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Sistemas de tratamento e distribuição de água

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Sistemas de tratamento e distribuição de 
água
Apresentação
Os sistemas de tratamento e distribuição de água se referem a um local onde a água retirada dos 
mananciais chega e passa por diversos processos de tratamento, que garantem a sua potabilidade e 
sua qualidade para consumo humano. Em seguida, essa água é armazenada em reservatórios e é 
distribuída para as edificações por meio de um sistema de redes. A eficiência de todo o processo é 
fundamental para que o usuário possa consumi-la.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender o que são as redes de abastecimento de água e 
como elas devem ser dimensionadas para direcionarem a água necessária às edificações. Você 
também vai compreender o que é uma estação de tratamento e quais são as etapas pelas quais a 
água passa para estar adequada para consumo. Ainda, vai conseguir determinar corretamente os 
volumes para reservação dessa água tratada.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Dimensionar redes de abastecimento de água.•
Descrever estações de tratamento de água.•
Determinar os volumes de reservação.•
Desafio
Os sistemas de abastecimento e distribuição de água são fundamentais para a vida urbana, pois 
garantem esse recurso aos seus usuários de forma segura e saudável. Para que esses sistemas 
funcionem adequadamente, eles devem ser pensados e dimensionados com embasamento e 
considerando diversos critérios.
O primeiro passo para pensar em uma rede de abastecimento e distribuição de água é esboçar 
previamente essa possível distribuição e, em seguida, dimensioná-la. Para ser possível o seu correto 
dimensionamento, é fundamental passar por algumas etapas e utilizar determinadas fórmulas.
Você, projetista de redes de abastecimento e distribuição de água, recebeu o esquema a seguir, que 
se refere a uma rede de distribuição de águas de um pequeno loteamento situado em uma área 
mais afastada do município, para dimensioná-lo corretamente.
Analisando o esquema, você deve realizar o cálculo do dimensionamento de cada trecho.
Infográfico
Para que a água possa ser distribuía à população, ela precisa estar adequada ao consumo. Nesse 
sentido, é fundamental que ela passe por uma série de etapas de tratamento, a fim de que cada 
processo consiga retirar todas as impurezas e garantir sua potabilidade.
Neste Infográfico, veja todas as etapas de uma estação de tratamento de água que garantem o seu 
consumo pelo ser humano.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Conteúdo do livro
A água é um recurso natural fundamental para a vida humana, pois ela é capaz de gerar conforto, 
saciedade e contribuir para a saúde da população. No entanto, para que possa trazer todos esses 
benefícios, ela precisa ser potável, ou seja, deve apresentar qualidade suficiente para o consumo 
humano de forma segura. Para que a água esteja dentro dos padrões aceitáveis pelos órgãos 
reguladores, deve passar por várias etapas de tratamento, além de ser armazenada e distribuída de 
forma correta.
No capítulo Sistemas de tratamento e distribuição de água, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem, você vai conhecer as etapas de tratamento de água que ocorrem em uma estação 
de tratamento. Além disso, vai estudar como se pode dimensionar de forma correta tanto uma rede 
de distribuição de água potável como um reservatório, que armazena a água já tratada pela estação 
de tratamento de água (ETA).
Boa leitura.
SANEAMENTO 
AMBIENTAL 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Dimensionar redes de abastecimento de água.
 > Descrever estações de tratamento de água.
 > Determinar os volumes de reservação.
Introdução
O ciclo atual da água consumível, resumidamente, consiste na sua retirada na 
forma bruta de algum manancial. Em seguida, ela percorre um certo caminho até 
a estação de tratamento de água (ETA), onde passará por estruturas especiais 
para, por meio de um processo físico-químico, chegar à condição de potabilidade, 
conforme as exigências do Anexo XX da Portaria de Consolidação no 05/2017 do 
Ministério da Saúde.
Depois de tratada, a água estará pronta para ser distribuída à população, 
por meio de um complexo sistema de bombeamento, reservatórios, adutoras e 
subadutoras. É extenso o caminho percorrido pela água até chegar às casas e aos 
prédios e servir para os mais variados fins.
Neste capítulo, você vai entender o que são as redes de abastecimento de 
água e como elas devem ser dimensionadas. Ainda, você vai identificar quais são 
os processos que ocorrem em uma ETA e como deve ser dimensionado o volume 
de reservação.
Sistemas de 
tratamento e 
distribuição de água
Vanessa Guerini Scopell
Redes de abastecimento de água
Os sistemas de tratamento e distribuição de água existem nas cidades desde 
as civilizações mais antigas. Eles foram sendo desenvolvidos e melhorados ao 
longo do tempo, para que fossem cada vez mais adequados às necessidades 
da população, melhorando a qualidade de vida e disponibilizando o recurso 
de forma salubre.
Diante da difusão dos sistemas de tratamento de água e de sua distribuição 
por redes de abastecimento, surgiu a preocupação do dimensionamento cor-
reto dessas redes. Uma rede de abastecimento de água, conforme destacam 
Dantas e Machado ([2019]), é aquela que transporta a água para diversos 
pontos de consumo. Esse transporte deve ser realizado de forma segura, 
evitando desperdícios e também riscos de contaminação da água, a fim de 
que ela promova saúde e conforto para seus consumidores, contribuindo 
para a qualidade de vida. 
