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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CAMPUS PROFESSOR ANTÔNIO GARCIA WINY RAQUEL DOS SANTOS MOTRICIDADE OROFACIAL NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA LAGARTO 2023 SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO O sistema estomatognático é um sistema complexo, indivisível e interligado, formado pelos dentes, língua, ossos, maxilares, músculos, vasos sanguíneos, complexo neural e articulação temporomandibular e que realiza funções vitais, como mastigação, deglutição, respiração importantes para a manutenção de todo o equilíbrio biológico do indivíduo, contendo características próprias, que tem uma unidade morfofuncional localizada centralmente na cavidade oral. O sistema nervoso central integra o funcionamento estomatognático a diversos níveis, especialmente ao nível da formação reticular do mesencéfalo, ponte e bulbo. sob o ponto de vista funcional, o sistema estomatognático está constituído por quatro elementos primários, sendo eles: articulação temporomandibular, componente neuromuscular, superfícies e pressões oclusais, periodonto. Nesse sentido, podem ser classificados em dois grupos: estruturas estáticas e estruturas dinâmicas. As estruturas dinâmicas referem-se a formações que, para executar sua função estomatognática, precisam gastar energia, sob forma da Adenosina Trifosfato (ATP), podendo ser representadas pelas unidades neuromusculares, como: faciais, músculos da mastigação, músculos da deglutição, faríngeos, palatinos e cervicais. No sistema estático, as estruturas não gastam energia adicional para realizar suas funções estomatognáticas específicas. Os elementos que fazem parte desse sistema, são: estruturas ósseas, como os ossos da mandíbula, hioide, maxilar, coluna cervical e bases do crânio. articulações temporomandibular e da coluna vertebral, os dentes (superfície oclusal). o periodonto (localizado entre a raiz do dente e a cortical alveolar), a mucosa (oral, lingual, nasal e faríngea) e os tendões, as aponeuroses e os ligamentos. DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSÓRIO-MOTOR ORAL NO PERÍODO INTRAUTERINO Após a fecundação e todo processo até a terceira semana, é observado um aumento na formação de células do epiblasto, formando assim a linha primitiva, na linha média do disco embrionário. Na linha mediana dessa estrutura encontra-se o sulco primitivo e na porção cefálica, a fosseta primitiva. A fosseta primitiva vai dá continuidade a migração celular, formando duas estruturas: placa precordal e processo notocordal. O processo notocordal, passará a se chamar placa notocordal que formará o notorcódio (origem da coluna vertebral). Com o desenvolvimento do processo notocórdio, ocorre um espessamento do ectoderma formando a placa neural. Nesse período, também temos o surgimento das cristas neurais que posteriormente formará os nervos cranianos e gânglios sensitivos. As células do mesoderma do tubo neural que será importante na formação de sistema cardiovascular primitivo e as células do mesoderma intermediário que se multiplicam em três porções: mesoderma paraxial (que formará parte da musculatura da cabeça), o mesoderma intermediário (que formará parte do sistema urinário e reprodutor) e o mesoderma lateral. Ao final da terceira semana o sangue começa a circular e os primeiros batimentos cardíacos ocorrem a partir deste período. A partir da quarta semana os grandes órgãos começam a formação e os arcos branquiais inicia- se o desenvolvimento no final da quarta semana e início da quinta semana que serão responsáveis pela formação de diversos órgãos e estruturas que compões o corpo humano. O a parelho branquial (ou faríngeo) delimita a faringe e originará as estruturas da cabeça e do pescoço. É constituído por: arcos branquiais; sulcos branquiais (entre os arcos, externamente), e bolsas faríngeas (entre os arcos, internamente). Os arcos branquiais são revestidos externamente pelo ectoderma e internamente pelo endoderma e são preenchidos pelo mesoderma, onde há um componente cartilaginoso e outro muscular, uma artéria (o arco aórtico - a) e um nervo. Entre os arcos, há externamente os sulcos branquiais e internamente as bolsas faríngeas. No final da quarta semana as proeminências maxilares, provenientes do primeiro arco, podem ser distinguidas lateralmente ao estomodeu