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CADERNO DE CONSTITUCIONAL

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CONSTITUCIONAL
CONSTITUCIONALISMO 
· Para os procedimentalistas, a Constituição é uma moldura de direitos que deve regular apenas o processo deliberativo da sociedade, ou seja, deve preservar os canais democráticos de formação da vontade, de modo que a própria sociedade deve escolher sobre a implementação dos direitos previstos na Constituição. Tal implementação não deve ser uma obra primordial do Poder Judiciário (portanto, rejeita o ativismo), mas, sim, mediante deliberações da sociedade via Legislativo.
· O procedimentalismo tem relação com a vertente doutrinária brasileira chamada de Democracia Deliberativa, tema de obra do jurista Cláudio Pereira de Souza Neto.
· De outro turno, o substancialismo acredita no modelo de Constituição Dirigente, desenvolvida pelo constitucionalista português Canotilho. Acredita em um modelo constitucional onde o Judiciário exerce amplo papel de consolidação dos direitos fundamentais, implementando os direitos sociais sem freios.
· Na vertente substancialista, é legítimo que os Juízes determinem a realização de políticas públicas, previstas como princípio na Constituição, ainda que sem a interposição do Legislativo. Nesses casos, é suficiente a inércia do Poder Executivo em executar aquela promessa constitucional.
· A visão substancialista respeita a possibilidade de o Juiz, à guisa de exemplo, determinar a construção de uma escola em um município, bem como determine a realização de concurso público para Professor, ainda que não exista planejamento pelo Executivo.
· Já o constitucionalismo liberal teve início no final do séc. XVIII com as revoluções liberais (Francesa e Americana), que resultaram na queda das grandes monarquias, provenientes da união da burguesia com o chamado Terceiro Estado (povo), em busca de direitos libertários. (...) O que se buscava com essas revoluções era a liberdade dos cidadãos em relação ao autoritarismo do Estado. Foi a partir daí que houve a necessidade de prever quais eram os direitos de cada indivíduo, evitando a atividade arbitrária do Estado. Essa instrumentalização dos direitos individuais veio por meio das primeiras Constituições escritas. Sob a influência do iluminismo liberalista, sentiu-se a necessidade de garantir taxativamente as liberdades individuais, fazendo-o por meio de leis 
· Na ideia da hermenêutica constitucional aberta aos intérpretes da Constituição vem de Peter Häberle, jurista alemão, que defende uma democratização da hermenêutica constitucional, propondo, em sua tese fundamental, para essa finalidade, que no processo de interpretação constitucional estejam potencialmente ligados todos os órgãos estatais, as potências públicas, todos os cidadãos e grupos sociais, não se estabelecendo assim um número limite aos participantes do processo hermenêutico, sendo estes as forças produtivas de interpretação, sem as quais seria impossível uma interpretação democrática da Constituição. 
· Segundo Häberle, todo aquele que vive no contexto regulado por uma norma e que vive com este contexto, é, indireta ou, até mesmo diretamente, um intérprete da norma. O destinatário da norma é participante ativo, muito mais ativo do que se pode supor tradicionalmente, do processo hermenêutico. Como não são apenas os interpretes jurídicos da Constituição que vivem a norma, não detêm eles o monopólio da interpretação
MÉTODOS, PRINCÍPIOS E LIMITES DA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
· Princípio da unidade da Constituição - a Constituição deve ser interpretada em sua globalidade, como um todo, e, assim, as aparentes antinomias deverão ser afastadas.
· Princípio do efeito integrador - Muitas vezes associado ao princípio da unidade, conforme ensina Canotilho, "na resolução dos problemas jurídico-constitucionais deve dar-se primazia aos critérios ou pontos de vista que favoreçam a integração política e social e o reforço da unidade política.
· Princípio da máxima efetividade - Também chamado de princípio da eficiência e a interpretação efetiva, o princípio da máxima efetividade das normas constitucionais deve ser entendido no sentido de a norma constitucional ter a mais ampla efetividade social.
· Princípio da justeza ou da conformidade (exatidão ou correção) funcional - o seu intérprete final "...não pode chegar a um resultado que subverta ou perturbe o esquema organizatório-funcional constitucionalmente estabelecido".
· Princípio da força normativa - Os aplicadores da Constituição, ao solucionar conflitos, devem conferir máxima efetividade às normas constitucionais. Assim, de acordo com Canotilho, "na solução dos problemas jurídico-constitucionais deve dar-se prevalência aos pontos de vista que, tendo em conta os pressupostos da Constituição (normativa) contribuem para uma eficácia ótima da lei fundamental.
· Princípio da interpretação conforme a Constituição - Diante de normas plurissignificativas ou polissêmicas, deve-se preferir a exegese que mais se aproxime da Constituição e, portanto, que não seja contrária ao texto constitucional, daí surgirem várias dimensões a serem consideradas, seja pela doutrina, seja pela jurisprudência, destacando-se que a interpretação conforme será implementada pelo Judiciário e, em última instância, de maneira final, pela Suprema Corte (...)
· Princípio da proporcionalidade - o princípio da proporcionalidade ou da razoabilidade, em essência, consubstancia uma pauta de natureza axiológica que emana diretamente das ideias de justiça, equidade, bom senso, prudência, moderação, justa medida, proibição de excesso, direito justo e valores afins; precede e condiciona a positivação jurídica, inclusive de âmbito constitucional; e ainda, enquanto princípio geral do direito serve de regra de interpretação para todo o ordenamento jurídico."
· Princípio da Harmonização: conhecido também como princípio da concordância prática, exige a coordenação e combinação dos bens jurídicos quando houver conflito ou concorrência entre eles, a fim de se evitar o sacrifício (total) de uns em relação aos outros. Ou seja, decorre da inexistência de hierarquia entre os princípios, ocasionando uma coexistência harmônica entre eles. É geralmente usado na solução de problemas referentes à colisão de direitos fundamentais. Assim, apesar de a Constituição, por exemplo, garantir a livre manifestação do pensamento (art. 5º, IV, CF/88), este direito não é absoluto. Ele encontra limites na proteção à vida privada (art. 5º, X, CF/88), outro direito protegido constitucionalmente.
· Interpretação conforme a Constituição:
· Incidência: aplica-se às normas polissêmicas ou plurissignificativas
· Busca-se a interpretação que torne a lei compatível com a CF.
· Não se aplica a normas de sentido unívoco
· Mutação Constitucional X Interpretação Conforme:
· Mutação Constitucional: incide sobre normas Constitucionais.
· Interpretação conforme: Incide sobre normas infraconstitucionais, plurissignificativas 
· Interpretação teleológica ou sociológica: é elemento de interpretação ligado ao método hermenêutico clássico, que busca conhecer a finalidade da norma. 
· Mutação X Reforma: 
· Reforma constitucional: alteração formal do texto constitucional. Feita pelo Legislativo, por meio de emendas e pela revisão constitucional.
· Mutações constitucionais: alteração informal da constituição (interpretação). Feita pelo Judiciário. No Brasil: STF.
· A transformação não está no texto em si, mas na interpretação daquela regra enunciada. O texto permanece inalterado.
· OBS: a mutação e a nova interpretação não poderão afrontar os princípios estruturantes da Constituição, sob pena de caracterizar mutação inconstitucional.
ESCOLAS DA INTERPRETAÇÃO
· A Escola da Exegese trata-se de um movimento originado na França, durante o século XIX, a qual basicamente, afirmava que a lei positiva já exauria as possibilidades de soluções para as eventuais demandas da vida social.
· Neste movimento havia uma extrema valorização do Código, com a ideia de que não necessitaria de modificação, já que as leis teriam sido criadas de forma correta e completa.
· O insucesso do referido movimento sedeu no início do século XIX, com a Revolução Industrial, onde claramente se identificou um desajuste entre as leis positivadas e as novas demandas sociais/políticas advindas naquele momento.
· Nas palavras de Gilmar Mendes, “no neoconstitucionalismo, a Constituição se caracteriza pela absorção de valores morais e políticos, sobretudo em um sistema de direitos fundamentais autoaplicáveis. Tudo isso sem prejuízo de se continuar a afirmar a ideia de que o poder deriva do povo, que se manifesta ordinariamente por seus representantes.”
· Dworkin trabalha a diferenciação entre regras e princípios, apesar de entender que ambos se assemelhavam. Para ele, a norma da espécie regra tem um modo de aplicação próprio que a diferencia, qualitativamente, da norma da espécie princípio. Aplica-se a regra segundo o modo do tudo ou nada; de maneira, portanto, disjuntiva.
· Ensina Dworkin que os princípios, de seu lado, não desencadeiam automaticamente as consequências jurídicas previstas no texto normativo pela só ocorrência da situação de fato que o texto descreve. Os princípios têm uma dimensão que as regras não possuem: a dimensão do peso.
· Com esta nova concepção, o magistrado, nas suas decisões, pode e deve fundamentar-se não somente em regras pré-estabelecidas, mas também em princípios que agora estão sintetizados na Constituição. Essa nova forma de aplicar o direito baseia-se na TEORIA DA INTEGRIDADE, de Ronald Dworkin, fazendo uma crítica ao positivismo e traz exatamente o espirito do neoconstitucionalismo.
