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CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 1 www.pontodosconcursos.com.br AULA 14 - Vigência da Legislação Tributária. Aplicação da Legislação Tributária. Interpretação e Integração da Legislação Tributária. 1. Vigência da Legislação Tributária 1.1. Conceitos de validade, vigência e eficácia jurídica da norma Antes de se dissertar propriamente sobre a vigência da legislação tributária, devemos diferenciar os conceitos de validade, vigência e eficácia da norma jurídica. O que significa afirmar que determinada norma “Y” é válida? O que é validade? Afirmar que a norma “Y” é válida significa dizer que a norma está de acordo com o ordenamento jurídico, não só por ter obedecido às condições formais para o seu ingresso, mas também as condições materiais de sua produção. Ou seja, para verificar a validade da norma devemos analisar a compatibilidade formal e material da norma com a Constituição, que é o fundamento de validade de todas as demais normas do sistema de dado território. A validade é a qualidade ou o predicado da norma. Por exemplo, determinada Câmara Municipal instituiu empréstimo compulsório para atender despesas ordinárias previstas no orçamento. Tal lei criou norma inválida, pois esta desobedece às condições formais para o seu ingresso (autoridade incompetente - Câmara Municipal), bem como as condições materiais de sua produção (atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência). CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 2 www.pontodosconcursos.com.br Nesse rumo, tanto a norma criada por autoridade incompetente e conforme o procedimento previsto em lei quanto à norma criada por autoridade competente e sem a observância do procedimento previsto em lei são inválidas, pois não estão de acordo com as normas constitucionais que são o fundamento de suas validades. Então, como distinguir validade, vigência e eficácia da norma. O conceito de validade já foi explicitado. Já o de vigência exige o critério da publicação da norma e diz respeito à possibilidade da norma incidir, de produzir efeitos jurídicos no plano abstrato. Noutro ponto, a eficácia jurídica é a capacidade da norma de Direito produzir efeitos jurídicos no plano concreto. A eficácia jurídica tem relação direta com a possibilidade da aplicação da norma em determinada situação concreta. A vigência e a eficácia jurídica podem andar juntas, como irmãs siamesas, ou separadas. No direito tributário, é clara a possibilidade de separação entre a vigência e a eficácia jurídica quando visualizamos o princípio da anterioridade. Isto é, uma lei que aumente a alíquota do imposto sobre a renda (IR) pode ser vigente na data da sua publicação (25/12/09), mas só terá eficácia jurídica a partir do exercício financeiro seguinte (01/01/2010), observando-se o princípio da anterioridade anual. Aqui, durante o período compreendido entre 25/12/09 e 31/12/09 a referida lei é vigente (plano abstrato), mas não é eficaz (plano concreto). Noutro exemplo, o lançamento tributário reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 3 www.pontodosconcursos.com.br vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada, segundo o caput do art. 144 do CTN. Na hipótese, a norma legal da data da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária pode ser eficaz e não mais vigente. Por exemplo, determinado contribuinte paga um tributo em 2009, cujo fato gerador aconteceu em 2006, aplica-se, então, a alíquota do tributo vigente em 2006, mesmo que em 2009 a alíquota esteja menor. 1.2 Vigência da norma tributária Nesse contexto, a vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária rege-se pelas disposições legais aplicáveis às normas jurídicas em geral, que são a Lei de Introdução ao Código Civil – LICC (Decreto-Lei nº 4.567/1942) e Lei Complementar n° 95/1998, salvo dispositivo em contrário disposto no próprio CTN. Assim, a respeito da vigência no tempo, a LICC determina em seu art. 1°, que, ressalvado norma dispositiva em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias (45) depois de oficialmente publicada. Isto é, sendo omissa a lei, aplica-se subsidiariamente o prazo de 45 dias de vacância previsto na LICC. O tempo entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor é também denominado de vocatio legis, que serve para a população tomar conhecimento da lei. Normalmente, a lei já dispõe que entra em vigor na data de sua publicação, dispensando a aplicação do prazo de 45 dias. Como exemplo, a LC 104/2001 estatuiu no seu último artigo que “Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação”. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 4 www.pontodosconcursos.com.br As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula ‘esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial’ (§2°, do art. 8°, da LC 95/98). Neste sentido, a vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “entra em vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão (art. 8° da LC 95/98). A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqüente à sua consumação integral. Por exemplo, a Lei Complementar 118/2005, que alterou diversos dispositivos do CTN estabeleceu em seu último artigo que “esta Lei entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após sua publicação”. A sua publicação oficial foi no dia 9 de fevereiro de 2009, entrando em vigor no dia 9 de junho de 2005. Portanto, o período de vacatio legis foi entre 9/02/2005 e 9/06/2005. Por sua vez, o art. 103 do CTN estabelece regras específicas sobre a entrada em vigor das normas complementares, afirmando que, salvo disposição em contrário, entram em vigor: (i) os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas, na data da sua publicação; (ii) as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa, quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua publicação; (iii) os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Município, na data neles prevista. Em relação às práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas (costume), a entrada em vigor ocorre no CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 5 www.pontodosconcursos.com.br momento em que caracterizada, ou seja, no momento em que a conduta da Administração se torna reiterada. O art. 104 do CTN estabelece que entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda: (i) que instituem ou majoram tais impostos; (ii) que definem novas hipóteses de incidência; (iii) que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178. Este dispositivo contraria o art. 150, III, “b” e “c”, da CF/88, que não restringe a aplicação da anterioridade aos impostos sobre o patrimônio ou a renda (IR, ITR, IGF, ITCMD, IPVA, ITBI e IPTU), e também a jurisprudência do STF que entende como constitucional a inobservância daanterioridade na extinção ou redução da isenção incondicionada. Relembramos aqui esta jurisprudência ainda atual do STF sobre isenção: (i) A isenção, em princípio, pode ser revogada; (ii) Caso seja revogada e se trate se isenção incondicional, não há que se observar o princípio da anterioridade, conforme entendimento predominante no STF, estabelecendo que “revogada a isenção, o tributo torna-se imediatamente exigível. Em caso assim, não há que se observar o princípio da anterioridade, dado que o tributo já é existente.” (iii) Caso seja isenção por prazo certo e condicional, não há que se falar em revogação, porque se trata de isenção irrevogável, havendo direito adquirido. Conforme o entendimento sumulado 544 do STF isenção tributária “concedida sob condição onerosa não pode ser livremente suprimida”. No que se refere à vigência no espaço, as normas jurídicas devem em regra obedecer ao princípio da territorialidade, dispondo que a lei de cada ente federativo vigora nos limites de seu território. Porém, excepcionalmente, a legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 6 www.pontodosconcursos.com.br disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União, de acordo com o art. 102 do CTN. Podemos agora resolver as seguintes questões: 1. (AFRF/2000/ESAF) Segundo o Código Tributário Nacional, os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas entram em vigor, salvo disposição em contrário, a) no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação. b) 30 dias após sua publicação. c) 45 dias após sua publicação. d) na data da sua publicação. e) na data de sua assinatura. Segundo o art. 103, I, do CTN, os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas entram em vigor, salvo disposição em contrário, na data da sua publicação. Deste modo, a resposta é a letra “d”. 