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FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ
A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
CURITIBA/PR
2017
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ
RAQUEL DIAS FERREIRA NAKAMURA
A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Trabalho entregue à Faculdade de Educação São Braz, como requisito legal para convalidação de competências, para obtenção de certificado de Especialização Lato Sensu, do curso de Pós Graduação em Educação Especial com ênfase em Deficiência Intelectual, conforme Norma Regimental Interna e Art. 47, Inciso 2, da LDB 9394/96. 
Orientador: Prof. Altemir da Silva Velho, Msc
CURITIBA/PR
2017
RESUMO
As pessoas com deficiência sempre foram marginalizadas e afastadas da escola regular, pois a concepção de deficiência os levava, e ainda hoje os levam a ser concebidos como inúteis e incapazes. Aos poucos, porém, foi sendo reconhecida a necessidade de adaptar estas pessoas à sociedade, e a escola seria o melhor caminho. Diante disso, atualmente é comum ter em salas de ensino regularalunos com deficiência intelectual, por isso os professores, e outras pessoas com as quais convivem apresentam um alto nível de estresse frente a essas crianças e sentem-se perdidos, não tendo a menor clareza sobre como lidar com elas. Nesse sentido, o presente estudo, tem como objetivo analisar os discursos sobre educação inclusiva e suas repercussões, buscando através da psicomotricidade, formas de promover o desenvolvimento dos alunos com deficiência intelectual. A metodologia utilizada foi a da pesquisa bibliográfica em livros e materiais online, envolvendo autores diversos, que trazem contribuições fundamentais para o entendimento do tema em questão. A conclusão a que se chegou foi que cabe aos profissionais da educação procurar um entendimento sobre a psicomotricidade e sua forma de atuação com alunos que apresentam deficiência intelectual, buscando seu desenvolvimento e inclusão no ensino regular.
Palavras-chave: Inclusão. Deficiência intelectual. Intervenção. Psicomotricidade.
1 INTRODUÇÃO
As atuais políticas públicas educacionais apregoam que o processo de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular, busca proporcionar-lhes uma formação integral, pois a educação é um direito de todos.
Numa escola inclusiva, todas as crianças com necessidades especiais ou com distúrbios de aprendizagem como os que apresentam deficiência intelectual, têm o direito à escolarização, pois o alvo que se pretende alcançar é a integração destas crianças na sociedade.
E justifica-se porque a psicomotricidade proporciona experiências motoras, cognitivas e sócio afetivas indispensáveis à formação integral do aluno, principalmente dos que apresentam deficiência intelectual e assim ele se desenvolve e aprende coisas úteis à sua vida.
No entanto, para alcançar os resultados almejados, é preciso que o professorseja consciente de que a criança age no mundo em que vive pelo movimento. Daía importância deleser conhecedor das fases do desenvolvimento motor e das formas que dispõe para conseguir alcançar seu objetivo. Por isso é preciso que o professor proponha atividades fundamentadas nos conceitos da psicomotricidade, procurando criar currículos e projetos de forma que as crianças possam utilizar o corpo como meio que lhe permite explorar, criar, brincar, imaginar, sentir e aprender.
Partindo destes princípios, esta pesquisa que foi pautada na revisão bibliográfica buscada em livros e materiais online para um melhor entendimento sobre o tema em questão, 
Conceber a diversidade e trabalhar com ela não é tarefa fácil, principalmente no caso de alunos com deficiência intelectual, pois o avanço teórico sobre a educação inclusiva tem sido considerável, mas ainda não é o suficiente para acabar com as dúvidas e medos que fazem parte do cotidiano dos docentes.
