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Aula 3- Organização e Competência da Jus ça Eleitoral Artigos em destaque: Cons tuição Federal: Art. 118 a 121 Código Eleitoral: Art. 12, 16, 22, 23, 25, 29, 32, 35 e 36 Lei Complementar 75/1993: Art. 72 ao 80 Características dos Órgão da Justiça Eleitoral O Supremo Tribunal Federal- STF é o Órgão máximo do Poder Judiciário Brasileiro e a ele compete precipuamente (principalmente) a guarda da Constituição Federal- Art. 102, CF. O Superior Tribunal de Justiça- STJ encontra-se em outro patamar sendo o Responsável por fazer uma interpretação uniforme da legislação federal. O foco dos nossos estudos será nos órgãos da Justiça Eleitoral. A Justiça Eleitoral, ao lado da Justiça Militar e a Justiça do Trabalho representam Justiças Especializada, com características próprias. Surgida em 1930 a Justiça Eleitoral. É autônoma para o exercício de suas competências A Principal Função da justiça eleitoral é o respeito das decisões do povo (soberania popular) e à cidadania, desempenhando papel de extrema importância para o país. É composta pelos seguintes Órgãos: Tribunal Superior Eleitoral Tribunais Regionais Eleitorais Juízes Eleitorais Juntas Eleitorais Apresenta natureza federal Mantida pela União Seus servidores são federais O seu orçamento é aprovado pelo Congresso nacional A Polícia Federal detém atribuição para instaurar e conduzir inquéritos policiais visando a apuração de crimes eleitorais Não apresenta corpo próprio e independente de juízes, nela atuam magistrados oriundos da Justiça Comum Possuem órgão colegiados e os juízes eleitorais são os únicos órgãos monocráticos que serão os titulares das zonas eleitorais e cada zona eleitoral será jurisdicionada por um juiz eleitoral Cada Zona eleitoral pode ser composta por diversos municípios Possuem órgãos permanentes e temporários As Juntas Eleitorais são temporárias, formadas até 60 dias antes das eleições e dissolvidas após o final das eleições. Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral I - O Supremo Tribunal Federal; I- o Conselho Nacional de Justiça; II - o Superior Tribunal de Justiça; II - o Tribunal Superior do Trabalho; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Parágrafo único. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional. I - o Tribunal Superior Eleitoral; II - os Tribunais Regionais Eleitorais; III - os Juízes Eleitorais; IV - as Juntas Eleitorais. § 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. § 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. Superior Tribunal Eleitoral Constituição Federal: Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça. Tribunais Regionais Eleitorais Constituição Federal: Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. § 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. § 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores. Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. § 1º - Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis. § 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. § 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança. § 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando: I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei; II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais; III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais; IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; V - denegarem habeas corpus , mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção. (GRIFOS NOSSOS) Exceções ao Princípio da Irrecorribilidade: TSE TRE Art. 121, § 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança. § 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando: I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei; II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais; III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais; IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; V - denegarem habeas corpus , mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção. (GRIFOS NOSSOS) Composição do TSE e Tribunais Regionais Eleitorais: TSE TRE Composto de no mínimo 7 membros- Art. 119, CF A quantidade de membros do TSE pode ser aumentada por Lei Complementar A constituição estabelece o número fixo de 7 membros- Art. 120, CF Atenção: Conforme estabelece o art. 13 do Código Eleitoral, o número de juízes dos tribunais Regionais não será reduzido, mas poderá ser elevado até nove, caso haja proposta do Tribunal Superior Eleitoral. No ano de 2017 a banca FCC solicitou dos candidatos que compreendessem o que exige o artigo 13 do Código Eleitoral.- Mantendo o gabarito. (grifos nossos) Questão Polêmica que mencionou expressamente o que consta no Código Eleitoral: De acordo com o Código Eleitoral, o número de juízes dos Tribunais Regionais: (A) não será reduzido, mas poderá ser elevado até nove, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida. (B) não será reduzido e nem elevado, uma vez que sua composição é inalterada.