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WBA0503_v2.0 A função social da escrita e a alfabetização em contextos tecnológicos Práticas pedagógicas de alfabetização e letramento no contexto da cultura digital A presença da tecnologia no espaço da sala de aula e no cotidiano dos alunos Bloco 1 Talita da Silva Campos Educação e tecnologia • A tecnologia sempre esteve presente no cenário educacional. • O cenário da pandemia só acelerou a implementação de alguns recursos tecnológicos na educação. Figura 1 – Estudante na pandemia Fonte: Shutterstock.com. Recursos tecnológicos na educação • Ao longo dos anos, observamos uma diversidade de recursos de aprendizagem aplicados no processo de ensino-aprendizagem. Figura 2 – Estudante participando de aula online Fonte: Shutterstock.com. Práticas pedagógicas de alfabetização e letramento • Transição do modelo tradicional para um modelo no qual o aluno é responsável pela gestão do próprio aprendizado. • Professor como mediador do conhecimento. • Novas habilidades cognitivas e emocionais passam a ser exigidas no processo de ensino. • O uso das tecnologias como potencializadoras da aprendizagem. Práticas pedagógicas de alfabetização e letramento • Surgimento de uma nova forma de ensinar e de problematizar os conteúdos. • Flexibilização do aprendizado (respeito à individualidade e ao ritmo de aprendizagem dos alunos). Figura 3 – Aluno realizando atividades Fonte: Shutterstock.com. Práticas pedagógicas de alfabetização e letramento • A tecnologia é uma aliada na elaboração de atividades interativas para o processo de ensino-aprendizagem. • É necessária uma seleção dos recursos tecnológicos a serem aplicados em sala de aula de forma articulada com os objetivos de ensino. • É preciso ainda considerar o acesso dos estudantes a essas tecnologias e a disponibilidade desses recursos na escola. Práticas pedagógicas de alfabetização e letramento no contexto da cultura digital A formação de professores para o uso das tecnologias Bloco 2 Talita da Silva Campos Uso da tecnologia versus Formação dos professores • Os profissionais de educação precisam encontrar formas de aplicar os benefícios das tecnologias de informação e comunicação (TICs) em suas atividades. Figura 4 – Professora gravando aula Fonte: Shutterstock.com. Uso da tecnologia versus Formação dos professores O professor comprometido com a formação integral dos alunos e com seu preparo para o exercício da cidadania conciliará: • Saberes teóricos: disciplinas e conteúdos a serem ensinados. • Saberes didáticos: como ensinar e com quais procedimentos. • Saberes práticos: construídos ao longo de sua experiência no magistério, que envolvem criatividade, adaptação e, em algumas situações, até mesmo a capacidade de improvisação. Uso da tecnologia versus Formação dos professores Habilidades que deverão ser desenvolvidas pelos educadores para alcançar o sucesso na aprendizagem: • Ajudar na cooperação entre os alunos, uma vez que no cenário da educação on-line nem sempre as atividades com os alunos acontecem em momentos síncronos. • Escolher desafios que sejam relevantes e adequados aos objetivos de ensino e à faixa etária dos estudantes. • Formular hipóteses que possam gerar conflitos cognitivos e contribuam para o engajamento discursivo dos alunos. Uso da tecnologia versus Formação dos professores • Reconhecer que as informações fornecidas à turma não serão assimiladas por todos os alunos da mesma forma, compreendendo que, dessa forma, em algumas atividades o processo precisará ser flexibilizado a fim de respeitar o tempo de aprendizagem e desenvolvimento de cada aluno. • Utilizar os erros como ponto de partida para suscitar reflexões e assim propor novas aprendizagens. • Ampliar o universo de conhecimento dos estudantes por meio das potencialidades da tecnologia e de seus recursos. Uso da tecnologia versus Formação dos professores • Cabe ressaltar que o professor precisa ser usuário das tecnologias de modo que possa adaptá-las segundo os propósitos educativos. • A tecnologia não deve ser usada desvinculada dos objetivos pedagógicos, apenas para entretenimento. Figura 5 – Professora usando óculos de realidade virtual Fonte: Shutterstock.com. Práticas pedagógicas de alfabetização e letramento no contexto da cultura digital O letramento na cultura e no cenário digitais Bloco 3 Talita da Silva Campos O letramento e a tecnologia • Alfabetização versus letramento. • Letramento digital. Figura 6 – Letramento digital no cotidiano Fonte: Shutterstock.com. Letramento digital • A alfabetização e o letramento têm início muito antes da entrada do aluno na escola. • Com o advento da tecnologia, as crianças passam a estabelecer contato com o universo da leitura e da escrita nas plataformas digitais cada vez mais cedo. Figura 7 – Crianças interagindo com a tecnologia Fonte: Shutterstock.com. Como desenvolver o letramento digital? O trabalho com a linguagem nessa perspectiva tecnológica deve ter: • Sistematicidade. • Planejamento. • Organização. • Gestão do tempo. • Seleção adequada dos recursos. • Intencionalidade. Letramento digital • Os professores precisam oportunizar atividades nas quais os estudantes possam ler e escrever de forma criativa, espontânea e construtiva para que assim possam se inserir no universo da cultura escrita mediada pelo cenário digital. Figura 8 – Criança jogando no tablet Fonte: Shutterstock.com. Letramento digital • O letramento digital reestruturou o que entendemos por conhecimento, e os sujeitos passaram a ser autores reconhecidos como produtores de conhecimento. • Atividades que podem ser trabalhadas com os alunos: • Jogos interativos. • Criação de personagens e histórias em aplicativos. • Construção e atualização