Diante disso, esta pesquisa tem por objetivo analisar os discursos sobre educação inclusiva e suas repercussões no ensino regular, buscando através da psicomotricidade, formas de promover o desenvolvimento dos alunos com deficiência intelectual.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL 
O conceito de deficiência ao longo dos tempos vem sendo ligadoa uma concepção de que o conhecimento é uma coisa inata à pessoa e que por isso ele se estabilidade ao longo do tempo. Assim, a origem das deficiências era associada a causas orgânicas, cujo quadro dificilmente poderia ser modificado, como ressalta Mendes (2001).
Nesse sentido, conformeMendes (2001), o aluno com necessidades educacionais especiais era e ainda é, encarado como problema para muitas escolas e salas de aula, pois supõe-se que sua presença prejudicaria a aprendizagem dos demais alunos. 
Isso ocorreporque, segundo a Política Nacional de Educação Especial (BRASIL, 1994), a pessoa com necessidades educacionais especiais é definida como a que possui, quando comparadas à outras pessoas, diferenças significativas no aspecto físico, sensorial ou intelectual. Elas podem ser permanentes ou causadas por fatores adquiridos que promovem dificuldades na interação do indivíduo com o meio físico e social. 
Conforme exposto na Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) ao termo necessidades educacionais especiais ainda se refere a todas as crianças, jovens e adultos que no decorrer de sua escolaridade, manifestam mudanças em seu processo de aprendizagem de forma temporária ou permanente e que por isso precisam que as escolas tenham decisões e atitudes diferenciadas para com elas. 
No caso específico da deficiência intelectual, esse é um tipo peculiar de deficiência, cujas características são específicas e a diferencia das demais deficiências. É por isso que o termo deve ser usado sempre no singular, isto é, pessoas “com deficiência intelectual”.
A deficiência intelectual está relacionada a um desenvolvimento incompleto das funções intelectuais, por haver por um comprometimento das faculdades que determinam a inteligência humana e suas funções cognitivas. Como essas funções são superiores e determinadas pelo sistema nervoso central, acabam por interferir na capacidade do sujeito aprender e compreender o que lheé ensinado, como descreve a CID-10 (1995).
Malloy-Diniz et al (2010) destacam que as funções cognitivas envolvem as capacidades para adquirir informações, linguagem, memória, raciocínio, pensamento, percepção, e outros. Estas capacidades são as que favorecem às pessoas a realização de atividades de leitura, escrita, cálculos, conceitualização, sequência de movimentos, etc. Sendo por isso que adeficiência intelectual é a responsável por grandes prejuízos cognitivos.
O indivíduo com deficiência intelectual apresenta uma inteligência geral comprometida, e por isso o prejudica a capacidade de diagnóstico por serem restritos seu raciocínio lógico e sua capacidade de planejamento. Assim também possui uma capacidade deficitária para solução de problemas, pouco desenvolvimento do pensamento abstrato e dificuldade para a aprendizageme a memorização. A pessoa com deficiência intelectual possui ainda uma coordenação viso-espacial e a noção de lateralidade limitadas, poucacapacidade de manter a atenção e de expressar-se(principalmente verbalmente), e, ainda, restrita capacidade de percepção e de autodirecionamento, dentre outros, como explica a AAIDD (2011), Castro, Almeida e Ferreira (2010) e MALLOY-DINIZ et al. (2010).
Assim também, oquadro da deficiência intelectual é marcado por 
restrição e comprometimento da capacidade de responsabilidade, autonomia, observância das regras sociais, iniciativa ocupacional, interdependência, segurança pessoa (presença de ingenuidade), controle emocional (manifestado tanto com agressividade quanto com passividade), desenvolvimento neuropsicomotor, assumência de papeis sociais (heteronomiasocial), interação interpessoal, autocuidado referente à saúde e higiene, estruturação da experiência (AAIDD, 2011; CASTRO; ALMEIDA, FERREIRA, 2010; MALLOY-DINIZ et al., 2010; SÁNCHEZ, 2008; TAVARES, ALARCÃO, 2005).