e as proeminências mandibulares, também originadas neste arco, caudalmente a esta estrutura. A proeminência frontonasal, formada pela proliferação de mesênquima ventralmente às vesiculas encefálicas, constitui a margem superior do estomodeu. De ambos os lados desta proeminência surgem espessamentos locais do ectoderma superficial, os placódios nasais, por influência indutiva do prosencéfalo. Durante a quinta semana os placódios nasais desenvolvem-se, formando uma depressão central, as fossas nasais e uma crista tecidual que circunda cada parte, as proeminências nasais. Ao longo da sexta e da sétima semana, as proeminências maxilares continuam a aumentar de tamanho e, ao crescerem medialmente, comprimem as proeminências nasais mediais em direção a linha média, levando à fusão destas e de ambas as proeminências maxilares. Este processo leva à formação do lábio superior, sendo o lábio inferior derivado da proeminência mandibular. No final da sexta semana e no início da sétima semana, as proeminências nasais mediais que foram fundidas proliferam na sua porção posterior, o que dá origem ao palato primitivo que separa a cavidade oral das fossas nasais anteriormente. Entre a décima e décima primeira semana fetal observam-se movimentos de deglutição e, assim, as primeiras respostas motoras da faringe podem ser observadas, auxiliando a manter o volume do líquido amniótico. Nesta fase pode-se observar movimentos de sucção, embora a sucção comece no período entre décima oitava e vigésima quarta semana de gestação. Com o desenvolvimento, o sistema nervoso central está mais maduro e pode direcionar o ritmo e movimentos respiratórios, por volta da vigésima sexta semana. A sucção desenvolve-se a partir da vigésima oitava semana de gestação, mas não está madura suficiente para manter a vida do bebê de forma independente. Na trigésima quarta semana, os bebês tem condições de sugar e deglutir e podem sustentar-se nutricionalmente por via oral. Portanto, o seguimento da mãe durante o período de gestação é fundamental para acompanhar o desenvolvimento do bebê, e se necessário, em casos onde as alterações estão presentes, auxiliarmos como profissionais para que tenha uma melhor qualidade de vida. FORMAÇÃO DA LÍNGUA A parte oral (2/3 anteriores) desenvolve-se de duas proeminências distais e de uma proeminência mediana (tubérculo ímpar), resultantes da proliferação do mesênquima do primeiro par de arcos branquiais. As proeminências distais aumentam rapidamente, unem-se e crescem mais do que a proeminência mediana. Os planos de fusão das proeminências distais são marcados na face superior pelo sulco mediano e, na superfície inferior, pelo septo mediano. A parte faríngea (terço posterior) desenvolve-se de duas estruturas: a cópula e a eminência hipobranquial. A cópula resulta da proliferação de mesênquima do segundo par de arcos branquiais, e a eminência hipobranquial, do terceiro e do quarto pares de arcos branquiais, sendo que a porção do terceiro par contribui para a parte faríngea da língua, e a do quarto par, para a epiglote. A linha de fusão das partes oral e faríngea é indicada por um sulco em forma de V, o sulco terminal. O epitélio da língua diferencia-se do endoderma, e o tecido conjuntivo, do mesênquima dos arcos branquiais. A maior parte da musculatura da língua deriva dos mioblastos que migram dos somitômeros. As papilas linguais circunvaladas e foliadas aparecem ao final da oitava semana. Mais tarde, surgem as papilas fungiformes e, da 10ª à 11ª semana, as papilas filiformes. Da 11ªà 13ª semana, desenvolvem-se os corpúsculos gustativos. FORMAÇÃO DO PALATO O palato é proveniente do mesoderma das proeminências nasais medianas e das proeminências maxilares. A união das proeminências nasais medianas resulta no segmento intermaxilar, que contribui para o processo palatino mediano, responsável pela parte anterior do palato, em forma de cunha. Na sexta semana, das proeminências maxilares surgem os processos palatinos laterais. Eles crescem inicialmente para baixo, em ambos os lados da língua, mas, na sétima semana, ascendem e projetam-se na horizontal (como uma prateleira) para uma posição superior à língua, crescem um em direção ao outro e fusionam-se na 10ª semana, separando as cavidades nasal e oral. A fusão é indicada pela rafe mediana. O septo nasal cresce inferiormente e funde- se com o palato. A