentação da proposta; e • a modalidade definida pelo órgão concedente em seu programa. Observe as disposições da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) em relação à contrapartida financeira e às restrições quanto à contrapartida de bens e serviços para entes públicos. 46Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Observe na imagem a seguir, como ainda é possível alterar o programa, caso seja necessário. Os próximos campos a serem preenchidos compõem a “Justificativa” da sua proposta. Observe que a justificativa é composta por cinco campos para preenchimento. Alterar Programa. Fonte: Brasil (2023). 2.2 Construindo a Justificativa da Proposta Nesse campo, você deve descrever de forma clara e objetiva os interesses que estão envolvidos na proposta, tanto por parte do proponente quanto do órgão concedente. É importante destacar como a proposta se alinha aos interesses e necessidades de ambas as partes. Caracterização dos interesses recíprocos Interesses recíprocos. Fonte: Freepik (2023). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 47 Aqui, é necessário estabelecer a conexão entre a proposta apresentada e os objetivos e diretrizes do programa ao qual ela está vinculada. Explique como a proposta contribui para a realização desses objetivos e como está alinhada com as diretrizes estabelecidas. Nesse campo, é preciso especificar para qual público a proposta é direcionada. Identifique claramente quem são as pessoas ou grupos que serão beneficiados pela implementaçãoda proposta. Isso ajuda a direcionar as ações e a demonstrar a relevância do projeto. Relação entre a proposta e os objetivos e diretrizes do programa Público-alvo Interesses recíprocos. Fonte: Freepik (2023). Público-alvo. Fonte: Freepik (2023). 48Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Aqui, é necessário descrever de forma precisa o problema ou desafio que a proposta se propõe a resolver. Apresente uma análise detalhada do problema, suas causas e impactos, demonstrando a importância de implementar a proposta para solucioná-lo. Nesse campo, você deve indicar os resultados e benefícios esperados com a execução da proposta. Descreva de maneira clara e mensurável quais serão os impactos positivos alcançados, as melhorias que serão proporcionadas e os objetivos a serem atingidos. Problema a ser resolvido Resultados esperados Problema ou desafio. Fonte: Freepik (2023). Resultados. Fonte: Freepik (2023). Esses campos da justificativa são fundamentais para demonstrar a relevância e viabilidade da proposta, alinhando-a aos interesses do programa e mostrando como ela contribuirá para a solução de um problema e a obtenção de resultados positivos. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 49 No momento em que você registrou os itens de investimento durante a escolha do programa, o sistema automaticamente registra essas informações e as exibe nessa etapa do preenchimento da proposta. Essas categorias de investimento são importantes para categorizar e identificar os recursos que serão utilizados na execução da proposta. Campos da Justificativa. Fonte: Brasil (2023). Justificativa/Categorias. Fonte: Brasil (2023). 50Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Ao exibir as categorias de investimento selecionadas, o sistema permite que você verifique se estão corretas e se correspondem aos itens necessários para a implementação da proposta. Caso seja necessário, é possível fazer ajustes ou adicionar novas categorias de investimento que sejam relevantes para o projeto. No campo "Objeto do Convênio", você deve fornecer uma descrição clara e concisa do objetivo ou produto que será alcançado por meio do convênio. Nesse campo, você deve descrever de forma precisa e resumida qual é o propósito ou finalidade do acordo estabelecido. Certifique-se de elaborar uma descrição adequada e que represente de maneira precisa o que será alcançado por meio do convênio. Após preencher as informações relacionadas ao objeto do convênio, é necessário fornecer os detalhes sobre a "Capacidade Técnica e Gerencial" do proponente. Nessa etapa, você deve anexar os documentos e comprovantes que declaram e evidenciam sua capacidade efetiva de execução do projeto. Para fazer isso, realize os passos a seguir: É importante ser objetivo, mas ao mesmo tempo garantir que a descrição seja compreensível e abranja todos os elementos essenciais do objeto do convênio. Dessa forma, os envolvidos na análise e avaliação da proposta poderão entender claramente o propósito da parceria e avaliar sua relevância em relação aos objetivos do programa ou concedente. 