Assim, percebe-se que o nível de comprometimento da pessoa com deficiência intelectual é grande, quando comparado com outras pessoas ditas normais. Por isso, elas precisam de uma atenção especial.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5 (BRASIL, 2014), dentre as principais características da deficiência intelectual estão os déficits das capacidades genéricas e do funcionamento adaptativo.
Os déficits das capacidades genéricas referem-se segundo o Manual 
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5 (BRASIL, 2014, p. 37) referem-se “às capacidades para raciocinar, solucionar problemas, planejar, pensar abstrair, fazer juízo, aprender pela educação escolar e realizar experiências que exigem compreensão prática”.
Enquanto que os déficits no funcionamento adaptativo, conforme o mesmo manual, são referentes à aquisição dos padrões de sua comunidade social ou familiar no que se refere à independência pessoal e responsabilidade social, que são restritos quando comparados a outras pessoas da mesma faixa etária e que possuem antecedentes socioculturais parecidos. Isso porque, o funcionamento adaptativo está ligado aos domínios conceitual, social e prático.
As capacidade e necessidades dos indivíduos com deficiência intelectual variam, como ressaltam Honora e Frizanco (2008), e podem apresentar diferenças, nas em áreas variadas: 
- Área Motora: e alguns casos de deficiência intelectual leve, as crianças podem não apresentar diferenças significativas em relação às crianças que são consideradas normais. No entanto, podem teralterada suacoordenação motora fina. Casos mais graves podem demonstrar uma incapacidade motora mais acentuada, em que se percebe dificuldades de manipulação, coordenação e locomoção, que podem ocorrer mais tardiamente.
- Área cognitiva: alguns alunos que possuem deficiência intelectual poderão ter dificuldades para aprender conceitos abstratos, na atenção, na capacidade de memorização, na resolução de problemas e na generalização. Porém, eles podem atingir os mesmos objetivos escolares dos demais alunos, mas de forma mais lenta.
- Área da comunicação: essa dificuldade é percebida em alguns alunos com deficiência intelectual, e issodificulta suas relações interpessoais. 
- Área socioeducacional: alguns casos de deficiência intelectual,apresentam diferença entre a idade mental e idade cronológica. Sendo importante promover a interação social desses alunos para o contato com seus pares da mesma idade cronológica, não mental. Isso porque, ao participar das mesmas atividades, aprendem os comportamentos, valores e atitudes de acordo com sua faixa etáriae assim ter um melhor desenvolvimento psicossocial. 
- Área do domínio conceitual (acadêmico): “refere-se àscompetências 
que envolvem a memória, a linguagem, a leitura, a escrita, o raciocínio matemático, a aquisição de conhecimentos práticos, solução de problemas, julgamento em situações novas, etc.” (BRASIL, 2014, p. 5).
- Área do domínio social: está relacionado à percepção de pensamentos, sentimentos e experiência dos outros, além da empatia, das habilidades de comunicação, de amizade, de julgamento social, etc. Mas o domínio prático, está relacionado à aprendizagem, e autogestão em suas ações com os cuidados pessoais, responsabilidades profissionais, dentre outros.
Assim também, a capacidade intelectual, ligados à “educação, motivação, socialização, aspectos de personalidade, oportunidade vocacional, experiência cultural, condições médicas gerais e transtornos mentais coexistentes influenciam o funcionamento adaptativo” como traz o Manual Diagnóstico e Estatístico e Transtornos Mentais – DSM5. 2014 (BRASIL, 2014, p. 15).
Partindo destes princípios, a Associação Americana de Deficiência Intelectual e do Desenvolvimento (BRASIL, 2011) traz que a deficiência intelectual refere-se a um funcionamento intelectual (QI) inferior à média.