ossificação do palato pode começar antes mesmo de ter completado seu fechamento, iniciando-se pelo palato primário e seguindo para o secundário para formar o palato duro. DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSÓRIO-MOTOR ORAL APÓS O NASCIMENTO (ATÉ DOIS ANOS) Ao nascimento, o recém-nascido (RN) apresenta as funções relacionadas à alimentação necessária para a sua sustentação. O bebê nessa fase utiliza movimento de estruturas orofaciais, da faringe, da laringe, do esôfago e das estruturas do sistema respiratório, para alimentação, respiração, choro, produção de sons e explorações sensoriais. Uma das modificações encontradas que beneficiam a vida do bebê, é a mandíbula que se encontra diminuída em relação à maxila e a cavidade oral que está totalmente preenchida pela língua. A laringe, o osso hióide e os seios piriformes encontram-se elevados, e a porção posterior da língua encontra-se posicionada próxima ao palato mole. Com as estruturas posicionadas desta forma a alimentação acontece sem que ocorra grande gasto de energia. Até os três meses o bebê apresenta respiração nasal exclusiva, sendo auxiliada pela proximidade da epiglote e do palato mole. Próximo aos seis meses, os lábios apresentam movimentos ativos, começando a auxiliar a retirada dos alimentos da colher. A sucção apresenta participação ativa dos lábios e de bochechas, favorecendo desta forma o aumento da pressão. Próximo aos seis meses, a língua começa a realizar movimentos dissociados da mandíbula, com pequenas elevações e amassamento frente a alimentos mais consistentes. A abertura da boca ocorre frente à aproximação da colher. Durante o período entre quatro e seis meses a musculatura abdominal irá proporcionar melhor estabilidade de cabeça, pescoço, ombros, boca e faringe, e desta forma os movimentos podem ser desenvolvidos e elaborados. A partir de seis meses, o bebê é exposto a alimentos com texturas, consistências, sabores diferentes, proporcionando experiências sensoriais que farão com que aprenda movimentos mais adequados para realização da sucção, deglutição e mastigação. A erupção dos dentes incisivos centrais inferiores, entre seis e nove meses, que auxiliarão na preensão dos alimentos ofertados e o bebê passará por diferentes experiências sensoriais. Neste período, o bebê pode apresentar aumento da baba, choro ou alguma reação de desconforto ao tocar nas gengivas e passa a querer tocar as gengivas com as mãos ou com objetos. Entre seis e nove meses, o estímulo sensitivo, para provocar o reflexo de vômito, encontra-se no terço posterior da língua e a partir deste período o reflexo de tosse começa a emergir. Aos nove meses, os movimentos mandibulares serão verticalizados com variações de velocidade e ritmo, e com movimentos rotatórios diagonais. A língua faz movimentos da linha média para o lado em que está o alimento, porém não consegue levar o alimento para um lado e outro da cavidade oral. A criança dos 12 aos 24 meses bebe líquido do copo, na mamadeira ou no seio materno e podem ser oferecidos canudos para sugar líquidos, o que proporciona movimentos de sucção diferenciados. Os lábios apresentam mais pressão durante a retirada do alimento da colher, os movimentos dissociados de mandíbula e língua possibilitam funções mais ativas de mordida, de ejeção do bolo, podemos observar uma elevação do ápice lingual e movimentos laterais e diagonais de mandíbula e língua de forma mais consistente. O alimento pode ser transferido de um lado para outro dentro da cavidade oral sem a necessidade de pausa do movimento na linha média. Aos dois anos a baba não é mais observada e a criança consegue manter o copo entre os lábios enquanto traga o líquido e não há escape durante a alimentação ou quando o copo é retirado dos lábios. A dentição decídua está quase formada, o que favorece a oferta de alimentos mais consistentes para a criança. CARACTERIZAÇÃO DO BEBÊ PRÉ TERMO, A TERMO E PÓS TERMO. Bebê pré-termo A OMS recomenda a nomenclatura de pré-termos para crianças que nascem com idade gestacional menor que 37 semanas. A idade gestacional ao nascer determina a base das subcategorias do recém nascido prematuro: pré-termo extremo, pré-termo moderado, pré-termo tardio. Pré-termo extremo com 27ª a 28ª semanas apresenta o suckling (movimento primário de língua) sucção com pausas longas e apresenta o reflexo de mordida fásico e