Segundo Paiva (2014), de uma forma mais técnica, a rede de distribuição 
pode ser entendida como um sistema de abastecimento de água formado 
por tubulações e órgãos acessórios, que são destinados a oferecer a água 
potável aos consumidores, de forma contínua e com quantidade, qualidade e 
precisão adequadas. Ainda conforme o autor, essas redes podem ser dividi-
das em principais e secundárias. A rede principal se refere às tubulações de 
diâmetro maior, que têm por intuito abastecer as canalizações menores. Elas 
são denominadas também como tronco ou canalização mestra. Já as redes 
secundárias são as tubulações de menor diâmetro e que têm como função 
abastecer diretamente os pontos de consumo.
É possível classificar as redes de abastecimento em três tipos: ramificada, 
malhada e mista. Essa classificação tem a ver com a disposição da tubulação 
principal e o sentido de escoamento. Paiva (2014) apresenta essa classificação 
conforme descrito a seguir.
 � Rede ramificada: a rede tem essa classificação quando o abastecimento 
ocorre por meio de uma tubulação tronco, alimentada por um reserva-
tório ou por meio de uma elevatória. A distribuição é feita diretamente 
para os condutos secundários, sendo conhecido o sentido da vazão de 
cada trecho. A Figura 1 mostra um trecho de rede ramificada.
Sistemas de tratamento e distribuição de água2
Figura 1. Rede ramificada.
Fonte: Adaptada de Paiva (2014).
 � Rede malhada: segundo Paiva (2014), essa rede é constituída por tu-
bulações principais que formam anéis ou blocos, de maneira que é 
possível abastecer qualquer ponto do sistema por mais de um trajeto. 
Isso possibilita uma maior flexibilidade em satisfazer a demanda e 
também a manutenção da rede, com o mínimo de interrupção possível 
no fornecimento da água. Esse tipo de rede ainda pode ser subdivido 
em dois grupos: a rede malhada em anéis e a rede malhada em blocos. 
 ■ A rede malhada em anéis (Figura 2) é um dos tipos mais comuns de 
ser encontrado. Esse tipo de rede apresenta um bom funcionamento 
se tiver sido bem dimensionada. Porém, apresenta um número maior 
de registros, e a medição das vazões é mais trabalhosa.
Figura 2. Rede malhada em anéis.
Fonte: Adaptada de Paiva (2014).
Sistemas de tratamento e distribuição de água 3
 ■ A rede malhada em blocos (Figura 3) apresenta uma maior facilidade 
na medição de vazões e no controle de perdas, tendo um controle 
mais preciso da pressãoe melhor qualidade de distribuição. Suas 
redes internas são alimentadas em apenas dois pontos; além disso, 
essa rede apresenta uma minimização de área desabastecida e uma 
eficiência na manutenção da rede.
Figura 3. Rede malhada em blocos.
Fonte: Adaptada de Paiva (2014).
Reservatório de distribuição
321
B
1
1
1
B
1
1
2
B
1
2
1
B
1
2
2
B
1
3
1
B
1
3
2
B
1
1
3
B
1
4
1
B
1
4
2
B
1
2
3
B
1
5
1
B
1
3
3
B
1
8
1
B
1
4
3
B
1
7
2
B
1
5
3
B
1
5
2
B
1
6
1
B
1
8
2
Número do
subdistrito
Blocos de um
mesmo subdistrito
Bloco
Número do distrito
Número do subdistrito
Número do bloco
B
1
6
3
Caixa de controle de distrito
Caixa de controle de subdistrito
Válvula de fechamento do subdistrito
Válvula de fechamento para manobra
Caixa de controle de bloco
Rede primária
Rede secundária
B
1
8
3
B
1
7
2
B
1
7
3
B
1
6
3
B
1
6
2
 � Rede mista: a rede mista é aquela que mistura uma porção de rede 
de distribuição malhada juntamente com outra porção de rede de 
distribuição ramificada. A Figura 4 mostra uma exemplo dessa rede.
Sistemas de tratamento e distribuição de água4
Figura 4. Rede de distribuição mista.
Fonte: Adaptada de Paiva (2014).
Tendo em vista a definição e os objetivos de uma rede de distribuição, 
para dimensioná-la, é necessário tomar “[...] como parâmetros as literaturas 
existentes e as orientações das NBRs, de forma a garantir um bom forneci-
mento de água, com baixo custo, mas sem comprometer a eficácia do sistema” 
(DANTAS; MACHADO, [2019], documento on-line). Ainda, antes de dimensionar 
a rede, é fundamental mapeá-la, de modo que seja possível compreender 
qual porção que essa rede de abastecimento contemplará.