Por isso, é preciso que o enfoque educacional e a aprendizagem transponham o modelo médico e mantenha o foco na funcionalidade (AAIDD, 2011; MALLOY-DINIZ et al., 2010).
Diante disso, a escola precisa construir um ambiente que possibilite o trabalho com as necessidades de cada aluno em especial e tenha capacidade para superar as dificuldades encontradas. 
2.1 Inclusão do deficiente intelectual no ensino regular
A inclusão escolar permite a igualdade de direitos e de oportunidades educacionais para todos. Por isso a escola deve cumprir seu papel na formação educacional, cultural e social, realizando as mudanças necessárias de natureza física, estrutural e ideológica, para que os alunos possam ser atendidos em suas diferenças, para que haja eficiência e seu atendimento à diversidade da população estudantil que recebe.
Para Carvalho (1998) num mundo inclusivo todos devem ter acesso às oportunidades de ser e estar na sociedade de forma participativa. Segundo a autora, deve existir uma estreita relação entre o acesso às oportunidades eas 
características individuais de cada um. 
Como trazem as Diretrizes para a Educação Especial na Educação Básica (BRASIL, 2001, p. 26) “no campo educacional, a inclusão escolar constitui numa proposta que representa valores simbólicos importantes, condizentes com a igualdade de direitos e de oportunidades para todos, mas encontra ainda sérias resistências”.
Diante disso, como destaca Carvalho (2004, p. 26) é a escola que precisa adaptar-se aos alunos e às suas necessidades, ou seja, ela precisa saber lidar com as diferenças existente em sala de aula. Isso porque,
as escolas inclusivas são escolas para todos, implicando num sistema educacional que reconheça e atenda às diferenças individuais, respeitando as necessidades de qualquer dos alunos. (CARVALHO, 2004, p. 26). 
Assim, para que a escola possa ser considerada um espaço inclusivo, precisatransformar-se num espaço de decisão, promovendo ajustes em seu contexto real para responder aos desafios que se apresentam. “O espaço escolar hoje tem de ser visto como espaço de todos e para todos” (BRASIL, 1999, p. 45).
Com esse novo modelo de escola, esta deverá buscar alternativas que possibilitem o acesso e a permanência de todas as crianças e adolescentesno seu interior, visando a construção de uma sociedade inclusiva compromissada com seu papel de atender a todos indistintamente, principalmente, os que possuem necessidades educativas especiais.
Werneck (1997) destaca que na busca de respostas para atender à diversidade, o processo pedagógico se torna mais rico, e com isso propicia melhorias na qualidade da educação para todos. E assim todos se beneficiam da educação inclusiva, porque se enriquecem.
Para que a educação inclusiva se efetive de fato, é preciso compreender o aluno com necessidades educativas especiais, como os que possuem deficiência intelectual, respeitando-o na sua diferença, reconhecendo-o como uma pessoa que possui limitações, mas que também possui potencialidades. Por isso, é preciso que sejam abandonados os rótulos, as classificações, e levar em consideração as possibilidades e as necessidades impostas pelas limitações trazidas pela deficiência.
Partindo destes princípios, Werneck (1997), destaca que a educação inclusiva deve permitir à criança muita interação espontaneamente com situações diferenciadas, pois assim ela poderá adquirir um conhecimento real e duradouro.
Conforme o autor, num processo de educação inclusiva, o planejamento da ação educativa deve ser participativo, envolvendo educadores da educação especial e do ensino regular. Mesmo porque, o professor especializado deve participar de todas as ações, dando opiniões e discutindo com o professor do ensino regular sobre o planejamento desde suas fases de elaboração, execução e avaliação, pois desta forma contribuirá para a melhoria da qualidade do ensino oferecido na escola e possibilitará o envolvimento de todos na busca de alternativas que minimizem as diferenças entre os alunos com deficiências ou não. 
