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LÍDER DE SI MESMO
Material de Apoio Organizado por: 
Eduardo Alves
Fábio Oliveira Vaz
Jorge Luiz Garcia Van Dal
Nailor Marques Jr.
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Prezado (a) aluno (a), 
Convido você a fazermos juntos uma autorreflexão sobre o que pode ser mais 
importante ou essencial para sermos bem-sucedidos, não apenas no mercado de trabalho, 
mas, sobretudo na vida. Para isso, precisamos nos enxergar para além das características 
profissionais, mas como seres humanos complexos e em constante desenvolvimento.
Nesse sentido, veremos que conhecer a si mesmo é a forma mais eficiente de 
se autodesenvolver. Por isso, vamos recorrer a conhecimentos trazidos pela neurociência 
(funcionamento do cérebro) e também da psicanálise para compreendermos melhor os 
conceitos de racionalidade, consciência, sentimentos, emoções, etc.
Depois, seguiremos adiante abrindo os caminhos para a descoberta de quais habili-
dades e talentos nos tornam únicos e especiais. Para isso, vamos nos concentrar em identi-
ficar aquilo que fazemos de melhor, ou pelo menos, descobrir nossos principais potenciais e 
investir neles, para de fato nos tornarmos quem somos ou quem deveríamos ser.
Enfim, conheceremos os conceitos e definições sobre o Marketing Pessoal, conhe-
cendo também seu composto e principais ferramentas. Por último, vamos tratar de outros 
temas muito relevantes que auxiliam no desenvolvimento do marketing pessoal, como a 
comunicação verbal e não verbal (linguagem corporal) e a imagem ou marca pessoal.
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
SUMÁRIO
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1.1 Conceitos de Liderança
Pensando nos conceitos de liderança, é visto que na sua mais simples definição 
nada mais é do que levar um grupo a atingir objetivos traçados.
A origem dessa influência pode ser formal, como a conferida a um alto cargo 
na organização, ou não. A liderança não sancionada é aquela capacidade de 
influenciar os outros que emergem fora da estrutura formal da organização 
é geralmente tão importante quanto a influência formal, ou até mais. (ROB-
BINS, 2002, p. 168).
Souza (2000) reafirma estas ideias, dizendo que liderar é um teste complexo, pois 
liderar pessoas conhecidas é fácil, porém a dificuldade está em liderar também pessoas 
desconhecidas.
Um conceito surgiu com os estudos de Blanchard et al. (1995), o chamado 
Empowerment, onde os gestores vão delegando poder às equipes de trabalho conforme 
vão demonstrando compromisso e responsabilidade com o que foi repassado, ou seja, é 
dado poder gradativamente às pessoas.
Para que isso ocorra, é necessário desenvolver ambientes favoráveis ao aprendi-
zado e crescimento das pessoas. Só assim será possível elas agirem com responsabilidade 
e desempenharem suas funções com eficiência.
Vemos que a liderança é envolta em vários conceitos e análises, com foco em 
compreender as pessoas e seus comportamentos. Dentro dos conceitos de liderança, a 
palavra “poder” não é bem vista, pois conota algo de autoritarismo, o que não se prega em 
suas bases conceituais. O que se busca é a participação de todos rumo a um objetivo.
COMO SE RECONHECE UM 
LÍDER1
TÓPICO
4TÓPICO 1 COMO SE RECONHECE UM LÍDER
Liderar não pode estar fincado em mandar ou ditar regras, e sim em construir regras 
junto com as pessoas envolvidas. Isso quer dizer, agir de forma democrática e conjunta. 
Vários estudiosos dizem que os líderes têm traços que os diferenciam das demais pessoas, 
sendo estes traços físicos, com relação a habilidades ou traços de personalidade, que 
são desenvolvidos com a história de vida desses indivíduos. Porém, esses traços só têm 
importância se conseguirem gerar relacionamentos melhorados e levarem as pessoas a 
seguirem os modelos propostos pelo líder ou pela organização.
A boa liderança precisa trabalhar os aspectos de relacionamento e comunicação, 
mas também ter um papel ativo em planejamento e direcionamento de pessoas ou grupos. 
Qualquer que seja o estilo ou modelo de liderança, é preciso adaptar a cada realidade, a 
cada ambiente de trabalho e a cada pessoa.
Lembre-se que nenhuma pessoa é igual a outra, e isso leva o líder a pesquisar e 
compreender cada indivíduo e suas relações com a organização e com o grupo ao qual ele 
faz parte. O bom líder surge de muito treinamento, pesquisa e relacionamento.
1.2 A História da Liderança
Costuma-se dizer que a liderança faz o mundo andar. O conceito de liderança 
ressalta de forma surpreendente, a capacidade de alguns indivíduos comoverem, inspira-
rem e mobilizarem massas populares, de forma a caminharem juntos na busca do mesmo 
objetivo. Algumas vezes, a liderança está a serviço de fins dignos; outras, não. Entretanto, 
independentemente de seus objetivos, os grandes líderes deixam sua marca pessoal nos 
anais da História.
A liderança pode melhorar ou piorar a História. Alguns líderes têm sido responsáveis 
pelas loucuras mais extravagantes e pelos crimes mais monstruosos. Em contrapartida, 
outros têm sido vitais em conquistas da humanidade, tais como a liberdade individual, a 
tolerância racial e religiosa, a justiça social e o respeito pelos direitos humanos. 
Não há um modo seguro de reconhecer antecipadamente quem irá liderar para o 
bem ou para o mal. Um dos critérios de avaliação pode ser este: os líderes comandam pela 
força ou pela persuasão? Pela dominação ou pelo consentimento? 
Na maior parte do curso da História, a liderança foi exercida pela autoridade de 
direito divino. O dever dos seguidores era submeter-se e obedecer. A grande revolução dos 
tempos modernos foi a revolução da igualdade. A ideia de que todos os indivíduos podem 
ser iguais perante a lei solapou as velhas estruturas de autoridade, hierarquia e respeito. 