Esse mapeamento deve ser realizado no momento do projeto, mas também 
deve ser atualizado após a execução, a fim de haver um maior controle sobre 
o sistema. Segundo Vilas-Boas (2018, documento on-line), o mapeamento 
“[...] permite um profundo conhecimento do modo de funcionamento da 
rede, das suas virtudes e defeitos. Este tipo de monitorização assume um 
papel preponderante no momento de se planear, projetar e diagnosticar o 
funcionamento das infraestruturas da rede de distribuição”. 
Assim, a fim de compreender como ocorre o dimensionamento de uma 
rede de abastecimento de água, primeiramente, é fundamental estimar uma 
vazão de projeto. Isso porque a vazão consiste, segundo Dantas e Machado 
([2019]), em uma das principais grandezas para o cálculo do sistema de abas-
tecimento, sendo que muitos componentes acabam sendo dimensionados 
por meio dessa vazão. 
Tsutiya (2006) destaca que o termo “vazão” pode ser compreendido como 
o volume de água em relação a uma unidade de tempo. Essa vazão deve ser 
suficiente para atender à demanda da porção que se deseja atender por meio 
dessa rede. O autor acrescenta que, para determinar essa vazão, deve-se levar 
em conta alguns fatores que podem influenciar esse consumo de água, como 
a temperatura da região, os hábitos daquela população e também o padrão 
Sistemas de tratamento e distribuição de água 5
social dos usuários. “Também influenciam no consumo as características 
do sistema como pressão, vazão e a própria qualidade da água” (DANTA; 
MACHADO, 2020, p. 5).
Para descobrir a estimativa de consumo diário de água, é possível utili-
zar como base algumas tabelas de pesquisadores, conforme o exemplo do 
Quadro 1.
Quadro 1. Estimativa de consumo diário de água
Edifício Consumo (L/dia)
Alojamento provisório 80 per capita
Apartamento 200 per capita
Asilo, orfanato 150 per capita
Cinema e teatro 2 por lugar
Edifício público, comercial ou com 
escritórios
50 per capita
Escola — externato 50 per capita
Escola — internato 150 per capita
Escola — semi-internato 100 per capita
Garagem 50 por automóvel
Hospital 250 por leito
Hotel (s/ cozinha e s/ lavanderia) 120 por hóspede
Jardim 1,5 por m2 de área
Lavanderia 30 por kg roupa seca
Mercado 5 por m2 de área
Quartel 150 per capita
Residência popular ou rural 120 per capita
Residência 150 per capita
Restaurante e similares 25 por refeição
Fonte: Adaptado de Dantas e Machado ([2019]).
Sistemas de tratamento e distribuição de água6
No Brasil, conforme destacam Azevedo Netto e Fernandez (2017), de uma 
forma geral, para planos diretores e também projetos residenciais, adota-se 
um consumo diário de 200 litros por habitante por dia. 
Ainda, para dimensionar a vazão e, consequentemente, o sistema de 
abastecimento, deve-se estimar a população da área a ser atendida. Para essa 
estimativa, Tsutiya (2006) aponta que podem ser usados diversos métodos, 
dos quais se destacam: 
[...] o método dos componentes demográficos, considerando variáveis demográficas 
como fecundidade, mortalidade, imigração, sempre tomando como base tendências 
passadas naquela região; há também o método da extrapolação gráfica, que é 
ideal para estimar populações em longos períodos, este método consiste em uma 
curva arbitrária que vai se ajustando através de dados levantados em comunida-
des semelhantes à estudada; e, por fim, os métodos matemáticos, que estimam 
a população através de cálculos matemáticos, tendo como base parâmetros e 
dados já conhecidos como a população dos anos anteriores. (TSUTIYA, 2006, p. 15).
O autor complementa que é importante que o sistema consiga atender a 
uma população maior do que a atual, sendo previsto o aumento de usuários 
considerando pelo menos 20 anos. Ainda, mesmo prevendo um sistema 
considerando um aumento da população, deve haver um acompanhamento 
dos dados populacionais da região ao longo dos anos, prevendo situações e 
evitando futuros problemas.
Assim, com esses dados, considerando-se o consumo diário por usuário e 
uma estimativa de usuários para a área a ser abastecida, tem-se a vazão, que 
é o dimensionamento desse abastecimento. “O consumo diário total de uma 
região pode ser obtido, basicamente, multiplicando o consumo médio per 
capita pela população a ser atendida, em litros por dia” (DANTAS; MACHADO, 
[2019], documento on-line). Portanto, por meio dessas análises e da estimativa 
de consumo, é possível dimensionar corretamente qual é o volume necessário 
de água para abastecer determinada porção.
A partir dessa estimativa de volume de água necessário para a porção 
estimada, é possível dimensionar a rede de uma forma mais completa. É impor-
tante ressaltar que, para realizar o dimensionamento, deve-se primeiramente 
definir o sistema em projeto, bem como o tipo de rede e a sua distribuição. 
Mas, de um modo geral, deve-se usar algumas fórmulas e um passo a passo 
para o dimensionamento da rede. A seguir, é possível verificar a ordem e as 
fórmulas utilizadas para dimensionar uma rede ramificada, que é utilizada 
geralmente em pequenos sistemas de abastecimento.
