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slide 2 A função social da escrita e a alfabetização em contextos tecnológicos

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A função social da escrita e a 
alfabetização em contextos 
tecnológicos
Letramento, alfabetização e 
cultura digital
Cultura digital e a educação
Bloco 1
Talita da Silva Campos
Contato com a cultura digital
A criança estabelece contato 
com os recursos da tecnologia 
muito cedo, antes mesmo do 
ingresso na escola.
Figura 1 – Criança pequena brincando 
no celular
Fonte: Shutterstock.com.
Contato com a cultura digital
Muitas vezes o contato com a 
cultura digital é incentivado 
pela própria família.
Figura 2 – Família inserindo as crianças 
na cultura digital
Fonte: Shutterstock.com.
Cultura digital na alfabetização e no letramento
Esse cenário, por um lado, modifica o modo como os 
professores ensinam, mas, por outro lado, também modifica o 
modo como as crianças aprendem.
O letramento e a alfabetização são diretamente impactados 
pela cultura digital. 
O desafio da escola tem sido integrar as TICs de modo 
significativo nas escolas para que essa relação, cultura digital e 
letramento, reverta-se em resultados que melhorem a 
qualidade do ensino brasileiro.
Cultura digital na alfabetização e no letramento
É preciso integrar a cultura 
digital, por meio do uso das 
TICs, para impactar 
positivamente os processos 
de alfabetização e letramento.
Figura 3 – Crianças aprendendo com 
auxílio da tecnologia
Fonte: Shutterstock.com.
Cultura digital e a BNCC
A própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) insere a 
cultura digital como uma de sua competência no processo de 
alfabetização e letramento.
O objetivo é o de compreender, utilizar e criar tecnologias 
digitais de informação e comunicação de forma crítica, 
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais 
(incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e 
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver 
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e 
coletiva (BRASIL, 2018). 
Letramento, alfabetização e 
cultura digital
Letramento e alfabetização
Bloco 2
Talita da Silva Campos
Letramento e alfabetização como processos
Em primeiro lugar é preciso entender a indissociabilidade 
entre esses dois fenômenos.
A alfabetização envolve a aquisição do sistema convencional 
de uma escrita alfabética e ortográfica. 
O letramento envolve a inserção em práticas sociais de leitura 
e escrita. O desafio das escolas tem sido alfabetizar de modo 
que as crianças produzam sentido.
Letramento e alfabetização como processos
Figura 4 – Relação entre alfabetização e letramento
Fonte: elaborada pela autora.
Alfabetização
Letramento
Aprendizagem 
significativa e 
aplicação das 
habilidades em 
situações reais de 
uso.
Contribuições dos estudos de Magda Soares
De acordo com a professora Magda Soares (2004), letrar é 
ensinar a ler e escrever dentro de contextos nos quais a 
escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do 
aluno.
O que está em questão é o uso da leitura e da escrita. Não se 
pode dissociar o texto de seu contexto.
Torna-se necessário que crianças, jovens e adultos tenham 
acesso aos mais variados tipos de texto, inclusive, aqueles 
considerados difíceis até mesmo para leitores experientes. 
Contribuições dos estudos de Magda Soares
Os educandos precisam ter 
acesso a diversos gêneros 
textuais e compreender seus 
usos e os modos como são 
produzidos.
Figura 5 – Criança lendo livro infantil
Fonte: Shutterstock.com.
Gêneros textuais e letramento
Mas o que são gêneros textuais? 
São textos que constituem formas relativamente estáveis de 
enunciados, disponíveis na cultura, caracterizados por três 
elementos: conteúdo temático, estilo e composição. 
1. O primeiro elemento está relacionado ao assunto ou tema 
dos enunciados. 
2. O estilo é o modo como o texto está elaborado.
3. A composição é a forma do texto.
Letramento, alfabetização e 
cultura digital
Letramento e cultura digital
Bloco 3
Talita da Silva Campos
A escrita como tecnologia
A escrita é uma tecnologia criada há mais de 3.000 anos. Não 
é algo natural do ser humano. É um artefato cultural que 
precisa ser aprendida (SOARES, 2021). 
