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Uso racional e reúso de água

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Uso racional e reúso de água
Apresentação
O aproveitamento de águas pluviais nas edificações auxilia no controle de escoamento das águas 
pluviais, na prevenção de inundações no local, na conservação de água potável, na restauração do 
ciclo hidrológico em áreas urbanas e na educação ambiental, o que reforça a consciência de 
preservação do meio ambiente nos usuários.
Já o reúso de águas cinzas reduz o consumo e o desperdício de água, com possível utilização 
em descargas de vasos sanitários, lavagem de calçadas e ruas, irrigação de jardins, irrigação de 
faixas verdes em ruas e estradas, na construção civil, para a limpeza de tubulações e em sistemas 
decorativos, como espelhos d’água, chafarizes, fontes luminosas e demais elementos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você compreenderá a importância desses sistemas combinados 
com equipamentos economizadores, que auxiliam na redução do consumo de água e evitam o 
desperdício.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os sistemas de aproveitamento das águas pluviais.•
Explicar as formas de reúso das águas cinzas e conjugação de alternativas.•
Relacionar os equipamentos economizadores e a energia embutida nas alternativas de 
redução.
•
Desafio
A escassez dos recursos naturais tem aumentado significativamente a procura por edificações 
sustentáveis, que consumam o mínimo de recursos naturais e agridam o mínimo possível o meio 
ambiente. Entre as alternativas que podem ser instaladas em uma edificação, encontram-se o 
aproveitamento das águas pluviais e o reúso das águas cinzas. Com elas, é possível minimizar o 
consumo de água potável e reutilizar a água não potável novamente na própria edificação, 
minimizando a poluição ambiental.
As águas cinzas são as águas residuais das edificações, que já foram utilizadas em chuveiros, 
lavatórios, banheiras, máquinas de lavar roupas, tanques, máquinas de lavar louças e pias de 
cozinhas. Após passarem por um processo de desinfecção, essas águas podem ser reutilizadas para 
irrigação de jardins, lavagem de pisos e nos vasos sanitários.
Você trabalha em um escritório que desenvolve edificações sustentáveis. Para a próxima demanda, 
deve desenvolver um esboço de como deverão ser realizados a captação e o tratamento da água de 
reúso, apresentando a coleta no banheiro por meio da pia do lavatório, do chuveiro e da 
banheira. Além disso, considere que ela deve ser reutilizada para descarga no vaso sanitário e para 
torneiras de jardim. 
Com base nisso: 
– apresente o esboço desse projeto de reúso, com a ordenação correta de cada um dos 
componentes; 
– indique as tubulações de água coletada; 
– indique as tubulações de água tratada para reúso.
Infográfico
A redução no consumo de água está diretamente relacionada ao seu uso racional, visando à 
preservação do recurso natural. Existem dispositivos que podem ser instalados em 
equipamentos como torneiras e chuveiros com o intuito de reduzir a vazão destes e evitar o 
desperdício.
Neste Infográfico, você poderá observar dispositivos que podem ser instalados em equipamentos, 
com o objetivo de promover economia no consumo de água.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/db35290e-7875-40a7-a0f1-e787018c4a98/8f8e9fe7-8332-459a-a354-04597d04817b.jpg
Conteúdo do livro
Edificações residenciais apresentam um consumo de água de 23% com chuveiros, 21,4% com 
máquinas de lavar roupas e 15,3% com descargas sanitárias. Toda a água resultante da utilização 
dos chuveiros e das máquinas de lavar roupas poderia voltar ao processo e ser utilizada nas 
descargas sanitárias, na irrigação de jardins e na lavagem de pisos.
Além de acarretar economia de água, o aproveitamento de águas cinzas ajuda a reduzir o consumo 
do recurso natural, evitando o desperdício.
No capítulo Uso racional e reúso de água, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você 
descobrirá a funcionalidade de cada um dos componentes do sistema de aproveitamento de águas 
pluviais, assim como o seu dimensionamento. Observará as constituintes do sistema de reúso de 
águas cinzas e a importância desse sistema para a economia da edificação. E, por fim, identificará os 
diferentes equipamentos que podem ser utilizados como aliados na redução do consumo de água.
Boa leitura.
INSTALAÇÕES 
HIDROSSANITÁRIAS
, DE GÁS E 
COMBATE A 
INCÊNDIOS 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Identificar os sistemas de aproveitamento das águas pluviais.
 > Explicar as formas de reúso das águas cinzas e conjugação de alternativas.
 > Relacionar os equipamentos economizadores e a energia embutida nas 
alternativas de redução.
Introdução
O uso racional da água já é uma premissa seguida por grande parte da população. 
Nesse sentido, a construção civil é um dos setores responsáveis por readequar 
o consumo da água, principalmente por meio de manutenções e de construções 
que evitam o desperdício. 
Um bom exemplo é o aproveitamento de águas pluviais e o reúso de águas 
cinzas, que geram uma economia significativa de água e evita o desperdício de 
recurso natural. As águas pluviais podem ser utilizadas para irrigação de jardins, 
lavagem de pisos e em vasos sanitários. As águas cinzas, que são as águas resi-
duais das edificações, podem ser utilizadas em vasos sanitários e também para 
irrigação de jardins, desde que não sejam aplicadas em plantas comestíveis e em 
gramados que são utilizados para lazer.
Neste capítulo, você irá identificar cada um dos componentes necessários 
para implantação de um sistema de aproveitamento de águas pluviais, como 
área de captação, tubulações, filtros e reservatório de armazenamento. Também 
verá quais são os constituintes do sistema de reúso de águas cinzas, que pode 
ser combinado com o sistema de aproveitamento de águas pluviais e gerar uma 
Uso racional e 
reúso de água
Jaqueline Ramos Grabasck
economia equivalente a 811m³/ano. Além dos sistemas de reutilização, você co-
nhecerá equipamentos economizadores que reduzem a vazão e a dispersão do 
jato de água em torneiras e vasos sanitários com sistemas econômicos de limpeza. 
Aproveitamento de águas pluviais
Como as premissas que englobam a sustentabilidade e a importância da con-
servação dos recursos naturais têm sido cada vez mais pertinentes, a busca 
por alternativas que minimizem o consumo desenfreado e que garantam a 
qualidade e a utilização dos recursos naturais por um maior período de tempo 
possível se tornou mais frequente. Dentre as alternativas que podem ser uti-
lizadas na construção civil, destacam-se o aproveitamento das águas pluviais 
e o reúso das águas cinzas, com o intuito de preservar a água potável para o 
uso humano, por meio da ingestão, cocção de alimentos e higiene pessoal.
De acordo com Sant’Ana, Boeger e Monteiro (2013), há altos índices de 
consumo de água com chuveiros, ficando na faixa de 23%, enquanto máqui-
nas de lavar roupas utilizam 21,4% dos índices consumidos e as descargas 
sanitárias compreendem 15,3%, restando para usos externos apenas 3,5%. 
Conforme os dados apresentados, os autores afirmam que o aproveitamento 
de águas pluviais, conforme as áreas de coberturas, são capazes de suprir 
48% da demanda em lavagem de roupas, 60% em descargas sanitárias e 100% 
em lavagem de pisos e irrigação. Frente ao alto consumo de água, Sant’Ana, 
Boeger e Monteiro (2013) descrevem os usos finais conforme a Figura 1.
Figura 1. Usos finais do consumo de água.
Fonte: Sant’Ana, Boeger e Monteiro (2013, p. 81).
 
9,1% 
Chuveiro 
23,0% 
Bidet 
Ducha 
1,5% 
Descarga 
Sanitária
15,3% 
Pia 
Cozinha 
15,0% 
Filtro 
1,2% 
Louça 
0,6% 
Tanque 
9,4% 
Roupa 
21,4% 
Torneira 
LavatórioUso Geral 
3,5% 
Máq. Lav.
Máq. Lav.
Uso racional e reúso de água2
Dentre as vantagens do aproveitamento de águas pluviais, May (2009) 
ressalta os seguintes benefícios: controle de escoamento das águas pluviais, 
prevençãode inundações no local, conservação de água potável, restauração 
do ciclo hidrológico em áreas urbanas e a educação ambiental, que reforça a 
consciência de preservação do meio ambiente nos usuários.
