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Aula 14_Vigência da Legislação Tributária_Aplicação da Legislação Tributária_Interpretação e Integração da Legislação Tributária

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CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E 
ICMS/RJ 
PROFESSOR: EDVALDO NILO 
1 
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AULA 14 - Vigência da Legislação Tributária. Aplicação 
da Legislação Tributária. Interpretação e Integração da 
Legislação Tributária. 
 
1. Vigência da Legislação Tributária 
 
1.1. Conceitos de validade, vigência e eficácia jurídica 
da norma 
 
Antes de se dissertar propriamente sobre a vigência da 
legislação tributária, devemos diferenciar os conceitos de validade, 
vigência e eficácia da norma jurídica. 
 
O que significa afirmar que determinada norma “Y” é válida? 
O que é validade? 
 
Afirmar que a norma “Y” é válida significa dizer que a norma 
está de acordo com o ordenamento jurídico, não só por ter 
obedecido às condições formais para o seu ingresso, mas também 
as condições materiais de sua produção. 
 
Ou seja, para verificar a validade da norma devemos analisar 
a compatibilidade formal e material da norma com a Constituição, 
que é o fundamento de validade de todas as demais normas do 
sistema de dado território. 
 
A validade é a qualidade ou o predicado da norma. 
 
Por exemplo, determinada Câmara Municipal instituiu 
empréstimo compulsório para atender despesas ordinárias previstas 
no orçamento. 
 
Tal lei criou norma inválida, pois esta desobedece às 
condições formais para o seu ingresso (autoridade incompetente - 
Câmara Municipal), bem como as condições materiais de sua 
produção (atender despesas extraordinárias, decorrentes de 
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência). 
 
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Nesse rumo, tanto a norma criada por autoridade 
incompetente e conforme o procedimento previsto em lei quanto à 
norma criada por autoridade competente e sem a observância do 
procedimento previsto em lei são inválidas, pois não estão de 
acordo com as normas constitucionais que são o fundamento de 
suas validades. 
 
Então, como distinguir validade, vigência e eficácia da 
norma. 
 
O conceito de validade já foi explicitado. 
 
Já o de vigência exige o critério da publicação da norma e 
diz respeito à possibilidade da norma incidir, de produzir efeitos 
jurídicos no plano abstrato. 
 
Noutro ponto, a eficácia jurídica é a capacidade da norma 
de Direito produzir efeitos jurídicos no plano concreto. A eficácia 
jurídica tem relação direta com a possibilidade da aplicação da 
norma em determinada situação concreta. 
 
A vigência e a eficácia jurídica podem andar juntas, como 
irmãs siamesas, ou separadas. 
 
No direito tributário, é clara a possibilidade de separação 
entre a vigência e a eficácia jurídica quando visualizamos o 
princípio da anterioridade. 
 
Isto é, uma lei que aumente a alíquota do imposto sobre a 
renda (IR) pode ser vigente na data da sua publicação (25/12/09), 
mas só terá eficácia jurídica a partir do exercício financeiro seguinte 
(01/01/2010), observando-se o princípio da anterioridade anual. 
 
Aqui, durante o período compreendido entre 25/12/09 e 
31/12/09 a referida lei é vigente (plano abstrato), mas não é eficaz 
(plano concreto). 
 
Noutro exemplo, o lançamento tributário reporta-se à data da 
ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então 
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vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada, 
segundo o caput do art. 144 do CTN. 
 
Na hipótese, a norma legal da data da ocorrência do fato 
gerador da obrigação tributária pode ser eficaz e não mais vigente. 
 
Por exemplo, determinado contribuinte paga um tributo em 
2009, cujo fato gerador aconteceu em 2006, aplica-se, então, a 
alíquota do tributo vigente em 2006, mesmo que em 2009 a alíquota 
esteja menor. 
 
1.2 Vigência da norma tributária 
 
Nesse contexto, a vigência, no espaço e no tempo, da 
legislação tributária rege-se pelas disposições legais aplicáveis às 
normas jurídicas em geral, que são a Lei de Introdução ao Código 
Civil – LICC (Decreto-Lei nº 4.567/1942) e Lei Complementar n° 
95/1998, salvo dispositivo em contrário disposto no próprio CTN. 
 
Assim, a respeito da vigência no tempo, a LICC determina 
em seu art. 1°, que, ressalvado norma dispositiva em contrário, a lei 
começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias (45) depois 
de oficialmente publicada. 
 
Isto é, sendo omissa a lei, aplica-se subsidiariamente o 
prazo de 45 dias de vacância previsto na LICC. 
 
O tempo entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor é 
também denominado de vocatio legis, que serve para a população 
tomar conhecimento da lei. 
 
Normalmente, a lei já dispõe que entra em vigor na data de 
sua publicação, dispensando a aplicação do prazo de 45 dias. 
 
Como exemplo, a LC 104/2001 estatuiu no seu último artigo 
que “Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua 
publicação”. 
 
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As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar 
a cláusula ‘esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) 
dias de sua publicação oficial’ (§2°, do art. 8°, da LC 95/98). 
 
Neste sentido, a vigência da lei será indicada de forma 
expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se 
tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “entra em vigor na 
data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão (art. 
8° da LC 95/98). 
 
A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que 
estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data 
da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia 
subseqüente à sua consumação integral. 
 
Por exemplo, a Lei Complementar 118/2005, que alterou 
diversos dispositivos do CTN estabeleceu em seu último artigo que 
“esta Lei entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após sua 
publicação”. 
 
A sua publicação oficial foi no dia 9 de fevereiro de 2009, 
entrando em vigor no dia 9 de junho de 2005. Portanto, o período 
de vacatio legis foi entre 9/02/2005 e 9/06/2005. 
 
Por sua vez, o art. 103 do CTN estabelece regras específicas 
sobre a entrada em vigor das normas complementares, afirmando 
que, salvo disposição em contrário, entram em vigor: 
 
(i) os atos normativos expedidos pelas autoridades 
administrativas, na data da sua publicação; 
(ii) as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de 
jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia 
normativa, quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) 
dias após a data da sua publicação; 
(iii) os convênios que entre si celebrem a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Município, na data neles 
prevista. 
 
 Em relação às práticas reiteradamente observadas pelas 
autoridades administrativas (costume), a entrada em vigor ocorre no 
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momento em que caracterizada, ou seja, no momento em que a 
conduta da Administração se torna reiterada. 
 
O art. 104 do CTN estabelece que entram em vigor no 
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua 
publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o 
patrimônio ou a renda: (i) que instituem ou majoram tais impostos; 
(ii) que definem novas hipóteses de incidência; (iii) que extinguem 
ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais 
favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178. 
 
Este dispositivo contraria o art. 150, III, “b” e “c”, da CF/88, 
que não restringe a aplicação da anterioridade aos impostos sobre 
o patrimônio ou a renda (IR, ITR, IGF, ITCMD, IPVA, ITBI e IPTU), e 
também a jurisprudência do STF que entende como constitucional a 
inobservância daanterioridade na extinção ou redução da isenção 
incondicionada. 
 
Relembramos aqui esta jurisprudência ainda atual do STF 
sobre isenção: (i) A isenção, em princípio, pode ser revogada; (ii) 
Caso seja revogada e se trate se isenção incondicional, não há que 
se observar o princípio da anterioridade, conforme entendimento 
predominante no STF, estabelecendo que “revogada a isenção, o 
tributo torna-se imediatamente exigível. Em caso assim, não há que 
se observar o princípio da anterioridade, dado que o tributo já é 
existente.” (iii) Caso seja isenção por prazo certo e condicional, não 
há que se falar em revogação, porque se trata de isenção 
irrevogável, havendo direito adquirido. Conforme o entendimento 
sumulado 544 do STF isenção tributária “concedida sob condição 
onerosa não pode ser livremente suprimida”. 
 
No que se refere à vigência no espaço, as normas jurídicas 
devem em regra obedecer ao princípio da territorialidade, dispondo 
que a lei de cada ente federativo vigora nos limites de seu território. 
 
Porém, excepcionalmente, a legislação tributária dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora 
dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam 
extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que 
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disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela 
União, de acordo com o art. 102 do CTN. 
 
Podemos agora resolver as seguintes questões: 
 
1. (AFRF/2000/ESAF) Segundo o Código Tributário 
Nacional, os atos normativos expedidos pelas 
autoridades administrativas entram em vigor, salvo 
disposição em contrário, 
a) no primeiro dia do exercício seguinte àquele em 
que ocorra a sua publicação. 
b) 30 dias após sua publicação. 
c) 45 dias após sua publicação. 
d) na data da sua publicação. 
e) na data de sua assinatura. 
 
Segundo o art. 103, I, do CTN, os atos normativos expedidos 
pelas autoridades administrativas entram em vigor, salvo disposição 
em contrário, na data da sua publicação. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “d”. 
 
