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HIV - APG 2

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APG - SOI IV Bianca Cardoso - Medicina 4 o Período 
HIV 
Infecção precoce pelo vírus da imunodeficiência 
humana (HIV) refere-se aos primeiros 6 meses 
após o contato com o vírus. A infecção aguda 
pelo HIV refere-se às manifestações clínicas da 
infecção precoce. 
Os vírus HIV-1 e HIV-2 consistem em vírus da 
família Retroviridae e necessitam da enzima 
transcriptase reversa para a multiplicação.
O tempo médio entre a exposição ao vírus e o 
desenvolvimento de sintomas agudos é de 1-3 
semanas.
A AIDS é uma doença retroviral causada pelo 
vírus da imunodeficiência humana (HIV). Ela é 
caracterizada por infecção e depleção dos 
linfócitos T CD4+ e imunossupressão acentuada, 
causando infecções oportunistas, neoplasias 
secundárias e manifestações neurológicas. 
A transmissão ocorre em condições que 
facilitam a troca de sangue ou fluidos corporais 
que contêm o vírus ou células infectadas com o 
vírus. Assim, as principais vias de infecção pelo 
HIV são contato sexual (esperma e seçrecao 
vacinal), inoculação parenteral e pelo leite 
materno. 
- Pode ser que a via de transmissão e a 
quantidade de vírus inoculada influenciem no 
tempo para o pico de viremia e na duração do 
período de incubação.
Na infecção recente (aguda) e na doença 
avançada, há maior concentração do HIV no 
sangue e secreções, potencial izando a 
transmissibilidade viral. Na latência, os sinais e 
sintomas da AIDS podem aparecer após 10 
anos, em média.
Quadro Clínico 
A infecção aguda pelo HIV pode se manifestar 
como um quadro gripal ou uma síndrome 
mononuc leose- l i ke , sendo um quadro 
inespecífico. 
A maioria dos sintomas é autolimitada, com 
desaparecimento entre 3-4 semanas, e ocorre 
em torno de 50% dos pacientes. Alguns 
enfermos são assintomáticos.
Principais sintomas: 
Febre alta, adinamia (fraqueza muscular), 
adenopatia, fotofobia, fadiga, perda ponderal, 
náuseas e vômitos, odinofagia, mialgia, artralgia, 
exantema macu lopapu la r e r i tematoso , 
ulcerações mucocutâneas (orais, esofágicas e 
genitais), hepatoesplenomegalia, hiporexia, 
diarreia e cefaleia (geralmente dor retro-orbitária, 
que piora com a movimentação dos olhos). 
Outras possíveis manifestações: candidíase 
oral, neuropatia periférica, meningoencefalite 
asséptica e síndrome de Guillain-Barré. Algumas 
apresentações podem persistir por meses.
Marcadores de gravidade: Apresentação 
a t íp ica (ex . : in fecções opor tun is tas e 
manifestações neurológicas); Sintomas graves e/
ou prolongados.
Fatores de risco: 
- Comportamento sexual (ex.: relação sexual 
com indivíduo infectado, promiscuidade);
- Exposição ao sangue contaminado (ex.: uso 
de drogas injetáveis, transfusão sanguínea, 
acidente de trabalho com material biológico e/
ou perfurocortante);
- Transmissão perinatal.
Obs: após a infecção aguda, a doença evolui 
para uma fase assintomática (latência), com 
duração de meses a anos, mas com exames 
sorológicos positivos para HIV e estabilidade ou 
decréscimo da contagem de linfócitos T CD4+.
Os principais achados são linfonodomegalia, 
(ax i lares, cerv ica is e occip i ta is ) , rash 
(generalizado e costuma aparecer em 48-72 
horas após a instalação da febre e persistir por 
5-8 dias; região torácica superior, cervical e 
faces são mais acometidas) e perda ponderal.
- Hepatoesplenomegalia leve também pode 
ocorrer.