Sistemas de tratamento e distribuição de água 7
1. Numerar os trechos de jusante para montante.
2. Determinar o comprimento de cada trecho (L), medido em planta, em 
metros (m).
3. Determinar a vazão de jusante do trecho (QJ), em litros por segundo 
(L/s).
4. Determinar a vazão de distribuição (QD) no trecho (L/s). Fórmula: QD 
= QM.L.
5. Determinar a vazão de montante (QM) do trecho (L/s). Fórmula: QM = 
QJ + QD.
6. Determinar a vazão fictícia (QF) do trecho (L/s). Fórmula: QF = (QM + QJ)/2.
7. Determinar o diâmetro (mm) do conduto, com base na tabela de pré-
-dimensionamento de canalizações. Para isso, deve-se utilizar a vazão 
de montante (QM).
 ■ É importante compreender que, para dimensionar esses condutos, é 
necessária a utilização da Norma Brasileira (NBR) 12218, a qual traz 
uma série de recomendações sobre esse item. Ainda, a norma instrui 
sobre os setores de manobras, os quais devem abranger uma área 
que tenha uma ou mais das seguintes características:
 – extensão de rede de 7.000 a 35.000 m;
 – número de economias de 600 a 3.000; e
 – área de 40.000 a 200.000 m².
8. Calcular a velocidade média de escoamento no trecho (m/s). Para isso, 
deve-se utilizar a vazão de montante (QM) em m3/s. Fórmula: U = QM /A.
9. Calcular a perdade carga total no trecho (m). Para esse passo, indica-se 
utilizar Hazen Willians ou a Fórmula Universal. É necessário utilizar a 
vazão fictícia (QF).
As perdas de carga são perdas de energia hidráulica que acontecem 
devido à viscosidade da água e ao seu atrito com as paredes internas 
dos tubos ou conexões. Elas têm por consequência uma queda de pressão global, 
em redes por gravidade, e gastos de energia suplementares com bombeamento 
(recalque).
Sistemas de tratamento e distribuição de água8
10. Inserir o valor de pressão conhecido em algum ponto da rede. Normal-
mente se estabelece um ponto da rede cuja pressão mínima deva ser 
respeitada. Para essa etapa, é importante observar que, com o valor 
da pressão (P) conhecido no ponto e a cota do terreno (CT) obtida em 
planta topográfica, determina-se a cota piezométrica do ponto (CP).
 ■ Dentro desse item, a NBR 12218 estabelece que a pressão estática 
máxima nas tubulações distribuidoras deve ser de 500 kPa, e a 
pressão dinâmica mínima, de 100 kPa.
11. Determinar a cota piezométrica de montante do trecho (CPM), em 
metros. Fórmula: CPM = CPJ + hf.
12. Determinar a pressão disponível de jusante e de montante, em metros. 
Fórmulas: PJ = CPJ – CTJ e PM = CPM – CTM.
A NBR 12218 ainda estabelece alguns itens que devem ser considerados 
ao dimensionar as vazões. Por exemplo:
 � devem ser estabelecidas as vazões para dimensionamento, para aten-
der áreas específicas;
 � devem ser consideradas as vazões para as áreas de expansão;
 � devem ser identificados os consumidores singulares e os respectivos 
consumos, mediante levantamento de campo ou outro procedimento 
devidamente justificado;
 � não devem ser previstas demandas especiais para combate a incêndios 
em condições operacionais normais da rede;
 � os casos em que as demandas especiais para combate a incêndios são 
consideradas no dimensionamento da rede, em condições normais de 
operação, devem ser justificados.
Sistemas de tratamento e distribuição de água 9
Exemplo de dimensionamento de rede de abastecimento de água
Para dimensionar uma rede de distribuição de água, é fundamental 
projetar ou ter acesso à locação dessa distribuição, com suas devidas informa-
ções. Como exemplo, vamos realizar o dimensionamento de uma rede ramificada, 
a qual tem o início da sua distribuição no trecho 10. Deve-se considerar os dados 
elencados a seguir.
 � A população é de 800 habitantes, com um consumo de 200 L/hab.dia.
 � Deve-se considerar para os cálculos K1 = 1,2 e K2 = 1,5.
 � Como níveis máximo e mínimo do reservatório, respectivamente, deve-se 
considerar 466,9 e 463,4 m.
 � Deve-se utilizar a fórmula de Hazen-Williams com coeficiente de perda de 
carga igual a 130.
 � Para esse cálculo específico, considerando-se o esquema a seguir e o con-
texto, deve-se considerar a pressão mínima no reservatório como controle 
no preenchimento da cota piezométrica de montante no trecho 11. Ainda, 
deve-se observar que a extensão do trecho 11 não é considerada na extensão 
total para a vazão em marcha.
Veja a seguir o esquema da rede.
Considerando-se as etapas e fórmulas mencionadas, chega-se ao resultado 
de cada item, por meio da tabela a seguir.
Sistemas de tratamento e distribuição de água10
Sistemas de tratamento e distribuição de água 11
Utilizando essa ordem de cálculo e as suas fórmulas, juntamente com as 
informações da NBR 12218 e as especificações de cada projeto, é possível di-
mensionar corretamente todos os elementos, permitindo que esse sistema 
funcione adequadamente e cumpra sua função.