2. (AFE/PI/2000/ESAF/Adaptada) Lei que majora a 
alíquota do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, 
publicada em 30 de dezembro, omissa quanto à data 
de início de sua vigência, tornar-se-á obrigatória: 
a) na data de sua publicação. 
b) no primeiro dia do exercício financeiro seguinte. 
c) trinta dias após a data de sua publicação. 
d) quarenta e cinco dias após a data de sua 
publicação. 
e) sessenta dias após a data de sua publicação. 
 
Lei que majora a alíquota do Imposto de Renda das Pessoas 
Jurídicas, publicada em 30 de dezembro, omissa quanto à data de 
início de sua vigência, tornar-se-á obrigatória quarenta e cinco (45) 
dias após a data de sua publicação. 
 
É a aplicação subsidiária do art. 1º da Lei de Introdução ao 
Código Civil – LICC (Decreto-Lei nº 4.567/1942). 
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Deste modo, a resposta é a letra “d”. 
 
3. (ATE/MS/2001/ESAF) Os convênios sobre matéria 
tributária, incluídos entre as normas complementares 
da legislação tributária, têm como regra de vigência 
temporal o seguinte: 
a) entram em vigor no primeiro dia do exercício 
seguinte ao de sua publicação 
b) entram em vigor trinta dias após a data de sua 
publicação. 
c) entram em vigor na data neles prevista. 
d) entram em vigor na data de sua publicação. 
e) entram em vigor trinta dias após sua homologação 
pela Assembléia Legislativa. 
 
Segundo o art. 103, III, do CTN, convênios sobre matéria 
tributária, incluídos entre as normas complementares da legislação 
tributária, entram em vigor, salvo disposição em contrário, na data 
neles prevista. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “c”. 
 
 
4. (AFRF/2005/ESAF) Considerando os temas 
“vigência” e “aplicação” da legislação tributária, julgue 
os itens a seguir. Marque com (V) a assertiva 
verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao 
final a opção correspondente. 
( ) É condição de vigência da lei tributária a sua 
eficácia. 
( ) O CTN veda a extraterritorialidade da legislação 
tributária. 
( ) Não é vedado aos decretos dispor sobre o termo 
inicial da vigência dos atos expedidos pelas 
autoridades administrativas tributárias. 
( ) O Código Tributário Nacional adota como regra a 
irretroatividade da lei tributária. 
a) V F F V. 
b) F F V F. 
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c) F F V V. 
d) V F V V. 
e) V F V F. 
 
O primeiro item é falso, porque não é condição de vigência 
da lei tributária a sua eficácia. 
 
Lembre do princípio da anterioridade, podendo a lei ser 
vigente, mas ainda não eficaz. 
 
O segundo item é falso, porque o CTN permite a 
extraterritorialidade da legislação tributária. 
 
O art. 102 do CTN autoriza a extraterritorialidade, a saber: “A 
legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos 
limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de 
que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas 
gerais expedidas pela União”. 
 
O terceiro item é verdadeiro, eis que não é vedado aos 
decretos dispor sobre o termo inicial da vigência dos atos expedidos 
pelas autoridades administrativas tributárias. 
 
O art. 103 trata das normas complementares. 
 
Segundo o art. 100 do CTN, são normas complementares 
das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos 
decretos: (I) os atos normativos expedidos pelas autoridades 
administrativas; (II) as decisões dos órgãos singulares ou coletivos 
de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; 
(III) as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades 
administrativas (costume); (IV) os convênios que entre si celebrem 
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
 
Assim, segundo o art. 103, I, do CTN, salvo disposição em 
contrário, entram em vigor: I - os atos administrativos a que se 
refere o inciso I do artigo 100, na data da sua publicação. 
 
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Portanto, pode um Decreto dispor sobre o termo inicial da 
vigência dos atos expedidos pelas autoridades administrativas 
tributárias, de acordo com a interpretação do art. 100, I, c/c art. 103, 
I, do CTN. 
 
O quarto item é verdadeiro, eis que o Código Tributário 
Nacional adota como regra a irretroatividade da lei tributária, isto é, 
em regra, a lei se aplica a ato ou fato futuro. A retroatividade é 
exceção, como estudaremos no próximo tópico. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “c”. 
 
 
5. (ATM/Recife/2003/ESAF) Avalie as formulações 
seguintes e, ao final, assinale a opção que 
corresponde à resposta correta. 
I - Em consonância com a Constituição Federal, 
medida provisória que implique majoração do imposto 
sobre propriedade territorial rural só produzirá efeitos 
no exercício financeiro seguinte se houver sido 
convertida em lei até o último dia daquele em que foi 
editada. 
II - De conformidade com a Lei nº 5.172, de 25 de 
outubro de 1966, a legislação tributária dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, 
fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe 
reconheçam extraterritorialidade os convênios de que 
participem, ou do que disponham o Código Tributário 
Nacional ou outras leis de normas gerais expedidas 
pela União. 
III - Os dispositivos de lei que definem novas 
hipóteses de incidência, referentes a impostos sobre o 
patrimônio ou a renda, entram em vigor no primeiro 
dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua 
publicação, conforme estabelece o Código Tributário 
Nacional. 
IV - Determina o Código TributárioNacional que, salvo 
disposição em contrário, os convênios que entre si 
celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
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Municípios entram em vigor na data da sua 
publicação. 
a) Apenas as formulações I, II e III são corretas. 
b) Apenas as formulações I, II e IV são corretas. 
c) Apenas as formulações I, III e IV são corretas. 
d) Apenas as formulações II, III e IV são corretas. 
e) Todas as formulações são corretas. 
 
O primeiro item é verdadeiro, pois, em consonância com o 
art. 62, §2°, da Constituição Federal, medida provisória que 
implique majoração do imposto sobre propriedade territorial rural 
(ITR) só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver 
sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. 
 
O segundo item é verdadeiro, porque de conformidade com o 
art. 102 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (CTN), a 
legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos 
limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de 
que participem, ou do que disponham o Código Tributário Nacional 
ou outras leis de normas gerais expedidas pela União. 
 
O terceiro item é verdadeiro, eis que os dispositivos de lei 
que definem novas hipóteses de incidência, referentes a impostos 
sobre o patrimônio ou a renda, entram em vigor no primeiro dia do 
exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação, 
conforme estabelece literalmente o art. 104, II, do CTN. 
 
O quarto item é falso, eis que determina o art. 103, III, do 
Código Tributário Nacional que, salvo disposição em contrário, os 
convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios entram em vigor na data neles prevista. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “a”. 
 
6. (CESPE/AGU/2009) Caso a União celebre com os 
estados-membros convênio para a adoção de método 
eletrônico para o lançamento de certos tributos, o 
referido convênio entrará em vigor na data nele 
prevista. 
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É correta, pois dispõe o art. 103, III, do CTN que, salvo 
disposição em contrário, os convênios que entre si celebrem a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios entram em 
vigor na data neles prevista. 
 
7. (CESPE/Procurador de Estado/AL/2009) Caso lei 
instituindo o tributo de ISS em determinado município 
tenha sido publicada em 20/12/2008, sem indicar a 
data de sua vigência, 
A o tributo poderá ser cobrado a partir de 1.º/1/2009, 
em função do princípio da anterioridade. 
B o tributo de ISS, por estar sendo instituído no 
município, poderá ser cobrado a partir da publicação 
da lei. 
C o ISS poderá ser cobrado somente após 40 dias, 
contados da publicação da lei que não determinou a 
data de sua vigência. 
D a aplicação da lei ocorrerá na data de sua vigência, 
que se dará 30 dias após sua publicação. 
E a lei terá aplicação no exercício seguinte ao da sua 
publicação, mas se terá de esperar 45 dias para sua 
entrada em vigor. 
 
De início, devemos afirmar que o ISS obedece ao princípio 
da anterioridade anual e nonagesimal. 
 
Portanto, a resposta a resposta mais adequada é a letra “e”, 
afirmando que a lei terá aplicação no exercício seguinte ao da sua 
publicação, mas se terá de esperar 45 dias para sua entrada em 
vigor. 
 
Quando se diz que a lei terá aplicação no exercício seguinte 
ao da sua publicação não se está dizendo que não se observará os 
90 dias da anterioridade nonagesimal, contados de 20/12/2008, 
estando mesmo assim correta a alternativa. 
 
A espera de 45 dias para sua entrada em vigor decorre da 
omissão da lei que instituiu o tributo de ISS em determinado 
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município e, por conseguinte, da aplicação subsidiária do art. 1º da 
Lei de Introdução ao Código Civil – LICC. 
 
8. (CESPE/AFRE/ES/2009) Os atos normativos 
expedidos pela autoridade administrativa entram em 
vigor na data de sua assinatura, salvo disposição de 
lei em contrário. 
 
É incorreta, pois dispõe o art. 103, I, do CTN que, salvo 
disposição em contrário, atos normativos expedidos pela autoridade 
administrativa entram em vigor na data da sua publicação. 
 
9. (CESPE/Procurador Federal/2007) Salvo 
disposição em contrário, uma decisão do delegado da 
Receita Federal, a que a lei atribua eficácia normativa, 
entrará em vigor trinta dias após a data de sua 
publicação. 
 
