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INTRODUÇÃO A PROCEDIMENTOS

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ALEXANDRE PINTO MOREIRA alexandrepintomor@gmail.com
SOBRAL-CE 
Generalidades
Processo (dimento) – conjunto de atos processuais que se sucedem, de forma coordenada, com a finalidade de resolver, jurisdicionalmente, o litígio. 
Procedimento – sequência ordenada de atos judiciais até o momento da prolação da sentença. 
Processo – é a soma e conjunto dos atos processuais interligados pelo vínculo da relação jurídica processual entre autor, juiz e réu, mais os princípios constitucionais do devido processo legal. O procedimento consiste na ordem, forma e sucessão desses atos.
	O conceito de processo diz respeito à situação intrínseca, do núcleo da relação processual e do que a originou, enquanto o procedimento é visto por fora, externamente, como sendo um encadeamento de atos conexos que vão se sucedendo, desde a dedução da pretensão, por meio da denúncia ou queixa, até a decisão definitiva. 
	A forma procedimental é definida em nosso ordenamento jurídico pela lei, principalmente o Código de Processo Penal e em casos especiais a legislação extravagante.
ALEXANDRE PINTO MOREIRA alexandrepintomor@gmail.com
SOBRAL-CE 
Critérios definidores das espécies de procedimento
 1ª Divisão: quanto à pessoa. 
Procedimento de foro pela prerrogativa de função – ações originárias dos Tribunais.
Procedimento de foro sem prerrogativa de função
 
2ª Divisão: quanto ao crime.
	Primeiro, observa-se se não é caso de crime que se submete a procedimento especial, sujeitam-se a procedimentos especiais, apenados com detenção, os crimes contra a honra (arts. 519/523); os crimes contra a propriedade imaterial (arts. 524/530); da alçada do júri, artigos 123 e 124 do código Penal; os crimes contra a economia popular; os crimes de imprensa; os crimes falimentares (arts. 503/512); os crimes de responsabilidade de funcionário público da competência do Juiz singular; os crimes nas licitações; os crimes de tóxicos e os eleitorais.
3ª Divisão: quanto à pena.
	Depois o único fator a ser analisado será a pena máxima a ser aplicada:
Procedimento ordinário para crimes com pena máxima a partir de quatro anos;
Procedimento sumário para crimes com pena máxima inferior a quatro anos;
Procedimento sumaríssimo para as infrações penais de menor potencial ofensivo.
ALEXANDRE PINTO MOREIRA alexandrepintomor@gmail.com
SOBRAL-CE 
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
	O procedimento sumaríssimo se aplica em regra às infrações penais de menor potencial ofensivo, ou seja, aquelas cuja pena máxima atinja o patamar de 02 (dois) anos, no entanto, as situações abaixo excluem a aplicação deste procedimento, devendo ser aplicado aquele previsto nos artigos 531 a 534 todos do CPP, ou seja aplica-se o procedimento sumário:
	1. se o réu não for encontrado (artigo 66, parágrafo único);
	2. se a causa apresentar certa complexidade (art. 77, § 2º);
	3. caso ocorra uma hipótese de concurso material de crimes, onde o somatório das penas máximas exceda o limite de 02 (dois) anos.
	4. artigo 41 da Lei 11.340/2006
Procedimento da Lei dos Juizados Especiais:
Artigo 69 – lavratura do TCO e encaminhamento imediato para o Juizado com o autor do fato e a vítima. Caso as partes não compareçam aplica-se o disposto no artigo 71, que define a necessidade de intimação dos envolvidos nos moldes dos artigos 66 e 67.
ALEXANDRE PINTO MOREIRA alexandrepintomor@gmail.com
SOBRAL-CE 
Artigo 70 – designação de data próxima com a ciência dos envolvidos. 
	Nesta situação, primeiramente o Promotor de Justiça deverá fazer uma análise do TCO para que se tenha certeza de não se tratar de caso de arquivamento, ou ainda, se será necessária a realização de alguma diligência.
Artigo 72 – audiência preliminar com a presença das partes e dos advogados onde deverá ser inicialmente feita a proposta de composição dos danos civis.
Artigo 73 – possibilidade de um conciliador.
Artigo 74 – composição dos danos civis acarretando a renúncia ao direito de queixa ou de representação. 
Artigo 75 – representação verbal por parte do ofendido. Caso não ofereça a representação em audiência possui o prazo decadencial para fazê-lo.
Artigo 76 – havendo representação ou se for crime de ação penal pública incondicionada, o MP pode propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa.
ALEXANDRE PINTO MOREIRA alexandrepintomor@gmail.com
SOBRAL-CE 
Restrições para a proposta de transação (artigo 76, § 2º):
- condenação com sentença transitada em julgado pela prática de crime à pena privativa de liberdade;
- ter sido o réu beneficiado com a transação penal nos últimos cinco anos;
- a conduta social, os antecedentes e a personalidade do agente não indiquem a adoção da medida;
	O MP faz a proposta e caso o autor aceite é submetida ao Juiz. Deve-se lembrar que a imposição de sanção não constará na certidão de antecedentes criminais do autor do fato. 
Caso não haja transação deverá ocorrer o procedimento previsto no artigo 77 e seguintes da Lei nº 9.099/95, que em uma só audiência deverá resolver todo o processo. 
	Caso não ocorra a previsão do artigo 66 e § 2º do artigo 77, deverá ser aplicado o rito do Juizado Especial.
ALEXANDRE PINTO MOREIRA alexandrepintomor@gmail.com
SOBRAL-CE 
Diferenças entre transação penal e suspensão do processo:
Questões relevantes:
- No caso de descumprimento da pena restritiva de direitos imposta o juiz deve determinar a abertura de vista ao Ministério Público para oferecimento de denúncia e instauração do processo-crime conforme o teor da Súmula Vinculante 35.
- Para o cálculo da suspensão do processo leva-se em conta o aumento de prazo baseado no concurso formal, material e crime continuado.
- Do mesmo modo se procede com qualquer causa especial de aumento de pena.
- Na compreensão da pena mínima não superior a um ano, para efeito de admissibilidade da suspensão do processo
ALEXANDRE PINTO MOREIRA alexandrepintomor@gmail.com
SOBRAL-CE 
ALEXANDRE PINTO MOREIRA alexandrepintomor@gmail.com
SOBRAL-CE 
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
	
