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04 - Sociedade, Poder, Governo e o Estado brasileiro

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Super Apostila - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
04 – Sociedade, Poder, 
Governo e o Estado 
Brasileiro 
 
Prof. Everton Ventrice 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Everton Ventrice 
www.nota11.com.br 2 
 
Sumário 
1. Introdução e objetivos desta apostila................................................................................................. 2 
2. Sociedade .......................................................................................................................................... 2 
3. Poder e os tipos de dominação .......................................................................................................... 4 
4. Governo ............................................................................................................................................. 5 
5. O Estado brasileiro ............................................................................................................................. 8 
5.1. Forma de Estado ................................................................................................................................ 8 
5.2. Forma de governo ........................................................................................................................... 14 
5.3. Sistema de governo ......................................................................................................................... 17 
5.4. Regime de governo.......................................................................................................................... 20 
5.5. Separação dos Poderes ................................................................................................................... 23 
5.6 A organização político-administrativa brasileira............................................................................... 28 
6. DICA DE OURO ................................................................................................................................. 31 
7. Principais pontos a serem fixados .................................................................................................... 32 
8. Lista de questões que resolvemos .................................................................................................... 35 
9. Gabarito ........................................................................................................................................... 46 
 
1. Introdução e objetivos desta apostila 
Nesta apostila veremos a sequência do estudo sobre o Estado, incluindo 
detalhes sobre como está estruturado o Estado brasileiro. 
É um assunto fácil, cobrado em Administração Pública sem tanto apego ao 
texto da Constituição, como ocorre quando se estuda tais temas dentro do 
Direito Constitucional. 
Preste bastante atenção a alguns pontos destacados, pois podem causar 
dúvida, e resolva todos os exercícios. Depois é só torcer para cair esse 
assunto em sua prova, pois estou certo que você vai tirar de letra! 
Comecemos! 
2. Sociedade 
Darcy Azambuja define sociedade como uma união moral de seres 
racionais e livres, organizados de maneira estável e eficaz para 
realizar um fim comum e conhecido de todos. 
Prof. Everton Ventrice 
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Vamos a uma questão: 
1. (VUNESP/Anal. Tecnologia – Sec. Educ./SP). É correto afirmar que 
o que caracteriza uma sociedade é a partilha de interesses entre os 
membros e a(s) 
a) articulações orgânicas de formação natural. 
b) participação em atividades sem uma autoridade política. 
c) atividades econômicas originadas por essas partilhas. 
d) preocupações mútuas direcionadas a um objetivo comum. 
e) consequentes ações que coíbem a integração de outros indivíduos. 
Comentários: 
Veja que a alternativa mais próxima à definição de Darcy Azambuja é aquela 
que fala em objetivo comum. Essa é a ideia-chave de sociedade. Gabarito: 
Letra D. 
Um outro conceito de sociedade, mais recente, é a chamada Sociedade 
Civil, que acrescenta à definição tradicional de sociedade a característica de 
que ela existe independentemente de um governo. 
ATENÇÃO!!! Muitas vezes, em concursos ou no dia-a-dia, quando se fala 
apenas em Sociedade, está se referindo ao conceito de Sociedade Civil. 
Por outro lado, para se referir ao governo e à existência de um poder por trás 
dele, foi criado o termo sociedade política. Temos então: 
• SOCIEDADE CIVIL: É aquela composta por todas as demais formas 
de organização que não pertencem ao Estado, baseadas na amizade, 
parentesco, religião, atividade econômica, etc. 
• SOCIEDADE POLÍTICA: É a forma pela qual o exercício do poder é 
organizado. Nas sociedades modernas isso inclui os três Poderes, o 
aparelho que o Estado usa para governar, e todas as demais 
instituições com objetivos políticos, tais como os partidos políticos e a 
mídia especializada. 
A Sociedade Civil mais a Sociedade Política formam o que conhecemos 
como Estado. 
Lembre-se que o Estado é caracterizado pela existência, em conjunto, de 
três componentes: Soberania, Povo e Território, mas alguns autores 
incluem também outros três: Governo, Poder e uma Finalidade. 
Prof. Everton Ventrice 
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Didaticamente, pense que o Estado é a soma da sociedade civil (Povo, 
Território e Finalidade) com a sociedade política (Soberania, Governo e 
Poder). 
ESTADO 
SOCIEDADE CIVIL SOCIEDADE POLÍTICA 
3. Poder e os tipos de dominação 
Poder é definido como a capacidade de imposição da própria vontade, a 
despeito da resistência de outro, visando a consecução de um determinado 
objetivo ou fim estipulado pelo sujeito que impõe. 
Ele difere do conceito de autoridade. 
Autoridade: Poder legítimo, revestido de consentimento, que se faz 
obedecer voluntariamente. 
Note então que, enquanto o poder é imposto, a autoridade é consentida. 
Max Weber identificou três tipos de autoridade (também chamada de 
dominação) de acordo com sua legitimidade: 
1. Tradicional: Baseia-se nas tradições e costumes de uma dada 
sociedade. O líder herda tal posição por pura tradição, sendo aceito 
porque as pessoas entendem que “sempre foi assim”. Era o tipo de 
dominação mais comum nas sociedades até o Estado Moderno, quando 
o rei, ou o senhor, recebia sua posição por herança e a exercia pelo uso 
da força. 
2. Carismática: É aquela apoiada no carisma do líder, que conquista tal 
posição devido suas qualidades em influenciar pessoas, que então lhe 
obedecem por pura devoção. 
3. Racional-Legal: Baseada em regras, estatutos ou leis, sancionadas 
pela Sociedade ou Organização. Tal forma de autoridade se popularizou 
a partir do Estado Contemporâneo, sendo o tipo adotado pelas 
democracias modernas. 
Veja como isso já apareceu: 
2. (ESAF/AFC – CGU) Segundo Max Weber, a autoridade ou 
dominação baseia-se na legitimidade que, por sua vez, pode ser de 
três tipos. Um deles, a dominação legal de caráter racional, típica do 
Estado contemporâneo, não apresenta a característica de: 
a) impessoalidade das normas e de sua aplicação 
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b) hierarquia oficial 
c) direito consuetudinário 
d) exercício contínuo de funções segundo competências fixas 
e) regras técnicas e normas aplicadas por profissionais 
especializados 
Comentários: 
É muito provável que você não saiba o significado de “direito 
consuetudinário”. Trata-se de um sistema de leis baseado nos costumes e nas 
tradições, ou seja, as regras devem ser aceitas porque “sempre foi assim”. 
Não há um processo de discussão e aprovação das leis. É típico, portanto, da 
dominação do tipo tradicional. Gabarito: Letra C. 
ATENÇÃO!!! Quando as bancas se referem à teoria de Weber, não é raro que 
elas tratem Poder e Autoridade como sinônimos. Portanto, se ofoco da 
questão for os três tipos identificados por ele, a princípio não se preocupe 
com a falta de distinção entre os termos. 
Já quando o foco for em temas como liderança ou trabalho em grupo, ou na 
simples diferença entre os conceitos, aí sim a diferenciação entre eles é 
importante. 
Há, ainda, outro conceito importante relacionado a Sociedade e Poder: a 
Política. 
Política é o conjunto de procedimentos formais e informais que expressam 
relações de poder e que se destinam a prover a resolução pacífica dos 
conflitos sobre bens públicos. 
Pode parecer estranho especificar “sobre bens públicos”, mas é assim mesmo 
que aparece nas questões. 
4. Governo 
Governo é o instrumento pelo qual são definidos os objetivos e as diretrizes 
gerais de atuação do Estado. 
O Governo é uma das características do Estado, portanto, não existe sem ele. 
Enquanto o Estado é um ente intangível, permanente, e que detém o poder, 
o Governo é um ente tangível, transitório, e que exerce o poder de fato. 
O Governo é composto por um grupo de pessoas, por isso é tangível. E é 
transitório porque as pessoas governam por prazo determinado. 
Há quatro dimensões de Governo: 
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1. Formal: Representado pelo conjunto de Poderes (Executivo, 
Legislativo e Judiciário) e órgãos constitucionais. 
2. Material: Refere-se às atividades executivas, legislativas e judiciárias, 
ou seja, as chamadas funções estatais. 
ATENÇÃO!!! Lembre-se que cada Poder exerce a maioria das funções que 
lhe são correspondentes (chamadas funções típicas), mas também algumas 
funções correspondentes aos outros Poderes (as chamadas funções 
atípicas). Ex: O Poder Executivo exerce a maioria das funções executivas 
(que são suas funções típicas), mas também algumas funções legislativas e 
judiciárias (que são suas funções atípicas); 
3. Estrita (strictu sensu): Refere-se apenas às pessoas que exercem o 
Governo. No Brasil compreende os chefes dos Poderes Executivo, 
Legislativo, Judiciário e do Ministério Público, assim como seus 
auxiliares diretos, tais como os Ministros. 
4. Operacional: Pois é o Governo quem implementa as atividades 
necessárias ao alcance dos objetivos traçados. 
A Administração Pública é quem executa as atividades implementadas pelo 
Governo. Portanto, enquanto o Governo é o instrumento do Estado para 
exercer o Poder, a Administração Pública é o instrumento do Governo para a 
execução de suas atividades. 