A ABNT NBR 15527:2007 apresenta os requisitos necessários para apro-
veitamento de água da chuva após tratamento para fins não potáveis, como 
“[...] descargas em bacias sanitárias, irrigação de gramados e plantas orna-
mentais, lavagem de veículos, limpeza de calçadas e ruas, limpeza de pátios, 
espelhos d’água e usos industriais” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2007, p. 1). Além dos requisitos necessários, a normativa apresenta os 
critérios para dimensionamento de cada um dos componentes que compõem 
o sistema de aproveitamento de águas pluviais.
Os sistemas de aproveitamento de águas pluviais são constituídos por: 
área de captação (para isso normalmente utiliza-se o telhado ou as áreas 
pavimentadas ao redor da residência); tubulações que conduzirão a água; 
filtros para remoção de componentes grosseiros, como folhas e galhos; 
reservatório de armazenamento; tratamento da água, conforme a finalidade 
de uso, podendo passar por filtração e desinfecção (MANDELLI; CAUDURO; 
SILVA, 2018). 
Com relação ao funcionamento do sistema de aproveitamento de águas 
pluviais, a água que cai sobre o telhado ou laje de fechamento da edificação 
é conduzida por meio das calhas até o local de armazenamento, utilizando-se 
de condutores horizontais e verticais, sendo direcionada a equipamentos de 
filtragem e descarte de impurezas. Após passar pela filtragem, comumente 
a água é armazenada no reservatório enterrado, denominado de cisterna, para 
só então ser bombeada para um segundo reservatório, que é o reservatório 
elevado. Partindo desse reservatório, a água será distribuída para consumo, 
por meio de tubulações específicas para consumo não potável (CARVALHO, 
2010).
O reservatório superior deve apresentar uma boia de nível para, caso a 
água pluvial seja insuficiente, realizar o acionamento da água potável. Para 
que os sistemas de água potável e de água pluvial não tenham contato, 
é necessário o uso de uma válvula de retenção, a fim de garantir que as 
águas pluviais sigam por um fluxo único na tubulação. No entanto, caso haja 
excesso de água nos reservatórios, esse excesso será descartado por meio 
de um extravasor e seguirá para a rede coletora pluvial (MANDELLI; CAUDURO; 
SILVA, 2018).
Uso racional e reúso de água 3
Na Figura 2, veja o sistema de aproveitamento de águas pluviais captado 
em uma residência. Na imagem, estão identificados os pontos de coleta, de 
instalação da cisterna e do reservatório elevado — que necessita de uma 
bomba para direcionar a água do reservatório inferior para o superior —, 
bem como do sistema de filtragem e do descarte do excedente para a rede 
pluvial pública.
Figura 2. Exemplificação de sistema de aproveitamento de águas pluviais.
Fonte: Carvalho (2010, p. 28).
Água
da chuva
Bomba
Filtro Água da rede pública
Galeria pluvial
Sifão ladrãoPescador
Freio d’água
Devem ser utilizados filtros autolimpantes para captar as partículas gros-
sas, sendo dispostos em cada um dos condutores verticais de água. Para a 
água que terá contato humano, deve-se realizar uma desinfecção por meio 
de um dosador automático de cloro, localizado nos reservatórios.
De acordo com Sant’Ana e Medeiros (2017), o aproveitamento de águas 
pluviais mais simples e barato dá-se com o uso de uma bombona, que é 
conectada abaixo de um condutor vertical. Para a retirada da água, utiliza-se 
um balde ou instala-se um registro com torneira na parte inferior do reser-
vatório. Podem ser encontrados no mercado reservatórios externos verticais 
modulares com capacidade de até 1.000 litros, sendo que para reservatórios 
Uso racional e reúso de água4
de grande porte deve-se contar com equipamentos hidráulicos que garantam 
a qualidade da água, sendo eles: dispositivo de descarte e/ou filtro, freio 
d’água, mangueira flutuante, sifão-ladrão e ventilação. 
Para que o sistema de aproveitamento de águas pluviais apresente 
total eficácia, deve-se atentar para o tipo de planta que será escolhida 
para ser cultivada no local. Sendo essencial o seu armazenamento para garantir 
a sua utilização nos períodos de seca ou entre chuvas.
Sacadura (2011) adverte que esses reservatórios superficiais necessitam 
de uma estrutura de apoio, não devendo ser dispostos diretamente sobre o 
solo. A maior parte superior do conjunto do reservatório, o filtro e a descarga, 
deve encontrar-se abaixo da cota de captação, sendo que, sem o uso de 
bombas, esses reservatórios apresentam uma pressão de até 1,50mca. Devido 
a esse fornecimento ocorrer por baixa pressão, pode-se utilizar os sistemas 
de irrigação gota a gota. A Figura 3 exemplifica um reservatório superficial 
utilizado para irrigação de áreas ajardinadas.
Figura 3. Reservatório superficial para irrigação.
Fonte: Sacadura (2011, p. 25).
Caleira
Reservatório
Bomba
First flush
Uso racional e reúso de água 5
Os dispositivos de descarte são os responsáveis por separar e descartar 
as primeiras águas coletadas, sendo denominados também como first flush 
ou by pass, pois essas apresentam contaminação atmosférica e as impurezas 
dispostas sobre a cobertura; dessa maneira, esses dispositivos evitam o acesso 
da água à cisterna (SANT’ANA; MEDEIROS, 2017). A ABNT NBR 15527:2007 indica 
que o dispositivo para o descarte da água de escoamento inicial deve ser do tipo 
automático, sendo dimensionado pelo projetista. Porém, caso haja falta de dados, 
a normativa recomenda que sejam descartados 2mm da precipitação inicial.
A filtragem das águas pluviais ocorre por meio de um material poroso 
ou em malha, que tem por função remover as partículas existentes na água. 
Apesar de haver diversas formas de filtragem que podem ser feitas antes ou 
depois do armazenamento, Sant’Ana e Medeiros (2017) indicam que a filtragem 
seja feita antes do armazenamento na cisterna, a fim de evitar a entrada de 
contaminantes e a decomposição da matéria orgânica no interior da cisterna. 
Esses filtros podem ser instalados em condutores verticais, em condutores 
horizontais ou dentro do reservatório. Para a realização da filtragem após o 
armazenamento da água, pode-se utilizar malhas finas, cartuchos ou areia e 
carvão ativado, com o intuito de realizar um polimento final da água (SANT’ANA; 
MEDEIROS, 2017).
Apesar da realização da filtragem e do descarte inicial, há a possibilidade 
de haver partículas finas e sólidos dissolvidos, que podem decantar no interior 
do reservatório. Para a extração da água sem esses sedimentos acumulados, 
deve-se conduzir a tubulação de entrada ao fundo do reservatório e instalar um 
freio d’água, que será responsável por suavizar a entrada da água (SANT’ANA; 
MEDEIROS, 2017).
Com o acúmulo de impurezas menos densas na superfície da água, 
os autores Sant’Ana e Medeiros (2017) indicam a captação da água logo abaixo 
da superfície mediante a instalação de uma mangueira flutuante junto à bomba 
d’água. Para realizar o polimento da água e preservar a vida útil da bomba, 
pode-se instalar um filtro de malha fina entre o flutuador e a mangueira. Para 
remover essas impurezas, recomenda-se que a cisterna seja dimensionada 
de forma a realizar o transbordamento da água armazenada pelo menos duas 
vezes ao ano. Além disso, é essencial a colocação de um sifão com válvula de 
retenção ou um sifão-ladrão, a fim de evitar o retorno de gases e vetores no 
interior do reservatório. Já a ABNT NBR 15527:2007 indica que a retirada de 
água do reservatório seja realizada a 15cm da superfície, para evitar o arraste 
dos materiais flutuantes e minimizar o turbilhonamento. 
Dentro do reservatório encontram-se microrganismos inofensivos que 
realizam uma atividade biológica benéfica para a qualidade da água. Para 
manter as condições aeróbias da água, recomenda-se a instalação de um duto 
Uso racional e reúso de água6
de ventilação no reservatório,sendo protegido por uma tela mosquiteira para 
evitar o acesso de insetos (SANT’ANA; MEDEIROS, 2017).