· Hans Kelsen é um autor de grande importância para os países que adotaram o sistema romamo-germânico (civil law), sendo que sua principal proposta estava inserida na Teoria Pura do Direito, onde se almejava desenvolver uma Teoria Geral do Direito que pudesse servir para explicar todo e qualquer ordenamento jurídico de qualquer país, em qualquer tempo.
· dentro da hermenêutica constitucional, Kelsen pregava que não haveria um método para definir ou avaliar as interpretações sobre uma norma a não ser a própria validade. Se tal interpretação for considerada válida, então, ela pode ser aplicada. O ato de escolher qual dentre as múltiplas interpretações é discricionário e, por isso, só cabe à consciência do aplicador do direito a escolha.
· Luís Roberto Barroso destaca que o positivismo jurídico possuía como características principais: 1) a aproximação quase plena entre Direito e norma; 2) a afirmação da estatalidade do Direito; 3) a inexistência de lacunas que não possam ser supridas a partir de elementos do próprio sistema; 4) o formalismo.
· O positivismo jurídico teve seu ápice nas primeiras décadas do século XX, e decadência associada à derrota do fascismo na Itália e Nazismo na Alemanha.
· A teoria de Luhmann pauta-se nos termos “sistemas sociais" e “comunicação", compreendendo tais institutos como elementos próprios das ciências naturais e das ciências biológicas.
· Para Luhmann, o elemento básico de reprodução no sistema social é o processo de comunicação. Os sistemas sociais são entendidos como sistemas comunicativos. Somente a comunicação "é uma operação puramente social porque pressupõe o envolvimento de vários sistemas psíquicos sem que se possa atribuí-la exclusivamente a um ou outro destes sistemas: não pode haver comunicação individual". Dessa forma, não é o ser humano quem comunica, mas o sistema social, daí a ideia de uma comunicação e de uma "sociedade sem seres humanos".
· "a comunicação não morre quando alguém morre e não nasce quando alguém nasce, ela perpassa a existência de qualquer um". Enquanto "o sistema social existe e se reproduz como sistema de comunicação [...] os sistemas psíquicos, as consciências, reproduzem os pensamentos".
· O pós-positivismo é a designação provisória e genérica de um ideário difuso, no qual se incluem algumas ideias de justiça além da lei e de igualdade material mínima, advindas da teoria crítica, ao lado da teoria dos direitos fundamentais e da redefinição das relações entre valores, princípios e regras, aspectos da nova hermenêutica.
· Neste contexto, surgem as ideias de Alexy. Segundo Gilmar Mendes, Alexy entende que princípios e normas configuram as pontas extremas do conjunto das normas, mas são diferentes — e a distinção é tão importante que Alexy a designa como “a chave para a solução de problemas centrais da dogmática dos direitos fundamentais".
· Toda norma, diz ele, é um princípio ou uma regra, e ambas categorias se diferenciam qualitativamente. Os princípios, na sua visão “são normas que ordenam que algo seja realizado na maior medida, dentro das possibilidades jurídicas e reais existentes". Os princípios são comandos de otimização.
· As regras, por sua vez, determinam algo. “Se uma regra é válida, então há de se fazer exatamente o que ela exige, sem mais nem menos". Desse modo, enquanto um princípio pode ser cumprido em maior ou menor escala, as regras somente podem ser cumpridas ou não.
AS REGRAS DO DIREITO E AS REGRAS DOS JOGOS - ENSAIO SOBRE A TEORIA ANALÍTICA DO DIREITO
· Autor: GREGORIO ROBLES
· Regras ônticas não estabelecem nenhuma exigência de conduta, apenas indicam os elementos prévios necessários à ação. Têm caráter convencional e, portanto, arbitrário: "O tabuleiro de xadrez tem 64 casas".
· Ou seja, não possuem aplicação direta e não prescrevem deveres
· Regras técnicas referem-se ao procedimento, e decorrem de uma regra ôntica: uma vez que o tabuleiro de xadrez tem 64 casas, quem pretende jogar xadrez deverá usar necessariamente um tabuleiro de 64 casas, assim como quem pretende jogar futebol deverá fazê-lo com apenas uma bola – se mais de uma estiver em jogo, não é de futebol que se trata. O procedimento é condição necessária da realização da ação.
· Regras deônticas, que também podem ser chamadas de normas. São regras diretas da ação e estabelecem um dever, que pode ser positivo ou negativo – pode exigir uma ação ou uma omissão. Ao contrário das regras ônticas e técnico-convencionais, que não podem ser infringidas, as normas podem sê-lo. Em outras palavras, um dever pode ser acatado e cumprido ou desacatado e não cumprido. O devido supõe a exclusão do necessário. Marca-se ponto no futebol quando a bola adentra a rede, joga-se com apenas uma bola e não se deve agredir o adversário. Mas se o dever de não lesioná-lo for infringido, ainda assim tem-se o jogo futebol.
PRINCÍPIO DA PERFEITA OU ÓTIMA CONCRETIZAÇÃO DA NORMA
· O método concretista foi desenvolvido por três juristas alemães Konrad Hesse, Friedrich Müller e Peter Häberle. Cada um deles ofereceu valiosos contributos para o desenvolvimento desse método.
· Conforme Hesse: "A interpretação constitucional está submetida ao princípio da ótima concretização da norma ("Gebot optimaler Verklichung der Norm"). Evidentemente, esse princípio não pode ser aplicado com base nos meios fornecidos pela subsunção lógica e pela construção conceitual. Se o Direito e, sobretudo a Constituição, têm a sua eficácia condicionada pelos fatos concretos da vida, não se afigura possível que a interpretação faça desta tábula rasa. Ela há de contemplar essas condicionantes, correlacionando-as com as proposições normativas da Constituição. A interpretação adequada é aquela que consegue concretizar, de forma excelente, o sentido (Sinn) da proposição normativa dentro das condições reais dominantes numa determina da situação." (HESSE, Konrad. A Força normativa da Constituição. Tradução de Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre, Sérgio A. Fabris Editor, 1991).
· Assim:
· A interpretação adequada é aquela que consegue concretizar, com excelência, o sentido da proposição normativa dentro das condições reais dominantes numa determinada situação.
· A interpretação visa, como corolário lógico, estabelecer a hierarquia dos valores tutelados no ordenamento constitucional, de modo a compatibilizá-los na dimensão objetiva e aplicá-los a situações concretas.
· Finalmente, observa-se que com esse postulado, é possível também resolver os entraves teóricos contidos no binômio jurídico valor e norma.
PELA CONSTITUIÇÃODE 1988, SOMENTE A FORMA DE ESTADO (FORMA FEDERATIVA DE ESTADO) É CONSIDERADA CLÁUSULA PÉTREA EXPRESSA (ART. 60, § 4°, I, DA CF/88).
PORÉM, A FORMA DE GOVERNO (PRINCÍPIO REPUBLICANO) ESTÁ PREVISTA COMO PRINCÍPIO SENSÍVEL (ART. 34, VII, A), CUJA VIOLAÇÃO CARACTERIZA HIPÓTESE DE INTERVENÇÃO.
PRINCÍPIOS QUE REGEM O BRASIL NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS (ART. 4)
DEfesa da paz;
COoperação entre os povos para o progresso da humanidade;
REpúdio ao terrorismo e ao racismo;
AUTO determinação dos povos;
Prevalência dos direitos humanos;
Igualdade entre os Estados;
Solução pacífica dos conflitos;
Concessão de asilo político;
Independência nacional;
NÃO intervenção
“DECORE AUTO PISCINÃO”
FUNDAMENTOS QUE REGEM O BRASIL (ART. 1) "SOCIDIVAPLU"
SOberania
CIdadania
DIgnidade da pessoa humana
VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa
PLUralismo político
OBJETIVOS QUE REGEM O BRASIL (Art. 3) "CONGAERRAPRO"
COnstruir uma sociedade livre, justa e solidária
GArantir o desenvolvimento nacional
ERradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais
PROmover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação
- são verbos!
Os direitos sociais são: DILMAS SEM PTT
D- assistência aos DESAMPARADOS                   
I- proteção à INFÂNCIA                  
L- LAZER
M- proteção à MATERNIDADE
A- ALIMENTAÇÃO
S- SAÚDE
S- SEGURANÇA
E- EDUCAÇÃO
M- MORADIA
P- PREVIDÊNCIA social
T- TRABALHO
T- TRANSPORTE
SÃO PRIVATIVOS DE BRASILEIRO NATO 
Ministro do Supremo Tribunal Federal
Presidente e Vice da República 
Presidente do Senado Federal
Presidente da Câmara dos Deputados
Carreira Diplomática
Oficial das Forças Armadas
Ministro de Estado da Defesa
Além de:
Presidente do CNJ (O presidente do CNJ é o Presidente do STF – na sua ausência, assume o vice do STF, não do CNJ – que seria o ministro do CNJ, pq já é corregedor);
Presidente do TSE (O presidente do TSE é ministro do STF).
GERAÇÕES DE DIREITOS
1 ª Dimensão direitos civis e políticos
2 ª Dimensão direitos sociais, econômicos e culturais
3 ª Dimensão direitos de solidariedade ou de fraternidade
4 ª Dimensão direito à democracia, à informação e ao pluralismo (atenção: Bobbio e Paulo Bonavides)
5 ª Dimensão direito à identidade individual, ao patrimônio genérico e à proteção contra o abuso das técnicas de clonagem e à paz
6 ª Dimensão direito a água potável (ONU)
ESPÉCIES DE RETROATIVIDADE
· Máxima = atinge direitos adquiridos, o ato jurídico perfeito e também a coisa julgada.
