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RESUMO - TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES

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Teori� Gera� da� Obrigaçõe�
Matéria NP1
♦ Introduçã� a� Direit� da� Obrigaçõe� ♦
● Compreende vínculos de conteúdo patrimonial
● Credor x Devedor (pessoas da obrigação)
● Poder de uma pessoa (credor) exigir a prestação a
outra (devedor), que deve ou não cumpri-la.
Em resumo - (art. 391, CC)
Obrigação é um vínculo entre credor e devedor
acerca de uma prestação. Dessa forma, extraímos que
toda obrigação tem três elementos: sujeito (ativo e
passivo), vínculo e prestação. nada mais é que o direito do
credor contra o devedor;
♦ Divisã� d�� Direit�� ♦
● Não Patrimoniais: (concernentes à pessoa humana:
direitos da personalidade, direitos de família)
● Direitos patrimoniais: Reais (integram o direito das
coisas) e Obrigacionais ou pessoais (compõem o
direito das obrigações)
DIREITOS OBRIGACIONAIS OU PESSOAIS
VS
DIREITOS REAIS
● Direito pessoal: é uma relação jurídica em que uma
pessoa pode exigir de outra uma prestação. Constitui
uma relação de pessoa a pessoa e tem como
elementos o sujeito ativo, o sujeito passivo e a
prestação.
● Direito real: é o direito absoluto que subordina
determinada coisa à pessoa a quem se acha
diretamente vinculada, ou seja, o seu dono. Os
Direitos Reais são definidos em lei (art. 1.225 CC). Tem
como elementos essenciais: o sujeito ativo, a coisa e
a relação de poder do sujeito ativo sobre a coisa,
chamado domínio.
● Direitos Híbridos: constituem, um misto de obrigação
e de direito real, provocam certa perplexidade nos
juristas, que chegam a dar-lhes, impropriamente, o
nome de obrigação real.
Espécies de obrigações híbridas:
a) as obrigações propter rem (por causa
da coisa): quando o sujeito se torna titular de
direito real sobre uma coisa, e, vinculativamente,
se torna credor sob determinada obrigação da
coisa. Nesse sentido, a fim de quitar a prestação
feita, a dívida é cobrada atacando o bem imóvel e
não o titular.
Características:
1) pela origem; e
2) pela transmissibilidade automática.
Ex: art. 1.277; art. 1.315; art. 1.234; art. 1.336, III CC.
b) os ônus reais: são obrigações de realizar
periódica ou reiteradamente, uma prestação, que
recaem sobre o titular de certo bem ficando vinculadas
à coisa que servirá de garantia ao seu cumprimento.
Nos ônus reais a obrigação também recai sobre
quem for o titular da coisa.
Ex: art. 1.473 CC
Ex: a habitação, o usufruto, a hipoteca, o penhor, etc.
c) as obrigações com eficácia real: são as que,
sem perder seu caráter de direito a uma prestação,
transmitem-se e são oponíveis a terceiro que adquira
direito sobre determinado bem.
Ex: No art. 576 CC - Se a coisa for alienada durante a locação, o
adquirente não ficará obrigado a respeitar o contrato, se nele não for
consignada a cláusula da sua vigência no caso de alienação, e não
constar de registro.
♦ Finalidad� d� Direit� da� Obrigaçõe� ♦
As obrigações se caracterizam, não tanto como um
dever do obrigado, mas como um direito do credor. A
principal finalidade do direito das obrigações consiste
exatamente em fornecer meios ao credor para exigir do
devedor o cumprimento da prestação.
● Elementos/Partes:
- Sujeito Ativo - É o credor, o beneficiário da
obrigação; pessoa (física ou jurídica) a quem a
prestação (positiva ou negativa) é devida, tendo o
direito de exigir o seu cumprimento.
- Sujeito Passivo - é o devedor; aquele que deve
cumprir a obrigação, de efetuar a prestação, sob
pena de responder com seu patrimônio.
♦ Diferença� Entr�: ♦
OBRIGAÇÃO, DEVER, ÔNUS, DIREITO POTESTATIVO
❖ OBRIGAÇÃO - é o vínculo jurídico em virtude do qual
uma pessoa pode exigir de outra prestação
economicamente apreciável.
❖ DEVER JURÍDICO - situação passiva que se caracteriza
pela necessidade de o devedor observar certo
comportamento (positivo ou negativo) compatível
com o interesse do titular subjetivo.
❖ ÔNUS JURÍDICO - consiste na necessidade de se
observar determinada conduta para satisfação de um
interesse.
❖ DIREITO POTESTATIVO - é o poder que a pessoa tem
de influir na esfera jurídica de outrem, sem que este
possa fazer algo que não se sujeitar.