Os sistemas de aproveitamentos de águas pluviais isolados são considera-
dos de baixo custo e de fácil adaptação em edificações existentes, pois trata-
-se de pontos de distribuição direta que atendem os pontos de uso externo 
por bombeamento. Esse sistema é independente e apresenta uma rede de 
distribuição própria, que possibilita a utilização da água captada para irrigação 
paisagística, lavagem de pisos, lavagem de veículos e fins ornamentais, como 
em espelhos d’água e chafarizes (SANT’ANA; MEDEIROS, 2017).
A Figura 4 representa o sistema isolado, onde a água é captada pelo telhado 
(a) com o uso de uma rede coletora (b) e é direcionada e tratada inicialmente 
por meio de um filtro ou um dispositivo de descarte (c). A qualidade da água 
pode ser garantida com o uso de um freio d’água (e), que impede o turbilho-
namento dos sedimentos decantados e um sifão-ladrão (f) que é instalado 
junto ao extravasor, com o intuito de limpar a superfície da água armazenada. 
A qualidade da água também pode ser preservada por meio da instalação de 
um duto de ventilação (g), enquanto a extração da água dá-se logo abaixo 
da superfície por meio de uma mangueira flutuante (h), que deve apresentar 
um filtro fino antes de ser bombeada (i) até os pontos demarcados como uso 
não potável (j). O sistema também conta com a alimentação de água potável 
(k), para o caso de ausência de precipitações (SANT’ANA; MEDEIROS, 2017).
Figura 4. Sistema de aproveitamento de águas pluviais isolado.
Fonte: Sant’Ana e Medeiros (2017, p. 39).
Uso racional e reúso de água 7
Uma alternativa é o sistema de aproveitamento de águas pluviais integrado, 
que realiza a distribuição indireta de água em pontos internos e externos 
com uso não potável. Sant’Ana e Medeiros (2017) ressaltam que comumente 
os sistemas integrados realizam o recalque da água armazenada na cisterna 
para um reservatório da cobertura da edificação. A água coletada pode ser 
utilizada para descarga sanitária, tanque, máquinas de lavar roupa, torneiras 
de uso geral e torneiras de jardim, sendo abastecidos por gravidade. Para 
a distribuição de água não potável de forma mista, utiliza-se uma bomba 
pressurizada que realiza o abastecimento direto nos pontos de consumo 
externos e faz-se o abastecimento indireto ao reservatório de distribuição.
A Figura 5 descreve o sistema integrado apresentando a captação de 
água pluvial (a) sendo direcionada pela rede coletora (b), passando pelo 
filtro (c) antes de chegar na cisterna (d), que é composta pelo freio d’água (e), 
o sifão-ladrão (f), o duto de ventilação (g) e a mangueira flutuante (h). 
A bomba d’água (i) realiza o recalque (j) até o reservatório de distribuição (k), 
que pode ser abastecido com água potável, por meio de alimentação auto-
mática (l), concluindo com a rede de distribuição de água não potável (m), 
que é direcionada aos pontos de consumo.
Figura 5. Sistema de aproveitamento de águas pluviais integrado.
Fonte: Sant’Ana e Medeiros (2017, p. 40).
Uso racional e reúso de água8
De acordo com May (2009) é possível afirmar que em residências pode 
ocorrer a reutilização de águas recicladas em vasos sanitários, que corres-
pondem ao montante de 30% do total utilizado na residência. E complementa 
que a demanda de água não potável pode ser estimada por meio de métodos 
estatísticos que consideram a “[...] tarifa exercida pela companhia de sa-
neamento, renda familiar, condições climáticas (precipitação, temperatura); 
características das residências (tamanho, área externa), número de moradores 
e faixa etária” (MAY, 2009, p. 08).
As tubulações utilizadas para conduzir água não potável devem ser diferen-
ciadas claramente das tubulações de água potável, apresentando um sistema 
de distribuição de água independente e não permitindo que haja conexão 
cruzada entre as tubulações de água potável e de água não potável. Também 
os reservatórios de distribuição de água potável e de águas pluviais devem 
ser independentes (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007).
De acordo com Sacadura (2011), após o processo de tratamento, a água 
coletada deve ser mantida em um reservatório de armazenamento, que pode 
ser construído em alvenaria, concreto armado, fibra de vidro, aço e polietileno. 
Esses reservatórios apresentam, normalmente, formato cilíndrico ou retangular, 
podendo ser enterrados, semienterrados, apoiados sobre o solo ou elevados.
A ABNT NBR 15527:2007 indica que, quando houver necessidade de uti-
lizar bombeamento, deve-se atender aos requisitos apresentados pela 
ABNT NBR 12214:1992, além de serem observadas as recomendações para 
instalação de tubulações de sucção e recalque, velocidades mínimas de sucção 
e seleção do conjunto motor-bomba. Para desinfecção, a normativa indica 
que pode ser utilizado um dosador automático de derivado clorado, porém 
para a sua utilização deve-se considerar o envio das águas pluviais para um 
reservatório intermediário, com o intuito de manter a água em contato com 
o cloro por no mínimo 30 minutos. O sistema de bombeamento deve ser 
utilizado sempre que o reservatório estiver abaixo dos pontos de consumo, 
sendo ativado quando houver o consumo e parado ao término do consumo, 
garantindo, assim, um uso eficiente de energia (SACADURA, 2011).
De acordo com Sacadura (2011), além do telhado, podem ser utilizadas 
superfícies de pavimentos para captação das águas pluviais, desde que 
esses locais não sejam susceptíveis ao acúmulo de substâncias poluentes 
significativas. O autor ressalta que os tipos de materiais das áreas de captação 
também influenciam diretamente na qualidade da água recolhida, assim como 
na regularidade de manutenção e de limpeza desses locais.
Uso racional e reúso de água 9
Para o descarte da primeira chuva, com o intuito de remover os 
componentes grosseiros que são captados no telhado, pode ser 
utilizado o by pass (Figura 6), um dispositivo que pode ser adquirido no mercado 
ou confeccionado, desde que atenda às exigências da ABNT NBR 15527:2007. 
Para cada m² de chuva captado, este dispositivo descarta 2mm do montante 
de água (XAVIER et al., 2019).
Entrada de água
de chuva no
reservatório
Condutor horizontal
Válvula
de crivo
Boia automática
de nível
Reservatório
de autolimpeza
Limpeza
Reservatório de
água da chuva
Figura 6. Exemplo de sistema by pass.
Fonte: Xavier et al. (2019, p. 3).
Dimensionamento dos componentes do sistema 
de aproveitamento de águas pluviais
Para o dimensionamento dos reservatórios, a ABNT NBR 15527:2007 indica que 
o projeto deve apresentar: extravasor, dispositivo de esgotamento, cobertura, 
inspeção, ventilação e segurança.
Conforme Sant’Ana e Medeiros (2017), o processo tem início com a coleta 
da água e o direcionamento para as tubulações que conduzirão o efluente 
para o tratamento e a retenção. Recomenda-se que seja instalado um ralo 
hemisférico nos condutores verticais, a fim de evitar a obstrução do sistema 
por partículas maiores. Para a ligação dos condutores verticais e horizontais, 
indica-se a utilização de curvas longas com um elemento de inspeção ou uma 
caixa de inspeção. Para os condutores horizontais deve-se manter uma decli-
vidade uniforme de 0,5%, no mínimo, sendo que, quando ocorrer conexões, 
mudanças de direção ou de declividade ou em um trecho de 20m retilíneos, 
Uso racional e reúso de água10
deve-se instalar uma caixa de inspeção nas tubulações enterradas, e para 
tubulações aparentes deve-se utilizar dispositivos de inspeção.
Existem quatro grupos principais que abrangem os métodos utilizados 
para dimensionar o reservatório, sendo eles (AMORIM; PEREIRA, 2008): 
 � métodos determinísticos: analisa-se os dados de precipitação pluvio-
métrica e de demanda por meio da curva de massa; 
 � métodos aproximados: baseia-se em relações empíricas conhecidas; 
 � métodos de modelação: conhecidos também como métodos de tran-
sição probabilística da matriz; 
 � métodosde análises de sistemas: linear, não linear ou programação 
dinâmica. 