resposta transversa de língua, não tem sucção, respiração e deglutição coordenada. Respiração rápida e irregular, reflexos de sucção prejudicados, falta de integração entre sucção e deglutição, desorganização motor oral, ausência do reflexo de tosse, ausência do reflexo fásico de mordida e ausência do SUCKLING e SUCKING. O pré-termo Caracterizado 32ª semana, o reflexo dos pontos cardeais e vômito já estão mais desenvolvidos, o feto apresenta resposta aos estímulos gustativos desprazerosos pode haver sucção embora seja imaturo neurologicamente, ausência da integração sucçãodeglutição- respiração, reflexos de GAG desenvolvidos, presença de SUCKLING, imaturidade gástrica, pode não existir reflexo de tosse. O pré-termo moderado (32ª a 37ª semanas) possui sucção maturada e integração, possui reflexo de tosse na 34ª semana a sucção e a deglutição já estão coordenadas. O pré-termo tardio (34ª a 37ª semanas) é capaz de coordenar sucção, deglutição e respiração e passa a apresentar reflexo de tosse. Após 34ª semanas de gestação, o pulmão fetal já tem capacidade de sintetizar as substâncias necessárias para a respiração do bebê fora do útero. Bebê a termo O sistema motor oral tem importante desenvolvimento desde o nascimento. Os reflexos orais do recém-nascido, que garantem sua alimentação, são de busca ou procura, sucção, deglutição, mordida, vômito e tosse. Após o 4o ou 5o mês, com o crescimento das estruturas orais e amadurecimento do SN, além das possibilidades de experimentação oral, a condição basicamente reflexa se modifica, sendo substituída por um padrão voluntário de movimentação oral para alimentação e, posteriormente, na fala. Segundo Hernandez11 os reflexos orais podem ser divididos em adaptativos e protetivos. Os reflexos de mordida, vômito e tosse são estabelecidos como protetivos, protegendo as vias aéreas durante a alimentação. Já os reflexos de busca, sucção e deglutição são considerados como adaptativos pela sua importância na aquisição alimentar. Bebê pós-termo O recém-nascido pós-termo é um bebê que nasceu após 42 semanas de gestação passando o tempo adequado para o nascimento da criança, o que pode trazer complicações para a mãe e o bebê. Após 42 semanas de gestação, o bebê poderá correr riscos e ter complicações como a diminuição de oxigênio e nutrientes providos pela placenta ou até mesmo diminuição de líquido amniótico, o que poderá comprimir o cordão umbilical. Após o parto, recém-nascidos pós- termo tendem a desenvolver níveis baixos de açúcar (glicose) no sangue (hipoglicemia), por terem esgotado seu estoque de gordura e carboidratos. Recém-nascidos pós-termo apresentam algumas características,como pele seca com descamação e excepcionalmente magros por não terem recebido nutrição suficiente no final da gravidez. FISSURAS É uma abertura no lábio ou no palato (céu da boca), podendo ser completa, lábio e palato. Essas aberturas resultam do desenvolvimento incompleto do lábio e/ou do palato, enquanto o bebê está se formando, antes de nascer. O lábio e o céu da boca desenvolvem-se separadamente durante os três primeiros meses de gestação. Nas fissuras mais comuns o lado esquerdo e o direito do lábio não se juntam, ficando uma linha vertical aberta. A mesma situação pode acontecer com o céu da boca. Em casos mais raros pode haver duas fissuras no palato, uma do lado direito e outra do lado esquerdo. As fissuras labiopalatinas, anomalia orofacial mais frequente entre os seres humanos, com uma prevalência média mundial entre 1 e 2 indivíduos com fissura de lábio e/ou palato para cada 1.000 nascimentos, sendo que, no Brasil, a maioria dos estudos refere a ocorrência em torno de 01 caso para cada 650 nascidos. São classificadas como fend (FL) ou fenda palatina (FP), podendo ser um achado isolado ou ocorrer associados a outros distúrbios como as síndromes. A ciência não tem comprovação das causas ao certo das fissuras, mas tem fatores q associados. Que podem ser: tabagismo, etilismo, uso de medicamentos, ingestão de vitaminas e ácido fólico, idades do genitores, uso de agrotóxicos e hereditariedade. PREMATURIDADE A prematuridade é um processo que se inicia muito antes da gestação, determinada por fatores socioeconômicos, estilo de vida e de trabalho, que interagem de maneira complexa aos fatores biológicos determinando o nascimento prematuro. O grau de prematuridade é determinado pela