5TÓPICO 1 COMO SE RECONHECE UM LÍDER
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Neste tópico, iremos apresentar os capítulos 1 e 2 do livro de Gênesis, mas é 
importante ressaltar que não se trata de uma conotação religiosa, apenas como um recurso 
didático e como forma de contextualização das aulas com os temas abordados na disciplina.
Nesse sentido, a ideia de apresentarmos os trechos do livro de Gênesis como 
referência nesta aula, nos revela como é possível fazer uma alusão a tais ensinamentos e 
os propósitos relacionados ao tema: torna-se Líder de si mesmo. Ao fim espera-se que você 
aluno(a) compreenda o conceito apresentado pelo professor Nailor referente a chamada 
“Lição não aprendida”.
Os acontecimentos são narrados em versículos que compõem o velho testamento. 
Estudiosos teorizam que os versículos foram escritos por volta do século XV e XIII a.c.
Confira os versículos do primeiro capítulo do livro de Gênesis:
 
1. No princípio Deus criou os céus e a terra.
2. Era a terra sem forma e vazia; trevas co briam a face do abismo, e o Espírito de 
Deus se movia sobre a face das águas.
3. Disse Deus: “Haja luz”, e houve luz.
4. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas.
5. Deus chamou à luz dia, e às trevas cha mou noite. Passaram-se a tarde e a 
manhã; esse foi o primeiro dia.
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A LIÇÃO NÃOA APRENDIDA2
TÓPICO
6TÓPICO 2 A LIÇÃO NÃO APRENDIDA
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6. Depois disse Deus: “Haja entre as águas um firmamento que separe águas de 
águas”.
7. En tão Deus fez o firmamento e separou as águas que ficaram abaixo do firma-
mento das que ficaram por cima. E assim foi.
8. Ao firma mento, Deus chamou céu. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o 
segundo dia.
9. E disse Deus: “Ajuntem-se num só lugar as águas que estão debaixo do céu, e 
apareça a parte seca”. E assim foi.
10. À parte seca De us chamou terra, e cha mou mares ao conjunto das águas. E 
Deus viu que ficou bom.
11. Então disse Deus: “Cubra-se a terra de vegetação: plantas quedeem sementes 
e árvores cujos frutos produzam sementes de acor do com as suas espé cies”. E 
assim foi.
12. A terra fez bro tar a vegetação: plantas que dão sementes de acordo com as 
suas espé cies, e árvores cujos frutos produzem sementes de acordo com as 
suas espécies. E Deus viu que ficou bom.
13. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o ter ceiro dia.
14. Disse Deus: “Haja luminares no firma mento do céu para separar o dia da noite. 
Sir vam eles de sinais para marcar estações, dias e anos,
15. E sirvam de lu minares no firmamento do céu para ilu minar a terra”. E assim foi.
16. Deus fez os dois gran des lumi nares: o maior para go vernar o dia e o menor para 
gover nar a noite; fez também as estrelas.
17. Deus os colo cou no firmamento do céu para iluminar a terra,
18. Governa r o dia e a noite, e separar a luz das tre vas. E Deus viu que ficou bom.
19. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o quarto dia.
20. Disse também Deus: “Encham-se as águas de seres vivos, e voem as aves 
sobre a terra, sob o firmamento do céu”.
21. Assim Deus criou os gran des animais aquáti cos e os demais seres vivos que 
povoam as á guas, de acor do com as suas espécies; e todas as aves, de acordo 
com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom.
22. En tão De us os abençoou, dizendo: “Sejam férteis e multipliquem-se! Encham 
as águas dos mares! E multipli quem-se as aves na terra”.
23. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o quinto dia.
TÓPICO 2 A LIÇÃO NÃO APRENDIDA
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24. E disse Deus: “Produza a terra seres vivos de acordo com as suas espécies: 
rebanhos domésticos, ani mais selvagens e os demais seres vivos da terra, cada 
um de acor do com a sua espécie”. E assim foi.
25. Deus fez os animais sel vagens de acordo com as suas espé cies, os reba nhos 
domésticos de acor do com as suas espécies, e os demais seres vivos da terra 
de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom.
26. Então disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, con for me a nossa 
semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre 
os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se 
movem rente ao chão”.
27. Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou;
 homem e mulher os criou.
28. Deus os abençoou e lhes disse: “Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e 
subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e 
sobre todos os animais que se movem pela terra”.
29. Disse Deus: “Eis que dou a vocês todas as plantas que nascem em toda a terra 
e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com se mentes. Elas 
servirão de alimento para vocês.
30. E dou todos os vegetais como alimento a tudo o que tem em si fôlego de vida: a 
todos os gran des animais da terra , a todas as aves do céu e a todas as criaturas 
que se movem rente ao chão”. E assim foi.
31. E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se 
a tarde e a ma nhã; esse foi o sexto dia. (BÍBLIAON, s/p. 2023)
Confira os versículos do segundo capítulo do livro de Gênesis:
1. Assim foram concluídos os céus e a terra, e tudo o que neles há.
2. No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou.
3. A bençoou Deus o sétimo dia e o santificou, por que nele descansou de toda a 
obra que realizara na criação.
TÓPICO 2 A LIÇÃO NÃO APRENDIDA
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Adão e Eva
4. Esta é a história das origens dos céus e da terra, no tempo em que foram criados:
5. Quando o Senhor Deus fez a terra e os céus,
6. ainda não tinha brotado nenhum arbusto no campo, e nenhuma plan ta havia 
germinado, porque o Senhor Deus ainda não tinha feito chover sobre a terra, e 
tam bém não havia ho mem para cultivar o solo.
7. Todavia brotava água da terra e irrigava toda a superfície do solo.
8. Então o Senhor Deus for mou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas 
o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente.
9. Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden, para os lados do leste, 
e ali co locou o homem que formara.
10. Então o Senhor Deus fez nascer do solo todo tipo de árvores agradáveis aos 
olhos e boas para alimento. E no meio do jardim estavam a árvore da vida e a 
árvore do conhecimento do bem e do mal.
11. No Éden nascia um rio que irrigava o jardim, e depois se dividia em quatro.
12. O nome do primeiro é Pisom. Ele percorre toda a terra de Havilá, onde existe ouro.
13. O ouro daquela terra é excelente; lá também existem o bdélio e a pedra de ônix.
14. O segundo, que percorre toda a terra de Cuxe, é o Giom.
15. O terceiro, que corre pelo lado leste da Assíria, é o Tigre. E o quar to rio é o Eufrates.
16. O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo.
17. E o Senhor Deus ordenou ao homem: “Coma livre mente de qual quer árvore do jardim,
18. mas não coma da árvore do conheci mento do bem e do mal, porque no dia em 
que dela comer, certa mente você morrerá”.
19. Então o Senhor Deus declarou: “Não é bom que o homem esteja só; farei para 
ele al guém que o auxilie e lhe corresponda”.
20. De pois que formou da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu, 
o Senhor Deus os trouxe ao homem para ver como este lhes chamaria; e o 
nome que o homem desse a cada ser vivo, esse seria o seu nome.
21. As sim o homem deu nomes a todos os rebanhos domésticos, às aves do céu e 
a todos os animais selvagens. Todavia não se encontrou para o homem alguém 
que o auxiliasse e lhe correspondesse.
22. Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este 
dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne.
TÓPICO 2 A LIÇÃO NÃO APRENDIDA
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23. Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a 
levou até ele.
24. Disse então o homem:
25. “Esta, sim, é osso dos meus ossos
26. e carne da minha carne!
27. Ela será chamada mulher,
28. porque do homem foi tirada”.
29. Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se 
tornarão uma só carne.
30. O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha. (BÍBLIAON, s/p. 2023).
Você aluno(a), notou o quanto o livro de Gênesis é carregado de propósitos expli-
cativos e revelativos?! Se sim, ótimo! Além de retratar um Deus soberano Criador de todas 
as coisas, descreve a criação da humanidade até a origem do pecado.
A partir da leitura, reflita sobre a intenção da “lição não aprendida” e faça uma 
analogia sobre os caminhos que você deve percorrer para se tornar um Líder de Si mesmo 
de sucesso.
Sobretudo, para você que deseja tornar-se o Líder de Si Mesmo, é essencial para 
uma jornada de sucesso, saber o momento certo de dar um passo para trás, saber recuar, 
para que dois passos à frente possam ser dados. Importante saber respeitar seus limites e 
reconhecer que é necessário delegar funções para que os resultados sejam satisfatórios.
 
TÓPICO 2 A LIÇÃO NÃO APRENDIDA
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Assim como no tópico anterior, apresentaremos um texto de natureza religiosa, 
‘’A parábola do semeador’’ - (Mc 4.1-9; Lc 8; Mt 13), entretanto, a discussão acerca da 
metáfora do semeador configura-se como caráter pedagógico devido a compatibilidade 
com o tema discutido nas aulas. 
Nesse sentido, a finalidade é permitir a você leitor (a) refletir sobre a mensagem 
que o texto carrega, na medida que você possa ampliar sua percepção sobre tornar-se 
Líder de si mesmo.
A metáfora presente no texto, nos leva a refletir sobre quando recebemos o evan-
gelho, e de certo modo, não o praticamos para que possamos colher bons frutos, em outras 
palavras, não vivemos conforme os ensinamentos. O que não é diferente quando se deseja 
se tornar um líder de sucesso.
Em sua jornada de liderança, faz se necessário ressignificar o que está a suavolta. 
Nem tudo acontecerá conforme o planejado, e é justamente essa a lição que está implícita 
no texto, considere aquilo que deu errado, aceite-o como forma de aprendizado. Se neces-
sário, recomece, o importante é manter-se perseverante.
Para uma ampla compreensão, leia a parábola do semeador na íntegra:
A METÁFORA DAS
PARÁBOLAS:
A PARÁBOLA DO SEMEADOR
3
TÓPICO
11TÓPICO 3 A METÁFORA DAS PARÁBOLAS: A PARÁBOLA DO SEMEADOR
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1. Naquele mesmo dia, Jesus saiu de casa e assentou-se à beira-mar.
2. Reuniu-se ao seu redor uma multidão tão grande que, por isso, ele entrou num 
barco e assentou-se. Ao povo reunido na praia
3. Jesus falou muitas coisas por parábolas, dizendo: “O semeador saiu a semear.
4. Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho, e as aves 
vieram e a comeram.
5. Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra, e logo brotou, 
porque a terra não era profunda.
6. Mas, quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham raiz.
7. Outra parte caiu no meio dos espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas.
8. Outra ainda caiu em boa terra, deu boa colheita, a cem, sessenta e trinta por um.
9. Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!”
Em síntese, entende-se que a parábola do semeador é carregada de muito significado 
e simbolismo, de certa forma se assemelha aos objetivos de uma liderança, faz referência aos 
caminhos percorrido na vida, sobre os erros e acertos e acima de tudo, sobre a perseverança, 
isso nos faz repensar sobre quem somos, onde estamos e onde queremos chegar.
TÓPICO 3 A METÁFORA DAS PARÁBOLAS: A PARÁBOLA DO SEMEADOR
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Neste tópico, analisaremos de forma breve um recorte sobre a metáfora de Guima-
rães Rosa em sua última obra lançada em 1967 intitulada (Esses Lopes, in Tutaméia), ou 
Terceiras estórias como também ficou conhecida.
