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slide 3 - Análise e avaliação de impactos ambientais

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WBA0392_v1.0
Análise e Avaliação de 
Impacto Ambiental
Metodologias em Avaliação de 
Impactos Ambiental e a 
participação pública
Bloco 1
Barbara Almeida Souza
Plano de monitoramento ambiental
• O que é?
Plano com determinação de programas específicos que visam constatar se o 
empreendimento está atendendo aos requisitos necessários e definidos, 
como também identificar necessidade de ajustes e correções.
• Em qual fase da Avaliação de Impacto Ambiental?
Prevista na fase etapa pós-aprovação, que inclui o monitoramento dos 
impactos ambientais e medidas mitigadoras, assim como programas de 
gestão ambiental e auditoria.
Plano de monitoramento ambiental
• Quais são as suas funções?
• Verificar os impactos reais de um empreendimento.
• Comparar os impactos reais com as previsões apresentadas no 
estudo de impacto ambiental.
• Detectar eventuais impactos não previstos ou impactos de magnitude 
maior que a esperada.
Feedback do programas ambientais.
Plano de monitoramento ambiental
Abrange indicadores da qualidade ambiental que, eventualmente, 
apresentaram alteração numa das fases do empreendimento. 
Qualidade da água 
superficial e 
subterrânea.
Qualidade do ar.
Índice de sucesso de 
plantio de mudas em 
área de restauração 
florestal.
Níveis de ruído e 
vibração.
Número de espécies 
de avifauna, em áreas 
de recuperação 
florestal.
Fonte: elaborada pela autora.
Figura 1 - Exemplo de indicadores de qualidade ambiental que podem ser 
usados em um plano de monitoramento. 
Plano de monitoramento ambiental
Exemplo da construção de um indicador: Índice de Qualidade de água da 
CETESB.
O IQA é calculado pelo produtório ponderado das qualidades de água 
correspondentes às variáveis que integram o índice.
IQA: Índice de Qualidade das Águas, um número entre 0 e 100. 
qi: qualidade do i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 100, 
obtido da respectiva curva média de variação de qualidade, em 
função de sua concentração ou medida. 
wi: peso correspondente ao i-ésimo parâmetro, um número entre 
0 e 1, atribuído em função da sua importância para a conformação 
global de qualidade, sendo que: em que: n: número de variáveis 
que entram no cálculo do IQA.
N
wi
i 1
IQA qi


Plano de monitoramento ambiental
Parâmetros utilizados:
1. Coliformes fecais.
2. pH.
3. Demanda bioquímica 
de oxigênio.
4. Nitrogênio total.
5. Fósforo total.
6. Temperatura.
7. Turbidez.
8. Resíduo total.
9. Oxigênio dissolvido.
Tabela 1 - Classificação do 
IQA da CETESB
Fonte: CETESB (2018).
Categoria Ponderação
Ótima 79 < IQA ≤ 100
Boa 51 < IQA ≤ 79
Regular 36 < IQA ≤ 51
Ruim 19 < IQA < 36
Péssima IQA ≤ 19
Plano de monitoramento ambiental
Programa Descrição Meio
Programa de 
monitoramento da 
qualidade das 
águas superficiais. 
Medidas para a avaliação periódica da qualidade da 
água em corpos d’água que possam ser impactados 
negativamente por um empreendimento, por meio do 
acompanhamento dos parâmetros associados aos 
potenciais impactos ambientais.
Físico.
Programa de 
monitoramento da 
fauna silvestre.
Prevê medidas de monitoramento da mastofauna, 
avifauna e herpetofauna para a verificação da eficácia 
das ações de prevenção, mitigação dos impactos sobre 
a fauna terrestre.
Biótico.
Fonte: elaborada pela autora.
Tabela 2 - Exemplo de programas
Plano de monitoramento ambiental
• Dificuldades dos programas de monitoramento ambiental no Brasil:
• Conduzidos apenas para atender a exigências formais.
• Dados utilizados exclusivamente para a elaboração de relatórios 
destinados aos órgãos ambientais. 
• Desafios: 
• Tornar os programas de monitoramento mais integrados.
• Construir base de dados para acompanhamento da evolução da 
qualidade ambiental.
• Utilizar os resultados para retroalimentar o sistema de gestão 
ambiental da empresa, promovendo a melhoria contínua.
Metodologias em avaliação de 
impactos ambiental e a 
participação pública
Bloco 2
Barbara Almeida Souza
Como funciona o processo de tomada de decisão na AIA?
Fonte: elaborada pela autora.
Definição da abrangência e 
conteúdo do estudo (scoping)
Elaboração do EIA
Consulta públicaDecisão
Análise técnica
Figura 2 - Fluxograma etapa de escopo e análise detalhada
Como funciona o processo de tomada de decisão na AIA?
Atores envolvidos Atribuições
Proponente do projeto (público ou privado). Contrata equipe independente para realização de estudo 
ambiental.
Fornece informações para elaboração do projeto.
Consultores ambientais (contratados pelo 
empreendedor).
Realização de estudo ambiental em parceria com o proponente 
do projeto.
Órgão ambiental (órgãos que compõem o 
Sistema nacional de meio ambiente –
SISNAMA).
Analisa o estudo ambiental e suas complementações, 
juntamente com os pareceres técnicos da órgãos intervenientes 
e ata da audiência pública.
Emite parecer técnico de decisão.
Órgãos intervenientes - órgãos interessados 
ou intervenientes (não licenciadores).
Analisa o estudo ambiental, com foco em sua área de atuação e 
produz uma manifestação técnica a respeito do projeto.
Público em geral (sociedade). Manifestação não discricionária sobre o projeto.