Assim, “o professor de classe regular precisa entender o significado deuma escola inclusiva, a partir de seus conhecimentos anteriores comoprofessor” (BRASIL, 1999, p. 47). Precisa ter claro também, que o desenvolvimento dos alunos ocorre por meios diferenciados deaprendizagem, e que por isso, muitas vezes utilizam caminhos desconhecidosaté pelo próprio professor.
Portanto, para que haja um projeto educativo baseado nos princípios de inclusão, deve-se pensar numa renovação pedagógica, que considere as diferenças, estabelecendo metas e procedimentos eficientes que visem à promoção da cidadania.
1.2 A educação psicomotora aos alunos com deficiência intelectual
Existem várias definições sobre o termo a Psicomotricidade, desde seu surgimento como uma teoria, depois como prática, até chegar a um equilíbrio entre ele. Porém, o que se pode ressaltar é que o objeto de estudo a Psicomotricidade é o movimento humano, sendo aí envolvidas as áreas pedagógicas e de saúde.
A Psicomotricidade envolve toda ação realizada pelo indivíduo; é a integração entre o psiquismo e a motricidade, buscando um desenvolvimento global, focando os aspectos afetivos, motores e cognitivos, levando o indivíduo à tomada de consciência do seu corpo por meio do movimento.
De acordo com Le Boulch (1986), 75% do desenvolvimento psicomotor ocorre na fase da Educação Infantil e que por isso se for bem trabalhado facilitará a aprendizagem futura dos alunos.
Com isso, pode-se afirmar que, para o alcance de um bom desenvolvimento psicomotor da criança com deficiência intelectual, principalmente, as atividades precisam ser bem elaboradas e executadas de forma que proporcionem prazer ao realizá-las.
Segundo Morais (2002), o desenvolvimento é visto como uma interação entre o pensamento, consciente ou não, e o movimento efetuado pelos músculos com ajuda do sistema nervoso. Assim, os músculos trabalham juntos na educação psicomotora do indivíduo, e isso faz com haja uma evolução.
Partindo destes princípios, a Psicomotricidade permite um relacionamento entre a ação ou uma tomada de consciência ao ser, corpo, mente e espírito. Ela está ligada à afetividade e à personalidade, pois o corpo é meio utilizado para que o indivíduo possa demonstrar seus sentimentos, como explicam Lima e Barbosa (2007).
Conforme LimaeBarbosa(2007), existemvárias definições para a 
Psicomotricidade, Mas nos dias atuais ela é vistacomo sendo uma integração superior da motricidade, isto é, como um produto de uma evidenterelação entre a criança e o meio.
Na visão dosautores, a Psicomotricidade influencia grandemente na formação e estruturação do esquema corporal. Mesmo porque, seu objetivo principal dar incentivo à prática do movimento nas diversas etapas da vida da criança. Através dasatividades lúdicas as crianças se divertem, brincam, criam, interpretam. Desse modo, podem manter um relacionamento com o mundo em que vivem. É por isso, que os jogos e as brincadeiras devem ocupar um lugar de destaque nos planejamentos escolares desde a Educação Infantil. 
Frente a isso, aPsicomotricidade favorece a compreensão sobre o modo como a criança toma consciência do seu corpo e entende a viabilidade de se expressar por meio dele. 
Mas para queseja eficaz, aeducaçãopsicomotora, necessita ser trabalhada com a utilização das funções motoras, perceptivas, cognitivas, afetivas e sociomotoras. Porque desse modo a criança pode explorar o ambiente, realizar experiências concretas e com isso ter consciência de si mesma e do mundo que a cerca, como asseveram Lima e Barbosa (2007).
Para Lima e Barbosa (2007), a partir desse trabalho a criança desenvolve a consciência do próprio corpo, pois o conceito de corpo não pode ser ensinado. Assim, a partir do momento em que ela consegue desenhar o seu próprio corpo, é porque ela já o internalizou, isto é, já possui uma imagem mental dele. Essa imagem é criada na medida em que a criança brinca, explora e usa o seu corpo.
