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APOSTILA INTRODUCAO A PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLINICA

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1 
 
 
INTRODUÇÃO A PSICOPEDAGOGIA 
INSTITUCIONAL E CLINICA 
1 
 
 
Sumário 
 
Introdução ........................................................................................................ 3 
Origem e história da Psicopedagogia .............................................................. 4 
Definição da Psicopedagogia ........................................................................ 20 
Áreas de atuação da Psicopedagogia ........................................................... 25 
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Introdução à Psicopedagogia: Bases 
Conceituais e Origem 
 
Introdução 
 
A psicopedagogia é uma área de atuação que compreende dois campos 
distintos, porém complementares, para assegurar e implementar qualidade na área 
da educação: a psicologia e a pedagogia. 
Por meio da psicologia aplicada diretamente à prática da pedagogia é possível 
compreender com êxito as necessidades e todas as dificuldades abrangentes no 
aprendizado educacional das pessoas, sejam adolescentes, crianças ou até mesmo 
adultos. 
A origem da psicopedagogia foi um método desenvolvido para solucionar os 
problemas encontrados através da psicologia educacional. Enquanto a psicologia 
educacional encontrava a raiz do problema da dificuldade no aprendizado, a 
psicopedagogia foi a solução. 
Através de recursos que utilizam das teorias psicanalíticas, linguísticas, 
neuropsicológicas e de comportamento humano, a psicopedagogia foi elaborada com 
uma única finalidade de empregar os conhecimentos sobre o ser humano para 
intensificar os métodos de ensino pedagógico. 
A Psicopedagogia surge no cenário ocidental como um fazer empírico, 
apoiado na prática, nas experiências vividas e, principalmente, na observação 
de fatos. Sua demanda era a de atender crianças com dificuldades de aprendizagem 
cujas causas fossem estudadas pela medicina e pela psicologia. Seu objeto de 
estudo eram os sintomas das dificuldades de aprendizagem, como a desatenção, 
o desinteresse, a lentidão e a astenia, que seria a perda ou diminuição da 
força física (também podendo ser a perda ou diminuição das forças ou da 
resistência do sistema nervoso) . E o seu objetivo era remediar esses sintomas. A 
4 
 
 
dificuldade de aprendizagem seria apenas um mau desempenho, um produto a ser 
tratado. 
 
 
Origem e história da Psicopedagogia 
 
Historicamente, segundo Bossa (2007) os primórdios da Psicopedagogia 
ocorreram na Europa, ainda no século XIX, sustentada pela preocupação com os 
problemas de aprendizagem na área médica. 
Os primeiros Centros Psicopedagógicos foram fundados na França, em 1946, 
com o objetivo de desenvolver um trabalho voltado para crianças com problemas 
escolares ou comportamentais atendidos por uma equipe da área de Psicologia, 
Psicanálise e Pedagogia. 
Bossa (2007) apresenta que: 
 
5 
 
 
Observa-se que a Psicopedagogia teve uma trajetória significativa tendo, 
inicialmente, um caráter médico-pedagógico já que a equipe de trabalho era composta 
por médicos, psicólogos, pedagogos, psicanalistas e reeducadores de 
psicomotricidade e da escrita. 
Ao final dos anos 60, na Argentina, o trabalho entre os psicopedagogos e a escola e 
sua relação com os psicólogos e os pedagogos influenciaram significativamente os 
profissionais argentinos na sua atuação psicopedagógica. 
Conforme Alicia Fernández, psicopedagoga Argentina, a graduação em 
Psicopedagogia passou a existir na Argentina há mais de 30 anos, criada na 
Universidade de Buenos Aires (UBA). Deste modo, Buenos Aires foi a primeira cidade 
argentina a oferecer o curso de Psicopedagogia. (apud BOSSA, 2007, p.42-43) 
Entretanto, na prática, a atividade psicopedagógica iniciou-se antes da criação 
do próprio curso. Profissionais que possuíam outra formação viram a necessidade de 
ocupar um espaço que não podia ser preenchido pelo psicólogo nem pelo pedagogo. 
Desta maneira, começaram fazendo reeducação, com o objetivo de resolver 
fracassos escolares. 
De acordo com Peres (1998) 
 
Inicialmente, a Psicopedagogia aparece como uma disciplina na Facultad del 
Psicología da Universidad del Salvador, Buenos Aires. 
Já em 1956, a Psicopedagogia constitui-se como curso de graduação de três 
anos, para formar professores com capacitação em psicologia escolar, na confluência 
da psicologia e pedagogia. 
Müller (1995) aborda em seu artigo “Perspectivas de la psicopedagogia em el 
comienzo del milenio”, que as novas tendências do sistema educativo na Argentina, 
para melhor distribuição de recursos econômicos e humanos, atualmente organiza a 
estrutura do curso de Psicopedagogia em ciclos, propondo uma carreira de quatro 
anos. 
6 
 
 
 Portanto, estabelecendo uma grade curricular de dois anos de formação 
básica compartilhada com a carreira de Psicologia e fixando dois anos de formação 
psicopedagógica específica. Existem também os cursos de mestrados e doutorados, 
possibilitando especialização de um ano de duração, como formação acadêmica para 
a docência superior e pesquisa. 
Deste modo, como do interior da carreira de Psicologia se criou à carreira de 
Psicopedagogia, que no começo não tinha caráter universitário, mas, conforme 
adquiria significado mediante definições e aportes teóricos de especialistas, aos 
poucos, foi se construindo o seu objeto de estudo próprio: o sujeito em processo de 
ensino-aprendizagem. Em outras palavras, o sujeito como agente da sua própria 
aprendizagem. 
Com isso, a psicopedagogia argentina se origina como um conhecimento 
empírico, a partir da necessidade de atender as crianças com problemas de 
aprendizagem escolar. 
 
