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Direito Civil e Direito Penal - DIREITO PROCESSUAL PENAL - Princípios Constitucionais do Processo Penal

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
VIDEOAULA
PROF. XICO KRAEMER
Princípios Constitucionais do Processo Penal
www.acasadoconcurseiro.com.br
http://www.acasadoconcurseiro.com.br
DIREITO PROCESSUAL PENAL
3
Princípios Constitucionais do Processo Penal
1. Princípio da dignidade da pessoa humana
O art. 1º da Constituição Federal apresenta os fundamentos sobre os quais está assentada a 
República Federativa do Brasil.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e 
do Distrito Federal, constitui–se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos 
ou diretamente, nos termos desta Constituição.
O art. 5º, inc. III, da CF, dispõe que
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
A vedação à tortura e a tratamento desumano ou degradante decorre do princípio da dignidade 
da pessoa humana, razão pela qual todos os órgãos de persecução penal devem observá–lo. 
A prática da infração penal não retira do agente (suspeito, investigado, indiciado, acusado) sua 
condição de pessoa, devendo ser aplicada a lei, mas sem tornar o infrator objeto. 
2. Princípio do devido processo legal (due process of law)
O princípio do devido processo legal consiste em uma garantia do cidadão, estando 
expressamente previsto no art. 5º, LIV, da CF.
LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
Tal princípio consiste na garantia de um processo com todas as etapas previstas em lei, dotado 
de todas as garantias constitucionais. Sendo assim, fica defeso ao Estado promover processos 
secretos, sem forma definida ou com o contraditório diminuído.
4
Sendo o processo penal o instrumento por meio do qual o Estado exerce seu ius puniendi 
(direito de punir), aplicando uma sanção (pena) àquele que praticou uma infração penal (crime 
ou contravenção).
Se um cidadão, em tese, pratica fato delituoso, nasce para o Estado o direito de puni–lo, 
contudo, a aplicação da punição não é automática, devendo ser antecedida por um processo, 
que, mais do que mera formalidade, é um direito fundamental, nos termos do art. 5º, inc. LIV, 
da Constituição Federal, a fim de que não haja punições arbitrárias.
Muito embora existam etapas previamente organizadas no processo penal, o descumprimento 
de uma delas não enseja, automaticamente, a nulidade de todo o processo, ou seja, é necessário 
que exista prejuízo. NÃO HÁ NULIDADE SEM PREJUÍZO.
3. Princípio da liberdade individual
Nos termos do art. 5º, caput, da Constituição Federal, a liberdade é um direito fundamental. 
Desse princípio decorrem inúmeros preceitos constitucionais, tais como o a liberdade de 
expressão, a liberdade de associação, a liberdade de locomoção. 
No que se refere à liberdade de locomoção, com maior cuidado deve ocorrer a aplicação das 
normas que possam resultar na privação da liberdade.
Possibilidade de prisão
A liberdade é, portanto, a regra, sendo a prisão uma exceção, conforme podemos concluir a 
partir da leitura do art. 5º, inc. LXI, da CF.
LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de 
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente 
militar, definidos em lei;
DIREITO PROCESSUAL PENAL | XICO KRAEMER
5
Habeas corpus
O habeas corpus, que se reveste de garantia constitucional, nos termos do art. 5º, LXVIII, da CF, 
tem como objetivo proteger a liberdade de locomoção. 
LXVIII – conceder–se–á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de 
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Veja bem, as pessoas têm direito de ir e vir com seus bens nas situações de normalidade. Não 
esqueçam dos bens! Continuando, por destinar–se a proteger a liberdade de locomoção, não 
cabe habeas corpus em qualquer hipótese em que não haja risco para a liberdade de locomoção.
Súmula 693–STF
Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo 
em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada 
4. Princípio da presunção de inocência (ou da não–culpabilidade)
Nos termos do art. 5º, inc. LVII, da Constituição Federal:
LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória;
Este dispositivo constitucional trata acerca do princípio da presunção de inocência, que 
também é denominado presunção de não–culpabilidade ou do estado de inocência. Dele 
decorrem diversas consequências, entre as quais:
a) A prisão do acusado antes da sentença definitiva só deve ocorrer como medida cautelar 
(prisão provisória). Nesses casos devem estar presentes dois pressupostos:
a. fumus comissi delicti;
b. periculum libertatis.