ESTADO 
(detém o Poder) 
 GOVERNO 
(exerce o Poder) 
 ADM. PÚBLICA 
(executa o Poder) 
 instrumento instrumento 
Que tal praticar? 
3. (CESPE/Anal. Téc. Adm. – MIN). Os conceitos de governo e 
administração não se equiparam; o primeiro refere-se a uma 
atividade essencialmente política, ao passo que o segundo, a uma 
atividade eminentemente técnica. 
Comentários: 
É isso mesmo. O Governo é transitório, é escolhido para exercer o Poder 
através de critérios políticos, e o faz utilizando a política. Já a Administração 
Pública executa o Poder, através de critérios, majoritariamente, técnicos. 
Gabarito: Certo. 
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4. (ESAF/AFC – CGU). Leia atentamente os enunciados que se 
seguem: 
• Relação entre dois sujeitos, na qual um impõe ao outro a sua 
própria vontade e lhe determina o comportamento. 
• A atividade ou conjunto de atividades que tem como finalidade 
a administração do conflito em torno de bens públicos. 
• Organização que detém o monopólio legítimo do uso da força 
em um dado território. 
• Conjunto de pessoas que exercem o poder político e que 
determinam a orientação política de uma dada sociedade. 
• Conjunto de atividades diretamente destinadas à execução 
concreta das tarefas ou incumbências consideradas de 
interesse público ou comum, numa coletividade ou organização 
estatal. 
Os enunciados acima referem-se, sequencialmente, aos seguintes 
conceitos: 
a) Administração Pública, Poder, Política, Estado, Governo 
b) Poder, Estado, Governo, Política, Administração Pública 
c) Poder, Administração Pública, Governo, Estado, Política 
d) Administração Pública, Poder, Governo, Política, Estado 
e) Poder, Política, Estado, Governo, Administração Pública 
Comentários: 
Ótima questão para fixar os conceitos. Gabarito: Letra E. 
ATENÇÃO!!! Não confunda: 
• Dimensões de governo: Formal, Material, Estrita e Operacional. 
• Funções estatais: Atividades Executivas, Legislativas e Judiciárias, 
que compõem a dimensão material de governo. 
• Dimensões de atuação do Estado: Econômica, Social e 
Administrativa. 
As dimensões de atuação do Estado são bastante utilizadas na distinção dos 
tipos de Estado. Um Estado do Bem-estar Social atua em todas as três 
dimensões, enquanto um Estado Liberal entende que ele deve se concentrar 
na dimensão administrativa. 
 Veja como isso foi cobrado pela ESAF: 
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5. (ESAF/AFC: Audit. e Fiscal. – CGU). Após a II Guerra Mundial até o 
final da década de 70, o Estado acumula diferentes funções com 
atuação em três dimensões: econômica, social e administrativa. 
Assinale a opção que identifica corretamente a dimensão 
administrativa. 
a) A dimensão administrativa do Estado se baseia na impessoalidade, 
neutralidade e racionalidade do aparelho governamental. 
b) A dimensão administrativa do Estado se baseia na produção de 
políticas públicas nas áreas de educação, saúde, habitação. 
c) A dimensão administrativa do Estado se baseia no modelo 
burocrático de geração de emprego e renda. 
d) A dimensão administrativa do Estado se baseia em políticas que 
subsidiem o crescimento econômico. 
e) A dimensão administrativa do Estado se baseia na produção de 
bens e equidade para a população. 
Comentários: 
As opções B e C referem-se à dimensão social, enquanto as opções D e E 
referem-se à dimensão econômica. Gabarito: Letra A. 
5. O Estado brasileiro 
A partir de agora veremos como alguns conceitos sobre a organização dos 
Estados contemporâneos, focando o caso brasileiro. 
5.1 Forma de Estado 
Forma de Estado refere-se ao modo como se dá o exercício do poder político 
no território do Estado. Existem basicamente três: 
1. Estado unitário (ou Estado simples): Existe apenas um centro de 
poder político, que é o governo nacional. Ele pode ser centralizado ou 
descentralizado, mas neste último caso as unidades descentralizadas 
não possuem poder político, apenas certa discricionariedade para 
aplicar as regras estabelecidas pelo poder central. 
2. Confederação: Há diversos entes políticos, todos soberanos, reunidos 
politicamente pela celebração de um tratado internacional regido pelo 
Direito Internacional. Essa união é dissolúvel, e cada Estado possui o 
direito de dela se separar assim que julgar conveniente (direito de 
secessão). 
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3. Federação (ou Estado composto): Há diversos centros de poder 
político, todos autônomos, reunidos em torno de um ente político 
central, soberano. É o caso do Brasil. 
Aplicando esses conceitos em uma questão: 
6. (CESPE/Administrador – MPOG) São formas de governo a 
federação, a confederação e o governo único. 
Comentários: 
Preste atenção! Federação e confederação são formas de Estado e não formas 
de governo. Gabarito: Errado. 
Uma federação possui duas características essenciais ao seu funcionamento: 
1. Autonomia dos entes políticos: Através de três atributos: 
a. Autogoverno: Representantes do poder Executivo eleitos 
diretamente. 
b. Auto-organização: Capacidade de instituir suas próprias 
constituições (no caso dos estados) ou leis orgânicas (no caso 
dos municípios e do DF). 
c. Autoadministração: Capacidade de se administrar de forma 
independente, tomandosuas próprias decisões executivas e 
legislativas, além de poder arrecadar seus tributos próprios. 
2. Repartição de competências: Cada ente político recebe da 
Constituição competências específicas para suas atividades 
administrativas, legislativas e tributárias. 
Resolva agora essa questão da FGV: 
7. (FGV/Procurador – TCM-RJ) A Federação dota seus membros de 
tríplice capacidade, a saber: 
a) auto-organização, auto normatização e autogoverno. 
b) autogoverno, autoadministração e autofinanciamento. 
c) auto-organização, autogoverno e autoadministração. 
d) auto-organização, auto normatização e automanutenção. 
e) auto arrecadação, autogoverno e autogerenciamento. 
Comentários: 
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Cuidado para não confundir os conceitos. Autonomia = auto-organização + 
autogoverno + autoadministração. Gabarito: Letra C. 
O Estado federado pode formar-se por: 
1. Agregação: Estados independentes abrem mão de sua soberania e se 
unem para formarem um único Estado federal, dentro do qual terão 
apenas autonomia (movimento centrípeto – de fora para dentro). 
Ex: EUA. 
2. Desagregação (ou Segregação): Um Estado unitário descentraliza-
se, repartindo competências entre entidades federadas autônomas. 
(movimento centrífugo – de dentro para fora). Ex: Brasil. 
Esta classificação cai bastante. Veja: 
8. (ESAF/Analista Técnico-Administrativo – MF). A atual forma do 
Estado Brasileiro, que, como se sabe, resultou de processo de 
segregação, uma vez que durante o império era adotado o regime 
unitário com apenas um poder político, pode ser denominada: 
a) Federalismo centrípeto. 
b) Confederação. 
c) Estado simples. 
d) Unitária. 
e) Federalismo centrífugo. 
Comentários: 
Fácil! O federalismo brasileiro se formou por segregação, ou seja, movimento 
centrífugo. Gabarito: Letra E. 
Já quanto ao modo de separação de competências entre os entes, o 
federalismo pode ser classificado em: 
1. Federalismo dual: Há uma rígida separação entre as competências 
da entidade central (União) e as dos demais entes federados. 
2. Federalismo cooperativo: Não há uma divisão rígida entre a União 
e os demais entes federados. É o modelo vigente no Brasil, que tem se 
aprofundado em função das pressões e exigências impostas pela 
sociedade. 
Veja uma questão da ESAF que se aprofundou nesse conceito: 
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9. (ESAF/AFC: Contábil-Financeira – STN). As mudanças no plano 
mundial enterraram a era liberal e promoveram o Estado corporativo, 
voltado para estimular a cooperação entre o capital e o trabalho. De 
acordo com Camargo (2001), no Brasil, no final do séc. XX, criou-se 
um novo federalismo democrático trino (presente nos três níveis de 
governo), que nasceu com a Constituição Federal de 1988, como um 
novo tipo de federalismo cooperativo. 
São características desse tipo de federalismo, exceto: 
a) comprometido com parcerias entre os três níveis de governo. 
b) comprometido com a melhoria das políticas públicas no nível local. 
c) comprometido com a redução das desigualdades sociais. 
d) comprometido com as oligarquias e o fortalecimento da classe 
política. 
e) comprometido com o fortalecimento da sociedade civil e da 
cidadania. 
Comentários: 
A ESAF pegou leve demais, pois até quem não conhecesse o conceito de 
federalismo cooperativo conseguiria acertar. A Constituição brasileira de 88 é 
chamada de cidadã justamente por ter consolidado os direitos democráticos 
e sociais. Jamais, pelo menos em tese, poderia estar comprometida com as 
oligarquias. Gabarito: Letra D. 
Mais algumas características do federalismo brasileiro: 
• A forma de governo federativa é cláusula pétrea expressa (art. 60, 
§4º), impedindo assim que uma emenda constitucional possa vir a 
dissolver a federação ou ofender o pacto federativo (autonomia dos 
entes federados). 
• Como regra geral, não há hierarquia entre as entidades federadas, mas 
sim vale a regra da predominância de interesses, onde cada um legisla 
sobre aquilo que é de sua competência. 