Assim, a educação psicomotora, segundo De Meur e Staes (1991) é uma técnica que deve seguir etapa a etapa, como na aprendizagem natural. Conforme os autores, de início, a psicomotricidade ateve-se ao desenvolvimento motor, depois passou a estudar a relação entre o atraso no desenvolvimento motor e o atraso intelectual. A seguir, ateve-se ao desenvolvimento da habilidade manual e as aptidões motoras em função da idade. Finalmente, preocupou-se com as relações existentes entre o gesto e a afetividade. 
Neste contexto:
A psicomotricidade pode se utilizar de jogos, dinâmicos, atividades livres e/ou direcionadas para trabalhar as áreas psicomotoras que são: Equilíbrio, Coordenação Motora Global ou Ampla, Coordenação Motora Fina, Esquema Corporal, Lateralidade, Estrutura Espacial, Estrutura Temporal, Ritmo, Percepção, Atenção, Concentração, Memória (tais nomenclaturas vão variar de acordo com o teórico estudado) (ROCHA, 2011, p. 58).
A psicomotricidade é vista como um trabalho harmonioso entre corpo,mente e afetividade, na busca do desenvolvimento e aprendizagem do indivíduo. Considera também o meio e o papel do adulto, como mediador.
Através da psicomotricidade pode-se oferecer suporte para todo e qualquer aprendizado. As experiências vividas pelo indivíduo devem estimular o seu desenvolvimento, como um sujeito dinâmico, ativo e criativo, capaz de transformar a sua própria realidade e a que o circunda, como destaca Fonseca (2010). Assim, a psicomotricidade contribui para o desenvolvimento e novas aprendizagens. 
A psicomotricidade é a base para o desenvolvimento da aprendizagem:
A psicomotricidade auxilia e capacita o aluno para uma melhor assimilação das aprendizagens escolares, por isso procura trazer os seus recursos para dentro da sala de aula, tanto no âmbito da educação quanto da reeducação psicomotora. A psicomotricidade, pois, se caracteriza por uma educação que se utiliza do movimento para atingir outras aquisições mais elaboradas, como as intelectuais. (OLIVEIRA, 2005, p.9)
Desta forma, a psicomotricidade contribui para o desenvolvimento e previne futuros problemas de aprendizagem “devida a importância para a estruturação do desenvolvimento psicomotor, que é a base determinante para a aquisição das novas aprendizagens dentro e fora da escola” (KRAMER, 2007, p. 25).
Diante disso, é na EducaçãoInfantil que deve-se buscar atividades que sejam adequadas ao desenvolvimento psicomotor adequado da criança. No entanto, muitas vezes, a formação inicial do professor não o qualifica para isso.
É na Educação Infantil onde a criança une os movimentos à educação. É brincando que ela forma conceitos e organiza seu esquema corporal.
Gonçalves (2009, p.15) diz que “[...] a psicomotricidade constitui um meio auxiliar na estruturação do desenvolvimento das crianças, ligando às experiências motoras, cognitivas, e socioafetivas indispensáveis a formação do sujeito”. Segundo ele, a psicomotricidade atua como trabalho preventivo, que normaliza lacunas deixadas durante o processo de maturação das crianças, de modo a equilibrar os déficits atribuídos à falta de movimentos e de experiências lúdico-espaciais.
2.3 As atividades lúdicas para o desenvolvimento da psicomotricidade
 De Meur e Staes (1991) asseveram que a atuação do professor é fundamental na construção da aprendizagem. Quanto mais cedo as intervenções psicomotoras forem feitas, maiores serão as possibilidades de reparar ou compensar conexões cerebrais. Com isso aumentam as chances da criança ultrapassar suas limitações e desenvolver habilidades motoras.
Diante disso, as metodologias em relação a psicomotricidade devem ser iniciadas desde a mais tenra idade, uma vez que, permitem desenvolver aspectos que apoiem as futurasaprendizagens e previnem inadaptações,difíceis de corrigir quando já estruturadas.
Na escola de Educação Infantil, principalmente com crianças que apresentam deficiência intelectual, a estimulação essencial, é conceituada como:
	