O dimensionamento do volume do reservatório deve considerar os crité-
rios técnicos, econômicos e ambientais, podendo ser utilizados os métodos 
apresentados no Anexo A da ABNT NBR 15527:2007 ou outro previamente 
justificado. Essa normativa apresenta, para fins de dimensionamento do 
volume de chuva aproveitável, a seguinte equação:
V = P × A × C × ηfator de captação
onde:
 � V: volume anual, mensal ou diário de água da chuva aproveitável;
 � P: precipitação média anual, mensal ou diária;
 � A: área de coleta;
 � C: coeficiente de escoamento superficial da cobertura;
 � ηfator de captação: eficiência do sistema de captação, considerando o dispo-
sitivo de descarte de sólidos e o desvio de escoamento inicial, caso o 
desvio seja utilizado (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2007).
No Anexo A, a ABNT NBR 15527:2007 apresenta os seguintes métodos de 
cálculo: 
 � método de Rippl;
 � método da simulação;
 � método Azevedo Neto;
 � método prático alemão;
Uso racional e reúso de água 11
 � método prático inglês;
 � método prático australiano.
No método de Rippl são utilizadas as séries históricas mensais ou diárias, 
mediante as seguintes equações:
S(t) = D(t) – Q(t)
Q(t) = C × precipitação da chuva(t) × área de captação
V = ΣS(t), somente para valores S(t) > 0
sendo que: 
ΣD(t) < ΣQ(t)
onde:
 � S(t): volume de água no reservatório no tempo t;
 � Q(t): volume de chuva aproveitável no tempo t;
 � D(t): demanda ou consumo no tempo t;
 � V: volume do reservatório;
 � C: coeficiente de escoamento superficial.
De acordo com Amorim e Pereira (2008), o método de Rippl é também de-
nominado de método do diagrama de massas, sendo também o mais utilizado, 
devido a sua fácil aplicação. Porém os autores indicam que a utilização desse 
método é criticada por se tratar de um método desenvolvido para dimen-
sionamento de grandes reservatórios, o que acarreta uma superestimativa 
do volume reservado.
Os autores afirmam que a precisão no dimensionamento se dá pelo período 
de coleta de dados pluviométricos e, quanto mais prolongado for o período 
analisado, maior será a eficiência do dimensionamento. Assim, podem-se 
utilizar duas formas de verificação do volume do reservatório por meio desse 
método: o método analítico e o método gráfico.
Para o método de simulação, a evaporação da água não é levada em 
conta. Dessa maneira, para um determinado mês, a ABNT NBR 15527:2007 
determina que seja utilizada a equação da continuidade a um reservatório 
finito, conforme apresentado a seguir:
Uso racional e reúso de água12
S(t) = Q(t) + S(t–1) – D(t)
Q(t) = C × precipitação da chuva(t) × área de captação
sendo que: 
0 ≤ S(t) ≤ V
onde:
 � S(t): volume de água no reservatório no tempo t;
 � S(t-1): volume de água no reservatório no tempo t-1;
 � Q(t): volume de chuva no tempo t;
 � D(t): consumo ou demanda no tempo t;
 � V: volume do reservatório fixado;
 � C: coeficiente de escoamento superficial.
A normativa ressalta que para esse método são admitidas duas hipóteses: o 
reservatório está cheio no início da contagem do tempo t, e os dados históricos 
são considerados representativos para as condições futuras.
Já para o método azevedo neto, o volume de chuva se dá mediante o uso 
da seguinte equação:
V = 0,042 × P × A × T
onde:
 � P: valor numérico da precipitação média anual em mm;
 � T: número de meses de pouca chuva ou seca;
 � A: área de coleta em projeção em m²;
 � V: volume de água aproveitável e o volume de água do reservatório 
em litros.
De acordo com Bezerra et al. (2010), o método Azevedo Neto é também 
denominado como método prático brasileiro.
Para o método prático alemão utiliza-se o menor valor do volume do 
reservatório, com 6% do volume anual de consumo e com 6% do volume anual 
de precipitação aproveitável, conforme apresentado a seguir:
Uso racional e reúso de água 13
Vadotado = mínimo de (volume anual precipitado aproveitável 
e volume anual de consumo) × 0,06(6%)
Vadotado = mín (V; D) × 0,06
onde:
 � V: volume aproveitável de água de chuva anual em litros;
 � D: valor numérico da demanda anual da água não potável em litros;
 � Vadotado: volume de água do reservatório em litros.
Para o método prático inglês deve-se utilizar a seguinte equação:
V = 0,05 × P × A
onde:
 � P: valor numérico da precipitação média anual em mm;
 � A: área de coleta em projeção em m²;
 � V: volume de água aproveitável e volume de água da cisterna em litros.
Enquanto para o método prático australiano obtém-se o volume de chuva 
mediante a seguinte equação:
Q = A × C × (P – I)
onde:
 � C: coeficiente de escoamento superficial, utiliza-se geralmente 0,80;
 � P: precipitação média mensal;
 � I: interceptação da água que molha as superfícies e perdas por eva-
poração, geralmente 2mm;
 � A: área de coleta;
 � Q: volume mensal produzido pela chuva.
Nesse método, o cálculo do volume do reservatório dá-se por meio de 
tentativas que têm por objetivo encontrar valores otimizados de confiança 
e volume do reservatório, dando início pela seguinte equação:
Vt = Vt–1 + Qt – Dt
Uso racional e reúso de água14
onde:
 � Qt: volume mensal produzido pela chuva no mês t;
 � Vt: volume de água que está no tanque no fim do mês t;
 � Vt-1: volume de água que está no tanque no início do mês t;
 � Dt: corresponde à demanda mensal.
A normativa ressalta que no primeiro mês o reservatório é considerado 
vazio. Quando (Vt-1 + Qt – D) < 0, então o Vt = 0, sendo que o volume do tanque 
escolhido será t. A confiança é obtida pela seguinte equação:
Pr – Nr/N
onde:
 � Pr: é considerado a falha;
 � Nr: é o número de meses que o reservatório não atendeu a demanda, 
ou seja, quanto Vt = 0;
 � N: corresponde ao número de meses considerados, geralmente 
12 meses;
Confiança = (1 – Pr)
A ABNT NBR 15527:2007 recomenda que os valores de confiança fiquem 
entre 90% e 99%.
Amorim e Pereira (2008) afirmam que os métodos práticos brasileiro e 
inglês apresentam valores relativamente elevados, enquanto os métodos 
práticos alemão e australiano apresentam valores bastante conservadores. 
Com essas constatações, os autores indicam que os métodos práticos bra-
sileiro e inglês devem ser utilizados em projetos em que se tem o intuito de 
atender a demanda durante o ano inteiro ou por maior período de tempo 
possível, sendo recomendados para regiões onde ocorre escassez de água. 
Já os métodos práticos alemão e australiano devem ser utilizados quando 
deseja-se diminuir os gastos com o sistema, determinando, assim, um reser-
vatório com dimensões reduzidas. Porém, nesses casos, faz-se necessária a 
utilização de outras fontes de abastecimento, para suprir as demandas que 
o reservatório não comportar.
Uso racional e reúso de água 15
Os métodos práticos são indicados para residências unifamiliares e peque-
nos estabelecimentos por se tratar de métodos menos complexos e de fácil 
aplicação. Métodos mais complexos, como Rippl e simulação, são indicados 
para o dimensionamento de reservatórios de projetos maiores, como indús-
trias. Entretanto, cabe ressaltar, que não há restrição de aplicação desses 
métodos conforme as tipologias das edificações.
Ao escolher os materiais de revestimento para as áreas de captação, 
deve-se optar por revestimentos que apresentam maior coeficiente de esco-
amento, a fim de minimizar perdas. Sacadura (2011) apresenta o coeficiente 
de escoamento como a relação entre o volume total de água pluvial que é 
recolhida pela área de captação, sendo encaminhada para as calhas, e o volume 
total da água precipitada. No Quadro 1, veja alguns valores do coeficiente de 
escoamento para diversos tipos de superfícies.