· Média = atinge os fatos/prestações PENDENTES, de negócios celebrados no passado.
· Mínima = atinge as prestações/efeitos FUTUROS, de negócios celebrados no passado.
· Efeitos da eficácia mínima:
· Efeito Paralisante = não recepção de normas contrárias. 
· Efeito Impeditivo = inconstitucionalidade das normas supervenientes contrárias
Símbolos-BAHIAS
Bandeira
HIno
Armas
Selo 
INICIATIVA POPULAR:
· Vai para a Câmara dos Deputados: deve haver 1% do eleitorado nacional, dividido em 5 estados e 0,3% dos eleitores de cada estado
· Município: 5% do eleitorado
· Estado: lei disporá sobre
O ÚNICO REMÉDIO CONSTITUCIONAL QUE AFASTA A IMPETRAÇÃO POR PESSOA JURÍDICA É A AÇÃO POPULAR!
 STF: se o indivíduo perde a condição de brasileiro como nato, volta como nato/se perde como naturalizado, volta como naturalizado.
DIREITOS POLÍTICOS
São formas de exercício da soberania popular o direito de sufrágio ativo (direto de votar) e o passivo (direito de ser votado), a iniciativa popular, a ação popular e a organização e participação em partidos políticos. 
São aqueles que garantem a participação do povo no processo de condução da vida política nacional.
LIMITES DO PODER DE REFORMA
1. Limitações Temporais : Inexistentes no texto constitucional. O tempo previsto para realização da revisão não é considerado limitação temporal porque se tem relação com a reforma.
2. Limitações Materiais -Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
a. a forma federativa de Estado;
b. o voto direto, secreto, universal e periódico;
c. a separação dos Poderes;
d. os direitos e garantias individuais.
3. Limitações Circunstanciais: 
a. A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa, ou de estado de sítio.
4. Limitações Formais:
a. Limitação Formal Subjetiva: A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
· de 1/3, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
· do Presidente da República;
· de mais da 1/2 das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria RELATIVA de seus membros
b. Limitação formal Objetiva: 
· A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos respectivos membros. 
· A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem (não é pela mesa do CN)
· A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
ACESSO À JUSTIÇA
· A partir de 1950, com os estudos de Mauro Cappelletti e Bryant Garth, surgiu a visão/fase instrumentalista do processo, de modo que todos os países deveriam instituir meios de acesso à justiça, com a ideia de 3 ondas renovatórias:
· 1ª onda renovatória: tutela do hipossuficiente: o pobre passou a ter vez no processo. De nada adiantaria o processo ser visto como meio de acesso à justiça se o hipossuficiente não tivesse como utilizá-lo como instrumento. A partir daí, surgem as noções de justiça gratuita, Defensoria Pública, juizados de pequenas causas etc...;
· 2ª onda renovatória (intrinsecamente atrelada ao Direito Processual Coletivo) à tutela dos direitos metaindividuais: proteção dos direitos da coletividade;
· 3ª onda renovatória: processo civil deve possuir meios concretos que possam dar a certeza de produção de resultados, com vistas a tutelar o direito material (ex.: penhora e poder geral de cautela do juiz);
· OBS: alguns autores afirmam que o processo civil brasileiro chegou a uma quarta fase – cooperativista. Para Fernando Gajardoni, não há que se falar em uma nova fase, tendo em vista que o cooperativismo nada mais é do que um instrumentalismo com a garantia do contraditório.
SUBPRINCÍPIOS DO ACESSO À JUSTIÇA 
· Paulo Cezar Pinheiro Carneiro propõe um re-estudo da garantia constitucional do acesso à justiça, a partir de quatro grandes subprincípios do acesso à justiça, a saber:
a. acessibilidade, significa a existência de sujeitos de direito, capazes de estar em juízo, sem obstáculos de qualquer natureza, utilizando adequadamente o instrumental jurídico, e possibilitando a efetivação de direitos individuais e coletivos.
b. operosidade, a seu turno, significa que todos os envolvidos na atividade jurisdicional devem atuar de forma a obter o máximo de sua produção, para que se atinja o efetivo acesso à justiça
c. utilidade, entende-se que o processo deve assegurar ao vencedor tudo aquilo que ele tem direito a receber, da forma mais rápida e proveitosa, garantindo-se, contudo, o menor sacrifício para o vencido.
d. proporcionalidade, que se traduz pela escolha a ser feita pelo julgador quando existem dois interesses em conflito. Deve ele se orientar por privilegiar aquele mais valioso, ou seja, o que satisfaz um maior número de pessoas. Outro método atinente a proporcionalidade, é aplicar aquele direito que menos restringe o outro direito conflitante, assim como no método hermenêutico constitucional"
ENTRINCHEIRAMENTO
· A dignidade da pessoa humana é preservada, em uma de suas vertentes, pelo entrincheiramento. 
· Entrenchment ou entrincheiramento: Consiste na preservação do mínimo já concretizado dos direitos fundamentais, impedindo o retrocesso, que poderia ser realizado pela supressão normativa ou ainda pelo amesquinhamento ou diminuição de suas prestações à coletividade. 
REDUÇÃO DE DESPESACOM PESSOAL
1) Redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança;
2) Exoneração dos servidores não estáveis.
3) Se as medidas adotadas não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.
a. O cargo objeto da redução será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de 4 anos
 
CNJ FAZ CAAF
CONTROLE da AUTUAÇÃO ADMINISTRATIVA e FINANCEIRA do PODER JUDICIÁRIO 
O CJF faz SAO 
SUPERVISÃO ADMINISTRATIVA e ORÇAMENTÁRIA da JUSTIÇA FEDERAL de 1 e 2 GRAU
CUIDADO!
· Concurso para Procurador do Estado: participação obrigatória da OAB em todas as fases 
· Concurso para Advocacia-Geral da União: a Constituição não menciona a participação da OAB
LEI ORGÂNICA de município = "DDD" (dois turnos, dez dias, dois terços)
TRANCAMENTO DE PAUTA POR NÃO APRECIAÇÃO DA MP EM ATE 45 DIAS
· Só tranca as matérias passiveis de veiculação por MP
· Não tranca: PEC, projeto de Lei Complementar, Projeto de Decreto Legislativo, Projeto de resoluções e Projeto de Lei Ordinária de matéria que MP não pode dispor
· É possível a edição de medidas provisórias tratando sobre matéria ambiental, mas sempre veiculando normas favoráveis ao meio ambiente. A proteção ao meio ambiente é um limite material implícito à edição de medida provisória, ainda que não conste expressamente nas limitações previstas no art. 62, § 1º, da CF/88.
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
1. JELLINEK – TEORIA DOS STATUS. MUTIFUNCIONALIDADE DOS DF
a) Status passivo: é aquele em que se encontra o indivíduo detentor de deveres perante o Estado. É um estado de subordinação em relação ao Estado. Aqui o indivíduo é meramente detentor de deveres.
b) Status ativo: o indivíduo possui competências para influenciar a formação da vontade estatal. Ex. direitos políticos. Voto.
c) Status negativo: é aquele em que o indivíduo goza de um espaço de liberdade diante das possíveis ingerências. 
d) Status positivo: é aquele em que o indivíduo tem o direito de exigir do Estado determinadas prestações positivas.
2. CLASSIFICAÇÃO UNITÁRIA: a profunda semelhança entre os direitos fundamentais impede que sejam considerados ou classificados em categorias estruturalmente diversas (Jairo Schafer). Não é a concepção predominante no Brasil.
3. CLASSIFICAÇÃO DUALISTA: os direitos fundamentais são divididos em direitos de defesa, que conferem ao indivíduo um status negativo com o intuito de protegê-lo contra ingerências do Estado; e direitos prestacionais, que são aqueles que conferem um status positivo (capacidade de exigir prestações materiais e jurídicas do Estado). Ingo Sarlet adota essa classificação.
2. CLASSIFICAÇÃO TRIALISTA
a) Direitos de defesa: são os direitos liberais clássicos, presentes nas primeiras constituições escritas. Tem objetivo de proteger o indivíduo contra o arbítrio do Estado. Liberdades individuais. São basicamente os direitos e garantias individuais. Conferem ao indivíduo status negativo ao indivíduo. Exigem, principalmente, uma abstenção por parte do Estado. 
b) Direitos a prestações: exigem do Estado prestações materiais e jurídicas, ou seja, esses direitos são direitos que conferem ao indivíduo um status positivo. Na CF/88 representam basicamente os direitos sociais. Nem todo direito social é prestacional (Ex. liberdade de associação sindical/direito de greve). Assistência judiciária gratuita, por outro lado, não é um direito social, mas é prestacional. Nem todo direito social é prestacional e vice-versa.
c) Direitos de participação: permitem a participação do indivíduo na vida política do Estado. Direitos de nacionalidade e direitos políticos. Conferem ao indivíduo o status ativo, posição que pode influenciar na formação política do Estado.
DIMENSÃO OBJETIVA X SUBJETIVA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
· A dimensão objetiva contrapõe-se à dimensão subjetiva dos direitos fundamentais. 