O procedimento ordinário é o procedimento padrão, e suas disposições normativas se aplicarão, subsidiariamente, aos procedimentos especiais e aos procedimentos sumário e sumaríssimo (art. 394, § 5º, CPP). 
	Algumas das novas regras (precisamente as contidas nos arts. 395-398 do CPP) serão aplicáveis a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados no CPP (é o caso do procedimento para apuração de crimes de entorpecentes - Lei n. 11.343/06).
	Então, o procedimento ordinário se inicia com o oferecimento de denúncia ou queixa. A peça acusatória poderá ser rejeitada se:
	
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SOBRAL-CE 
	a) manifestamente inepta (art. 395, I, CPP). 
	A inépcia se caracterizará pela falta dos requisitos da inicial. Os requisitos da inicial são:
	- a exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias;
	- a qualificação do acusado;
	- a classificação do crime e, quando o caso, o rol de testemunhas (art. 41 do CPP);
	- além de outros exigidos pela doutrina, como endereçamento ao juízo competente, assinatura do membro do Ministério Público ou do advogado do querelante (munido com procuração com poderes especiais – art. 44 do CPP),pedido de condenação e redação em vernáculo;
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SOBRAL-CE 
	b) faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal (art. 395, II, CPP):
- a demanda judicial (veiculada pela denúncia ou queixa)
- a jurisdição (e a competência e imparcialidade do Juízo)
- a existência de partes que possam estar em Juízo (capacidade processual e de ser parte)
- a originalidade (ausência de litispendência ou coisa julgada) 
	c) faltar justa causa para o exercício da ação penal (art. 395, III, CPP): 
a justa causa, ou seja, lastro probatório mínimo que torna idônea a acusação também é condição da ação.
	Feito juízo de admissibilidade positivo (recebimento da denúncia ou queixa, ou seja, se o juiz "não a rejeitar liminarmente"), o juiz receberá a inicial e ordenará a citação do acusado, para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias (art. 396 "caput").
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SOBRAL-CE 
	Em caso de citação por edital, o prazo para defesa começa a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído (art. 396, parágrafo único). Como a resposta se dará após o recebimento da denúncia ou queixa, seu objetivo fica parcialmente esvaziado. Essa fase teria realmente sentido apenas para influenciar no juízo de admissibilidade da peça acusatória. 
	Na prática, para não adiantar sua tese defensiva e facilitar a tarefa da acusação, a tendência é a defesa se limitar a afirmar que apresentará seus argumentos por ocasião das alegações finais. É verdade, no entanto, que, na resposta, o réu poderá tentar convencer o juiz a absolvê-lo sumariamente, conforme se verá adiante, razão pela qual essa fase não é completamente inútil.
 	