 
Para Visca (1987), 
 
7 
 
 
Jorge Visca é considerado pela literatura dos profissionais da área, como “pai 
da psicopedagogia”. A psicopedagogia nasceu na Argentina a partir dos seus estudos 
acerca da epistemologia da psicopedagogia, no que se chamou de epistemologia 
convergente. 
Na realidade, a Psicopedagogia é uma área do 
conhecimento que se apoia nas diferentes Ciências, tais como 
Pedagogia, Psicologia, Psicanálise, Neurologia, entre outras, 
integrando seus conhecimentos e princípios coerentemente, 
tendo como finalidade adquirir uma melhor compreensão a 
respeito dos diversos processos inerentes a aprendizagem. 
Do ponto de vista de Müller (1984), ao se referir sobre 
o objeto de estudo da psicopedagogia, deve-se levar em conta 
como se desenvolve a aprendizagem. É importante, para ela, 
considerar: “Que leis regem estes processos; que dificuldades 
interferem ou impedem; de que maneira é possívelfavorecer 
as aprendizagens ou tratar suas alterações”. (p.7-8) 
Para esta autora, a Psicopedagogia liga-se as características da 
aprendizagem, como se educa, como se ensina, como se aprende, como surgem os 
problemas da aprendizagem, quais as propostas para tratá-lo, que fazer para preveni-
los e promover mudanças nos processos de aprendizagem. 
O transcurso da prática profissional desenvolvida durante vários anos, define 
um marco contextual teórico e elabora a pratica em Psicopedagogia, gerando novos 
enfoques conceituais no interior de si mesmas. 
A graduação em psicopedagogia surgiu há mais de 30 anos na Argentina, na 
Universidade de Buenos Aires (UBA). Entretanto, o curso passou por três instâncias 
em relação ao plano de estudo: nos anos de 1956, 1958 e 1961 a ênfase esteve na 
formação biológica e psicologica; evidenciava-se a formação instrumental do 
psicopedagogo nos anos de 1963, 1964 e 1969; Assim, com a criação da licenciatura, 
o enfoque passou a ser clínico e para a obtenção do título de psicopedagogo, a 
carreira de graduação passou de quatro para cinco anos de duração em 1978, tal 
como hoje em dia. 
8 
 
 
Bossa (2007), afirma que em 1978, o terceiro momento do curso de 
psicopedagogia, com a criação da licenciatura na matéria, tal como existe atualmente, 
ou seja, uma carreira de graduação com duração de cinco anos. 
Durante os trinta anos que se passou desde o seu estabelecimento na 
Argentina, a Psicopedagogia tem ocupado um significado espaço no âmbito da 
educação e da saúde. Nesse processo evolutivo, é importante destacar um fato 
relevante que permitiu mudanças na abordagem da Psicopedagogia: da reeducação 
à clínica. 
Esse fato se relaciona a década de 70 em que surgiram, em Buenos Aires, os 
Centros de Saúde Mental, onde atuavam equipes de psicopedagogos que faziam 
diagnóstico e tratamento para os problemas relacionados à aprendizagem. 
Esses profissionais observavam que, depois de um ano de tratamento, quando 
os pacientes retornavam para controle, haviam resolvido os seus problemas de 
aprendizagem. Mas, surgiam graves distúrbios de personalidade, produzindo-se, 
pois, um deslocamento de sintoma. A partir daí ocorre uma grande mudança na 
abordagem psicopedagógica. Os psicopedagogos começam a incluir no seu trabalho 
a clínica da Psicanálise, resultando no atual perfil do psicopedagogo argentino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em 17 de setembro de 1982 foi fundada a Federación Argentina de 
Psicopedagogos (FAP) por um Colegiado Profissional de Psicopedagogos. E esse 
dia se estabeleceu como o “Dia Nacional de Psicopedagogo”. 
9 
 