 Leia abaixo um breve trecho do conto:
Má gente, de má paz; deles, quero distantes léguas. Mesmo de meus filhos, os 
três. Livre, por velha nem revogada não me dou, idade é a qualidade. Amo um homem, 
ele vive de admirar meus bons préstimos, boca cheia d’água. Meu gosto agora é ser feliz, 
em uso, no sofrer e no regalo. Quero falar alto. Lopes nenhum me venha, que às dentadas 
escorraço. Para trás, o que passei, foi arremedando e esquecendo. Ainda achei o fundo do 
meu coração. A maior prenda, que há, é ser virgem.
Mas, primeiro, os outros obram a história da gente.
Eu era menina, me via vestida de flores. Só que o que mais cedo reponta é a 
pobreza. Me valia ter pai e mãe, sendo órfã de dinheiro? Mocinha fiquei, sem da inocência 
me destruir, tirava junto cantigas de roda e modinhas de sentimento. Eu queria me chamar 
Maria Miss, reprovo meu nome, de Flausina.
TÓPICO
A METÁFORA A METÁFORA 
DE GUIMARÃES ROSADE GUIMARÃES ROSA4
TÓPICO
13TÓPICO 4 A METÁFORA DE GUIMARÃES ROSA
Deus me deu esta pintinha preta na alvura do queixo — linda eu era até a remirar 
minha cara na gamela dos porcos, na lavagem. E veio aquele, Lopes, chapéu grandão, 
aba desabada. Nenhum presta; mas esse, Zé, o pior, rompente sedutor. Me olhava: aí eu 
espiada e enxergada, no ter de me estremecer.
A cavalo ele passava, por frente de casa, meu pai e minha mãe saudavam, soturnos 
de outro jeito. Esses Lopes, raça, vieram de outra ribeira, tudo adquiriam ou tomavam; não 
fosse Deus, e até hoje mandavam aqui, donos. A gente tem é de ser miúda, mansa, feito 
botão de flor. Mãe e pai não deram para punir por mim.
Aos pedacinhos, me alembro.
Mal com dilato para chorar, eu queria enxoval, ao menos, feito as outras, ilusão 
de noivado. Tive algum? Cortesias nem igreja. O homem me pegou, com quentes mãos e 
curtos braços, me levou para uma casa, para a cama dele. Mais aprendi lição de ter juízo. 
Calei muitos prantos. Aguentei aquele caso corporal.
(Conto Esses Lopes, na íntegra link: https://www.revistaprosaversoearte.com/es-
ses-lopes-joao-guimaraes-rosa/)
Com base na leitura, entende-se que a partir da perspectiva da personagem Flau-
sina, o conto faz uma abordagem interessante sobre uma sociedade patriarcal que anula 
o papel da mulher que sofre com abusos constantes dentro de casa. A personagem, moça 
pobre, entregue a uma vida que foi imposta a ela.
De certo modo, a metáfora em torno da obra se destaca a partir do momento em 
que a vítima, de tanto viver maus-tratos, contaminada pelo ódio, fúria e rancor articula a 
punição contra o seu ‘’dono’’, o que de fato pode ser compreendido como uma ironia. Até 
então, ela quem era a vítima, logo, passa ser a transgressora ao aceitar aquela condição 
e arquitetar situações que a favoreçam como uma forma de vingança, ainda que sutil, 
aproveitando-se das circunstâncias.
14TÓPICO 4 A METÁFORA DE GUIMARÃES ROSA
https://www.revistaprosaversoearte.com/esses-lopes-joao-guimaraes-rosa/
https://www.revistaprosaversoearte.com/esses-lopes-joao-guimaraes-rosa/
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Por outro lado, o título do conto: ‘’Esses Lopes’’, é carregado de significado, em 
Portugal na tradução livre, Lopez se traduz como Lobo, o que pode ser associado com a 
expressão popular: lobo em pele de cordeiro.
Assim, na corrida para alcançar uma liderança efetiva, você não deve se lamentar 
por um projeto que não deu certo, independente da situação, do contexto ou da circunstân-
cia, a realidade pode ser modificada desde que reverta as situações e ou problemas a seu 
favor, deixando de ser o antagonista para se tornar o protagonista da sua própria história.
TÓPICO 4 A METÁFORA DE GUIMARÃES ROSA
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5.1 Inteligências Múltiplas (Howard Gardner) 
Na década de 1980, o psicólogo e cientista da universidade de Harvard, Howard 
Gardner, desenvolveu uma teoria muito interessante chamada Inteligências Múltiplas. 
Em seu estudo, Gardner fez um contraponto ao famoso teste de QI (quoeficiente de 
inteligência), derrubando o paradigma de que as pessoas possuem apenas uma inteligência 
única, que era resumida de acordo com a pontuação do teste. Em sua teoria, o autor propõe 
que a vida humana requer o desenvolvimento de vários tipos de inteligências. 
Nesse sentido, Gardner afirma que possuímos oito tipos de inteligências diferen-
tes, sendo que o desenvolvimento de cada um dos tipos varia de pessoa para pessoa: 
Linguística; Lógico-matemática; Espacial; Corporal-cinestésica; Interpessoal; Intrapessoal; 
Naturalista; Musical. 
 
O quadro a seguir traz o resumo descritivo das Inteligências Múltiplas de Gardner: 
AS INTELIGÊNCIAS DO AS INTELIGÊNCIAS DO 
LIDERLIDER5
TÓPICO
16TÓPICO 5 AS INTELIGÊNCIAS DO LÍDER
17
QUADRO 1: INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS DE GARDNER
INTELIGÊNCIA DESCRIÇÃO
Linguística Capacidade do indivíduo de aprender 
noções dos códigos linguísticos (seja da 
língua materna ou mesmo de línguas 
estrangeiras), guardá-los na memória 
e aplicá-los criativamente. Saber fazer 
uso da retórica (o uso da linguagem 
para convencer), da explicação, da 
metalinguagem (o uso da linguagem para 
falar dela mesma) e da mnemônica (o uso 
da linguagem para lembrar informações).