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SOBRAL-CE 
	
	Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário (art. 396-A). 
	Eventuais exceções (de litispendência, de coisa julgada, de incompetência do Juízo ou de ilegitimidade de parte - art. 95-112 do CPP) serão processadas em apartado (art. 396-A, § 1º). 	
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SOBRAL-CE 
	 Será nomeado defensor, concedendo-lhe vista dos autos por 10 dias, para apresentar a resposta em duas situações (art. 396-A, § 2º, CPP):
	- caso não seja apresentada a resposta no prazo legal ou se o acusado, citado, não constituir defensor.
	
	A finalidade desta resposta após a citação acaba sendo a de proporcionar ao acusado a possibilidade de trazer aos autos argumentos que possam levar à absolvição sumária. A absolvição sumária trata-se de forma de julgamento antecipado da lide.
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SOBRAL-CE 
	O acusado será ABSOLVIDO SUMARIAMENTE quando o juiz verificar (art. 397):
a) a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato (inciso I). Se o juiz tiver dúvida em relação à caracterização da causa de exclusão da ilicitude, não poderá absolver sumariamente o réu;
b) a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade (inciso II). Da mesma forma, se o juiz tiver dúvida em relação à causa de exclusão da culpabilidade, o processo deve prosseguir. Interessante notar que, ainda que provada causa de exclusão da culpabilidade pela inimputabilidade do réu, não se dará a absolvição sumária. Isso porque, em tal situação, o acusado receberia medida de segurança (tratar-se-ia de absolvição imprópria), o que lhe pode ser mais desfavorável juridicamente do que conseguir, adiante, no desfecho do procedimento, a absolvição pura e simples, sem imposição de medida de segurança; 
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SOBRAL-CE 
c) que o fato narrado evidentemente não constitui crime: a atipicidade evidente da conduta descrita na denúncia ou queixa enseja a absolvição sumária (inciso III);
d) extinta a punibilidade do agente (inciso IV): como se vê, a extinção da punibilidade agora é causa de absolvição sumária, se a denúncia ou queixa tiver sido proposta. Antes do oferecimento da denúncia, no entanto, a extinção da punibilidade ensejará promoção de arquivamento do Ministério Público, caso em que o juiz se limitará a homologar o arquivamento (não absolvendo o indiciado, portanto).
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SOBRAL-CE 
	Recebendo o juiz a denúncia ou queixa, designará dia e hora para audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente (art. 399, "caput", do CPP). 	
	Então será preciso que o Juiz, ao fixar a data para a audiência, leve em conta o tempo necessário para o réu ser citado e apresentar resposta à acusação, e ainda para que eventual exceção oposta pelo réu seja analisada, o que pode tomar mais de um mês. Se o acusado estiver preso, será requisitado para comparecer à audiência, no âmbito da qual será realizado, dentre outros atos, o interrogatório (art. 399, § 1º, CPP).
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SOBRAL-CE 
	Há a vinculação do juiz que presidiu a instrução ao julgamento da causa: "o juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença" (art. 399, § 2º, CPP). Trata-se de estender ao processo penal a regra do processo civil (princípio da identidade física do Juiz – materializado no art. 132 do CPC), devendo-se aplicar as mesmas exceções (o juiz convocado, afastado por qualquer motivo, promovido, licenciado ou aposentado não fica vinculado ao feito).
	 Nessa audiência, denominada pela lei de "audiência de instrução e julgamento" (art. 400, "caput", CPP), a ideia é a de que todas as provas sejam produzidas de uma só vez ("as provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias" - art. 400, § 1º, CPP). 
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SOBRAL-CE 
	