Um programa educacional especializado e preventivo destinado às crianças na faixa etária de zero a três anos, com quadro evolutivo decorrente de fator genético, orgânico e/ou ambiental. Por intermédio desse Programa, estimulam-se os processos cognitivos e motores, visando alcançar o pleno desenvolvimento da criança. Isso ocorre por meio de atividades educacionais e psicopedagógicas concebidas por professores especializados e em colaboração com a família, sendo complementado com atendimentos clínico-terapêuticos (PARANÁ, 2016, p. 47).
A Educação Infantil e os anos iniciais do Ensino Fundamental são vistos como o melhor momento para estruturar os meios de aprendizagem, de forma objetiva. Nos casos onde a criança apresenta atrasos ou, até mesmo, não desenvolvimento das áreas perceptivas, sensoriais e motoras, principalmente.
Le Boulch (1986) entende que deve-se dar espaço ao brincar, ao aprender, ao conviver e ao crescer. Desta forma, é essencial abranger profissionais capazes de perceber a psicomotricidade como fundamental ao desenvolvimento das demais aprendizagens. O educador, partindo destes princípios, deve oferecer formas didáticas diferenciadas, com atividades lúdicas, para que a criança sinta o desejo de pensar.
O professor precisa planejar suas estratégias de forma que cada aluno seja percebido individualmente por suas características e potencialidades. Assim, a ludicidade constitui um importante aspecto da psicomotricidade, pois o ato de brincar é educativo.
Dentre os recursos lúdicos que auxiliam o desenvolvimento da psicomotricidade estão os jogos. 
Segundo Kishimoto (2005, p.17) “enquanto fato social, o jogo assume a imagem, o sentido que cada sociedade lhe atribui. É este o aspecto que nos mostra que, dependendo do lugar e da época, os jogos assumem significações distintas”. 
Segundo Machado e Nunes (2011, p. 24) “o jogo e a brincadeira estão presentes em todas as fases da vida dos seres humanos, tornando especial a sua existência”, por isso são importantes para o desenvolvimento da criança.
Negrine (2001, p. 28 e 29) expõe que “a atividade lúdica serve de 
mediação entre o mundo relacional e o mundo simbólico, mundos nos quais se inserem todo o comportamento humano”. 
Atividades lúdicas proporcionam a integração entre a motricidade do indivíduo e suas capacidades cognitivas, sociais e afetivas. Vale ressaltar que “as escolas, tão preocupadas em desenvolver os saberes que moram na cabeça não tem sequer a noção da sabedoria que mora no corpo” (ALVES, 2008).
Justifica-se, desta forma, a necessidade de levar a criança a explorar e fazer descobertas, com o objetivo de desenvolver suas habilidades psicomotoras.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dianteda pesquisarealizada, percebe-se a grande importância daPsicomotricidade para o processo desenvolvimento da criança desde a Educação Infantil. Pois além de ser um espaço de conhecimento sobre o mundo externo, a Psicomotricidade, desenvolvidas pelas atividades lúdicas fazem com que a criança também possa conviver com os diferentes sentimentos que fazem parte da sua realidade interior.
Com base na revisão da literatura, verifica-se também o papel dos profissionais da educação envolvidos no processo educacional para o desenvolvimento da criança através de estímulos e treinamentos adequados, de materiais e estratégias variadas envolvendo jogos e brincadeiras, que contribuem para a superação das dificuldades da criança, atuando como caminho para a promoção de mudanças de atitudes aos diferentes ritmos de aprendizagem. 
A Psicomotricidade é importantes na educação das crianças, uma vez que permite o desenvolvimento afetivo, cognitivo e motor, pois pelas atividades lúdicas elas experimentam, descobrem, inventam, executam e desenvolvem suas habilidades, de forma a estimular a curiosidade e proporcionar a aprendizagem.
O educador ao fazer uso de atividades lúdicas variadas, deve ter definidos os objetivos a alcançar e escolher o queforadequadoao momentoeducativo,porque enquanto a criança está simplesmente brincando, incorporavalores, conceitos e conteúdos no contexto escolar.
Portanto, cabe ao educador, por intermédio das brincadeiras e dos jogos construir espaços privilegiados da sala de aula para a promoção do desenvolvimento da Psicomotricidade e da aprendizagem, elaborando propostas de trabalho que façam com que criança sinta-se ao mesmo tempo prestigiada e desafiada. O educador pode levar a criança a fazer descobertas e a viver experiências que tornam a aprendizagem mais estimulante e mais rica. 
Através da observação do desempenho da criança, o professor poderá avaliar o seu nível de desenvolvimento; acreditar e, sobretudo, valorizar o seu potencial, fornecendo oportunidades para enriquecer a sua criatividade, promovendo os elementos necessários para seu desenvolvimento psicomotor. 
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MORAIS, R. M. Recreação e Jogos escolares: o movimento Infantil. Florianópolis: Ceitec, 2002.
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UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas Especiais. Brasília: CORDE, 1994.
WERNECK, C. Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva. Rio de Janeiro:WVA,1997.
 