• Porém, a constituição brasileira prevê situações em que uma entidade 
federada poderá interferir em outra, afastando temporariamente sua 
autonomia. Tais casos consideram que a União poderá intervir nos 
estados, no DF e nos municípios localizados em territórios, e os estados 
poderão intervir nos municípios localizados em seu território (artigos 
34 e 35). 
• Assim, como está fundada no equilíbrio entre as competências e a 
autonomia conferidas aos entes federados, a federação brasileira 
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enquadra-se no tipo federação de equilíbrio. Modificações neste modelo 
são inconstitucionais, por ofensa à cláusula pétrea que impede a 
quebra do pacto federativo. 
• O federalismo brasileiro é dito ser de 3º grau, pois reconhece, além da 
União e dos estados, também os municípios como autônomos. Antes 
da promulgação da Constituição de 1988, os municípios não possuíam 
autonomia, havendo então um federalismo de 2º grau. 
Hora de praticar! 
10. (FGV/Técnico de fomento: Advogado – BADESC). As alternativas 
a seguir apresentam características do sistema federativo brasileiro, 
à exceção de uma. Assinale-a. 
a) Repartição constitucional de competências entre a União, Estados-
membros, Distrito Federal e Municípios. 
b) Atribuição de autonomia constitucional aos Estados membros, 
Distrito Federal e Municípios, podendo tais entes federativos 
organizar seus poderes executivo, legislativo e judiciário, na forma 
de suas constituições regionais. 
c) Participação dos Estados-membros na elaboração das leis federais, 
através da eleição de representantes para o Poder Legislativo 
Federal. 
d) Possibilidade constitucional excepcional e taxativa de intervenção 
federal nos Estados-membros e no Distrito Federal, para manutenção 
do equilíbrio federativo. 
e) Indissolubilidade da federação, sendo vedada a aprovação de 
emenda constitucional tendente a abolir a forma federativa de 
Estado. 
Comentários: 
A autonomia conferida aos estados, DF e municípios não é total. É preciso 
respeitar a constituição federal, que limita, por exemplo, a estruturação do 
Poder Judiciário aos estados e ao DF, e não aos municípios. Outro erro é 
afirmar que o DF e os municípios possuem constituição. Sua lei maior é 
chamada de lei orgânica. Gabarito: Letra B. 
11. (ESAF/AFC: Ouvidoria – CGU). O Federalismo brasileiro surgido 
da Constituição de 1988 apresenta uma série de características que 
o distingue do existente na maioria das demais nações federativas. 
Indique qual das características enunciadas a seguir está incorreta. 
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a) É um federalismo economicamente assimétrico porque existe 
grande diferença de poder econômico entre seus entes federados. 
b) É um federalismo caracterizado pela sobrerrepresentação política 
de alguns dos pequenos entes federados. 
c) É um federalismo que reproduz, em todos os seus entes federados, 
a divisão de poderes existente no governo central. 
d) É um federalismo que distribui competências entre os diversos 
entes federados. 
e) É um federalismo que permite e regulamenta o aumento do 
número de entes federados. 
Comentários: 
Esta questão traz algumas informações importantes, tal como a alternativa 
B, que fala sobre a sobrerrepresentação política de alguns estados. Isso 
ocorre porque a Constituição estabelece um número mínimo de 8 e um 
número máximo de 70 deputados federais por estado, o que faz com que os 
estados menores, alguns com menos de 1 milhão de habitantes, tenham, 
proporcionalmente, mais deputados por habitantes que outros mais 
populosos. 
No caso da alternativa incorreta, note, por exemplo, que os municípiosnão 
instituem seu próprio Poder Judiciário. Gabarito: Letra C. 
12. (FCC/Gestor Público – SEADE/PI). Tendo em vista 
características, modos de surgimento e funcionamento dos Estados 
federais, é correto afirmar: 
a) No âmbito do federalismo norte-americano, o Estado federal 
resultou de uma agregação de Estados que a ele preexistiam. A 
formação do novo Estado federal guarda aos entes federativos a 
autonomia e parcela de soberania com a possibilidade de secessão. 
b) A partir do momento em que os Estados ingressam na Federação 
perdem soberania, mas mantêm a autonomia dos entes federativos, 
inclusive com a possibilidade de exercício do direito de secessão. 
c) No Estado federal o poder político é compartilhado pela União e 
pelas Confederações dos Estados. Existe um governo federal, do qual 
participam as unidades confederadas, e existem governos estaduais 
dotados de autonomia política. 
d) No âmbito do federalismo norte-americano, assim como no 
brasileiro, foi dado o nome de Estado a cada unidade federada pelo 
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fato das entidades federativas serem dotadas de soberania e direito 
de secessão. 
e) No Estado federal as atribuições da União e das unidades 
federadas são fixadas na Constituição, por meio de uma distribuição 
de competências com a finalidade de manter o equilíbrio da 
federação. 
Comentários: 
A questão é fácil se você souber que nos Estados Unidos os estados também 
não possuem o direito de secessão. Além disso, em qualquer federação os 
entes possuem autonomia, e nunca soberania, que é exclusiva da união. 
Gabarito: Letra E. 
5.2 Forma de governo 
As formas de governo referem-se à maneira como se dá a instituição do poder 
na sociedade, e como se dá a relação entre governantes e governados. 
Existem duas formas de governo: República e Monarquia. 
1. República (ou res publica = coisa pública) baseia-se na igualdade 
formal entre as pessoas. A partir desta premissa, surgem as seguintes 
características: 
a. Eletividade dos mandatários (direta ou indireta), que 
caracteriza a natureza representativa do regime. 
b. Temporariedade dos mandatos eletivos. 
c. Responsabilidade dos mandatários (ou seja, devem prestar 
contas). 
2. Monarquia: Ao contrário da república, aqui o chefe de Estado possui 
como características: 
a. Não é eleito pelo povo, mas sim recebe o cargo através de 
alguma regra de nomeação, geralmente a hereditariedade. 
b. Exerce tal posição de forma vitalícia. 
c. Não tem o dever de prestar contas ao povo por seus atos (ou 
seja, não tem responsabilidade política). 
ATENÇÃO!!! Embora alguns livros afirmem que, se adotada a monarquia 
como forma de governo, o único sistema de governo possível é o 
parlamentarismo, isso não é uma verdade absoluta. 
Veja esta questão do CESPE: 
Prof. Everton Ventrice 
www.nota11.com.br 15 
 
13. (CESPE/Agente de proteção – TJ/RR). Dentro da forma de 
governo denominada monarquia, o rei ou monarca é o chefe de 
Estado. Por meio dos princípios básicos de hereditariedade e 
vitaliciedade, o poder lhe é transmitido ao longo de uma linha de 
sucessão. Há monarquias em que o chefe de Estado é eleito, mas 
recebe o título de monarca; isso é exceção, como no Vaticano e na 
Polônia nos séculos XVII e XVIII. 
Tendo o texto acima como referência inicial, assinale a opção correta 
a respeito das formas e dos sistemas de governo. 
a) A monarquia é uma forma de governo que admite mais de um tipo 
de sistema de governo. 
b) Em todas as monarquias, o rei ou monarca é chefe de Estado e de 
governo ao mesmo tempo. 
c) Em uma monarquia, o monarca é submetido à aprovação de 
parlamentares depois de apresentar seu plano de governo, mas, por 
meio de uma moção de censura, o rei pode vir a ser derrubado pelo 
parlamento. 
d) Uma república, ao contrário de uma monarquia, é um sistema de 
governo no qual um representante, normalmente chamado 
presidente, é escolhido para ser o chefe de Estado, podendo ou não 
acumular esse poder com o do Poder Executivo. 
Comentários: 
O Vaticano é uma exceção à regra de que a forma de governo monarquia só 
admite o parlamentarismo como sistema de governo. Repare que o enunciado 
diz para considerar o texto inicial, que trouxe a resposta. Gabarito: Letra A. 
Algumas informações sobre a forma de governo republicana adotada 
pelo Brasil: 
• Parte da doutrina entende que a forma de governo republicana é 
“cláusula pétrea implícita”, pois, embora não esteja expressa no rol das 
“cláusulas pétreas” que consta no art. 60, §4º, esse mesmo artigo diz 
que não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a 
abolir o voto direto, secreto, universal e periódico. Como, se fosse 
adotada a monarquia, o voto periódico passaria a não mais existir, na 
prática emenda constitucional a esse respeito não seria admitida. 
• A forma de governo republicana é um princípio constitucional sensível 
(CF, art. 34, VII), ou seja, um princípio que se não for observado 
poderá ensejar uma intervenção federal. 
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Mais algumas questões: 
14. (CESPE/AFCE – TCU). A república e a forma federativa de Estado 
foram arroladas expressamente como cláusulas pétreas pelo 
constituinte originário. 
Comentários: 
Apenas a forma federativa de Estado é cláusula pétrea expressa. Muitos 
juristas consideram a forma de governo republicana também uma cláusula 
pétrea, porém de modo implícita. Gabarito: Errado. 
15. (CESPE/Analista ambiental – IBAMA). No que se refere aos 
princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF), julgue 
o item seguinte. 
República é uma forma de governo fundamentada na igualdade 
formal entre as pessoas, na qual o poder político é exercido por meio 
de representação, em caráter eletivo e por um período determinado 
de tempo. 