1 Clique em "Escolher arquivo" para selecionar o arquivo necessário em seu dispositivo. 2 Selecione o arquivo desejado e clique em "Anexar" para enviá-lo. 3 Repita o processo para cada anexo que precisa ser incluído. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 51 Certifique-se de anexar os documentos relevantes que comprovem a capacidade técnica e gerencial do proponente. Esses documentos podem incluir certificados, currículos, portfólios, declarações, comprovantes de experiência anterior ou qualquer outra informação que demonstre a competência e habilidade necessárias para realizar o projeto proposto. Certifique-se de fornecer todos os documentos solicitados para evitar possíveis atrasos ou problemas durante a análise da proposta. Lembre-se de que a capacidade técnica e gerencial é um aspecto crucial na avaliação da viabilidade e qualidade da proposta, portanto, forneça informações detalhadas e anexos relevantes que comprovem sua competência para executar o projeto com sucesso. Após clicar em "Anexar", o arquivo será exibido conforme demonstrado abaixo. No topo da tela, você verá uma confirmação de que o arquivo foi enviado com sucesso. Isso garante que o documento tenha sido corretamente anexado à sua proposta. Justificativa/Anexo. Fonte: Brasil (2023). 52Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Tela de Inclusão. Fonte: Brasil (2023). No campo de dados bancários, o proponente deve fornecer as informações da agência bancária na qual deseja abrir a conta para o instrumento. Para isso, siga estes passos: Fonte: Freepik (2023). Fonte: Freepik (2023). Clique na caixa de seleção e escolha o banco desejado. Digite o código da agência bancária correspondente. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 53 É importante ressaltar que essa etapa não se refere à abertura da conta, pois ela será realizada apenas quando a proposta for formalizada e celebrada. Após preencher os dados bancários, informe as datas previstas para o início e fim do convênio que deseja celebrar. O Transferegov.br automaticamente apresentará os dados previamente preenchidos referentes ao “Valor Global”, “Valor de Repasse” e “Valor da Contrapartida” (incluindo contrapartida financeira e de bens e serviços, se aplicável). No Campo “anexos de comprovação de contrapartida”, você pode anexar documentos ou declarações que comprovem a viabilidade da contrapartida. Isso inclui evidências ou comprovações que demonstrem a capacidade do proponente de cumprir com sua parte no acordo, como recursos financeiros, bens ou serviços a serem disponibilizados. Preenchimento dos Dados Bancários. Fonte: Brasil (2023). 54Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Para fazer a inclusão dos documentos, execute os passos a seguir: Perceba que, dessa forma, o documento será anexado à proposta e ficará disponível para análise e verificação. Certifique-se de escolher o documento correto e verificar se ele atende aos requisitos necessários antes de enviá-lo. Agora, chegou o momento de você seguir os passos referentes às informações de cronograma. Para preencher os dados referentes ao cronograma orçamentário, faça o seguinte: Dessa forma, você poderá adicionar os repasses necessários de acordo com o cronograma orçamentário da proposta 1 Clique em “Procurar documento” para localizar o arquivo que deseja anexar. 1 No campo "Ano do Repasse", insira o ano correspondente ao repasse de recursos. 2 Selecione o documento desejado em seu dispositivo. 2 No campo "Valor do Repasse", digite o valor que será repassado no respectivo ano. 3 Após escolher o documento, clique em “Enviar” para realizar o envio. 3 Clique em "Adicionar Repasse" para salvar as informações do repasse. Tela Repasse. Fonte: Brasil (2023). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 55 Após preencher todos os dados necessários, você pode prosseguir clicando em “Cadastrar Proposta”. Essa ação enviará a proposta para o sistema e concluirá o processo de cadastro. Certifique-se de revisar todas as informações fornecidas antes de finalizar o cadastro. Lembre-se de que, ao clicar em “Cadastrar Proposta”, você estará confirmando o envio da proposta e iniciando o processo de avaliação por parte do concedente/repassador. Após cadastrar a proposta, você será redirecionado para uma nova tela que exibirá a confirmação do cadastro. Nessa próxima tela, você receberá uma notificação ou mensagem confirmando que a proposta foi registrada com sucesso no Transferegov. br! Cadastro com sucesso. Fonte: Brasil (2023). Todas essas etapas são fundamentais para o planejamento e acompanhamento das atividades e recursos envolvidos na execução do projeto. Que bom que você chegou até aqui! Agora é a hora de você testar seus conhecimentos. Paraisso, acesse o exercício avaliativo disponível no ambiente virtual. Bons estudos! 56Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública BRASIL. Portal Transferegov.br. Brasília, DF: Ministério da Gestão e Inovação em Serviços, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/transferegov/pt-br. Acesso em: 05 set. de 2023. FREEPIK COMPANY. [Banco de Imagens]. Freepik, Málaga, 2023. Disponível em: https://www.freepik.com/. Acesso em: 05 set. 2023. Referências https://www.gov.br/transferegov/pt-b https://www.freepik.com/ 57Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Módulo Cadastro do Plano de Trabalho no Transferegov.br3 Unidade 1: Noções Gerais de Plano de Trabalho e Cronograma Físico Objetivo de aprendizagem Ao final desta unidade, você será capaz de descrever o conceito de um Plano de Trabalho, especificando as diretrizes adequadas para sua elaboração. 1.1 Entendendo o Plano de Trabalho Ao entender o conceito do Plano de Trabalho, você estará apto a estruturá-lo de forma adequada, seguindo as diretrizes estabelecidas. Isso envolve a definição clara dos objetivos, a descrição das atividades a serem realizadas, a identificação dos responsáveis, a alocação de recursos, a definição de metas e prazos e a estimativa de resultados esperados. Com um Plano de Trabalho bem elaborado e alinhado às diretrizes, você estará preparado para apresentar uma proposta consistente e convincente, demonstrando seu conhecimento sobre as etapas necessárias para a execução do projeto. módulo 3 é composto por três unidades que abordam o cadastro do Plano de Trabalho no Transferegov.br. Cada unidade se concentra em um aspecto específico do processo. Primeiro, você terá uma visão geral sobre o Plano de Trabalho, compreendendo sua importância e estrutura e informações essenciais para a elaboração e operacionalização do Cronograma Físico, que detalha as atividades e prazos do projeto. Depois, você vai conhecer o Cronograma de Desembolso, abordando a programação dos recursos financeiros ao longo do tempo. Por fim, você será introduzido às diretrizes e especificações do Plano de Aplicação Detalhado (PAD), que descreve de forma detalhada as ações e recursos envolvidos na execução do projeto. Ao compreender esses conceitos e preencher corretamente essas informações no sistema Transferegov.br, o proponente estará fornecendo dados importantes para a análise e aprovação do seu projeto. Continue seguindo as unidades do módulo para aprender mais sobre cada um desses aspectos e consolidar seus conhecimentos no cadastro do Plano de Trabalho. 58Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Plano de Trabalho: peça processual integrante dos instrumentos, que evi- dencia o detalhamento do objeto, da justificativa, dos cronogramas físico e financeiro, do plano de aplicação das despesas, bem como das informações da conta corrente específica, dos partí- cipes e dos seus representantes. Fonte: Freepik (2023). O Plano de Trabalho é o documento que detalha a estratégia de execução do projeto proposto. Ao contrário da proposta, que é mais abrangente, o Plano de Trabalho fornece informações mais específicas e detalhadas sobre como o projeto será executado. É essencial que o Plano de Trabalho seja elaborado de forma clara, concisa e precisa, evitando generalidades e garantindo que todas as informações necessárias sejam apresentadas de maneira compreensível. Ele deve incluir elementos como: • a descrição das atividades a serem realizadas; • a sequência e cronograma das ações; • a alocação de recursos; • a definição de