Lógico-matemática Capacidade de usar os números de forma 
efetiva e para raciocinar bem. Isso inclui 
sensibilidade a padrões e relacionamentos 
lógicos, afirmações e proposições, funções 
e outras abstrações relacionadas. 
Espacial Capacidade de perceber com precisão 
o mundo visuo-espacial (por exemplo, 
como um caçador, escoteiro ou guia) e 
de transformar essas percepções (como 
um arquiteto, artista, ou decorador 
de interiores). Por isso, ela envolve 
sensibilidade à cor, linha, forma, 
configuração e espaço, e as relações 
existentes entre esses elementos. 
Corporal-cinestésica Habilidade do uso do corpotodo para 
expressar idéias e sentimentos (por 
exemplo, como ator, mímico, atleta ou 
dançarino), bem como na destreza no uso 
das mãos para produzir ou transformar 
coisas.
Interpessoal Capacidade de perceber e fazer distinções 
no humor, intenções, motivações e 
sentimentos das outras pessoas. 
Desse modo, pode incluir sensibilidade 
a expressões faciais, voz e gestos; a 
capacidade de discriminar muitos tipos 
diferentes de sinais interpessoais; e a 
capacidade de responder efetivamente a 
estes sinais de uma maneira pragmática.
TÓPICO 5 AS INTELIGÊNCIAS DO LÍDER
18
Intrapessoal Autoconhecimento é a capacidade 
de agir adaptativamente com base 
neste conhecimento. Sendo assim, ela 
pressupõe: possuir uma imagem precisa 
de si mesmo (das próprias forças e 
limitações); consciência dos estados 
de humor, intenções, motivações, 
temperamento e desejos; e a capacidade 
de autodisciplina, auto-entendimento e 
auto-estima.
Naturalista Perícia no reconhecimento e classificação 
das inúmeras espécies – a flora e a 
fauna – do meio ambiente do indivíduo. 
Ela abrange também sensibilidade a 
outros fenômenos naturais (por exemplo, 
formação de nuvens e montanhas) e, 
ainda, a capacidade de distinguir entre 
seres “vivos” e “inanimados”.
Musical Capacidade de perceber, discriminar, 
transformar e expressar formas musicais. 
Incluem-se, portanto, neste tipo de 
inteligência, sensibilidade ao ritmo, tom ou 
melodia, e timbre de uma peça musical. 
Pode-se ter um entendimento geral da 
música (global, intuitivo), um entendimento 
formal ou detalhado.
Fonte: Adaptado de SABINO; ROQUE, online apud ARMSTRONG (2001, p.14).
Algumas habilidades intrapessoais: 
 ● Autoconhecimento; 
 ● Autoestima; 
 ● Controle das emoções. 
 ● Disciplina; 
 ● Motivação; 
 ● Resiliência; 
 
Ainda podemos acrescentar nas habilidades, algumas capacidades intrapessoais: 
 ● Ter consciência dos estados de humor, intenções, motivações, temperamento 
e desejos;
 ● Possuir uma imagem precisa de si mesmo (das próprias forças e limitações).
TÓPICO 5 AS INTELIGÊNCIAS DO LÍDER
19
Algumas habilidades interpessoais: 
 ● Empatia; 
 ● Saber ouvir, comunicar; 
 ● Solucionar conflitos; 
 ● Ter flexibilidade. 
 
Além disso, podemos acrescentar algumas capacidades interpessoais: 
 ● Saber distinguir diferenças de humor, intenções, motivações e sentimentos das 
outras pessoas. 
 ● Ter sensibilidade e saber reconhecer e diferenciar diversos tipos de sinais in-
terpessoais por meio da interpretação das expressões faciais, voz e gestos da 
outra pessoa. 
Existem muitas outras capacidades apontadas por Gardner que podem ser consi-
deradas importantes habilidades a serem desenvolvidas para obtermos êxito no ambiente 
profissional. 
TÓPICO 5 AS INTELIGÊNCIAS DO LÍDER
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AUTOMOTIVAÇÃO6
TÓPICO
“Motivação é uma porta que se abre pelo lado de dentro”. Podemos usar essa an-
tiga e conhecida frase como uma das chaves para desvendar de fato o que é a motivação, 
termo usado de forma muito equivocada por muitos palestrantes “motivacionais”. 
Para Chiavenato (2016) é difícil definir exatamente o conceito de motivação, uma 
vez que tem sido utilizado com diferentes sentidos. De modo geral, o motivo é tudo aquilo 
que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a 
um comportamento específico. Esse impulso à ação pode ser provocado por um estímulo 
externo (provindo do ambiente) e pode também ser gerado internamente nos processos 
mentais do indivíduo. 
Cortella (2016, p. 59) ressalta que não devemos confundir motivação com estímulo. 
Já que “a motivação é uma porta que se abre pelo lado de dentro”, o máximo que um gestor 
de pessoas consegue fazer é estimular seu colaborador a fazer algo, mas não obrigá-lo a 
fazer algo que deveria partir de uma atitude da própria pessoa. “O integrante da equipe é até 
capaz de cumprir a ordem, mas não estará motivado. Ele fará como uma tarefa, um dever”. 
Através do processo de motivação, o profissional pode decidir em que nível de 
mensagem e apelo utilizar, estimulando certas sensações e emoções no indivíduo. Sendo 
assim, percebemos que a motivação é um estímulo interno, intrínseco ao indivíduo, mas 
que pode ter origem em um “gatilho” ou estímulo externo. 
