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ADMINISTRAÇÃO E GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SAÚDE UNIDADE I FUNDAMENTOS EM RESÍDUOS SÓLIDOS Elaboração Thayná Samilla dos Santos Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................4 UNIDADE I FUNDAMENTOS EM RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................................................................5 CAPÍTULO 1 RESÍDUOS: CONCEITUAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO ..................................... 5 CAPÍTULO 2 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ................................................... 9 CAPÍTULO 3 GERAÇÃO DE RESÍDUOS NO BRASIL .................................................................................. 17 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................20 4 INTRODUÇÃO Caro aluno, nesta disciplina iremos introduzir os conceitos básicos sobre administração e gerenciamento dos resíduos sólidos de saúde. Dessa maneira, aprenderemos como classificar os resíduos de saúde, como se dá a geração, o manejo, o armazenamento até sua destinação final ou disposição final. Assim, no final da disciplina seremos capazes de, juntos, construir o passo a passo para elaborar e implementar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos nas nossas unidades de saúde. Por isso, iremos estudar sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que traz a importância do gerenciamento dos resíduos, sendo considerada, assim, um instrumento efetivo para a diminuição dos impactos negativos relacionados tanto a Saúde Pública quanto, na esfera socioambiental, da geração e manejo inadequado deles. Para termos uma dimensão da quantidade de resíduos produzidos no Brasil, no período de 2010 a 2019, a geração de resíduos sólidos urbanos no Brasil mostrou um aumento de 67 milhões de toneladas de resíduos sólidos para 79 milhões de toneladas. Além desses números, a geração per capita também aumentou de 348 kg/ano para 379 kg/ ano (ABRELPE, 2020). Dessa forma, compreender a administração e o gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde, além de ser capaz de construir um Plano de Gerenciamento, é uma atividade essencial para a organização plena dos serviços hospitalares. Por fim, a gestão adequada de resíduos de saúde traz também inúmeros benefícios diretos à população, como proteção da saúde pública, visto que possibilita a melhoria da qualidade da água, do solo e do ar, bem como diminui a transmissão de vetores de doenças; contribui para a preservação do meio ambiente, através da redução dos impactos ambientais e emissões de gases que causam o efeito estufa; e por último, melhora o desenvolvimento econômico, promovendo novos mercados econômicos com a criação de postos de trabalho. Objetivos » Identificar e compreender a legislação relacionada a administração e gerenciamento dos resíduos de saúde. » Entender como classificar os resíduos de serviços de saúde. » Compreender as etapas de gerenciamento dos resíduos sólidos de saúde. » Entender como construir o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde e como implementá-lo na sua unidade de saúde. 5 UNIDADE IFUNDAMENTOS EM RESÍDUOS SÓLIDOS CAPÍTULO 1 RESÍDUOS: CONCEITUAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO 1.1. Conceituação Com o estabelecimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) em 2010, foi normatizado que toda a cadeia de setores, sejam eles públicos ou no âmbito privado, que estão envolvidos na geração dos resíduos em todo o país, deve gerenciar os resíduos sólidos com transparência. Dessa maneira, de acordo com a PNRS (2010): » Rejeito: é aquele material ou objeto que, após todas as alternativas de procedimentos e recuperação que envolvam tecnologias de tratamento, como também todos os aspectos financeiros disponíveis foram utilizados, a sua disposição final, ambientalmente adequada, torna-se a única opção. » Resíduos são objeto, substância, material ou bem descartado, advindo de atividades humanas, quer se encontrem em seus estados sólidos, semissólidos, gasosos dentro de recipientes e líquidos, cujas singularidades não permitam a sua destinação final na rede pública de esgoto