Comentários: 
Exatamente. Gabarito: Certo. 
16. (FACAPE/Agente de trânsito – Pref. de Petrolina). Na expressão 
“República Federativa do Brasil” 
a) o termo “República” indica a forma de Estado (Estado Federal) e 
está em contraposição ao Estado Unitário. 
b) o termo “Federativa” indica uma forma de Estado, a qual é 
impossível de ser alterada pelo legislador derivado uma vez que está 
protegida por cláusula pétrea. 
c) o termo “República” indica a forma de Estado, a qual é impossível 
de ser alterada pelo legislador uma vez que está protegida por 
cláusula pétrea. 
d) o termo “Federativa” indica a forma de Governo e, de uma forma 
singela, está em contraposição à Monarquia. 
e) o termo “República” indica que a nossa forma de Governo é o 
Presidencialismo. 
Comentários: 
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“República” refere-se à forma de governo, enquanto “Federativa” refere-se à 
forma de Estado, uma cláusula pétrea de nossa Constituição. Gabarito: Letra 
B. 
5.3 Sistema de governo 
Os sistemas de governo referem-se ao modo como se relacionam os Poderes 
Legislativo e Executivo no exercício das funções governamentais. 
Há três sistemas de governo principais: Parlamentarismo, 
presidencialismo e semipresidencialismo: 
1. Parlamentarismo: Possui as seguintes características: 
• Separação nítida do Poder Executivo entre o Chefe de Estado (que 
representa o país frente a outros Estados soberanos) e o Chefe de 
Governo (que cuida da política interna). É o chamado ‘sistema 
dual’. 
• Nesse sistema dual, o Chefe de Estado (monarca ou presidente) não 
possui responsabilidade política, que é apenas do Chefe de Governo 
(chamado primeiro-ministro, é escolhido pelo presidente) e de seu 
gabinete (ministros). 
• Interdependência entre os Poderes Executivo e Legislativo: O 
primeiro-ministro elabora um plano de governo e o submete ao 
Parlamento que, aprovando-o (voto de confiança), se vinculapoliticamente ao povo e ao próprio Governo. Assim, uma vez que o 
Governo pode destituir o Parlamento e o Parlamento pode destituir 
o Governo, é necessária uma conciliação para que o sistema 
funcione. 
2. Presidencialismo: É caracterizado por: 
• O presidente da República exerce as funções de Chefe de Estado, 
Chefe de Governo e Chefe da Administração Pública. 
• Independência (embora modernamente fale-se em harmonia) 
entre o Legislativo e o Executivo, com o presidente exercendo seu 
mandato de forma autônoma, não dependendo do Legislativo nem 
para sua investidura, nem para sua permanência no poder. 
• O órgão do Legislativo não está sujeito a dissolução, pois seus 
membros são eleitos para um período determinado. 
3. Semipresidencialismo: Aqui o Chefe de Estado (presidente da 
República), ao contrário do que ocorre no parlamentarismo, possui 
uma série de atribuições efetivamente governamentais. 
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Veja uma questão sobre esses conceitos: 
17. (ESAF/AFRFB – RFB). De uma Constituição que adota uma chefia 
dual do Executivo, com um Chefe de Estado e um Chefe de Governo, 
em que a permanência deste no cargo depende da confiança do Poder 
Legislativo, pode-se dizer que adota característica típica do: 
a) Bicameralismo 
b) Estado unitário 
c) Federalismo de equilíbrio 
d) Presidencialismo 
e) Parlamentarismo 
Comentários: 
Fácil, não é? Lembre-se de duas caraterísticas sempre cobradas sobre o 
parlamentarismo: o sistema dual e o voto de confiança. Gabarito: Letra E. 
Algumas particularidades sobre o sistema de governo presidencialista 
brasileiro: 
• A eleição presidencial no Brasil é direta, mas isso não é uma 
característica obrigatória do presidencialismo. Nos Estados Unidos, por 
exemplo, a eleição é indireta, pois os eleitores votam nos 
representantes que elegerão o presidente. 
• No Brasil o ato do presidente não depende dos ministros de Estado. 
Diz a Constituição que os ministros devem referendar os atos do 
presidente, mas se isso não ocorrer os atos não perdem a validade. 
Praticando: 
18. (CESPE/Consultor Legislativo: Adm. Pública – Senado). A 
concepção do cargo presidencial insculpida na Constituição da 
República implica que seu ocupante desempenhe funções gerenciais 
de governo e funções de liderança política. 
Comentários: 
É isso mesmo. O presidente acumula tanto as funções de Chefe de Estado, 
quanto de Chefe de Governo, e nesta última ele desempenha tanto funções 
gerenciais (ao comandar a administração pública), quanto funções de 
liderança política (quando participa do processo legislativo, como por exemplo 
ao vetar leis). Gabarito: Certo. 
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19. (ESAF/APO – MPOG). No tocante à organização do Estado 
Brasileiro, é incorreto afirmar que: 
a) o Brasil adota princípio de separação de Poderes que pode ser 
caracterizado como flexível. 
b) a Constituição Federal criou mecanismos de freios e contrapesos, 
que permitem a materialização da harmonia entre os Poderes 
Legislativo, Executivo e Judiciário, como, por exemplo, a 
possibilidade do veto às leis pelo chefe do Poder Executivo. 
c) diferentemente do Parlamentarismo, no Presidencialismo o chefe 
do Poder Executivo acumula as funções de Chefe de Estado e de Chefe 
de Governo, além de cumprir mandato fixo, sem precisar depender 
da confiança do Poder Legislativo para sua investidura ou para o 
exercício de seu cargo. 
d) no modelo e Estado federativo previsto na Constituição Federal, os 
Estados-Membros possuem soberania e autonomia financeira, 
administrativa e política. 
e) a eletividade e a temporalidade do mandato do chefe do Poder 
Executivo, bem como seu dever de prestar contas de seus atos, são 
características da forma de governo republicana adotada no Brasil. 
Comentários: 
Uma afirmação incorreta bastante comum em provas é dizer que, numa 
federação, os estados membros possuem soberania. Nunca erre isso! 
Gabarito: Letra D. 
20. (ESAF/EPPGG – MPOG). Em 1993, o Brasil realizou um plebiscito 
sobre a forma e sobre o sistema de governo a vigorarem no país a 
partir de então. Os seguintes enunciados se referem ao resultado 
dessa opção dos eleitores brasileiros. Indique o único correto. 
a) No plebiscito, a campanha foi conduzida por frentes que 
representavam o Parlamentarismo com República, o 
Presidencialismo com República e o Parlamentarismo com 
Monarquia. 
b) A derrota da opção pela monarquia era previsível, porque os 
herdeiros de D. Pedro II não puderam fazer campanha eleitoral. 
c) Nas repúblicas parlamentaristas, os presidentes têm maior poder 
que nas repúblicas presidencialistas, porque pertencem ao partido 
com maioria no Legislativo. 
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d) Nas repúblicas presidencialistas, os chefes de Estado contam com 
maioria automática no Legislativo, por isso são mais estáveis que as 
parlamentaristas. 
e) A maioria dos eleitores optou pela república e pelo 
presidencialismo, porque são forma e sistema de governo mais 
democráticos que os demais. 
Comentários: 
De fato, não houve uma frente representando o Presidencialismo com 
Monarquia, embora isso fosse, teoricamente, possível. Gabarito: Letra A. 
21. (CESPE/Agente penitenciário – DEPEN). No âmbito das relações 
internacionais, o presidente da República Federativa do Brasil exerce 
a representação do país na qualidade de chefe de governo. 
Comentários: 
A representação do Brasil junto ao exterior é feita pelo presidente na condição 
de chefe de Estado. Como chefe de Governo ele cuida das questões políticas 
e administrativas internas. Gabarito: Errado. 
5.4 Regime de governo 
O regime de governo, também chamado regime político refere-se à 
maneira como são decididas as questões políticas do Estado. 
Há basicamente dois regimes políticos: Autocracia e democracia. 
1. Autocracia (ou monocracia): O governante impõe sua vontade ao 
povo. 
2. Democracia: O povo participa das decisões políticas. Classifica-se em: 
a. Democracia direta: O povo exerce o poder diretamente, ou 
seja, sem intermediários. Existiu na Grécia antiga. 
b. Democracia indireta (ou representativa): Os cidadãos 
outorgam suas decisões de governo para representantes por 
eles escolhidos (os chamados parlamentares). 
c. Democracia semidireta (ou mista, ou participativa): A maior 
parte das decisões é indireta (por meio dos parlamentares), mas 
há a possibilidade também de decisões diretas pelos cidadãos, 
por meio de instrumentos como: 
i. Plebiscito: Consulta prévia aos cidadãos sobre um 
determinado assunto. É convocado pelo Poder Legislativo 
através de decreto legislativo. 
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ii. Referendo: Aprovação de uma lei já discutida e aprovada 
pelos representantes do povo. O Poder Legislativo 
autoriza, através de decreto legislativo, sua convocação, 
que é feita pela Justiça Eleitoral. 
iii. Iniciativa popular: Possibilidade de uma parte dos 
eleitores iniciar diretamente o processo de elaboração de 
uma lei ou norma constitucional. 
ATENÇÃO!!! Em alguns países (no Brasil não) há também o chamado recall, 
que consiste em consulta à opinião do eleitorado sobre a manutenção ou a 
revogação do mandato político ou administrativo conferido a alguém. 