2. (AFE/PI/2000/ESAF/Adaptada) Lei que majora a alíquota do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, publicada em 30 de dezembro, omissa quanto à data de início de sua vigência, tornar-se-á obrigatória: a) na data de sua publicação. b) no primeiro dia do exercício financeiro seguinte. c) trinta dias após a data de sua publicação. d) quarenta e cinco dias após a data de sua publicação. e) sessenta dias após a data de sua publicação. Lei que majora a alíquota do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, publicada em 30 de dezembro, omissa quanto à data de início de sua vigência, tornar-se-á obrigatória quarenta e cinco (45) dias após a data de sua publicação. É a aplicação subsidiária do art. 1º da Lei de Introdução ao Código Civil – LICC (Decreto-Lei nº 4.567/1942). CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 7 www.pontodosconcursos.com.br Deste modo, a resposta é a letra “d”. 3. (ATE/MS/2001/ESAF) Os convênios sobre matéria tributária, incluídos entre as normas complementares da legislação tributária, têm como regra de vigência temporal o seguinte: a) entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte ao de sua publicação b) entram em vigor trinta dias após a data de sua publicação. c) entram em vigor na data neles prevista. d) entram em vigor na data de sua publicação. e) entram em vigor trinta dias após sua homologação pela Assembléia Legislativa. Segundo o art. 103, III, do CTN, convênios sobre matéria tributária, incluídos entre as normas complementares da legislação tributária, entram em vigor, salvo disposição em contrário, na data neles prevista. Deste modo, a resposta é a letra “c”. 4. (AFRF/2005/ESAF) Considerando os temas “vigência” e “aplicação” da legislação tributária, julgue os itens a seguir. Marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) É condição de vigência da lei tributária a sua eficácia. ( ) O CTN veda a extraterritorialidade da legislação tributária. ( ) Não é vedado aos decretos dispor sobre o termo inicial da vigência dos atos expedidos pelas autoridades administrativas tributárias. ( ) O Código Tributário Nacional adota como regra a irretroatividade da lei tributária. a) V F F V. b) F F V F. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 8 www.pontodosconcursos.com.br c) F F V V. d) V F V V. e) V F V F. O primeiro item é falso, porque não é condição de vigência da lei tributária a sua eficácia. Lembre do princípio da anterioridade, podendo a lei ser vigente, mas ainda não eficaz. O segundo item é falso, porque o CTN permite a extraterritorialidade da legislação tributária. O art. 102 do CTN autoriza a extraterritorialidade, a saber: “A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União”. O terceiro item é verdadeiro, eis que não é vedado aos decretos dispor sobre o termo inicial da vigência dos atos expedidos pelas autoridades administrativas tributárias. O art. 103 trata das normas complementares. Segundo o art. 100 do CTN, são normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: (I) os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; (II) as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; (III) as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas (costume); (IV) os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Assim, segundo o art. 103, I, do CTN, salvo disposição em contrário, entram em vigor: I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na data da sua publicação. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 9 www.pontodosconcursos.com.br Portanto, pode um Decreto dispor sobre o termo inicial da vigência dos atos expedidos pelas autoridades administrativas tributárias, de acordo com a interpretação do art. 100, I, c/c art. 103, I, do CTN. O quarto item é verdadeiro, eis que o Código Tributário Nacional adota como regra a irretroatividade da lei tributária, isto é, em regra, a lei se aplica a ato ou fato futuro. A retroatividade é exceção, como estudaremos no próximo tópico. Deste modo, a resposta é a letra “c”. 5. (ATM/Recife/2003/ESAF) Avalie as formulações seguintes e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta. I - Em consonância com a Constituição Federal, medida provisória que implique majoração do imposto sobre propriedade territorial rural só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. II - De conformidade com a Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, a legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham o Código Tributário Nacional ou outras leis de normas gerais expedidas pela União. III - Os dispositivos de lei que definem novas hipóteses de incidência, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda, entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação, conforme estabelece o Código Tributário Nacional. IV - Determina o Código TributárioNacional que, salvo disposição em contrário, os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 10 www.pontodosconcursos.com.br Municípios entram em vigor na data da sua publicação. a) Apenas as formulações I, II e III são corretas. b) Apenas as formulações I, II e IV são corretas. c) Apenas as formulações I, III e IV são corretas. d) Apenas as formulações II, III e IV são corretas. e) Todas as formulações são corretas. O primeiro item é verdadeiro, pois, em consonância com o art. 62, §2°, da Constituição Federal, medida provisória que implique majoração do imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. O segundo item é verdadeiro, porque de conformidade com o art. 102 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (CTN), a legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham o Código Tributário Nacional ou outras leis de normas gerais expedidas pela União. O terceiro item é verdadeiro, eis que os dispositivos de lei que definem novas hipóteses de incidência, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda, entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação, conforme estabelece literalmente o art. 104, II, do CTN. O quarto item é falso, eis que determina o art. 103, III, do Código Tributário Nacional que, salvo disposição em contrário, os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios entram em vigor na data neles prevista. Deste modo, a resposta é a letra “a”. 6. (CESPE/AGU/2009) Caso a União celebre com os estados-membros convênio para a adoção de método eletrônico para o lançamento de certos tributos, o referido convênio entrará em vigor na data nele prevista. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 11 www.pontodosconcursos.com.br É correta, pois dispõe o art. 103, III, do CTN que, salvo disposição em contrário, os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios entram em vigor na data neles prevista. 7. (CESPE/Procurador de Estado/AL/2009) Caso lei instituindo o tributo de ISS em determinado município tenha sido publicada em 20/12/2008, sem indicar a data de sua vigência, A o tributo poderá ser cobrado a partir de 1.º/1/2009, em função do princípio da anterioridade. B o tributo de ISS, por estar sendo instituído no município, poderá ser cobrado a partir da publicação da lei. C o ISS poderá ser cobrado somente após 40 dias, contados da publicação da lei que não determinou a data de sua vigência. D a aplicação da lei ocorrerá na data de sua vigência, que se dará 30 dias após sua publicação. E a lei terá aplicação no exercício seguinte ao da sua publicação, mas se terá de esperar 45 dias para sua entrada em vigor. De início, devemos afirmar que o ISS obedece ao princípio da anterioridade anual e nonagesimal. Portanto, a resposta a resposta mais adequada é a letra “e”, afirmando que a lei terá aplicação no exercício seguinte ao da sua publicação, mas se terá de esperar 45 dias para sua entrada em vigor. Quando se diz que a lei terá aplicação no exercício seguinte ao da sua publicação não se está dizendo que não se observará os 90 dias da anterioridade nonagesimal, contados de 20/12/2008, estando mesmo assim correta a alternativa. A espera de 45 dias para sua entrada em vigor decorre da omissão da lei que instituiu o tributo de ISS em determinado CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 12 www.pontodosconcursos.com.br município e, por conseguinte, da aplicação subsidiária do art. 1º da Lei de Introdução ao Código Civil – LICC. 8. (CESPE/AFRE/ES/2009) Os atos normativos expedidos pela autoridade administrativa entram em vigor na data de sua assinatura, salvo disposição de lei em contrário. É incorreta, pois dispõe o art. 103, I, do CTN que, salvo disposição em contrário, atos normativos expedidos pela autoridade administrativa entram em vigor na data da sua publicação. 