Estações de tratamento de água (ETAs)
Um sistema de tratamento e distribuição de água é composto por um conjunto 
de obras, serviços e equipamentos que permitem captar a água, tratá-la e 
distribuí-la para a população. Para todo esse processo funcionar, o sistema 
se divide em etapas, conforme mostra a Figura 5.
Figura 5. Sistema de abastecimento de água.
Fonte: Adaptada de Tsutiya (2006).
Manancial
Captação
Estação de
Tratamento
de Água Reservatório
Rede de
Distribuição
Adutora
de água
tratada
Adutora de
água bruta
Estação
elevatória
de água bruta
Dentro de todo esse sistema, existem as ETAs. Essas estações existem 
porque, segundo Azevedo Netto e Fernández (2017), a maioria das águas 
dos mananciais não apresentam padrões aceitáveis de potabilidade para 
o consumo humano. Sendo assim, as ETAs são responsáveis por tratar as 
águas, a fim de que elas estejam adequadas do ponto de vista físico-químico 
e microbiológico. 
Nessas estações de tratamento, a água passa por diversas etapas até 
estar adequada aos padrões de consumo. Conforme Azevedo Netto e Fer-
nández (2017), as principais etapas que ocorrem nas ETAs convencionais são 
as descritas a seguir.
Sistemas de tratamento e distribuição de água12
1. Micropeneiramento: é a etapa inicial, a qual é responsável pela remoção 
de sólidos que ficam suspensos na água — ou seja, aqueles resíduos 
sólidos mais visíveis. 
2. Aeração: essa etapa se refere à remoção de gases dissolvidos, como 
o CO2 e o H2S.
3. Coagulação: essa fase consiste em aglutinar as partículas finas que 
estão suspensas na água, por meio de agentes coagulantes. Segundo 
Francisco, Pohlmann e Ferreira (2011), essa etapa é extremamente 
importante, porque essas partículas e impurezas são responsáveis 
pela cor, pelo odor e pelo sabor da água.
4. Floculação: “é um processo fundamentalmente físico e consiste no 
transporte das espécies hidrolisadas, para que haja contato com as 
impurezas presentes na água, formando partículas maiores denomi-
nadas flocos” (FRANCISCO; POHLMANN; FERREIRA, 2011, p. 5). Segundo 
os autores, essa etapa do processo é bastante rápida e depende muito 
do PH, da quantidade de impurezas e da temperatura. É por meio das 
reações químicas que as impurezas da água formam flocos. Ainda, 
essa etapa pode ocorrer de forma manual ou mecânica, dependendo 
de cada ETA.
5. Sedimentação ou decantação: nessa etapa, os flocos são removidos 
da água. Ou seja, conforme destacam Francisco, Pohlmann e Ferreira 
(2011), ela corresponde ao momento de deposição das impurezas, sendo 
um fenômeno físico natural. Isso ocorre devido à ação da gravidade.
No tratamento convencional de água, após a coagulação ocorrem os processos 
de floculação e decantação. Como estas três etapas são desenvolvidas em série, 
o desempenho insatisfatório de uma das etapas compromete a qualidade do 
funcionamento das demais, comprometendo a produção de água que atenda aos 
padrões de potabilidade. Como exemplo, podemos considerar que se a velocidade 
de sedimentação dos flocos é baixa, o processo de decantação é comprometido 
e torna-se ineficiente, sobrecarregando a etapa de filtração. (HELLER; PÁDUA, 
2006, p. 20).
6. Filtração: “[...] a filtração consiste na remoção de partículas suspensas 
e coloidais presentes na água que escoa através de um meio poroso” 
(FRANCISCO; POHLMANN; FERREIRA, 2011, p. 6). Por meio da filtração, 
a água passa por superfícies porosas, como a areia, a fim de reter 
as impurezas que ainda restaram no processo. Ainda, é nessa etapa 
de filtração que ocorre a remoção final das impurezas presentes na 
água — ou seja, é o final de um processo que deve garantir o padrão 
de potabilidade da água. Macedo (2007) acrescenta que é nesse mo-
Sistemas de tratamento e distribuição de água 13
mento que ocorre a remoção das partículas em suspensão e também 
de parte da carga bacteriana, envolvendo fenômenos químicos, físicos 
e até mesmo biológicos. 
7. Fluoração: essa etapa, segundo Heller e Pádua (2006), não é considerada 
uma forma de tratamento. Ela corresponde à adição de flúor na água, 
com o intuito de prevenir a decomposição dos dentes. Essa ação é 
realizada porque o custo-benefício vale a pena, por ser uma medida 
de manutenção da saúde bucal da população. 
8. Desinfecção: é uma etapa de prevenção e correção. Para isso, há um 
desinfetante que é mantido na água fornecida aos usuários, a fim de 
evitar algum tipo de contaminação posterior.
Adesinfecção é realizada por meio de dois tipos de agentes: o físico e o químico. 