É correta, pois dispõe o art. 103, II, do CTN, que, salvo 
disposição em contrário, as decisões dos órgãos singulares ou 
coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia 
normativa, entram em vigor 30 (trinta) dias após a data da sua 
publicação. 
 
10. (CESPE/AFRE/ES/2009) As decisões dos órgãos 
singulares ou colegiados de jurisdição administrativa, 
quanto aos efeitos normativos, entram em vigor 30 
dias após a data da sua publicação, salvo disposição 
em contrário. 
 
É correta, de acordo com o art. 103, II, do CTN. 
 
11. (CESPE/AFRE/ES/2009) Os dispositivos de lei 
que instituem os tributos, sejam quais forem, 
começam a vigorar no primeiro dia do exercício 
seguinte àquele em que ocorreu a sua publicação. 
 
É incorreta, pois existem tributos que devem obedecer a 
anterioridade nonagesimal ou especial e também existem exceções 
a anterioridade anual. 
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12. (CESPE/AFRE/ES/2009) O princípio da 
anterioridade não se aplica a todos os tributos. 
 
É correta, pois existem tributos que devem obedecer a 
anterioridade nonagesimal ou especial. 
 
A tabela das exceções ao princípio da anterioridade e à 
noventena é a que segue. 
 
Preste atenção: se é exceção é porque não deve 
observar o princípio. E todos os demais tributos devem 
observar, porque a regra é a observância ao princípio. 
 
 
Anterioridade anual Noventena 
II II 
IE IE 
IPI IR 
IOF IOF 
Imposto extraordinário por 
motivo de guerra externa (IEG) 
Imposto extraordinário por 
motivo de guerra externa (IEG) 
Empréstimo compulsório por 
motivo de guerra externa ou de 
calamidade pública 
Empréstimo compulsório por 
motivo de guerra externa ou de 
calamidade pública 
Restabelecimento de alíquotas 
do ICMS – Combustíveis e da 
CIDE – Combustíveis 
Base de cálculo do IPTU 
Contribuições para a seguridade 
social 
Base de cálculo do IPVA 
 
 
2. Aplicação da Legislação Tributária 
 
A aplicação da norma jurídica se refere à adequação da 
norma prevista na lei ao caso concreto, também denominada de 
subsunção do fato à norma. 
 
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Em princípio, normas tributárias novas não retroagem para a 
sua aplicação em situações passadas, em razão do princípio da 
irretroatividade tributária. 
 
Este princípio disposto no art. 150, III, “a”, da CF/88, 
estabelece a proibição de cobrar tributos em relação a fatos 
geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver 
instituído ou aumentado. 
 
Com efeito, o art. 105 do CTN, disciplina que a legislação 
tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos 
pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido 
início e não esteja completa nos termos do artigo 116 do mesmo 
Código. 
 
Segundo esta classificação: (a) fatos geradores futuros são 
aqueles que ainda irão acontecer; (b) fatos geradores pendentes 
são aqueles que já iniciaram a sua formação, mas ainda não 
completaram o seu círculo de formação ou não atingirama sua 
perfeição. 
 
Em relação à aplicação imediata da legislação tributária aos 
fatos geradores futuros não há qualquer desentendimento na 
doutrina ou jurisprudência, observando sempre também o princípio 
da anterioridade. 
 
Resta a controvérsia em relação aos fatos geradores 
pendentes, sobretudo a súmula 584 do STF. 
 
Segundo determinada parte da doutrina, não há distinção 
entre fato gerador futuro ou pendente, afirmando-se que não existe 
fato gerador pendente. Só existe fato gerador que ocorre ou que 
não corre. 
 
Deste modo, o fato gerador pendente é aquele sujeito a 
condição suspensiva (art. 116, II e 117, I, do CTN). 
 
Como o fato gerador pendente de condição suspensiva só 
ocorre com o implemento da condição. O fato gerador pendente 
acaba se assimilando ou igualando ao fato gerador futuro. 
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Como bem diz a ilustre Misabel Derzi: “fato gerador pendente 
é apenas fato sujeito a condição suspensiva que ainda não se deu: 
é fato futuro. O art. 105 do CTN, conjugado aos arts. 116 e 117, não 
se aplica aos tributos de período.” 
 
Entretanto, outra parte da doutrina sustenta a citada 
classificação e diz que fato gerador pendente é o fato gerador 
complexivo ou periódico, que ainda não se aperfeiçoou. 
 
Neste sentido, o fato gerador pendente é aquele cuja 
realização ainda não se completou ao longo de um espaço de 
tempo. 
 
Por exemplo, o fato gerador do imposto de renda de pessoa 
física (IRPF) acontece ao longo de um período de tempo, que, 
segundo a legislação do IR, é de 1° de janeiro até 31 de dezembro 
do mesmo ano, estando, portanto, pendente o fato gerador até a 
data de 31 de dezembro. 
 
Assim, a súmula 584 do STF, que ainda continua sendo 
aplicada pela Excelsa Corte, dispõe que “ao Imposto de Renda 
calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente 
no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração.” 
 
Assim, uma lei publicada em 31 de Dezembro de 2009 
aumentando o valor do imposto de renda atinge situações 
caracterizadoras do fato gerador do IRPF (aquisição da 
disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de 
qualquer natureza) acontecidas antes da publicação da lei, desde o 
dia 01 de janeiro de 2009. 
 
Logo, a lei nova publicada durante o ano-base pode incidir 
sobre o IRPF do mesmo ano, pois estará vigente no exercício 
financeiro seguinte, que é quando o IRPF será lançado por 
homologação e ocorrerá também a apresentação da declaração de 
ajuste anual. 
 
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Em minha opinião, a súmula 584 desobedece ao princípio 
constitucional da irretroatividade, mas o STF não tem adotado este 
entendimento. 
 
Isto é fato, por enquanto. 
 
Vejamos as decisões mais recentes sobre o tema: 
 
“Com efeito, a pretensão da ora recorrida, mediante 
Mandado de Segurança, é a de se abster de pagar o 
Imposto de Renda correspondente ao ano-base de 
1989, pela alíquota de 18%, estabelecida no inc. I do art. 
1º da Lei nº 7.968, de 28.12.1989, com a alegação de 
que a majoração, por ela representada, não poderia ser 
exigida com relação ao próprio exercício em que 
instituída, sob pena de violação ao art. 150, III, "a", da 
Constituição Federal de 1988. O acórdão recorrido 
manteve o deferimento do Mandado de Segurança. Mas 
está em desacordo com o entendimento desta Corte, 
firmado em vários julgados e consolidado na Súmula 
584, que diz: "Ao Imposto de Renda calculado sobre os 
rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no 
exercício financeiro em que deve ser apresentada a 
declaração." Reiterou-se essa orientação no julgamento 
do R.E. nº 104.259-RJ (RTJ 115/1336). Tratava-se, 
nesse precedente, como nos da Súmula, de Lei 
editada no final do ano-base, que atingiu a renda 
apurada durante todo o ano, já que o fato gerador 
somente se completa e se caracteriza, ao final do 
respectivo período, ou seja, a 31 de dezembro. 
Estava, por conseguinte, em vigor, antes do 
exercício financeiro, que se inicia a 1º de janeiro do 
ano subseqüente, o da declaração. 
 
“É orientação assente nesta Corte que o fato gerador 
do imposto de renda se materializa no último dia do 
período-base, isto é, em 31 de dezembro. Assim, a 
lei que entra em vigor antes do último dia do período 
de apuração poderá ser aplicada a todo o período-
base, sem ofensa ao princípio da irretroatividade. 
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Cite-se, a título de exemplo, a decisão do RE nº 
199.352, nestes termos: ‘O fato gerador do imposto de 
renda é aquele apurado no balanço que se encerra em 
31 de dezembro de cada ano. O Decreto-Lei 2.462 foi 
publicado em 31 de agosto de 1988. Foi respeitado o 
princípio da anterioridade da lei tributária.’ Do exposto, 
com fundamento no art. 557, § 1º-A, do CPC, com a 
redação dada pela Lei nº 9.756/98, conheço do recurso 
e dou-lhe provimento, para declarar legítima a 
majoração da alíquota de imposto de renda incidente 
sobre exportações instituída pelo art. 1º, da Lei nº 
8.034/90”. 
 
Noutro ponto, segundo o art. 106 do CTN, a lei tributária 
pode ter aplicação retroativa, denominando-se de retroatividade 
benigna ou in bonam partem, podendo ser aplicada ato ou fato 
pretérito nas seguintes hipóteses: 
 
(i) Em qualquer caso, quando seja expressamente 
interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos 
dispositivos interpretados. 
 
Esta regra dar fundamento a retroatividade benigna da 
interpretação autêntica, que é a interpretação elaborada pelo 
próprio Poder Legislativo, ressaltando-se que este tipo de 
interpretação não exclui a apreciação do caso pelo Poder Judiciário. 
 
Por exemplo, os arts. 3° e 4°, da LC 118/2005, 
estabeleceram, respectivamente, que (a) para efeito de 
interpretação do art. 168, I, do CTN, a extinção do crédito tributário 
ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, 
no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1o do art. 
150 da referida Lei; (b) esta Lei entra em vigor 120 (cento e vinte) 
dias após sua publicação, observado, quanto ao art. 3o, o disposto 
no art. 106, I, do CTN. 
 