· A dimensão subjetiva é a perspectiva clássica em que há um sujeito, titular de direitos, que demanda a do Estado a tutela de seu interesse. Logo, nota-se uma relação bilateral de demanda, em que um sujeito exige do outro uma contrapartida. 
· A dimensão objetiva, por sua vez, desprende-se desse caráter pessoal/individual. A dimensão objetiva cria deveres apriorísticos de proteção dos direitos fundamentais pelo Estado. Há um caráter preventivo. O Estado passa a ter deveres independentemente de um titular que esteja demandando a proteção. Essa atuação preventiva desdobra-se, basicamente, em três vertentes (são as Eficácias da dim. objetiva): a) Eficácia Irradiante; b) Eficácia Vinculante; c) Eficácia Processual. 
· A eficácia irradiante é o dever do Estado de criar normas para a defesa dos direitos fundamentais. 
· A eficácia vinculante é o papel dos direitos fundamentais como regras demarcadoras e determinantes da atuação do Estado em suas diferentes funções (Executiva, Legislativa e Judicial), pautando a prestação dos serviços públicos. 
· A eficácia processual é a utilização dos direitos fundamentais como canais de debates e decisões políticas da sociedade, ou seja, a possibilidade de os direitos sejam não apenas conteúdo, mas meio possibilitador de debates sociais relevantes.
· Nesse contexto, como uma das faces da Eficácia Vinculante da Dimensão Objetiva, desdobram-se os chamados deveres estatais de proteção dos direitos fundamentais, que, segundo a doutrina e jurisprudência alemãs, são um dever específico que o Estado possui de proteção dos direitos fundamentais dos particulares EM FACE DA AÇÃO DE OUTROS PARTICULARES. Nessa toada, percebe-se que o Estado não só deve promover e abster-se de violar direitos fundamentais (medidas sob sua responsabilidade inicial), mas também deve PROTEGER UM PARTICULAR DA AÇÃO DE OUTROS PARTICULARES. Isso impõe o dever de criar leis com esse fim, criar políticas públicas, exercer fiscalização etc. A exigência de licenças de instalação e operação para o início de empreendimentos é um exemplo desse dever de proteção em matéria ambiental, mas essa espécie de ramificação da Dimensão Objetiva existe para os mais diversos campos dos direitos fundamentais.
CONTEÚDO ESSENCIAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
· Visa evitar que a regulação legal do exercício de um DF desnaturalize ou altere o direito tal como consagrado na CF. O principal destinatário dessa teoria é o Poder Legislativo, mas não é o único.
· TEORIA ABSOLUTA: o conteúdo essencial é uma parte do conteúdo total do direito fundamental. Seria um núcleo duro do conteúdo total que seria intransponível pelo legislador. Esse conteúdo essencial é absoluto! Não pode ser relativizado.
· TEORIA RELATIVA: (é incompatível com a classificação de JAS, de eficácia limitada, contida e plena): defende a necessidade de justificar as restrições aos direitos fundamentais mediante o recurso ao princípio da proporcionalidade. Não existiria um limite intransponível, a priori. É preciso antes analisar a medida à luz do princípio da proporcionalidade. Se a medida estatal for proporcional, não atingiu o conteúdo essencial. 
EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Vertical: Estado x particular
Horizontal: particular x particular
Diagonal: particular x particular vulnerável (ex: consumidor)
Vertical com repercussão lateral: particular por meio de atuação judicial (juiz tutela direito não protegido pelo legislador)
RESTRIÇÕES AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS:
· Existem duas teorias de fixação dos limites (ou restrições).
· A primeira teoria é a teoria interna. Por ela, o direito e o seus limites imanentes formam apenas um objeto. Os limites são fixados a priori, através da interpretação, em um processo interno ao próprio direito, sem a influência de outras normas constitucionais. Esses direitos vão ter sempre a estrutura de regras (tudo ou nada: ou aquilo faz parte do direito ou não faz parte)
· A segunda teoria é aexterna e utiliza a expressão “restrição” no lugar de limites. Por ela, existem dois objetos: o direito em si e suas restrições, as quais estão situadas fora do direito. O conteúdo permitido de um direito vai depender da análise de outros direitos envolvidos no caso concreto. A princípio tudo é possível, e analisando as colisões verifica-se na prática se determinada conduta é ou não permitida. Então aqui a fixação dos limites de um direito é feita em duas etapas. 1ª: identificação do conteúdo inicialmente protegido, determinado da forma mais ampla possível (direito prima facie). 2ª: definição dos limites externos decorrentes da necessidade de conciliar o direito com outros direitos (direito definitivo)
· TEORIA DA RESTRIÇÃO DAS RESTRIÇÕES OU LIMITES DOS LIMITES
· é uma teoria que surgiu na Alemanha e é adotada constantemente no Brasil pelo STF.
· Uma das características dos direitos fundamentais é que eles são relativos, ou seja, podem sofrer limitações. Em outras palavras, os direitos fundamentais têm limites, eles podem sofrer restrições.
· Contudo, as restrições impostas aos direitos fundamentais devem ser feitas com critérios e de forma excepcional para não esvaziar o seu núcleo essencial.
· Assim a doutrina germânica afirma que, quando forem ser feitas limitações aos direitos fundamentais, tais limitações deverão ser limitadas. Dito de outro modo, pode haver restrições aos direitos fundamentais, mas tais restrições deverão ser restritas (não podem ser muito amplas). 
· a expressão “limites dos limites” foi utilizada por Karl August Betterman, em uma conferência realizada em Berlim (1964), na qual sustentou que as limitações aos direitos fundamentais, para serem legítimas, devem atender a um conjunto de condições materiais e formais estabelecidas na Constituição, que são os limites dos limites dos direitos fundamentais.” 
· Desse modo, só podem ser impostas restrições aos direitos fundamentais se forem observados certos requisitos formais e materiais:
· Requisito formal: “os direitos fundamentais só podem ser restringidos em caráter geral por meio de normas elaboradas por órgãos dotados de atribuição legiferante conferido pela constituição. A restrição deve estar expressa ou implicitamente autorizada.” 
· Requisitos materiais: Para que a restrição seja válida, deverão ser observados os seguintes princípios:
· não retroatividade;
· proporcionalidade;
· generalidade e abstração;
· proteção do núcleo essencial.
"CLÁUSULA DO NÃO OBSTANTE" 
· É um dispositivo constitucional canadense (inserido na seção 33, apelidada de “notwithstanding clause”) segundo o qual é possível ao parlamento federal e às assembleias regionais a prerrogativa de, excepcionalmente, relativizar decisões judiciais que, fundadas em garantias previstas na Constituição, afastem ou possam afastar legislação infraconstitucional.
· Todavia, para que seja invocada, o órgão interessado deverá lançar mão de lei ordinária explícita, aprovada por maioria absoluta da casa, onde derrogar-se-á o direito fundamental indicando-o especificamente, sendo defeso às casas legislativas invocar modalidade legislativa subordinada, ou fazê-la de maneira implícita.
· No Brasil, a CONSTITUIÇÃO DE 1937 previu dispositivo análogo no seu art. 96, ao dispor que, no caso de ser declarada a inconstitucionalidade de uma lei, esta poderia, a juízo do Presidente da República, considerando o bem-estar do povo, a promoção ou defesa de interesse nacional de alta monta, ser submetida novamente ao exame do parlamento, que poderia sustar a decisão do Tribunal por 2/3 dos votos de cada uma das câmaras legislativas, quais sejam, a Câmara dos Deputados e o Conselho Federal (que na referida Carta fez as vezes de Senado Federal).
MÍNIMO EXISTENCIAL (RECHT AUF EIN EXISTENZMINIMUM) 
· É um direito fundamental social não escrito, reconhecido pelo Tribunal Constitucional Federal alemão (Bundesverfassungsgericht ou BVerfG) e pela maioria da doutrina alemã. 
· Segundo ele, é dever do Estado garantir ao cidadão as condições básicas para uma existência digna. 
· Alexy fundamenta o direito ao mínimo existencial por meio do princípio da autonomia; sob esse prisma, o direito ao mínimo existencial representaria a garantia dos meios necessários para que o indivíduo possa atuar de forma autônoma. Trata-se de um direito subjetivo definitivo vinculante (ALEXY, Robert. Theorie der Grundrechte. 2. Aufl. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1994, s. 457).
· A noção de "mínimo existencial", que resulta, por implicitude, de determinados preceitos constitucionais (CF, art. 1º, III, e art. 3º, III), compreende um complexo de prerrogativas cuja concretização revela-se capaz de garantir condições adequadas de existência digna, de ordem a assegurar, à pessoa, acesso efetivo ao direito geral de liberdade e, também, a prestações positivas originárias do Estado, viabilizadoras da plena fruição de direitos sociais básicos, tais como o direito à educação, à proteção integral da criança e do adolescente, à saúde, à assistência social, à moradia, à alimentação e à segurança. DUDH, 1948 (art. XXV). (STF. Min. Celso de Mello, julgado em 23-8-2011, Dje 15-9-2011).
· O modelo de direitos fundamentais sociais proposto por Alexy é baseado na ponderação. Como tal, o âmbito daquilo que é devido prima facie é maior do que o daquilo que é devido definitivamente. 