Figura 6 – Escrita cuneiforme
Fonte: Shutterstock.com.
Figura 7 – Escrita à pena
Fonte: Shutterstock.com.
Alfabetização no contexto tecnológico
Atualmente, as TICs estão 
sendo incorporadas cada vez 
mais ao cotidiano em 
diferentes áreas. A escrita e a 
leitura têm sido permeadas 
pelo acesso aos textos 
multimodais. 
Figura 8 – Alfabetização por meio da 
tecnologia
Fonte: Shutterstock.com.
Transição nas práticas pedagógicas
• A escola não costumava usar a tecnologia como aliada nos 
processos de alfabetização.
• Com a proposta do letramento, os textos multimodais 
passaram a ser utilizados no processo de aprendizagem
• Os saberes relacionados ao uso da tecnologia passaram a 
ser considerados e foram inseridos nas atividades 
escolares.
• A cultura digital tem sido incorporada ao ambiente escolar. 
A produção de textos realizados no computador, com 
diferentes tipos de texto, tem sido cada vez desenvolvido 
na escola. 
Cultura digital na escola
O uso de dispositivos eletrônicos influencia o processo de 
alfabetização e letramento em vários aspectos:
• Digitar um texto.
• Preencher uma planilha.
• Observar os diferentes tipos de letras.
• Compreender os processos de correção automática.
• Utilizar formas diferentes para elaborar uma história, 
utilizando, por exemplo, ícones ou figuras.
Gamificação da aprendizagem
É possível utilizarmos jogos 
didáticos com letras e 
palavras para potencializar o 
aprendizado na fase de 
alfabetização.
Esses jogos também podem 
ser usados como recursos na 
produção de textos 
envolvendo os alunos de 
forma criativa e 
contextualizada.
Figura 9 - Aluno jogando no 
computador
Fonte: Shutterstock.com.
Teoria em Prática
Bloco 4
Talita da Silva Campos
Contextualização
A professora Elisa tem uma turma de 5º ano de escolaridade 
em uma escola municipal do centro de São Paulo (SP).
Apesar das iniciativas docentes durante o período de 
pandemia, muitos alunos não conseguiram realizar as 
atividades propostas, e isso afetou o desenvolvimento de suas 
habilidades de leitura e de escrita.
Elisa solicitou auxílio do grupo de professores e de sua 
coordenação pedagógica para encontrar estratégias para 
ajudar no aprendizado dos alunos e tentar sanar as 
dificuldades antes que eles concluam o ano sem as 
habilidades mínimas previstas no planejamento de ensino.
Contextualização
O grupo de educadores se 
reuniu, e boa parte das 
sugestões apontava para a 
necessidade de utilizar a 
tecnologia e os recursos 
didáticos digitais como 
ferramentas pedagógicas.
Figura 10 – Conselho de professores
Fonte: Shutterstock.com.
Questão norteadora
Observe a realidade dos alunos: a maioria dispõe de celulares 
com acesso à internet, pois é oferecida uma rede gratuita de 
Wi-Fi na cidade. Além disso, a escola conta com uma sala de 
informática com 25 computadores.
Considere-se no lugar da professora Elisa e indique que 
atividades podem ser trabalhadas com o apoio dos recursos 
tecnológicos de modo a aprimorar as competências de leitura 
e escrita dos alunos da turma, estimulando o engajamento 
discursivo.
Norte para solução
Uma atividade que pode ser proposta é a construção coletiva 
de uma história a partir da ferramenta WIKI. Basta utilizar uma 
ferramenta disponível on-line para a criação da página de 
compartilhamento de conteúdos de forma gratuita.
Cada aluno poderá criar uma personagem com suas 
características e, juntos, poderão criar o enredo da história. A 
turma poderá ser dividida em grupos que ficarão responsáveis 
pela narrativa e alternará com os grupos que cuidarão da 
revisão dos textos produzidos.