Quadro 1. Coeficientes de escoamento de acordo com a superfície de captação
Superfície de captação Coeficiente de escoamento
Telhados
Telhas cerâmicas 0,80 – 0,90
Telhas esmaltadas 0,90 – 0,95
Telhas corrugadas de metal 0,80 – 0,90
Cimento, amianto 0,80 – 0,90
Plástico, PVC 0,90 – 0,95
RelvadosSolo arenoso plano (2%) 0,05 – 0,10
Solo arenoso declive médio (2% - 7%) 0,10 – 0,15
Solo arenoso declive grande (7%) 0,15 – 0,20
Ruas
Asfaltadas 0,70 – 0,95
Betonadas 0,80 – 0,95
Vias para automóveis e peões 0,75 – 0,85
Fonte: Adaptada de Sacadura (2011).
Uso racional e reúso de água16
Para o cálculo do volume de água que deve ser desviado do reservatório, 
Sacadura (2011) indica que seja realizado conforme a área de cobertura e em 
uma altura de precipitação pré-estabelecida, mediante o uso da seguinte 
equação:
Vd = P × A
onde:
 � Vd: volume a ser desviado do sistema em litros;
 � P: altura de precipitação admitida para o first flush em mm, normal-
mente sendo 2mm;
 � A: área de captação em m².
Caso seja admitida a utilização do critério de tempo, deve-se adotar o 
desvio dos primeiros 10 minutos de precipitação. Pode ser utilizado um valor 
inferior, porém não deve ser menor que 2 minutos, nem se excederem quatro 
dias entre precipitações. A utilização desse sistema não é essencial ao fun-
cionamento mecânico do sistema, porém apresenta um aumento significativo 
na qualidade da água.
Os dispositivos de filtragem têm por função reter os detritos que são 
conduzidos juntamente com as águas pluviais, sendo que a estrutura do 
filtro possibilita o descarte de apenas 5% da água coletada para retirar os 
resíduos. Na Figura 7 é apresentado um filtro que pode ser utilizado para 
áreas de captação de até 350m², sendo capaz de processar até 9 litros por 
segundo (SACADURA, 2011).
A ABNT NBR 15527:2007 indica o uso da ABNT NBR 5626:1998 e a ABNT NBR 
10844:1989, porém, em vez de se utilizar caixa de areia, deve-se optar por caixa 
de inspeção. Para o dimensionamento de calhas e condutores, sejam eles 
verticais ou horizontais, a normativa indica que se deve atender à ABNT NBR 
10844:1989, considerando a vazão do projeto e a intensidade pluviométrica. 
Para a remoção de detritos, a ABNT NBR 15527:2007 indica que seja atendida 
a ABNT NBR 12213:1992, podendo-se optar por grades e telas, a fim de evitar 
o acesso de resíduos ao reservatório.
Uso racional e reúso de água 17
Figura 7. Filtro de água pluvial.
Fonte: Catálogo Skywater (2009 apud SACADURA, 2011, 
p. 20).
Entrada de água
pluvial
Água limpa
para o depósito
Saída de água suja
Reúso de águas cinzas 
As águas cinzas advém do uso de lavatórios, chuveiros, tanques, máquinas 
de lavar roupas, máquinas de lavar louças e torneiras de cozinhas. Não sendo 
admitidas nesse montante apenas as águas advindas de vasos sanitários, 
pois essas águas são denominadas de águas marrons e apresentam grandes 
concentrações de contaminantes que poderiam comprometer a saúde dos 
usuários.
Alguns autores não indicam a utilização de águas resultantes de 
torneiras de cozinhas e máquinas de lavar louças, devido às altas 
concentrações de sabão e de gorduras.
Segundo May (2009), as águas cinzas apresentam grandes concentrações 
de sabão e outros produtos que são utilizados para a lavagem do corpo, de 
roupas e de limpeza em geral. A qualidade dessas águas pode variar conforme 
a localização da edificação, o nível de ocupação da residência, a faixa etária dos 
usuários, o estilo de vida, a classe social, a cultura e os costumes dos moradores.
Uso racional e reúso de água18
Para a utilização, indica-se o uso em descarga de vasos sanitários, lavagem 
de calçadas e ruas, irrigação de jardins, irrigação de faixas verdes em ruas 
e estradas, na construção civil, para a limpeza de tubulações, em sistemas 
decorativos, como espelhos d’água, chafarizes, fontes luminosas e demais 
elementos (MAY, 2009).
De acordo com Sant’Ana, Boeger e Monteiro (2013), os sistemas de reúso 
de águas cinzas possibilitam grandes economias no consumo de água, apre-
sentando índices de 2.541m³/ano na lavagem de roupas e 1.815m³/ano para as 
descargas sanitárias. Ao serem combinados os sistemas de aproveitamento 
de águas pluviais com os sistemas de reúso de águas cinzas pode-se ter uma 
redução equivalente a 811m³/ano.
Sant’Ana e Medeiros (2017) afirmam que a forma mais simples de reutilizar 
águas cinza é por meio do acúmulo das águas da máquina de lavar roupas 
em uma bombona, podendo ser utilizada para lavagem de pisos. Os autores 
indicam que diferentes artifícios podem ser agregados à bombona para 
facilitar a utilização, como a colocação de uma torneira ou uma mangueira 
na parte inferior do reservatório.
Os sistemas de reúso de águas cinzas isolados realiza a distribuição direta 
dos pontos externos, por meio de gravidade ou bombeamento. De acordo com 
Sant’Ana e Medeiros (2017), podem ser encontrados dois tipos de sistemas, 
sendo eles, o de desvio de água cinza bruta e o pressurizado de água cinza 
tratada. O primeiro pode ser utilizado apenas para irrigação subsuperficial 
(Figura 8), já o sistema pressurizado de água cinza tratada pode ser utilizado 
para irrigação por aspersão e, também, para a lavagem de pisos. 
Figura 8. Sistema de desvios de águas cinzas para irrigação sub-
superficial por gravidade.
Fonte: Sant’Ana e Medeiros (2017, p. 46).
Uso racional e reúso de água 19
Segundo Sant’Ana e Medeiros (2017, p. 46), o sistema de desvios apresenta 
os seguintes componentes: 
[...] registros para controle do desvio do efluente para irrigação ou esgotamento 
sanitário; filtro grosso e/ou fino para remoção de detritos; acumulador de efluente 
com extravasor; rede de distribuição de PVC perfurado ou em mangueiras porosas 
para irrigação subsuperficial em leitos drenantes; caixas de passagem e elementos 
de inspeção em junções e em pontas de rede.
Já o reúso pressurizado de águas cinzas requer tratamento prévio, a fim de 
evitar o contato direto dos usuários com possíveis contaminantes. Existem no 
mercado unidades de tratamento de águas cinzas disponíveis com capacidade 
pré-determinada, contando com processos de tratamento físico, químico e/ou 
biológico para retirar as impurezas das águas cinzas. Estes sistemas contam 
inicialmente com um filtro grosso, que tem por função evitar o entupimento 
e com processos de desinfecção, a fim de atender aos padrões biológicos 
pré-definidos (SANT’ANA; MEDEIROS, 2017).
O tratamento de águas cinzas pode ocorrer também por meio de sistemas 
alternativos que utilizam leitos cultivados no tratamento do escoamento 
superficial urbano, municipal, industrial, agrícola e em águas advindas de 
drenagem de minas. Esse sistema é desenvolvido em tanques impermeabili-
zados, onde utiliza-se um meio filtrante para plantar vegetais que convivem 
bem em um meio saturado e, ainda, suportam grandes cargas de poluentes. 
Sant’Ana e Medeiros (2017) afirmam que os leitos cultivados são utilizados em 
pequenas comunidades com menos de 500 habitantes, devido aos seu baixo 
custo de implantação, baixa demanda energética, operação e manutenção 
simplificados, além de apresentar uma remoção eficaz de sólidos suspensos, 
DBO5, nutrientes com fósforo e nitrogênio, metais pesados, diversos patógenos, 
que abrangem bactérias e vírus.