ou em corpos d’água (rios, mares, oceanos). A PNRS trata também sobre aspectos referentes à sustentabilidade dos processos dos resíduos como: incita o consumo de maneira sustentável, encorajando os processos de reciclagem e o reuso dos resíduos sólidos que são permitidos pela legislação, trata ainda da disposição adequada dos rejeitos no meio ambiente. Além disso, a política fala sobre um aspecto muito importante, o fim do descarte impróprio em áreas tidas como “lixões”. Dessa forma, é importante ressaltar que a 6 UNIDADE I | FUNDAMENTOS EM RESÍDUOS SÓLIDOS destinação inadequada dos resíduos provoca uma série de consequências como: contaminação de rios e solos trazendo prejuízos para toda sociedade, riscos de acidentes com materiais perfurocortantes entre outros. Por isso, é imprescindível a obrigatoriedade da destinação adequada dos resíduos das instituições de saúde. Assim, pode-se perceber a importância do gerenciamento dos resíduos, assim como d a instituição conhecer todas as etapas desse processo, e com isso, normatizar as regras para o manejo e a destinação segura, de acordo com cada classe de resíduo. Para isso, o entendimento da classificação é essencial para a implementação de um gerenciamento seguro. 1.1.1. Classificação Os resíduos sólidos são categorizados de acordo com seus riscos potenciais à natureza, à saúde das pessoas (periculosidade), bem como por sua natureza e origem. Dessa forma, a Norma Brasileira NBR10.004 classifica os resíduos sólidos de acordo com sua capacidade de causar riscos às atividades humanas e ao meio ambiente através das atividades às quais estão relacionados, podendo ser classificados em: Classe I - Perigosos e Classe II - Não Perigosos. Os resíduos perigosos da classe I, de acordo com suas propriedades, podem apresentar riscos à saúde tanto para quem os manuseia diretamente quanto para aqueles que possam ter algum tipo de contato indireto com o resíduo. Têm pelo menos um desses atributos: ser inflamável, corrosivo, tóxico, patogênico (capaz de causar doenças) ou reativo. Essa classe de resíduos está muito presente nos hospitais e clínicas, e em algumas indústrias. Na figura abaixo veremos alguns exemplos de resíduos perigosos e suas características. Quadro 1. Características de resíduos considerados perigosos à saúde pública e ao meio ambiente. Resíduos Características Resíduos hospitalar Patogênicos Produtos químicos Tóxico, corrosivo, inflamável, reativo Medicamentos Tóxicos Produtos radioativos Radioativo Lâmpadas fluorescentes Tóxico Pilhas e baterias Corrosivo, tóxico Tinta e solventes Inflamável, tóxico Fonte: Ferreira et al. (2022). 7 FUNDAMENTOS EM RESÍDUOS SÓLIDOS | UNIDADE I Os resíduos não perigosos, denominados também como classe II, são aqueles que, quando analisamos suas características físicas, químicas ou biológicas, não apresentam características de serem inflamáveis, corrosivos, tóxicos, reativos ou patogênicos nem têm possibilidade de fazer reações químicas. Apesar de não serem diretamente perigosos aos seres humanos, podem apresentar implicações ao meio ambiente, caso não sejam descartados adequadamente. Os resíduos não perigosos classe II podem ser subdivididos ainda em duas classes: IIA - Não Inertes e classe IIB – Inertes. Os resíduos classe IIA - Não Inertes, embora não apresentem características dos resíduos de classe perigosa, podem ser biodegradáveis, comburentes ou solúveis quando em contato com a água. Os resíduos da classe IIA são muito variáveis, sendo o mais comum o lixo doméstico. Dessa forma, apesar de não serem inflamáveis ou patogênicos, apresentam um potencial risco de contaminaçãodos rios e do solo quando indevidamente descartados. Alguns exemplos de resíduos classe IIA: resíduos orgânicos, resíduos originários de indústrias alimentícias e restaurantes, madeira, papel/papelão, sucata de metais ferrosos, plástico polimerizado entre outros. Figura 1. Exemplo de resíduo classe IIA - Não Inerte. Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/lixo-cesta-vazio-garrafas-lotado-5067398/. Os resíduos classe IIB - Inertes não apresentam os atributos dos resíduos perigosos nem risco de serem solúveis em água, comburentes e permanecem inalterados ao longo do tempo. São exemplos de resíduos classe IIB: isopor, alumínio, aço, ferro, vidro, os quais podem ser reciclados ou dispostos em aterros sanitários, por não liberarem substâncias que possam contaminar o solo ou a água. 8 UNIDADE I | FUNDAMENTOS EM RESÍDUOS SÓLIDOS Figura 2. Exemplo de resíduo classe IIB – Inerte. Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/copo-garrafas-vidro-reciclado-lixo-239348/. Além desses, de acordo com PNRS (2010), os resíduos podem ser separados conforme sua origem, podendo ser: resíduos públicos de saneamento básico, resíduos da construção civil, resíduos de estabelecimentos comerciais, resíduos de serviços de transportes, resíduos sólidos de mineração, resíduos agrossilvopastoris, resíduos industriais, resíduos sólidos urbanos, e o mais importante para nós e que aprofundaremos a partir de agora, os resíduos de serviços de saúde. 9 CAPÍTULO 2 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 2.1. Classificação dos Resíduos de Serviços de Saúde Segundo RDC n. 222/18, define-se como resíduos de serviços de saúde (RSS) todo produto gerado por meio dos serviços que estejam direta ou indiretamente associados com o acompanhamento da saúde de pessoas ou animais, incluindo-se aí os serviços de assistência no domicílio e no campo; laboratórios de produtos relacionados à saúde, serviços de necrotérios, funerárias e serviços de embalsamamento, medicina legal, drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação; organizações que lidam com pesquisas na área da saúde, centros de zoonoses, distribuidoras de produtos farmacêuticos, empresas importadoras que distribuem materiais e fazem controle para diagnóstico in vitro, unidades móveis de atendimento à saúde, serviços de acupuntura, serviços de tatuagem, salões de beleza e estética, dentre outros afins (Brasil, 2018). Os resíduos de serviço de saúde são considerados uma parte muito importante, pois, analisamos só o período da pandemia, foram utilizadas, aproximadamente, 87 mil toneladas de equipamentos de proteção individual (EPI), muitos desses descartados inadequadamente. Isso expôs a necessidade de se melhorar os processos de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (OMS, 2022) Dessa maneira, os resíduos de serviços de saúde podem ser classificados considerando suas especificidades, entendendo que o profissional responsável pelo gerenciamento desse resíduo deve compreender desde a geração até o manuseio e descarte adequado para, assim, preservar a segurança tanto dos profissionais quanto da instituição de saúde. Assim, podemos dividi-los em cinco grupos: » resíduo infectante (grupo A); » resíduo químico (grupo B); » resíduo radioativo (grupo C); » resíduo comum (grupo D); » resíduo perfurocortante (E). 10 UNIDADE I | FUNDAMENTOS EM RESÍDUOS SÓLIDOS Figura 3. Classificação e simbologia dos Resíduos de Serviços de Saúde. Fonte: Ferreira et al. (2022). 2.2. Resíduos Infectantes: Grupo A Os resíduos infectantes (Grupo A) são aqueles que nos estados líquido ou sólido, existe a possibilidade de presença de agentes biológicos, podendo apresentar riscos de contaminação à saúde humana ou animal, bem como ao meio ambiente. Dessa forma, definem-se como agentes biológicos os microrganismos que têm a capacidade de gerar infecções, provocar processos alérgicos ou algum tipo de patologia, como, por exemplo, fungos, vírus, bactérias, micoplasmas, imunobiológicos, venenos, toxinas e organismos geneticamente modificáveis. Ainda de acordo com a RDC n. 222/2018, os resíduos infectantes podem ser subdivididos em grupos: A1, A2, A3, A4, A5. Os subgrupos abaixo foram retirados da RDC n. 222/2018 e é muito importante que você conheça todos os grupos e subgrupos, pois quem é responsável pelo setor de geração de resíduos seja em hospitais seja em unidades de saúde, irá utilizá-los constantemente no seu dia a dia (Anvisa, 2018). Figura 4. Simbologia Resíduo Infectante- Grupo A. Fonte: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-uftm/documentos/ planos-e-programas/PGRSSverso3final1...pdf. 11 FUNDAMENTOS EM RESÍDUOS SÓLIDOS | UNIDADE I 2.2.1. Subgrupo Grupo A1 Neste grupo estão incluídos os resíduos gerados a partir de culturas e estoques de