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Gases Reais Capítulo 03 Castellan Profª Daniela Martins Fernandes de Oliveira Universidade estadual de Maringá Departamento de Química 1 Desvios do Comportamento Ideal • A lei dos gases ideais não representa o comportamento “real” dos gases falha em altas pressões e baixas temperaturas desvios da idealidade. • Medidas de P, V e T diferentes das previstas pela equação PV=nRT Para os gases ideais consideramos: • Ausência de forças intermoleculares; • Os átomos e/ou moléculas do gás não possuem volume (V=0), consideramos que o volume do gás é o volume do recipiente. Os desvios da idealidade estão relacionados com as interações entre as moléculas gasosas e com o volume molecular. 2 Interações entre as moléculas gasosas Forças de atração Distância relativamente grande. Ex: Condensação de gases a baixas temperaturas Distância relativamente pequena. Ex: Líquidos e sólidos possuem um “tamanho” definido e não se transformam num ponto infinitesimal E 0 E 0 As forças atrativas e repulsivas influenciam o V e a P do gás. - Forças Atrativas → P e (+ compressível) - Forças Repulsivas → V (- compressível) Forças de repulsão 3 Fig. 1. Gráfico de Ep de 2 átomos versus a distância entre eles. Quanto o comportamento do gás se desvia da idealidade??? Para observar o desvio da idealidade, podemos comparar o volume molar observado , com o volume molar ideal : )( obsV )( idV P RT V id = Z V V id obs = Fator de compressibilidade (Z) Z RT PV V V obs id obs == RT VP Z obs = ✓Para o gás ideal, Z=1, independente de T e P. ✓Para os gases reais, Z = f (T,P), é uma função da temperatura e da pressão. Mede quanto o comportamento do gás se distancia do comportamento do gás ideal 4 O fator de compressibilidade Z Gás ideal: Z = 1 Gás real: Z = f (T ,P) Z > 1 ou Z <1 - Se Z 1, (Vobs Vid) o gás é mais compressível que o ideal forças atrativas predominam - Se Z 1, (Vobs Vid) o gás é menos compressível que o ideal forças repulsivas predominam Z → 1 quando P → 0 Gás real: T, P., n Gás real: T, P., n 5 RT PV V V Z id obs == Valores de Z versus P para gases a 0°C • Para um gás ideal, Z=1 em todas as pressões. • As curvas tendem p/ Z=1 qdo P→0, mas, suas inclinações (coef. angulares) são diferentes em P moderadas (ampliação no gráfico). • Z →1 qdo P→0 c/ coef. angulares . P/ gás ideal o coef angular é nulo, p/ gás real, o coef. angular pode ter valores positivos ou negativos e pode variar c/ T. • Na Temperatura de Boyle (TB), o gás se comporta idealmente em um maior intervalo de pressão. 6 Fig.2. Gráfico de Z versus P para diferentes gases a 0°C. Fig.3. Gráfico de Z versus P para um dado gás em diferentes Temperaturas. Valores de Z versus P p/ o CO2 em diferentes T Podemos ver que à medida que a temperatura diminui os desvios tornam-se mais acentuados porque o gás se liquefaz ou está próximo de se liquefazer. RT PV V V Z id obs == Z = TB = 600K p/ CO2 7 • Em altas P todas as curvas (T) possuem Z 1 (FR predominam). • Em moderadas P, os desvios são mais acentuados para menores T. • Em 1000 K, Z 1 em todas as P (FR predominam). Valores de Z versus P para gases a 0 °C O que podemos observar no gráfico? Como podemos modificar a eq. do gás ideal de forma a representar estes resultados mais precisamente? • P/ o H2, Z1 em todas as pressões (difícil liquefazer); • P/ o N2, dependendo da pressão: P Z 1 (forças atrativas predominam) P Z 1 (forças repulsivas predominam) • P/ o CH4 e CO2, a inclinação é mais brusca e negativa em P e em P , Z 1 Qual desses gases é mais fácil de liquefazer por compressão? H2(l) → -253 °C (20 K) N2(l) → -196 °C (77 K) CH4(l) → -161,6 °C (90,7 K) CO2(l) → -78 °C (194,7 K) 8 Ponto normal de liquefação (P=1 atm) Modificando a Equação do Gás Ideal – A equação de van der Waals Podemos começar corrigindo uma falha óbvia na equação de estado do gás ideal que prevê que sob pressão constante, V=0 quando T= 0. Gás T Líquido T Sólido Pequena mudança de volume da liquefação p/ a solidificação Corrigindo o Volume (forças repulsivas) • Moléculas como esferas rígidas e impenetráveis, que ocupam volume. O volume de um gás real é o volume do recipiente menos o volume ocupado por todas as outras moléculas. Podemos então prever um volume positivo e finito p/ o gás a 0 K. O que acontece quando se resfria o gás a P= cte? 9 Modificando a Equação do Gás Ideal – A equação de van der Waals Podemos obter uma nova equação provendo um volume positivo e finito para o gás a zero Kelvin, adicionando uma constante, b, ao volume do gás ideal: P RT bV P RT V += = P RT bV =− O volume do gás real é o volume do recipiente menos o volume ocupado por todas as outras moléculas P RT bV += Sendo, Quando T = 0 ou P, , isto é, b é o volume excluído, ou seja, b é comparável ao volume molar do líq ou sólido. bV = (1) (1) 10 Como essa nova equação pode explicar as curvas de Z x P ???? RT VP Z = P ZRT V = (2), Igualando as eq. (1) e (2) : P RT b P ZRT += RTbPZRT += RT bP Z +=1 (3) A eq. (3) requer que à T=cte, Z = f(P), com um coeficiente angular positivo. Explica casos em que Z > 1, ou seja, explica a curva do H2. Quando Z > 1 V 0 e finito o gás é menos compressível que o gás ideal, ou seja, as forças repulsivas (efeitos de volume) predominam. Como explicar as curvas do N2, CO2 e CH4 ?????? RT P RT bV += (1) 11 Como explicar os efeitos observados para Z 1??? Podemos observar no gráfico que os gases que apresentam Z1 são aqueles que liquefazem mais facilmente. Deve haver uma relação entre a facilidade de liquefação e o fator de compressibilidade (Z). Quando e por quê um gás se liquefaz??? Quando T ou P as moléculas se aproximam e devido às forças atrativas entre elas, ocorre: Se o gás é mais compressível que o ideal, Z 1, liquefaz mais facilmente As forças atrativas diminuem a pressão exercida por esse gás com relação ao gás ideal. E o processo inverso? O calor de vaporização mede a magnitude de forças que mantém as moléculas unidas no estado líquido. 12 Aumento na P Sabemos que: a pressão exercida por um gás resulta da força que o mesmo exerce sobre as paredes do recipiente. Assim, essas forças agem para fora. Se considerarmos as forças de atração que agem nas moléculas e tendem a aproximá-las entre si, constataremos que a pressão efetiva na parede do recipiente será inferior à do gás ideal. Se forças atrativas predominam, a pressão exercida por um gás real será menor do que a exercida por um gás ideal. E essa redução na pressão do gás real em relação ao gás ideal, deve ser proporcional às forças intermoleculares. P é proporcional à: - Intensidade de colisões a concentração molar, - Frequência de colisões a concentração molar, 13 Seguindo nosso raciocínio, quanto a P diminui da P do gás ideal???? Logo, 2 V n P ccP . V c 1 2 1 V P Devido às forças atrativas, a P de um gás real é menor que a P de um gás ideal de uma quantidade proporcional a: 2 1 V P RT bV += A