O fumus comissi delicti consiste na certeza da materialidade do fato e na existência de indícios 
suficientes da autoria. O periculum libertatis decorre do risco à efetividade do processo penal 
causado pela liberdade plena do réu em face da ordem pública ou econômica, da conveniência 
à instrução criminal e da aplicação da lei penal.
No processo penal o réu não tem o dever de provar sua inocência, cabendo ao acusador provar 
sua culpa. Caso contrário, será aplicado o in dubio pro reo.
Prisões Cautelares
Quanto às prisões provisórias, estas se dividem em: prisão em flagrante (art. 301 e seguintes do 
CPP), prisão preventiva (art. 311 e seguintes do CPP) e prisão temporária (Lei 7.960/89).
5. Princípio do contraditório
O princípio do contraditório está anotado no art. 5º, inc. LV, da Constituição Federal.
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
6
O princípio do contraditório consiste em:
a) direito à informação e 
b) direito de participação.
O princípio do contraditório se aplica tanto ao polo defensivo, quanto ao polo acusatório, na 
medida em que a este também deve ser dada ciência e oportunidade de contrariar os atos 
praticados pela parte contrária.
6. Princípio da ampla defesa
O princípio da ampla defesa, presente no art. 5º, inc. LV, da Constituição Federal.
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
O princípio da ampla defesa significa que deve manifestar–se a “paridade de armas” no 
processo penal. Acusação e defesa deverão ter acesso às mesmas informações e recursos. O 
Estado deverá proporcionar ao acusado ampla defesa, seja pessoal, seja técnica. Além disso, 
prestará assistência jurídica integral e gratuita aos necessitados.
Defesa técnica
A defesa técnica (defesa processual ou específica) consiste na defesa exercida por profissional 
da advocacia, dotado de capacidade postulatória, seja ele advogado constituído, nomeado, ou 
defensor público. A defesa técnica é indisponível e irrenunciável. Logo, mesmo que o acusado, 
desprovido de capacidade postulatória, queira ser processado sem defesa técnica, e ainda que 
seja revel, deve o juiz providenciar a nomeação de defensor, aplicando–se o art. 261 do CPP.
Autodefesa
A autodefesa (defesa material ou genérica) consiste na participação pessoal do acusado no 
contraditório, contribuindo com a função defensiva. A autodefesa desdobra–se no direito de 
audiência e no direito de presença.
DIREITO PROCESSUAL PENAL | XICO KRAEMER
7
O direito de presença consiste na possibilidade de o acusado acompanhar diretamente os atos 
de instrução, atuando junto ao seu defensor. Já o direito de audiência pode ser entendido como 
o direito que o acusado tem de apresentar ao juiz da causa a sua defesa, pessoalmente,por meio 
do interrogatório. Ao contrário da defesa técnica, a autodefesa não é obrigatória, porquanto 
trata–se de uma faculdade do acusado. A autodefesa, portanto, é disponível e renunciável.
7. Direito ao silêncio 
O art. 5º, inc. LXIII, da Constituição Federal estabelece que:
LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo–
lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
O direito ao silêncio, nunca antes tão famoso (risos), sobre o qual o preso deve ser advertido, 
abrange, também, a pessoa que se encontra solta e que ocupa a posição de investigado, 
indiciado, acusado ou condenado, em qualquer fase da persecução penal (fase pré–processual 
e processual).
8
A doutrina entende, que o inciso LXIV do art. 5º da Constituição Federal não garante apenas o 
direito ao silêncio, mas traz uma garantia ainda mais ampla. O referido dispositivo, na realidade, 
espelha o princípio da não–autoincriminação (nemo tenetur se detegere), do qual o direito ao 
silêncio é apenas uma de suas facetas.