idade gestacional e frequentemente se associa a quadros de desnutrição fetal. Estudos sobre crianças nascidas pré-termo apontam que os principais fatores de risco biológico, avaliados na fase neonatal, com impacto no desenvolvimento são: peso ao nascimento, idade gestacional e índice de Apgar, asfixia neonatal, hemorragia perintraventricular graus III e IV e tempo de ventilação mecânica. O nascimento antes da 37ª semana de gestação tende a apresentar consequências, tais como: hospitalização, insuficiência respiratória, lesões no cérebro ou até mesmo morte prematura e deficiências neurológicas como a paralisia cerebral. Os bebês prematuros apresentam algumas características, como: músculos mais fracos e movimentos físicos reduzidos, cabeça proporcionalmente maior que o corpo, tecido subcutâneo escasso por ter pouca gordura corporal, orelhas finas e pouco encurvadas, pele fina, brilhante e rosada, respiração irregular e veias visíveis. Os bebês prematuros têm dificuldade em manter o calor do corpo, além de estarem sujeitos a outras complicações, como as respiratórias, e reflexos de sucção e deglutição deficientes, que trazem dificuldades para a alimentação. Além disso, alguns bebês podem apresentar retinopatia (doença visual causada pela prematuridade e uma das principais causas de cegueira na infância); além de problemas neurológicos e autismo. CONDUTAS FONOAUDIOLÓGICAS As condutas fonoaudiológicas frente as disfunções orais é promover a aplicação de manobras, tocando a parte medial do lábio inferior e as bochechas estimulando os reflexos, trabalhando tanto no método canguru (prematuros e recém-nascidos baixo peso), quanto com as crianças a termo, que por algum motivo no desenvolvimento neuromotor, apresentam um pouco de dificuldade com os reflexos. O método canguru é promovido pelo ministério da saúde se dividindo em três fases: UTI neonatal, cuidados intermediários e enfermarias coletivas. Esse método consiste em colocar as puérperas em UTI Neonatal junto ao seu bebê o máximo de tempo, com o intuito de estimular o regulamento neurológico do recém-nascido. O trabalho do fonoaudiólogo juntamente com os profissionais da saúde que atuam diretamente na maternidade, é promover uma rede de apoio, a fim de acolher, coordenar e orientar as puérperas e os recém-nascidos dentro das suas necessidades, garantindo segurança e saúde. O fonoaudiólogo pode intervir a partir da 34ª semana, ou seja, em bebês pré-termos moderados ou tardio, pois nessas condições ele já apresenta a sucção, deglutição e respiração coordenadas. Sendo assim, infelizmente não são todos os casos de prematuridade que o fonoaudiólogo pode atuar, especialmente bebês que nascem entre 28 a 32 semanas, já que eles não têm o sistema respiratório e de sucção alinhados, os reflexos protetivos, como vômito e tosse ainda não estão presentes, necessitando de um tempo maior para a maturação dos movimentos linguais. REFERÊNCIAS: CARVALHO, M. R. Amamentação: bases científicas. 3. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. Acesso em: 01 abr. 2023. CAMPUS, B. et al. EMBRIOLOGIA DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO. 1. Ed. Maio, 2015. Acesso em: 29 mar. 2023 CORÓ, Marta Ghisleni. DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA ESTOMATOGNATICO NA PRIMEIRA INFÂNCIA. Florianópolis, 1999. Disponível em: http://tcc.bu.ufsc.br/Espodonto203064.PDF Acesso em: 28 mar 2023 MOREIRA, M. E. L. Pré-termos tardios: um grupo “quase” esquecido de recém-nascidos. Edit. Ciênc. Saúde coletiva, Jul, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413- 81232014194.10182012 acesso em: 01 abr. 2023 RODRIGUES, J. C. L. Desenvolvimento inicial de bebês nascidos pré-termo de alto risco neonatal em comparação a bebês nascidos a termo. 2018, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Acesso em: 30 mar. 2023 SILVA, H. J; CUNHA, D. A. O Sistema Estomatognático: Anatomofisiologia e Desenvolvimento. Vol. 1, São Paulo, Jan, 2011. Acesso em: 29 mar. 2023 VELASCO, S. M. et al. Etiologia da fissura labiopalatina em indivíduos não sindrômicos: uma revisão. 2013, Anais. Bauru: Faculdade de Odontologia de Bauru – USP, 2013. Acesso em: 04 abr. 2023. http://tcc.bu.ufsc.br/Espodonto203064.PDF https://doi.org/10.1590/1413-81232014194.10182012 https://doi.org/10.1590/1413-81232014194.10182012
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