partir da eq. (1): )( bV RT P − = Correção no volume Podemos agora, corrigir a pressão: Equação de van der Waals a é uma cte positiva proporcional à energia de vaporização do líquido. Dividindo por n: 14 Equação de van der Waals Van der Waals foi o 1º a reconhecer a influência do tamanho molecular e das forças intermoleculares na pressão de um gás. Resumindo.... Forças Atrativas: Contribuem p/ a compressão do gás (o gás é mais compressível que o ideal) e diminuem a pressão do gás com relação ao ideal (reduzem as colisões do gás c/ as paredes do recipiente. Forças Repulsivas: Moléculas como esferas rígidas e impenetráveis que ocupam volume.Contribuem para a expansão do gás (o gás é menos compressível que o ideal) e aumentam o volume do gás com relação ao do gás ideal. 15 Equação de van der Waals a e b são chamadas de constantes de van der Waals, são ctes características de cada gás e independentes da T. a = cte positiva proporcional à energia de vaporização do líquido a = Pa m6 mol-2 = Pa m3 m3 mol-2 b = cte positiva relacionada ao volume molar a 0 K b = m3 mol-1 ou L mol-1 (a e b são constantes empíricas calculadas ajustando-se a equação aos dados experimentais ou a partir das constantes críticas do gás). São características de cada gás e independentes de P e T. Energia (J) atm L2 mol-2 16 A equação de van der Waals pode ser escrita também nas seguintes formas: RTbV V a P =− + )( 2 0 23 =−+ +− P ab V P a V P RT bV 2 − − = V n a nbV nRT P Obter a eq. de van der Waals em termos de volume molar!!! Dividindo por P: Notamos que a equação de van der Waals é de 3° grau em V, ou seja, para cada valor de T e P teremos três valores de volume. É de difícil interpretação 17 ✓ Como calcular Z para um gás de van der Waals???? (1) (2) Igualando (1) e (2): Dividindo por RT: (3) 18 ✓ Como calcular Z para um gás de van der Waals???? Z=f (T,V) Z=f (P,T) P → 0 ou T → => Z → 1V → ou T → => Z → 1 ... V b VRT a bZ + + −+= 2 1 1 ( ) ...2 1 1 2 3 + −+ −+= P RT a b RT a P RT a b RT Z (*) (**) **mais conveniente p/ x 1: (3) Substituindo na eq. (3): Série de Taylor 19 AI.4 Castellan p.481 AIV.2 Castellan p.503 x A equação (**) que expressa Z = f (T,P) é a mais conveniente p/ explicar os desvios da idealidade que ocorrem em P e T. ( ) ...2 1 1 2 3 + −+ −+= P RT a b RT a P RT a b RT Z Essa eq. mostra que os gases reais se aprox. da idealidade qdo P→ 0 ou T→ . As informações sobre os desvios da idealidade em função de P e T podem ser obtidas analisando o coef. angular da eq (**). ( ) ...2 21 3 + −+ −= P RT a b RT a RT a b RTP Z T Derivando a eq. (**) TP Z Coeficiente angular inicial da curva de Z = f(P) Gás de van der Waals 20 Artifício matemático pág. 40 Castellan Quando P = 0, todos os termos de grau superior se anulam e a derivada representa o coeficiente angular inicial da curva de Z = f(P) −= RT a b RTP Z T 1 Basta analisar essa derivada p/ saber a inclinação: 0 == TP Z RT a b P/ P=0 Predominam os efeitos das forças atrativas no comportamento do gás. Z < 1 ➔ Baixas (intermediárias) P: Z < 1 0 == TP Z RT a b Predominam os efeitos das forças repulsivas, ou do tamanho no comportamento do gás. ➔ Altas P: Z > 1 0= === TP Z RT a b Os efeitos das forças atrativas e repulsivas se compensam ➔ Z = 1 (gás se comporta idealmente) 21 Como Z varia com a Temperatura???? Baixas T: Predominam os efeitos das forças atrativas no comportamento do gás Z < 1 0 TP Z RT a b Altas T: Predominam os efeitos das forças repulsivas, ou