· Os direitos fundamentais sociais são, na maioria dos casos, direitos prima facie. Isso não significa que eles não sejam vinculantes; significa apenas que, para chegar-se a um direito definitivo, deve-se passar pela ponderação. Logo, afigura-se a ideia de que os direitos fundamentais sociais como direitos prima facie; os quais só se tornam direitos definitivos quando não há razões de maior peso em sentido contrário.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 
Quanto ao conteúdo
· Constituição material: possui conteúdo apenas constitucional
· Constituição formal: além da matéria constitucional, possui outros assuntos. Não importa o conteúdo, mas sim a forma como foi aprovada
Quanto à forma
· Constituição escrita: documento formal, solene. Todas as constituições brasileiras foram escritas.
· Constituição não escrita: costumeira ou histórica, sem um documento formal solene, embora possa ter documentos escritos esparsos
Quanto ao modo de elaboração
· Dogmática: fruto de um trabalho legislativo específico. Reflete os dogmas de um momento específico da história. Todas as constituições brasileiras foram dogmáticas.
· Histórica: fruto de lenta evolução histórica.
Quanto à origem
· Promulgada: democrática ou popular, feita pelos representantes do povo
· Outorgada ou carta constitucional: impostas ao povo pelo governante
· Cesarista: plebiscitária ou bonapartista, é feita pelo governante e submetida a apreciação do povo por referendo
· Pactuada: contratual ou dualista, é fruto do acordo entre duas forças políticas do país.
Quanto à extensão
· Sintética: é breve, sucinta, trata apenas dos temas principais.
· Analítica: prolixa, ampla, extensa, volumosa, ampla, inchada, larga, entra em detalhes de certas instituições.
Quanto à ideologia
· Ortodoxa ou monista: fixa uma única ideologia estatal
· Eclética ou compromissória: permite a combinação de ideologias diversas
Quanto à rigidez ou estabilidade
· Imutável, permanente, granítica ou intocável: não pode ser alterada
· Rígida: possui processo de alteração mais rigoroso
· Flexível: possui o mesmo processo de alteração que o destinado às outras leis. Países de constituição flexível não possuem controle de constitucionalidade
· Transitoriamente flexível: é flexível por um período e depois se torna rígida
· Semirrígida ou semiflexível: parte dela é rígida e parte é flexível
· Fixa ou silenciosa: nada prevê sobre sua mudança formal, sendo passível de alteração apenas pelo constituinte originário
· Super rígida: é a rígida que possui um núcleo imutável
Quanto à função (J. J. Canotilho)
· Garantia, negativa ou abstencionista: limita-se a fixar direitos e garantias fundamentais. É uma carta declaratória de direitos.
· Dirigente ou programática:confere atenção especial à implementação de programas pelo Estado, ou seja, é aquela que traça diretrizes que devem nortear a ação estatal, prevendo, para isso, as chamadas normas programáticas
Quanto à sistematização
· Unitária, codificada, reduzida ou orgânica: formada por um único documento
· Variada ou legal ou inorgânica ou esparsa: formada por mais de um documento, inclusive tratados internacionais. A CF/88 nasce como unitária, mas vem passando por um processo de descodificação.
Quanto ao sistema
· Principiológica: possui mais princípios do que regras. Para Bonavides, a CF/88 se enquadra aqui
· Preceitual: possui mais regras do que princípios
Quanto à origem de sua decretação
· Heterônoma ou heteroconstituição: feita em um país para vigorar em outro
· Autônoma ou homoconstituição ou autoconstituição: feita em um país para nele vigorar
Classificação de Raul Machado Horta
· Constituição expansiva: além de ampliar temas já tratados, trata de novos temas
· Constituição plástica: permite sua ampliação por meio de leis infraconstitucionais (segundo a lei, nos termos da lei, etc)
Quanto ao conteúdo ideológico (André Ramos Tavares)
· Liberal: possui apenas direitos individuais ou de 1ª dimensão. Estado tem o dever principal de não fazer
· Social: Além dos direitos individuais, prevê também os sociais ou de 2ª dimensão. Estado tem o dever principal de fazer
Outros critérios
· Constituição em branco: é aquela que não veicula limitações explícitas ao poder de reforma, que fará as suas próprias regras de atuação. O poder de reforma é muito amplo.
· Constituição simbólica: A constitucionalização simbólica é um fenômeno caracterizado pelo fato de que na atividade legiferante há o predomínio da função simbólica (funções ideológicas, morais e culturais) sobre a função jurídico-instrumental (força normativa). É um fenômeno que aponta para a existência de um déficit de concretização das normas constitucionais, resultado justamente da maior importância dada ao simbolismo do que à efetivação da norma. Possui elevado número de normas programáticas e dispositivos de alto grau de abstração. Pretende fortalecer a confiança do cidadão no governo por meio da legislação álibi, sem efetividade, adiando a solução dos conflitos sociais por meio de compromissos dilatórios.
· Constituição dúctil ou suave: de Gustavo Zagrebelsky, compreende o texto da Constituição como não acabado nem findo, mas como um conjunto de materiais de construção a partir dos quais a política constitucional viabiliza a realização de princípios e valores da vida comunitária de uma sociedade plural. Não define ou impõe uma forma de vida, mas assegura condições possível para o exercício dos mais variados projetos de vida. Reflete o pluralismo ideológico, moral, político e econômico existente na sociedade.
· Constituição unitextual ou orgânica: rechaça a ideia de existência de bloco de constitucionalidade, visto que a constituição seria disposta em uma estrutura documental única.
· Constituição subconstitucional: admite a constitucionalização de temas excessivos e de interesses momentâneos. Esse excesso de temas forma a constituição subconstitucional, que são normas que, mesmo elevadas formalmente ao patamar constitucional, não o são, porque são limitadas em seus objetivos.
· Constituição processual, instrumental ou formal: instrumento de governo definidor de competências, regulador de processos e estabelecedor de limites à ação política. É instrumento pelo qual se eliminar conflitos sociais.
· Constituição chapa branca: O intuito principal é tutelar interesses e privilégios tradicionalmente reconhecidos aos integrantes do setor público. Busca assegurar posições de poder a corporações e organizações estatais ou paraestatais. Apesar da retórica de direitos sociais, o núcleo duro preserva interesses do setor público. Visão estatal com centralidade no Executivo, em detrimento da democracia e dos direitos individuais.
· Constituição ubíqua: Onipresença das normas e valores constitucionais no ordenamento jurídico. Parte-se da constatação de que os conflitos forenses e a doutrina jurídica foram impregnados pelo direito constitucional. Essa “panconstitucionalização” deve-se ao caráter detalhista da Constituição, que incorporou uma infinidade de valores substanciais, princípios abstratos e normas concretas em seu programa normativo.
· Constituição liberal patrimonialista: Objetiva preponderantemente garantir os direitos individuais, preservando fortes garantias ao direito de propriedade e procurando limitar a intervenção estatal na economia
· Constituição principiológica e judicialista: leitura da CF/88 com base nas seguintes características: importância crucial dos direitos fundamentais, centralidade dos princípios constitucionais e importância do poder judiciário, que se torna protagonista da CF.
· Transconstitucionalismo: fenômeno pelo qual diversas ordens jurídicas de um mesmo Estado ou de Estados diferentes se entrelaçam para resolver problemas constitucionais.
· Constituição.com ou crowdsourcing: aquela cujo projeto conta a opinião maciça dos usuários da internet, que, por meio de sites de relacionamentos, externam seu pensamento a respeito dos temas a serem constitucionalizados. Foi a Islândia que, pioneiramente, no ano de 2011, fez uma ‘constituição.com’
 SUBPRINCÍPIOS DO ACESSO À JUSTIÇA
· Acessibilidade: significa a existência de sujeitos de direito, capazes de estar em juízo, sem obstáculos de qualquer natureza, utilizando adequadamente o instrumental jurídico, e possibilitando a efetivação de direitos individuais e coletivos.
· Operosidade: a seu turno, significa que todos os envolvidos na atividade jurisdicional devem atuar de forma a obter o máximo de sua produção, para que se atinja o efetivo acesso à justiça
· Utilidade: o processo deve assegurar ao vencedor tudo aquilo que ele tem direito a receber, da forma mais rápida e proveitosa, garantindo-se, contudo, o menor sacrifício para o vencido.
· Proporcionalidade: que se traduz pela escolha a ser feita pelo julgador quando existem dois interesses em conflito. Deve ele se orientar por privilegiar aquele mais valioso, ou seja, o que satisfaz um maior número de pessoas. Outro método atinente a proporcionalidade, é aplicar aquele direito que menos restringe o outro direito conflitante, assim como no método hermenêutico constitucional
· #OUSESABER: No âmbito das políticas públicas, o que é reserva de consistência?
· A reserva de consistência, segundo Nagibe de Melo Jorge, significa que a intervenção da jurisdição constitucional depende da reunião de argumentos e elementos suficientes para demonstrar o acerto do resultado que se pretende alcançar. Assim sendo, para que seja possível a intervenção jurisdicional sobre dada política pública, exige-se, p. ex., que o juiz apresente argumentos substanciais de que determinada política pública é incompatível com a Constituição. A reserva de consistência é assim mais um elemento de controle da intervenção do Judiciário sobre as políticas públicas.