Nesse sentido, o papel do gestor de pessoas que reconhece esses atributos da 
motivação é mais de revelar e apontar a importância e relevância dos desafios e também 
descobrir quais estímulos de cada indivíduos de sua equipe os leva a ter sua própria mo-
TÓPICO 6 AUTOMOTIVAÇÃO 2020
TÓPICO 6 AUTOMOTIVAÇÃO 2121
tivação: reconhecimento, elogio, valorização, metas e prazos compatíveis com os desejos 
organizacionais e individuais, comissões, outros benefícios, etc. A lista é interminável, pois 
cada um de nós somos uma caixinha de surpresa e a maioria delas “das surpresas” são 
maravilhosas, só temos de descobri-las e estimulá-las. 
Mais uma vez vou usar das ideias de Cortella (2016, p. 62) que aponta vários modos 
do gestor estimular as pessoas que lidera a cumprir metas e prazos, fazendo com que deem 
os passos certos na direção desejada em vez de se acomodarem na zona de conforto. 
O lado objetivo da motivação é o estímulo (origem externa). “Às vezes, esse 
estímulo pode vir na forma de um prêmio, de um retorno financeiro, mas também pelo 
reconhecimento da autoria, ou da qualidade daquele profissional e sua contribuição para o 
todo da obra”. 
Sendo assim, percebemos que a motivação é um estímulo interno, intrínseco ao 
indivíduo, mas que pode ter origem em um “gatilho” ou estímulo externo. 
 
6.1 Ciclo motivacional 
Agora vamos utilizar os conhecimentos de Chiavenato (2016) para compreender 
como ocorre o ciclo motivacional, que apesar de ser o mesmo para todas as pessoas, o 
resultado pode variar indefinidamente, pois depende da percepção do estímulo (que varia 
conforme a pessoa e, na mesma pessoa, conforme o tempo), das necessidades e dos 
desejos (que também variam), da cognição, etc. 
O ciclo motivacional percorre as seguintes etapas:
 ● Uma necessidade rompe o estado de equilíbrio do organismo, causando um 
estado de tensão. 
 ● O que leva o indivíduo a um comportamento ou ação, capaz de descarregar 
a tensão ou livrá-lo do desconforto e do desequilíbrio. 
 ● Se o comportamento for eficaz, o indivíduo encontrará a satisfação da neces-
sidade e, portanto, a descarga da tensão provocada por ela. 
 ● Satisfeita a necessidade, o organismo volta ao estado de equilíbrio anterior e 
a sua forma de ajustamento ao ambiente. 
Mas porque o que motiva uma pessoa hoje, pode não motivá-la mais amanhã? Já 
percebeu que muitas pessoas quando ganham um aumento de salário ou uma comissão 
ficam muito entusiasmadas e motivadas por um período, mas logo voltam ao estado anterior 
de acomodação? Pois é, isso ocorre porque temos o que podemos chamar de hierarquia 
de necessidades, e quando uma necessidade é satisfeita, ela não é mais motivadora de 
comportamento, já que não causa tensão ou desconforto. 
TÓPICO 6 AUTOMOTIVAÇÃO 2222
Chiavenato (2016) nos lembra que a satisfação de algumas necessidades é tem-
poral e passageira, ou seja, a motivação humana é cíclica e orientada pelas diferentes 
necessidades. O comportamento é quase um processo de resolução de problemas, de 
satisfação de necessidades, à medida que elas vão surgindo. 
 
6.2 Motivação e Liderança
Segundo Bergamini (2006), cabe ao gestor de pessoas ou líder conhecer mais so-
bre as teorias motivacionais e as necessidades humanas, para poder identificar e analisar o 
que é mais relevante e motivador para seus colaboradores, e a partir daí, ofertar condições 
ou estímulos que atendam às necessidades individuais e coletivas. 
Portanto, o papel da liderança deve ser voltado para a ação deconduzir pessoas 
e a motivação humana é o elemento fundamental desse processo. De acordo com Berga-
mini (2006), antes da Revolução Industrial, a principal maneira de motivar consistia no uso 
de punições, criando assim um ambiente generalizado de medo. As punições não eram 
apenas de natureza psicológica, podendo aparecer sob a forma de restrições financeiras, 
chegando a se tornar reais sob a forma de prejuízos de ordem física.
Se no início deste século, o desafio era descobrir aquilo que se deveria fazer para 
motivar as pessoas, mais recentemente tal preocupação mudou de sentido. O que se torna 
perceptível nas organizações atuais, no que diz respeito a motivação de seus colaboradores, 
e que cada um desses indivíduos traz dentro de si suas próprias motivações. Sendo assim, 
o desafio das organizações está em encontrar e adotar recursos organizacionais capazes de 
não sufocar as forças motivacionais inerentes a cada pessoa (BERGAMINI, 2006). 
TÓPICO 6 AUTOMOTIVAÇÃO 2323
Nesse sentido, a importância de não reprimir as forças motivacionais de cada 
pessoa está intimamente ligada à sua forma de atuação na organização, pois na concep-
ção de Bergamini (2006), as pessoas quando percebidas em seus ambientes de trabalho 
tornam-se naturalmente motivadas, prestativas, idealistas e assumem a responsabilidade 
por estarem sempre envolvidas em causas importantes.
 Bergamini (2006) reforça sua perspectiva a partir da importância das pessoas para 
as organizações nas últimas décadas, onde fica cada vez mais notório o interesse pelo com-
portamento motivacional no trabalho. A maneira de lidar com as pessoas ganha maior ênfase 
para se obter resultados satisfatórios, pois percebeu-se que os trabalhadores reagem de 
acordo com a forma pela qual são tratados pelas organizações (BERGAMINI, 2006). 
 
Bergamini (2006, p. 122) apresenta algumas situações que podem trazer satisfação 
ou insatisfação motivacional: 
 
Satisfação motivacional: 
 ●Poder seguir orientação grupal. 
 ●Consultar pessoas e ser consultada por elas. 