Dizer a verdade
O direito de não ser obrigado a dizer a verdade, não se transforma no direito de mentir. Se a 
mentira, em si, constituir a prática de um fato delituoso, o agente responde pelo fato. O clássico 
exemplo é o cometimento do crime de calúnia que consiste em atribuir falsamente a autoria de 
crime a alguém.
Súmula 522–STJ: A conduta de atribuir–se falsa identidade perante autoridade policial é típica, 
ainda que em situação de alegada autodefesa
8. Princípio do juiz natural
Nos Termos do art. 5º, inciso XXXVII da Constituição Federal, “não haverá juízo ou tribunal 
de exceção”. Já o inc. LIII do referido artigo, estabelece que “ninguém será processado nem 
sentenciado senão pela autoridade competente”.
A conjugação desses dois dispositivos revela–nos o princípio do juiz natural. Trata–se, portanto, 
de um princípio implícito.
Não se admite, portanto, tribunal de exceção, que é aquele criado, posteriormente ao fato, com 
o objetivo de julgar determinada(s) infração(ões) penal(is). É um tribunal criado por encomenda, 
parcial, próprio dos regimes ditatoriais. Qualquer tribunal em nosso País deve estar inserido 
entre os órgãos do Poder Judiciário previstos no art. 92 da Constituição Federal.
DIREITO PROCESSUAL PENAL | XICO KRAEMER
9
9. Princípio do promotor natural
O princípio do promotor natural favorece a higidez do processo penal, garantindo que a 
designação dos membros do Ministério Público para atuação seguirá critérios pré–estabelecidos, 
evitando–se, assim, designações casuísticas, promotores ad hoc (promotor de exceção ou 
promotor de encomenda). O princípio do promotor natural teria ainda a função de assegurar a 
observância dos princípios institucionais do Ministério Público: a unidade, a indivisibilidade e a 
independência funcional, expressos no art. 127, § 1º, da Constituição Federal.
10. Princípio da publicidade
O princípio da publicidade está consagrado no art. 93, inc. IX, da Constituição Federal.
Art. 93. (...)
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas 
as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às 
próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do 
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
Segundo o referido inciso, todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos. 
Contudo, o próprio dispositivo dispõe que acerca da possibilidade de limitação da publicidade 
dos atos judiciais, desde que não prejudique o interesse público à informação. Trata–se, 
portanto, de uma publicidade restrita, posto que a presença, em determinados atos, pode ser 
limitada às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes.
Impõe–se, ainda, observar o disposto no art. 5º, inc. LX, da CF.
LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade 
ou o interesse social o exigirem.
Observe o CPP, em seu art. 792:
Art. 792. As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra, públicos e se realizarão nas 
sedes dos juízos e tribunais, com assistência dos escrivães, do secretário, do oficial de justiça que 
servir de porteiro, em dia e hora certos, ou previamente designados.
§ 1º Se da publicidade da audiência, da sessão ou do ato processual, puder resultar escândalo, 
inconveniente grave ou perigo de perturbação da ordem, o juiz, ou o tribunal, câmara, ou 
turma, poderá, de ofício ou a requerimento da parte ou do Ministério Público, determinar 
que o ato seja realizado a portas fechadas, limitando o número de pessoas que possam estar 
presentes.
10
11. Princípio do duplo grau de jurisdição
O duplo grau de jurisdição não tem previsão expressa na Constituição Federal, contudo, 
segundo a doutrina, a estruturação do Poder Judiciário, composto por juízes de primeiro grau 
e por tribunais, revela que nossa Constituição Federal, implicitamente, adotou–o. Por sua vez, 
o duplo grau de jurisdição é previsto expressamente no art. 8º, h, da Convenção Americana de 
Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica).
Existe exceção ao princípio do duplo grau de jurisdição, nas hipóteses de competência 
originária do STF (art. 102, I, b, da CF). De suas decisões não há a possibilidade de interposição 
de recursos em outro tribunal. 
Com base nisso, o Supremo Tribunal Federal firmou orientação de que o princípio do duplo 
grau de jurisdição não é uma garantia constitucional na vigente Carta.
