Educação Física no Ensino Fundamental I (1)

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EDUCAÇÃO FÍSICA 
NO ENSINO 
FUNDAMENTAL I
PROF.a PATRICIA HEROLD
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA
Prof.a Patricia Herold
EDUCAÇÃO FÍSICA 
NO ENSINO 
FUNDAMENTAL I 
Marília/SP
2023
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma 
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
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emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
EDUCAÇÃO FÍSICA NO 
ENSINO FUNDAMENTAL I 
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SUMÁRIO
CAPÍTULO 01
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
CAPÍTULO 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
07
21
35
50
65
78
91
104
117
131
144
158
172
185
200
O ENSINO FUNDAMENTAL
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO 
FUNDAMENTAL I
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 6 A 11 
ANOS
PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO 
ENSINO FUNDAMENTAL I 
JOGOS E BRINCADEIRAS - 1º AO 3ºANOS
GINÁSTICA - 1º AO 3º ANOS
ESPORTES - 1º AO 3º ANOS
LUTAS - 1º AO 3º ANOS
ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS - 1º 
AO 3º ANOS
JOGOS E BRINCADEIRAS- 4º E 5º ANOS
GINÁSTICA - 4º E 5º ANOS
ESPORTES - 4º E 5º ANOS
LUTAS - 4º E 5º ANOS
ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS - 4º E 
5º ANOS
EIXOS TRANSVERSAIS E A EDUCAÇÃO FÍSICA 
NO ENSINO FUNDAMENTAL I
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INTRODUÇÃO
Chegamos agora na segunda etapa da educação básica: o ensino fundamental I. 
E a educação física é uma das disciplinas que compõem esse período, oferecendo 
ferramentas importantes para o desenvolvimento global do aluno, pois vai muito 
mais além do que correr e brincar. Aqui você, futuro professor de educação física, irá 
compreender a sua importância nesse processo.
Neste livro, iniciaremos conhecendo o que é e como se configura o ensino fundamental 
I de acordo com as legislações vigentes. Depois, iremos compreender o papel da 
educação física na vida do aluno dessa etapa, compreendendo todas as suas nuances 
de atuação nessa etapa. Chega então o momento de conhecer o nosso protagonista 
nesse espetáculo todo: o aluno. Iremos discorrer sobre o desenvolvimento da criança 
de 6 a 11 anos, pois esses conhecimentos são fundamentais para poder ir para a 
próxima etapa, que é o planejamento. Agora é traçar o melhor caminho para percorrer 
essa jornada de forma segura e comprometida com esse aluno e sua formação.
Aqui também será possível encontrar uma gama de atividades para serem colocadas 
em prática, englobando os conteúdos da cultura do movimento humano: jogos e 
brincadeiras, ginástica, esportes, lutas e atividades rítmicas e expressivas. Todas 
são propostas que incentivam a cooperação, o respeito mútuo e a compreensão da 
importância do trabalho em equipe.
Finalizamos com os eixos transversais, com possibilidades interessantes de 
temáticas que potencializam as habilidades e competências em assuntos da atualidade 
e também na resolução de problemas do cotidiano, com estratégias para tornar os 
ensinamentos mais atrativos e memoráveis.
Esperamos despertar a paixão pelo movimento, incentivando a prática de esportes, 
atividades físicas e o bem-estar geral. Queremos mostrar que a educação física não 
se trata apenas de competições, mas de um caminho para desenvolver habilidades, 
superar desafios e se divertir ao mesmo tempo.
Convidamos você, estudante, para desbravar esse mundo colorido e cheio de 
movimentos em busca de uma vida mais saudável, mais ativa e claro, mais feliz, tanto 
para o aluno, quanto na sua atuação profissional, tendo subsídios para exercer sua 
profissão de forma segura, efetiva e com a certeza de que está fazendo a diferença 
no desenvolvimento dos seus alunos.
INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO 1
O ENSINO FUNDAMENTAL
Começaremos agora a conversar sobre a etapa mais longa do ensino básico no 
Brasil. Essa etapa contempla muitas mudanças no decorrer dos anos e merece atenção 
especial nesse processo de organização.
O ensino fundamental na educação básica se desenvolve em nove anos, sendo 
organizado em anos (1º ao 9º anos) e é obrigatório para todas as crianças que possuem 
idade entre 6 a 14 anos. A proposta é organizada em ciclos, objetivando a formação 
integral dos alunos, atendendo esferas no desenvolvimento de habilidades cognitivas, 
socioemocionais e físicas.
Esse sistema educacional é dividido em dois ciclos:
1-Ciclo de alfabetização
Esse ciclo engloba o 1º ao 3º ano. Nessa etapa, o foco principal é o processo de 
alfabetização e letramento, ou seja, o aprendizado da leitura, escrita e interpretação 
de textos, além do desenvolvimento do raciocínio matemático básico. Além disso, 
são trabalhadas disciplinas como ciências, história, geografia, artes e educação física.
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As principais etapas desse ciclo são:
1º ano: Nessa etapa inicial, o foco está no processo de alfabetização propriamente 
dito, ou seja, na aprendizagem do sistema de escrita alfabética. Os alunos são 
introduzidos às letras, seus sons e suas combinações para formar palavras. São 
realizadas atividades de reconhecimento de letras, associação de sons, formação de 
sílabas e palavras simples. A leitura e a escrita são trabalhadas de forma gradual, 
partindo de palavras e frases simples.
2º ano: No segundo ano, o processo de alfabetização continua, mas com um 
enfoque na consolidação das habilidades adquiridas. Os alunos são estimulados a 
ler e escrever textos mais complexos, ampliando seu vocabulário e compreensão. 
São trabalhadas estratégias de leitura como identificação de informações principais, 
inferência de significados e interpretação de textos. Na escrita, são aprimoradas a 
ortografia, a pontuação e a estruturação de frases e parágrafos.
3º ano: Já nessa etapa final do ciclo de alfabetização, busca-se a consolidação das 
habilidades de leitura, escrita e letramento. Os alunos são incentivados a ler textos mais 
longos e diversificados, desenvolvendo a fluência e a compreensão leitora. Na escrita, 
são trabalhadas produções mais elaboradas, como narrativas, descrições e textos 
informativos. O desenvolvimento do raciocínio matemático também é aprofundado, 
abrangendo operações básicas, resolução de problemas e noções de geometria e 
medida.
https://www.pexels.com/pt-br/procurar/ELEMENTARY%20SCHOOL/ 
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É importante ressaltar que, durante todo o ciclo de alfabetização, são utilizadas 
metodologias diversificadas, como jogos, leituras em voz alta, atividades práticas 
e interações sociais, para tornar o processo de aprendizagem mais significativo e 
estimulante para os alunos. O acompanhamento individualizado e o apoio pedagógico 
também são essenciais para garantir o progresso de cada aluno nessa etapa fundamental 
da educação.
2-Ciclo interdisciplinar
O ciclo interdisciplinar no ensino fundamental compreende do 4º ao 9º e é uma fase 
em que os alunos aprofundam seus conhecimentos em todas as disciplinas, além de 
explorarem temas transversais e interdisciplinares. A organização deste ciclo pode 
variar de acordo com as escolas e sistemas de ensino, mas há algumas características 
comuns.Durante esse ciclo, as disciplinas tradicionais, como língua portuguesa, 
matemática, ciências, história, geografia, artes e educação física, são ensinadas de 
forma integrada, buscando relacionar os conteúdos entre si e com a realidade dos 
alunos. Além disso, é comum abordar temas transversais, como educação ambiental, 
saúde, cidadania, ética, diversidade, entre outros. Conversaremos mais sobre isso no 
último capítulo deste livro.