@dejure_etdefacto
1
♦ Element�� Constitutiv�� ♦
1. Subjetivo - concernente aos sujeitos da relação
jurídica (sujeito ativo ou credor e sujeito passivo ou
devedor);
2. Objetivo oumaterial - atinente ao seu objeto, que se
chama prestação;
3. Vínculo jurídico ou elemento imaterial (abstrato ou
espiritual).
QUEM PODE SER SUJEITO DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL?
Os sujeitos da obrigação, tanto o ativo como o
passivo, podem ser pessoa natural ou jurídica, de
qualquer natureza, bem como as sociedades de fato.
Devem ser, contudo, determinados ou, ao menos,
*determináveis.
1. O sujeito ativo
2. O sujeito passivo
♦ Element� Objetiv� - Prestaçã� ♦
O objeto da obrigação é sempre uma conduta ou ato
humano: dar, fazer ou não fazer. E se chama prestação,
que pode ser positiva (dar e fazer) ou negativa (não fazer).
Objeto da relação obrigacional é, pois, a prestação
debitória. É a ação ou omissão a que o devedor fica unido
e que o credor tem o direito de exigir.
Qualquer que seja a obrigação assumida pelo
devedor, ela se subsumir sempre a uma prestação:
1. de dar, que pode ser de dar coisa certa (CC, arts. 233
e s.) ou incerta (indeterminada quanto à qualidade:
CC, art. 243) e consiste em entregá-la ou restituí-la
(na compra e venda o vendedor se obriga a entregar a
coisa, e o comprador, o preço; no comodato, o
comodatário se obriga a restituir a coisa emprestada
gratuitamente, sendo todas modalidades de obrigação
de dar);
2. de fazer, que pode ser infungível ou fungível (CC,
arts. 247 e 249) e de emitir declaração de vontade
(CPC, art. 466-B);
3. de não fazer (CC, arts. 250 e s.)
Objet� Imediat�:
A prestação (dar, fazer e não fazer) é o objeto
imediato (próximo, direto) da obrigação. Exemplo: na
compra e venda, o vendedor se obriga a entregar, que é
modalidade de obrigação de dar, a coisa alienada.
A obrigação de entregar (de dar coisa certa) constitui
o objeto imediato da referida obrigação.
Mais exemplos:
a) O devedor tem que dar alguma coisa? Então o
objetivo direto é dar;
b) O devedor tem que fazer alguma coisa? Então o
objetivo direto é fazer;
c) O devedor não deve fazer alguma coisa? Então o
objetivo direto é não fazer.
Requisitos do Objeto Imediato
O objeto da relação jurídica em geral (CC, art. 104, II)
Lícito, possível, determinado e determinável e
economicamente apreciável.
Objet� Mediat�:
Objeto mediato ou objeto da prestação é, pois, na
obrigação de dar, a própria coisa, e, na de fazer, a obra ou
serviço encomendado (obrigação do empreiteiro e do
transportador, p. ex.).
Mais exemplos:
a) O que o devedor se obrigou a dar? Um carro?
Então o objetivo indireto é o carro e não a atividade
de dar.
b) O devedor se obrigou a pintar um quadro? Então
o objetivo indireto é o quadro e não a atividade de
pintar (fazer).
♦ Fonte� da� Obrigaçõe� ♦
O vocábulo “fonte” é empregado, em sentido comum,
para indicar a nascente de onde brota uma corrente de
água. No âmbito do direito, este tem o significado de
causa ou origem dos institutos. É todo fato jurídico de
onde brota o vínculo obrigacional.
Fonte de obrigação constitui, assim, o ato ou fato que
lhe dá origem, tendo em vista as regras do direito.
Fontes das obrigações:
a) Vontade do Estado – Por intermédio da lei (fonte
imediata). Exemplo: obrigação de alimentos.
b) Vontade Humana – Por meio do contrato, da
declaração unilateral da vontade e do ato ilícito. A lei
atua como fonte mediata.
OBRIGAÇÃO é a relação jurídica obrigacional resulta da
vontade humana ou da vontade do Estado, por intermédio
da lei, e deve ser cumprida espontânea e voluntariamente.
Quando tal fato não acontece, surge a responsabilidade.
RESPONSABILIDADE é a consequência jurídica patrimonial
do descumprimento da relação obrigacional. Pode-se,
pois, afirmar que a relação obrigacional tem por fim
precípuo a prestação devida e, secundariamente, a
sujeição do patrimônio do devedor que não a satisfaz.