Veja uma questão sobre esse assunto: 
22. (CESPE/Analista – MP/PI). A democracia representativa (ou 
indireta) é exercida pelo povo, individual ou coletivamente, a partir 
dos instrumentos constitucionais que possibilitam interferir 
diretamente nas decisões políticas do Estado. 
Comentários: 
Na democracia representativa o povo atua só através de seus representantes. 
É na democracia participativa (ou semidireta) que há instrumentos que 
permitem ao povo interferirdiretamente nas decisões. Gabarito: Errado. 
E no Brasil, qual o regime político em vigor? 
Tecnicamente, temos aqui uma democracia semidireta. Mas é bastante 
comum as questões citarem o que diz a Constituição, que afirma que no Brasil 
vigora um “Estado Democrático de Direito”. 
Trazendo um pouco do que dizem os mestres do Direito Constitucional, um 
Estado Democrático de Direito é aquele pautado na justiça social, e cujas leis 
refletem a finalidade de alcançar o bem comum. 
Vamos ver o trecho da Constituição que trata disso: 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
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Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
Mais questões para praticar: 
23. (CESPE/Téc. Jud. – TRT 8ª região) Considerando os princípios 
fundamentais, os direitos e garantias fundamentais e, em especial, o 
caput do art. 1.º da CF: “A República Federativa do Brasil, formada 
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do DF, constitui-
se em Estado Democrático de Direito (...)”, bem como o parágrafo 
único do mesmo dispositivo, que estabelece que “Todo o poder 
emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição”, marque a opção certa. 
a) São instrumentos da democracia direta o plebiscito, o referendo e 
a iniciativa popular de emendas constitucionais, leis ordinárias e leis 
complementares. 
b) República é o sistema de governo adotado pelo Brasil. 
c) O Estado brasileiro adotou a democracia como forma de governo. 
d) A forma federativa de Estado, adotada pelo Brasil, fica clara 
quando o constituinte estabelece a união indissolúvel de estados, 
municípios e do DF, todos dotados de autonomia político-
administrativa. 
e) Ao estabelecer que “Todo o poder emana do povo”, o constituinte 
reconheceu o regime democrático de governo. 
Comentários: 
A princípio, as opções D e E estão corretas. Só que o enunciado diz que 
devemos considerar os fragmentos da Constituição ali destacados. Assim, 
embora a opção E mencione “regime democrático de governo”, o que está 
certo, a Constituição fala em “Estado Democrático de Direito”. Logo, tomando 
como base o texto constitucional, ela está errada. Gabarito: Letra D. 
24. (CESPE/Advogado da União – AGU). O Brasil adota o sistema de 
governo presidencialista, no qual o Poder Executivo é exercido de 
maneira monocrática, com as funções de Chefe de Estado e Chefe de 
Governo estando confiadas a um só agente político. 
Comentários: 
O que torna a afirmação errada é dizer que o presidente brasileiro governa 
de forma monocrática, quando na verdade ele o faz de forma democrática. 
Gabarito: Errado. 
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25. (CETRO/Anal. Adm. – ANVISA). De acordo com o parágrafo único 
do artigo 1º da Constituição Federal de 1988, todo o poder emana do 
povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição. Com base neste 
preceito, analise as assertivas abaixo. 
I. A democracia em vigor no Estado brasileiro é semidireta, 
caracterizada pela junção do princípio representativo às formas de 
participação popular que caracterizam a democracia direta. 
II. A democracia brasileira poderá ser exercida pelo referendo, para 
o qual a população é convocada previamente à criação do ato 
legislativo ou administrativo que trate do assunto em pauta. 
III. Plebiscito e referendo tratam-se de consultas à população, 
quanto à matéria de relevância para a nação, sobre questões de 
natureza constitucional, legislativa ou administrativa. 
IV. A democracia brasileira é definida como forma de governo, tendo 
como elementos necessários o princípio da igualdade e da liberdade. 
É correto o que se afirma em 
a) I, II e III, apenas. 
b) III e IV, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e IV, apenas. 
e) IV, apenas. 
Comentários: 
O erro da afirmação II é dizer que o referendo é uma consulta prévia, quando 
na verdade é posterior. Já a afirmação IV erra ao dizer que a democracia é 
nossa forma de governo, quando na verdade ela é nosso regime de governo. 
A forma de governo brasileira é a república. Gabarito: Letra C. 
5.5 Separação dos Poderes 
A discussão sobre a separação dos Poderes remonta à Antiguidade. Por um 
lado, buscava-se não concentrar demais o Poder nas mãos de uma só pessoa 
ou instituição – e com isso evitar a tirania. Por outro, a separação também 
tinha a ver com uma melhor eficiência no exercício das funções. 
Entretanto, mesmo com a separação dos Poderes ainda havia o risco de 
abusos dentro de cada um. Para evitá-los, passou-se a pensar em formas 
onde cada Poder podia ser fiscalizado e, de certa forma, controlado. 
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E assim, na Inglaterra do século XVIII, pela primeira vez tomou corpo um 
sistema de controle mútuo. Um mecanismo chamado de ”balances”, nasceu 
quando se implantou o bicameralismo (a Câmara de Lordes podia revisar 
atos da Câmara dos Comuns). Além disso, a constituição passou a prever que 
o rei poderia vetar leis aprovadas pelo Legislativo, enquanto este teria 
poderes para controlar, em alguns casos, os atos dos ministros do rei. 
Já nos Estados Unidos foi implementado, no início do século XIX, um 
sistema conhecido como “checks”, quando se estabeleceu que era o Poder 
Judiciário quem determinaria quando algum ato do Legislativo ou do 
Executivo havia sido executado em desacordo com a constituição. 
A partir daí o conjunto de controles mútuos entre os Poderes ficou conhecido 
como “checks and balances”, ou, como é chamado no Brasil, de sistema de 
freios e contrapesos. 
Entretanto, é preciso lembrar que cada Poder executa funções típicas e 
atípicas, de modo que não se pode pensar em cada Poder como algo 
perfeitamente dimensionado, com limites exatos 
Por este motivo, embora amplamente utilizada, a expressão “separação dos 
poderes” tem sido criticada, com base na ideia de que o poder do Estado é 
uno e indivisível, qualquer que seja sua forma. A divisão seria então apenas 
a maneira como os diferentes órgãos exercem as funções estatais. 
Veja como o CESPE já cobrou isso: 
26. (CESPE/Anal. Jud.: Administrativa – TRT 17ª região). A separação 
dos Poderes no Brasil adota o sistema norte-americano checks and 
balances, segundo o qual a separação das funções estatais é rígida, 
não se admitindo interferências ou controles recíprocos. 
Comentários: 
Pelo sistema dos checks and balances, nenhum Poder é absoluto. Há 
mecanismos que possibilitam, em certa medida, o controle de um Poder sobre 
o outro. Gabarito: Errado. 
A Constituição brasileira possui diversos mecanismos que possibilitam o 
controle de um Poder sobre o outro. Vamos ver os principais: 
 
 
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Atuação do PODER EXECUTIVO 
Sobre o Poder Legislativo 
• Poder de veto (total ou parcial), pelo Presidente da República, dos 
projetos de lei encaminhados pelo Congresso Nacional (art. 66). 
Sobre o Poder Judiciário 
• Possibilidade de o Presidente da República propor ação direta de 
inconstitucionalidade e ação declaratória de inconstitucionalidade (art. 
103, inciso I). 
• Competência privativa do Presidente da república em conceder indultos 
e comutação de penas (art. 84, inciso XII). 
Atuação do PODER JUDICIÁRIO 
Sobre o Poder Executivo• Controle de constitucionalidade exercido sobre leis e atos normativos 
(art. 102, inciso I). 
Sobre o Poder Legislativo 
• Controle de constitucionalidade exercido sobre leis e atos normativos 
(art. 102, inciso I). 
Sobre os Poderes Executivo e Legislativo 
• Competência para processar e julgar o chefe do Poder Executivo, o Vice-
Presidente, os membros do Congresso Nacional (apenas nas infrações 
penais comuns), os Ministros de Estado, e os comandantes das Forças 
Armadas (nas infrações penais comuns e nos crimes de 
responsabilidade) (art. 102, inciso I). 
Atuação do PODER LEGISLATIVO 
Sobre o Poder Executivo 
• São várias as hipóteses, entre elas: 
• Julgar anualmente as contas do Presidente da República e apreciar os 
relatórios sobre a execução dos planos de governo. 
• Autorizar o Presidente da República a declarar guerra e celebrar a paz. 
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• Autorizar referendo e convocar plebiscito. 
• Fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluindo os da 
administração indireta. 
• Julgar o impeachment do Presidente da República. 
Sobre o Poder Judiciário 
• Sabatinar o indicado pelo Presidente da República para o cargo de 
Ministro do Supremo Tribunal Federal. 
Sobre os Poderes Executivo e Judiciário 
• Competência do Senado Federal para processar e julgar, nos crimes de 
responsabilidade, o chefe do Poder Executivo, o Vice-Presidente, os 
Ministros do STF, os Ministros de Estado, os Comandantes das Forças 
Armadas, entre outros (art. 52). 
• Controle de fiscalização exercido por meio das Comissões Parlamentares 
de Inquérito. 