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https://www.pexels.com/pt-br/foto/adulto-responder-resposta-criancas-5428155/ 
São características do Ciclo Interdisciplinar:
-Continuidade do desenvolvimento das habilidades e conhecimentos básicos: 
os alunos aprimoram suas habilidades de leitura, escrita, interpretação de textos e 
raciocínio matemático. São introduzidos conceitos mais avançados em cada disciplina, 
aprofundando os conhecimentos adquiridos nos anos anteriores.
-Integração entre as disciplinas: os conteúdos são abordados de maneira interligada, 
buscando mostrar as conexões entre as diversas áreas do conhecimento. Os professores 
trabalham em equipe, compartilhando estratégias pedagógicas e promovendo projetos 
interdisciplinares.
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-Temas transversais e projetos integrados: além das disciplinas tradicionais, são 
abordados temas transversais que permeiam diferentes áreas do conhecimento. 
Esses temas são explorados por meio de projetos integrados, que envolvem diferentes 
disciplinas e estimulam a pesquisa, a criatividade e a participação ativa dos alunos.
-Estímulo ao pensamento crítico e à participação ativa dos alunos: o ciclo 
interdisciplinar visa desenvolver o pensamento crítico dos alunos, estimulando-os a 
questionar, investigar, argumentar e construir conhecimento de forma autônoma. São 
realizadas atividades práticas, projetos de pesquisa, debates e trabalhos em grupo, 
promovendo a participação ativa dos estudantes.
https://www.pexels.com/pt-br/foto/classe-categoria-elegancia-sala-de-aula-5428003/ 
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É importante destacar que a organização do ciclo interdisciplinar pode variar 
de acordo com as diretrizes curriculares de cada sistema de ensino e as escolhas 
pedagógicas adotadas pelas instituições. O objetivo principal é proporcionar uma 
educação mais abrangente e contextualizada, que estimule o pensamento crítico, a 
criatividade e capacidade de resolver problemas de forma integrada.
1.1 Percurso Histórico
Na nossa realidade, podemos verificar que existe uma preocupação frequente 
em confirmar que todos os cidadãos possuem acesso à educação básica, pois 
compreendemos que ter direito a educação escolar vai além de uma exigência para 
a sociedade em que vivemos. É um direito que nos dá permissão ao exercício pleno da 
cidadania. Ao olharmos para a educação como um direito social e político, passamos 
a compreender a presença e necessidade de exercer todos os outros direitos (CURY, 
2002).
Partindo desse pressuposto, ter direito de estudar foi ganhando espaço, tendo 
seu reconhecimento garantido e também fornecendo acesso para os cidadãos se 
utilizando de documentos legais, como é a Declaração dos Direitos Humanos de 1948, 
no artigo XXVI. Esse documento declara que todo e qualquer cidadão possui direito 
à educação, pois isso está relacionado intimamente com o pleno desenvolvimento 
humano (KREUTZ, 1996).
Quando pensamos em direito à educação, a proposta é que isso seja um instrumento 
para que a população possa ter igualdade de oportunidades na vida. E a partir do 
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momento que é um direito, assegurado por uma lei, faz com que o Estado garanta todo 
o acesso e desenvolvam mecanismos para sua gratuidade. Ao ser declarado direito, 
deve, portanto, ter sua aplicabilidade garantida e assegurada a sua implementação.
É através da educação que a população poderá ter acesso aos bens culturais e 
isso facilitará a emancipação dos cidadãos, pois com os conhecimentos necessários, 
desenvolvendo um modo autônomo e consciente, poderemos ter atuação em diferentes 
espaços sociais, políticos e ao mundo profissional. Sendo assim, para um exercício pleno 
da cidadania e todos os demais direitos, a educação se torna imprescindível. Esse direito 
declarado em lei para o acesso à educação direcionado a todas as crianças e outras 
pessoas é um avanço significativo conquistado com muita luta por meio de movimentos 
sociais que defendem uma sociedade que seja justa e também democrática.
https://www.pexels.com/pt-br/foto/menino-em-pe-perto-da-estante-261895/ 
Aqui no Brasil, o direito ao ensino primário foi reconhecido só em 1934, pois antes, 
em 1824, na primeira carta de direitos elaborada no nosso país, constava apenas que 
o ensino era gratuito, conforme Art.179.XXXII: “A instrução primária é gratuita a todos 
os cidadãos.”