(C) poderá ser reduzido e elevado, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida. (D) não será reduzido, mas poderá ser elevado até onze, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida. (E) não será elevado, mas poderá ser reduzido até cinco, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida. Gabatito FCC: A Composições dos Tribunais Eleitorais: TSE TRE Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor- se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. § 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça. jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. § 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores. (GRIFOS NOSSOS) “Lupa” no art. 119, CF- TSE- No mínimo sete ministros: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; Eleição por voto secreto no qual 11 ministros do STF votam entre si para a escolha dos 3 para TSE Também eleição por voto secreto, na qual os 33 ministros do STJ votam entre si para a escolha dos 2 para o TSE II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. O STF forma duas listas tríplices As listas são encaminhadas ao Presidente da República O Presidente da República escolhe um advogado de cada lista e os nomeia Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça. Presidente e Vice-Presidente TSE Corregedor Eleitoral Eleição no TSE escolherá dentre os Ministros do STF Tanto o Presidente do TSE quanto o vice servirão por dois anos podendo ser reconduzidos para mais um biênio, porém nunca mais que dois biênios consecutivos Eleição no TSE escolherá dentre os Ministros do STJ O art. 121 da Constituição Federal, estabelece: Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis. Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. TSE- Do Corregedor Eleitoral: O art. 119 da Constituição Federal, estabelece que o Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça. A Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral é responsável pela fiscalização dos serviços eleitorais de todo país e pela orientação de procedimentos a serem observados pelas corregedorias eleitorais de cada unidade da Federação. As atribuições do Corregedor-Geral e dos Corregedores Regionais da Justiça Eleitoral foram fixadas na Resolução 7.651/1965: Ao Corregedor-Geral incumbe a inspeção e correição dos serviços eleitorais do País e, especialmente: I — conhecer das reclamações apresentadas contra os Tribunais Regionais, encaminhando-as com o resultado das sindicâncias a que proceder, ao Tribunal Superior Eleitoral, salvo no caso do inciso seguinte; II — representar ao Tribunal Superior Eleitoral, ou ao Supremo Tribunal Federal, conforme o caso, quando, do resultado das sindicâncias, verificar que há infração penal a ser denunciada; III — receber e processar reclamações contra os Corregedores Regionais, decidindo como entender de direito, ou, sendo caso, providenciar na forma do inciso II; IV — verificar se as Corregedorias Regionais cumprem o disposto no art. 8º, e, julgando necessário, fazer correição nas Zonas Eleitorais de qualquer Estado; V — velar pela fiel execução das leis e instruções e pela boa ordem e celeridade dos serviços eleitorais, baixando os provimentos que julgar necessários; VI — verificar se há erros, abusos ou irregularidades que devam, ser corrigidos, evitados ou sanados, determinando, por provimento, a providência a ser tomada ou a corrigenda a se fazer; VII — comunicar ao Tribunal Superior Eleitoral a falta grave ou procedimento que não couber, na sua atribuição, corrigir; VIII — investigar se há crimes eleitorais á reprimir e se as denúncias já oferecidas na Justiça Eleitoral têm curso normal; IX — orientar os Corregedores Regionais relativamente à regularidade dos serviços eleitorais nos respectivos Estados; X — indicar ao Tribunal Superior Eleitoral a substituição temporária, no serviço eleitoral de qualquer Juiz; XI — requisitar a qualquer autoridade, civil ou militar, a colaboração necessária ao bom desempenho ou segurança da sua missão; XII — cumprir e fazer cumprir as determinações do Tribunal Superior Eleitoral. TSE- Corregedor Eleitoral: No desempenho de suas atribuições o Corregedor-Geral se locomoverá para os estados por determinação do TSE, a pedido dos tribunais regionais, a requerimento de partido deferido pelo TSE e sempre que entender necessário. As correições têm por fim aferir a regularidade do funcionamento do cartório eleitoral e de seus serviços e será efetivada pelo juiz da zona respectiva ou pelo corregedor regional eleitoral, ordinariamente, pelo menos uma vez a cada ano, até 19 de dezembro. Das Correições realizadas pelo Corregedor: O corregedor-geral poderá, a pedido do corregedor regional, por determinação do TSE ou quando entender necessário, realizar correições nas zonas eleitorais ou corregedorias regionais Deliberações do Tribunal Superior Eleitoral: REGRA: Deliberação por Maioria Exceções: Só poderão ser tomadas com a presença de TODOS os seus membros Nas decisões que envolvem a) interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição; b) cassação de registro de partidos políticos; c) recursos que importem anulação geral de eleições ou perda de diplomas só poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros. Serão convocados substitutos, ou suplente se ocorrer impedimento de algum juiz. Competências do Tribunal Superior Eleitoral: Competências Jurisdicionais- Art. 22 do Código Eleitoral CompetênciasAdministrativas- Art. 23 do Código Eleitoral Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: I - Processar e julgar originariamente: A) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à Presidência e vice-presidência da República; Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior, I - elaborar o seu regimento