Interpretando tais dispositivos, o STJ entendeu que: “a) o art. 
3º da LC 118/05 só pode ter eficácia prospectiva, incidindo sobre 
situações que venham a ocorrer a partir de sua vigência; b) o art. 
4º, segunda parte, da LC 118/05, que determina a aplicação 
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retroativa do art. 3º, ofende o princípio constitucional da autonomia 
e independência dos Poderes (CF, art. 2º) e o da garantia do direito 
adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada (CF, art. 5º, 
XXXVI)”. 
 
Com efeito, a interpretação do STJ é que a lei interpretativa, 
manifestação expressa do Poder Legislativo, não exclui a 
apreciação do caso do Poder Judiciário. 
 
(ii) Tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) 
quando deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo 
como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde 
que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de 
pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos 
severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. 
 
Ato “não definitivamente julgado” significa ato não transitado 
em julgado, compreendendo tanto o âmbito administrativo como o 
âmbito judicial (Poder Judiciário). 
 
Neste sentido, é pacífico o entendimento do STJ no sentido 
de que, tratando-se de execução fiscal não definitivamente julgada, 
aplica-se o disposto no art. 106 do CTN. 
 
Assim sendo, permite-se a extinção ou redução da multa,moratória ou punitiva, prevista na lei mais nova, por ser mais 
benéfica ao contribuinte, independentemente de o fato gerador do 
tributo tenha ocorrido em data anterior a vigência da norma 
sancionatória. 
 
Realçamos também que o pagamento regular da multa 
tributária extingue o crédito tributário, não permitindo a aplicação do 
art. 106 do CTN. 
 
13. (ATE/PI/2001/ESAF) A aplicação retroativa de lei 
tributária não é admitida quando: 
a) estabelecer hipóteses de isenção. 
b) for interpretativa. 
c) deixar de definir ato não definitivamente julgado 
como infração. 
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d) estabelecer penalidade mais branda que a prevista 
na lei vigente ao tempo da prática do ato. 
e) deixar de tratar ato não definitivamente julgado 
como contrário a qualquer exigência de ação ou 
omissão, respeitados os demais requisitos legais. 
 
A aplicação retroativa de lei tributária é admitida nas 
hipóteses do art. 106 do CTN, a saber: 
 
“A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I - em qualquer caso, quando seja expressamente 
interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração 
dos dispositivos interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) quando 
deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo 
como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, 
desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado 
em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine 
penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao 
tempo da sua prática”. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “a”. 
 
 
14. (TRF/2000/ESAF) A lei não se aplica a ato ou fato 
pretérito: 
a) quando lhe comine penalidade menos severa que a 
prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. 
b) quando seja expressamente interpretativa. 
c) tratando-se de ato não definitivamente julgado 
quando deixe de defini-lo como infração. 
d) quando deixe de tratar ato não definitivamente 
julgado como contrário a qualquer exigência de ação 
ou omissão, não sendo fraudulento e não tendo 
implicado falta de pagamento de tributo. 
e) quando expressamente interpretativa, determine a 
aplicação de penalidade por infração dos dispositivos 
interpretados. 
 
É a aplicação novamente do art. 106 do CTN. 
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Deste modo, a resposta é a letra “e”. 
 
15. (FGV/Fiscal de Rendas/RJ/2009) De acordo com 
o Código Tributário Nacional a lei aplica-se a ato ou 
fato pretérito. A esse respeito analise as afirmativas 
que apresentam as situações em que a lei se aplica. 
I. Em qualquer caso, quando seja expressamente 
interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à 
infração dos dispositivos interpretados. 
II. Quando reduza a alíquota de tributo cujo fato 
gerador já foi praticado, desde que a defesa ofertada 
pelo contribuinte, administrativa ou judicial, ainda não 
tenha sido definitivamente julgada. 
III. Tratando-se de ato não definitivamente julgado, 
quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer 
exigência de ação ou omissão, desde que não tenha 
sido fraudulento e não tenha implicado falta de 
pagamento de tributo. 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem 
corretas. 
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem 
corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
O primeiro item é verdadeiro, pois, de acordo com o CTN, a 
lei aplica-se a ato ou fato pretérito em qualquer caso, quando seja 
expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à 
infração dos dispositivos interpretados, de acordo com o art. 106, I. 
 
O segundo item é falso, aplicando-se o caput do art. 144 do 
CTN, dispondo que o lançamento reporta-se à data da ocorrência 
do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda 
que posteriormente modificada ou revogada. 
 
O quarto item é verdadeiro, pois, de acordo com o CTN, a lei 
aplica-se a ato ou fato pretérito, tratando-se de ato não 
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definitivamente julgado, quando deixe de tratá-lo como contrário a 
qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido 
fraudulento e não tenha implicado falta de pagamento de tributo, de 
acordo com o art. 106, II, “b”. 
 
Destarte, a resposta é a letra “c”. 
 
16. (CESPE/Procurador de Estado/AL/2009) Com 
relação ao direito tributário, considerando que seja 
editada a lei ordinária Y, esclarecendo como deverá 
ser aplicada a lei vigente X, que possui penalidades 
para as infrações a seus dispositivos, assinale a 
opção correta. 
A A lei Y só poderá ser aplicada a ato e fato futuro ou 
pendente, como rege o CTN. 
B A lei Y sempre terá aplicação a ato ou fato pretérito, 
quando houver a imposição de penalidades às 
infrações dos dispositivos interpretados. 
C A lei X foi revogada, pois a lei Y regulamentou a 
mesma matéria. 
D Em qualquer caso, quando for expressamente 
interpretativa, a lei Y aplicar-se-á a ato ou fato 
pretérito. 
E Fato gerador ocorrido antes da vigência da lei Y não 
será por ela atingido, em virtude do princípio da 
irretroatividade. 
 
Conforme o art. 106, I, do CTN, a resposta é a letra “d”. 
 
Esta questão não foi anulada pela banca examinadora do 
concurso da PGE/AL, considerando como certa definitivamente a 
letra "d", mas compreendo que foi omissa quanto a exclusão da 
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados. 
 
Neste caso, no concurso você deve marcar a menos errada, 
que é a "d", eis que as demais alternativas são absurdas e nem 
sempre as questões de concurso são anuladas. 
 
3. Interpretação e Integração da Legislação Tributária 
 
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A hermenêutica, atualmente, é entendida como uma teoria 
ou filosofia da interpretação que deve tornar compreensível o 
significado de determinado texto. Assim, a interpretação hoje é vista 
como uma tarefa criadora no âmbito da linguagem. 
 
Todavia, sem se aprofundar no estudo da hermenêutica 
contemporânea, afirmamos, de logo, que o CTN adota uma visão 
tradicional da hermenêutica, que é entendida como um problema 
normativo e metodológico. 
 
Ou seja, para o CTN a hermenêutica é conjunto de técnicas 
e métodos destinados a interpretar a norma. 
 
Assim, como o objetivo aqui é passar em concurso público 
vamos procurar não criticar os dispositivos do CTN sobre 
interpretação e integração da legislação tributária como faz grande 
parte da doutrina, pois isto certamente atrapalha na resolução e 
acerto de enunciados de provas objetivas. 
 
Com efeito, de acordo com o art. 107 do CTN, a legislação 
tributária deverá ser interpretada conforme o disposto no próprio 
Código. 
 
Interpretar no Direito é compreender o sentido da norma, 
pressupondo a existência de norma sobre a questão. 
 
Já a integração no direito, segundo a hermenêutica 
tradicional do CTN, é o preenchimento da lacuna ou do vazio 
normativo. 
 
Isto é, não existe dispositivo expresso para regular 
determinada situação e o intérprete busca métodos de integração 
para o preenchimento deste vazio normativo. 
 
Deste modo, o CTN no seu art. 108 estabelece que na 
ausência de disposição expressa, a autoridade competente para 
aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem 
indicada: 
 
1. a analogia; 
2. os princípios gerais de direito tributário; 
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3. os princípios gerais de direito público; 
4.a eqüidade. 
 
Nesse rumo, o emprego da analogia não poderá resultar na 
exigência de tributo não previsto em lei, ou mesmo na criação de 
hipóteses suspensão, extinção ou exclusão do crédito tributário, em 
face do princípio da legalidade tributária. 
 
A analogia é um método de integração que busca o 
preenchimento da lacuna normativa com a aplicação de uma norma 
semelhante ao do caso concreto. 
 
Podemos considerar como exemplos os seguintes casos 
discutidos recentemente pela jurisprudência do STJ, a saber: 
 
“O Convênio ICMS 69/98, ao determinar a incidência 
do ICMS sobre a habilitação de aparelho móvel 
celular, empreendeu verdadeira analogia extensiva do 
âmbito material de incidência do tributo, em flagrante 
violação ao art. 108, § 1º, do CTN” (AGREsp 
956312/RO, DJ de 22/10/07, p. 219.) 
 