Membros do conselho de meio ambiente. Analisam os pareceres e emitem a decisão.
Fonte: elaborada pela autora.
Tabela 3 - Atores envolvidos e suas atribuições no processo de tomada de decisão
Como funciona o processo de tomada de decisão na AIA?
Fonte: elaborada pela autora.
Figura 3 - Fluxograma do processo de tomada de decisão em AIA
Análise técnica do 
órgão ambiental
Manifestação dos 
órgãos 
intervenientes
Resultados do 
estudo de impacto 
ambiental
Ata da audiência 
pública Parecer técnico 
da decisão
Reunião do 
conselho de 
meio ambiente
Como funciona o processo de tomada de decisão na AIA?
Após aprovação do EIA  Processo de licenciamento ambiental
• Órgão ambiental.
• Estará autorizado a outorgar a licença prévia (prévia, de instalação e 
de operação – art. 8° da Resolução Conama n. 237/97 - BRASIL, 1997).
• Em qualquer fase do licenciamento, o órgão ambiental pode exigir a 
realização de estudos ambientais complementares.
Metodologias em avaliação de 
impactos ambiental e a 
participação pública
Bloco 3
Barbara Almeida Souza
Compensação ambiental financeira
• Planos ou programas ambientais são as medidas de gestão e mitigação 
presentes em um EIA, que incluem as medidas compensatórias.
Compensação ambiental financeira
Empreendimentos geradores de significativo impacto ambiental devem 
realizar o pagamento de compensação pelos danos causados.
Compensação ambiental financeira
• Exigência de uma compensação antes da concretização do dano 
ambiental. 
• Dever de apoiar com recursos financeiros e a criação e implantação de 
unidades de conservação de proteção integral, como forma de 
contrabalançar os danos ambientais a serem desencadeados.
Compensação ambiental financeira
• Aplicação do princípio do poluidor pagador.
• Empreendedor deve internalizar os custos de controle da poluição, 
estabelecendo um valor monetário para a utilização de determinado 
recurso natural.
Contrapartida financeira do empreendedor à sociedade e ao poder 
público, buscando preservar o bem-estar social e as condições naturais 
dos biomas afetados.
Compensação ambiental financeira
• Como a compensação financeira funciona?
• Lei do SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação (BRASIL, 2000).
• O artigo 36, uma vez que o órgão ambiental competente para o 
licenciamento ambiental conclua que um empreendimento, poderá causar 
significativo impacto ambiental, com fundamento no EIA, o empreendedor é 
obrigado a apoiar a implantação e a manutenção de unidades de 
conservação do Grupo de Proteção Integral.
• Regulamentação pelo Decreto Federal n. 4.340, de 2002 - mínimo de 0,5% 
dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento, 
considerando-se a amplitude dos impactos gerados. 
Compensação ambiental financeira
• A soma exata é fixada pela autoridade ambiental competentecom base 
no grau de impacto ambiental que o projeto de desenvolvimento 
causará. 
• As regras para estimar esse montante variam de estado para estado.
Teoria em Prática
Bloco 4
Barbara Almeida Souza
Reflita sobre a seguinte situação
Reflita sobre a seguinte situação: você conheceu como é a participação 
pública no processo de avaliação de impacto ambiental no Brasil. 
As audiências públicas representam um espaço para que a comunidade local 
e demais partes interessadas possam manifestar sua opinião e obter 
esclarecimentos sobre um projeto.
É comum, em audiências, a verificação de conflitos entre as partes. Nesse 
sentido, a opinião pública define a tomada de decisão de aprovação do 
empreendimento ou projeto em análise?
Orientação para resolução
• Audiência pública deliberativa ou consultiva?
• Segundo o artigo 5º, da Resolução CONAMA n. 09/1987, as 
manifestações deixam debatidas nas audiências públicas e os 
documentos servirão de base para a análise e parecer final do 
licenciador quanto à aprovação ou não do projeto.
• Cabe ao órgão ambiental, verificar o conteúdo das audiências na 
fundamentação de sua concessão ou não da licença ambiental.
• O órgão ambiental deve observar os pontos levantados na audiência 
pública, de modo a acolhê-los ou refutá-los mediante às justificativas.
Dica da Professora
Bloco 5
Barbara Almeida Souza
Dicas
Acompanhe uma audiência pública!
Acompanhe nos sites dos órgãos ambientais (pode ser a secretaria estadual 
de meio ambiente do seu estado ou do IBAMA) para verificar a agenda de 
audiência pública de um empreendimento que está em fase de análise.
Dicas
Pesquise na Internet:
• Conheça o conteúdo dos Termos de Referência (TR) para a elaboração 
dos estudos de impacto ambiental.
• Embasamento das decisões da avaliação de impacto ambiental dos 
pareceres técnicos.
• Pesquise diversos tipos de estudos de impacto ambiental e audiências 
públicas que já tenham sido realizadas, pois o conteúdo e o material 
são públicos. 
Disponíveis nos sites dos órgãos ambientais.
Referências
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos 
Jurídicos. Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm. Acesso em: 9 jul 2020.
BRASIL. Resolução CONAMA n. 09 de de 3 de dezembro de 1987. Disponível 
em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=60. 
Acesso em: 9 jul 2020.
BRASIL. Resolução CONAMA n. 237 de de 19 de dezembro de 1997. 
Disponível em: 
http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html. Acesso 
em: 9 jul 2020.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=60
http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html
Referências
COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB). Relatório de 
Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo. Apêndice de 
Índices de Qualidade das Águas, 2018.
SÁNCHEZ, L. E. Avaliação de Impactos Ambientais: conceitos e métodos. 2. 
ed. São Paulo, SP: Oficina de Textos, 2013.
Bons estudos!