	A audiência deverá ser realizada no prazo máximo de 60 dias (não se especifica a partir de quando se conta o prazo, mas pode-se deduzir que a partir do despacho do Juiz designando a audiência). 
			
	Eis a ordem de realização dos atos processuais na audiência (art. 400, "caput", CPP):
a) tomada de declarações do ofendido;
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SOBRAL-CE 
b) inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e defesa, seguindo esta ordem, com a ressalva da possibilidade de pessoa residente fora da comarca, que deverá ser ouvida mediante carta precatória (art. 222, CPP). Podem ser arroladas até 8 testemunhas tanto pela acusação como pela defesa (art. 401, "caput", não se computando nesse número as que não prestam compromisso e as referidas (art. 401, § 1º, CPP).
	As partes poderão desistir da inquirição de qualquer das arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 do Código, que trata da possibilidade de o juiz, quando julgar necessário, decidir ouvir outras testemunhas,além das indicadas pelas partes (art. 400, § 2º, CPP). 
	O legislador perdeu a oportunidade de consagrar no texto legislativo o princípio da comunhão da prova, sendo que uma das consequências desse princípio é que a prova proposta por uma das partes passa a integrar o processo, não podendo haver desistência unilateral de provas. A prova se destina a demonstrar as alegações das partes individualmente consideradas, e não são provas "do processo";
ALEXANDRE PINTO MOREIRA alexandrepintomor@gmail.com
SOBRAL-CE 
c) esclarecimentos dos peritos, que dependerão de requerimento prévio das partes (art. 400, § 2º, CPP);
d) acareações;
e) reconhecimento de pessoas e coisas;
f) interrogatório do acusado: o interrogatório é realizado após a oitiva de ofendido, testemunhas e peritos;
ALEXANDRE PINTO MOREIRA alexandrepintomor@gmail.com
SOBRAL-CE 
g) requerimento de diligências pelo Ministério Público, querelante, assistente e, a seguir, acusado, desde que a necessidade das diligências se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução (art. 402, CPP). As diligências serão requeridas em audiência. 
Se, no entanto, for ordenada diligência considerada imprescindível, de ofício, ou a requerimento da parte, a audiência será concluída sem as alegações finais (art. 404, "caput", CPP). Na maioria das vezes é isso que ocorrerá, pois a maioria das diligências requeridas pelas partes envolve a colheita de elementos de prova que influirão nos argumentos que estarão contidos nas alegações finais e na fundamentação da sentença. 
Ex: juntada de um laudo de avaliação econômica de objeto subtraído, que poderá fazer que um furto seja considerado privilegiado pelo pequeno valor da coisa; da vinda de um esclarecimento da folha penal sobre eventual trânsito em julgado de uma condenação anterior, o que poderá ensejar a caracterização da reincidência; ou da vinda de um laudo de exame documentoscópico que poderá determinar a existência ou não de falsidade em documento, o que pode interferir na tipicidade do fato em apuração. Nesse caso, as partes terão vista sucessiva dos autos, por 5 dias, para apresentação de memoriais, e, depois disso, em até 10 dias, o juiz profere sentença (art. 403, § 3º, CPP).
ALEXANDRE PINTO MOREIRA alexandrepintomor@gmail.com
SOBRAL-CE 
h) não havendo requerimentos de diligências ou sendo indeferidas, seguem-se ALEGAÇÕES FINAIS por 20 minutos para a acusação e 20 minutos para a defesa, prorrogáveis por mais 10 minutos (art. 403, "caput", CPP), sendo que, havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual (art. 403, § 1º, CPP). 