interno; II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral, propondo ao Congresso Nacional a criação ou extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados diferentes; c)a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral e aos funcionários da sua Secretaria; vencimentos, provendo-os na forma da lei; III - conceder aos seus membros licença e férias assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos; IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais; Se o próprio TSE estiver envolvido em conflito de competência com qualquer outro Tribunal (superior ou não), o Supremo Tribunal Federal julgará As três primeiras competências administrativas também estão estabelecidas no art. 96 da CF. d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios Juízes e pelos Juízes dos Tribunais Regionais; V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios; VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse aumento; VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice- Presidente da República, senadores e deputados federais, quando não o tiverem sido por lei: VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas; Alínea não recepcionada pela CF/88, pois entrou em conflito com os Art. 102, I, c e art. 105, I, a. Portanto, Crime comum(eleitoral) cometido por membro do TSE: é julgado pelo STF; Crime comum (e eleitoral ) cometido por membro do TRE: é julgado pelo STJ No julgamento da Reclamação 511-9 o STF entendeu que não há justificativa para separar o que é crime comum e o que é crime eleitoral TSE TRE Juízes eleitorais Aprovar a divisão do Estado em Zonas Eleitorais e a criação de Dividir a circunscrição em zonas eleitorais e a criação de novas zonas eleitorais, Dividir a zona em seções eleitorais O Tribunal Superior Eleitoral aprovou em 2022 a Resolução nº 23.691 que cria zonas eleitorais criminais especializadas para julgar crimes comuns conexos a crimes eleitorais, designando assim, zonas eleitorais específicas para processamento e julgamento das infrações penais comuns (STF- AgR-quarto Inq 4435, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe de 21/08/2019) Zonas Eleitorais correspondem às comarcas da Justiça Comum- tratam-se de espaços territoriais sob jurisdição de um juiz eleitoral. A área da zona eleitoral pode coincidir com a da comarca. e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, relativos a atos do Presidente da República, dos Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração; (Vide suspensão de execução pela RSF nº 132, de 1984) novas zonas eleitorais após a aprovação do TSE IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código; Alínea não recepcionada pela CF/88. Vide os artigos : 102, I, “d”; 102, I, “i”; 105, I, “b” e “c” e 105, I, “c”, da Constituição Federal de 1988. As instruções e demãos deliberações de caráter normativo do TSE são veiculadas em Resoluções. Resolução é ato normativo emanado do órgão colegiado para regulamentar matéria de sua competência. f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos; A lei 9096/95 (Lei dos Partidos Políticos), no art. 31 veda ao partido o recebimento de contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, cuja procedência esteja identificada em seus incisos, nos quais se incluem os procedentes de entidade ou governo estrangeiro, entidade de classe ou sindicais, entre outras procedências. Art. 23-A. A competência norma va regulamentar prevista no parágrafo único do art. 1º e no inciso IX do caput do art. 23 deste Código restringe-se a matérias especificamente autorizadas em lei, sendo vedado ao Tribunal Superior Eleitoral tratar de matéria rela va à organização dos par dos polí cos. Atenção: Este dispositivo pode ser objeto de questões na prova X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em diligência fora da sede; XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça nos termos do ar. 25; XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade com Art. 32. O partido está obrigado a enviar, anualmente, à Justiça Eleitoral, o balanço contábil do exercício findo, até o dia 30 de junho do ano seguinte. (Redação dada pela Lei nº 13.877, de 2019) § 1º O balanço contábil do órgão nacional será enviado ao Tribunal Superior Eleitoral, o dos órgãos estaduais aos Tribunais Regionais Eleitorais e o dos órgãos municipais aos Juízes Eleitorais. Portanto, o TSE fixa a diária dos Corregedores Regionais e auxiliares também. g) as impugnações à apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição de Presidente e Vice- Presidente da República; h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro de 60 (sessenta) dias da conclusão ao relator; h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro de trinta dias da conclusão ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político; interessada. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966) Desaforamento é utilizado na Justiça Eleitoral para requerer que o processo seja submetido a julgamento por órgão diverso daquele inicialmente competente em razão de demora do seu julgamento. Ultrapassados 30 dias da conclusão do feito ao juiz/relator é possível pedir o desaforamento. Função Consultiva no Poder Judiciário é uma exceção da Justiça Eleitoral. Tanto o TSE quanto os TREs detêm atribuição para responder a consultas. A resposta à consulta não possui caráter vinculante, serve de fundamento para decisões nos planos administrativo e judicial, orientando os órgãos da Justiça Eleitoral MATÉRIA COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO Feitos não decididos pelos Tribunais Regionais em 30 dias da conclusão para julgamento TSE Feitos não decididos pelos juízes eleitorais em 30 dias da conclusão para julgamento TRE XIII - autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que essa providência for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo; XIV - requisitar a fôrça federal necessária ao cumprimento da lei e das suas próprias decisões, ou das decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem; XIV - requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a i) as reclamaçõescontra os seus próprios juízes que, no prazo de trinta dias a contar da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) MATÉRIA COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO O atraso no julgamento dos processos originários do TSE por mais de 30 dias da conclusão ao relator é passível de RECLAMAÇÃO e não desaforamento. TSE votação e a apuração; (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966) Ac.-TSE, de 7.8.2018, no PA nº 060010513: recomendável a oi va do chefe do Poder Execu vo local; Ac.-TSE, de 29.9.2016, no PA nº 060002755: instado e não havendo manifestação do governador, defere-se o pedido; Ac.-TSE, de 25.9.2012, no PA nº 93602: assegurado, pelo Execu vo, o transcurso normal do pleito com forças locais, indefere-se o pedido - v., também, Ac.- TSE, de 2.10.2012, no PA nº 103909: o deslocamento de forças federais para o estado só é cabível quando o chefe do Poder Execu vo local se manifesta pela insuficiência das forças estaduais j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de cento e vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitando- se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em julgado. (Incluído pela LCP nº 86, de 1996) (Produção de efeito) XV - organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência; A Ação Rescisória visa desconstituir decisão de mérito que já tenha transitado em julgado por existência de vício. Trata-se de uma demanda e não se trata de recurso. É diferente da Ação Anulatória As Súmulas são o resultado da uniformização de jurisprudência, da convergência de decisões de um tribunal sobre um determinado tema. Atualmente o TSE tem 72 súmulas aprovadas Ação Rescisória Ação Anulatória Visa desconstituir decisão de mérito transitada em julgado e que possua algum vício Visa desconstituir decisão transitada em julgado que não incidem no mérito do processo XVI - requisitar funcionários da União e do Distrito Federal quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço de sua Secretaria; XVII - publicar um boletim eleitoral; A LC/96 introduziu no âmbito da Justiça Eleitoral a ação Rescisória para os casos de inelegibilidade, incumbindo apenas ao TSE o seu processamento e julgamento originário e apenas para seus próprios julgados O boletim eleitoral foi substituído em julho de 1990 pela Revista de Jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, com edições trimestrais, trazendo uma seleção das decisões dos julgamentos. TSE TRE Apenas o TSE processa e julga originariamente ação rescisória para os casos de inelegibilidade e apenas contra seus próprios julgados Os TREs não são competentes para julgar e processar ações rescisórias XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução da legislação eleitoral. No julgamento da ADIn 1.459- 5/DF declarou a inconstitucionalidade do trecho do artigo do Código eleitoral que diz “possibilitando o exercício do mandato até o seu trânsito em julgado”. As competências do TSE não são numerus clausus, outras poderão surgir. II - julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais nos termos do Art. 276 inclusive os que versarem matéria administrativa. Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são irrecorríveis, salvo nos casos do Art. 281. Trata-se do Princípio da Irrecorribilidade das Decisões do TSE. Tanto o TSE quanto os TREs possuem decisões irrecorríveis, salvo algumas exceções. Composições dos Tribunais Eleitorais: Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. § 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. § 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores. (GRIFOS NOSSOS) “Lupa” no art. 120, CF- TSE- No mínimo sete ministros: § 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. § 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice- Presidente- dentre os desembargadores. (GRIFOS NOSSOS) Eleição por voto secreto no qual 11 ministros do STF votam entre si para a escolha dos 3 para TSE Competências do Tribunal Regional Eleitoral: Competências Jurisdicionais- Art. 29 do Código Eleitoral Competências Administrativas- Art. 30 do Código Eleitoral Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais: I - processar e julgar originariamente: a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios estaduais e municipais de partidos políticos, bem como de candidatos a Governador, Vice-Governadores, e membro do Congresso Nacional e das Assembléias Legislativas; b) os conflitos de jurisdição entre juizes eleitorais do respectivo Estado; c) a suspeição ou impedimentos aos seus membros ao Procurador Regional e aos funcionários da sua Secretaria assim como aos juizes e escrivães eleitorais; Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais: I - elaborar o seu regimento interno; II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional provendo- lhes os cargos na forma da lei, e propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior a criação ou supressão de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos; III - conceder aos seus membros e aos juizes eleitorais licença e férias, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos submetendo, quanto aqueles, a decisão à aprovação do Tribunal Superior Eleitoral; d) os crimes eleitorais cometidos pelos juizes eleitorais; e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, contra ato de autoridades que respondam perante os Tribunais de Justiça por crime de responsabilidade e, em grau de recurso, os denegados ou concedidos pelos juizes eleitorais; ou, ainda, o habeas corpus quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração; f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto a sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos; g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos juízes eleitorais em 60 (sessenta) dias da sua conclusão para julgamento, sem prejuízo das sanções aplicadas pelo excesso de prazos. g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos juizes eleitorais em trinta dias da sua conclusão para julgamento, formulados por partido candidato Ministério Públicoou parte legitimamente interessada sem prejuízo das sanções decorrentes do excesso de prazo. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966) II - julgar os recursos interpostos: a) dos atos e das decisões proferidas pelos juizes e juntas eleitorais. b) das decisões dos juizes eleitorais que concederem ou denegarem habeas corpus ou mandado de segurança. Parágrafo único. As decisões dos Tribunais Regionais são irrecorríveis, salvo nos casos do Art. 276. IV - fixar a data das eleições de Governador e Vice-Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos , vereadores e juizes de paz, quando não determinada por disposição constitucional ou legal; V - constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição; VI - indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora; VII - apurar com os resultados parciais enviados pelas juntas eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e Vice- Governador de membros do Congresso Nacional e expedir os respectivos diplomas, remetendo dentro do prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao Tribunal Superior, cópia das atas de seus trabalhos; VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político; IX - dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior; X - aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva responder pela escrivania eleitoral durante o biênio; XI - nomear preparadores, unicamente dentre nomes indicados pelos juizes eleitorais, para auxiliarem o alistamento eleitoral; (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994) XII - requisitar a força necessária ao cumprimento de suas decisões solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força federal; XIII - autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados, ao seu presidente e, no interior, aos juizes eleitorais, a requisição de funcionários federais, estaduais ou municipais para auxiliarem os escrivães eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço; XIV - requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito Federal e em cada Estado ou Território, funcionários dos respectivos quadros administrativos, no caso de acúmulo ocasional de serviço de suas Secretarias; XV - aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão até 30 (trinta) dias aos juizes eleitorais; XVI - cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior; XVII - determinar, em caso de urgência, providências para a execução da lei na respectiva circunscrição; XVIII - organizar o fichário dos eleitores do Estado. XIX - suprimir os mapas parciais de apuração mandando utilizar apenas os boletins e os mapas totalizadores, desde que o menor número de candidatos às eleições proporcionais justifique a supressão, observadas as seguintes normas: (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao Tribunal Regional que suprima a exigência dos mapas parciais de apuração; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) b) da decisão do Tribunal Regional qualquer candidato ou partido poderá, no prazo de três dias, recorrer para o Tribunal Superior, que decidirá em cinco dias; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) c) a supressão dos mapas parciais de apuração só será admitida até seis meses antes da data da eleição; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos Tribunais Regionais, depois de aprovados pelo Tribunal Superior; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) e) o Tribunal Regional ouvira os partidos na elaboração dos modelos dos boletins e mapas de apuração a fim de que estes atendam às peculiaridade locais, encaminhando os modelos que aprovar, acompanhados das sugestões ou impugnações formuladas pelos partidos, à decisão do Tribunal Superior. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) Art. 31. Faltando num Território o Tribunal Regional, ficará a respectiva circunscrição eleitoral sob a jurisdição do Tribunal Regional que o Tribunal Superior designar.
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