“Deveras, é princípio basilar do Direito Tributário 
Brasileiro que a imposição de ônus tributário ao 
contribuinte, que só pode decorrer de lei (CF/88, art. 
150, inciso I), não pode resultar do emprego da 
analogia (CTN, art. 108, §1.º), e equiparar os meros 
serviços de aformoseamento prestados pela empresa 
recorrida aos de construção, demolição, reforma, 
ampliação de edificação ou outras benfeitorias 
agregadas ao solo ou subsolo implica analogia in 
malam partem, vez que resultariam em impor à esta 
óbices que a legislação vigente não lhe impõe” (Resp 
818674/MG. DJ de 20/09/07). 
 
Realçamos também que não se confunde a analogia com a 
interpretação extensiva ou analógica, como muito bem ensina o STJ 
na interpretação da Lista anexa a LC 116/2003: 
 
“Embora taxativa, em sua enumeração, a lista de 
serviços admite interpretação extensiva, dentro de 
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cada item, para permitir a incidência do ISS sobre ser-
viços correlatos àqueles previstos expressamente. 
Esse entendimento não ofende a regra do art. 108, § 
1º, do CTN, que veda o emprego da analogia para a 
cobrança de tributo não previsto em lei. 
Na hipótese, não se cuida de analogia, mas de 
recurso à interpretação extensiva, de resto autorizada 
pela própria norma de tributação, já que muitos dos 
itens da lista de serviços apresentam expressões do 
tipo ‘congêneres’, ‘semelhantes’, “qualquer natureza”, 
‘qualquer espécie’, entre outras tantas. 
Não se pode confundir analogia com interpretação 
analógica ou extensiva. A analogia é técnica de 
integração, vale dizer, recurso de que se vale o 
operador do direito diante de uma lacuna no 
ordenamento jurídico. Já a interpretação, seja ela 
extensiva ou analógica, objetiva desvendar o sentido e 
o alcance da norma para então definir-lhe, com 
certeza, a sua extensão. A norma existe, sendo o 
método interpretativo necessário, apenas, para 
precisar-lhe os contornos”. 
 
Por sua vez, o emprego da equidade não poderá resultar na 
dispensa do pagamento de tributo devido (art. 108, §2°) 
 
A equidade é considerada como a aplicação da justiça ao 
caso concreto, abrandando o rigor da lei, tendo em conta as 
características pessoais ou materiais do caso. 
 
Por outro lado, os princípios gerais de direito privado 
utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance 
dos institutos, conceitos e formas do direito tributário, mas não para 
definição dos respectivos efeitos tributários, conforme art. 109 
do CTN. 
 
Exemplos de princípios gerais de direito privado são a 
eticidade fundada no princípio da dignidade da pessoa humana; a 
socialidade que é a prevalência dos valores coletivos em detrimento 
dos valores sociais e a operalidade traduzida na efetivação da 
norma jurídica, afirmando a doutrina que o direito é feito para ser 
utilizada e eficaz. 
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Ressaltamos mais uma vez que princípios gerais de direito 
privado não definem os efeitos das normas tributárias. 
 
Nessa senda, a lei tributária não pode alterar a definição, o 
conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito 
privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição 
Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas 
do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar 
competências tributárias. 
 
Por exemplo, o STF entendeu que a ampliação do conceito 
de receita bruta, pela Lei 9.718/98, para abarcar todas as receitas 
auferidas pela pessoa jurídica, teria afrontado o conceito de 
faturamento ou de receita bruta previsto inicialmente no art. 195 da 
CF/88 (aplicação as situações ocorridas antes da Emenda 
Constitucional n° 20/98). Portanto, por desobedecer a um conceito 
de direito privado utilizado por norma constitucional, teria ocorrido 
violação ao art. 110 do CTN. 
 
3.1 Interpretação literal e interpretação mais favorável 
 
De acordo com o art. 111 do CTN, interpreta-se literalmente 
a legislação tributária que disponha sobre: (i) suspensão ou 
exclusão do crédito tributário; (ii) outorga de isenção; (iii) dispensa 
do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
 
A interpretação gramatical ou literal é aquela que se 
fundamenta na compreensão das palavras dispostas literalmente na 
norma jurídica. 
 
Exemplo de interpretação gramatical ou literal adaptado do 
disposto na última prova de Procurador da Fazenda Nacional 
(ESAF) é o seguinte: 
 
Se a Lei “X” concedeu certa isenção para os 
estabelecimentos industriais, então, de acordo com a 
interpretação literal, a isenção é apenas outorgada para 
os estabelecimentos industriais e para mais ninguém. 
 
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Assim, a circunstância de outra Lei “Y”, que, para os fins 
nela previstos, equiparou o estabelecimento industrial ao 
importador, não permite, em hipótese alguma, a 
interpretação gramatical de que também o importador se 
beneficia da isenção. 
 
Ressaltamos que a interpretação literal não se confunde com 
a interpretação restritiva, pois esta modalidade interpretativa 
restringe o sentido e alcance da norma legal, podendo restringir até 
mesmo o sentido literal do texto normativo. 
 
Por sua vez, a lei tributária que define infrações, ou lhe 
comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável 
(benigna ou in bonam parte) ao acusado, em caso de dúvida 
quanto: 
 
(i) à capitulação legal do fato; (ii) à natureza ou às 
circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão 
dos seus efeitos; (iii) à autoria, imputabilidade, ou 
punibilidade; (iv) à natureza da penalidade aplicável, ou à 
sua graduação. 
 
Vamos para as questões: 
 
17. (AFTN/94/ESAF) Lei tributária que, 
simultaneamente, (a) disponha sobre suspensão do 
crédito tributário, (b) sobre dispensa do cumprimento 
de obrigações acessórias (c) e que defina infrações, 
esta última em caso de dúvida quanto à extensão dos 
efeitos do fato, interpreta-se: 
a) analogicamente, extensivamente e de maneira mais 
favorável ao acusado 
b) literalmente, extensivamente e analogicamente 
c) extensivamente, literalmente e analogicamente 
d) literalmente, extensivamente e de maneira mais 
favorável ao acusado 
e) literalmente, literalmente e de maneira mais 
favorável ao acusado 
 
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Conforme os arts. 106 e 111 do CTN, a resposta correta é a 
letra “e”. 
 
 
18. (AFTN/94/ESAF) 
1. Busca de um paradigma que contenha situação 
semelhante ou quase igual àquela para a qual o 
aplicador não encontrou disposição expressa. 
2. Aplicação da regra da isonomia: tratamento igual 
para casos iguais e desigual para os desiguais. 
3. Aplicação da norma mais branda e menos onerosa. 
4. Sujeita-se a interpretação literal. 
Combine cada uma das quatro expressõesacima com 
cada uma das quatro opções abaixo: 
w) anistia 
x) equidade 
y) princípio geral de direito 
z) analogia 
Qual das combinações abaixo está parcial ou 
totalmente errada? 
a) x1 y3 
b) y2 x3 
c) z1 w4 
d) x3 z1 
e) y2 w4 
 
 
A analogia é busca de um paradigma que contenha situação 
semelhante ou quase igual àquela para a qual o aplicador não 
encontrou disposição expressa. 
 
Aplicação da regra da isonomia: tratamento igual para casos 
iguais e desigual para os desiguais representa um princípio geral do 
direito. 
 
Aplicação da norma mais branda e menos onerosa combina 
com a equidade. 
 
A anistia é sujeita a interpretação literal, de acordo com o art. 
111, I, do CTN. 
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Deste modo, a resposta correta é a letra “a”. 
 
19. (AFRF/2003/ESAF) Relativamente à interpretação 
e integração da legislação tributária, avalie o acerto 
das afirmações adiante e marque com V as 
verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a 
opção correta. 
( ) Interpreta-se da maneira mais favorável ao sujeito 
passivo a legislação tributária que disponha sobre 
dispensa do cumprimento de obrigações tributárias 
acessórias. 
( ) Os princípios gerais de direito privado utilizam-se 
para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance 
de seus institutos, conceitos e formas, bem assim 
para definição dos respectivos efeitos tributários. 
( ) Na ausência de disposição expressa, a autoridade 
competente para aplicar a legislação tributária utilizará 
sucessivamente, na rigorosa ordem, a analogia, os 
princípios gerais de direito público, os princípios gerais 
de direito tributário e a eqüidade. 
a) F, V, F 
b) F, F, F 
c) F, F, V 
d) V, V, F 
e) V, F, V 
 
O primeiro item é falso, pois se interpreta literalmente a 
legislação tributária que disponha sobre dispensa do cumprimento 
de obrigações tributárias acessórias, de acordo com o art. 111, III, 
do CTN. 
 
O segundo item é falso, porque os princípios gerais de direito 
privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do 
alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para 
definição dos respectivos efeitos tributários, conforme art. 109 do 
CTN. 
 
O terceiro item é falso, pois na ausência de disposição 
expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação 
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tributária utilizará sucessivamente, na rigorosa ordem, a analogia, 
os princípios gerais de direito tributário, os princípios gerais de 
direito público e a eqüidade, segundo art. 108, I a IV, do CTN. 
 