responsabilidades; • as metas a serem alcançadas; e • os resultados esperados. Ao apresentar um Plano de Trabalho bem elaborado, você demonstra sua capacidade de planejamento e execução do projeto, fornecendo uma visão detalhada de como as atividades serão desenvolvidas e quais serão os resultados alcançados. Isso contribui para a transparência e o entendimento do projeto por parte dos envolvidos e das entidades concedentes. Ao cadastrar uma proposta no Transferegov.br, como parte do processo preliminar para o cadastramento do Plano de Trabalho, é necessário responder a algumas perguntas fundamentais usando a metodologia conhecida como 5W2H. Veja o esquema a seguir. 59Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Fonte: CEPED/UFSC (2023). Essas informações são essenciais para uma compreensão clara e detalhada da proposta, garantindo uma execução eficiente e eficaz. Após cadastrar os dados básicos da proposta, o proponente pode realizar o detalhamento do Plano de Trabalho por meio da aba "Plano de Trabalho" no Módulo Discricionárias e Legais do Transferegov.br. Essa ferramenta foi desenvolvida para orientar a inclusão das informações de forma sistematizada. É essencial que o cadastrador da proposta tenha um conhecimento completo do projeto, pois será responsável por responder às perguntas dos órgãos responsáveis pela análise. Portanto, é importante ter todas as informações necessárias em mãos para uma compreensão integral do que será realizado. 1.2 Noções Gerais e Aplicação de Cronograma Físico Ao elaborar o Cronograma Físico, é importante compreender a estrutura do projeto e suas necessidades específicas. É necessário definir as metas e etapas de forma clara e coerente, garantindo que todas as atividades sejam abrangidas. Além disso, é fundamental estabelecer prazos realistas para cada etapa, considerando a duração estimada das atividades e as interdependências entre elas. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 60 O Cronograma Físico tem como objetivo organizar as atividades necessárias para a execução do projeto, dividindo-as em metas e etapas, e distribuindo-as ao longo do tempo. Ele demonstra como as ações serão realizadas e qual o cronograma previsto para cada uma delas. Neste tópico, você vai explorar em detalhes as etapas de elaboração do Cronograma Físico, incluindo a definição de metas, a identificação das etapas correspondentes e a distribuição temporal adequada das atividades. Além disso, você terá a oportunidade de compreender a importância dessa ferramenta para o sucesso do projeto e adquirir as habilidades necessárias para sua elaboração de forma eficiente. Você conhece o significado da palavra “metas” e “etapas”? Metas As metas são os objetivos que desejamos alcançar em um pro- jeto. Elas são claras, mensuráveis e representam os resultados que almejamos. Por exemplo, imagi- ne um projeto de capacitação de jovens. Nele, podemos estabele- cer como metas principais "trei- nar X professores" e/ou "adquirir Y equipamentos". Etapas As etapas são os eventos ou ati- vidades que nos levam a atingir a respectiva meta. São os passos necessários para alcançar o obje- tivo proposto. Geralmente, iden- tificamos como etapas aquelas realizações que possuem uma re- levância econômica própria. Continuando com o exemplo do projeto de capacitação de jovens, vamos considerar a meta de "treinar X professores". Nesse caso, as etapas correspondentes podem ser: "contratar um instrutor", "alugar um espaço" e "contratar um serviço de coquetel". Essas etapas representam as ações específicas que devem ser realizadas para cumprir a meta de treinar os professores. Cada etapa contribui para o alcance da meta geral do projeto, desempenhando um papel importante no processo. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 61 Observe na imagem, as regras a seguir: 1 O projeto deve ser subdividido em ações distintas, com início e fim bem definidos (metas). 2 Cada meta deve ser decomposta em processos que possam ser quantificados (etapas). 3 Cada meta deve ter pelo menos uma etapa associada a ela. Projeto, metas e etapas. Fonte: CEPED/UFSC (2023). É crucial que você esteja ciente das diretrizes para a definição de metas e etapas: As informações inseridas em cada formulário, tanto para o cadastramento de metas quanto de etapas,