do tamanho, no comportamento do gás Z > 1 0 TP Z RT a b Na TB: o coef angular inicial é nulo e a curva tangencia a do gás ideal (Z = 1) em uma ampla faixa de pressões 0= = T B P Z RT a b Rb a TB = Forças atrativas e repulsivas se compensam. TB → Temperatura de Boyle 22 Como Z varia com a Temperatura???? Na Temperatura de Boyle (TB): 0 1 = −= RT a b RTP Z T Rb a T B = Acima da TB, Z 1 Na TB, Z =1 Abaixo da TB, Z 1. Gráfico de Z contra P p/ vários gases à 0ºC (273,15 K) Temperatura de Boyle p/ vários gases Vemos que no gráfico, a T do H2 é maior que sua TB, por isso Z 1. 23 A equação de van der Waals representa uma melhora sensível com relação à lei dos gases ideais, pois explica qualitativamente os desvios dos gases reais. 2 1 − − = V a bV RT P Limitação: A lei do gás ideal não possui nenhum parâmetro que dependa de um gás individual, a constante R é universal. A eq. de van der Waals possui duas constantes a e b, que são diferentes para cada gás → perda da generalidade. 24 Isotermas de um Gás Real V2V3V4 ▪A T1 ▪ Ponto crítico (Tc, Pc, e Vc) Pe P’ LiqGás - Acima da Tc – T suficientemente alta para que o gás exiba comportamento ideal - Em T1 – T suficientemente baixa, o gás exibe comportamento real. Analisando a compressão do gás a partir do ponto A em T1. - Analisar a curva em Tc. Em Tc não há fronteira que separe as 2 fases (liq e vapor). Neste ponto, T, P e Volume molar são Tc, Pc e Vc - pe é a pressão de vapor de equilíbrio do líq em T1 Tc V1 - Em T e em V a isoterma se assemelha a do gás ideal. 25 Em T abaixo da Tc há fronteira separando líquido de gás! Em Tc e T Tc é impossível distinguir líquido de gás! Em TTc é impossível liquefazer um gás e a fase que contém a substância é mais densa do que uma fase gasosa normal (fluido supercrítico) Propriedades intermediárias entre líquido e gás Continuidade dos Estados 26 Aplicações Industriais: - Extração de produtos naturais - Extração de corantes - Descafeinização - Substituição de processos de destilação - Remoção de solvente residual de polímeros Propriedades intermediárias entre líq e gás Fluido Supercrítico - Densidade típica de líquido - Propriedades relacionadas ao transporte (difusão e viscosidade) típicas de gás VANTAGENS - Processos a baixas temperaturas - Fácil recuperação do solvente supercrítico - Redução de gastos com energia Gás Pc(MPa Vc/10 -6 m3 Tc(K) H2 1,30 65 33,2 N2 3,40 90 126 CO2 7,40 95 304 Constantes críticas de alguns gases: O que preciso fazer para liquefazer H2 ???? 27 Vc(10-6 m3 mol-1) Isotermas do CO2 28 Compressão isotérmica do CO2 a 20°C em um cilindro transparente. Isotermas do gás carbônico, CO2, em cinco temperaturas diferentes. PC – ponto crítico. Fonte [ATKINS 2008]. Pela descrição dos fenômenos observados quando vamos do ponto A ao ponto F, passando pelos pontos ABCDEF sobre a isoterma do gás na Figura, vemos nitidamente a transição de fase ocorrendo quando dentro do sistema notamos a interface de separação entre a fase líquida e a fase gasosa. Assim ao chegarmos ao ponto F sabemos que estamos na fase líquida porque vimos a condensação ocorrer ao passarmos pelos estados dos pontos C, D e E, quando o sistema é bifásico. É sempre possível distinguir a fase gasosa da fase líquida quando ambas coexistem em equilíbrio no sistema. Continuidade dos Estados - Inicialmente em “A” a substância está em estado gasoso. Mantendo V constante e aquecendo o vapor, a P aumenta até atingir o ponto G, acima