Vamos ver como esse assunto já foi abordado: 
27. (FCC/Gestor Público – SEAD/PI). O art. 2º da Constituição da 
República Federativa do Brasil, promulgada em 05 de outubro de 
1988, estabelece que são poderes da União o Legislativo, o Executivo 
e o Judiciário. Neste sentido, consagra referida disposição o célebre 
princípio da separação ou repartição de poderes, que consiste em 
repartir o exercício do poder por vários órgãos diferentes e: 
a) independentes de tal sorte que nenhum órgão isolado possa agir 
sem ser freado pelos demais, estabelecendo-se assim o denominado 
“sistema de freios intensos”, sob o qual a liberdade individual pode 
vicejar sem riscos de ser restringida pelo abuso do exercício do 
poder. 
b) independentes de tal sorte que cada órgão isolado possa agir sem 
ser freado pelos demais, estabelecendo-se assim o denominado 
“sistema de freios e contrapesos”, sob o qual deve vicejar a ditadura. 
c) independentes de tal sorte que nenhum órgão isolado possa agir 
sem ser freado pelos demais, impedindo-se o arbítrio, ou ao menos 
dificultando-o sobremaneira, estabelecendo-se assim o denominado 
“sistema de freios e contrapesos”. 
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d) dependentes de tal sorte que nenhum órgão isolado possa agir 
sem ser freado pelos demais, impedindo-se o arbítrio, ou ao menos 
dificultando-o sobremaneira, estabelecendo-se assim o denominado 
“sistema sem freios e contrapesos”. 
e) dependentes de tal sorte que cada órgão isolado possa agir sem 
ser freado pelos demais, permitindo-se o arbítrio, estabelecendo-se 
assim o denominado “sistema sem freios e sem conselhos”, sob o 
qual não deve ser viabilizada a liberdade individual. 
Comentários: 
Atenção com a pegadinha! O nome correto é sistema de freios e contrapesos. 
Gabarito: Letra C. 
28. (FCC/Auditor Fiscal Tributário – SER/PB). Considera-se exemplo 
do mecanismo de freios e contrapesos, que caracteriza a divisão de 
funções entre os órgãos do poder na Constituição brasileira de 1988, 
a: 
a) nomeação pelo Presidente da República, após aprovação pelo 
Senado Federal, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
b) possibilidade de adoção, pelo Presidente da República, de medidas 
provisórias, com força de lei. 
c) possibilidade de Deputado Federal ou Senador ser investido em 
cargo de Ministro de Estado, sem perder o respectivo mandato. 
d) autorização, concedida pelo Congresso Nacional ao Presidente da 
República para exercer atribuição legislativa limitada no objeto e no 
tempo. 
e) impossibilidade de Deputado Federal ou Senador, desde a posse, 
ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
Comentários: 
Pense no sistema de freios e contrapesos como a possibilidade de um Poder 
“fiscalizar” ou “aprovar” o que outro Poder fez. Com isso em mente, veja que 
a única alternativa que traz uma ação nesse sentido é a primeira. Gabarito: 
Letra A. 
29. (CESPE/Administrador – TJ/RR). O sistema checks and balances, 
criado por ingleses e norte-americanos, consiste no método de freios 
e contrapesos adotado no Brasil. Nesse sistema, todos os poderes do 
Estado desempenham funções e praticam atos que, a rigor, seriam de 
outro poder, de modo que um poder limita o outro. 
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Comentários: 
Penso que esta questão está mal redigida. De fato, no sistema de checks and 
balances um poder limita o outro, mas isso é caracterizado por controles e 
interferências legítimas. O desempenho de funções e a prática de atos que, 
a rigor, seriam de outro poder caracterizam mais a existência das chamadas 
funções atípicas do que o sistema de freios e contrapesos. Gabarito: Certo. 
30. (CESPE/Procurador Federal – AGU). A possibilidade de o chefe do 
Poder Executivo da União, no Brasil, editar medidas provisórias 
constitui importante exceção ao tradicional sistema de freios e 
contrapesos, uma vez que concentra no mesmo órgão funções de dois 
dos poderes da República. 
Comentários: 
Não se pode falar em exceção ao sistema de freios e contrapesos porque, ao 
editar medidas provisórias, o Presidente da República executa uma função 
atípica, mas que é competência privativa sua, prevista na Constituição. E 
deve seguir regras ao fazê-lo, do contrário também será controlado pelos 
demais Poderes. Gabarito: Errado. 
5.6 A organização político-administrativa brasileira 
A organização político-administrativa brasileira é normatizada pelo Título III 
da Constituição. Veremos aqui o artigo 18 e mais alguns pontos que 
aparecem com frequência nas provas de Administração Pública. 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do 
Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 
Portanto, não há que se falar em subordinação entre eles. Todos possuem 
autonomia (caracterizada por autogoverno, auto-organização e 
autoadministração). 
A Constituição designou a competência de cada ente federativo segundo o 
critério da predominância de interesses. Parte-se da premissa de que há 
assuntos que, por sua natureza, devem, essencialmente, ser tratados de 
maneira uniforme em todo o país, enquanto há outros em que é melhor a 
regulação em nível regional ou local: 
• Interesse predominantemente geral – Competência da União 
• Interesse predominantemente regional - Competência dos Estados 
• Interesse predominantemente local – Competência dos Municípios 
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Assim, há assuntos cuja competência para legislar pertence a um 
determinado ente, mas mesmo nesses casos nunca há que se falar que os 
demais entes estão subordinados a ele. E ainda que um ente possua 
competência para legislar sobre determinado assunto, a Constituição Federal 
nunca pode ser sobreposta por leis estaduais ou municipais. 
Há casos em que a Constituição autoriza a intervenção de um ente sobre 
outro (artigos 34 e 35). Mas tais casos são excepcionais e todos previstos no 
texto constitucional, portanto, aqui também não se fala em subordinação. 
Importante também lembrar que são apenas esses(a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios) os entes da federação. Regiões 
metropolitanas e outras formas de associação entre municípios não são entes 
federados e não gozam de autonomia e nem de prerrogativas políticas, 
administrativas ou financeiras. 
§ 1º Brasília é a Capital Federal. 
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, 
transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão 
reguladas em lei complementar. 
Logo, os territórios não são entes da federação. 
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou 
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos 
Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por 
lei complementar. 
Não se pode confundir a possibilidade descrita acima com independência ou 
soberania dos estados-membros, pois isso não é permitido. 
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de 
Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por 
Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante 
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos 
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
Esses são os pontos mais cobrados. Tranquilo, não é? 
Hora de praticar! 
31. (ESAF/AFRFB – RFB). Sobre a organização do Estado brasileiro, é 
correto afirmar que: 
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a) administrativamente, os municípios se submetem aos estados, e 
estes, por sua vez, submetem-se à União. 
b) quando instituídas, as regiões metropolitanas podem gozar de 
prerrogativas políticas, administrativas e financeiras diferenciadas 
em relação aos demais municípios do estado. 
c) quando existentes, os territórios federais gozam da mesma 
autonomia político-administrativa que os estados e o Distrito Federal. 
d) o Distrito Federal é a capital federal. 
e) embora, por princípio, todos os entes federados sejam autônomos, 
em determinados casos, os estados podem intervir em seus 
municípios. 
Comentários: 
Ótima questão, cobrando vários pontos desse assunto. Quanto à última 
alternativa, é bom lembrar que a União também pode, em certos casos, 
intervir nos estados. Gabarito: Letra E. 
32. (ESAF/AFC – CGU). O Brasil é um Estado organizado de forma 
Federativa; Isto significa que as atribuições inerentes aos poderes 
executivo, legislativo e judiciário são divididas em duas esferas de 
atuação: a Federal (União) e a Estadual. 
Em relação a essas esferas, é incorreto afirmar que: 
a) os estados têm total autonomia para formulação e aplicação de 
suas políticas independentemente do poder central. 
b) aos estados e municípios são atribuídas as ações de caráter local. 
c) a cúpula dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário 
formam o núcleo estratégico do Estado. 
d) o critério de divisão de poderes entre a União e os estados-
membros é ao mesmo tempo funcional e territorial. 
e) a Constituição da União e as leis federais determinam o escopo e 
alcance das constituições dos estados federados. 
Comentários: 
A alternativa B pode causar certa confusão. Sabemos que a Constituição 
designou a competência de cada ente federativo segundo o critério da 
predominância de interesses, e por ele temos que os assuntos de 
interesse predominantemente regional competem aos Estados, enquanto 
os assuntos de interesse predominantemente local competem aos 
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Municípios. Porém esse critério não é exato. Uma exceção bastante 
cobrada é a exploração dos serviços locais de gás canalizado, cujo 
interesse é local, mas a competência foi atribuída aos estados. Portanto, a 
alternativa B está certa. Gabarito: Letra A. 
33. (FCC/Anal. Controle: Adm. – TCE/PR). Considere as afirmativas 
abaixo: 
I. Os Municípios têm o poder de autogoverno, representado pela 
estruturação do poder executivo, legislativo e judiciário no âmbito 
municipal. 
II. Os Municípios têm o poder de auto-organização, fundados nos 
princípios constitucionais da Federação e do estado, representado 
pela lei orgânica. 
III. Os Municípios têm competências legislativas e não legislativas 
próprias, possuindo poderes de autoadministração e auto legislação. 