CNJ
· RELATORIO ESTATISTICO = SEMESTRAL
· RELATORIO PROVIDENCIAS = ANUAL
APROVAÇÃO DE MP SEM EMENDAS
1) Presidente elabora e publica a MP
2) MP é enviada para a Mesa do Congresso
3) A Mesa do Congresso designa Comissão Mista Temporária
4) A comissão Mista elabora parecer sobre a relevância/urgência, adequação financeira e mérito da MP
5) A MP é enviada para deliberação na Câmara (análise de requisitos formais e materiais)
6) Se aprovada na Câmara, a MP é enviada ao Senado
7) Senado realiza deliberação (análise de requisitos formais e materiais também)
8) Aprovada a MP no Senado sem emendas, o Presidente do Senado (que é presidente do CN) promulga a MP
9) O Presidente da República apenas publicará a MP depois.
CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONGRESSO NACIONAL
· A convocação pode ser feita pelo presidente do Senado nas seguintes situações:
· Decretação de Estado de Defesa ou de Intervenção Federal;
· Pedido de autorização para a decretação de Estado de Sítio ;
· Para o compromisso e posse do presidente edo vice-presidente da República.
· A convocação pode ser feita pelo presidente da República, pelos presidentes da Câmara e do Senado, ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso:
· Em caso de urgência ou interesse público relevante
· Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, a não ser que haja medidas provisórias em vigor na data da convocação. Nesse caso, as MPs são automaticamente incluídas na pauta.
*O art. 57, § 4º, da CF, não é norma de reprodução obrigatória por parte dos Estados. É inconstitucional a reeleição em número ilimitado, para mandatos consecutivos, dos membros das mesas diretoras das assembleias legislativas para os mesmos cargos que ocupa, sendo-lhes permitida uma única recondução. Desse modo, as CEs podem prever a reeleição de membros das mesas diretoras das ALs para mandados consecutivos (ao contrário do CN, que possui vedação na CF), mas essa recondução é limitada a uma única vez. O poder de auto-organização decorrente da autonomia dos entes federativos não é ilimitado, em razão dos princípios republicano e democrático, que exigem a alternância de poder e a temporariedade desse tipo de mandato – Informativo 1.031, STF, 2021.
É VEDADA A EDIÇÃO DE MEDIDAS PROVISÓRIAS:
· Sobre nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
· Sobre direito penal, processual penal e processual civil; (CUIDADO: CIVIL NÃO)
· Sobre organização do Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
· Sobre PPA, LDO, LOA e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto para guerra e calamidade (créditos extraordinários em caso de guerra ou calamidade)
· Que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro;
· Sobre matéria reservada a lei complementar;
· Já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso e pendente de sanção ou veto do Presidente 
JULGAMENTOS PROFERIDOS CONTRA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA:
Crime comum:
1º Denúncia (PGR) ou Queixa (querelante ou ofendido)
2º CD fará juízo de admissibilidade (Art. 86 e Art. 51, I)
- Admite:2/3
- Rejeita: Arquiva
3º STF fará um novo juízo de admissibilidade, pois não está vinculado à CD (Art. 86, §1, I)
- Admite
- Rejeita: Arquiva
4º Conclusão do processo: (Art. 86, §2)
- 180 dias: PR ficará afastado de suas funções após admissão pelo Senado
- Após 180 dias: cessará o afastamento sem prejuízo do processo
5º Decisão do STF (Art. 86, §3)
- Condena: Sentença condenatória transitado em julgado.
- Absolve.
Crime de responsabilidade:
1º Denúncia (PGR) ou Requerimento (Cidadão)
2º CD fará juízo de admissibilidade (Art. 86 e Art. 51, I)
- Admite: 2/3
- Rejeita: Arquiva
3º SF Juízo de admissibilidade:
Antes da ADPF 378: não fará juízo de admissibilidade, pois fica vinculado à CD (Art. 86, §1, II)
Após a ADPF 378: fará novo juízo de admissibilidade, pois não fica vinculado à CD (atualmente é o que vale)
- Admite: Maioria simples
- Rejeita: Arquiva
4º Instauração do processo (Art. 52 §único, primeira parte)
- Presidido pelo Pres. STF
- Limita-se à condenação
5º Conclusão do processo (Art. 86, §2)
- 180 dias: PR ficará afastado de suas funções
- Após 180 dias: cessará o afastamento sem prejuízo do processo
6º Decisão do Senado (Por resolução e voto nominal/aberto) (Art. 52, §único, segunda parte)
- Condena: 2/3 = (Perda do cargo + Inabilitação por 8 anos + outras sanções)
- Absolve.
MANDADO DE SEGURANÇA
SEGURAAA PEAO
PARTIDO POLITICO
ENTIDADE DE CLASSE
ASSOCIAÇÃO - CONSTITUIDA HÁ PELO MENOS 1 ANO
ORGANIZAÇÃO SINDICAL
A desistência em MS independe da concordância da autoridade impetrada, consoante entendimento do STF: “É lícito ao impetrante desistir da ação de mandado de segurança, independentemente de aquiescência da autoridade apontada como coatora ou da entidade estatal interessada ou, ainda, quando for o caso, dos litisconsortes passivos necessários” (RE 669367/RJ, Pleno, Rel. para acórdão Min. Rosa Weber, DJ 30/10/2014).
ENTENDIMENTOS
· Lei de iniciativa parlamentar que prevê instalação de câmeras de segurança em escolas públicas é constitucional. Decisão do STF.
· Não invade a competência privativa do chefe do Poder Executivo lei que, embora crie despesa para os cofres municipais, não trate da estrutura ou da atribuição de órgãos do município nem do regime jurídico de servidores públicos.
· É constitucional lei municipal que que proíba eventos patrocinados por empresas de álcool e cigarros ou propaganda de cigarros e bebidas em imóveis municipais (versa sobre a disposição de bens públicos municiais)
· SÚMULA VINCULANTE 46: a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União
· Os Municípios detêm competência para legislar sobre assuntos de interesse local, ainda que, de modo reflexo, tratem de direito comercial ou do consumidor
· SÃO INCONSTITUCIONAIS
· por versarem sobre transito e transporte (competência privativa da união), leis estaduais sobre: uso de cinto de segurança, embriaguez ao volante, obrigatoriedade de uso do farol, multa de transito, barreiras eletrônicas para aferir velocidade de veículos 
· por versarem sobre telecomunicações (competência privativa da união), leis estaduais sobre bloqueio de sinal telefônico em presídios 
· por versarem sobre títulos de capitalização (competência privativa da união): leis estaduais sobre comercialização e publicidade de títulos de capitalização 
· por versarem sobre normas gerais de licitação (competência privativa da união):leis estaduais que exijam apresentação de certidão negativa de violação aos direitos do consumidor pelos interessados em participar de licitações estaduais; sobre critérios de habilitação e requisitos de licitação 
· por versarem sobre direito civil (competência privativa da união):sobre cobrança de estacionamento em shopping
· dispositivos de CE que exija que o Superintendente da Polícia Civil seja um delegado de polícia integrante da classe final da carreira. Chefe da Polícia Civil tem que ser um Delegado de carreira, mas não se pode limitar aos que integram a última classe. 
· SÃO CONSTITUCIONAIS LEIS ESTADUAIS:
· Sobre apreensão e desemplacamento de veículos de transporte irregulares (poder de policia estadual)
· que autoriza a utilização policial de veículos apreendidos e não identificados
· que disponha sobre acessibilidade em transportes públicos (é direito das pessoas com deficiência, matéria de competência concorrente)
· que disponha sobre a obrigatoriedade de entrega ao usuário por escrito, de comprovante fundamentado com informações pertinentes a eventual negativa, parcial ou total, de cobertura de procedimento medico, cirúrgico ou diagnóstico (versa sobre proteção ao consumidor, competência concorrente)
CONSELHO DA REPÚBLICA - “PRONUNCIA”
	I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
	II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
	Órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam
· O Vice-Presidente da República;
· Presidente da Câmara e o do Senado Federal;
· O Ministro da Justiça; 
· Os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos e no Senado;
· 6 cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos, 2 nomeados pelo Presidente, 2 eleitos pelo Senado e 2 pela Câmara, mandato de 3 anos, vedada a recondução.
CONSELHO DE DEFESA NACIONAL – “OPINA”
	I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição;
	II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;
	III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
	IV - estudar,propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático.
	Órgão de consulta do Presidente nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático.
	Membros natos:
· Vice-Presidente da República;
· Presidente da Câmara e o do Senado Federal
· Ministro da Justiça; de Estado da Defesa; das Relações Exteriores; e do Planejamento.
· Os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO NA ADM PUBLICA
	Extinção de cargo quando PREENCHIDO = MEDIANTE LEI.
	Extinção de cargo quando VAGO = MEDIANTE DECRETO.
	Criação de cargo = MEDIANTE LEI.
	Criação / extinção de ÓRGÃO público = LEI
	Estruturação e funcionamento de órgão público = DECRETO AUTÔNOMO.
	Entidades: são criadas / autorizadas por lei e extintas por lei (Presidente não pode extinguir nem criar órgão/entidade)
TERRAS INDÍGENAS
· INdíos = as terras são INalienáveis, INdisponíveis, IMprescritíveis (os direitos sobre elas)
· As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua POSSE permanente (não propriedade, ao contrário do que ocorre com quilombolas), cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
· Aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só pode ser efetivado com autorização do Congresso, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.