A Figura 9 apresenta leitos cultivados com fluxo do efluente vertical e ho-
rizontal, de forma que a água é tratada ao entrar em contato com a superfície 
do substrato e com as raízes dos vegetais. O sistema vertical assemelha-se 
a um filtro biológico, podendo ser combinado com o sistema horizontal, 
criando leitos cultivados híbridos. Por exigir menor área e menor custo de 
tratamento, o sistema vertical é mais utilizado, podendo ser aplicado 0,5 a 
1m² por habitante (SANT’ANA; MEDEIROS, 2017).
Uso racional e reúso de água20
Figura 9. Leitos cultivados, horizontal (a) e vertical (b).
Fonte: Sant’Ana e Medeiros (2017, p. 47).
a b
Os sistemas de reúso de águas cinzas integrados possibilitam a distribuição 
indireta de água em pontos internos e externos. Sant’Ana e Medeiros (2017) 
indicam que, normalmente, nesse sistema, a água tratada é direcionada por 
recalque para o reservatório na cobertura, realizando a alimentação dos 
pontos de consumo por gravidade. Os autores ainda apresentam a distribui-
çãomista, onde os pontos externos são abastecidos indiretamente por meio 
de recalque. O uso dessa água tratada pode se dar pela descarga sanitária, 
torneiras de uso geral e torneiras de jardim, salientando que todos os pontos 
devem ser sinalizados por se tratar de água não potável.
A Figura 10 exemplifica o sistema integrado, apresentando a rede coletora (a) 
que direciona as águas até um filtro grosso (b), encaminhando-a para a se-
dimentação (c), que direciona os sedimentos pelo expurgo (d). Após o dire-
cionamento, realiza-se o tratamento biológico da água (e), passando a seguir 
pelo reservatório de retenção e desinfecção (f), que conta com um extravasor 
(g). Do reservatório, a água segue para bomba d’água (h) e por uma unidade 
de controle (i), sendo direcionada para o reservatório de distribuição (j), que 
também é abastecido por água potável (l), mediante o controle da válvula 
solenoide (k). Após serem tratadas, as águas cinzas seguem para consumo 
pela rede de distribuição (m).
Uso racional e reúso de água 21
Figura 10. Sistema de reúso de águas cinzas integrado com pontos 
de consumo internos e externos.
Fonte: Sant’Ana e Medeiros (2017, p. 48).
Tratando-se de águas cinzas, deve-se utilizar tubulações de esgoto secun-
dário independentes das tubulações de esgoto primário, advindas de vasos 
sanitários. Sant’Ana e Medeiros (2017) indicam que a rede coletora de águas 
cinzas deve ser projetada de forma a facilitar o escoamento de despejos sem 
que haja obstrução das tubulações, além de garantir a vedação de gases e 
animais no interior das tubulações. De maneira que para a sua ocorrência 
efetiva, deve-se utilizar uma declividade mínima de 2% em tubulações com 
diâmetro igual ou inferior a 75mm ou de 1% para tubulações que apresentam 
diâmetro nominal igual ou superior a 100mm. Os autores ainda reforçam que 
os aparelhos sanitários devem contar com desconectores para evitar o odor 
ocasionado pelos gases advindos dos efluentes. Já a ventilação pode ser 
compartilhada entre o ramal de esgoto das tubulações de águas cinzas e as 
tubulações de esgoto primário.
No caso de tubos de queda de lavanderia, Sant’Ana e Medeiros (2017) 
ressaltam que deve-se instalar dispositivos antiespuma, de forma a evitar 
o retorno das espumas para o ambiente de origem. Sendo que no caso de 
condutores horizontais, ao ocorrer mudanças de direção ou declividade, 
Uso racional e reúso de água22
conexões com outras tubulações e em trechos com 15m retilíneos, faz-se 
necessária a instalação de caixas de inspeção para tubulações enterradas e 
dispositivos de inspeção, no caso de tubulações aparentes. 
Equipamentos economizadores 
Equipamentos economizadores podem ser instalados em qualquer edificação, 
seja ela em construção ou existente. O uso destes equipamentos acarreta uma 
economia significativa de água, além de evitar o desperdício desse recurso 
natural que se encontra em escassez. 
Sant’Ana, Boeger e Monteiro (2013) indicam que o uso de aspersores na 
irrigação em jardins apresentam ser 6% mais eficientes que o uso de manguei-
ras. Sendo que o uso de mangueiras apresenta uma alta vazão, na faixa de 
17,7 litros/min, excedendo também em 2% o tempo de irrigação para cada metro 
quadrado. O Quadro 2 apresenta os indicadores de consumo para lavagem de 
piso e irrigação de jardim, de forma que é possível observar que a lavagem 
de piso com mangueira e a irrigação de jardim por aspersores necessitam de 
menor demanda de água durante a sua utilização.
Quadro 2. Indicadores de consumo
Usos-Finais Vazão Frequência por dia de uso Demanda
Lavagem de piso –mangueira 15,6 l/min 2 seg/m² 0,5 l/m²/d
Lavagem de piso –lavadora 8,0 l/min 9 seg/m² 1,1 l/m²/d
Irrigação de jardim 
– mangueira
17,1 l/min 7 seg/m² 1,7 l/m²/d
Irrigação de jardim 
– aspersores
3,1 l/min 5 seg/m² 0,1 l/m²/d
Fonte: Adaptado de Sant’Ana, Boeger e Monteiro (2013).
Analisando os cenários com aproveitamento de águas pluviais e reúso 
de águas cinzas, Sant’Ana, Boeger e Monteiro (2013) apresentam os índices 
de redução para lavagem de pisos e irrigação, descarga sanitária e lavagem 
de roupas utilizando cada um destes sistemas, conforme apresentado no 
Quadro 3.
Uso racional e reúso de água 23
Quadro 3. Reduções no consumo de água
Sistema Cenário Descrição
Eficiência 
do sistema 
(%)
Potencial 
de redução 
(%)
Economia 
de água 
(m³/ano)
Aprovei-
tamento 
de águas 
pluviais
1
Lavagem 
de pisos e 
irrigação
100 0,7 81
2 Descarga sanitária 60 9,5 1.094
3 Lavagem de roupas 48 10,6 1.229
Reúso 
de águas 
cinzas
1
Lavagem 
de pisos e 
irrigação
100 0,7 81
2 Descarga sanitária 100 15,7 1.815
3 Lavagem de roupas 100 22,0 2.541
Fonte: Adaptado de Sant’Ana, Boeger e Monteiro (2013).
Os dados de eficiência apresentados por Sant’Ana, Boeger e Monteiro 
(2013) referem-se ao fato de a frequência de precipitação não ser suficiente 
para manter os reservatórios de águas pluviais sempre cheios ou com, pelo 
menos, o volume necessário para o seu funcionamento. Dessa maneira, 
a demanda de descargas sanitárias só seria atendida em 60%, enquanto a 
demanda para lavagem de roupas seria de 48% (SANT'ANA, BOEGER, MON-
TEIRO, 2013).
De acordo com Kalbusch (2011), para que haja eficiência com o uso de 
equipamentos economizadores, deve-se atentar para os seguintes requisi-
tos: tipologia da edificação, características do sistema hidráulico, usuários 
e suas necessidades. Sendo que, sempre que possível, devem ser realizadas 
medições in loco, procedimentos de investigação e entrevista com os futuros 
usuários da edificação.
Uso racional e reúso de água24
Dentre os levantamentos realizados, Kalbusch (2011) ressalta que a uti-
lização de torneira com sensor de presença em lavatórios para residências, 
indicam uma economia média estimada de água de até 87,5%. Enquanto 
chuveiro dotado de dispositivo regulador de vazão, também em âmbito re-
sidencial, pode apresentar uma economia de 45%. Já a bacia sanitária com 
sistema duplo de descarga, utilizando 3 ou 6 litros de água por acionamento, 
pode apresentar uma economia de água de 68,8% em residências. No caso 
de cozinhas, a torneira eletrônica apresentou o melhor índice de economia 
de água no cenário residencial, compreendendo 57,5%.
Gonçalves (2007) apresenta opções de bacias sanitárias que apresentam 
especificações visando à economia de água, sendo elas: 
 � bacia sanitária com válvula de descarga de ciclo fixo e volume de 
descarga de 6L; 
 � bacia sanitária com caixa de descarga externa ou embutida com volume 
de 6L; 
 � bacia sanitária com caixa de descarga pressurizada (necessita de 140kPa 
de pressão mínima de operação); 
 � bacia sanitária com válvula de descarga eletrônica de ciclo fixo e volume 
de descarga de 6L.