9. (CESPE/Procurador Federal/2007) Salvo disposição em contrário, uma decisão do delegado da Receita Federal, a que a lei atribua eficácia normativa, entrará em vigor trinta dias após a data de sua publicação. É correta, pois dispõe o art. 103, II, do CTN, que, salvo disposição em contrário, as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa, entram em vigor 30 (trinta) dias após a data da sua publicação. 10. (CESPE/AFRE/ES/2009) As decisões dos órgãos singulares ou colegiados de jurisdição administrativa, quanto aos efeitos normativos, entram em vigor 30 dias após a data da sua publicação, salvo disposição em contrário. É correta, de acordo com o art. 103, II, do CTN. 11. (CESPE/AFRE/ES/2009) Os dispositivos de lei que instituem os tributos, sejam quais forem, começam a vigorar no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorreu a sua publicação. É incorreta, pois existem tributos que devem obedecer a anterioridade nonagesimal ou especial e também existem exceções a anterioridade anual. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 13 www.pontodosconcursos.com.br 12. (CESPE/AFRE/ES/2009) O princípio da anterioridade não se aplica a todos os tributos. É correta, pois existem tributos que devem obedecer a anterioridade nonagesimal ou especial. A tabela das exceções ao princípio da anterioridade e à noventena é a que segue. Preste atenção: se é exceção é porque não deve observar o princípio. E todos os demais tributos devem observar, porque a regra é a observância ao princípio. Anterioridade anual Noventena II II IE IE IPI IR IOF IOF Imposto extraordinário por motivo de guerra externa (IEG) Imposto extraordinário por motivo de guerra externa (IEG) Empréstimo compulsório por motivo de guerra externa ou de calamidade pública Empréstimo compulsório por motivo de guerra externa ou de calamidade pública Restabelecimento de alíquotas do ICMS – Combustíveis e da CIDE – Combustíveis Base de cálculo do IPTU Contribuições para a seguridade social Base de cálculo do IPVA 2. Aplicação da Legislação Tributária A aplicação da norma jurídica se refere à adequação da norma prevista na lei ao caso concreto, também denominada de subsunção do fato à norma. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 14 www.pontodosconcursos.com.br Em princípio, normas tributárias novas não retroagem para a sua aplicação em situações passadas, em razão do princípio da irretroatividade tributária. Este princípio disposto no art. 150, III, “a”, da CF/88, estabelece a proibição de cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. Com efeito, o art. 105 do CTN, disciplina que a legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início e não esteja completa nos termos do artigo 116 do mesmo Código. Segundo esta classificação: (a) fatos geradores futuros são aqueles que ainda irão acontecer; (b) fatos geradores pendentes são aqueles que já iniciaram a sua formação, mas ainda não completaram o seu círculo de formação ou não atingirama sua perfeição. Em relação à aplicação imediata da legislação tributária aos fatos geradores futuros não há qualquer desentendimento na doutrina ou jurisprudência, observando sempre também o princípio da anterioridade. Resta a controvérsia em relação aos fatos geradores pendentes, sobretudo a súmula 584 do STF. Segundo determinada parte da doutrina, não há distinção entre fato gerador futuro ou pendente, afirmando-se que não existe fato gerador pendente. Só existe fato gerador que ocorre ou que não corre. Deste modo, o fato gerador pendente é aquele sujeito a condição suspensiva (art. 116, II e 117, I, do CTN). Como o fato gerador pendente de condição suspensiva só ocorre com o implemento da condição. O fato gerador pendente acaba se assimilando ou igualando ao fato gerador futuro. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 15 www.pontodosconcursos.com.br Como bem diz a ilustre Misabel Derzi: “fato gerador pendente é apenas fato sujeito a condição suspensiva que ainda não se deu: é fato futuro. O art. 105 do CTN, conjugado aos arts. 116 e 117, não se aplica aos tributos de período.” Entretanto, outra parte da doutrina sustenta a citada classificação e diz que fato gerador pendente é o fato gerador complexivo ou periódico, que ainda não se aperfeiçoou. Neste sentido, o fato gerador pendente é aquele cuja realização ainda não se completou ao longo de um espaço de tempo. Por exemplo, o fato gerador do imposto de renda de pessoa física (IRPF) acontece ao longo de um período de tempo, que, segundo a legislação do IR, é de 1° de janeiro até 31 de dezembro do mesmo ano, estando, portanto, pendente o fato gerador até a data de 31 de dezembro. Assim, a súmula 584 do STF, que ainda continua sendo aplicada pela Excelsa Corte, dispõe que “ao Imposto de Renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração.” Assim, uma lei publicada em 31 de Dezembro de 2009 aumentando o valor do imposto de renda atinge situações caracterizadoras do fato gerador do IRPF (aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza) acontecidas antes da publicação da lei, desde o dia 01 de janeiro de 2009. Logo, a lei nova publicada durante o ano-base pode incidir sobre o IRPF do mesmo ano, pois estará vigente no exercício financeiro seguinte, que é quando o IRPF será lançado por homologação e ocorrerá também a apresentação da declaração de ajuste anual. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 16 www.pontodosconcursos.com.br Em minha opinião, a súmula 584 desobedece ao princípio constitucional da irretroatividade, mas o STF não tem adotado este entendimento. Isto é fato, por enquanto. Vejamos as decisões mais recentes sobre o tema: “Com efeito, a pretensão da ora recorrida, mediante Mandado de Segurança, é a de se abster de pagar o Imposto de Renda correspondente ao ano-base de 1989, pela alíquota de 18%, estabelecida no inc. I do art. 1º da Lei nº 7.968, de 28.12.1989, com a alegação de que a majoração, por ela representada, não poderia ser exigida com relação ao próprio exercício em que instituída, sob pena de violação ao art. 150, III, "a", da Constituição Federal de 1988. O acórdão recorrido manteve o deferimento do Mandado de Segurança. Mas está em desacordo com o entendimento desta Corte, firmado em vários julgados e consolidado na Súmula 584, que diz: "Ao Imposto de Renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração." Reiterou-se essa orientação no julgamento do R.E. nº 104.259-RJ (RTJ 115/1336). Tratava-se, nesse precedente, como nos da Súmula, de Lei editada no final do ano-base, que atingiu a renda apurada durante todo o ano, já que o fato gerador somente se completa e se caracteriza, ao final do respectivo período, ou seja, a 31 de dezembro. Estava, por conseguinte, em vigor, antes do exercício financeiro, que se inicia a 1º de janeiro do ano subseqüente, o da declaração. “É orientação assente nesta Corte que o fato gerador do imposto de renda se materializa no último dia do período-base, isto é, em 31 de dezembro. Assim, a lei que entra em vigor antes do último dia do período de apuração poderá ser aplicada a todo o período- base, sem ofensa ao princípio da irretroatividade. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 17 www.pontodosconcursos.com.br Cite-se, a título de exemplo, a decisão do RE nº 199.352, nestes termos: ‘O fato gerador do imposto de renda é aquele apurado no balanço que se encerra em 31 de dezembro de cada ano. O Decreto-Lei 2.462 foi publicado em 31 de agosto de 1988. Foi respeitado o princípio da anterioridade da lei tributária.’ Do exposto, com fundamento no art. 557, § 1º-A, do CPC, com a redação dada pela Lei nº 9.756/98, conheço do recurso e dou-lhe provimento, para declarar legítima a majoração da alíquota de imposto de renda incidente sobre exportações instituída pelo art. 1º, da Lei nº 8.034/90”. Noutro ponto, segundo o art. 106 do CTN, a lei tributária pode ter aplicação retroativa, denominando-se de retroatividade benigna ou in bonam partem, podendo ser aplicada ato ou fato pretérito nas seguintes hipóteses: (i) Em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados. Esta regra dar fundamento a retroatividade benigna da interpretação autêntica, que é a interpretação elaborada pelo próprio Poder Legislativo, ressaltando-se que este tipo de interpretação não exclui a apreciação do caso pelo Poder Judiciário. Por exemplo, os arts. 3° e 4°, da LC 118/2005, estabeleceram, respectivamente, que (a) para efeito de interpretação do art. 168, I, do CTN, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1o do art. 150 da referida Lei; (b) esta Lei entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após sua publicação, observado, quanto ao art. 3o, o disposto no art. 106, I, do CTN. Interpretando tais dispositivos, o STJ entendeu que: “a) o art. 3º da LC 118/05 só pode ter eficácia prospectiva, incidindo sobre situações que venham a ocorrer a partir de sua vigência; b) o art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, que determina a aplicação CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 18 www.pontodosconcursos.com.br retroativa do art. 3º, ofende o princípio constitucional da autonomia e independência dos Poderes (CF, art. 2º) e o da garantia do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada (CF, art. 5º, XXXVI)”. Com efeito, a interpretação do STJ é que a lei interpretativa, manifestação expressa do Poder Legislativo, não exclui a apreciação do caso do Poder Judiciário. (ii) Tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. Ato “não definitivamente julgado” significa ato não transitado em julgado, compreendendo tanto o âmbito administrativo como o âmbito judicial (Poder Judiciário). Neste sentido, é pacífico o entendimento do STJ no sentido de que, tratando-se de execução fiscal não definitivamente julgada, aplica-se o disposto no art. 106 do CTN. Assim sendo, permite-se a extinção ou redução da multa,moratória ou punitiva, prevista na lei mais nova, por ser mais benéfica ao contribuinte, independentemente de o fato gerador do tributo tenha ocorrido em data anterior a vigência da norma sancionatória. Realçamos também que o pagamento regular da multa tributária extingue o crédito tributário, não permitindo a aplicação do art. 106 do CTN. 13. (ATE/PI/2001/ESAF) A aplicação retroativa de lei tributária não é admitida quando: a) estabelecer hipóteses de isenção. b) for interpretativa. c) deixar de definir ato não definitivamente julgado como infração. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 19 www.pontodosconcursos.com.br d) estabelecer penalidade mais branda que a prevista na lei vigente ao tempo da prática do ato. e) deixar de tratar ato não definitivamente julgado como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, respeitados os demais requisitos legais. A aplicação retroativa de lei tributária é admitida nas hipóteses do art. 106 do CTN, a saber: “A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática”. Deste modo, a resposta é a letra “a”. 14. (TRF/2000/ESAF) A lei não se aplica a ato ou fato pretérito: a) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. b) quando seja expressamente interpretativa. c) tratando-se de ato não definitivamente julgado quando deixe de defini-lo como infração. d) quando deixe de tratar ato não definitivamente julgado como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, não sendo fraudulento e não tendo implicado falta de pagamento de tributo. e) quando expressamente interpretativa, determine a aplicação de penalidade por infração dos dispositivos interpretados. É a aplicação novamente do art. 106 do CTN. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 20 www.pontodosconcursos.com.br Deste modo, a resposta é a letra “e”. 15. (FGV/Fiscal de Rendas/RJ/2009) De acordo com o Código Tributário Nacional a lei aplica-se a ato ou fato pretérito. A esse respeito analise as afirmativas que apresentam as situações em que a lei se aplica. I. Em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados. II. Quando reduza a alíquota de tributo cujo fato gerador já foi praticado, desde que a defesa ofertada pelo contribuinte, administrativa ou judicial, ainda não tenha sido definitivamente julgada. III. Tratando-se de ato não definitivamente julgado, quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado falta de pagamento de tributo. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. O primeiro item é verdadeiro, pois, de acordo com o CTN, a lei aplica-se a ato ou fato pretérito em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados, de acordo com o art. 106, I. O segundo item é falso, aplicando-se o caput do art. 144 do CTN, dispondo que o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. O quarto item é verdadeiro, pois, de acordo com o CTN, a lei aplica-se a ato ou fato pretérito, tratando-se de ato não CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 21 www.pontodosconcursos.com.br definitivamente julgado, quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado falta de pagamento de tributo, de acordo com o art. 106, II, “b”. Destarte, a resposta é a letra “c”. 16. (CESPE/Procurador de Estado/AL/2009) Com relação ao direito tributário, considerando que seja editada a lei ordinária Y, esclarecendo como deverá ser aplicada a lei vigente X, que possui penalidades para as infrações a seus dispositivos, assinale a opção correta. A A lei Y só poderá ser aplicada a ato e fato futuro ou pendente, como rege o CTN. B A lei Y sempre terá aplicação a ato ou fato pretérito, quando houver a imposição de penalidades às infrações dos dispositivos interpretados. C A lei X foi revogada, pois a lei Y regulamentou a mesma matéria. D Em qualquer caso, quando for expressamente interpretativa, a lei Y aplicar-se-á a ato ou fato pretérito. E Fato gerador ocorrido antes da vigência da lei Y não será por ela atingido, em virtude do princípio da irretroatividade. Conforme o art. 106, I, do CTN, a resposta é a letra “d”. Esta questão não foi anulada pela banca examinadora do concurso da PGE/AL, considerando como certa definitivamente a letra "d", mas compreendo que foi omissa quanto a exclusão da aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados. Neste caso, no concurso você deve marcar a menos errada, que é a "d", eis que as demais alternativas são absurdas e nem sempre as questões de concurso são anuladas. 3. Interpretação e Integração da Legislação Tributária CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 22 www.pontodosconcursos.com.br A hermenêutica, atualmente, é entendida como uma teoria ou filosofia da interpretação que deve tornar compreensível o significado de determinado texto. Assim, a interpretação hoje é vista como uma tarefa criadora no âmbito da linguagem. Todavia, sem se aprofundar no estudo da hermenêutica contemporânea, afirmamos, de logo, que o CTN adota uma visão tradicional da hermenêutica, que é entendida como um problema normativo e metodológico. Ou seja, para o CTN a hermenêutica é conjunto de técnicas e métodos destinados a interpretar a norma. Assim, como o objetivo aqui é passar em concurso público vamos procurar não criticar os dispositivos do CTN sobre interpretação e integração da legislação tributária como faz grande parte da doutrina, pois isto certamente atrapalha na resolução e acerto de enunciados de provas objetivas. Com efeito, de acordo com o art. 107 do CTN, a legislação tributária deverá ser interpretada conforme o disposto no próprio Código. Interpretar no Direito é compreender o sentido da norma, pressupondo a existência de norma sobre a questão. Já a integração no direito, segundo a hermenêutica tradicional do CTN, é o preenchimento da lacuna ou do vazio normativo. Isto é, não existe dispositivo expresso para regular determinada situação e o intérprete busca métodos de integração para o preenchimento deste vazio normativo. Deste modo, o CTN no seu art. 108 estabelece que na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: 1. a analogia; 2. os princípios gerais de direito tributário; CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 23 www.pontodosconcursos.com.br 3. os princípios gerais de direito público; 4.a eqüidade. Nesse rumo, o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei, ou mesmo na criação de hipóteses suspensão, extinção ou exclusão do crédito tributário, em face do princípio da legalidade tributária. A analogia é um método de integração que busca o preenchimento da lacuna normativa com a aplicação de uma norma semelhante ao do caso concreto. Podemos considerar como exemplos os seguintes casos discutidos recentemente pela jurisprudência do STJ, a saber: “O Convênio ICMS 69/98, ao determinar a incidência do ICMS sobre a habilitação de aparelho móvel celular, empreendeu verdadeira analogia extensiva do âmbito material de incidência do tributo, em flagrante violação ao art. 108, § 1º, do CTN” (AGREsp 956312/RO, DJ de 22/10/07, p. 219.) “Deveras, é princípio basilar do Direito Tributário Brasileiro que a imposição de ônus tributário ao contribuinte, que só pode decorrer de lei (CF/88, art. 150, inciso I), não pode resultar do emprego da analogia (CTN, art. 108, §1.