da Tc. Então substância é resfriada a P cte, até atingir o ponto F. - No ponto F a substância existe na “forma líquida”, mas em nenhum ponto desse caminho as duas fases coexistiram ou seja, não passamos pela região de duas fases. - O ponto F poderia representar um estado gasoso altamente comprimido, ou seja, a distinção entre líquido e gás nem sempre é clara, ou seja, não existe uma distinção nítida e indiscutível do que é o estado líquido e o estado gasoso e isso é o PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS ESTADOS líquido e gasoso da matéria, pois ambos estados físicos são fluidos. G 29 Isotermas de van der Waals − − = 2V a bV RT P - Em V, o termo V-b V e a/V2 muito pequeno. - Em T, a/V2 RT/V-b e pode ser desprezado. - Em V e T, nenhum termo pode ser desprezado. - As isotermas PxV obtidas a partir da equação de van der Waals mostram que em V e T as curvasse assemelham às isotermas do gás ideal. - Na Tc temos um ponto de inflexão (ponto crítico) semelhante ao observado nas isotermas do gás real. T1 T2 Tc T3 P - Na pe, a isoterma prevê 3 valores de volume (vemos máx. e mín. e não um patamar horizontal). - A equação de van der Waals não representa muito bem a região heterogênea (descontinuidade) que surge durante a liquefação. - Representa com maior precisão os dados de PVT do gás em desvios moderados da idealidade pe pe’ 30 Isotermas de um gás de van der Waals p V T3 Tc (ponto de inflexão E) T2 T1 Abaixo de Tc a isoterma de van der Waals é uma equação de 3°grau em V: 0 23 =−+ +− p ab V p a V p RT bV (gás ideal)pe’ V1 V2 V3 BC – Irreal, as oscilações são substituídas por uma reta passando no ponto onde a área da curva superior e inferior são iguais. ▪ E ▪ A ▪ B ▪ C ▪ D AB → Líq super expandido DC → Vapor super comprimido (Estados metaestáveis) pe 31 → Condições analíticas p/: Ponto de Inflexão: (Ponto Crítico) De acordo com a equação de van der Waals, as duas equações seguintes devem ser obedecidas, simultaneamente no ponto crítico. (T = Tc, V = Vc, P = Pc). 0 2 2 = = TT V P V P V2V3V4 ▪A T1 ▪ LiqGás Estado Crítico Temperatura Crítica À medida que T aumenta, a região de duas fases diminui até chegar em um ponto: Tc, Pc e Vc onde gás e líquido coexistem em equilíbrio. (ponto de inflexão) 32 2 c c c c RT a P V b V = − − ( ) 2 3 2 0 c T cc RTP a V VV b = = − + − → Resolvendo para o ponto crítico, igualando (1) e (2): 8 27 c a T bR = 227 c a P b = bV c 3= (1) (2) Eq. van der Waals: Substituindo em (1) ou em (2):(3) (5) Substituindo Tc e Vc na eq. de van der Waals:(4) Usando as equações (3), (4) e (5) podemos encontrar a, b e R a partir das constantes críticas do gás. 2 3 ccVpa = 3 cV b = c cc T Vp R 3 8= R não é muito preciso 33 2 c c c c RT a P V b V = − − ( ) 2 3 2 0 c T cc RTP a V VV b = = − + − → Resolvendo para o ponto crítico, igualando (1) e (2): (1) (2) Eq. van der Waals: Substituindo em (1) ou (2): Substituindo Vc e Tc na equação de van der Waals: Se a e b forem conhecidos, podemos calcular as coordenadas críticas do gás de vdw. A partir das coordenadas críticas, podemos encontrar a, b e R. 2 3 ccVpa = 3 cV b = c cc T Vp R 3 8= R não é muito preciso cVÉ difícil determinar pela equação de van der Waals com precisão. Então, recomenda-se obter a e b a partir de Tc e Pc. c c c c p RT a p RT b 64 )(27 8 2 == E substituindo nas equações de a e b: c c c p RT V 8 3 = Os resultados discordam dos experimentais, pois a eq. van der Waals falha próximo ao ponto