Ao identificar as competências do Município perante a organização do 
Estado brasileiro e da Administração Pública, está correto o que se 
afirma APENAS em: 
a) I. 
b) II. 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) II e III. 
Comentários: 
Lembre-se: os municípios não estruturam seu próprio Poder Judiciário. 
Gabarito: Letra E. 
6. DICA DE OURO 
Agora que acabamos o conteúdo da apostila, é ESSENCIAL que você vá 
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As fichas são neurologicamente formuladas para que esses pontos 
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7. Principais pontos a serem fixados 
SOCIEDADE: União moral de seres racionais e livres, organizados de 
maneira estável e eficaz para realizar um fim comum e conhecido de todos. 
ESTADO 
SOCIEDADE CIVIL 
(não pertence ao governo) 
SOCIEDADE POLÍTICA 
(como se organiza o poder) 
Tipos de PODER (Max Weber): 
1. Tradicional 
2. Carismático 
3. Racional-legal 
Quando houver diferenciação entre Poder e Autoridade: O poder é imposto, 
a autoridade é conquistada. 
POLÍTICA: Conjunto de procedimentos formais e informais que expressam 
relações de poder e que se destinam a prover a resolução pacífica dos 
conflitos sobre bens públicos. 
GOVERNO: Instrumento pelo qual são definidos os objetivos e as diretrizes 
gerais de atuação do Estado. 
Dimensões de Governo: 
1. Formal 
2. Material 
3. Estrito 
4. Operacional 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Executa as atividades implementadas pelo 
Governo. 
ESTADO 
(detém o Poder) 
 GOVERNO 
(exerce o Poder) 
 ADM. PÚBLICA 
(executa o Poder) 
 instrumento instrumento 
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FORMA DE ESTADO: Modo como se dá o exercício do poder político no 
território do Estado. 
1. Estado unitário (ou Estado simples) 
2. Confederação 
3. Federação (ou Estado composto) 
Características essenciais da federação: 
1. Autonomia dos entes políticos. 
a. Autogoverno. 
b. Auto-organização. 
c. Autoadministração. 
2. Repartição de competências. 
Modos de formação dos Estados federados: 
1. Agregação – movimento centrípeto. 
2. Desagregação (ou Segregação) – movimento centrífugo. 
Modos de separação de competências entre os entes federais: 
1. Federalismo dual. 
2. Federalismo cooperativo. 
FORMA DE GOVERNO: Maneira como se dá a instituição do poder na 
sociedade, e como se dá a relação entre governantes e governados. 
1. República. Características: 
a. Eletividade dos mandatários. 
b. Temporariedade dos mandatos eletivos. 
c. Responsabilidade dos mandatários. 
2. Monarquia: Características: 
a. Não é eleito pelo povo, mas sim recebe o cargo através de 
alguma regra de nomeação, geralmente a hereditariedade. 
b. Exerce tal posição de forma vitalícia. 
c. Não tem responsabilidade política. 
 
 
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SISTEMA DE GOVERNO: Modo como se relacionam os Poderes Legislativo 
e Executivo no exercício das funções governamentais. 
1. Parlamentarismo: Características: 
• Separação nítida do Poder Executivo entre o Chefe de Estado e o 
Chefe de Governo (sistema dual).• O Chefe de Estado não possui responsabilidade política. 
• Interdependência entre os Poderes Executivo e Legislativo (voto de 
confiança). 
2. Presidencialismo: Características: 
• O presidente da República exerce as funções de Chefe de Estado, 
Chefe de Governo e Chefe da Administração Pública. 
• Independência entre o Legislativo e o Executivo. 
• O órgão do Legislativo não está sujeito a dissolução. 
3. Semipresidencialismo: O Chefe de Estado possui uma série de 
atribuições efetivamente governamentais. 
REGIME DE GOVERNO (Regime político): Maneira como são decididas as 
questões políticas do Estado. 
1. Autocracia (ou monocracia). 
2. Democracia. Subdivide-se em: 
a. Democracia direta. 
b. Democracia indireta. 
c. Democracia semidireta (ou mista, ou participativa). Exercida 
por meio de instrumentos como: 
i. Plebiscito. 
ii. Referendo. 
iii. Iniciativa popular. 
Brasil � Estado Democrático de Direito: Pautado na justiça social, e cujas 
leis refletem a finalidade de alcançar o bem comum. 
DICA!! “O estado fede, a república é fogo, o regime é democrático e o 
presidente é sistemático”. 
SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS: Conjunto de controles mútuos 
entre os Poderes. 
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8. Lista das questões que resolvemos 
1. (VUNESP/Anal. Tecnologia – Sec. Educ./SP). É correto afirmar que 
o que caracteriza uma sociedade é a partilha de interesses entre os 
membros e a(s) 
a) articulações orgânicas de formação natural. 
b) participação em atividades sem uma autoridade política. 
c) atividades econômicas originadas por essas partilhas. 
d) preocupações mútuas direcionadas a um objetivo comum. 
e) consequentes ações que coíbem a integração de outros indivíduos. 
2. (ESAF/AFC – CGU) Segundo Max Weber, a autoridade ou 
dominação baseia-se na legitimidade que, por sua vez, pode ser de 
três tipos. Um deles, a dominação legal de caráter racional, típica do 
Estado contemporâneo, não apresenta a característica de: 
a) impessoalidade das normas e de sua aplicação 
b) hierarquia oficial 
c) direito consuetudinário 
d) exercício contínuo de funções segundo competências fixas 
e) regras técnicas e normas aplicadas por profissionais 
especializados 
3. (CESPE/Anal. Téc. Adm. – MIN). Os conceitos de governo e 
administração não se equiparam; o primeiro refere-se a uma 
atividade essencialmente política, ao passo que o segundo, a uma 
atividade eminentemente técnica. 
4. (ESAF/AFC – CGU). Leia atentamente os enunciados que se 
seguem: 
• Relação entre dois sujeitos, na qual um impõe ao outro a sua 
própria vontade e lhe determina o comportamento. 
• A atividade ou conjunto de atividades que tem como finalidade 
a administração do conflito em torno de bens públicos. 
• Organização que detém o monopólio legítimo do uso da força 
em um dado território. 
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• Conjunto de pessoas que exercem o poder político e que 
determinam a orientação política de uma dada sociedade. 
• Conjunto de atividades diretamente destinadas à execução 
concreta das tarefas ou incumbências consideradas de 
interesse público ou comum, numa coletividade ou organização 
estatal. 
Os enunciados acima referem-se, sequencialmente, aos seguintes 
conceitos: 
a) Administração Pública, Poder, Política, Estado, Governo 
b) Poder, Estado, Governo, Política, Administração Pública 
c) Poder, Administração Pública, Governo, Estado, Política 
d) Administração Pública, Poder, Governo, Política, Estado 
e) Poder, Política, Estado, Governo, Administração Pública 
5. (ESAF/AFC: Audit. e Fiscal. – CGU). Após a II Guerra Mundial até o 
final da década de 70, o Estado acumula diferentes funções com 
atuação em três dimensões: econômica, social e administrativa. 
Assinale a opção que identifica corretamente a dimensão 
administrativa. 
a) A dimensão administrativa do Estado se baseia na impessoalidade, 
neutralidade e racionalidade do aparelho governamental. 
b) A dimensão administrativa do Estado se baseia na produção de 
políticas públicas nas áreas de educação, saúde, habitação. 
c) A dimensão administrativa do Estado se baseia no modelo 
burocrático de geração de emprego e renda. 
d) A dimensão administrativa do Estado se baseia em políticas que 
subsidiem o crescimento econômico. 
e) A dimensão administrativa do Estado se baseia na produção de 
bens e equidade para a população. 
6. (CESPE/Administrador – MPOG) São formas de governo a 
federação, a confederação e o governo único. 
7. (FGV/Procurador – TCM-RJ) A Federação dota seus membros de 
tríplice capacidade, a saber: 
a) auto-organização, auto normatização e autogoverno. 
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b) autogoverno, autoadministração e autofinanciamento. 
c) auto-organização, autogoverno e autoadministração. 
d) auto-organização, auto normatização e automanutenção. 
e) auto arrecadação, autogoverno e autogerenciamento. 
8. (ESAF/Analista Técnico-Administrativo – MF). A atual forma do 
Estado Brasileiro, que, como se sabe, resultou de processo de 
segregação, uma vez que durante o império era adotado o regime 
unitário com apenas um poder político, pode ser denominada: 
a) Federalismo centrípeto. 
b) Confederação. 
c) Estado simples. 
d) Unitária. 
e) Federalismo centrífugo. 
9. (ESAF/AFC: Contábil-Financeira – STN). As mudanças no plano 
mundial enterraram a era liberal e promoveram o Estado corporativo, 
voltado para estimular a cooperação entre o capital e o trabalho. De 
acordo com Camargo (2001), no Brasil, no final do séc. XX, criou-se 
um novo federalismo democrático trino (presente nos três níveis de 
governo), que nasceu com a Constituição Federal de 1988, como um 
novo tipo de federalismo cooperativo. 
São características desse tipo de federalismo, exceto: 
a) comprometido com parcerias entre os três níveis de governo. 
b) comprometido com a melhoria das políticas públicas no nível local. 
c) comprometido com a redução das desigualdades sociais. 
d) comprometido com as oligarquias e o fortalecimento da classe 
política. 
e) comprometido com o fortalecimento da sociedade civil e da 
cidadania. 