º), e equiparar os meros serviços de aformoseamento prestados pela empresa recorrida aos de construção, demolição, reforma, ampliação de edificação ou outras benfeitorias agregadas ao solo ou subsolo implica analogia in malam partem, vez que resultariam em impor à esta óbices que a legislação vigente não lhe impõe” (Resp 818674/MG. DJ de 20/09/07). Realçamos também que não se confunde a analogia com a interpretação extensiva ou analógica, como muito bem ensina o STJ na interpretação da Lista anexa a LC 116/2003: “Embora taxativa, em sua enumeração, a lista de serviços admite interpretação extensiva, dentro de CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 24 www.pontodosconcursos.com.br cada item, para permitir a incidência do ISS sobre ser- viços correlatos àqueles previstos expressamente. Esse entendimento não ofende a regra do art. 108, § 1º, do CTN, que veda o emprego da analogia para a cobrança de tributo não previsto em lei. Na hipótese, não se cuida de analogia, mas de recurso à interpretação extensiva, de resto autorizada pela própria norma de tributação, já que muitos dos itens da lista de serviços apresentam expressões do tipo ‘congêneres’, ‘semelhantes’, “qualquer natureza”, ‘qualquer espécie’, entre outras tantas. Não se pode confundir analogia com interpretação analógica ou extensiva. A analogia é técnica de integração, vale dizer, recurso de que se vale o operador do direito diante de uma lacuna no ordenamento jurídico. Já a interpretação, seja ela extensiva ou analógica, objetiva desvendar o sentido e o alcance da norma para então definir-lhe, com certeza, a sua extensão. A norma existe, sendo o método interpretativo necessário, apenas, para precisar-lhe os contornos”. Por sua vez, o emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido (art. 108, §2°) A equidade é considerada como a aplicação da justiça ao caso concreto, abrandando o rigor da lei, tendo em conta as características pessoais ou materiais do caso. Por outro lado, os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance dos institutos, conceitos e formas do direito tributário, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários, conforme art. 109 do CTN. Exemplos de princípios gerais de direito privado são a eticidade fundada no princípio da dignidade da pessoa humana; a socialidade que é a prevalência dos valores coletivos em detrimento dos valores sociais e a operalidade traduzida na efetivação da norma jurídica, afirmando a doutrina que o direito é feito para ser utilizada e eficaz. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 25 www.pontodosconcursos.com.br Ressaltamos mais uma vez que princípios gerais de direito privado não definem os efeitos das normas tributárias. Nessa senda, a lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias. Por exemplo, o STF entendeu que a ampliação do conceito de receita bruta, pela Lei 9.718/98, para abarcar todas as receitas auferidas pela pessoa jurídica, teria afrontado o conceito de faturamento ou de receita bruta previsto inicialmente no art. 195 da CF/88 (aplicação as situações ocorridas antes da Emenda Constitucional n° 20/98). Portanto, por desobedecer a um conceito de direito privado utilizado por norma constitucional, teria ocorrido violação ao art. 110 do CTN. 3.1 Interpretação literal e interpretação mais favorável De acordo com o art. 111 do CTN, interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: (i) suspensão ou exclusão do crédito tributário; (ii) outorga de isenção; (iii) dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. A interpretação gramatical ou literal é aquela que se fundamenta na compreensão das palavras dispostas literalmente na norma jurídica. Exemplo de interpretação gramatical ou literal adaptado do disposto na última prova de Procurador da Fazenda Nacional (ESAF) é o seguinte: Se a Lei “X” concedeu certa isenção para os estabelecimentos industriais, então, de acordo com a interpretação literal, a isenção é apenas outorgada para os estabelecimentos industriais e para mais ninguém. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 26 www.pontodosconcursos.com.br Assim, a circunstância de outra Lei “Y”, que, para os fins nela previstos, equiparou o estabelecimento industrial ao importador, não permite, em hipótese alguma, a interpretação gramatical de que também o importador se beneficia da isenção. Ressaltamos que a interpretação literal não se confunde com a interpretação restritiva, pois esta modalidade interpretativa restringe o sentido e alcance da norma legal, podendo restringir até mesmo o sentido literal do texto normativo. Por sua vez, a lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável (benigna ou in bonam parte) ao acusado, em caso de dúvida quanto: (i) à capitulação legal do fato; (ii) à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos; (iii) à autoria, imputabilidade, ou punibilidade; (iv) à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. Vamos para as questões: 17. (AFTN/94/ESAF) Lei tributária que, simultaneamente, (a) disponha sobre suspensão do crédito tributário, (b) sobre dispensa do cumprimento de obrigações acessórias (c) e que defina infrações, esta última em caso de dúvida quanto à extensão dos efeitos do fato, interpreta-se: a) analogicamente, extensivamente e de maneira mais favorável ao acusado b) literalmente, extensivamente e analogicamente c) extensivamente, literalmente e analogicamente d) literalmente, extensivamente e de maneira mais favorável ao acusado e) literalmente, literalmente e de maneira mais favorável ao acusado CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 27 www.pontodosconcursos.com.br Conforme os arts. 106 e 111 do CTN, a resposta correta é a letra “e”. 18. (AFTN/94/ESAF) 1. Busca de um paradigma que contenha situação semelhante ou quase igual àquela para a qual o aplicador não encontrou disposição expressa. 2. Aplicação da regra da isonomia: tratamento igual para casos iguais e desigual para os desiguais. 3. Aplicação da norma mais branda e menos onerosa. 4. Sujeita-se a interpretação literal. Combine cada uma das quatro expressõesacima com cada uma das quatro opções abaixo: w) anistia x) equidade y) princípio geral de direito z) analogia Qual das combinações abaixo está parcial ou totalmente errada? a) x1 y3 b) y2 x3 c) z1 w4 d) x3 z1 e) y2 w4 A analogia é busca de um paradigma que contenha situação semelhante ou quase igual àquela para a qual o aplicador não encontrou disposição expressa. Aplicação da regra da isonomia: tratamento igual para casos iguais e desigual para os desiguais representa um princípio geral do direito. Aplicação da norma mais branda e menos onerosa combina com a equidade. A anistia é sujeita a interpretação literal, de acordo com o art. 111, I, do CTN. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 28 www.pontodosconcursos.com.br Deste modo, a resposta correta é a letra “a”. 19. (AFRF/2003/ESAF) Relativamente à interpretação e integração da legislação tributária, avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) Interpreta-se da maneira mais favorável ao sujeito passivo a legislação tributária que disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. ( ) Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, bem assim para definição dos respectivos efeitos tributários. ( ) Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na rigorosa ordem, a analogia, os princípios gerais de direito público, os princípios gerais de direito tributário e a eqüidade. a) F, V, F b) F, F, F c) F, F, V d) V, V, F e) V, F, V O primeiro item é falso, pois se interpreta literalmente a legislação tributária que disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias, de acordo com o art. 111, III, do CTN. O segundo item é falso, porque os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários, conforme art. 109 do CTN. O terceiro item é falso, pois na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 29 www.pontodosconcursos.com.br tributária utilizará sucessivamente, na rigorosa ordem, a analogia, os princípios gerais de direito tributário, os princípios gerais de direito público e a eqüidade, segundo art. 108, I a IV, do CTN. Deste modo, a resposta correta é a letra “b”. 