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TIC 13 - Tipos de aborto

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Beatricce, Rafaela e Rodrigo - 4º Período
Medicina - 4º Período - UNIDEP
TIC: Tipos de aborto.
Problema: Quais os tipos de aborto?
O aborto pode ser classificado das seguintes formas:
QUANTO À INTENÇÃO: o abortamento pode ser espontâneo, se ocorrer sem
ação deliberada de qualquer natureza, ou induzido (provocado), caso a interrupção
da gestação seja resultante de interferência intencional antes de alcançadas as
condições mínimas de sobrevivência extrauterina do produto conceptual.
QUANTO À CRONOLOGIA: o abortamento é denominado como precoce se
a perda gestacional ocorrer até 12 semanas e tardio, se ocorrer entre 13 e 20 a 22
semanas de gestação.
• Além disso, pode ser classificado de acordo com suas apresentações
clínicas:
Abortamento completo: Expulsão completa do embrião ou feto. É comum
quando o aborto ocorre no 1o trimestre da gravidez, principalmente nas 10 semanas
iniciais.
● Rapidamente, o útero se contrai e o sangramento e as cólicas diminuem de
intensidade.
● O orifício interno do colo uterino tende a fechar-se em poucas horas.
● Pode não haver conteúdo uterino no USG, mas, algumas vezes, observa-se
pequena quantidade de conteúdo heterogêneo e líquido.
● A medida da espessura endometrial de até 15 mm ao corte longitudinal
mediano do útero à USG transvaginal tem sido considerada iniciativa de
aborto completo.
Abortamento incompleto: ocorre eliminação parcial do feto ou embrião. É mais
frequente após 10 semanas de gravidez.
● O sangramento vaginal persiste e, por vezes, torna-se intermitente.
● O volume uterino é menor que o esperado para a idade gestacional.
● No exame de toque: o orifício interno do colo uterino geralmente encontra-se
pérvio, podendo, entretanto, algumas vezes apresentar-se fechado.
● USG: mostra a presença de conteúdo intrauterino de aspecto amorfo (forma
indefinida) e heterogênea, com presença ou não de líquido.
● A espessura endometrial acima de 15 mm tem sido considerada indicativa de
aborto incompleto.
Beatricce, Rafaela e Rodrigo - 4º Período
Aborto retido: morte embrionária ou fetal antes de 20 semanas de gravidez,
associada à retenção do produto conceptual por período prolongado de tempo, por
vezes dias ou semanas.
● Geralmente, as mulheres relatam cessação dos sintomas associados à
gravidez (náuseas, vômitos, ingurgitamento mamário)
● Pode ocorrer sangramento vaginal, geralmente em pequena quantidade,
semelhante ao observado nos casos de ameaça de abortamento.
● O volume uterino é menor que o esperado para a idade gestacional.
● Colo uterino fechado ao toque.
● Por meio da USG transvaginal denomina-se morte embrião a ausência de
atividade cardíaca em embriões com comprimento cabeça-nádegas maior ou
igual a 7mm.
Gestação anembrionada: quando ocorre a reabsorção do embrião antes da
confirmação ultrassonográfica ou o desenvolvimento deste não chega a ocorrer. Os
principais critérios, por meio de ultrassonografia transvaginal, são: não visualização
de embrião com diâmetro interno médio do saco gestacional ≥ 25 mm.
Outros sinais de gestação inicial não evolutiva à USG transvaginal são: a
ausência de embrião com atividade cardíaca após 2 semanas de USG transvaginal
que evidenciou saco gestacional sem vesícula vitelínica ou, ainda, ausência de
embrião com atividade cardíaca após 11 dias de USG transvaginal que visualizou
saco gestacional com vesícula vitelínica.
Muitas vezes, para confirmação diagnóstica, tanto nos casos de aborto retido
quanto naqueles de gestação anembrionada, torna-se necessária a repetição do
exame ultrassonográfico no prazo de uma semana.
Aborto habitual/recorrente: definido como a ocorrência consecutiva de três ou
mais abortamentos espontâneos em gestações clinicamente reconhecidas, em que
há comprovação histológica ou ultrassonográfica do produto conceptual, excluindo
gestações molares e ectópicas. Incide em cerca de 1 a 3% das mulheres.
Abortamento infectado: muitas vezes encontra-se intimamente ligado à
ilegalidade. A infecção que se inicia no útero (endomiometrite) pode se propagar
para os anexos (anexite), peritônio pélvico (pelviperitonite), cavidade peritoneal
(peritonite generalizada) e, ainda, disseminar-se por via hematogênica (sepse).
Beatricce, Rafaela e Rodrigo - 4º Período
O quadro clínico depende do grau de comprometimento da paciente.
Endomiometrite: hipertermia, sangramento vaginal discreto, dores abdominais em
cólica e útero doloroso à palpação. No toque vaginal, o colo uterino apresenta-se
geralmente pérvio e doloroso à mobilização. No exame especular, observa-se saída
de material purulento proveniente do canal cervical e podem estar presentes
lacerações cervicais denunciadoras de abortamento provocado de forma
clandestina. Nos casos mais graves, a paciente pode apresentar peritonite
generalizada, sepse, insuficiência renal e coagulopatia.
Referências Bibliográficas:
ZUBAIB, M. Zugaib - Obstetrícia. 5. ed. Barueri: Manole, 2023.
PORTO, Celmo C.; PORTO, Arnaldo L. Clínica Médica na Prática Diária . Grupo
GEN, 2022.

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