10. (FGV/Técnico de fomento: Advogado – BADESC). As alternativas 
a seguir apresentam características do sistema federativo brasileiro, 
à exceção de uma. Assinale-a. 
a) Repartição constitucional de competências entre a União, Estados-
membros, Distrito Federal e Municípios. 
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b) Atribuição de autonomia constitucional aos Estados membros, 
Distrito Federal e Municípios, podendo tais entes federativos 
organizar seus poderes executivo, legislativo e judiciário, na forma 
de suas constituições regionais. 
c) Participação dos Estados-membros na elaboração das leis federais, 
através da eleição de representantes para o Poder Legislativo 
Federal. 
d) Possibilidade constitucional excepcional e taxativa de intervenção 
federal nos Estados-membros e no Distrito Federal, para manutenção 
do equilíbrio federativo. 
e) Indissolubilidade da federação, sendo vedada a aprovação de 
emenda constitucional tendente a abolir a forma federativa de 
Estado. 
11. (ESAF/AFC: Ouvidoria – CGU). O Federalismo brasileiro surgido 
da Constituição de 1988 apresenta uma série de características que 
o distingue do existente na maioria das demais nações federativas. 
Indique qual das características enunciadas a seguir está incorreta. 
a) É um federalismo economicamente assimétrico porque existe 
grande diferença de poder econômico entre seus entes federados. 
b) É um federalismo caracterizado pela sobrerrepresentação política 
de alguns dos pequenos entes federados. 
c) É um federalismo que reproduz, em todos os seus entes federados,a divisão de poderes existente no governo central. 
d) É um federalismo que distribui competências entre os diversos 
entes federados. 
e) É um federalismo que permite e regulamenta o aumento do 
número de entes federados. 
12. (FCC/Gestor Público – SEADE/PI). Tendo em vista 
características, modos de surgimento e funcionamento dos Estados 
federais, é correto afirmar: 
a) No âmbito do federalismo norte-americano, o Estado federal 
resultou de uma agregação de Estados que a ele preexistiam. A 
formação do novo Estado federal guarda aos entes federativos a 
autonomia e parcela de soberania com a possibilidade de secessão. 
b) A partir do momento em que os Estados ingressam na Federação 
perdem soberania, mas mantêm a autonomia dos entes federativos, 
inclusive com a possibilidade de exercício do direito de secessão. 
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c) No Estado federal o poder político é compartilhado pela União e 
pelas Confederações dos Estados. Existe um governo federal, do qual 
participam as unidades confederadas, e existem governos estaduais 
dotados de autonomia política. 
d) No âmbito do federalismo norte-americano, assim como no 
brasileiro, foi dado o nome de Estado a cada unidade federada pelo 
fato das entidades federativas serem dotadas de soberania e direito 
de secessão. 
e) No Estado federal as atribuições da União e das unidades 
federadas são fixadas na Constituição, por meio de uma distribuição 
de competências com a finalidade de manter o equilíbrio da 
federação. 
13. (CESPE/Agente de proteção – TJ/RR). Dentro da forma de 
governo denominada monarquia, o rei ou monarca é o chefe de 
Estado. Por meio dos princípios básicos de hereditariedade e 
vitaliciedade, o poder lhe é transmitido ao longo de uma linha de 
sucessão. Há monarquias em que o chefe de Estado é eleito, mas 
recebe o título de monarca; isso é exceção, como no Vaticano e na 
Polônia nos séculos XVII e XVIII. 
Tendo o texto acima como referência inicial, assinale a opção correta 
a respeito das formas e dos sistemas de governo. 
a) A monarquia é uma forma de governo que admite mais de um tipo 
de sistema de governo. 
b) Em todas as monarquias, o rei ou monarca é chefe de Estado e de 
governo ao mesmo tempo. 
c) Em uma monarquia, o monarca é submetido à aprovação de 
parlamentares depois de apresentar seu plano de governo, mas, por 
meio de uma moção de censura, o rei pode vir a ser derrubado pelo 
parlamento. 
d) Uma república, ao contrário de uma monarquia, é um sistema de 
governo no qual um representante, normalmente chamado 
presidente, é escolhido para ser o chefe de Estado, podendo ou não 
acumular esse poder com o do Poder Executivo. 
14. (CESPE/AFCE – TCU). A república e a forma federativa de Estado 
foram arroladas expressamente como cláusulas pétreas pelo 
constituinte originário. 
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15. (CESPE/Analista ambiental – IBAMA). No que se refere aos 
princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF), julgue 
o item seguinte. 
República é uma forma de governo fundamentada na igualdade 
formal entre as pessoas, na qual o poder político é exercido por meio 
de representação, em caráter eletivo e por um período determinado 
de tempo. 
16. (FACAPE/Agente de trânsito – Pref. de Petrolina). Na expressão 
“República Federativa do Brasil” 
a) o termo “República” indica a forma de Estado (Estado Federal) e 
está em contraposição ao Estado Unitário. 
b) o termo “Federativa” indica uma forma de Estado, a qual é 
impossível de ser alterada pelo legislador derivado uma vez que está 
protegida por cláusula pétrea. 
c) o termo “República” indica a forma de Estado, a qual é impossível 
de ser alterada pelo legislador uma vez que está protegida por 
cláusula pétrea. 
d) o termo “Federativa” indica a forma de Governo e, de uma forma 
singela, está em contraposição à Monarquia. 
e) o termo “República” indica que a nossa forma de Governo é o 
Presidencialismo. 
17. (ESAF/AFRFB – RFB). De uma Constituição que adota uma chefia 
dual do Executivo, com um Chefe de Estado e um Chefe de Governo, 
em que a permanência deste no cargo depende da confiança do Poder 
Legislativo, pode-se dizer que adota característica típica do: 
a) Bicameralismo 
b) Estado unitário 
c) Federalismo de equilíbrio 
d) Presidencialismo 
e) Parlamentarismo 
18. (CESPE/Consultor Legislativo: Adm. Pública – Senado). A 
concepção do cargo presidencial insculpida na Constituição da 
República implica que seu ocupante desempenhe funções gerenciais 
de governo e funções de liderança política. 
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19. (ESAF/APO – MPOG). No tocante à organização do Estado 
Brasileiro, é incorreto afirmar que: 
a) o Brasil adota princípio de separação de Poderes que pode ser 
caracterizado como flexível. 
b) a Constituição Federal criou mecanismos de freios e contrapesos, 
que permitem a materialização da harmonia entre os Poderes 
Legislativo, Executivo e Judiciário, como, por exemplo, a 
possibilidade do veto às leis pelo chefe do Poder Executivo. 
c) diferentemente do Parlamentarismo, no Presidencialismo o chefe 
do Poder Executivo acumula as funções de Chefe de Estado e de Chefe 
de Governo, além de cumprir mandato fixo, sem precisar depender 
da confiança do Poder Legislativo para sua investidura ou para o 
exercício de seu cargo. 
d) no modelo e Estado federativo previsto na Constituição Federal, os 
Estados-Membros possuem soberania e autonomia financeira, 
administrativa e política. 
e) a eletividade e a temporalidade do mandato do chefe do Poder 
Executivo, bem como seu dever de prestar contas de seus atos, são 
características da forma de governo republicana adotada no Brasil. 
20. (ESAF/EPPGG – MPOG). Em 1993, o Brasil realizou um plebiscito 
sobre a forma e sobre o sistema de governo a vigorarem no país a 
partir de então. Os seguintes enunciados se referem ao resultado 
dessa opção dos eleitores brasileiros. Indique o único correto. 
a) No plebiscito, a campanha foi conduzida por frentes que 
representavam o Parlamentarismo com República, o 
Presidencialismo com República e o Parlamentarismo com 
Monarquia. 
b) A derrota da opção pela monarquia era previsível, porque os 
herdeiros de D. Pedro II não puderam fazer campanha eleitoral. 
c) Nas repúblicas parlamentaristas, os presidentes têm maior poder 
que nas repúblicas presidencialistas, porque pertencem ao partido 
com maioria no Legislativo. 
d) Nas repúblicas presidencialistas, os chefes de Estado contam com 
maioria automática no Legislativo, por isso são mais estáveis que as 
parlamentaristas. 
e) A maioria dos eleitores optou pela república e pelo 
presidencialismo, porque são forma e sistema de governo mais 
democráticos que os demais. 
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21. (CESPE/Agente penitenciário – DEPEN). No âmbito das relações 
internacionais, o presidente da República Federativa do Brasil exerce 
a representação do país na qualidade de chefe de governo. 
22. (CESPE/Analista – MP/PI). A democracia representativa (ou 
indireta) é exercida pelo povo, individual ou coletivamente, a partir 
dos instrumentos constitucionais que possibilitam interferir 
diretamente nas decisões políticas do Estado. 
23. (CESPE/Téc. Jud.: Administrativa – TRT 8ª região). Considerando 
os princípios fundamentais, os direitos e garantias fundamentais e, 
em especial, o caput do art. 1.º da CF: “A República Federativa do 
Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do 
DF, constitui-se em Estado Democrático de Direito (...)”, bem como o 
parágrafo único do mesmo dispositivo, que estabelece que “Todo o 
poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes 
eleitos ou diretamente,

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