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TEMPLATE DISCIPLINA: Imunologia TEMA: Analise de cobertura vacinal do município de Campinas As vacinas são uma das maiores conquistas no campo da saúde pública, impactando de forma substancial na sobrevivência infantil e no controle e erradicação de doenças em todo mundo (LI X, MUKANDAVIRE C,et.al). O Programa Nacional de Imunizações (PNI) brasileiro, criado em 1973, foi responsável pela redução progressiva dos óbitos por sarampo, poliomielite e coqueluche no Brasil, fazendo com que o país conquistasse a certificação de área livre de circulação do Poliovírus selvagem e do Sarampo, essa última perdida em 2018 (REVISTA ELETRÔNICA DO SIMTEC, 2022). O Programa tem avançado ano a ano para proporcionar melhor qualidade de vida à população com a prevenção de doenças. Tal como ocorre nos países desenvolvidos, o Calendário Nacional de Vacinação do Brasil contempla não só as crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas. No total, são disponibilizadas na rotina de imunização 19 vacinas cuja proteção inicia ainda nos recém-nascidos, podendo se estender por toda a vida. As vacinas são seguras e estimulam o sistema imunológico a proteger a pessoa contra doenças transmissíveis. Quando adotada como estratégia de saúde pública, elas são consideradas um dos melhores investimentos em saúde considerando o custo-benefício. O PNI do Brasil é um dos maiores do mundo, ofertando 45 diferentes imunobiológicos para toda a população. Há vacinas destinadas a todas as faixas-etárias e campanhas anuais para atualização da caderneta de vacinação(MINISTÉRIO DA SAÚDE). Atualmente, são disponibilizadas pela rede pública de saúde, de todo o país, cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos ao ano, para combater mais de 19 doenças, em diversas faixas etárias. Ao longo do tempo, a atuação do PNI, ao consolidar uma estratégia de âmbito nacional, apresentou consideráveis avanços. As metas mais recentes contemplam a eliminação do sarampo e do tétano neonatal, além do controle de outras doenças imunopreveníveis como difteria, coqueluche e tétano acidental, hepatite B, meningites, formas graves da tuberculose e rubéola, assim como a manutenção da erradicação da poliomielite. Muitas pessoas e até mesmo profissionais de saúde nos dias de hoje desconhecem diversas doenças, extintas graças ao advento das vacinas no Brasil e no mundo. A compreensão da importância da vacinação felizmente prevalece e, aliada ao desenvolvimento científico e tecnológico, ao trabalho realizado pelos gestores e ao senso de responsabilidade dos cidadãos, reforça a consciência de que vacinar uma criança significa não apenas protege-la, mas sustentar uma condição de saúde coletiva alcançada com muito trabalho e esforço (CONSENSUS, 2017). A cobertura vacinal no Brasil vem caindo expressivamente nos últimos dez anos, deixando a população, especialmente o público infantil, mais vulnerável a doenças que já estavam erradicadas. Não há espaço mais apropriado e com potencial para engajar crianças e jovens, que levam os ensinamentos às suas famílias, que escolas e universidades (REVISTA ELETRÔNICA DO SIMTEC,2023). Para atingir a meta de 90% de cobertura vacinal em todos os grupos, o Ministério da Saúde está reconstruindo a relação plena com as sociedades científicas e o diálogo com estados e municípios em uma lógica interfederativa na tomada de decisões. Os índices vacinais sofreram quedas drásticas nos últimos anos, agravadas com a falta de incentivo e campanhas do governo passado. O Brasil, considerado um país pioneiro e referência internacional em campanhas de vacinação, vem apresentando retrocessos nesse campo e praticamente todas as coberturas vacinais estão abaixo da meta, o que aumenta o risco de reintrodução de doenças que já foram eliminadas, como a poliomielite (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2023). O município de Campinas está em alerta de acordo com a Prefeitura, o cenário atual é de baixa taxa cobertura. Segundo a Saúde municipal, o ideal é trabalhar com a cobertura acima dos 90%, ou, dependendo da vacina, ter pelo menos 95% do público total imunizado. A preocupação, conforme a coordenadora do Programa Municipal de Imunização, Chaúla Vizelli, é com a reintrodução de algumas doenças. É o caso, por exemplo, do sarampo, que estava erradicado e voltou a circular em 2018. “É muito preocupante, principalmente sobre o sarampo mesmo. Por conta das medidas restritivas e do isolamento social, isso piorou na pandemia, porque a preocupação das pessoas em procurar os serviços de saúde aumentou”, diz. No caso do sarampo, que tem a vacinação contemplada nas doses da tríplice viral, inclusive, o alcance, que era de 100% em 2016, caiu para 81% em 2021. Além do sarampo, a vacina protege as crianças contra a rubéola e a caxumba (A CIDADE ON,2022). No ano de 2002 a 2022 houve altos e baixas nas vacinações na cidade de campinas como se observa na tabela e gráfico abaixo. ** Nenhum registro Fonte: Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações. Gráfico – Cobertura vacinal, tipos de imunobiológicos. Campinas, 2002 – 2022 Conclusão: O Brasil foi pioneiro na incorporação de diversas vacinas no calendário do Sistema Único do Saúde (SUS) e é um dos poucos países no mundo que ofertam de maneira universal um rol extenso e abrangente de imunobiológicos. Porém, a alta taxa de cobertura, que sempre foi sua principal característica, vem caindo nos últimos anos, conforme demonstra o gráfico abaixo, colocando em alerta especialistas e profissionais da área (CONSENSUS, 2017). Município: 350950 CAMPINAS Imunobiológico Doses aplicadas em 2002 Doses aplicadas em 2022 Sarampo 14.511 21.777 Hexavalente ** 4.458 Meningocócica C ** 36.672 Pneumocócica 10valente ** 33.108 Tetravalente 26.282 ** 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 Sarampo Hexavalente Meningocócica C Pneumocócica 10valente Tetravalente 14.511 0 0 0 26.282 21.777 4.458 36.672 33.108 0 Doses - 2002 Doses - 2022 http://pni.datasus.gov.br/ A queda da vacinação pode resultar no retorno de doenças graves já erradicadas ou controladas no Brasil, como aconteceu com o sarampo, que voltou a causar epidemias em 2018 após uma redução na cobertura – a porcentagem de pessoas imunizadas com as duas doses caiu de 92% em 2014 para 76% em 2018. O sarampo é altamente transmissível e, em casos mais sérios, pode causar pneumonia e inflamação no cérebro. Segundo o DataSUS, departamento de informática que reúne dados do Sistema Único de Saúde do Brasil, a cobertura de várias outras vacinas também caiu da faixa dos 90-100% para 60-70% nos últimos anos. Com isso é evidenciado a necessidade urgente de ações estratégicas para que a tendência histórica atual de queda na cobertura vacinal no país seja prontamente revertida. É uma luta que precisa ser travada, ou serão vistas muitas doenças preveníveis por vacinas ressurgirem no Brasil em 2023. Uma ferramenta essencial neste sentido é a realização de campanhas com informações corretas, o que não tem sido feito. Apoiar políticas públicas que aproximem a população em geral para os assuntos de Universidades. A imunização é a única maneira de garantir que doenças erradicadas não voltem (PORTAL BUTANTAN,2023). https://butantan.gov.br/noticias/queda-nas-taxas-de-vacinacao-no-brasil-ameaca-a-saude-das-criancas
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