 
Em 1983 foi criada a Asociación de Psicopedagogos de Capital Federal - 
PSP2. Mas foi no ano de 1986 que PSP passou a reconhecida juridicamente. È uma 
instituição que vem trabalhando para o auxílio do psicopedagogo universitário, dos 
formados em nível de pós-graduação, defendendo o campo profissional, a ética 
profissional, preservando e enriquecendo o conceito humano de nossa profissão. 
Na Argentina, a psicopedagogia tem um caráter diferenciado da 
psicopedagogia no Brasil, pois naquele país é permitida a aplicação de testes, como, 
por exemplo, as provas de inteligência, mais conhecidas por teste de Quociente de 
Inteligência5 (Q.I.) pelos psicopedagogo. Enquanto, no Brasil, somente os 
psicopedagogos com formação em Psicologia podem fazer o uso destes tipos de 
testes. 
De acordo com BOSSA (2007) alguns instrumentos de uso frequente por 
psicopedagogos argentinos não são permitidos aos brasileiros 
No Brasil não é permitido ao psicopedagogo recorrer a muitos dos instrumentos 
que são de uso do psicólogo. O psicopedagogo, que não tem formação em Psicologia, 
quando a situação requer, solicita ao psicólogo ou, dependendo do caso, a outros 
profissionais (neurologistas, fonoaudiólogos, psiquiatras), habilitados e de sua 
confiança, as informações necessárias para completar o seu diagnostico. (p. 100) 
Na década de 60, advém a Psicopedagogia no Brasil, surgindo as primeiras 
iniciativas de atuação psicopedagógica. Neste período os problemas de 
aprendizagem eram associados a uma disfunção neurológica: disfunção cerebral 
mínima6 (DCM). 
O rótulo DCM foi apenas um dentre os vários diagnósticos empregados para 
camuflar problemas de origem sociopedagógicos, termos como Transtorno de Déficit 
de Atenção e Hiperatividade (TDH/A), dislexia e outros mais, são conceitos usados 
ideologicamente para esse fim. 
Em 1958, no Brasil surge o Serviço de Orientação Psicopedagógica da Escola 
Guatemala (Escola Experimental do INEP - Instituto de Estudos e Pesquisas 
Educacionais do MEC), na Guanabara, atualmente Estado do Rio de Janeiro, tendo 
como principal objetivo a melhoria da relação professor- aluno. 
10 
 
 
No Brasil, por volta dos anos 70, alguns profissionais preocupados com os altos 
índices de evasão escolar e repetência, engajados no estudo das causas e 
intervenções dos problemas educacionais relacionados ao fracasso escolar 
trouxeram da França para a Argentina os aportes teóricos sobre a Psicopedagogia. 
Mais recentemente, isto é, desde 1980 até hoje, passamos a conceber o fracasso 
escolar também como “problemas de ensinagem”, e não somente de aprendizagem. 
Essas contribuições foram trazidas para o Brasil, tanto por meio de 
palestrantes oriundos da França como da Argentina, como também, por meio de 
professores que participavam de palestras, cursos a respeito da experiência 
psicopedagógica voltada para a educação. 
Em decorrência de novas descobertas científicas e movimentos sociais, a 
Psicopedagogia sofreu muitas influências. 
 Em 1979, decorrido quase vinte anos de prática psicopedagógica, surge na 
cidade de São Paulo, o primeiro curso em nível de pós-graduação em Psicopedagogia 
no Instituto Sedes Sapientiae, indicando como a área de psicopedagogia é 
relativamente nova no Brasil. 
Para Fagali (2007), uma das matrizes geradoras do curso de Psicopedagogia 
é o Instituto Sedes Sapientiae. Ela ressalta que 
A retomada das raízes do curso de formação em Psicopedagogia do Sedes 
Sapientiae justifica-se por ter sido um curso pioneiro na realidade de São Paulo, 
gerador de líderes de mudança que prosperaram em projetos como o da construção 
da Associação de Psicopedagogia em São Paulo” (p. 19-20) 
Podemos dizer que alguns profissionais que terminavam sua especialização 
em Psicopedagogia, no Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo, organizaram um 
grupo para estudar e definir a prática psicopedagógica que melhor trabalhasse os 
problemas de ensinagem, dando origem a Associação Estadual de Psicopedagogia 
de São Paulo (AEP). 
Após seis anos, de funcionamento a AEP, se tornou a Associação Brasileira 
de Psicopedagogia (ABPp). Há neste caminho uma diferença fundamental, pois se 
assume a área de conhecimento psicopedagógico, a partir de um órgão de classe. 
11 
 
 
 No relato que prossegue, Mônica Hoehne Mendes7 (apud Carvalho, 2005) 
comenta: 
 
Desde 1980, os psicopedagogos brasileiros podem contar com uma 
associação voltada para o interesse da classe e que luta por seus direitos. É a 
Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), criada em 1988. 
Além disso, estes vinte anos da ABPp, vêm possibilitando aos psicopedagogos 
estruturarem um espaço de discussão sobre o corpo teórico de conhecimentos 
psicopedagógicos, através do seu vasto acervo de trabalhos científicos publicados, 
dissertações de mestrado e teses de doutorado. 
A Psicopedagogia no Brasil enquanto área de atuação é sustentada por 
referenciais teóricos, isto é, uma práxis psicopedagógica. É reconhecida pela área 
acadêmica através das produções científicas consolidadas em teses, publicações e 
reuniões que tem o rigor da ciência organizadas pela Associação Brasileira de 
Psicopedagogos e por outros órgãos representados pelos profissionais e áreas afins. 
No final da década de 1970, tanto no Rio de janeiro, quanto em Curitiba, os 
estudosde Jorge Visca, psicopedagogo argentino, começaram a fazer diferença na 
compreensão do aprendiz e de suas dificuldades de aprendizagem. 
Na década de 1990, em Curitiba, os estudos da visão Sistêmica por 
psicopedagogos que possuíam a visão da Epistemologia Convergente, inicialmente 
na Síntese, bem como, no Rio de Janeiro, as contribuições de Alicia Fernàndez, 
trouxeram uma nova compreensão da dinâmica familiar e de suas relações com as 
dificuldades para aprender. 
Provavelmente, muitos fatores contribuíram para a construção da 
Psicopedagogia, cabe ressaltar que foram estes profissionais argentinos que 
trouxeram os conhecimentos da Psicopedagogia para o Brasil e enriqueceram o 
desenvolvimento desta área de conhecimento. 
12 
 