microrganismos, resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados, meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência; resíduos gerados a partir da inoculação ou misturas de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética ou de geração de organismos geneticamente modificáveis; resíduos derivados da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de seres humanos ou animais, com suspeita ou certeza que houve contaminação por agentes biológicos. Resíduos resultantes de atividades de vacinação com microrganismos vivos, atenuados ou inativados, incluindo-se os frascos de vacina vencidos, com conteúdo inutilizado, vazios ou com restos de produtos. Bolsas utilizadas em transfusões contendo sangue ou hemocomponentes que foram rejeitadas por contaminação ou má conservação, ou por estarem fora do prazo de vencimento. E, por fim, sobras de amostras de laboratório, contendo sangue ou líquidos corpóreos de forma livre (Anvisa, 2018). 2.2.2. Subgrupo Grupo A2 Neste subgrupo estão incluídos os seguintes resíduos: carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, assim como os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismos que tenham importância epidemiológica e potencial risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudos anatomopatológicos ou a confirmação diagnóstica (Anvisa, 2018). 2.2.3. Subgrupo Grupo A3 Neste subgrupo estão incluídas as peças anatômicas (membros) de seres humanos; produtos advindos de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros, ou idade gestacional menor que 20 semanas, e que não tenham valor científico ou legal e que não tenham sido requeridos pelo paciente ou familiares (Anvisa, 2018). 2.2.4. Subgrupo Grupo A4 Neste grupo estão incluídos os resíduos dos kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores; filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membranas filtrantes de equipamentos médico-hospitalares e de pesquisa; sobras de amostras de laboratórios e dos recipientes que contenham fezes, urinas e secreções de pacientes que não contenham agentes de classe 4 (peças anatômicas, por exemplo), nem relevância epidemiológica e risco de disseminação ou microrganismos que possam causar doenças 12 UNIDADE I | FUNDAMENTOS EM RESÍDUOS SÓLIDOS emergentes cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido, ou com suspeita de príons e resíduos de peças anatômicas (órgãos e tecidos, incluindo a placenta) provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica. Estão ainda os resíduos provenientes de tecido adiposo de cirurgias plásticas; recipientes como também materiais provenientes de procedimentos de assistência à saúde que não contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre; cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos advindos de animais não submetidos a processos de experimentos com inoculação de microrganismos. E por fim, bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão(Anvisa, 2018). 2.2.5. Subgrupo Grupo A5 Neste subgrupo estão incluídos os resíduos provenientes de órgãos, tecidos, fluidos orgânicos com potencial de alta infectividade para príons, de casos suspeitos e confirmado, como também qualquer material de animais ou indivíduos, suspeitos ou confirmados, que tiverem contato com órgãos, tecidos ou fluidos de alta infectividade para príons. Para sabermos se os tecidos ou fluidos são de alta infectividade para príons devemos seguir o que está definido em documentos oficias dos órgãos sanitários competentes (Anvisa, 2018). 2.2.5.1. Entendendo mais sobre os Riscos Biológicos Além de entendermos sobre os resíduos biológicos tipo A, também é muito importante que saibamos identificar o risco desses agentes biológicos, para que, de acordo com esse risco, esse material seja armazenado e descartado adequadamente na nossa instituição hospitalar. Dessa forma, pode-se definir risco biológico, o risco potencial de exposição profissional a seres do tipo microrganismos, geneticamente modificados ou não, culturas de células, parasitas, toxinas e príons. Assim, de acordo com Brasil (2017), os riscos biológicos que podem afetar e causar danos aos seres humanos podem ser divididos em 4 classes: » Classe de Risco 1 (baixo risco individual e para a coletividade): têm baixa probabilidade de causar doenças aos seres humanos ou animais. Exemplo: Escherichia coli (bactéria que habita naturalmente o intestino humano). » Classe de Risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade): são agentes biológicos que causam doenças em seres humanos, porém a capacidade de causar doenças para a comunidade é limitada, e para quais existem medidas profiláticas ou tratamento. Exemplo: Schistosoma mansoni (agente biológico que causa a doença esquistossomose). 