 ●Usar os seus talentos pessoais para o desenvolvimento da organização. 
 ●Promover o desenvolvimento dos talentos daqueles com os quais trabalha. 
 
Insatisfação motivacional: 
 ● Tratamento impessoal. 
 ● Ser forçada a desenvolver atividades sem significado. 
 ● Sentir que as suas intenções não são reconhecidas. 
 ● Ter que conviver em meio a um clima de falsidade em que as pessoas não são 
levadas a sério. 
 
Com base no exposto apresentado por Bergamini (2006), podemos notar a 
importância que a motivação ocupa na gestão de pessoas, por isso torna-se também um 
dos aspectos mais preocupantes do cotidiano das organizações, mesmo assim, apesar de 
ser um assunto abordado com cada vez mais frequência, a preocupação dos gestores com 
o tema ainda não é central. 
Para Freitas; Rodrigues (2008) os processos sociais e comportamentais da moti-
vação e da liderança estão interligados. Os liderados seguem o líder por alguma razão ou 
motivo. “O líder propõe uma tarefa ou missão aos seguidores, porque é de seu interesse 
TÓPICO 6 AUTOMOTIVAÇÃO 2424
realizá-las. Os seguidores podem concordar desde que a realização da tarefa também seja 
de seu interesse” (FREITAS; RODRIGUES, 2008, p. 8). 
Fica claro, que o líder precisa dos liderados para realizar metas e vice-versa. A 
liderança está associada a estímulos, incentivos e impulsos que podem provocar a motivação 
nas pessoas para a realização da missão, da visão e dos objetivos empresariais. A ligação entre 
os processos de motivação e liderança revela que o líder sempre é um instrumento do grupo. 
O entendimento das motivações dos seguidores explica o processo social da 
liderança e também possibilita o desenvolvimento de líderes. Quem quiser se candidatar 
a posições de liderança deve aprender a transmitir mensagens sintonizadas com os 
problemas e interesses do grupo potencial de seguidores (FREITAS; RODRIGUES, 2008). 
Nesse aspecto, percebemos que, muitas vezes, o papel do gestor se limita apenas 
na identificação dos princípios norteadores da motivação. No entanto, a motivação deve ser 
vista como um processo que faz parte dos estudos de liderança, alcançando e influenciando 
mutuamente indivíduos, grupos e toda a organização. 
Por isso, os líderes precisam compreender mais profundamente a motivação 
e as relações com os resultados e, principalmente, com a satisfação nos ambientes 
organizacionais. Só assim, a liderança, conseguirá de fato, exercer sua influência de 
maneira correta sobre os seus liderados.
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Segundo Chiavenato (2005), o líder precisa ter um conjunto de características para 
poder atuar com eficiência no seu papel de mentor de um grupo. Ainda na visão de Chiave-
nato (2005), o líder atual deve ser alguém que renove o ambiente e a atitude dos indivíduos 
à sua volta. Ele defende que o líder precisa ter as seguintes características:
 ● Focalização nos objetivos;
 ● Orientação para a ação;
 ● Autoconfiança;
 ● Habilidades no relacionamento humano;
 ● Criatividade e Inovação;
 ● Flexibilidade;
 ● Tomada de Decisão;
 ● Padrões de Desempenho;
 ● Visão de Futuro.
Chiavenato (2005) reforça mais algumas posturas que o líder eficiente precisa ter, 
principalmente no momento de relacionamento com as pessoas que estão a sua volta, 
sendo elas:
2525
COMPETÊNCIAS DO LÍDER DE 
SI MESMO7
TÓPICO
TÓPICO 7 COMPETÊNCIAS DO LÍDER DE SI MESMO
 ● Mente estratégica;
 ● Integridade, autenticidade;
 ● Atitudes positivas;
 ● Ousadia, capacidade de assumir riscos;
 ● Abertura para as possibilidades das novas tecnologias;
 ● Coerência.
Sendo assim, podemos compreender que mostrar as qualidades ou características 
que um líder precisa ter é algo fácil, a dificuldade está em colocá-las em prática de forma a 
conseguir levar às pessoas a iniciarem seu processo motivacional, levando a organização 
a atingir os objetivos traçados. 
Santos (1997) afirma que um líder precisa demonstrar posturas que sejam diferen-
ciadas e que levem às pessoas a confiarem em suas ações e decisões.
QUADRO 2 - CARACTERÍSTICAS DIFERENCIADAS
 ENTRE GERENTES E LÍDERES
GERENTES LÍDERES
Administra Inova
É uma cópia É uma original
Foco: sistemas e estruturas Foco: pessoas
Apoia-se no controle Inspira confiança
Visão de curto prazo Visão de longo prazo
Pergunta como e quando Pergunta o quê e por quê
Tem os olhos sempre 
nos limites
Tem os olhos sempre 
no horizonte
Limita Dá origem
Aceita o status quo Desafia
É o clássico bom soldado É a sua própria pessoa
Faz certo as coisas Faz a coisa certa
Fonte: SANTOS, Enise Aragão. A liderança nos grupos autogeridos.
In Anais do II SEMEAD, 1997, p. 158.
2626TÓPICO 7 COMPETÊNCIAS DO LÍDER DE SI MESMO
Percebe-se as diferenças existentes no gerenciar e no liderar. As características 
apresentadas no quadro anterior por Santos (1997) demonstram que o líder é uma pessoa 
diferenciada e que sempre estará à frente do seu tempo, com uma visão holística do pro-
cesso. O líder precisa ser multidisciplinar, conhecendo um pouco de tudo, para que desta 
forma consiga desenvolver estratégias específicas de ação para cada grupo que lidera, ou 
para cada indivíduo que necessita ser atraído.
Mas é preciso enfatizar que não existe “receita mágica” para solucionar problemas 
ou para liderar com eficiência, é necessário pesquisar e entender a organização e os gru-
pos que haverá interação, desta forma desenvolvendo de forma personalizada as ações 
estratégicas necessárias.
