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PROCESSO PENAL JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA • JURISDIÇÃO • Conceito: é o poder soberano do Estado de dizer o direito no caso concreto, solucionando conflitos, em substituição à vontade das partes. • Características: a) Substitutividade b) Inércia c) Existência de lide d) Atuação do direito e) Imutabilidade • Princípios: a) Investidura b) Indelegabilidade c) Juiz natural d) Inafastabilidade e) Inevitabilidade f) Correlação g) Devido processo legal • COMPETÊNCIA • Conceito: é a medida da jurisdição, espaço dentro do qual o poder jurisdicional pode ser exercido. - DA COMPETÊNCIA (ART. 69, CPP) I – o lugar da infração; II – o domicílio ou residência do réu; III – a natureza da infração; IV – a distribuição; V – a conexão ou continência; VI – a prevenção; VII – a prerrogativa de função. - MATERIAL OU FUNCIONAL: - MATERIAL: tem por base características do caso penal. a) Competência material em razão da matéria b) Competência por prerrogativa de função c) Competência funcional - FUNCIONAL: é estabelecida por uma distribuição de tarefas dentro de determinada persecução penal. a) Pelas fases do processo b) Pelo objeto do juízo c) Pelos graus de jurisdição - COMPETÊNCIA TERRITORIAL I – Teoria do resultado (art. 70, caput, primeira parte) II – Teoria da ação (art. 70, caput, parte final) III – Teoria da ubiquidade (§§ 1º e 2º, do art. 70) - COMPETÊNCIA PELO DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU – quando não se tem conhecimento sobre o local da consumação do crime, vale a regra supletiva do foro do domicílio ou residência do réu. a) se desconhecido o local da consumação, e tendo o réu mais de um domicílio ou residência, qualquer deles se prestará para definir a competência territorial b) havendo vários réus com domicílios diversos c) o domicílio da vítima não é legalmente considerado para definir a competência territorial em matéria criminal - Obs. Ação penal exclusivamente privada (art. 73 do CPP) No caso de ação exclusivamente privada mesmo que conhecido o local da infração o querelante pode optar pelo foro do domicílio ou residência do réu. - COMPETÊNCIA PELA NATUREZA DA INFRAÇÃO (art. 74 do CPP) – uma vez definida a justiça competente, e o foro competente, é necessário definir o “juízo competente”. - comarca que há apenas um magistrado - vários juízes com competência plena na mesma comarca Obs. É possível que a competência entre juízes não seja coincidente, em face do que dispõe a lei de organização judiciária de cada Estado, especificando-se juízes competentes para apreciar uma determinada gama de delitos (competência pela natureza da infração). - Crimes dolosos contra a vida (art. 5º, XXXVIII, d, CF) - Infrações de menor potencial ofensivo (art. 98, I, CF c/c art. 60 da Lei nº 9.099/95) - COMPETÊNCIA POR CONEXÃO E CONTINÊNCIA – ALTERAÇÃO DE COMPETÊNCIA (arts. 76 e 77, CPP) CONEXÃO: vínculo entre duas ou mais infrações. - Espécies de conexão: I) Conexão intersubjetiva: duas ou mais infrações, interligadas, são praticadas necessariamente por duas ou mais pessoas. Subespécies: a) Conexão intersubjetiva por simultaneidade ou ocasional: ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas. NÃO há prévio ajuste entre os agentes (não há concurso de agentes), sendo as infrações penais praticadas na mesmas condições de tempo e de lugar. b) Conexão intersubjetiva por concurso ou concursal: ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar. HÁ prévio ajuste entre os agentes. c) Conexão intersubjetiva por reciprocidade: ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, por várias pessoas, umas contra as outras. Obs. O crime de rixa não é exemplo desta espécie. II) Conexão objetiva ou material: quando há relação entre duas infrações penais que decorrem da mesma causa: a) Conexão objetiva teleológica ou lógica ou finalista: ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas para facilitar as outras. HÁ vínculo na motivação da primeira infração penal em relação à segunda b) Conexão objetiva consequencial: ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas para ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas. III) Conexão instrumental ou probatória ou processual ou ocasional: quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração. CONTINÊNCIA: quando um fato criminoso engloba outro fato desta natureza. - Espécies de continência: I) Continência por cumulação subjetiva: quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração. I) Continência por cumulação objetiva: quando a infração for cometida nas mesmas condições previstas nos arts. 70, 73 e 74 do CPP, quando tiver vários resultados lesivos decorrentes de uma só conduta, ou seja, advindos de concurso formal de crimes. CONTINÊNCIA: quando um fato criminoso engloba outro fato desta natureza. - Espécies de continência: I) Continência por cumulação subjetiva: quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração. I) Continência por cumulação objetiva: quando a infração for cometida nas mesmas condições previstas nos arts. 70, 73 e 74 do CPP, quando tiver vários resultados lesivos decorrentes de uma só conduta, ou seja, advindos de concurso formal de crimes.
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