 
Consideramos importante, mencionar que a literatura francesa nos mostra 
autores como Janine Mery, Pichón-Rivière, Jacques Lacan, dentre outros, cujos 
pensamentos influenciaram a Psicopedagogia na Argentina, que vem se destacando 
como forte, na práxis psicopedagógica brasileira. 
A história da formação do psicopedagogo brasileiro advém pelo 
entrelaçamento dos aspectos teóricos e da práxis psicopedagógica deste profissional. 
A Psicopedagogia surgiu há poucos anos no Brasil e ainda é considerada uma 
área relativamente nova de estudos: 
 
De acordo com Wolffenbuttel (2005), a psicopedagogia oferece melhor reflexão 
sobre a aprendizagem de todos os sujeitos envolvidos. O objeto de estudo dela é 
compreender o aprender e o não-aprender. Onde existirem situações de 
aprendizagem, há espaço de reflexão psicopedagógica. Ela tem o seu olhar voltado 
sobre o ser humano em processo de construção de conhecimento, considerando as 
dimensões subjetivas e objetivas, auxiliando na busca da minimização dos problemas 
de aprendizagem e potencialização do aprender. 
Dessa forma, o psicopedagogo deve ter capacidade de em sua prática 
identificar os problemas de aprendizagem e a origem dos mesmos, assim como 
conhecer e acompanhar as situações de evolução da aprendizagem do seu paciente. 
Nos estudos de Bossa (2000a) sobre a evolução da Psicopedagogia, observa-
se que, nesse processo histórico a Psicopedagogia Clínica obteve várias 
denominações, tais como pedagogia curativa, pedagogia terapêutica, psicopedagogia 
curativa e, finalmente, passa a assumir-se como Psicopedagogia 
Dentro da psicopedagogia, está a psicopedagogia clínica e a psicopedagogia 
institucional. Cada um desses espaços tem seu método específico de trabalho. 
Porém, em ambos, deve-se considerar o contexto sócio-cultural do paciente. 
Segundo Bossa (2000a), o papel do psicopedagogo da clínica, é criar um 
espaço de aprendizagem, oferecendo ao sujeito oportunidades de conhecer o que 
13 
 
 
está a sua volta, o que lhe impede de aprender, para que juntos, possam modificar 
uma história de não aprendizagem. 
Sobre a psicopedagogia institucional, Wolffenbuttel (2001 apud ESCOTT, 
2004, p.192) afirma que esta é a abordagem da Psicopedagogia que deposita seu 
olhar sobre as instituições de ensino-aprendizagem. Essa abordagem assume uma 
dimensão preventiva e social na medida em que atende os diferentes grupos da 
instituição, tendo como principal objetivo resgatar o prazer de ensinar e aprender. 
Dessa forma a psicopedagogia clínica faz o papel de intervenção terapêutica, 
pois existe um profissional especializado no caso, o psicopedagogo e um sujeito com 
dificuldades no processo de aprendizagem. E a psicopedagogia institucional, faz o 
papel preventivo e esta tem como seu centro de interesse a instituição. 
 
Segundo Escott (2004), no diagnóstico psicopedagógico é necessário 
identificar, no desenvolvimento do sujeito e na relação com sua família e grupos 
sociais em que vive, o significado da não-aprendizagem. Assim, a Psicopedagogia 
Clínica parte da história pessoal do sujeito, procurando identificar sua modalidade de 
aprendizagem e compreender a mensagem de outros sujeitos envolvidos nesse 
processo, seja a família ou a escola, buscando, implicitamente ou não, as causas do 
não-aprender. 
Do ponto de vista de Escott (2004), para 
o psicopedagogo entender como e o que o 
sujeito aprende, o porquê não aprende, os 
significados ali atribuídos ao aprender e ao não-
aprender e qual a dimensão da intervenção 
psicopedagógica como resgate do sujeito para a 
aprendizagem, o processo de diagnóstico na 
clínica tem que ser entendido como processo 
permanente e não apenas inicial da relação 
14 
 
 
terapêutica, pois, na interação e intervenção do psicopedagogo com o sujeito da 
ajuda, as próprias alterações advindas desse processo são objeto de estudo e 
compreensão. 
Diante do que foi exposto temos que foi na Argentina que os primeiros 
psicopedagogos brasileiros foram a procura de conhecimentos acerca da formação e 
atuação psicopedagógica para fundamentarem a Psicopedagogia no Brasil. Ainda 
hoje, as obras publicadas por Jorge Visca, Alicia Fernàndez , Sara Pain e Marina 
Müller fazem parte do nosso acervo bibliográfico. 
A Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) organizou um documento 
acerca da identidade profissional do psicopedagogo e os objetivos da 
psicopedagogia, nos diferentes estados do Brasil, representando e divulgando a 
Psicopedagogia. 
Em 1992, entrou em vigor o Código de Ética, aprovado em assembleia durante 
o V encontro e II Congresso de Psicopedagogia. De acordo com Mendes (2007), a 
discussão acerca da questão do reconhecimento da profissão gerou grande 
inquietação. Contudo, o documento citado sofreu alteração na Assembléia Geral do 
III Congresso Brasileiro de Psicopedagogia, da ABPp, em 1996, da qual transcorreu 
a presente redação que apresentamos a seguir: 
 
CÓDIGO DE ÉTICA DA ABPp 
 
Elaborado pelo Conselho Nacional do Biênio 91/92 
e Reformulado pelo Conselho Nacional e Nato do Biênio 
95/96 
 
Capítulo I – Dos Princípios 
Artigo 1º 
A Psicopedagogia é um campo de atuação em 
educação e saúde que lida com o processo de aprendizagem 
humana; seus padrões normais e patológicos, considerando 
a influência do meio - família, escola e sociedade - no seu 
15 
 
 
desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da 
Psicopedagogia. 
 