crítico. A eq. van der Waals prevê o estado crítico; o fenômeno da liquefação, porém, não é boa para cálculos precisos próximo ao estado crítico. Reescrevendo a eq. de R em termos de Vc: Atenção: Conferir/refazer todas essas equações dadas em aula!!! 35 2 3 ccVpa =3 cV b = Lei ou Princípio dos Estados Correspondentes - Usando os valores de a, b e R, escritos em relação às coordenadas críticas, podemos escrever a eq. de van der Waals da seguinte forma: que pode ser reescrita na forma: → A razão entre os valores de P, V, T e Pc, Vc, Tc são chamados REDUZIDOS. c r P P P = c r V V V = c r T T T = Variáveis Reduzidas do Estado 2 3 13 8 Pr VrVr Tr − − = (Lei dos Estados Correspondentes) É uma equação boa p/ se trabalhar com gases em pressões moderadas, pois não contém nenhuma constante característica de cada gás individual. 36 Em 188 v.d.w. mostrou que uma aproximação válida p/ todos os gases em P moderadas seria uma eq. de estado expressa em termos de variáveis reduzidas (Pr; Tc e Vr) Como escrever a equação de van der Waals em termos de coordenadas críticas? Substituindo as constante a, b e R na eq. de vdw: 37 Lei ou Princípio dos Estados Correspondentes 2 3 13 8 Pr VrVr Tr − − = - Envolve apenas razões P/Pc; T/Tc e V/Vc. - Não tem nenhuma constante peculiar a um gás individual. “Gases reais diferentes confinados no mesmo volume reduzido e à mesma temperatura reduzida possuem mesma pressão reduzida” Gases diferentes possuem os mesmos fatores de compressão se tiverem as mesmas variáveis reduzidas - Não é muito válido para grandes intervalos de T e P, mas tem precisão suficiente em P e T industriais. ( ),r rZ f P T= O uso de coordenadas reduzidas faz com que as curvas individuais de cada gás sejam reunidas em uma única curva. Pr = f (Tr, Vr) Vr = f (Tr, Pr) Tr = f (Pr, Vr) 38 39 Fator de compressibilidade “Z” em termos de coordenadas críticas Outras Equações de Estado → Melhor exatidão no comportamento dos gases, especialmente a ELEVADAS PRESSÕES ou perto das TEMPERATURAS DE CONDENSAÇÃO, deve-se usar expressões que possuam mais de dois parâmetros ajustáveis. ( ) ( ) 2 2 1 ... ... B T n C T nPV nRT V V = + + + + Gás ideal B, C, D são funções de T. Coeficientes viriais ▪ Equação do Virial ▪ Equação de Beattie-Bridgeman Mesmo próximo do ponto crítico reproduz bem os dados de PVT. 32 VVV RTPV +++= 40 Com 8 termos ajustáveis, a eq. Virial representa bem a região de condensação. No entanto, o maior n° de parâmetros matemáticos torna os cálculos mais complicados Assim como a eq. do Virial, a eq. de Beattie-Bridgeman é usada para se obter resultados mais precisos acerca do comportamento dos gases. Equação Forma Reduzida Constantes Críticas Pc Vc Tc Gás Ideal van der Waals Berthelot Dieterici Virial 2 RT a P V b V = − − RT P V = 2 RT a P V b TV = − − a RTVRTe P V b − = − ( ) ( ) 2 1 ... B T C TRT P V V V = + + + 2 8 3 3 1 r r r T P V V = − − 2 8 3 3 1 r r r r T P V T V = − − 2 2 2 1 r rT V r r e T e P V − = − 227 a b 1 2 3 1 2 12 3 aR b 2 24 a e b 3b 3b 2b 8 27 a bR 1 22 2 3 3 a bR 4 a bR Outras Equações de Estado 41 É útil em P e T Não é boa nas proximidades do ponto crítico. Não representa bem a condensação Melhor que a eq. Gás ideal para estimar volumes Boa nas proximidades do ponto crítico mas pouco usual Usada para cálculos mais precisos Slide 1: Gases Reais Capítulo 03 Castellan Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41
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