Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIREITO ADMINISTRATIVO VIDEOAULA PROF. ARIEL ZVOZIAK Delegação www.acasadoconcurseiro.com.br http://www.acasadoconcurseiro.com.br DIREITO ADMINISTRATIVO 3 DELEGAÇÃO • CONCEITO: • A Delegação é uma forma descentralizada de serviço público na qual o Estado Transfere a execução do serviço e não sua titularidade a uma pessoa jurídica de direito privado que o exercerá em nome do Estado, arcando com os riscos do empreendimento. • FORMAS DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS: • DIRETA • PRÓPRIO ESTADO • INDIRETA • DELEGAÇÃO POR CONTRATO • CONCESSÃO • PERMISSÃO • AUTORIZAÇÃO • DELEGAÇÃO LEGAL • EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA DELEGAÇÃO: CONCESSÃO • CONCEITO: • “É o instituto através do qual o Estado atribui o exercício de um serviço público a al- guém que aceite prestá-lo em nome próprio, por sua conta e risco, nas condições fixa- das e alteráveis unilateralmente pelo Poder Público, mas sob garantia contratual de um equilíbrio econômico-financeiro, remunerando-se pela própria exploração do serviço, em geral e basicamente mediante tarifas cobradas diretamente dos usuários do servi- ço” (Celso Antônio Bandeira de Mello) • FORMA E DETALHES • É feito um contrato administrativo bilateral e caso algumas das partes queira rescindir, deverá estar previsto no contrato a obrigação de indenização. • A concessão deve sempre ser hegemônico o interesse público. 4 • INTERVENÇÃO: • Se comprovada a inadequação da prestação do serviço pelo concessionário, o poder concedente extinguirá a concessão, caso entenda ser esta a medida necessária; caso contrário, a administração do serviço será devolvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor (que responderá pelos atos praticados durante a sua gestão. • A Lei nº 8.987/95 dispõe sobre o regime de concessões e permissões da prestação de servi- ços públicos, excetuando os de radiodifusão sonora e de sons e imagens (art. 41), tal como previsto no art. 175 da CF. • Serviço concedido é serviço do Poder Público, apenas executado por particular em razão da concessão. • A concessão de serviços públicos ocorre em contrato, mediante o qual há delegação da prestação de serviço público, feita pelo poder concedente, mediante licitação na modalida- de CONCORRÊNCIA, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado (Lei nº 8.987/95, art. 2º,II), distinguindo-a da concessão de serviço público precedida da execução de obra públi- ca (art. 2º. III). • A pessoa física não pode ser concessionária. • O art. 2º da Lei nº 9.074/95 criou um requisito necessário à instituição de concessões e per- missões: a exigência de lei autorizativa. • Como regra, a concessão, assim como a permissão, não deve ser feita com exclusividade, a fim de permitir a competição entre possíveis interessados e, assim, favorecer os usuários com melhores serviços e tarifas. • O art. 37, § 6º, da CF estabelece para as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos a responsabilização objetiva pelos danos que seus agentes, nessa qualida- de, causarem a terceiros, assegurando o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. • A responsabilização recai somente sobre o poder concedente de forma subsidiária, por exemplo, se a empresa causar um dano de tal monta que não consiga arcar com a respon- sabilização. • A natureza jurídica da concessão de serviços públicos é a de CONTRATO ADMINISTRATIVO, espécie do gênero “contratos da administração”, submetido ao regime jurídico-administra- tivo que se caracteriza por prerrogativas e sujeições da Administração; DELEGAÇÃO: PERMISSÃO • CONCEITO: • É ato administrativo discricionário e precário pelo qual mediante prévia licitação é con- sentida ao particular alguma conduta em que exista interesse predominante da coletivi- dade. É