Assim, a professora Elisa poderá trabalhar as habilidades de 
leitura e escrita de forma contextualizada e estimulante para 
os alunos.
Norte para a solução
Outra atividade que pode ser proposta e poderá estimular o 
desenvolvimento das habilidadesde escrita e leitura dos 
alunos é a criação do jornal on-line da escola.
A partir da estrutura de um blog on-line, os alunos poderão 
fazer pesquisas sobre os fatos que acontecem na localidade e 
na escola e criar pequenos textos em formato de reportagens 
para serem postados.
A professora poderá fazer a correção dos textos junto com a 
turma e, assim, revisar os aspectos normativos da língua 
portuguesa junto com os alunos.
Dicas do(a) Professor(a)
Bloco 5
Talita da Silva Campos
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login
por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites 
acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que 
você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional.
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Leitura Fundamental
Indicação de leitura 1
O artigo busca apresentar o potencial das atividades lúdicas 
na construção da alfabetização e no letramento a partir da 
inserção das metodologias ativas e dos recursos tecnológicos 
como ferramentas de aprendizagem.
Referência
SILVA, Ana C. de et al. A gamificação no processo de alfabetização. CONEDU VI –
Congresso Nacional de Educação, Paraíba, 2019.
Indicação de leitura 2
O artigo apresenta uma pesquisa sobre os potenciais dos 
recursos tecnológicos no desenvolvimento das habilidades de 
leitura e escrita em uma língua estrangeira. Ele investiga como 
a interação com a tecnologia pode tornar o processo de 
aquisição da segunda língua mais fácil e lúdico.
Referência
RODRIGUES, Jeanne J. C. A gamificação como estratégia para o ensino: um estudo 
sobre as aulas de língua inglesa em uma escola pública. Congresso Internacional 
de Linguística Aplicada – ICCAL, Brasília, 2015.
Dica do(a) Professor(a)
Para criar a sua própria página de compartilhamento de 
conteúdos de forma gratuita, os professores podem utilizar o 
site Fandom.com.
Nele é possível a partir de um cadastro simples criar uma 
plataforma interativa para a criação, edição e divulgação de 
textos dentro de várias temáticas.
Há uma gama extensa de temas para criação de wikis, e os 
alunos podem sugerir aqueles assuntos que forem mais 
interessantes para eles e o professor poderá aproveitar essa 
motivação para sugerir a produção de textos multimodais.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros 
Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa, 3º e 4º Ciclos do Ensino 
fundamental. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Curricular Comum. Brasília: BNCC, 
2018. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-
educacao/base-nacional-comum-curricular-bncc. Acesso em: 2 maio 2022.
FRADE, I. C. A. da S. Alfabetização digital. Glossário Ceale, Belo Horizonte, [s.d.]. 
Disponível em: 
https://www.ceale.fae.ufmg.br/glossarioceale/verbetes/alfabetizacao-digital. 
Acesso em: 20 maio 2022. 
LANDIN, Rita de C. de S.; MONTEIRO, Maria I. Softwares educativos e as práticas de 
leitura e escrita: possibilidades didáticas e metodológicas. Acta Scientiarum
Education, Maringá, v. 42, n. 45356, p. 1-12, out./2020. Disponível em: 
https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciEduc/article/view/45356. Acesso 
em: 21 maio 2022.
Referências
ROJO, R. H. R. Escol@ conectada: os multiletramentos e as TICs. São Paulo: 
Parábola Editorial, 2013.
SOARES, Magda B. Alfabetização: a questão dos métodos. 5. reimp. São Paulo: 
Contexto, 2021.
SOARES, M. Alfabetização: a questão dos métodos. São Paulo: Contexto, 2016.
SOARES, Magda B. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira 
de Educação, Rio de Janeiro, n. 25, p. 5-17, jan./abr. 2004.
Referências
Bons estudos!

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