Dentre os agentes físicos estão a luz solar, o calor e a radiação ultravioleta, já os 
agentes químicos englobam o ozônio e peróxido de hidrogênio, permanganato de 
potássio, ácido peracético, iodo, íons metálicos, ferratos, processos oxidativos 
avançados, dióxido de cloro, derivados clorados (orgânicos e inorgânicos) e bromo. 
(MACEDO, 2007, p. 418).
A Figura 6 mostra um esquema de uma ETA tradicional.
Figura 6. Esquema de uma estação de tratamento convencional.
Fonte: Francisco, Pohlmann e Ferreira (2011, documento on-line).
Captação
Pré
Desenfecção
Coagulação
A
B
C
D
E
F
Floculação
Decantação
Filtração
Água
tratada
potável
Desenfecção,
fluoretação e
correção
de acidez
Reservatório
Distribuição
Sistemas de tratamento e distribuição de água14
Para que um desinfetante possa ser utilizado nas ETAs, ele deve 
apresentar algumas características, como:
 � destruir os microrganismos patológicos;
 � não ser tóxico a humanos e a animais;
 � oferecer condições seguras para transporte, manuseio, armazenamento e 
aplicação da água;
 � possibilitar, por meio de experimentos laboratoriais, determinar sua con-
centração na água;
 � garantir a qualidade da água contra diferentes tipos de contaminação que 
podem ocorrer em diversas etapas do abastecimento.
Fonte: Di Bernardo e Pádua (2005).
Após passar por todas essas etapas nas ETAs, a água está potável e ade-
quada para o consumo humano. Conforme acrescentam Francisco, Pohlmann 
e Ferreira (2011), como as etapas devem ser realizadas em uma sequência 
estabelecida, um processo mal realizado ou que não está funcionando tão 
bem vai acabar comprometendo o processo seguinte e, consequentemente, 
a qualidade da água tratada. 
É importante destacar que, em regiões onde a população é atendida por 
fontes ou poços artesianos, a água não tratada necessita passar apenas 
pelos processos de fluoretação e desinfecção, não necessitando passar por 
todo o sistema mencionado para se tornar potável. Isso só é possível porque, 
nesses casos, a água não teve interferências humanas e está, de certa forma, 
protegida da poluição.
As ETAs são construções civis executadas por meio de concreto e alvenaria, 
materiais que dão forma aos tanques pelos quais a água passa (Figura 7). 
A captação da água do manancial é realizada por meio de túneis. Existem 
válvulas que controlam o fluxo de água que entra na estação de tratamento. 
Em um primeiro momento, a água é direcionada para um grande tanque e, em 
seguida, passa por grades que retêm sujeiras maiores. As outras bacias, que 
se referem às etapas de coagulação, floculação e decantação, também são de 
concreto. Nos decantadores, há pás que retiram o lodo do fundo e bombeiam 
para um canal de esgoto. De um modo geral, essas estações de tratamento 
contam com grandes estruturas de tanques, reservatórios e tubulações.
Sistemas de tratamento e distribuição de água 15
Figura 7. Vista aérea de uma estação de tratamento.
Fonte: Audley C Bullock/Shutterstock.com.
Diante de todo esse processo de tratamento, é importante compreender 
a necessidade de um controle rigoroso nas estações de tratamento, a fim 
de que elas estejam aptas e tenham condições favoráveis para a execução 
correta de todas as etapas. 
Volumes de reservação
Depois de a água ser tratada, ela deve ser direcionada para os reservatórios, 
de onde ela vai sair para a rede de distribuição, chegando até as edificações e 
os seus usuários. Conforme destacam Dantas e Machado ([2019]), a reservação 
tem como função garantir o abastecimento de água por um tempo mínimo 
possível e também regular a pressão. É uma forma de garantir que haja um 
reserva de água tratada para o uso da população. Segundo Azevedo Netto 
e Fernandez (2017, p. 37), é necessário “[...] manter o fornecimento de água 
nos horários de maior consumo, garantindo o abastecimento no sistema, em 
que se faça necessário o desligamento das bombas de recalque no horário 
de ponta, pois a tarifa de energia cobrada nesses horários é mais elevada”.
Os autores Tsutiya (2006), Azevedo Netto e Fernández (2017) e também a NBR 
12217 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994), que se refere ao 
projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento público, 
ressaltam que esses reservatórios devem ser projetados, dimensionados e 
Sistemas de tratamento e distribuição de água16
implantados para operar atendendo a algumas finalidades. Algumas delas 
são apresentadas a seguir.
 � Receber uma vazão constante, ou seja, igual à demanda média do dia 
de maior consumo de água da área onde esse reservatório atua. Nesse 
sentido, o reservatório deve acumular água quando a demanda for 
inferior à média ou fornecer vazão complementar quando a demanda 
for superior à média.
 � Fornecer segurança no abastecimento, fornecendo água quando 
situações adversas ocorrerem, como interrupção da adução, ruptura 
da adutora, paralisação da estação de tratamento, queda de energia, 
entre outros.
 � Regularizar a pressão.
 � Reservar água para casos de incêndio.
