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DOENÇAS DEGENERATIVAS DE LINHAGEM MIELOIDE INTRODUÇÃO • Doenças que apresentam proliferação anormal das células mieloides ou granulocíticas; • Leucemia mielóide aguda - pode-se manifestar desde o início da doença no sangue circulante um número elevado de células muito indiferenciadas jovens, denominadas blastos mieloides; • Leucemia mielóide crônica - a proliferação de granulócitos é evidente, encontra-se no sangue e na medula óssea células maduras; • Síndromes mieloproliferativas - englobam a leucemia mieloide crônica, policitemia vera, metaplasia mieloide agnogênica ou mielofibrose primária e a trombocitemia essencial (TF); • Outras doenças que também fazem parte desta categoria seria a síndrome mieloproliferativa e síndrome mielodisplásica; LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA (LMA) • Doença de natureza maligna; • Proliferação anômala dos precursores granulocíticos da medula óssea; • Ocorre dificuldade de maturação das células pluripotentes da medula óssea, o que provoca o acúmulo células jovens; • A parada de maturação pode ocorrer em qualquer etapa da granulocitogênese; • Caracteriza-se como uma doença aguda por apresentar uma porcentagem maior que 20% de blastos (células jovens nucleoladas) no hemograma; • Bastonetes de Auer são peculiaridades da leucemia mieloblástica; • A LMA é mais resistente à quimioterapia do que a Leucemia Linfoide Aguda (LLA); ETIOPATOGENIA • Na LMA há a presença de blastos correspondentes a células incapazes de evoluir até o estágio de maturação completa; • A dificuldade de maturação deve-se a uma falha no mecanismo genético regulador do ciclo celular; • Podem sofrer mutação - genes responsáveis pela síntese dos fatores de crescimento e de seus receptores celulares (pro-oncogenes), como P53, WT-1; • As alterações cromossômicas do tipo translocações podem resultar em uma proliferação leucêmica em decorrência de uma alteração dos chamados fatores de transcrição; CLASSIFICAÇÃO • As leucemias são classificadas de acordo com o tipo celular envolvido e no estado de maturação das células leucêmicas; a) LMA com anomalias genéticas recorrentes; b) LMA com displasia de múltiplas linhagens; c) LMA e SMD (relacionadas a terapia prévia); d) LMA não categorizada; Fonte: LORENZI, Therezinha Ferreira. Atlas de hematologia, 2011. DIAGNÓSTICO CLÍNICO • Quadro clínico - palidez cutaneomucosa, febre com quadro de tipo infeccioso e hemorragias, adenomegalia, hepatomegalia, esplenomegalia, alterações da pele, sintomas neurológicos, dores ósseas, derrame pleural, sinais de insuficiência respiratória e infiltrados de tipo tumoral em qualquer tecido ou órgão; • O diagnóstico diferencial das LMA é feito após exame de esfregaço de sangue periférico e de medula óssea; • O encontro de anemia, plaquetopenia e leucocitose com grande porcentagem de blastos permite confirmar LMA; DIAGNOSTICO LABORATORIAL • O diagnóstico na maioria das vezes é confirmado pelo hemograma e mielograma; • Em outros casos, faz-se necessário a biópsia da medula óssea, com agulha; • Para diferenciar Leucemia Linfoide Aguda e Leucemia Mieloide Aguda, realiza-se as reações doenças degenerativas de linhagem mieloide citoquímicas da mieloperixodase e da reação da alfanaftil acetato esterase; • A confirmação diagnóstica dos tipos de LMA é feito pela imunofenotipagem; TRATAMENTO • Baseia-se no uso de quimioterápicos em combinação; • Os esquemas terapêuticos incluem o uso da citarabina e daunomicina aplicada via endovenosa e tioguanina administrada por via oral; LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA • Caracteriza-se pela proliferação de células mieloides granulocíticas, que mantêm sua capacidade de diferenciação; • Ocorre devido ao surgimento de uma anormalidade da célula primordial ou indiferenciada da medula óssea; • O clone anômalo originado desta célula se expande e infiltra o parênquima medular em detrimento da proliferação das células normais; • Caracteriza-se como uma doença aguda por apresentar uma porcentagem menor que 20% de blastos (células jovens nucleoladas) no hemograma; ETIOPATOGENIA • Aumento de células indiferenciadas comprometidas com a granulocitopoese; • A anomalia cromossômica denominada translocação t, sugere ser a origem da doença; • Rearranjo genético com Ph1 positivo; DIAGNÓSTICO CLÍNICO • Quadro clínico - fraqueza progressiva, aumento do baço, aumento dos gânglios, queixas de febre e hemorragias infrequentes, mas a hepatomegalia está presente; DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • A partir do hemograma, percebe-se uma leucocitose variável característica da LMA; • A maior porcentagem das células granulocíticas é de tipo maduro (bastonetes e segmentados); • Há desvio à esquerda, até mieloblastos, de modo não escalonado; Obs.: O desvio à esquerda com escalonamento é encontrado nas reações leucemoides granulocíticas, com predomínio das células progressivamente mais maduras. • Geralmente, as plaquetas estão normais ou aumentado (plaquetose); • Presença de basofilia e eosinofilia; • A reação citoquímica da fosfatase alcalina é um diagnostico diferencial entre LMC e leucocitose reacional (reação leucemoide), sendo baixa na LMC; • Outros exames - mielograma, dosagem do ácido úrico no sangue, dosagem de lactodesidrogenase (costuma ser elevado), biópsia de medula óssea; TRATAMENTO • Uso de quimioterápicos - Bussulfan, hidroxiuréia, interferons; • Transplante de Medula Óssea; Fonte: LORENZI, Therezinha Ferreira. Atlas de hematologia, 2011.
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