- Caracteristicamente, são lesões maculares e 
maculopapulares, pequenas (5-10 mm), 
ovaladas ou arredondadas e bem delimitadas. 
Prurido é incomum.
- O exame da orofaringe revela edema e 
hiperemia, geralmente sem hipertrofia ou 
exsudato amigdaliano.
- A presença de úlceras mucocutâneas 
dolorosas é o sinal mais característico da 
infecção.
- Úlceras raras e bem delimitadas, com base 
branca e envoltas por área eritematosa podem 
ser observadas na mucosa oral, no ânus, no 
pênis ou no esôfago.
Diagnóstico 
Os testes sorológicos consistem em 2 etapas: 
Etapa 1: O teste ELISA baseia-se em reações 
antígeno-anticorpo detectáveis por meio de 
reações enzimáticas. Existem 4 gerações:
- 1ª geração: Detecção de anticorpo IgG. 
Tempo médio para positividade = 6-8 
semanas;
- 2ª geração: Detecção de anticorpo IgG. 
Tempo médio para positividade = 25-35 dias;
APG - SOI IV Bianca Cardoso - Medicina 4 o Período 
- 3ª geração: Detecção de anticorpos IgG e 
IgM. Tempo médio para positividade = 20-30 
dias;
- 4ª geração: Detecção de anticorpos IgG e 
IgM e de antígeno p24. Tempo médio para 
positividade = 15-20 dias.
Etapa 2: Os testes western blot (WB), imunoblot 
(IB) e imunoblot rápido (IBR) consistem em 
ensaios com proteínas virais imobilizadas em 
suas membranas, capazes de se ligar a 
anticorpos anti-HIV específicos:
- O imunoblot rápido emprega plataforma de 
duplo percurso (DPP – dual path platform) e 
permite a detecção de anticorpos;
- Para a confirmação diagnóstica, utiliza-se o 
teste western blot, que detecta anticorpos IgG 
e IgM, com tempo médio para positividade de 
45-60 dias.
O RNA viral é o primeiro marcador a ser 
detectável em amostras de sangue (+/- 10 dias 
após a infecção), por testes moleculares (teste 
de quantificação da carga viral do HIV) ou o DNA 
pró-viral (teste qualitativo de detecção do DNA 
pró-viral). 
Exames de rotina: 
- Hemograma;
- Função renal e eletrólitos;
- Função hepática; 
- Sorologias (HIV, hepatites virais, EBV, CMV, 
toxoplasmose e VDRL).
A infecção pelo HIV se define com dois 
resultados reagentes em testes rápidos (TR1 e 
TR2) contendo antígenos diferentes, usados 
sequencialmente. Sendo o primeiro mais 
sensível e o segundo mais específico.
ELISA negativo: Exclusão do diagnóstico. 
Pode-se repetir o exame se houver alta 
suspeição clínica (ex.: presença de fatores de 
risco associada a quadro clínico compatível);
ELISA pos i t ivo : Rea l i zação de tes te 
confirmatório (western blot):
- Se o western blot for positivo, o diagnóstico é 
confirmado e deve-se realizar o exame de 
quantificação da carga viral e de contagem de 
linfócitos T CD4+. A carga viral a ser realizada 
após dois testes rápidos reagentes, quando > 
5.000 cópias/mL, ratifica a presença da 
infecção no indivíduo, além de constituir o 
primeiro teste do monitoramento da infecção 
pelo HIV;
- Se o resultado for negativo ou indeterminado, 
deve-se fazer a pesquisa de RNA viral.
Obs: Há indivíduos denominados controladores 
de elite que mantêm a viremia em um nível baixo 
e até indetectável em testes moleculares. 
Entretanto, a produção de anticorpos ocorre 
normalmente (resposta humoral intacta) e o 
diagnóstico pode ser realizado mediante a 
u t i l i zação dos tes tes complementares 
convencionais (WB, IB e IBR).
QUADRO CLÍNICO HIV x AIDS 
REFERÊNCIAS: 
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