20. (PFN/98 – ESAF) 1. As normas que tratam de isenção estão sujeitas a ______________. 2. As normas que tratam de moratória estão sujeitas a ______________. 3. As normas que dizem interpretar outras, da mesma fonte, são de ______________. Observe, entre as alíneas w, x, y e z, quais as que, à luz do Código Tributário Nacional, preenchem corretamente, e com explicação plausível, as lacunas acima, e, em seguida, marque a opção que contém, na devida seqüência, as alíneas respectivas. w) interpretação extensiva, em atenção ao princípio favorabilia amplianda. x) interpretação extensiva, em atenção a que a regra geral não deve ser restringida pelo intérprete. y) interpretação retroativa, porque não tem caráter de inovação do sistema jurídico. z) interpretação literal, em atenção a que a regra geral é a tributação e exceções não se interpretam extensivamente. a) w, w, y. b) w, x, z. c) z, x, w. d) z, z, y. e) z, y, x. As normas que tratam de isenção (exclusão do crédito tributário) estão sujeitas a interpretação literal, em atenção a que a regra geral é a tributação e exceções não se interpretam extensivamente. As normas que tratam de moratória (suspensão do crédito tributário) estão sujeitas a interpretação literal, em atenção a que a CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 30 www.pontodosconcursos.com.br regra geral é a tributação e exceções não se interpretam extensivamente As normas que dizem interpretar outras, da mesma fonte, são de interpretação retroativa, porque não tem caráter de inovação do sistema jurídico. São as normas interpretativas. Deste modo, a resposta correta é a letra “d”. 21. (PFN/98/ESAF) O esclarecimento do significado de uma lei tributária por outra posterior configura a chamada interpretação a) ontológica. b) científica. c) integrada. d) autêntica. e) evolutiva. O esclarecimento do significado de uma lei tributária por outra posterior configura a chamada interpretação autêntica, que é a interpretação realizada pelo próprio Poder Legislativo. Deste modo, a resposta correta é a letra “d”. 22. (AFPS/2002/ESAF) Sobre o tema legislação tributária, é correto afirmar que, nos termos do Código Tributário Nacional: a) a aplicação da legislação tributária restringe-se a fatos geradores futuros, isto é, àqueles ocorridos a partir de sua vigência, em consonância com o princípio constitucional da irretroatividade das leis. b) a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, quando seja expressamente interpretativa, incluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados. c) a lei tributária aplica-se a ato pretérito que não tenha sido definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infração. d) a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, não definitivamente julgado, quando deixe de tratá-lo como CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 31 www.pontodosconcursos.com.br contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, inclusive no caso de envolver inadimplemento de obrigação principal, desde que o ato ou fato não se tenha realizado por meio de fraude. e) é permitido à autoridade administrativa empregar a eqüidade para dispensar o cumprimento de obrigação tributária principal, quando se depara com ausência de disposição legal expressa para decidir litígio tributário cujo julgamento é de sua competência. A resposta é a letra “c”, conforme o art. 106, II, “a”, do CTN. 23. (TTN/94/ESAF) No direito tributário brasileiro, o emprego da eqüidade: a) é o primeiro recurso para o caso de integração da legislação tributária. b) poderá resultar na dispensa do pagamento do tributo devido. c) justifica conceder-se remissão, desde que autorizada por lei, em relação com as características pessoais ou materiais do caso. d) afasta a interpretação literal da legislação tributária que trata da dispensa do cumprimento das obrigações tributárias acessórias. e) determina que a lei tributária se aplique a ato pretérito quando deixa de defini-lo como infração. A resposta é a letra “c”, conforme o art. 172, V, do CTN, a saber: “A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo: I - à situação econômica do sujeito passivo; II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato; III - à diminuta importância do crédito tributário; IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 32 www.pontodosconcursos.com.br V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante”. 24. (TRF/20021./ESAF) Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará, sucessivamente, na ordem indicada (art.108 da Lei 5.172/66-Código Tributário Nacional): a) a analogia; os princípios geraisde direito tributário; os princípios gerais de direito público; a eqüidade. b) os princípios gerais de direito tributário; os princípios gerais de direito público, a eqüidade; a analogia. c) a eqüidade; os princípios gerais de direito tributário; os princípios gerais de direito público; a analogia. d) a analogia; os princípios gerais de direito público; os princípios gerais de direito tributário; a eqüidade. e) a analogia; a eqüidade; os princípios gerais de direito público; os princípios gerais de direito tributário. De acordo com o art. 108 do CTN, na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará, sucessivamente, na ordem indicada (art.108 da Lei 5.172/66-Código Tributário Nacional): a analogia; os princípios gerais de direito tributário; os princípios gerais de direito público; a eqüidade. Deste modo, a resposta é a letra “a”. 25. (AFTN/94/ESAF) Na hipótese de o aplicador da lei tributária que comina penalidades ficar em dúvida quanto à graduação da pena, deverá interpretar a norma, em relação ao acusado, de modo: a) analógico. b) benigno. c) eqüitativo. d) literal. e) integrado. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 33 www.pontodosconcursos.com.br Conforme o art. 112, do CTN, na hipótese de o aplicador da lei tributária que comina penalidades ficar em dúvida quanto à graduação da pena, deverá interpretar a norma, em relação ao acusado, de modo mais favorável ou benigno. Deste modo, a resposta é a letra “b”. 26. (ATN/Recife/2003/ESAF) Conforme estabelece o Código Tributário Nacional, a legislação tributária que disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito tributário é interpretada: a) da maneira mais favorável ao sujeito passivo, em caso de dúvida quanto à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos. b) mediante aplicação do método teleológico. c) mediante aplicação do método sistemático. d) de tal modo que o emprego da eqüidade implique dispensa de tributo devido, quando a autoridade tributária competente, à vista de disposição normativa expressa, não puder utilizar a analogia. e) literalmente. Conforme estabelece o art. 111, I, do CTN, a legislação tributária que disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito tributário é interpretada literalmente. Deste modo, a resposta é a letra “e”. 27. (ATN Fortaleza/2003/ESAF) O Código Tributário Nacional estabelece expressamente a seguinte regra no seu capítulo intitulado “Interpretação e Integração da Legislação Tributária”: a) em caso de dúvida quanto à capitulação legal do fato, os dispositivos de lei tributária que tratam de fato gerador, definem infrações, ou lhes cominam penalidades, devem ser interpretados da maneira mais favorável ao sujeito passivo. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 34 www.pontodosconcursos.com.br b) os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários. c) a legislação tributária que dispõe sobre lançamento de crédito tributário deve ser interpretada literalmente. d) o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo previsto em lei. e) na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará, sucessivamente, na rigorosa ordem que se segue, a analogia, os princípios gerais de direito público, os princípios gerais de direito tributário e a eqüidade. O CTN estabelece expressamente a seguinte regra no art. 109 do seu capítulo intitulado “Interpretação e Integração da Legislação Tributária”: “os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários”. Deste modo, a resposta é a letra “b”. 