de blogs e vlogs. • Envio de e-mails. • Manutenção da rede social da turma. Teoria em Prática Bloco 4 Talita da Silva Campos Aplicação da tecnologia para o desenvolvimento do letramento digital Ana é professora do 4º ano do Ensino Fundamental de uma escola particular no centro do Rio de Janeiro. Apesar de se tratar de uma escola privada, muitos alunos estudam como bolsistas de um projeto social e suas famílias não dispõem de muitos recursos financeiros. Durante o período de pandemia, alguns alunos não conseguiram participar das aulas on-line por não possuírem computador ou conexão com a internet em suas casas. Devido a isso, a professora percebeu que havia uma considerável diferença entre as habilidades de leitura e escrita desenvolvidas pelos alunos que conseguiram participar das aulas e pelos que não tiveram essa possibilidade. Aplicação da tecnologia para o desenvolvimento do letramento digital Ao perceber que os alunos se encontravam em diferentes estágios de aprendizado das habilidades de escrita e leitura, a professora Ana começou a se questionar sobre o que poderia fazer para intervir na situação. Figura 9 – Professora utilizando dinâmica na aula on-line Fonte: Shutterstock.com. Reflita sobre a seguinte situação Muitos alunos da turma não tiveram a oportunidade de fazer uso da tecnologia em seus processos de aprendizagem, e, agora que a escola adotou um modelo híbrido de ensino, serão necessárias a apresentação desses recursos e a instrumentalização dos alunos para esses usos. Pensando nisso, o projeto social que oferece apoio aos alunos bolsistas conseguiu ofertar smartphones para eles de modo que possam participar das atividades propostas no ambiente virtual utilizado pela escola. Como apresentar os recursos tecnológicos e propor atividades de recuperação para os alunos com dificuldade sem atrasar os demais estudantes? Quais atividades podem ser propostas? Norte para a resolução • Primeiramente, devemos considerar que o uso da tecnologia requer habilidades de manuseio. Sendo assim, será necessário realizar com os alunos uma espécie de oficina para apresentar os recursos tecnológicos disponíveisno celular ofertado, como aplicativos de jogos, programas para assistir a vídeos e editores de textos. • É possível ainda contar com o auxílio dos responsáveis, que poderão auxiliar os alunos na realização das tarefas propostas para casa. • O professor pode disponibilizar pequenos tutoriais em vídeos ou arquivos de imagens com os passos para acessar os recursos de ensino. Norte para a resolução Podem ser propostas atividades que contemplem quaisquer um dos três eixos a seguir: 1. Propostas de trabalho voltadas para a produção de textos Exemplo: escrita de um convite através de um aplicativo de troca de mensagens. 2. Propostas de trabalho voltadas para a compreensão dos gêneros do discurso Exemplo: análise de um vídeo curto que trabalhe uma questão social ou ambiental. 3. Propostas voltadas para a leitura e a percepção de textos diversificados Exemplo: indicação de obra literária por meio de um resumo para postar no blog da escola. Dicas do(a) Professor(a) Bloco 5 Talita da Silva Campos Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Leitura Fundamental Indicação de leitura 1 O objetivo deste artigo é refletir sobre as diferentes formas de incorporar as modalidades do letramento às práticas educacionais. Ele discute ainda sobre a autonomia do professor diante do uso das tecnologias. Referência MOREIRA, Carla. Letramento digital: do conceito à prática. Anais do SIELP, Uberlândia, v. 2, n. 1, 2012. Indicação de leitura 2 O artigo indicado mapeou as produções brasileiras sobre letramento digital entre os anos 2000 e 2010. Seu objetivo é discutir sobre as tecnologias digitais e a educação, de modo a apresentar o computador e a internet como instrumentos que podem favorecer a aprendizagem. Referência RIBEIRO, Mariana Henrichs; FREITAS, Maria Teresa de Assunção. Educ. Tecnol., Belo Horizonte, v. 16, n. 3, p. 59-73, set./dez. 2011. Dica do(a) Professor(a) Um recurso tecnológico que pode tornar a aprendizagem durante a alfabetização mais interativa e divertida é o GraphoGame. Criado em parceria uma parceria entre a PUC do Rio Grande do Sul (PUCRS) e o Instituto do Cérebro (InsCer), trata-se de um aplicativo que pode ser baixado gratuitamente para todos os aparelhos smartphone. É uma das iniciativas do Governo Federal instituídas pela Política Nacional de Alfabetização (PNA). Para jogar e aprender mais com o GraphoGame, basta buscar pelo nome na loja de aplicativos de seu celular e instalar seguindo os passos. Depois é só aprender e se divertir! ALMEIDA, G. P. A produção de textos nas séries iniciais: desenvolvendo as competências de escrita. 6. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2011. BRANDÃO, A. C. P.; ROSA, E. C. S. (org.). Ler e escrever na educação infantil: discutindo práticas pedagógicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. FERREIRO, E. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 1993. GÓMEZ, A. P. Educação na era digital: a escola educativa. Porto Alegre: Penso, 2015. PERRENOUD, P.; THURLER, M. G. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002. ROCHA, D. G.; OTA, M.; HOFFMANN, G. (org.). Aprendizagem digital: curadoria, metodologias e ferramentas para o novo contexto educacional. Porto Alegre: Penso, 2021. SOARES, M. Alfabetização e letramento. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2008. ZUNINO, D. L.; PIZANI, A. P. A aprendizagem da Língua Escrita na Escola: reflexões sobre a proposta pedagógica construtivista. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. Referências Bons estudos!
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