Deste modo, a resposta correta é a letra “b”. 
 
20. (PFN/98 – ESAF) 
1. As normas que tratam de isenção estão sujeitas a 
______________. 
2. As normas que tratam de moratória estão sujeitas a 
______________. 
3. As normas que dizem interpretar outras, da mesma 
fonte, são de ______________. 
Observe, entre as alíneas w, x, y e z, quais as que, à 
luz do Código Tributário Nacional, preenchem 
corretamente, e com explicação plausível, as lacunas 
acima, e, em seguida, marque a opção que contém, 
na devida seqüência, as alíneas respectivas. 
w) interpretação extensiva, em atenção ao princípio 
favorabilia amplianda. 
x) interpretação extensiva, em atenção a que a regra 
geral não deve ser restringida pelo intérprete. 
y) interpretação retroativa, porque não tem caráter de 
inovação do sistema jurídico. 
z) interpretação literal, em atenção a que a regra geral 
é a tributação e exceções não se interpretam 
extensivamente. 
a) w, w, y. 
b) w, x, z. 
c) z, x, w. 
d) z, z, y. 
e) z, y, x. 
 
As normas que tratam de isenção (exclusão do crédito 
tributário) estão sujeitas a interpretação literal, em atenção a que a 
regra geral é a tributação e exceções não se interpretam 
extensivamente. 
 
As normas que tratam de moratória (suspensão do crédito 
tributário) estão sujeitas a interpretação literal, em atenção a que a 
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regra geral é a tributação e exceções não se interpretam 
extensivamente 
 
As normas que dizem interpretar outras, da mesma fonte, 
são de interpretação retroativa, porque não tem caráter de inovação 
do sistema jurídico. São as normas interpretativas. 
 
Deste modo, a resposta correta é a letra “d”. 
 
21. (PFN/98/ESAF) O esclarecimento do significado 
de uma lei tributária por outra posterior configura a 
chamada interpretação 
a) ontológica. 
b) científica. 
c) integrada. 
d) autêntica. 
e) evolutiva. 
 
O esclarecimento do significado de uma lei tributária por 
outra posterior configura a chamada interpretação autêntica, que é 
a interpretação realizada pelo próprio Poder Legislativo. 
 
Deste modo, a resposta correta é a letra “d”. 
 
22. (AFPS/2002/ESAF) Sobre o tema legislação 
tributária, é correto afirmar que, nos termos do Código 
Tributário Nacional: 
a) a aplicação da legislação tributária restringe-se a 
fatos geradores futuros, isto é, àqueles ocorridos a 
partir de sua vigência, em consonância com o 
princípio constitucional da irretroatividade das leis. 
b) a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, 
quando seja expressamente interpretativa, incluída a 
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos 
interpretados. 
c) a lei tributária aplica-se a ato pretérito que não 
tenha sido definitivamente julgado, quando deixe de 
defini-lo como infração. 
d) a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, não 
definitivamente julgado, quando deixe de tratá-lo como 
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contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, 
inclusive no caso de envolver inadimplemento de 
obrigação principal, desde que o ato ou fato não se 
tenha realizado por meio de fraude. 
e) é permitido à autoridade administrativa empregar a 
eqüidade para dispensar o cumprimento de obrigação 
tributária principal, quando se depara com ausência 
de disposição legal expressa para decidir litígio 
tributário cujo julgamento é de sua competência. 
 
A resposta é a letra “c”, conforme o art. 106, II, “a”, do CTN. 
 
23. (TTN/94/ESAF) No direito tributário brasileiro, o 
emprego da eqüidade: 
a) é o primeiro recurso para o caso de integração da 
legislação tributária. 
b) poderá resultar na dispensa do pagamento do 
tributo devido. 
c) justifica conceder-se remissão, desde que 
autorizada por lei, em relação com as características 
pessoais ou materiais do caso. 
d) afasta a interpretação literal da legislação tributária 
que trata da dispensa do cumprimento das obrigações 
tributárias acessórias. 
e) determina que a lei tributária se aplique a ato 
pretérito quando deixa de defini-lo como infração. 
 
A resposta é a letra “c”, conforme o art. 172, V, do CTN, a 
saber: 
 
“A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, 
por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do 
crédito tributário, atendendo: 
 I - à situação econômica do sujeito passivo; 
 II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, 
quanto a matéria de fato; 
 III - à diminuta importância do crédito tributário; 
 IV - a considerações de eqüidade, em relação com as 
características pessoais ou materiais do caso; 
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 V - a condições peculiares a determinada região do território 
da entidade tributante”. 
 
 
24. (TRF/20021./ESAF) Na ausência de disposição 
expressa, a autoridade competente para aplicar a 
legislação tributária utilizará, sucessivamente, na 
ordem indicada (art.108 da Lei 5.172/66-Código 
Tributário Nacional): 
a) a analogia; os princípios geraisde direito tributário; 
os princípios gerais de direito público; a eqüidade. 
b) os princípios gerais de direito tributário; os 
princípios gerais de direito público, a eqüidade; a 
analogia. 
c) a eqüidade; os princípios gerais de direito tributário; 
os princípios gerais de direito público; a analogia. 
d) a analogia; os princípios gerais de direito público; 
os princípios gerais de direito tributário; a eqüidade. 
e) a analogia; a eqüidade; os princípios gerais de 
direito público; os princípios gerais de direito tributário. 
 
 
De acordo com o art. 108 do CTN, na ausência de 
disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a 
legislação tributária utilizará, sucessivamente, na ordem indicada 
(art.108 da Lei 5.172/66-Código Tributário Nacional): a analogia; os 
princípios gerais de direito tributário; os princípios gerais de direito 
público; a eqüidade. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “a”. 
 
25. (AFTN/94/ESAF) Na hipótese de o aplicador da lei 
tributária que comina penalidades ficar em dúvida 
quanto à graduação da pena, deverá interpretar a 
norma, em relação ao acusado, de modo: 
a) analógico. 
b) benigno. 
c) eqüitativo. 
d) literal. 
e) integrado. 
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Conforme o art. 112, do CTN, na hipótese de o aplicador da 
lei tributária que comina penalidades ficar em dúvida quanto à 
graduação da pena, deverá interpretar a norma, em relação ao 
acusado, de modo mais favorável ou benigno. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “b”. 
 
26. (ATN/Recife/2003/ESAF) Conforme estabelece o 
Código Tributário Nacional, a legislação tributária que 
disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito 
tributário é interpretada: 
a) da maneira mais favorável ao sujeito passivo, em 
caso de dúvida quanto à natureza ou às 
circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou 
extensão dos seus efeitos. 
b) mediante aplicação do método teleológico. 
c) mediante aplicação do método sistemático. 
d) de tal modo que o emprego da eqüidade implique 
dispensa de tributo devido, quando a autoridade 
tributária competente, à vista de disposição normativa 
expressa, não puder utilizar a analogia. 
e) literalmente. 
 
Conforme estabelece o art. 111, I, do CTN, a legislação 
tributária que disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito 
tributário é interpretada literalmente. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “e”. 
 
27. (ATN Fortaleza/2003/ESAF) O Código Tributário 
Nacional estabelece expressamente a seguinte regra 
no seu capítulo intitulado “Interpretação e Integração 
da Legislação Tributária”: 
a) em caso de dúvida quanto à capitulação legal do 
fato, os dispositivos de lei tributária que tratam de fato 
gerador, definem infrações, ou lhes cominam 
penalidades, devem ser interpretados da maneira 
mais favorável ao sujeito passivo. 
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b) os princípios gerais de direito privado utilizam-se 
para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance 
de seus institutos, conceitos e formas, mas não para 
definição dos respectivos efeitos tributários. 
c) a legislação tributária que dispõe sobre lançamento 
de crédito tributário deve ser interpretada literalmente. 
d) o emprego da analogia não poderá resultar na 
exigência de tributo previsto em lei. 
e) na ausência de disposição expressa, a autoridade 
competente para aplicar a legislação tributária 
utilizará, sucessivamente, na rigorosa ordem que se 
segue, a analogia, os princípios gerais de direito 
público, os princípios gerais de direito tributário e a 
eqüidade. 
 
O CTN estabelece expressamente a seguinte regra no art. 
109 do seu capítulo intitulado “Interpretação e Integração da 
Legislação Tributária”: “os princípios gerais de direito privado 
utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance 
de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição 
dos respectivos efeitos tributários”. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “b”. 
 
28. (AFTE/RN/2004/ESAF) Avalie o acerto das 
formulações adiante e marque com V as verdadeiras e 
com F as falsas. Em seguida, marque a opção correta. 
( ) É vedada a aplicação imediata da legislação 
tributária a fatos geradores cuja ocorrência tenha tido 
início mas não esteja completa. 
( ) A lei tributária é aplicável a ato ou fato pretérito 
definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo 
como infração. 
( ) A legislação tributária que disponha sobre 
parcelamento de crédito tributário deve ser 
interpretada literalmente. 
( ) Quando não há dúvida quanto à capitulação legal 
do fato, a lei tributária que define infrações, ou lhe 
comina penalidades, deve ser interpretada da maneira 
mais favorável ao acusado. 
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a) V, F, V, F 
b) V, V, F, V 
c) F, V, F, F 
d) F, F, V, V 
e) F, F, V, F. 
 