28. (AFTE/RN/2004/ESAF) Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas. Em seguida, marque a opção correta. ( ) É vedada a aplicação imediata da legislação tributária a fatos geradores cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa. ( ) A lei tributária é aplicável a ato ou fato pretérito definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infração. ( ) A legislação tributária que disponha sobre parcelamento de crédito tributário deve ser interpretada literalmente. ( ) Quando não há dúvida quanto à capitulação legal do fato, a lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, deve ser interpretada da maneira mais favorável ao acusado. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 35 www.pontodosconcursos.com.br a) V, F, V, F b) V, V, F, V c) F, V, F, F d) F, F, V, V e) F, F, V, F. O primeiro item é falso, porque não é vedada a aplicação imediata da legislação tributária a fatos geradores cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa, conforme o art. 105 do CTN, que trata também dos fatos geradores pendentes. O segundo item é falso, porque a lei tributária é aplicável a ato ou fato pretérito não definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infração, de acordo com o art. 106, II, “a”, do CTN. O terceiro item é verdadeiro, porque a legislação tributária que disponha sobre parcelamento (hipótese de suspensão do crédito tributário) deve ser interpretada literalmente, de acordo com o art. 111, I, do CTN. O quarto item é falso, porque quando há dúvida quanto à capitulação legal do fato, a lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, deve ser interpretada da maneira mais favorável ao acusado, de acordo com o art. 112 do CTN. Deste modo, a resposta é a letra “e”. 29. (AFE/MG/2005/ESAF) Considerando os temas “vigência e aplicação da legislação tributária” e “interpretação e integração da legislação tributária”, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) A lei que disponha sobre suspensão e exclusão do crédito tributário deve ser interpretada, segundo o Código Tributário Nacional, em benefício do contribuinte. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 36 www.pontodosconcursos.com.br ( ) A lei tributária aplica-se ao ato ou fato pretérito, quando for interpretativa, ressalvadas as hipóteses em que redundar na aplicação de penalidade. ( ) Segundo o Código Tributário Nacional, o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. ( ) A lei tributária é aplicada a fato anterior à sua vigência quando extinguir tributo, já que vem em benefício do contribuinte. a) V, V, V, F b) F, V, F, V c) F, V, V, V d) F, V, V, F e) F, F, V, F O primeiro item é falso, porque a lei que disponha sobre suspensão e exclusão do crédito tributário deve ser interpretada literalmente, segundo o art. 111, I, do CTN. O segundo item é verdadeiro, porque a lei tributária aplica-se ao ato ou fato pretérito, quando for interpretativa, ressalvadas as hipóteses em que redundar na aplicação de penalidade, conforme o art. 106, I, do CTN. O terceiro item é verdadeiro, pois, segundo o CTN, o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei, segundo o art. 108, §1°, do CTN. O quarto item é falso, porque a lei tributária não é aplicada a fato anterior à sua vigência quando extinguir tributo. Deste modo, a resposta é a letra “d”. 30. (ESAF/Procurador/DF/2004) Em relação ao tema interpretação e integração da legislação tributária, regulado pelo Código Tributário Nacional, avalie o acertodas afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 37 www.pontodosconcursos.com.br ( ) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias, suspensão ou extinção do crédito tributário e outorga de isenção. ( ) Em caso de dúvida quanto à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado a lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades. ( ) O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei; o da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. a) V, V, V b) F, V, F c) V, V, F d) V, F, V e) F, V, V O primeiro item é falso, porque se interpreta literalmente a legislação tributária que disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias, suspensão ou exclusão do crédito tributário e outorga de isenção, de acordo com o art. 111 do CTN. O segundo item é verdadeiro, porque, em caso de dúvida quanto à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado a lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, conforme art. 112 do CTN. O terceiro item é verdadeiro, porque o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei; o da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido, segundo o art. 108, §§1° e 2°, do CTN. Deste modo, a resposta é a letra “e”. 31. (ESAF/PFN/2006/adaptada) Considerando os temas “vigência e aplicação da legislação tributária” e CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 38 www.pontodosconcursos.com.br “interpretação e integração da legislação tributária” e as disposições do CTN, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) O emprego da analogia pode resultar na exigência de tributo. ( ) A lei tributária aplica-se ao ato ou fato pretérito, quando for interpretativa, ressalvadas as hipóteses em que redundar na aplicação de penalidade. ( ) Quando extinguir multa tributária, a lei tributária pode ser aplicada a fato anterior à sua vigência. ( ) A lei que disponha sobre moratória e remissão do crédito tributário deve ser interpretada, segundo o Código Tributário Nacional, em benefício do contribuinte. a) F, F, V, F b) V, V, F, F c) F, V, V, F d) V, F, F, V e) F, V, V, V O primeiro item é falso, porque o emprego da analogia não pode resultar na exigência de tributo, conforme §1°, do art. 108 do CTN. O segundo item é verdadeiro, pois a lei tributária aplica-se ao ato ou fato pretérito, quando for interpretativa, ressalvadas as hipóteses em que redundar na aplicação de penalidade, conforme inc. I, do art. 106 do CTN. O terceiro item é verdadeiro, eis que quando extinguir multa tributária, a lei tributária pode ser aplicada a fato anterior à sua vigência, conforme inc. II, “c”, do art. 106 do CTN. O quarto item é falso, porque a lei que disponha sobre moratória do crédito tributário deve ser interpretada, segundo o Código Tributário Nacional, literalmente. Deste modo, a resposta é a letra “c”. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 39 www.pontodosconcursos.com.br 32. (ESAF/MPC/GO/2007) Quanto à interpretação e integração das normas tributárias, assinale a opção correta. a) As lacunas do Direito Tributário são colmatadas pela mesma sistemática da Lei de Introdução ao Código Civil. b) O contrato de arrendamento mercantil relativo a um automóvel pode excluir a responsabilidade tributária do arrendante, em relação ao Imposto sobre Veículos Automotores, uma vez que as partes podem pactuar suas obrigações. c) Em existindo dúvida quanto à capitulação legal do fato, deve-se interpretar a lei tributária definidora de infrações da maneira mais favorável ao acusado. d) A outorga de isenções é interpretada finalisticamente, cabendo ao aplicador da lei buscar o objetivo perseguido pelo legislador. e) A lei tributária, em alguns casos, pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado para definir ou limitar competências tributárias. A resposta correta é a letra “c”, conforme art. 112, I, do CTN. A letra “a” é falsa, pois as lacunas do Direito Tributário são colmatadas (preenchidas) pela sistemática prevista no art. 108 do CTN. A letra “b” é falsa, pois a responsabilidade tributária não pode ser excluída por contrato. A letra “d” é falsa, uma vez que a outorga de isenções é interpretada literalmente, conforme art. 111, I e II, do CTN. A letra “e” é falsa, pois a lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 40 www.pontodosconcursos.com.br Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias, segundo art. 110 do CTN. 33. (ESAF/PFN/2007) ● O Decreto n. 40.643/96, do Estado de São Paulo, que aprovou os termos do Convênio n. 132/95, concedeu certa isenção para os estabelecimentos industriais. A circunstância de a Lei Federal n. 4.502/64, que, para os fins nela previstos, equiparou o estabelecimento industrial ao importador, permite, segundo o CTN, a interpretação de que também o importador se beneficia da isenção? ● À luz do art. 38, § 2º, da Lei n. 6.374/89, do Estado de São Paulo, discutiu-se a atualização monetária do crédito do ICMS. Em face de norma estadual expressa, é admitido o uso das formas de integração do direito tributário, quais sejam, a analogia, os princípios gerais de direito tributário e de direito público e a eqüidade, se já previstas em lei federal (CTN, art. 108, I a IV)? ● O Plenário do STF, ao julgar o RE 213.396 (DJ de 01/12/2000), assentou a constitucionalidade do sistema de substituição tributária “para frente”, mesmo antes da promulgação da EC n. 3/93. Nesse sistema, a obrigação tributária mostra-se anterior à realização concreta do fato tributável. O Convênio ICMS 10/89, que previu esse sistema, foi publicado no dia 30 de março. Poderia o Convênio alcançar os substitutos tributários por ele instituídos, já no mês de março de 1989? a) Sim, sim, sim b) Não, não, não c) Sim, não, sim d) Não, sim, não e) Sim, não, não A resposta correta é a letra “b”. O primeiro item é não, pois a interpretação da isenção é literal, de acordo com o art. 111 do CTN. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 41 www.pontodosconcursos.com.br A integração apenas é feita na ausência norma jurídica expressa, conforme art. 108 do CTN. O terceiro item é não, pois, neste, o Convênio deve obedecer ao princípio da irretroatividade, aplicando-se apenas para os casos futuros após o início da sua entrada em vigor. 34. (AFPS/2000/CESPE) Devido ao princípio da estrita legalidade, que vige no direito tributário, não se admitem fontes informais, como o costume, para esse ramo do ordenamento jurídico. É errada, pois, conforme o art. 100, III, do CTN, admite-se como norma complementar as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas (costume). 35. (AFPS/2000/CESPE) Em face das garantias constitucionais e das normas do CTN acercado conceito e da vigência no tempo da legislação tributária, as ordens de serviço do INSS, que detêm natureza de atos administrativos normativos, somente serão aplicáveis, para os contribuintes, quando possuírem conteúdo tributário, a partir de 1.° de janeiro do ano subseqüente àquele em que forem publicadas. É errada, pois, conforme o art. 103, III, do CTN, atos administrativos normativos, salvo disposição em contrário, entram em vigor na data da sua publicação. 36. (AFPS/2000/CESPE) Considere a seguinte situação, que é hipotética inclusive no que tange a legislação: Uma lei foi publicada criando imposto sobre a propriedade de veículos automotores movidos a álcool, os quais até então não eram tributariamente onerados. Todavia, por defeito do processo legislativo, a lei não especificou a alíquota com base na qual seria calculado o imposto. Diante desse quadro, poderá o fisco valer-se da analogia para o fim de CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 42 www.pontodosconcursos.com.br calcular o imposto sobre os veículos consoantes as alíquotas aplicáveis aos veículos movidos a gasolina, dada a similitude das situações. É errada, pois, conforme o art. 108, §1º, do CTN, o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. 37. (Delegado/PF/97/CESPE) Os princípios de direito privado podem ser utilizados para se determinarem os efeitos tributários dos institutos, conceitos e formas do direito civil ou do direito comercial. É errada, uma vez que os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários (art. 109 do CTN). 38. (Delegado/PF/97/CESPE) Lei ordinária poderá, eventualmente, redefinir o conceito do direito privado utilizado por norma constitucional para estabelecer competência tributária. É errada, pois a lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias (art. 109 do CTN). 39. (Delegado/PF/97/CESPE) No caso de dispensa do cumprimento de obrigação tributária acessória, admite-se o emprego da analogia. É errada, pois, no caso de dispensa do cumprimento de obrigação tributária acessória, admite-se apenas a interpretação literal, segundo o art. 111, III, do CTN. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 43 www.pontodosconcursos.com.br 40. (Delegado/PF/97/CESPE) Em matéria de infração à lei tributária, havendo dúvida sobre a pena cabível, entre as várias penas previstas em lei, aplica-se aquela que for mais favorável ao acusado. É correta, conforme art. 112, IV, do CTN. 41. (Delegado/PF/97/CESPE) Ainda que para solucionar situação manifestamente injusta, não é possível utilizar-se a eqüidade para dispensar o pagamento de tributo devido. É correta, conforme art. 108, §2°, do CTN, dispondo que o emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. 42. (CESPE/Assessor Jurídico/Natal/2008) Acerca da interpretação e da integração da legislação tributária, assinale a opção correta. A Deve ser interpretada literalmente a lei estadual que disponha sobre a dispensa do cumprimento de escrituração de livros fiscais por certas sociedades empresárias. B Na ausência de disposição legal expressa, um agente público municipal pode empregar a analogia a fim de impor penalidades pecuniárias a contribuintes inadimplentes. C É lícito o emprego da eqüidade a fim de outorgar isenção de IPTU a todo contribuinte que comprove que sua situação econômica não lhe permite pagar o imposto sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família. D A integração da legislação tributária importa no trabalho intelectual que consiste em identificar o sentido e alcance da norma, em decifrar o pensamento do legislador. A resposta correta é a letra “a”, de acordo com o art. 111, III, do CTN, pois a escrituração de livros fiscais por certas sociedades empresárias é uma obrigação tributária acessória. CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 44 www.pontodosconcursos.com.br A letra “b” é falsa, conforme art. 108, §1°, do CTN. A letra “c” é falsa, conforme art. 108, §2°, do CTN. A letra “d” é falsa, pois traz conceituação de interpretação e não de integração. 43. (CESPE/AGU/2009) É lícita a interpretação restritiva de lei que conceda isenção de impostos e contribuições federais a uma categoria de empresas localizadas em determinada região brasileira. É errada, pois segundo norma expressa do CTN (art. 111, I e II), é lícita a interpretação literal e não a interpretação restritiva. 44. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/SP/2009) É correto afirmar que a (A) analogia é forma de interpretação da norma jurídica e o seu emprego poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. (B) equidade é forma de interpretação da norma jurídica e o seu emprego poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. (C) analogia é forma de integração da norma jurídica e o seu emprego poderá resultar na exigência do tributo não previsto em lei. (D) equidade é a forma de integração da norma jurídica e o seu emprego poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. (E) analogia é a forma de integração da norma jurídica e o seu emprego não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. A resposta correta é a letra “e”, conforme o art. 108 do CTN. QUESTÕES TRATADAS EM AULA 1. (AFRF/2000/ESAF) Segundo o Código Tributário Nacional, os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas entram em vigor, salvo disposição em contrário, CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E ICMS/RJ PROFESSOR: EDVALDO NILO 45 www.pontodosconcursos.com.br a) no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação. b) 30 dias após sua publicação. c) 45 dias após sua publicação. d) na data da sua publicação. e) na data de sua assinatura. 2. (AFE/PI/2000/ESAF/Adaptada) Lei que majora a alíquota do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, publicada em 30 de dezembro, omissa quanto à data de início de sua vigência, tornar- se-á obrigatória: a) na data de sua publicação. b) no primeiro dia do exercício financeiro seguinte. c) trinta dias após a data de sua publicação. d) quarenta e cinco dias após a data de sua publicação. e) sessenta dias após a data de sua publicação. 3. (ATE/MS/2001/ESAF) Os convênios sobre matéria tributária, incluídos entre as normas complementares da legislação tributária, têm como regra de vigência temporal o seguinte: a) entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte ao de sua publicação b) entram em vigor trinta dias após a data de sua publicação. c) entram em vigor na data neles prevista. d) entram em vigor na data de sua publicação. e) entram em vigor trinta dias após sua homologação pela Assembléia Legislativa. 4. (AFRF/2005/ESAF) Considerando os temas “vigência” e “aplicação” da legislação tributária, julgue os itens a seguir. Marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) É condição de vigência da lei tributária a sua eficácia. ( ) O CTN veda a extraterritorialidade da legislação tributária. ( ) Não é vedado aos decretos dispor sobre o termo inicial da vigência dos atos expedidos pelas autoridades administrativas tributárias. ( ) O Código Tributário Nacional adota como regra a irretroatividade
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