Olá, 
 
Eu me ch
amo Altemir e serei seu 
orientador
 
no desenvolvimento desse TCC! 
 
Buscarei de forma clara apontar os 
elementos que precisam ser revistos para 
enriquecer essa produção e a art
iculação das ideias apresentadas.
 
Lembre
-
se sempre que as indicações buscam, portanto, contemplar 
elementos fundamentais em um trabalho acadêmico que são obrigatórios 
(normas ABNT, sustentação teórica, etc). 
LEMBRE
-
SE que uma vez 
indicado
 
um ponto a ser aperfeiçoado, cabe a você ler o restante d
o trabalho e corrigir 
todas as vezes que 
omesmoerro 
se repetir
.
 
Para compreender as correções, segue a legenda das indicações 
realizadas
:
 
Palavra
: 
 
Palavras destacadas em 
verde
 
–
 
será preciso rever a ortografia 
(palavras escritas erradas). 
 
Trechos
: 
 
Trechos destacados em 
azul
 
–
 
releiam o trecho em questão e 
reescrevam. Esses destaques indicam que o texto foi encontrado 
em fontes da internet e precisa ser readaptado para ser aceito, ao 
lado estará escrita a fonte em 
vermelho 
onde foi encontrada.
 
Trecho
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: 
 
Trechos destacados em 
amarelo
 
–
 
contemplem as indicações a 
serem realizadas que estará em 
vermelho
 
ao lado do destaque. 
 
Nomes
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Nomes
: 
 
Os nomes marcados em 
rosa
 
no seu trabalho têm seus 
respectivos documentos listados nas referências, ou seja está 
corr
eto, quando há uma referência de citação marcada com a cor 
vermelha
 
é necessário inserir o documento nas referências.
 
 
Peço que 
NÃO
 
retire as marcações
! Apenas realize os ajustes e deixe comigo 
a padronização final, ok? Sinta
-
se livre para inserir qualquer
 
comentário que 
achar pertinente, só marque com cor diferente para facilitar a localização.
 
VOCÊ tem a autoria do trabalho, portanto a responsabilidade pelo qualidade, 
precisão das informações e clareza do trabalho é intrinsicamente sua.
 
Desejo
-
lhe um exce
lente trabalho!
 
Atenciosamente, ProfºAltemir
 
 Olá, 
Eu me chamo Altemir e serei seu 
orientador no desenvolvimento desse TCC! 
Buscarei de forma clara apontar os 
elementos que precisam ser revistos para 
enriquecer essa produção e a articulação das ideias apresentadas. 
Lembre-se sempre que as indicações buscam, portanto, contemplar 
elementos fundamentais em um trabalho acadêmico que são obrigatórios 
(normas ABNT, sustentação teórica, etc). LEMBRE-SE que uma vez indicado 
um ponto a ser aperfeiçoado, cabe a você ler o restante do trabalho e corrigir 
todas as vezes que omesmoerro se repetir. 
Para compreender as correções, segue a legenda das indicações 
realizadas: 
Palavra: Palavras destacadas em verde – será preciso rever a ortografia 
(palavras escritas erradas). 
Trechos: Trechos destacados em azul – releiam o trecho em questão e 
reescrevam. Esses destaques indicam que o texto foi encontrado 
em fontes da internet e precisa ser readaptado para ser aceito, ao 
lado estará escrita a fonte em vermelho onde foi encontrada. 
Trechos: Trechos destacados em amarelo – contemplem as indicações a 
serem realizadas que estará em vermelho ao lado do destaque. 
Nomes\Nomes: Os nomes marcados em rosa no seu trabalho têm seus 
respectivos documentos listados nas referências, ou seja está 
correto, quando há uma referência de citação marcada com a cor 
vermelha é necessário inserir o documento nas referências. 
 
Peço que NÃO retire as marcações! Apenas realize os ajustes e deixe comigo 
a padronização final, ok? Sinta-se livre para inserir qualquer comentário que 
achar pertinente, só marque com cor diferente para facilitar a localização. 
VOCÊ tem a autoria do trabalho, portanto a responsabilidade pelo qualidade, 
precisão das informações e clareza do trabalho é intrinsicamente sua. 
Desejo-lhe um excelente trabalho! 
Atenciosamente, ProfºAltemir