 
O primeiro item é falso, porque não é vedada a aplicação 
imediata da legislação tributária a fatos geradores cuja ocorrência 
tenha tido início mas não esteja completa, conforme o art. 105 do 
CTN, que trata também dos fatos geradores pendentes. 
 
O segundo item é falso, porque a lei tributária é aplicável a 
ato ou fato pretérito não definitivamente julgado, quando deixe de 
defini-lo como infração, de acordo com o art. 106, II, “a”, do CTN. 
 
O terceiro item é verdadeiro, porque a legislação tributária 
que disponha sobre parcelamento (hipótese de suspensão do 
crédito tributário) deve ser interpretada literalmente, de acordo com 
o art. 111, I, do CTN. 
 
O quarto item é falso, porque quando há dúvida quanto à 
capitulação legal do fato, a lei tributária que define infrações, ou lhe 
comina penalidades, deve ser interpretada da maneira mais 
favorável ao acusado, de acordo com o art. 112 do CTN. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “e”. 
 
29. (AFE/MG/2005/ESAF) Considerando os temas 
“vigência e aplicação da legislação tributária” e 
“interpretação e integração da legislação tributária”, 
marque com (V) a assertiva verdadeira e com 
(F) a falsa, assinalando ao final a opção 
correspondente. 
( ) A lei que disponha sobre suspensão e exclusão do 
crédito tributário deve ser interpretada, 
segundo o Código Tributário Nacional, em benefício 
do contribuinte. 
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( ) A lei tributária aplica-se ao ato ou fato pretérito, 
quando for interpretativa, ressalvadas as hipóteses em 
que redundar na aplicação de penalidade. 
( ) Segundo o Código Tributário Nacional, o emprego 
da analogia não poderá resultar na exigência de 
tributo não previsto em lei. 
( ) A lei tributária é aplicada a fato anterior à sua 
vigência quando extinguir tributo, já que vem em 
benefício do contribuinte. 
a) V, V, V, F 
b) F, V, F, V 
c) F, V, V, V 
d) F, V, V, F 
e) F, F, V, F 
 
O primeiro item é falso, porque a lei que disponha sobre 
suspensão e exclusão do crédito tributário deve ser interpretada 
literalmente, segundo o art. 111, I, do CTN. 
 
O segundo item é verdadeiro, porque a lei tributária aplica-se 
ao ato ou fato pretérito, quando for interpretativa, ressalvadas as 
hipóteses em que redundar na aplicação de penalidade, conforme o 
art. 106, I, do CTN. 
 
O terceiro item é verdadeiro, pois, segundo o CTN, o 
emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo 
não previsto em lei, segundo o art. 108, §1°, do CTN. 
 
O quarto item é falso, porque a lei tributária não é aplicada a 
fato anterior à sua vigência quando extinguir tributo. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “d”. 
 
30. (ESAF/Procurador/DF/2004) Em relação ao tema 
interpretação e integração da legislação tributária, 
regulado pelo Código Tributário 
Nacional, avalie o acertodas afirmações adiante e 
marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em 
seguida, marque a opção correta. 
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( ) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que 
disponha sobre dispensa do cumprimento de 
obrigações tributárias acessórias, suspensão ou 
extinção do crédito tributário e outorga de isenção. 
( ) Em caso de dúvida quanto à natureza ou às 
circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou 
extensão dos seus efeitos, interpreta-se da maneira 
mais favorável ao acusado a lei tributária que define 
infrações, ou lhe comina penalidades. 
( ) O emprego da analogia não poderá resultar na 
exigência de tributo não previsto em lei; o da eqüidade 
não poderá resultar na dispensa do pagamento de 
tributo devido. 
a) V, V, V 
b) F, V, F 
c) V, V, F 
d) V, F, V 
e) F, V, V 
 
O primeiro item é falso, porque se interpreta literalmente a 
legislação tributária que disponha sobre dispensa do cumprimento 
de obrigações tributárias acessórias, suspensão ou exclusão do 
crédito tributário e outorga de isenção, de acordo com o art. 111 do 
CTN. 
 
O segundo item é verdadeiro, porque, em caso de dúvida 
quanto à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à 
natureza ou extensão dos seus efeitos, interpreta-se da maneira 
mais favorável ao acusado a lei tributária que define infrações, ou 
lhe comina penalidades, conforme art. 112 do CTN. 
 
O terceiro item é verdadeiro, porque o emprego da analogia 
não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei; o da 
eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo 
devido, segundo o art. 108, §§1° e 2°, do CTN. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “e”. 
 
31. (ESAF/PFN/2006/adaptada) Considerando os 
temas “vigência e aplicação da legislação tributária” e 
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“interpretação e integração da legislação tributária” e 
as disposições do CTN, marque com (V) a assertiva 
verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a 
opção correspondente. 
( ) O emprego da analogia pode resultar na exigência 
de tributo. 
( ) A lei tributária aplica-se ao ato ou fato pretérito, 
quando for interpretativa, ressalvadas as hipóteses em 
que redundar na aplicação de penalidade. 
( ) Quando extinguir multa tributária, a lei tributária 
pode ser aplicada a fato anterior à sua vigência. 
( ) A lei que disponha sobre moratória e remissão do 
crédito tributário deve ser interpretada, segundo o 
Código Tributário Nacional, em benefício do 
contribuinte. 
a) F, F, V, F 
b) V, V, F, F 
c) F, V, V, F 
d) V, F, F, V 
e) F, V, V, V 
 
O primeiro item é falso, porque o emprego da analogia não 
pode resultar na exigência de tributo, conforme §1°, do art. 108 do 
CTN. 
 
O segundo item é verdadeiro, pois a lei tributária aplica-se ao 
ato ou fato pretérito, quando for interpretativa, ressalvadas as 
hipóteses em que redundar na aplicação de penalidade, conforme 
inc. I, do art. 106 do CTN. 
 
O terceiro item é verdadeiro, eis que quando extinguir multa 
tributária, a lei tributária pode ser aplicada a fato anterior à sua 
vigência, conforme inc. II, “c”, do art. 106 do CTN. 
 
O quarto item é falso, porque a lei que disponha sobre 
moratória do crédito tributário deve ser interpretada, segundo o 
Código Tributário Nacional, literalmente. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “c”. 
 
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32. (ESAF/MPC/GO/2007) Quanto à interpretação e 
integração das normas tributárias, assinale a opção 
correta. 
a) As lacunas do Direito Tributário são colmatadas 
pela mesma sistemática da Lei de Introdução ao 
Código Civil. 
b) O contrato de arrendamento mercantil relativo a um 
automóvel pode excluir a responsabilidade tributária 
do arrendante, em relação ao Imposto sobre Veículos 
Automotores, uma vez que as partes podem pactuar 
suas obrigações. 
c) Em existindo dúvida quanto à capitulação legal do 
fato, deve-se interpretar a lei tributária definidora de 
infrações da maneira mais favorável ao acusado. 
d) A outorga de isenções é interpretada 
finalisticamente, cabendo ao aplicador da lei buscar o 
objetivo perseguido pelo legislador. 
e) A lei tributária, em alguns casos, pode alterar a 
definição, o conteúdo e o alcance de institutos, 
conceitos e formas de direito privado para definir ou 
limitar competências tributárias. 
 
A resposta correta é a letra “c”, conforme art. 112, I, do CTN. 
 
A letra “a” é falsa, pois as lacunas do Direito Tributário são 
colmatadas (preenchidas) pela sistemática prevista no art. 108 do 
CTN. 
 
A letra “b” é falsa, pois a responsabilidade tributária não pode 
ser excluída por contrato. 
 
A letra “d” é falsa, uma vez que a outorga de isenções é 
interpretada literalmente, conforme art. 111, I e II, do CTN. 
 
A letra “e” é falsa, pois a lei tributária não pode alterar a 
definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas 
de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela 
Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas 
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Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir 
ou limitar competências tributárias, segundo art. 110 do CTN. 
 