12. Princípio da duração razoável do processo e princípio da celeridade 
processual
O princípio da duração razoável do processo e o da celeridade processual estão insculpidos no 
art. 5º, inc. LXXVIII, da Constituição Federal, segundo o qual:
LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do 
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Não há previsão legal estabelecendo qual é o prazo razoável para conclusão do processo, bem 
como não há uma definição específica das consequências decorrentes da inobservância deste 
princípio. A duração razoável dever ser analisada em cada caso concreto. 
A prestação jurisdicional dentro de um prazo razoável favorece a efetividade do processo, 
contribuindo para alcançar a paz social e a promoção da justiça.
No processo penal, a duração razoável é também uma garantia do acusado, para que sua 
situação seja definida sem demaisada demora.
O princípio da proporcionalidade é um princípio constitucional implícito, ou seja, não está 
expressamente previsto na Constituição Federal.
O princípio da proporcionalidade é um estado ideal de coisas a ser atingido. Com base nele 
qualquer intervenção em direitos fundamentais somente pode ser feita se, previamente, 
forem examinadas e satisfeitas as máximas (ou subprincípios): da adequação, da necessidade 
e da proporcionalidade em sentido estrito.
DIREITO PROCESSUAL PENAL | XICO KRAEMER
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Adequação
A adequação será satisfeita se a medida restritiva for apta a alcançar o fim constitucionalmente 
legítimo buscado com ela. Capaz de produzir o resultado.
Necessidade
Entre as medidas possíveis e adequadas, deve ser escolhida a que menos gravosa ao direito 
fundamental atingido. É também denominado princípio da intervenção mínima. 
Proporcionalidade em sentido estrito
É a ponderação entre a restrição causada ao direito fundamental e o fim buscado com seu 
emprego. É feito um sopesamento entre os danos causados e os resultados que com ela serão 
auferidos. 
14. Proibição da tortura e de tratamento desumano e degradante
Como decorrência direta do princípio da dignidade da pessoa humana, o art. 5º, inc. III, da 
Constituição Federal, estabelece que:
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
Assim sendo, o nosso ordenamento jurídico, em nenhuma hipótese, admite a tortura, nem 
mesmo para salvar a vida de umavítima que se encontra em poder de criminosos.
Como garantia do direito de a pessoa não ser torturada, a Constituição Federal inafiançável e 
insuscetível de graça ou anistia a prática da tortura (art. 5º, inc. XLIII, da CF).
12
A tortura não é apenas vedada, mas também constitui crime. Regulamentando o art. 5º, inc. 
III, da CF, o art. 1º da Lei 9.455/97, definiu o crime de tortura.
Além da tortura, são proibidos quaisquer tratamentos desumanos ou degradantes. 
15.	 Referencial	bibliográfico
AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo penal. – 9. ed. rev. eatual. – Rio de Janeiro: Forense; 
São Paulo: MÉTODO, 2017.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado/Pedro Lenza. – 17. ed.rev., atual. e ampl. – 
São Paulo: Saraiva, 2013. 
MENDES, Gilmar Ferreira. Curso de direito constitucional/Gilmar Ferreira Mendes, Paulo 
Gustavo Gonet Branco. – 12. ed. rev . e atual. – São Paulo: Saraiva, 2017. – (Série IDP)
PACELLI, Eugênio. Curso de processo penal. – 21. Ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2017. 
PACHECO, Denilson Feitoza. Direito processual penal: teoria, crítica e práxis – 5ª Ed., ver. e atual. 
com Emenda Constitucional da “Reforma do Judiciário”. Niterói, RJ: Impetus, 2008.
PAULO, Vicente. ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado I Vicente Paulo, 
Marcelo Alexandrino. – 16. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 
2017.
SARLET, Ingo Wolfgang. Curso de direito constitucional/Ingo Wofgang Sarlet, Luiz Guilherme 
Marinoni e Daniel Mitidiero. – 6. ed.– São Paulo: Saraiva,2017

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