♦Modalidade� da� Obrigaçõe� ♦
Modalidades é o mesmo que espécies. Várias são as
modalidades ou espéciesde obrigações. As obrigações
distinguem-se, basicamente, quanto ao objeto, em:
a) obrigações de dar;
b) obrigações de fazer; e
c) obrigações de não fazer.
@dejure_etdefacto
2
♦ Obrigaçõe� d� Da� ♦
As obrigações positivas de dar, assumem as formas de
entrega ou restituição de determinada coisa pelo devedor
ao credor.
As obrigações de dar subdividem em:
● ENTREGAR: a obrigação de dar coisa certa é mediante
entrega (como na compra e venda) ou restituição
(como no comodato) da coisa.
Às vezes, no entanto, a obrigação de dar não é
cumprida porque, antes da entrega ou da restituição, a
coisa pereceu ou se deteriorou, com culpa ou sem culpa
do devedor.
Perecimento - significa perda total.
❖ Em caso de perecimento (perda total) de coisa certa
antes da tradição, é preciso verificar, primeiramente,
se o fato decorreu de culpa ou não do devedor.
❖ Caso de perda sem culpa do devedor – Art. 234/CC.
❖ Caso de perecimento da coisa com culpa do devedor
– Art. 234/CC, segunda parte; e Art. 402/CC.
❖ Perecimento sem culpa: Dispõe o art. 238 do CC: “Se
a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem
culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá
o credor a perda, e a obrigação se resolverá,
ressalvados os seus direitos até o dia da perda.”
❖ Com culpa do devedor: Dispõe o art. 239/CC: “Se a
coisa se perder por culpa do devedor, responderá este
pelo equivalente, mais perdas e danos.”
Deterioração, perda parcial da coisa.
❖ Em caso de deterioração ou perda parcial da coisa,
também importa saber, preliminarmente, se houve
culpa ou não do devedor.
❖ Inexistência de culpa do devedor pela deterioração
da coisa – Art. 235/CC.
❖ Existência de culpa do devedor – Art. 236/CC.
● RESTITUIR: A obrigação de restituir é subespécie da
obrigação de dar. Caracteriza-se pela existência de
coisa alheia em poder do devedor, a quem cumpre
devolvê-la ao dono. Tal modalidade impõe àquele a
necessidade de devolver coisa que, em razão de
estipulação contratual, encontra-se legitimamente
em seu poder.
Conclusão:
Coisa certa é coisa perfeitamente individualizada, que
se distingue das demais por características próprias, móvel
ou imóvel.
Obs.: Impossibilidade de entrega de coisa diversa, ainda
que mais valiosa – Art. 313/CC, inverso – Art. 356/CC.
Tradição como transferência dominial. Espécies:
● Real, quando envolve a entrega efetiva e material da
coisa;
● Simbólica, quando representada por ato que traduz a
alienação, como a entrega das chaves do veículo
vendido; e
● Ficta, no caso do constituto possessório (cláusula
constitutiva). Ocorre, por exemplo, quando o
vendedor, transferindo a outrem o domínio da coisa,
conserva-a, todavia, em seu poder, mas agora na
qualidade de locatário.
@dejure_etdefacto
3
Teori� Gera� da� Obrigaçõe�
Matéria NP2
• Da� Cois� Ince�t� (art 243 CC - grifar no vade):
Cabe ao DEVEDOR (atenção na prova)
Preceitua o art. 243 do CC: “A coisa incerta será indicada,
ao menos, pelo gênero e pela quantidade.”
A expressão “coisa incerta” indica que a obrigação
tem objeto indeterminado, mas não totalmente, porque
deve ser indicada, ao menos, pelo gênero e pela
quantidade. É, portanto, indeterminada, mas
determinável. Falta apenas determinar a sua qualidade.
Indica que a obrigação tem objeto incerto, mas não
totalmente, devendo ser indicado ao menos o gênero e a
quantidade.
Ex: contrato de festa indicando X quantidade de Cerveja.
OBS: O DEVEDOR NÃO É OBRIGADO PRESTAR NEM A
MELHOR, NEM A PIOR (art. 244 CC)
Direit� d� Escolh�:
Art. 244/CC - “Nas coisas determinadas pelo gênero e
pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o
contrário não resultar do título da obrigação; mas não
poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a
melhor.”
Adotamos o critério da qualidade média ou
intermediária:
Caso alguém, por exemplo, se obrigue a entregar uma
saca de café a outrem, não se tendo convencionado a
qualidade, deverá o devedor entregar uma saca de
qualidade média. Se existirem três qualidades, A, B e C,
entregará uma saca de café tipo B. Nada impede, porém,
que opte por entregar, em vez de saca de qualidade
intermediária, a de melhor qualidade. Apenas não pode
ser obrigado a fazê-lo.