Parágrafo Único 
A intervenção psicopedagógica é sempre da ordem 
do conhecimento relaciona do com o processo de 
aprendizagem. 
 
Artigo 2º 
A Psicopedagogia é de natureza interdisciplinar. 
Utiliza recursos das várias áreas, do conhecimento humano 
para a compreensão do ato de aprender no sentido, 
ontogenético e filogenético, valendo-se de métodos e 
técnicas próprias. 
 
 
Artigo 3º 
O trabalho psicopedagógico é de natureza clínica e 
institucional, de caráter; preventivo e/ou remediativo. 
 
Artigo 4º 
Estarão em condições de exercício da 
Psicopedagogia os profissionais graduados em 3º grau, 
portadores de certificados de curso de Pós-Graduação de 
Psicopedagogia, ministrado em estabelecimento de ensino 
oficial e/ou reconhecido, ou mediante direitos adquiridos, 
sendo indispensável submeter-se à supervisão e 
aconselhável trabalho de formação pessoal. 
 
Artigo 5º 
O trabalho psicopedagógico tem como objetivo: (i) 
promover a aprendizagem; garantindo o bem-estar das 
pessoas em atendimento profissional, devendo valer-se dos 
recursos disponíveis, incluindo a relação interprofissional; (ii) 
realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia 
16 
 
 
 
Capítulo II – Das responsabilidades dos 
psicopedagogos Artigo 6º 
São deveres fundamentais dos psicopedagogos: 
a) Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos 
científicos e técnicos que tratem do fenômeno da 
aprendizagem humana. 
b) Zelar pelo bom relacionamento com especialistas de 
outras áreas, mantendo uma atitude crítica, de abertura e 
respeito em relação às diferentes visões de mundo. 
c) Assumir somente as responsabilidades para as quais 
esteja preparado dentro dos limites da competência 
psicopedagógica. 
d) Colaborar com o progressoda Psicopedagogia. 
e) Difundir seus conhecimentos e prestar serviços nas 
agremiações de classe sempre que possível. 
f) Responsabilizar-se pelas avaliações feitas, fornecendo ao 
cliente uma definição clara do seu diagnóstico. 
g) Preservar a identidade, parecer e/ou diagnóstico do 
cliente nos relatos e . discussões feitos a título de exemplos 
e estudos de casos. 
h) Responsabilizar-se por crítica feita a colegas na ausência destes 
i) Manter atitude de colaboração e solidariedade com colegas 
sem ser conivente ou acumpliciar-se, de qualquer forma, com 
o ato ilícito ou calúnia. O respeito e a dignidade na relação 
profissional são deveres fundamentais do psicopedagogo 
para a harmonia da classe e a manutenção do conceito 
público. 
 
Capítulo III – Das relações com outras 
profissões Artigo 7º 
O psicopedagogo procurará manter e desenvolver 
boas relações com os componentes das diferentes 
categorias profissionais, observando, para este fim, o 
seguinte: 
a) Trabalhar nos estritos limites das atividades que lhe são 
reservadas. 
b) Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos 
de especialização, encaminhando-os a profissionais 
habilitados e qualificados para o atendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
Capítulo IV – Do sigilo 
Artigo 8º 
O Psicopedagogo está obrigado a guardar sigilo 
sobre fatos de que tenha conhecimento em decorrência do 
exercício de sua atividade. 
Parágrafo Único 
Não se entende como quebra de sigilo informar sobre 
o cliente a especialistas comprometidos com o atendimento. 
 
Artigo 9º 
O Psicopedagogo não revelará, como testemunha, 
fatos de que tenha conhecimento no exercício de seu 
trabalho, a menos que seja intimado a depor perante 
autoridade competente. 
 
Artigo 10º 
Os resultados de avaliações só serão fornecidos a 
terceiros interessados mediante concordância do próprio 
avaliado ou do seu representante legal. 
 
Artigo 11º 
Os prontuários psicopedagógicos são documentos 
sigilosos e não será franquiado o acesso a pessoas 
estranhas ao caso. 
 
Capítulo V – Das publicações científicas 
Artigo 12º 
Na publicação de trabalhos científicos deverão ser 
observadas as seguintes normas: 
a) As discordâncias ou críticas deverão ser dirigidas à 
matéria em discussão e não ao autor. 
b) Em pesquisa ou trabalho em colaboração, deverá ser dada 
igual ênfase aos autores, sendo de boa norma dar prioridade 
na enumeração dos colaboradores àquele que mais 
contribuiu para a realização do trabalho. 
18 
 
 
c) Em nenhum caso o Psicopedagogo se prevalecerá da 
posição hierárquica para fazer publicar; em seu nome 
exclusivo, trabalhos executados sob sua orientação. 
d) Em todo trabalho científico deve ser indicada a fonte 
bibliográfica utilizada, bem como esclarecidas as idéias 
descobertas e as ilustrações extraídas de cada autor. 
 
 
Capítulo VI – Da publicidade profissional 
Artigo 13º 
O Psicopedagogo ao promover publicamente a 
divulgação de seus serviços, deverá faze-lo com exatidão e 
honestidade. 
 