formalizada através de contrato de adesão e pode ser revogada unilateralmente pelo poder concedente; DIREITO ADMINISTRATIVO | PROFESSOR ARIEL ZVOZIAK 5 • “a permissão, pelo seu caráter precário, seria utilizada, normalmente, quando o permis- sionário não necessitasse alocar grandes capitais para o desempenho do serviço ou (...) quando os riscos da precariedade a serem assumidos pelo permissionário fossem com- pensáveis seja pela rentabilidade do serviço, seja pelo curto prazo em que se realizaria a satisfação econômica” (Celso Antônio Bandeira de Mello) • FORMA E DETALHES • Deverá ser feita sempre através de licitação, qualquer modalidade. • É um ato administrativo unilateral. • Na permissão deve sempre ser predominante o interesse público. • A Lei nº 8.978/95 referiu-se à permissão em apenas dois dispositivos: no artigo 2º, inciso IV, e no artigo 40, pelos quais se verifica que a permissão é definida como contrato de adesão, precário e revogável unilateralmente pelo poder concedente. • São aplicadas às permissões as mesmas regras pertinentes às concessões (cf. art. 40, p. úni- co, da Lei nº 8.987/95. • A Lei nº 8.987/95, cf. art. 2º, IV, define a permissão como sendo “a delegação, a título pre- cário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco”. • Assim, diferente da concessão, só permitida às pessoas jurídicas ou consórcios de empre- sas, a permissão pode ser feita à pessoa física. • A permissão é tradicionalmente considerada pela doutrina como ato unilateral, discricioná- rio, precário, intuitu personae, podendo ser gratuito ou oneroso. DELEGAÇÃO: AUTORIZAÇÃO • CONCEITO: • “serviços autorizados são aqueles que o Poder Público, por ato unilateral, precário, dis- cricionário, consente na sua execução por particular para atender interesses coletivos instáveis ou emergência transitória”. (Hely Lopes) • É um ato administrativo discricionário (o gestor decide os parâmetros) e precário (pode terminar a qualquer momento) na qual a administração pública possibilita ao particular a realização de alguma atividade de predominante interesse deste, ou a utilização de um bem público. • FORMA E DETALHES • Ele é um ato unilateral e não necessita de contrato ou licitação. • O que, conceitualmente, é comum entre a concessão, a permissão e a autorização, sob o aspecto jurídico- administrativo, é o fato de terem pressuposto de interesse público. 6 • Ainda segundo Hely Lopes, a modalidade de serviços autorizados é adequada para os servi- ços que não exigem execução pela própria Administração, nem pedem especialização para a sua prestação ao público, como o serviço de táxi, costumando-se fazer remissão ao art. 21, XII, da CF para justificá-la. • No entanto, outros autores, como Zanella Di Pietro, entendem que a autorização inexiste como delegação de serviço público, pois por meio dela a Administração autoriza o exercício de atividade que, por sua utilidade pública, está sujeita ao poder de polícia do Estado, ado- tando a terminologia do art. 175-CF/88, que refere-se apenas a permissão e concessão do serviço público. QUADRO COMPARATIVO CONCESSÃO PERMISSÃO AUTORIZAÇÃO CELEBRAÇÃO CONTRATO ADMINISTRATIVO CONTRATO DE ADESÃO DE CARÁTER PRECÁRIO, REVOGÁVEL A QUALQUER TEMPO ATO ADMINISTRATIVO UNILATERAL DE CARÁTER PRECÁRIO, REVOGÁVEL A QUALQUER TEMPO, SEM DIREITO À INDENIZAÇÃO DURAÇÃO NECESSARIAMENTE POR TEMPO DETERMINADO POR TEMPO DETERMINADO PODE SER POR PRAZO INDETERMINADO LICITAÇÃO MODALIDADE CONCORRÊNCIA EXIGE-SE LICITAÇÃO NÃO EXIGE LICITAÇÃO APLICABILIDADE PESSOAS JURÍDICAS E CONSÓRCIO DE EMPRESAS PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS AUTORIZAÇÃO EXIGE-SE LEI PRÉVIA AUTORIZANDO, COM EXCEÇÃO AOS CASOS DO ART. 2º DA LEI 9.074/1995 EXIGE-SE LEI PRÉVIA AUTORIZANDO, COM EXCEÇÃO AOS CASOS DO ART. 2º DA LEI 9.074/1995 NÃO EXIGE LEI PRÉVIA
Compartilhar