Marins e Moura (2015) complementam que a bacia sanitária econômica 
não apresenta sifão, sendo assim, por meio de um basculante, os dejetos 
são direcionados diretamente para a rede de esgoto, utilizando apenas 
2 litros de água no acionamento da descarga. Já a descarga à vácuo necessita 
apenas de 1,5 litros para realizar a limpeza da porcelana, devido ao fato de 
os dejetos serem levados por meio do ar, porém, para o seu funcionamento, 
faz-se necessário o uso de energia elétrica.
Para as torneiras de lavatório, Gonçalves (2007) indica o uso de torneiras 
com arejadores hidromecânicas (Figura 11) (que apresentam fechamento auto-
mático) ou com sensor de presença (eletrônico). O arejador é um componente 
utilizado para reduzir a seção de passagem de água por meio de telas finas, 
apresentando em sua lateral orifícios para a entrada de ar, enquanto ocorre o 
escoamento de água. Segundo Vimieiro (2005), os arejadores podem, também, 
controlar a dispersão do jato e a redução da vazão, que atuam diretamente na 
minimização do consumo de água. Marins e Moura (2015) indicam uma economia 
de água de 50% com o uso de arejadores. Entretanto, Vimieiro (2005) salienta 
que esses componentes não são indicados para torneiras de limpeza e de 
tanques, pois nesseslocais necessita-se de maior vazão durante a utilização.
Uso racional e reúso de água 25
Figura 11. Torneira hidromecânica.
Fonte: Neto e Júlio (2014 apud MARINS; MOURA, 2015, documento on-line).
1 – Pressionar 2 – Lavar 3 – Fecha 
automaticamente
Segundo Marins e Moura (2015), as torneiras hidromecânicas apresentam 
uma economia de água na faixa de 30 a 77%. Enquanto o registro restritor de 
vazão acarreta uma economia de 60%, sendo que a sua função é controlar 
a vazão de água da torneira mediante o uso de um parafuso. A Figura 12 
exemplifica um registro restritor de vazão.
Figura 12. Registro restritor de vazão.
Fonte: Neto e Júlio (2014 apud Marins; 
Moura, 2015, documento on-line).
De acordo com Vimieiro (2005), o sistema de funcionamento eletrônico 
ou por sensor de presença apresenta uma unidade eletrônica que mede 
as informações e aciona o comando de abertura, sendo o seu sinal emitido 
continuamente para que o fluxo de água seja liberado quando o usuário se 
aproxima da torneira e, ao se afastar da torneira, ocorre o seu fechamento ou 
Uso racional e reúso de água26
por no máximo 150 segundos. Este tipo de torneira é composto por um sensor 
de presença, pelo componente eletrônico de comando, pela válvula solenoide 
e pela própria torneira, sendo alimentado por rede elétrica ou por baterias.
Na utilização de chuveiros, Gonçalves (2007) indica a instalação de dispo-
sitivos para reduzir o consumo de água, que tem por função manter a vazão 
constante, por meio de 10 a 40mca de pressão, apresentando modelos no 
mercado de 6, 8, 10, 12 e 14L/min. O autor ainda ressalta a importância do 
uso de misturadores termostáticos, que são equipamentos que fornecem 
a água fria e quente já misturadas, conforme a temperatura escolhida pelo 
usuário. Desta maneira, evita-se o desperdício de água, caso o usuário tenha 
que adequar a temperatura, devido às oscilações de temperatura que podem 
vir a ocorrer.
Em cozinhas e lavanderias, Gonçalves (2007) recomenda a instalação de 
arejadores nas torneiras a fim de reduzir o consumo de água. Além disso, 
no mercado podem ser encontradas opções de máquinas de lavar louças e 
de lavar roupas que são mais eficientes no consumo de água.
A procura por equipamentos mais eficientes tem sido cada vez mais fre-
quente, devido à preocupação com o consumo exagerado e, consequente-
mente, o desperdício deste recurso natural. Portanto, o mercado tem se 
mostrado cada vez mais aberto a novas alternativas e mais empenhado em 
promover a qualidade ambiental, visando à sustentabilidade e a um retorno 
positivo frente às ações tomadas. Com isso, surgem com frequência novos 
equipamentos que possibilitam a economia de água, como chuveiros, torneiras 
e vasos sanitários. Cabendo ao profissional indicar as alternativas mais viáveis 
para atender às necessidades dos clientes.
Referências
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para reservatórios utilizados em aproveitamento de água pluvial. Ambiente Construído, 
Porto Alegre, v. 8, n. 2, p. 53–66, 2008. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/ambiente-
construido/article/view/5359/3284. Acesso em: 12 mar. 2021. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15527:2007. Água de chuva: 
aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis: requisitos. 
Rio de Janeiro: ABNT, 2007.
BEZERRA, S. M. C. et al. Dimensionamento de reservatório para aproveitamento de água 
de chuva: comparação entre métodos da ABNT NBR 15527:2007 e Decreto Municipal 
293/2006 de Curitiba, PR. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 10, n. 4, p. 219–231, 
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12 mar. 2021. 
Uso racional e reúso de água 27
CARVALHO, R. S. Potencial econômico do aproveitamento de águas pluviais: análise 
da implantação de um sistema para a região urbana de Londrina. 2010. Trabalho de 
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KALBUSCH, A. Método para avaliação do impacto ambiental da substituição de equipa-
mentos convencionais por equipamentos economizadores de água a partir da avaliação 
do ciclo de vida. 2011. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Programa de Pós-Gradu-
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Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/96057/300013.
pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 12 mar. 2021.
MANDELLI, T. J.; CAUDURO, F.; SILVA, C. R. Viabilidade de implantação do aproveitamento 
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NEAMENTO E MEIO AMBIENTE, 29., 2018, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: AESABESP, 2018. 
Disponível em: https://tratamentodeagua.com.br/wp-content/uploads/2019/03/9529.
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AMBIENTAL, 6., 2015, Porto Alegre. Anais [...]. Porto Alegre: IBEAS, 2015. Disponível em: 
https://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2015/I-009.pdf. Acesso em: 12 mar. 2021.
MAY, S. Caracterização, tratamento e reúso de águas cinzas e aproveitamento de águas 
pluviais em edificações. 2009. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Escola Politéc-
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SACADURA, F. O. M. O. Análise de sistemas de aproveitamento de água pluvial em 
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SANT’ANA, D. R.; BOEGER, L.; MONTEIRO, L. Aproveitamento de águas pluviais e o reúso 
de águas cinzas em edifícios residenciais de Brasília – parte 1: reduções no consumo 
de água. Paranoá, Brasília, n. 10, p. 77–84, 2013. Disponível em: https://periodicos.unb.
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SANT’ANA, D. R.; MEDEIROS, L. B. P. Aproveitamento de águas pluviais e reúso de águas 
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Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal. Disponível em: http://www.adasa.
df.gov.br/images/storage/area_de_atuacao/abastecimento_agua_esgotamento_sani-
tario/regulacao/reuso_aguas_cinza_aproveitamento_aguas_pluviais/reusodf_2_pa-
droes_qualidade.pdf. Acesso em: 12 mar. 2021.
Uso racional e reúso de água28
VIMIEIRO, G. V. Educação ambiental e emprego de equipamentos economizadores na 
redução do consumo de água em residências de famílias de baixa renda e em uma 
escola de ensino fundamental. 2005. Dissertação (Mestrado em Saneamento, Meio 
Ambiente e Recursos Hídricos) – Programa de Pós-Graduação em Saneamento, Meio 
Ambiente e Recursos Hídricos, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 
2005. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ENGD-6L8PRD/1/
gisele_vidal_vimieiro.pdf. Acesso em: 12 mar. 2021.