Para garantir a eficiência de todo o processo, o volume de reservação deve 
estar dimensionado corretamente, pois não adianta ter uma água tratada e 
de qualidade se ela for insuficiente para as necessidades da população aten-
dida. Azevedo Netto e Fernández (2017) explicam que, para que a reservação 
seja dimensionada corretamente, é fundamental saber qual é a demanda do 
consumo diário. Deve-se levar em consideração, além desse volume, situações 
emergenciais relacionadas a reparos em todo o sistema, reserva para casos 
de incêndio, além de considerar os horários de maior consumo de água. 
Estimando-se o consumo diário por usuário e estimando-se a quantidade 
de usuários, tem-se o volume necessário total de consumo. O volume total 
que um reservatório de um sistema de abastecimento de água deve conter 
deve ser, segundo Tsutiya (2006), de 10 a 20% do volume total diário calculado. 
Deve-se levar em consideração também o custo de construção de um reser-
vatório, de forma que o sistema seja viável a partir de diferentes aspectos.
Segundo Moreira (2018), mesmo sendo um item necessário e obrigatório 
para o sistema de distribuição de água, uma das desvantagens é o custo 
elevado da implantação do reservatório. Por isso, ele deve ser dimensionado 
com cautela, atendendo às necessidades, mas também se tornando viável 
financeiramente. Outra questão que deve ser cuidada no momento do di-
mensionamento do reservatório e da sua implantação é a sua localização, 
para que ele consiga atender às variações de pressão na rede. Ainda, deve-se 
atentar para o tamanho e a localização, no sentido de causar o menor impacto 
ambiental possível na área. 
Sistemas de tratamento e distribuição de água 17
Ainda, para instalar esse reservatório, é importante considerar a topografia 
do terreno onde ele será inserido, para que ele esteja adequado aos princípios 
de pressão e vazão da rede de abastecimento. Esses reservatórios, segundo 
Dantas e Machado ([2019]), podem ser locados de diferentes maneiras, estando 
elevados, enterrados, semienterrados ou até mesmo apenas apoiados no 
lote. Tsutiya (2006) complementa que o reservatório pode ter qualquer forma, 
desde que essa forma esteja adequada ao volume necessário de reservação 
e mantenha a boa qualidade da água. 
Seguindo todas essas orientações e sempre identificando o contexto e 
seus condicionantes, é possível compreender o sistema de distribuição de 
água e dimensioná-lo da maneira mais adequada e eficiente. Dessa forma, 
pode-se contribuir para a qualidade da água, o que resulta em qualidade de 
vida para a população.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12217: projeto de reservatório 
de distribuição de água para abastecimento público: procedimento. Rio de Janeiro: 
ABNT, 1994.
AZEVEDO NETTO, J. M. de; FERNÁNDEZ, M. F. y. Manual de hidráulica. 9. ed. São Paulo: 
Blucher, 2017.
DANTAS, M. N.A.; MACHADO, J. da S. Dimensionamento de rede de distribuição de água 
para a comunidade rural Chapada de São Miguel em Esperantina-PI. Teresina: [s. n., 
2019]. Disponível em: https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_92.
pdf. Acesso em: 30 dez. 2020.
DI BERNARDO, L.; PÁDUA, L.V. Ensaios de bancada para estimar a perda de carga e a 
influência da floculação na filtração direta descendente. In: CONGRESSO INTERAME-
RICANO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, 27., 2000, Porto Alegre. Anais... [S. 
l.: s. n.], 2000.
FRANCISCO, A. A.; POHLMANN, P. H. M.; FERREIRA, M. A. Tratamento convencional de águas 
para abastecimento humano: uma abordagem teórica dos processos envolvidos e dos 
indicadores de referência. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GESTÃO AMBIENTAL, 2., 2011. 
Anais eletrônicos... Disponível em: https://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2011/
IX-005.pdf. Acesso em: 30 dez. 2020.
HELLER, L.; PÁDUA, V. L. (org.). Abastecimento de água para consumo humano. Minas 
Gerais: UFMG, 2006.
MACEDO, J. A. B. Águas & águas. 3. ed. Minas Gerais: CRQ – MG, 2007.
MOREIRA, F. N. da C. Dimensionamento do volume útil de reservação de água consi-
derando o consumo de energia elétrica no horário de ponta do setor elétrico. 2018. 
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil)- Instituto de Tecnologia, Universidade 
Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://ppgec.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/
dissertacoes/2018/francisca.pdf.pdf. Acesso em: 30 dez. 2020.
Sistemas de tratamento e distribuição de água18
PAIVA, C. R. Saneamento básico. [74 slides Issuu]. Goiás: Universidade Federal de Goiás, 
2014. Disponível em: https://issuu.com/gersonborges6/docs/redes_de_distribui-
cao_-_capitulo_9. Acesso em: 30 dez. 2020.
TSUTIYA, M. T. Abastecimento de água. 3. ed. São Paulo: Departamento de Engenharia 
Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2006.
VILAS-BOAS, P. R. Modelação de uma rede de distribuição de água. 2008. Mestrado 
(Engenharia Civil)- Universidade do Porto, Porto, 2008. Disponível em: https://reposi-
torio-aberto.up.pt/bitstream/10216/58016/1/000129459.pdf. Acesso em: 30 dez. 2020.