 
33. (ESAF/PFN/2007) ● O Decreto n. 40.643/96, do 
Estado de São Paulo, que aprovou os termos do 
Convênio n. 132/95, concedeu certa isenção para os 
estabelecimentos industriais. A circunstância de a Lei 
Federal n. 4.502/64, que, para os fins nela previstos, 
equiparou o estabelecimento industrial ao importador, 
permite, segundo o CTN, a interpretação de que 
também o importador se beneficia da isenção? 
● À luz do art. 38, § 2º, da Lei n. 6.374/89, do Estado 
de São Paulo, discutiu-se a atualização monetária do 
crédito do ICMS. Em face de norma estadual 
expressa, é admitido o uso das formas de integração 
do direito tributário, quais sejam, a analogia, os 
princípios gerais de direito tributário e de direito 
público e a eqüidade, se já previstas em lei federal 
(CTN, art. 108, I a IV)? 
● O Plenário do STF, ao julgar o RE 213.396 (DJ de 
01/12/2000), assentou a constitucionalidade do 
sistema de substituição tributária “para frente”, mesmo 
antes da promulgação da EC n. 3/93. Nesse sistema, 
a obrigação tributária mostra-se anterior à realização 
concreta do fato tributável. O Convênio ICMS 10/89, 
que previu esse sistema, foi publicado no dia 30 de 
março. Poderia o Convênio alcançar os substitutos 
tributários por ele instituídos, já no mês de março de 
1989? 
a) Sim, sim, sim 
b) Não, não, não 
c) Sim, não, sim 
d) Não, sim, não 
e) Sim, não, não 
 
A resposta correta é a letra “b”. 
 
O primeiro item é não, pois a interpretação da isenção é 
literal, de acordo com o art. 111 do CTN. 
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 A integração apenas é feita na ausência norma jurídica 
expressa, conforme art. 108 do CTN. 
 
O terceiro item é não, pois, neste, o Convênio deve obedecer 
ao princípio da irretroatividade, aplicando-se apenas para os casos 
futuros após o início da sua entrada em vigor. 
 
34. (AFPS/2000/CESPE) Devido ao princípio da 
estrita legalidade, que vige no direito tributário, não se 
admitem fontes informais, como o costume, para esse 
ramo do ordenamento jurídico. 
 
É errada, pois, conforme o art. 100, III, do CTN, admite-se 
como norma complementar as práticas reiteradamente observadas 
pelas autoridades administrativas (costume). 
 
35. (AFPS/2000/CESPE) Em face das garantias 
constitucionais e das normas do CTN acercado 
conceito e da vigência no tempo da legislação 
tributária, as ordens de serviço do INSS, que detêm 
natureza de atos administrativos normativos, somente 
serão aplicáveis, para os contribuintes, quando 
possuírem conteúdo tributário, a partir de 1.° de 
janeiro do ano subseqüente àquele em que forem 
publicadas. 
 
É errada, pois, conforme o art. 103, III, do CTN, atos 
administrativos normativos, salvo disposição em contrário, entram 
em vigor na data da sua publicação. 
 
36. (AFPS/2000/CESPE) Considere a seguinte 
situação, que é hipotética inclusive no que tange a 
legislação: Uma lei foi publicada criando imposto 
sobre a propriedade de veículos automotores movidos 
a álcool, os quais até então não eram tributariamente 
onerados. Todavia, por defeito do processo legislativo, 
a lei não especificou a alíquota com base na qual 
seria calculado o imposto. Diante desse quadro, 
poderá o fisco valer-se da analogia para o fim de 
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calcular o imposto sobre os veículos consoantes as 
alíquotas aplicáveis aos veículos movidos a gasolina, 
dada a similitude das situações. 
 
É errada, pois, conforme o art. 108, §1º, do CTN, o emprego 
da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto 
em lei. 
 
37. (Delegado/PF/97/CESPE) Os princípios de direito 
privado podem ser utilizados para se determinarem os 
efeitos tributários dos institutos, conceitos e formas do 
direito civil ou do direito comercial. 
 
É errada, uma vez que os princípios gerais de direito privado 
utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance 
de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição 
dos respectivos efeitos tributários (art. 109 do CTN). 
 
38. (Delegado/PF/97/CESPE) Lei ordinária poderá, 
eventualmente, redefinir o conceito do direito privado 
utilizado por norma constitucional para estabelecer 
competência tributária. 
 
É errada, pois a lei tributária não pode alterar a definição, o 
conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito 
privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição 
Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas 
do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar 
competências tributárias (art. 109 do CTN). 
 
 
39. (Delegado/PF/97/CESPE) No caso de dispensa 
do cumprimento de obrigação tributária acessória, 
admite-se o emprego da analogia. 
 
É errada, pois, no caso de dispensa do cumprimento de 
obrigação tributária acessória, admite-se apenas a interpretação 
literal, segundo o art. 111, III, do CTN. 
 
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40. (Delegado/PF/97/CESPE) Em matéria de infração 
à lei tributária, havendo dúvida sobre a pena cabível, 
entre as várias penas previstas em lei, aplica-se 
aquela que for mais favorável ao acusado. 
 
É correta, conforme art. 112, IV, do CTN. 
 
41. (Delegado/PF/97/CESPE) Ainda que para 
solucionar situação manifestamente injusta, não é 
possível utilizar-se a eqüidade para dispensar o 
pagamento de tributo devido. 
 
É correta, conforme art. 108, §2°, do CTN, dispondo que o 
emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do 
pagamento de tributo devido. 
 
42. (CESPE/Assessor Jurídico/Natal/2008) Acerca 
da interpretação e da integração da legislação 
tributária, assinale a opção correta. 
A Deve ser interpretada literalmente a lei estadual que 
disponha sobre a dispensa do cumprimento de 
escrituração de livros fiscais por certas sociedades 
empresárias. 
B Na ausência de disposição legal expressa, um 
agente público municipal pode empregar a analogia a 
fim de impor penalidades pecuniárias a contribuintes 
inadimplentes. 
C É lícito o emprego da eqüidade a fim de outorgar 
isenção de IPTU a todo contribuinte que comprove 
que sua situação econômica não lhe permite pagar o 
imposto sem prejuízo do próprio sustento ou de sua 
família. 
D A integração da legislação tributária importa no 
trabalho intelectual que consiste em identificar o 
sentido e alcance da norma, em decifrar o 
pensamento do legislador. 
 
A resposta correta é a letra “a”, de acordo com o art. 111, III, 
do CTN, pois a escrituração de livros fiscais por certas sociedades 
empresárias é uma obrigação tributária acessória. 
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A letra “b” é falsa, conforme art. 108, §1°, do CTN. 
 
A letra “c” é falsa, conforme art. 108, §2°, do CTN. 
 
A letra “d” é falsa, pois traz conceituação de interpretação e 
não de integração. 
 
43. (CESPE/AGU/2009) É lícita a interpretação 
restritiva de lei que conceda isenção de impostos e 
contribuições federais a uma categoria de empresas 
localizadas em determinada região brasileira. 
 
É errada, pois segundo norma expressa do CTN (art. 111, I e 
II), é lícita a interpretação literal e não a interpretação restritiva. 
 
44. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/SP/2009) É 
correto afirmar que a 
(A) analogia é forma de interpretação da norma 
jurídica e o seu emprego poderá resultar na exigência 
de tributo não previsto em lei. 
(B) equidade é forma de interpretação da norma 
jurídica e o seu emprego poderá resultar na dispensa 
do pagamento de tributo devido. 
(C) analogia é forma de integração da norma jurídica e 
o seu emprego poderá resultar na exigência do tributo 
não previsto em lei. 
(D) equidade é a forma de integração da norma 
jurídica e o seu emprego poderá resultar na dispensa 
do pagamento de tributo devido. 
(E) analogia é a forma de integração da norma jurídica 
e o seu emprego não poderá resultar na exigência de 
tributo não previsto em lei. 
 
A resposta correta é a letra “e”, conforme o art. 108 do CTN. 
 
QUESTÕES TRATADAS EM AULA 
 
1. (AFRF/2000/ESAF) Segundo o Código Tributário Nacional, os 
atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas 
entram em vigor, salvo disposição em contrário, 
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a) no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua 
publicação. 
b) 30 dias após sua publicação. 
c) 45 dias após sua publicação. 
d) na data da sua publicação. 
e) na data de sua assinatura. 
 
2. (AFE/PI/2000/ESAF/Adaptada) Lei que majora a alíquota do 
Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, publicada em 30 de 
dezembro, omissa quanto à data de início de sua vigência, tornar-
se-á obrigatória: 
a) na data de sua publicação. 
b) no primeiro dia do exercício financeiro seguinte. 
c) trinta dias após a data de sua publicação. 
d) quarenta e cinco dias após a data de sua publicação. 
e) sessenta dias após a data de sua publicação. 
 
3. (ATE/MS/2001/ESAF) Os convênios sobre matéria tributária, 
incluídos entre as normas complementares da legislação tributária, 
têm como regra de vigência temporal o seguinte: 
a) entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte ao de sua 
publicação 
b) entram em vigor trinta dias após a data de sua publicação. 
c) entram em vigor na data neles prevista. 
d) entram em vigor na data de sua publicação. 
e) entram em vigor trinta dias após sua homologação pela 
Assembléia Legislativa. 
 
4. (AFRF/2005/ESAF) Considerando os temas “vigência” e 
“aplicação” da legislação tributária, julgue os itens a seguir. Marque 
com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao 
final a opção correspondente. 
( ) É condição de vigência da lei tributária a sua eficácia. 
( ) O CTN veda a extraterritorialidade da legislação tributária. 
( ) Não é vedado aos decretos dispor sobre o termo inicial da 
vigência dos atos expedidos pelas autoridades administrativas 
tributárias. 
( ) O Código Tributário Nacional adota como regra a irretroatividade

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