Artigo 14º 
 
O Psicopedagogo poderá atuar como consultor 
científico em organizações que visem o lucro com venda de 
produtos, desde que busque sempre a qualidade dos 
mesmos. 
 
Capítulo VII – Dos honorários 
Artigo 15º 
Os honorários deverão ser fixados com cuidado a fim 
de que representem justa retribuição aos serviços prestados 
e devem ser contratados previamente. 
 
Capítulo VIII – Das relações com educação 
e saúde Artigo 16º 
O Psicopedagogo deve participar e refletir com as 
autoridade competentes sobre a organização, a implantação 
e a execução de projetos de Educação e Saúde Pública 
relativas a questões psicopedagógicas. 
 
 
19 
 
 
Capítulo IX – Da observância e cumprimento dói código 
de ética Artigo 17º 
Cabe ao Psicopedagogo, por direito, e não por 
obrigação, seguir este código. 
Artigo 18º 
Cabe ao Conselho Nacional da ABPp orientar e zelar 
pela fiel observância dos princípios éticos da classe. 
Artigo 19º 
O presente código poderá ser alterado por proposta 
do Conselho da ABPp e aprovado em Assembléia Geral; 
 
Capítulo X – Das disposições Gerais 
Artigo 20º 
O presente código de ética entrou em vigor após sua 
aprovação em Assembléia Geral, realizada no V Encontro e 
II Congresso de Psicopedagogia da ABPp em 12/07/1992, e 
sofreu a 1ª alteração proposta pelo Congresso Nacional e 
Nato no biênio 95/96 sendo aprovado em 19/07/1996, na 
Assembléia Geral do III Congresso Brasileiro de 
Psicopedagogia, da ABPp, da qual resultou a presente 
redação. 
 
Os psicopedagogos devem seguir certos princípios éticos que estão 
condensados no Código de Ética. Porém, a ética não estabelece regras, sua principal 
característica é a reflexão sobre a ação do Homem. Assim sendo, o psicopedagogo 
deve ser um profissional que tem conhecimentos multidisciplinares, pois em um 
processo de avaliação diagnóstica, é necessário estabelecer e interpretar dados em 
várias áreas. O conhecimento dessas áreas fará com que o profissional compreenda 
o quadro diagnóstico do aprendente e favorecerá a escolha da metodologia mais 
adequada, ou seja, o processo corretor, com vista à superação das inadequações do 
aprendente. 
 
20 
 
 
Definição da Psicopedagogia 
 
A Psicopedagogia é o campo que estuda 
a aprendizagem em suas diferentes relações e 
circunstâncias. Ela se ocupa do processo de 
aprendizagem e suas variações e da construção 
de estratégias para a superação do não-
aprender, tendo como um de seus focos 
principais a autoria do pensamento e da 
aprendizagem. 
A Psicopedagogia tem uma visão integrada da aprendizagem, entendendo que 
todas as dimensões do sujeito são coparticipantes de seus processos de 
aprendizagem, por meio do entrelaçamento e da manifestação dos processos 
cognitivos, afetivo-emocionais, sociais, culturais, orgânicos, psíquicos e pedagógicos, 
concebendo o sujeito como individual e coletivo. 
A Psicopedagogia transita entre os aspectos pedagógicos e psíquicos e entre 
os processos de desenvolvimento e aprendizagem dos sujeitos. Sua intervenção 
possibilita que indivíduos, grupos e instituições desenvolvam seus processos de 
aprendizagem de forma saudável, resgatando o prazer de aprender e descobrindo-
se como autores de seus próprios processos. 
Segundo Silva (2010, p. 23), a psicopedagogia ainda não possui um conceito 
definitivo, de acordo com a autora os trabalhos são quase sempre voltados para 
relatos de experiências, estudos de casos, trabalhos descritivos nos quais a teoria 
surge como ponto de referência e não como fundamento. Ainda ligada à indefinição 
do conceito da psicopedagogia, é dito pela autora que nesses trabalhos, as definições 
que aparecem, referem- se à aprendizagem e não à psicopedagogia. 
Silva (2010, p. 27-28) entende que o conceito inicial de psicopedagogia seria 
de: 
 
Um campo do conhecimento que, como o próprio nome sugere, 
implica uma integração entre a psicologia e a pedagogia tendo como objeto 
21 
 
 
de estudo o processo de aprendizagem visto como estrutural, construtivo e 
interacional, integrando nele os aspectos cognitivos, afetivos e sociais do ser 
humano. A psicopedagogia tem, então, como objetivo, facilitar esse processo 
de aprendizagem removendo os obstáculos que impedem que ele se faça. 
 
Entretanto, Grassi (2013, p. 124), buscou definições em dicionários do termo 
“psicopedagogia” e, segundo o Dicionário Aurélio (Ferreira, 1999, p. 1412), esse 
termo significa a “aplicação da psicologia experimental à pedagogia”. Outra definição 
encontrada pela autora foi no Dicionário Michaelis (Michaelis, 2000, p. 1725), onde a 
psicopedagogia foi dada como “aplicação de conhecimentos da psicologia às práticas 
educativas”. Baseada nessas definições, Grassi (2000, p. 125) diz que: 
 
Essas definições podem levar, e geralmente levam, à interpretação 
equivocada de que a psicopedagogia é uma junção entre a psicologia e a 
pedagogia, ou uma aplicação de conhecimentosda psicologia na pedagogia, 
ou nas práticas educativas. 
(...) a psicopedagogia se apropria de conhecimentos de várias 
ciências e ramos de conhecimentos, reelaborando-se e configurando-se 
numa área independente e produtora de conhecimentos novos sobre um 
objeto de estudo que se modificou e se ampliou ao longo de sua consolidação 
(...). 
 