· É vedada a remoção de populações, salvo, ad referendum do Congresso, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
· São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé.
MEMBROS DO TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL (7 membros ) – TCU são 9!
· 4 PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA – livremente
· 3 PELO CHEFE DO EXECUTIVO ESTADUAL (Governador ) 
· Um dentre auditores, um dos membros do Ministério público e um de livre escolha 
PARLAMENTARES NÃO PODEM - FIA da POSSE
DESDE A DIPLOMAÇÃO:
FIrmar ou manter contrato com PJ de d. público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo contrato que obedeça a cláusulas uniformes
Aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;
DESDE A POSSE
Patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a"
Ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a"
Ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
SEr proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES
	1824: Const. Imperial; Liberal e conservadora; vigorou por 67 anos; semirrígida; prolixa; estado confessional (religião católica oficial); estado unitário; poder quadripartite (exec/legis/jud/moderador); governo monárquico hereditário; judiciário não fazia controle de constitucionalidade; o guardião da const. era o legislativo; direitos fundamentais: abolidas penas cruéis, naturalização tácita, sufrágio restrito, eleições indiretas e os 02 únicos direitos sociais consagrados foram o socorro público e a instrução primária.
	1891: Const. da Rep. dos Estados Unidos do Brasil; foi a 1ª const. republicana; baseada na razão; influência dos EUA: presidencialismo, república, forma federativa de estado, controle difuso de constit.; conciliava liberalismo republicano e moderado; afastou privilégios; não consagrou religião oficial (estado laico); só reconhecia o casamento civil; federalismo dualista; poder tripartite (exec/legis/jud); direitos fundamentais: abolidas penas de galés, de banimento judicial e de morte, HC, naturalização tácita, extinção de sufrágio censitário (mas mulheres ainda não votavam).
	1934: Era Vargas; governo provisório (em 1933, após derrota da revolução constitucional de 1932, em SP foi eleita Assembleia Const. para redigir nova constituição); a constituição então foi promulgada; previu a criação da Justiça Eleitoral; foram introduzidos o voto secreto e feminino e leis trabalhistas que previam jornada de 8h/d, repouso semanal e férias remuneradas.
	1937: Como o mandato de Vargas terminaria em 1938, para permanecer no poder, ele deu um golpe de estado, tornando-se ditador - a justificativa era de proteger a sociedade dos comunistas; a constituição foi imposta/outorgada; teve inspiração fascista; intervenção do estado na economia; abolidos os partidos políticos; abolida a liberdade de imprensa; ditadura fascista.
	1946: Marcada por processo de redemocratização; carta promulgada; mandato presidencial de 05 anos; ampla autonomia político-administrativa aos estados e municípios; defesa da propriedade privada; assegurava direito de greve e livre associação sindical; liberdade de opinião e expressão; através da EC 1961 foi implantado o parlamentarismo e em 1962 voltou ao presidencialismo.
	1967: Predominava o autoritarismo e o arbítrio político; carta promulgada; confirmava atos institucionais e complementares do governo militar para assegurar a segurança nacional.
	1988: Escrita; codificada; democrática; rígida ou super-rígida; formal; prolixa; eclética; normativa ou nominal (aqui há divergência)
	A maioria não diz, mas antes da const. de 1824, tivemos a Constituição de Cádiz: uma Constituição espanhola, de 1812, que Dom João VI determinou que fosse aplicada aqui no Brasil, até a elaboração de um nova Carta pelas Cortes de Lisboa, através do Decreto 21/04/1821. O Decreto que determinou a observância da Const. espanhola de Cádiz (1812) foi revogado no dia seguinte. Ela teve vigência de um único dia aqui no Brasil.
PARTIDOS POLITICOS
· Livre criação, fusão, incorporação e extinção, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana 
· Características
· Caráter nacional;
· Não pode receber recursos de entidade ou governo estrangeiros ou se subordinar a estes
· prestação de contas à Justiça Eleitoral;
· funcionamento parlamentar de acordo com a lei
· Após adquirirem personalidade jurídica registrarão seus estatutos no TSE.
· Têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei
· É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar
EXECUTIVO
· Presidente eleito: candidato que obtiver a maioria absoluta de votos válidos, NÃO computados os branco e os nulos.
· Se, decorridos 10 dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. 
· É o CONGRESSO NACIONAL que irá declarar vagos os cargos, por se tratar de questão política.
· O Vice e o presidente não poderão, sem licença do CONGRESSO, ausentar-se do País por período superior a 15 dias, sob pena de perda do cargo.
· Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte de candidato a Presidente, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
· Vagando os cargos de Presidente e Vice nos dois primeiros anos do mandato, far-se-á eleição DIRETA 90 dias depois de aberta a última vaga. 
· Nos 2 últimos anos de mandato: ELEIÇÕES INDIRETAS (pelo Congresso) – 30 dias.
· O que pode ser delegado: DEIPRO
· Decretos autônomos
· Indulto e comutar penas
· Prover cargos públicos federais
· Para quem pode ser delegado: PAM
· Procurador-Geral da República
· Advogado-Geral da União
· Ministros de Estado
AÇÕES DE CONTROLE CONCENTRADO
· A decisão é irrecorrível, salvo embargos de declaração.
· Não se admite ação rescisória da decisão transitada em julgado.
· Não se admite intervenção de terceiros, salvo na condição especial de amicus curiae.
· Não cabe arguição de suspeição de Ministro do STF, mas cabe a arguição de impedimento.
· Não há prazo prescricional e nem decadencial para o ajuizamento da ação.
· As ações estão submetidas ao princípio da fungibilidade.
· As ações admitem a cumulação de pedidos (constitucionalidade e inconstitucionalidade).
ADI INTERVENTIVA – LEI Nº 12.562/11
	- será proposta pelo PGR em caso de violação de princípios constitucionais sensíveis ou de recusa por parte do estado de execução à lei federal.
	- O STF, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na representação interventiva.
	- O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o Advogado-Geral da União (AGU) ou o Procurador-Geral da República (PGR), no prazo comum de 5 dias.
	- relator solicitará informações às autoridades responsáveis. Prazo: 10 dias
	- decorrido o prazo, AGU e PGR deverão se manifestar no prazo de 10 dias.
	- poderá ser admitido amicus curiae e realizada audiência publica, a critério do relator
	- A decisão sobre a representação interventiva somente será tomada se presentes na sessão pelo menos 8 Ministros.
	- Realizado o julgamento, proclamar-se-á a procedência ou improcedência do pedido formulado na representação interventiva se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos 6 Ministros.
	- ausentes ministros em numero suficiente: julgamento será suspenso.
	- se a decisão final for pela procedência do pedido formulado na representação interventiva, o Presidente do STF, publicado o acórdão, leva-lo-á ao conhecimento do Presidente da República para, no prazo improrrogável de até 15 dias, dar cumprimento
	- publicação DO: 10 dias
	- A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido da representação interventiva é IRRECORRÍVEL, sendo insuscetível de impugnação por ação rescisória.
ADI – LEI Nº 9.868/99
- Legitimados:
	I - o Presidente da República;
	II - a Mesa do Senado Federal;
	III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
	IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
	V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal;
	VI - o Procurador-Geral da República;
	VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
	VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; **
	IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.**
3 autoridades, 3 mesas, 3 entidades – ATENÇÃO: mesa do CN não é legitimada
Em vermelho: são legitimados especiais, precisam demonstrar pertinência temática. Os demais são universais.
** precisam de advogado
- Cabimento:
Lei ou ato normativo federal ou estadual.
- Processamento
	- CABE AGRAVO DA DECISÃO QUE INDEFERIR A PETIÇÃO INICIAL (PORQUE É DECISÃO DO RELATOR).
	- não se admite desistência
	- relator pode pedir informações para autoridades que editaram o ato, que deverão se manifestar em 30 dias.
	- NÃO SE ADMITIRÁ INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
	- relator pode admitir amicus curiae de acordo com a relevância da matéria, por decisão irrecorrível
	- decorrido o prazo de informações, AGU e PGR se manifestam cada um em 15 dias.
	- relator pode designar audiência publica ou designar perícia, se necessário, ou solicitar informações tribunais anteriores. Prazo para essas providências: 30 dias.
- Medida cautelar
	- Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de 5 dias.
	- O relator, julgando indispensável, ouvirá o AGU e o PGR, no prazo de 3 dias.
	- No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral
	- excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.
	- concedida a liminar, será publicada no DO em 10 dias
	- A MEDIDA CAUTELAR, dotada de EFICÁCIA CONTRA TODOS, será concedida com EFEITO EX NUNC, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa.
	- A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente (EFEITO REPRISTINATÓRIO), salvo expressa manifestação em sentido contrário.
	- No caso de efeito repristinatório indesejado, ou seja, quando a lei revogada também for eivada do vício de inconstitucionalidade, faz-se necessária a formulação de pedidos sucessivos de declaração de inconstitucionalidade, tanto do diploma ab-rogatório quanto das normas por ele revogadas. Caso a norma anterior não seja impugnada, a ADI não será conhecida.
	- Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de 10 dias, e a manifestação do AGU e do PGR, sucessivamente, no prazo de 5 dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação (diminui prazos em 1/3 do tramite regular e faz um tramite abreviado)
· Decreto autônomo pode ser objeto de ADI
· Decreto regulamentar não pode.