O assistente do Ministério Público se manifestará após este, por até 10 minutos, prorrogando-se por igual tempo a manifestação da defesa (quando houve assistente) - art. 403, § 2º, CPP). A possibilidade dada ao Juiz - dada a complexidade do caso ou o número de acusados - de conceder às partes prazo de 5 dias sucessivos para apresentação de memoriais, proferindo depois a sentença, em 10 dias.
ALEXANDRE PINTO MOREIRA alexandrepintomor@gmail.com
SOBRAL-CE 
i) segue-se a prolação da sentença (art. 403, "caput", CPP).
j) lavra-se termo de audiência assinado pelo juiz e pelas partes, com breve resumo dos fatos relevantes ali ocorridos (art. 405, "caput", CPP), sendo que, sempre que possível, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e testemunhas será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das informações (art. 405, § 1º, CPP) e, no caso de registro por meio audiovisual, será encaminhado às partes cópia do registro original, sem necessidade de transcrição (art. 405, § 2º, CPP).
ALEXANDRE PINTO MOREIRA alexandrepintomor@gmail.com
SOBRAL-CE 
PROCEDIMENTO SUMÁRIO
	Algumas regras do procedimento ordinário se aplicam também ao procedimento sumário, a saber, as regras dos arts. 395-398 do CPP (sobre rejeição da peça acusatória; juízo de admissibilidade da acusação; citação; resposta com apresentação de exceções, documentos e rol de testemunhas - até 5, conforme o art. 542 do CPP; possível absolvição sumária). Segue-se a designação de audiência para daí a no máximo 30 dias; a colheita de provas em audiência e o debate oral, sendo que acusação e defesa terão 20 minutos, prorrogáveis por mais 10, para as alegações, e o juiz deve proferir, em seguida, a sentença (art. 534, CPP). Havendo mais de um acusado, o prazo para a defesa de cada um será individual (art. 534, § 1º, CPP) – o prazo para a acusação também deverá ser individual, por isonomia e para conferir às partes paridade de armas, e o assistente do Ministério Público, após manifestação deste, terá 10 minutos, prorrogáveis por mais 10 minuto o prazo da defesa (art. 534, § 2º, CPP). 
ALEXANDRE PINTO MOREIRA alexandrepintomor@gmail.com
SOBRAL-CE 
	Como se vê, as diferenças em relação ao procedimento ordinário ficam por conta:
a) do prazo máximo de 30 dias para realização da audiência (no procedimento ordinário, esse prazo é de 60 dias)
b) do número máximo de testemunhas (5 para cada parte); e
c) da ausência da oportunidade de requerimento de diligências complementares pelas partes (ao contrário do que ocorre no procedimento comum).
	Ainda sobre o procedimento sumário, estipula-se que nenhum ato será adiado, salvo quando imprescindível a prova faltante, determinando o juiz a condução coercitiva de quem deva comparecer (art. 535, CPP). Ocorre que nem sempre a condução coercitiva é possível, pois pode ser que a testemunha ou o ofendido não tenha sido localizado para a audiência, ou então pode ser que a escolta tenha falhado e não tenha conduzido o acusado preso para a audiência.
ALEXANDRE PINTO MOREIRA alexandrepintomor@gmail.com
SOBRAL-CE 
	Finalmente, quando se tratar de infração penal de menor potencial ofensivo, dispõe o art. 538 do CPP que, se houver necessidade de encaminhamento pelo juizado especial criminal ao juízo comum das peças existentes para a adoção de outro procedimento, observar-se-á o procedimento sumário previsto neste Capítulo. As hipóteses de encaminhamento são a complexidade do caso e a não localização do denunciado ou querelado para citação no Juizado (art. 66, parágrafo único e art. 77, § 2º, da Lei n. 9.099/95), e ainda o concurso de crimes, quando a soma de penas máxima superar o patamar de dois anos (Lei n. 11.313/06).
	Sendo cabível a suspensão condicional do processo, valem as mesmas observações feitas no tópico acima.

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