• Obrigaçã� d� Faze�
A obrigação de fazer abrange o serviço humano em
geral, seja material ou imaterial, a realização de obras e
artefatos ou a prestação de fatos que tenham utilidade
para o credor.
É todo ato humano (seja material ou imaterial)
- Fungível pode haver substituição da pessoa que irá
executar o ato. Feito por qlqr pessoa
- Infungível - é em razão da pessoa, é qualidade
técnica única para realizar a ação.
- Obrigação de fazer consistente em emitir declaração
de vontade.
RECUSA DO DEVEDOR EM CUMPRIR A OBRIGAÇÃO
Art. 247/CC - “Incorre na obrigação de indenizar perdas e
danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta,
ou só por ele exequível.”
IMPOSSIBILIDADE DE CUMPRIMENTO DA PRESTAÇÃO
Art. 248/CC - “Se a prestação do fato tornar-se impossível
sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por
culpa dele, responderá por perdas e danos.”
• Obrigaçã� d� Nã� Faze� (art. 251 CC)
A obrigação de não fazer ou negativa impõe ao
devedor um dever de abstenção: o de não praticar o ato
que poderia livremente fazer caso não se houvesse
obrigado.
1. É uma abstenção é uma negativa,
2. Obrigação cumulativa (doutrinário)
3. São contratos com pluralidades de prestações
4. Deve ser cumpridas todas
• Obrigaçõe� Cumulativa�, Alternativa�,
Facultativa�
Quando a obrigação tem por objeto uma só prestação
(p. ex.: entregar um veículo) ou um só sujeito ativo e um
único sujeito passivo, diz-se que ela é simples. Havendo
pluralidade de prestação, a obrigação é complexa ou
composta e se desdobra, então, nas seguintes
modalidades:
- OBRIGAÇÃO CUMULATIVA
Na modalidade especial de obrigação composta,
denominada cumulativa ou conjuntiva, há uma
pluralidade de prestações e todas devem ser solvidas, sem
exclusão de qualquer uma delas, sob pena de se haver por
não cumprida.
- OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA (art. 252 CC)
Obrigação alternativa é a que compreende dois ou
mais objetos e extingue-se com a prestação de apenas
um.
Ex: seguradora de veículos
1. compreende 2 ou mais objetos e havendo a
extinção de 1 extingui-se o cumprimento
2. Tbm é obrigação do devedor (atenção na prova)
- OBRIGAÇÃO FACULTATIVA (art. 1234 CC)
Trata-se de obrigação simples, em que é devida uma
única prestação, ficando, porém, facultado ao devedor, e
só a ele, exonerar-se mediante o cumprimento de
prestação diversa e predeterminada. É obrigação com
faculdade de substituição.
1. Descoberta - tema
2. Coisa achada 5% do valor
- OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL E INDIVISÍVEL (art. 258 CC)
Quando na obrigação concorrem um só credor e um
só devedor, ela é única ou simples. As obrigações
@dejure_etdefacto
4
divisíveis e indivisíveis, porém, são compostas pela
multiplicidade de sujeitos.
Compostas pela multiplicidade de sujeitos:
❖ INDIVISÍVEIS (Infungíveis) - a obrigação é
indivisível quando a prestação tem por objeto
uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão,
por sua natureza, por motivo de ordem
econômica, ou dada a razão determinante de
negócio jurídico. Ex: um cavalo, um carro - não dá
pra fracionar (por razão de natureza)
❖ DIVISÍVEL (fungíveis) - são os que se podem
fracionar sem alteração na sua substância. Ex: dois
devedores devem juntos, por contrato, dez mil
reais ao credor. O credor pode cobrar cinco mil
reais de cada um dos devedores.
♦ Espécie� d� Indivisibilidad� ♦
● Natural - é a mais frequente, porque resulta da
natureza do objeto da prestação. São assim
naturalmente indivisíveis as obrigações de entregar
um animal, um relógio, um documento, uma obra
literária (ainda que em vários volumes).
● Legal - na segunda hipótese, malgrado o objeto seja
naturalmente divisível, a indivisibilidade da prestação
decorre da lei. Exemplo: dívidas de alimentos, bem
como com certos direitos reais, como a servidão, o
penhor e a hipoteca.
● Convencional - por vezes, ainda, a indivisibilidade da
obrigação resultade estipulação ou convenção das
partes (indivisibilidade subjetiva). São obrigações
cuja prestação é perfeitamente fracionável. Exemplo:
aquisição de um carro que poderia ser financiado,
mas por convencionarem as partes decide que o
comprador pague à vista.