· Em síntese, são requisitos para que uma norma possa ser objeto de ADI:
· ter sido editada na vigência da atual Constituição;
· ser dotada de abstração, generalidade ou normatividade;
· possuir natureza autônoma (não meramente regulamentar)
· estar em vigor.
· É possível a decretação, de ofício, da modulação dos efeitos da decisão proferida em ADI
· A ADIN é meio processual inadequado para o controle de decreto regulamentar de lei estadual. Seria possível a propositura de ADI se fosse um decreto autônomo. Mas sendo um decreto que apenas regulamenta a lei, não é hipótese de cabimento de ADI.
· O Estado-membro não possui legitimidade para recorrer contra decisões proferidas em sede de controle concentrado de constitucionalidade, ainda que a ADI tenha sido ajuizada pelo respectivo Governador. A legitimidade para recorrer, nestes casos, é do próprio Governador
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO – ADO
	- omissão por ser total ou parcial em relação ao dever de legislar ou de adotar providencia administrativa
	- legitimados: mesmo ADI
	- processamento: o mesmo
	- especificidade: O relator poderá solicitar a manifestação do AGU, que deverá ser encaminhada no prazo de 15 dias. O PGR, nas ações em que não for autor, terá vista do processo, por 15 dias, após o decurso do prazo para informações. (o prazo é o mesmo da regra geral da ADI)
- medida cautelar:
	- caso de excepcional urgência e relevância da matéria
	- idem ADI: maioria absoluta, após oitiva autoridades 5 dias
	- poderá consistir na suspensão da aplicação da lei/ato se for caso de omissão parcial, ou de processos judiciais e administrativos.
	- julgando indispensável, o relator ouvirá o PGR em 3 dias (mesmo prazo ADI. ATENÇÃO! na ADI são ouvidos o PGR e o AGU se o relator julgar indispensável antes de decidir sobre a medida cautelar. Aqui não se ouve AGU porque se trata de omissão, o que significa que em tese não há norma a ser defendida por esse órgão)
 - Decisão:
	- Declarada a inconstitucionalidade por omissão, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias.
	- Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser adotadas no prazo de 30 dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e ointeresse público envolvido. Se for o legislativo, não há prazo.
- Decisão na ADI e ADO
	- somente será tomada se presentes na sessão pelo menos 8 ministros
	- a decisão de constitucionalidade ou inconstitucionalidade somente será tomada se assim se manifestarem pelo menos 6 ministros
	- se não for alcançada a maioria e estando ausentes ministros, será suspenso
	- são ações de natureza dúplice/ambivalentes
	- decisão é irrecorrível, salvo embargos de declaração, não podendo ser objeto de rescisória
	- MODULAÇÃO DOS EFEITOS: razões de segurança jurídica ou excepcional interesse social, maioria de 2/3
	- A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm EFICÁCIA CONTRA TODOS E EFEITO VINCULANTE em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública (executivo) federal, estadual e municipal (não vincula o legislativo - pode editar nova lei semelhante. A inconstitucionalidade depende de nova ADI).
	- A decisão vincula os julgamentos futuros a serem efetuados monocraticamente pelos Ministros ou pelas Turmas do STF. Essa decisão não vincula, contudo, o Plenário do STF. Assim, se o STF decidiu, em controle abstrato, que determinada lei é constitucional, a Corte poderá, mais tarde, mudar seu entendimento e decidir que esta mesma lei é inconstitucional por conta de mudanças no cenário jurídico, político, econômico ou social do país. Isso se justifica a fim de evitar a "fossilização da Constituição". Esta mudança de entendimento do STF sobre a constitucionalidade de uma norma pode ser decidida, inclusive, durante o julgamento de uma reclamação constitucional. Nesse sentido: STF. Plenário. Rcl. 4374/PE, rel. Min. Gilmar Mendes, 18/4/2013
	- descumprimento: cabe reclamação
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
	- legitimados: os mesmos
	- petição inicial deve indicar a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do dispositivo
	- processamento: o mesmo
	- decorrido prazo informações, PGR se manifesta em 15 dias.
	- não há previsão de manifestação do AGU.
	- só para leis federais
- Medida cautelar:
	- idem ADI e ADO: maioria absoluta
	- determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo.
- Eficácia da decisão
- Inconstitucionalidade circunstancial
	- ocorre quando um enunciado normativo, em regra, válido, ao ser aplicado em determinadas circunstâncias, produz uma norma inconstitucional. Em outras palavras, a inconstitucionalidade circunstancial se dá quando determinada norma, embora seja válida, quando confrontada com uma situação específica, torna-se inconstitucional em decorrência do seu contexto particular.
- Inconstitucionalidade progressiva
	- lei “ainda constitucional”, ou “inconstitucionalidade progressiva”, ou “declaração de constitucionalidade de norma em trânsito para a inconstitucionalidade”, é a lei que é constitucional enquanto perdurar determinada circunstância, porém, quando essa circunstância de fato não mais se verificar, essa norma (sem rigor técnico) será tida por constitucional.
ADPF – LEI Nº 9.882/99
	- Objeto:
	Evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.
	Caberá também ADPF: quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou MUNICIPAL, INCLUÍDOS OS ANTERIORES À CONSTITUIÇÃO.
	- Não será admitida ADPF quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade (a ADPF é subsidiária)
	- Legitimados:
	Mesmos ADI
	- Liminar:
	- Decisão maioria absoluta
	- Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno.
	- O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o AGU ou o PGR, no prazo comum de 5 dias (ATENÇÃO! Na ADI são ouvidos em 3 dias).
	- A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria.
	- apreciado o pedido de liminar, autoridades prestam informações em 10 dias
	- previsão expressa de que o MP, nas arguições que não tiver formulado, terá vista do processo por 5 dias após o decurso do prazo de informações
	- decisão da ADPF só será tomada se presentes na sessão pelo menos 2/3 dos ministros (ADI FALA EM 8 MINISTROS).
	- Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, FIXANDO-SE AS CONDIÇÕES E O MODO DE INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DO PRECEITO FUNDAMENTAL.
	- decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante
	- MODULAÇÃO: maioria de 2/3
EXCEÇÕES À CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO:
	a) Se o STF já decidiu sobre o caso, ainda que em controle difuso.
	b) Se o próprio órgão ou Tribunal já reconheceu a inconstitucionalidade: o STF entende que o procedimento do art. 97, CF, só seria necessário no caso de mudança de orientação por parte do próprio Tribunal.
	c) Se Tribunal mantiver a constitucionalidade do ato normativo, ou seja, não afastar a sua presunção de validade: o art. 97, CF determina a observância do full bench para declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
	d) Nos casos de normas pré-constitucionais: a análise do direito editado no ordenamento jurídico anterior em relação à nova Constituição não se funda na teoria da inconstitucionalidade, mas sim em sua recepção ou revogação.
	e) Quando o Tribunal utilizar a técnica da interpretação conforme a Constituição: não haverá declaração de inconstitucionalidade.
	f) Declaração de inconstitucionalidade por turma recursal do juizado especial: nos casos de declaração de inconstitucionalidade por turma de juizado especial, não há a necessidade da observância da regra da full bench, conforme decidiu o STF (RE AgR 453.744) – não são tribunais.
	g) Julgamento de medida cautelar pelo STF: em virtude de não se afastar a incidência de determinada norma e tampouco declarar sua inconstitucionalidade, não há a necessidade de se observar a regra do art. 97, CF, segundo o STF (Rcl 10.864 AgR).
CONTROLE ABSTRATO NOS ESTADOS
· As decisões proferidas pelo Tribunal de Justiça nas ações de inconstitucionalidade são, em regra, irrecorríveis, salvo se o parâmetro for dispositivo da Constituição estadual que é norma de reprodução obrigatória da CF (expressa ou implícita), pois na hipótese, caberá Rext
· Se o parâmetro de controle de constitucionalidade for norma de imitação, não caberá recurso extraordinário.
· A decisão proferida no RE produzirá eficácia contra todos (efeito erga omnes), efeito vinculante e efeito ex tunc. 
· Esse fenômeno é chamado por parte da doutrina de “controle abstrato no modelo difuso”.
· É possível que a Constituição do Estado preveja iniciativa popular para a propositura de emenda à Constituição Estadual
· Súmula 614-STF: Somente o Procurador-Geral da Justiça tem legitimidade para propor ação direta interventiva por inconstitucionalidade de Lei Municipal
LEGITIMADOS PARA ADIN, ADC E SÚMULA
· Presidente da República; Governador de Estado ou do DF (pertinência) e o PGR
· Mesa do Senado, da Câmara dos Deputados, assembleia Legislativa dos Estados e DF (pertinência)
· Conselho Federal da OAB; partido político com representação no Congresso; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional (pertinência).
· Precisam de advogado: partidos políticos e as confederações sindicais e entidades de classe
SIMULTANEIDADE ENTRE ADIN FEDERAL E ESTADUAL
DECISÕES DO STF
· Declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade: geralmente aplicada em casos de omissão parcial, em que o legislador elabora uma lei insuficiente. Nesse caso, o STF declara que a lei é inconstitucional, mas, para não agravar a situação

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