XAVIER, N. C. et al. Sistema de aproveitamento de águas pluviais em residência em 
Brasília/DF. In: CONGRESSO TÉCNICO CIENTÍFICO DA ENGENHARIA E DA AGRONOMIA – 
CONTECC, 1., 2019, Palmas. Anais [...]. Palmas: [s. n.], 2019. Disponível em: https://www.
confea.org.br/sites/default/files/uploads-imce/Contecc2019/Civil/SISTEMA%20DE%20APROVEITAMENTO%20DE%20AGUAS%20PLUVIAIS%20EM%20RESIDENCIA%20DE%20
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Leituras recomendadas
ALEXANDRE, A. C.; KALBUSCH, A.; HENNING, E. Avaliação do impacto da substituição 
de equipamentos hidrossanitários convencionais por equipamentos economizado-
res no consumo de água. Engenharia Sanitária Ambiental, Rio de Janeiro, v. 22, n. 5, 
p. 1005–1015, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/esa/v22n5/1809-4457-
-esa-s1413-41522016130494.pdf. Acesso em: 12 mar. 2021.
BERTOLINI, T. et al. Viabilidade econômica da implantação de um sistema de equipamen-
tos economizadores de água e de captação de água pluvial para residência unifamiliar. 
Perspectivas Online: Exatas & Engenharias, Campos dos Goytacazes, v. 23, n. 8, p. 1–17, 
2018. Disponível em: https://ojs3.perspectivasonline.com.br/exatas_e_engenharia/
article/view/1341/1314. Acesso em: 12 mar. 2021. 
GAITÁN, M. C. P.; TEIXEIRA, B. A. N. Aproveitamento de água pluvial e sua relação com 
ações de conservação de água: estudo de caso em hospital universitário, São Carlos 
(SP). Engenharia Sanitária Ambiental, Rio de Janeiro, v. 25, n. 1, p. 133–144, 2020. Dispo-
nível em: https://www.scielo.br/pdf/esa/v25n1/1809-4457-esa-25-01-133.pdf. Acesso 
em: 12 mar. 2021.
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Uso racional e reúso de água 29
Dica do professor
O sistema de aproveitamento de águas pluviais é composto por área de captação, tubulações, 
filtros e reservatório de armazenamento, podendo-se utilizar a água coletada para irrigação de 
jardins, lavagem de pisos e descarga em vasos sanitários.
Para o dimensionamento desse sistema, podem ser utilizados os métodos apresentados pela NBR 
15527: método de Rippl, método da simulação, método Azevedo Neto, método prático 
alemão, método prático inglês e método prático australiano.
Nesta Dica do Professor, você observará algumas particularidades no dimensionamento do sistema 
de aproveitamento de águas pluviais.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
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Exercícios
1) O aproveitamento de águas pluviais possibilita um maior controle do escoamento das 
pluviais, previne a ocorrência de inundações, conserva a água potável para uso essencial, 
restaura o ciclo hidrológico em áreas urbanas e promove a educação ambiental.
Entre as alternativas apresentadas a seguir, indique quais apontam possíveis usos para a 
água não potável.
(I) Descarga em bacia sanitária 
(II) Irrigação de plantas 
(III) Torneira de lavatório 
(IV) Espelho d'água 
(V) Piscina
Está correto o que se afirma em:
A) I, II e IV, apenas.
B) I e II, apenas.
C) IV e V, apenas.
D) I, II, III, IV e V.
E) II, III e V, apenas.
2) O sistema de aproveitamento de águas pluviais é composto por área de captação, 
tubulações, filtros, reservatório de armazenamento e tratamento de água.
Entre as alternativas apresentadas a seguir, identifique em qual etapa ocorre o processo de 
filtração e desinfecção da água.
A) Tubulações.
B) Área de captação.
C) Filtros.
D) Reservatório de armazenamento.
E) Tratamento de água.
3) Para dimensionar o volume do reservatório, devem ser considerados os critérios técnicos, 
econômicos e ambientais, utilizando os métodos apresentados pela ABNT NBR 15527: 
método de Rippl, método da simulação, método Azevedo Neto, método prático alemão, 
método prático inglês e método prático australiano.
Entre os métodos apresentados a seguir, determine quais são os mais indicados para atender 
à demanda de uma residência durante o ano inteiro. 
A) Método de Rippl e método da simulação.
B) Método Azevedo Neto e método prático inglês.
C) Método prático australiano e método prático alemão.
D) Método prático alemão e método prático inglês.
E) Método de Rippl e método australiano.
4) As águas cinzas resultam do uso de lavatórios, chuveiros, tanques, máquinas de lavar roupas, 
máquinas de lavar louças e torneiras de cozinhas, podendo ser utilizadas em descargas de 
vasos sanitários, lavagem de pisos, irrigação de jardins e sistemas decorativos.
Analise as características apresentadas a seguir e identifique a qual sistema de reuso de 
águas cinzas correspondem. Em seguida, assinale a ordem correta das respostas.
(A) Sistema de reúso de águas cinzas isolado 
(B) Sistema de reúso de águas cinzas integrado
( ) Distribuição indireta em pontos internos e externos. 
( ) Distribuição direta aos pontos externos por gravidade ou bombeamento. 
( ) Divide-se em dois tipos de sistemas: desvio de água cinza bruta e pressurizado de água 
cinza tratada. 
( ) Pode apresentar distribuição mista, por meio do abastecimento indireto dos pontos 
externos por recalque.
A) B – A – B – A.
B) A – B – A – B.
C) B – A – A – B.
D) A – B – B – A.
E) A – B – A – B.
5) Antes de indicar o uso de equipamentos economizadores, o profissional deve analisar a 
tipologia da edificação, as características do sistema hidráulico, os usuários e as suas 
necessidades. Entre esses equipamentos, existem componentes que promovem reduções 
significativas no consumo de água.
Analise as afirmações apresentadas a seguir e indique quais são verdadeiras (V) e quais 
são falsas (F).
( ) Os arejadores são componentes utilizados em torneiras, com o intuito de reduzir a 
passagem de água, controlando a dispersão do jato e reduzindo a vazão, o que significa uma 
economia em torno de 50%.
( ) Em chuveiros, podem ser instalados dispositivos que mantêm a vazão constante e, 
consequentemente, reduzem o consumo de água. Ao associar ao uso de misturadores 
termostáticos, evita-se também o desperdício de água.
( ) As bacias sanitárias com o sistema duplo de descarga consomem até 6L por acionamento 
e podem significar uma economia de 68,8%. Já a bacia sanitária econômica consome apenas 
0,5L de água, pois o seu sifão é ligado diretamente à rede de esgoto.
Qual das alternativas apresenta a ordem correta?
A) V – F – V.
B) F – F – V.
C) F – V – F.
D) V – V – F.
E) V – F – F.
Na prática
A escassez de água é uma realidade que assombra as famílias que residem no semiárido brasileiro, 
trazendo consigo o agravo à saúde dos moradores e resultando no abandono das residências, rumo 
às cidades mais desenvolvidas.
Para garantir água de qualidade e possibilitar a sobrevivência de forma digna para essas famílias, a 
Fundação Banco do Brasil e a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), junto à comunidade, 
construíram cisternas com placas pré-moldadas, garantindo, assim, água de qualidade para essa 
região.
Confira, neste Na Prática, como são desenvolvidas essas cisternas.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Aproveitamento de água pluvial e sua relação com ações de 
conservação de água: estudo de caso em hospital universitário, 
São Carlos (SP)
Neste artigo, você poderá acompanhar a avaliação de potencial de economia de água, pela 
instalação do sistema de aproveitamento de águas pluviais em um hospital universitário.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Avaliação do impacto da substituição de equipamentos 
hidrossanitários convencionais por equipamentos 
economizadores no consumo de água
Confira neste material uma quantificação do impacto da troca de equipamentos tradicionais por 
equipamentos economizadores em uma instituição de ensino superior.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdoou clique no código para acessar.
Viabilidade econômica da implantação de um sistema de 
equipamentos economizadores de água e de captação de água 
pluvial para residência unifamiliar
Neste material, você encontra uma análise da viabilidade econômica para instalação de 
equipamentos economizadores de água, com um sistema de captação de água pluvial.
https://www.scielo.br/pdf/esa/v25n1/1809-4457-esa-25-01-133.pdf
https://www.scielo.br/pdf/esa/v22n5/1809-4457-esa-s1413-41522016130494.pdf
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://ojs3.perspectivasonline.com.br/exatas_e_engenharia/article/view/1341/1314

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