Grassi (2000, p. 128) ainda destaca que a psicopedagogia nasceu em um 
espaço vago entre a psicologia e a pedagogia, onde as duas ciências não 
conseguiram dar conta das dificuldades de aprendizagem e da questão do fracasso 
escolar, em função até de algumas limitações de conceituais e de atuações. 
Para Acampora (2010, p. 17), a psicopedagogia estuda o processo 
aprendizagem e suas dificuldades tendo, portanto, um caráter preventivo e 
terapêutico. Seguindo esta linha, preventivamente, a psicopedagogia deve atuar não 
só no âmbito escolar, mas alcançar a família e a comunidade. A partir disso, a 
psicopedagogia consegue obter um conceito fundamentado como uma ciência que 
estuda exclusivamente o processo de aprendizagem. 
22 
 
 
Grassi (2000 p. 127) configura a 
psicopedagogia como um amplo campo de 
pesquisa e investigação sobre a aprendizagem 
no espaço escolar e extraescolar, sobre a 
aprendizagem sistemática e assistemática, 
formal e informal. 
Rubinstein (1999, p. 25) diz que a meta 
da psicopedagogia é ajudar o sujeito, que por 
diferentes razões, não consegue aprender 
formal ou informalmente, para que não se 
interesse só pelo ato de aprender, mas desenvolver as habilidades necessárias para 
tanto. 
Ainda segundo a autora (1999, p. 23), a preocupação dos psicopedagogos 
volta-se para uma compreensão que levasse em conta a multiplicidade e a 
complexidade nos fatores envolvidos na aprendizagem considerando aspectos 
psicológicos, cognitivos, psicolinguísticos, culturais e sociais que implicam nas 
dificuldades de aprendizagem. 
Masini (2015, p. 71) define a psicopedagogia como: 
 
Área que estuda o ato de aprender, entendendo-se o ato de aprender 
como os sentimentos, as ações, as elaborações do sujeito durante o seu 
processo de aprendizagem e a consciência que ele tem do que ele realiza, 
inclusive quando há dificuldades. 
 
Em seu artigo intitulado “Formação profissional em Psicopedagogia: embates 
e desafios” de 2006, Masini define a psicopedagogia como área que estuda as 
relações envolvidas em situações do aprender, para nelas resgatar o que emerge da 
vida de crianças, jovens e adultos - de suas impressões, sentimentos, dúvidas, 
valores e elaborações. 
Beauclair (2006, p. 26) compreende que a psicopedagogia é uma área de 
conhecimento que se propõe a integrar, de modo coerente, conhecimentos e 
23 
 
 
princípios de diferentes ciências humanas, com a meta de adquirir uma ampla 
compreensão sobre os variados processos inerentes ao aprender humano. 
Grassi (2013, p. 124) conceitua a psicopedagogia como uma área 
interdisciplinar que reúne conhecimentos de várias ciências, buscando compreender 
de forma integradora, o processo de ensino- aprendizagem que ocorre em dois 
espaços: o extraescolar e o intraescolar. E, além de área de conhecimento, com 
postulados teóricos consistentes, Grassi (2013, p. 124) configura a psicopedagogia 
como campo de atuação específico clínico e/ou institucional em que a prática pode 
ser preventiva e/ou terapêutica. 
Masini (2015, p. 91- 92) divide a área em duas 
formas de atuação: a institucional e clínica. A prática 
institucional é caracterizada pela autora como 
trabalho em nível preventivo sobre condições que 
propiciam a aprendizagem, analisando processo em 
situação de sala de aula, na relação com o professor 
e com colegas, nas condições de ensino e nas 
condições institucionais oferecidas. Enquanto que a autora define a prática clínica da 
psicopedagogia como o atendimento a crianças com problemas de aprendizagem, 
diagnosticando e esclarecendo o bloqueio no processo de aprendizagem e 
identificando condições do contexto onde apareciam os problemas de aprendizagem. 
É verificado por Masini (2015, p. 31) que a psicopedagogia surgiu da 
necessidade de atendimento e orientação a crianças que apresentavam dificuldades 
ligadas à sua escolarização, mais especificamente à sua aprendizagem. E que nessa 
busca estavam professores, psicólogos, médicos, fonoaudiólogos e psicomotricistas. 
Seguindo essa linha, Grassi (2000, p. 127), caracteriza a psicopedagogia como 
uma área de conhecimento relativamente nova, que busca integração dinâmica de 
conhecimentos de várias ciências e áreas de estudo. A autora lista essas áreas, onde 
destaca a psicologia, a pedagogia, medicina, biologia, neurologia, sociologia, 
antropologia, filosofia e linguística. Grassi (2000, p. 127) ainda relata que a integração 
dinâmica de conhecimentos objetiva a compreensão dos processos de ensino, 
aprendizagem e desenvolvimento, bem como as dificuldades que aparecem ao longo 
desses processos. 
24 
 
 
Grassi (2000, p. 133) reitera seu argumento quando descreve a 
psicopedagogia como: 
 
Área que procura, por meio da integração de várias disciplinas, 
construir um campo teórico que fundamente sua atuação, tornando-a eficaz 
no tratamento das dificuldades de aprendizagem, na diminuição do fracasso 
escolar, na compreensão do processo de aprendizagem de um ser humano, 
visto como ser integral, que estabelece uma série de relações complexas 
durante seu processo de aprendizagem, em diferentes espaços e tempos. 
 