♦ Pluralidad� d� Devedore� ♦ (art. 259 )
Em geral, a prestação é distribuída rateadamente
entre as partes.
O benefício e o ônus, inerentes à relação
obrigacional, devem ser repartidos; cada credor tem
direito a uma parte, como cada devedor responde apenas
pela sua quota. Essa regra sofre, contudo, duas
importantes exceções:
a) a da indivisibilidade; e
b) a da solidariedade.
♦ Remissã� d� Dívid� po� u� d�� Credore� ♦
(art. 262 CC )
Se um dos credores remitir, isto é, perdoar a dívida,
não ocorrerá a extinção da obrigação com relação aos
demais credores.
• Obrigaçõe� Solidária� (art. 264 CC )
Caracteriza-se a obrigação solidária pela
multiplicidade de credores e/ou de devedores, tendo cada
credor direito à totalidade da prestação, como se fosse
credor único, ou estando cada devedor obrigado pela
dívida toda, como se fosse o único devedor.
Cumprida por este a exigência, liberados estarão
todos os demais devedores ante o credor comum (CC, art.
275).
Características da Solidariedade:
1. Pluralidade de sujeitos Ativos ou Passivos;
2. Múltiplos vínculos;
3. Unidade de Prestação;
4. Corresponsabilidade dos interessados.
• Obrigaçã� d� Mei�
Diz-se que a obrigação é de meio quando o devedor
promete empregar seus conhecimentos, meios e técnicas
para a obtenção de determinado resultado sem, no
entanto, responsabilizar-se por ele. Exemplo: advogado,
médico...
• Obrigaçã� d� Resultad�
Quando a obrigação é de resultado, o devedor dela se
exonera somente quando o fim prometido é alcançado.
Não o sendo, é considerado inadimplente e deve
responder pelos prejuízos decorrentes do insucesso.
• Obrigaçã� d� Garanti�
É a que visa a eliminar um risco que pesa sobre o
credor ou as suas consequências. Embora este não se
verifique, o simples fato do devedor assumi-lo
representará o adimplemento da prestação.
• Obrigaçã� Civi�
Apresenta todos os seus elementos constitutivos:
sujeito, objeto e vínculo jurídico. Para exigir o seu
cumprimento, pode o credor agir coercitivamente,
valendo-se do Poder Judiciário, se necessário.
• Obrigaçã� Natura�
Trata-se de obrigação sem garantia, sem sanção, sem
ação para se fazer exigível. Nessa modalidade, o credor
não tem o direito de exigir a prestação, e o devedor não
está obrigado a pagar. Exemplo: art. 882/CC. 814/CC.
• Obrigaçã� d� execuçã� instantâne� o� momentâne�
Consuma num só ato, sendo cumprida
imediatamente após sua constituição.
• Obrigaçã� d� execuçã� diferid�
O cumprimento deve ser realizado também em um só
ato, mas em momento futuro.
• Obrigaçã� d� Execuçã� Continuad�, Periódic� o�
d� trat� sucessiv� - Cumpre-se por meio de atos
reiterados, como sucede na prestação de serviços.
• Obrigaçã� Líquid� - é a obrigação certa, quanto à sua
existência, e determinada, quanto ao seu objeto.
@dejure_etdefacto
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• Obrigaçã� Ilíquid� - é a obrigação quando, ao
contrário, o seu objeto depende de prévia apuração, pois
o valor ou montante apresenta-se incerto.
• Obrigaçõe� Principai� - subsistem por si, sem
depender de qualquer outra.
• Obrigaçõe� Acessória� - têm sua existência
subordinada a outra relação jurídica, ou seja, dependem
da obrigação principal.
♦ Transmissã� da� Obrigaçõe� ♦
A relação obrigacional admite alterações na
composição de seus elementos essenciais: conteúdo ou
objeto e sujeitos ativo e passivo.
A transmissibilidade das várias posições obrigacionais
pode decorrer, presentes os requisitos para a sua eficácia,
de: cessão de crédito e assunção de dívida.
♦ Cessã� d� Crédit� ♦
Cessão de crédito é negócio jurídico bilateral, pelo
qual o credor transfere a outrem seus direitos na relação
obrigacional.
♦ Assunçã� d� Dívid� ♦
A assunção de dívida ou cessão de débito é um
negócio jurídico bilateral, pelo qual o devedor, com
anuência expressa do credor, transfere a um terceiro, que
o substitui, os encargos obrigacionais, de modo que este
assume sua posição na relação obrigacional,
responsabilizando-se pela dívida, que subsiste com os seus
acessórios.
@dejure_etdefacto
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