Leituras recomendadas
BATALHA, B. H. L. Tratamento de água e os riscos à saúde. Revista de Gerenciamento 
Ambiental, n. 6, p. 32–38, 1999. 
BOTELHO, M. H. C. Os aquedutos. Boletim de práticas de construção, n. 6, p. 1–6, set. 1998.
SIMÕES, J. C.; ASSIS, F. de. O abastecimento de água e seus reflexos na saúde da po-
pulação. Construindo, v. 6, n. 1, p. 42–50, 2014. Disponível em: http://www.fumec.br/
revistas/construindo/article/view/2575/1499. Acesso em: 30 dez. 2020.
Sistemas de tratamento e distribuição de água 19
Dica do professor
Todo o sistema de abastecimento e distribuição de água é regido por algumas normativas que são 
responsáveis por padronizar os processos e garantir a segurança deles. Essas normas fornecem 
instruções e aspectos que devem ser considerados no momento de planejar e projetar todo esse 
sistema.
Nesta Dica do Professor, veja quais normas regem esses tipos de projeto e alguns elementos que 
devem ser considerados do momento de projetar os reservatórios para armazenamento da água 
tratada.
 
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Exercícios
1) Segundo a NBR 12218, o setor de manobra se refere à menor subdivisão da rede de 
distribuição, cujo abastecimento pode ser isolado, sem afetar o abastecimento do restante 
da rede. Assim, ele deve abranger uma área que apresente:
A) extensão de rede acima de 40.000 metros.
B) área quadrada entre 50 e 200 mil m2.
C) número de economias entre 600 e 3.000.
D) área quadrada de até 40 mil m2.
E) população de até 2.000 consumidores.
2) Para o dimensionamento de uma rede de abastecimento de água, segundo a NBR 12218, 
deve haver a delimitação das zonas de pressão, que devem apresentar pressão estática 
máxima e pressão dinâmica mínima. A pressão estática máxima e a pressão dinâmica mínima, 
segundo a NBR, devem ser de:
A) 500kPa e 100kPa.
B) 100kPa e 500kPa.
C) 500kPa e 250kPa.
D) 700kPa e 500kPa.
E) 250kPa e 100kPa.
3) A NBR 12218 traz diversas informações e instruções para o dimensionamento correto da 
rede de abastecimento de água. Sobre as indicações referentes às vazões específicas de 
dimensionamento, é correto afirmar que:
A) devem ser estabelecidas as vazões para atender áreas de modo geral.
B) é dispensável considerar as vazões para as áreas ou porções de expansão.
C) devem ser identificados os consumidores singulares e seus consumos.
D) devem ser previstas demandas especiais para combate a incêndios.
E) devem ser identificados consumidores gerais, sem casos específicos.
4) As estações de tratamento de água (ETAs) são as responsáveis por garantir a potabilidade da 
água e seu consumo. Nas ETAs, a água passa por diversas etapas, que têm múltiplas 
finalidades.
Sobre as etapas pelas quais a água passa nas ETAs, assinale a alternativa correta.
A) Coagulação é um processo físico e consiste no transporte das espécies hidrolisadas.
B) Floculação é a fase que consiste em aglutinar as partículas finas que estão suspensas.
C) A etapa de sedimentação corresponde ao momento de deposição de impurezas.
D) A etapa de desinfecção corresponde à adição do flúor na água que já foi tratada.
E) Na etapa de micropeneiramento, há remoção de partículas coloidais presentes na água.
5) Os reservatórios são utilizados para armazenar a água tratada que posteriormente será 
distribuída aos consumidores. Esses reservatórios devem ser dimensionados e implantados 
levando em consideração alguns pontos. Sobre esses pontos, assinale a alternativa correta.
A) Os reservatórios devem receber vazão inconstante durante o dia.
B) O reservatório não pode acumular muito volume.
C) O reservatório deve estar apto a desregular a pressão da água.
D) O reservatório deve fornecer água somente em situações normais.
E) O reservatório deve fornecer água também em situações adversas.
Na prática
A água pode advir de mananciais, como rios e lagos, mas também pode ser captada por meio de 
poços artesianos. Em regiões muito distantes de mananciais, essa forma viabiliza o acesso à água, 
garantindo esse recurso à população.
Neste Na Prática, confira a norma que rege o projeto de poços artesianos e quais itens são 
necessários para que um projeto desse tipo seja elaborado.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Tecnologia alternativa e sustentável para tratamento de água no 
meio rural
A água tratada deve ser acessível a toda a população, e, para isso, existem algumas alternativas que 
estão sendo desenvolvidas na atualidade. Leia mais sobre o assunto neste artigo.
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Projeto de loteamento em 3D
Realizar uma rede de distribuição de água é uma ação muito complexa. Neste vídeo, veja como isso 
funciona em um projeto de loteamento.
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Websérie Água: tratamento de água
A água, para estar potável e adequada ao consumo humano, deve passar por uma série de 
tratamentos. Veja mais sobre o assunto neste vídeo.
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