13 FUNDAMENTOS EM RESÍDUOS SÓLIDOS | UNIDADE I » Classe de Risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): a classe de risco 3 envolve os agentes biológicos que podem ser transmitidos, podendo causar doenças e infecções graves potencialmente letais em seres humanos e animais, para as quais existe possibilidade de tratamento e/ou prevenção. Apresentam risco de contaminação para a comunidade, podendo ser transmitidos de pessoa a pessoa, porém, nem sempre existem meios eficazes ou tratamento para prevenir sua disseminação. Exemplo: HIV (Vírus causador da AIDS). » Classe de Risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): esta classe inclui os agentes biológicos com alta capacidade de infecção das vias respiratórias ou de transmissão até então desconhecida. Apresenta alto poder de transmissibilidade de um indivíduo para outro, para a comunidade e para o meio ambiente, podendo causar graves doenças em seres humanos, para as quais ainda não existem profilaxia ou tratamento. Exemplo: vírus de febres hemorrágicas, Ebola. Cabe ressaltar ainda a importância da estruturação de uma equipe multiprofissional e da abordagem interdisciplinar para analisar os riscos biológicos presentes nas instituições de saúde. Essa avaliação deve envolver tecnologias e treinamento da equipes que irão manipular os resíduos produzidos que se constituem em riscos. 2.3. Resíduos Químicos - Grupo B Os resíduos químicos são aqueles que contêm substâncias químicas que, dependendo de alguma característica, como inflamabilidade, corrosividade, reatividade, patogenicidade, toxicidade, mutagenicidade, serem carcinogênicos, teratogênicos, pesticidas; serem produtos de limpeza de vidros de laboratórios, substâncias para revelação de radiografias, baterias usadas, óleos, lubrificantes, entre outros apresentam potencial risco a saúde pública ou ao meio ambiente. Assim, para facilitar a identificação dos produtos químicos, podemos utilizar a Ficha de Informações dos Produtos Químicos (FISPQ). Ela deve sempre estar disponível em locais de fácil acesso e visível, próximos dos locais onde os reagentes estão guardados ou em uso. Apesar de podermos utilizar a FISPQ para caracterizar os produtos químicos, ela não poderá ser aplicada para produtos de farmácia e para cosméticos. Podemos listar como exemplo de resíduos químicos os produtos utilizados como reagentes de laboratórios, produtos de farmácias, resíduos saneantes, desinfetantes, resíduos de metais pesados, assim como os recipientes contaminados pelos exemplos anteriores. Além desses, temos reveladores e fixadores, os efluentes que são utilizados em análises clínicas. 14 UNIDADE I | FUNDAMENTOS EM RESÍDUOS SÓLIDOS Figura 5. Simbologia Resíduos Químicos -Grupo B. Fonte: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-uftm/documentos/ planos-e-programas/PGRSSverso3final1...pdf. 2.4. Rejeitos Radioativos – Grupo C Para ser considerado rejeito do tipo radioativo, ele deve conter radionuclídeos em quantidades superiores aos níveis de dispensa recomendados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), sendo sua reutilização inapropriada ou não prevista. Assim, temos como exemplo os serviços de medicina nuclear, os laboratórios de pesquisa e ensino na saúde, e os de radioterapia, que têm quantidades de radionuclídeos acima da recomendada pela CNEN. Figura 6. Simbologia dos resíduos radioativos - Grupo C. Fonte: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-uftm/documentos/ planos-e-programas/PGRSSverso3final1...pdf. 2.4.1. Resíduos Comuns - Grupo D Este grupo não traz riscos biológicos, químicos ou radiológicos à saúde ou à natureza. Podem ser igualados aos resíduos domiciliares. Temos como exemplos os restos de alimento dos pacientes, luvas e materiais que foram utilizados em procedimentos que não contenham restos de sangue ou líquidos corpóreos e outros não classificados no subgrupo A1. São considerados resíduos comuns os resíduos de áreas administrativas, como também os resíduos de varrição, jardinagem e pelos de animais. 