Os estudos sobre liderança enfatizam, em quase sua unanimidade, que a liderança 
eficiente leva as organizações à sobrevida dentro do mercadocompetitivo, pois aumentam 
a eficiência de ação dos colaboradores por estarem motivados e integrados com o proces-
so, independentemente de serem organizações públicas, privadas ou sem fins lucrativos. 
Nesse sentido, a liderança, como podemos ver, está ligada ao relacionamento, 
entre liderados e líderes, com foco a estimular o processo motivacional, com isso, criando 
relações mais fortes e duradouras entre os indivíduos da organização, resultando em um 
clima organizacional equilibrado e motivador.
As interações entre as pessoas são extremamente dinâmicas, onde os desejos de 
cada indivíduo refletem em suas ações. Pensando nisso, os estilos de liderança dependerão 
da forma com que as pessoas recebem novas ideias e objetivos, ou como se relacionam 
com outras pessoas.
Chiavenato (2005), afirma que existem três tipos de liderança, sendo a Autocrática, 
a Democrática e a Liberal. A seguir, o autor apresenta as características de cada tipo de 
liderança:
27272727TÓPICO 7 COMPETÊNCIAS DO LÍDER DE SI MESMO
QUADRO 3 – CARACTERÍSTICAS DA LIDERANÇA
Cronograma 
de Trabalho
Liderança
Autocrática
Liderança
Democrática
Liderança
Liberal
Tomada de 
Decisões
Apenas o líder 
decide e fixa as 
diretrizes sem 
qualquer participação 
do grupo.
As diretrizes 
são debatidas e 
decididas pelo grupo 
que é estimulado e 
assistido pelo líder.
Total liberdade 
para a tomada de 
decisões grupais 
ou individuais, com 
participação mínima 
do líder.
Programação 
dos Trabalhos
O líder determina 
providências para 
a execução das 
tarefas, uma por vez, 
na medida em que 
são necessárias e 
de modo imprevisível 
para o grupo
O próprio grupo 
esboça providências 
e técnicas para 
atingir o alvo com 
o aconselhamento 
técnico do líder. 
As tarefas ganham 
novos contornos com 
os debates.
A participação 
do líder no 
debate é limitada 
apresentando 
apenas alternativas 
ao grupo, 
esclarecendo que 
poderia fornecer 
informações desde 
que solicitada.
Divisão do 
Trabalho
O líder determina 
qual a tarefa que 
cada um deverá 
executar e qual seu 
companheiro de 
trabalho.
A divisão das 
tarefas fica a 
critério do grupo e 
cada membro tem 
liberdade de escolher 
seus próprios 
colegas.
Tanto a divisão das 
tarefas quanto a 
escolha dos colegas 
ficam por conta do 
grupo. Com absoluta 
falta de participação 
do líder.
Participação 
do Líder
O líder pessoal 
e dominador nos 
elogios e nas 
críticas ao trabalho 
de cada um.
O líder procura ser 
um membro normal 
do grupo. É objetivo 
e estimula com fatos, 
elogios ou críticas.
O líder não faz 
nenhuma tentativa 
de avaliar o curso 
das coisas. Faz 
apenas comentários 
quando perguntado.
Fonte: CHIAVENATO, 2005.
Chiavenato (2005), reforça que essas classificações podem ter variações 
dependendo do tipo de organização, mas de modo geral se encaixam nas características 
apresentadas no quadro 2.
Liderança é um tema amplo e não pode se resumir às definições aqui apresentadas, 
levando o desafio a cada um de vocês em pesquisar e buscar constantemente informações 
e estudos que servirão para melhorar as pessoas e organizações.
2828TÓPICO 7 COMPETÊNCIAS DO LÍDER DE SI MESMO
Não bastam apenas as qualidades de líder. É preciso que essas qualidades estejam 
em harmonia com os objetivos e expectativas do grupo que ele lidera. Caso contrário, o 
esforço será bem maior para conseguir do grupo a eficiência que se deseja.
2929TÓPICO 7 COMPETÊNCIAS DO LÍDER DE SI MESMO
30
Querido(a) aluno(a),
Chegamos ao fim do nosso material, mas não ao fim da grande jornada em busca 
do conhecimento. Procurei trazer para você os principais conceitos a respeito do Marketing 
Pessoal e também aprofundar e ao mesmo tempo ampliar o tema para que pudéssemos ir 
além dos conhecimentos tradicionais.
Abordamos, sobretudo, o desenvolvimento pessoal e vimos que essa é a essência 
do Marketing Pessoal, pois torna-se bem-sucedido e valorizado no mercado de trabalho 
aquele que tem consciência de suas potencialidades e as desenvolvem de forma plena.
Para isso, nos atrevemos juntos a fazer uma viagem por alguns conhecimentos 
ligados à neurociência e a psicanálise para nos aprofundarmos no entendimento da 
personalidade e comportamento humano, com isso podemos enxergar para além das 
características profissionais, mas como seres humanos complexos e em constante 
desenvolvimento.
Vimos também que nossas habilidades e talentos nos tornam únicos e especiais, 
mas que para nos desenvolvermos de forma plena é preciso se auto descobrir e identificar 
nossos potenciais e pontos fortes, para nos fazermos melhor e sermos de fato o que somos 
ou quem deveríamos ser.
Também conhecemos as principais definições e conceitos sobre o marketing 
tradicional e o Marketing Pessoal, conhecendo também seu composto e principais 
ferramentas. Por fim, em nossa última unidade, tratamos de outros temas importantes 
para o desenvolvimento do marketing pessoal, como a comunicação verbal e não verbal 
(linguagem corporal) e a imagem ou marca pessoal.
Sucesso e Muito Obrigado!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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https://www.bibliaon.com/genesis_1/
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