Segundo Silva (2010, p. 25), a psicopedagogia surge no Brasil como uma 
solução ao fracasso escolar, tendo em vista seu objeto e objetivo de estudo. A 
princípio, seu primeiro objeto foram os sintomas e dificuldades de aprendizagem, 
como falta de atenção, desinteresse, astenia (diminuição da força física), etc., e o 
objetivo, remediar esses sintomas. De acordo com Silva (2010, p. 25): 
 
A dificuldade de aprendizagem seria apenas um produto a ser 
tratado. Além disso, a psicologia e a pedagogia são vistas como elementos 
justapostos e, dentro dessa perspectiva, a psicologia é apenas estimuladora, 
normativa e reguladora da vida intelectual. De acordo com essa visão, a 
psicopedagogia não seria um saber independente dotado de fundamentos 
próprios, mas uma síntese simplificada dos múltiplos conhecimentos 
psicológicos e pedagógicos. 
 
Silva (2010, p. 26) relata que, quando a psicopedagogia muda de objeto que 
não os sintomas e dificuldades da aprendizagem e sim a gênese da aprendizagem, a 
psicopedagogia entra numa nova fase, em que é possível dizer que seu objeto passa 
a ser o processo de aprendizagem e seu objetivo remediar ou refazer esse processo 
em todos os seus aspectos. A partir disso, a psicopedagogia passa a ser considerada 
um saber independente tendo seus próprios instrumentos corretivos e profiláticos. 
 
 
 
25 
 
 
Áreas de atuação da Psicopedagogia 
 
A atuação da Psicopedagogia pode acontecer a partir da perspectiva Clínica, 
Institucional e da Pesquisa. 
A Psicopedagogia Clínica ocupa-se do entendimento do sujeito que aprende, 
através de sua história pessoal, de seus vínculos familiares, de sua modalidade de 
aprendizagem, compatibilizando conhecimento e saber. Procura compreender o 
sujeito a partir de seu processo de aprender e de não aprender, indagando como, o 
que e de que maneira ele pode aprender. Exerce suas funções nas dimensões 
terapêutica e institucional, buscando a compreensão das complexas relações de 
aprendizagem, dos lugares e papéis de sujeitos em suas redes históricas e pela 
formulação de espaços e dispositivos adequados ao resgate e à promoção da 
aprendizagem. Realiza ações voltadas para o resgate da aprendizagem, através da 
formulação de espaço e vínculo de confiança e da proposição de recursos adequados 
e específicos. Busca possibilitar que o sujeito construa sua autoria na aprendizagem. 
A Psicopedagogia Institucional considera as amplas eintrincadas relações de 
aprendizagem de uma instituição, analisando as relações institucionais e buscando 
elaborar condições de articular a qualificação dos processos de aprendizagem. 
Objetiva fazer com que os sujeitos de um grupo possam se conceber e agir como 
protagonistas de seus próprios processos de aprendizagem. Pode ter como objetivo, 
na escola, a diminuição da incidência dos problemas de aprendizagem. Analisa e age 
em relação às questões da didática e da metodologia, através da intervenção: na 
formação permanente e na assessoria junto aos professores; no atendimento familiar; 
no diagnóstico de sujeitos; no relacionamento entre alunos e professores; nas 
relações afetivas envolvidas nos processos de aprender; no significado que os alunos 
e professores dão à aprendizagem; na elaboração de currículos e ações pedagógicas 
que tenham efetivo desempenho junto ao processo de aprendizagem. 
A Psicopedagogia como área de Pesquisa compõe um conjunto de 
conhecimentos que auxiliam na investigação sobre os fenômenos dos processos de 
aprendizagem humana. 
26 
 
 
A Psicopedagogia Empresarial orienta ações dentro das organizações 
contribuindo no planejamento, gestão, controle e avaliação de aprendizagens, 
favorecendo a qualidade dos processos de recrutamento, seleção e organização de 
pessoal, bem como os de diagnóstico organizacional, dando subsídios significativos 
e perfis específicos aos treinamentos que se efetivam na interior da organização. 
Basicamente, a pedagogia empresarial tem como responsabilidade treinar e capacitar 
os colaboradores, propondo atividades e ações para o desenvolvimento pessoal e 
profissional dos funcionários. Isso inclui adotar diversas metodologias de 
aprendizado, desde os tradicionais cursos, palestras e treinamentos corporativos, a 
métodos mais inovadores como dinâmicas especiais. 
Ambas (Empresa e Pedagogia) visam a mudança no comportamento das 
pessoas. A educação, tem por excelência o propósito de provocar a mudança de 
comportamento dos indivíduos a fim de que tornem-se seres sociais, ou seja, para 
que estejam preparados para uma vida em sociedade e para o convívio em grupo. A 
empresa, por outro lado, pretende que seus colaboradores estejam mais próximos de 
sua cultura e tenham maior identificação com a mesma, para isso é necessário 
provocar algumas mudanças em seus comportamentos, hábitos e atitudes. 
 
 
27 
 
 
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