15 FUNDAMENTOS EM RESÍDUOS SÓLIDOS | UNIDADE I Dessa forma, caso esses materiais não apresentem contaminação biológica, química ou radiológica, podem ser reutilizados ou reciclados, dependendo do material. Porém, caso o reaproveitamento seja inapropriado, devem ser considerados como rejeitos e, por isso, sua destinação adequada deve ser feita de acordo com as normas vigentes. De acordo com Resolução Conama n. 275/2001, em seu art. 1º, os resíduos comuns devem ser identificados por cores para identificação dos coletores e transportadores de resíduos. As cores de identificação do grupo D são: Figura 7. Identificação por cores e símbolo dos recipientes do Grupo D. Fonte: https://www.i9ce.com.br/conama-no-275-voce-conhece-as-cores-da-coleta-seletiva/. 2.5. Resíduos Perfurocortantes - Grupo E Os resíduos classificados como perfurocortantes ou escarificantes são aqueles que podem perfurar os sacos plásticos ou qualquer tipo de embalagem que seja utilizada para acondicioná-los. Os exemplos mais comuns são os bisturis, agulhas, lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidro, utensílios de vidro que possam ser quebrados em laboratórios (tubos de coleta, pipetas...) entre outros. Logo, é necessário que o profissional que trabalhe na instituição hospitalar consiga avaliar o risco do material ser perfurocortante. Para isso, ele deve observar os cantos, as bordas, os pontos ou protuberâncias que sejam mais rígidos e pontiagudos que possibilitem riscos de cortes ou perfurações, como também o risco de contaminação por agentes infectantes, químicos ou radioativos. Além disso, os materiais perfurocortantes são os principais responsáveis pelos acidentes de trabalho, sendo um perigo não só para aqueles que os manipulam diretamente, mas também para aqueles que os transportam até sua disposição final. 16 UNIDADE I | FUNDAMENTOS EM RESÍDUOS SÓLIDOS Figura 8. Simbologia dos resíduos perfurocortantes – Grupo E. Fonte: https://www.isgh.org.br/intranet/images/Dctos/PDF/HRC/HRC_MANUAIS/HRC_PGRSS_281117.pdf.17 CAPÍTULO 3 GERAÇÃO DE RESÍDUOS NO BRASIL 3.1. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil A geração de resíduos sólidos tem se tornado, atualmente, um desafio que vem sendo enfrentado pelos gestores das unidades de saúde, principalmente em serviços de alta complexidade. O Brasil ocupa o décimo lugar quando comparado aos países que mais produzem resíduos sólidos urbanos no mundo, consequência do crescimento desordenado das cidades e das quantidades de resíduos e rejeitos que não são tratados, além de legislações, que, na prática, não são cumpridas. A geração de resíduos sólidos tem relação direta com o local onde são desenvolvidas atividades humanas, sendo esses, resultado da obtenção de bens e produtos dos mais variados processos. O descarte inadequado dos resíduos vem trazendo uma série de consequências, uma delas é a quantidade massiva de poluentes ambientais que podem causar risco ao meio ambiente e à qualidade de vida das pessoas. Dessa forma, os resíduos de serviços de saúde estão incluídos nesse problema e, com isso, vem tendo cada vez mais relevância a criação de leis específicas para o tema. As legislações ambientais têm incluído de forma progressiva a questão dos resíduos de saúde, sendo esses regulamentados por normas técnicas, resoluções, decretos e leis específicas (Ferreira et al., 2022). Quando analisamos por região, o Sudeste ocupa o primeiro lugar na geração de resíduos sólidos com cerca de 113 mil toneladas diárias, representando 50% de todo o resíduo gerado no Brasil. Já a região norte produz 6 milhões de toneladas. Na figura abaixo podemos visualizar a quantidade de resíduos gerado por região no nosso país. 18 UNIDADE I | FUNDAMENTOS EM RESÍDUOS SÓLIDOS Figura 9. Geração de resíduos sólidos por região. Fonte: Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2021 – ABRELPE (2021). A destinação final ou a disposição final, quando analisadas as leis específicas de cada localidade, devem seguir as normatizações trazidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos de modo a diminuir sempre a geração de resíduos, e não causar danos ou algum risco à saúde pública e à segurança do meio ambiente. No Brasil, quando analisamos o manejo dos resíduos sólidos, a maior parte dos resíduos de natureza urbana coletados seguem para disposição em aterros sanitários. Só em 2019 foi registado um aumento de 10 milhões de toneladas, passando de 33 milhões em 2009 para 43 milhões de toneladas em 2019, seguido do aumento da disposição inadequada (lixões e aterros controlados) (ABRELPE, 2020). 19 FUNDAMENTOS EM RESÍDUOS SÓLIDOS | UNIDADE I Ao se analisar a capacidade de produção dos serviços de coleta, tratamento e disposição final dos resíduos de serviço de saúde do Brasil, percebemos que ela veio aumentando de 221 mil toneladas em 2010 para 253 mil toneladas em 2019, consequência do investimento em tecnologias que melhoraram grande parte dos serviços (ABRELPE, 2020). Porém, em 2020, com a pandemia, foi registrada uma ampliação no número de pacientes internados em hospitais e atendimentos de saúde e, com isso, cerca de 290 mil toneladas de resíduos de serviços de saúde foram segregadas e coletadas nos vários municípios do país. Ainda assim, aproximadamente 30% desses resíduos têm sua disposição final sem tratamento prévio, apresentando riscos aos trabalhadores que lidam direta ou indiretamente com a saúde pública (ABRELPE, 2021). Assim, percebe-se como o Brasil ainda se encontra com um sistema ineficiente de gestão de resíduos de serviços de saúde, apesar de políticas especificas, como a Política Nacional de Resíduos de Saúde que está em vigor desde 2010, e da proibição de atividades de destinação inadequada como a prática de lixões a céu aberto, muitos ainda em funcionamento. Por isso, no nosso país, órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) estão incumbidos de direcionar, regulamentar e definir os parâmetros e condutas dos diferentes agentes, no que concerne à geração, manejo, armazenamento, coleta e dispensação final dos resíduos de serviço de saúde, garantindo a preservação da saúde e do meio ambiente. E para que essas etapas sejam corretamente realizadas, a Resolução Conama n. 005/1993 traz como obrigatório que os serviços de saúde elaborem seu Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde, que será tema dos nossos próximos capítulos. Por isso, torna-se muito importante o gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde para a prevenção e precaução para todos os tipos e classes de materiais gerados nos serviços de saúde, que envolvem desde a pesquisa em saúde até o atendimento final de cada usuário que busca os serviços hospitalares. Assim, nesta unidade pudemos entender o que são os resíduos sólidos e como classificá-los, assim como o panorama da geração de resíduos no Brasil. Na próxima unidade entenderemos os principais pontos previstos na Política Nacional de Saúde e na RDC 222/18, veremos a importância de aplicar a legislação no nosso serviço possibilitando, assim, sua utilização em documentos oficiais da forma correta. 20 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA URBANA (ABRELPE). Panorama de Resíduos Sólidos do Brasil 2021. São Paulo. ABRELPE, 2019. Disponível em: https://abrelpe.org.br/download- panorama-2018-2019/. Acesso em: 5 jan. 2023. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA URBANA (ABRELPE). Panorama de Resíduos Sólidos do Brasil 2021. São Paulo. ABRELPE,2021. https://abrelpe.org.br/panorama-2021/. Acesso em: 5 jan. 2023. ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. RDC n. 222, de 28 de março de 2018 comentada. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271855/RDC+222+de +Mar%C3%A7º+de+2018+COMENTADA/edd85795-17a2-4e1e-99ac-df6bad1e00ce>. Acesso em: 8 jan.2023. ANVISA. 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Introdução UNIDADE I Fundamentos em Resíduos Sólidos Capítulo 1 Resíduos: conceituação, classificação e caracterização Capítulo 2 Classificação dos Resíduos de Serviços de Saúde Capítulo 3 Geração de resíduos no Brasil REFERÊNCIAS
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