Na Constituição de 1946, o texto declara a educação como um direito de todos e 
que o ensino primário gratuito em instituições públicas com caráter obrigatório, delega 
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à União a responsabilidade de desenvolver diretrizes e bases para uma educação 
nacional. Isso abriu a possibilidade de organizar e instalar um sistema nacional que 
tem a educação como instrumento para a democratização pela via da universalização 
da escola básica. Dessa forma, inicia-se a elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação como um caminho para a consolidação desses direitos (SAVIANI, 2002).
Já em 1967, a Constituição deixa claro qual é a faixa etária para quem se destina 
esse ensino obrigatório. “Art. 168, parágrafo 3º, II – o ensino dos 7 aos 14 anos é 
obrigatório para todos e gratuito nos estabelecimentos primários oficiais”(FÁVERO, 
2005, p.312).
A Lei Educacional nº 5692, em 1971, apresentou que a obrigatoriedade seja para o 
ensino primário e o chamou de ensino de primeiro grau, com duração de oito anos e 
organizou algumas diretrizes e bases para os ensinos de primeiro e segundo graus.
https://www.pexels.com/pt-br/foto/livros-garotos-meninos-rapazes-5427648/ 
Mais para frente, em 1988, a Constituição Federal com todo o clima de democracia 
apresentou de forma intensa no seu texto, a importância dos direitos sociais e coletivos, 
com objetivo de transformar efetivamente todos os indivíduos em cidadãos. O texto 
dessa constituição consagra o ensino fundamental como etapa obrigatória dentro 
da educação básica. Declara também a educação como um direito do cidadão e, 
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consequentemente, dever do Estado, proclamando isso como princípios do ensino 
para a igualdade de condições, tanto de acesso quanto de permanência na escola, 
além da garantia de qualidade no padrão de ensino.
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, 
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (FÁVERO, 
2005, p.317)
.
A Lei Federal nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (LDBEN), instituiu o conceito de educação básica como direito 
do cidadão e dever do Estado, sendo constituída em três etapas: educação infantil, 
ensino fundamental e ensino médio (Art. 21). 
Em janeiro de 2001, foi aprovada a Lei nº 10172, a qual aprovou o Plano Nacional 
da Educação (PNE), a qual sinalizou que o ensino fundamental obrigatório foi ampliado 
para nove anos, estabelecendo em seus objetivos e metas que o ensino fundamental 
obrigatório com nove anos, iniciando aos seis anos de idade, sendo implantadode 
maneira gradativa conforme ia sendo universalizado o atendimento para sete a quatorze 
anos. Dessa forma, esperava-se poder oferecer mais oportunidades para aprendizagem 
durante esse período de escolarização obrigatória, assegurando que ao entrar mais 
cedo, seria possível que a criança pudesse alcançar maiores níveis de escolaridade. 
Essa etapa, portanto, é de extrema importância que se faça acontecer a permanência 
da criança na escola, pois, de acordo com o próprio PNE seria:
[...] a forma mais perversa e irremediável de exclusão social, pois nega 
o direito elementar de cidadania, reproduzindo o círculo da pobreza 
e da marginalidade e alienando milhões de brasileiros de qualquer 
perspectiva de futuro (PNE, 2001, p.28).
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https://www.pexels.com/pt-br/foto/materiais-de-arte-materiais-artisticos-obra-de-arte-lapis-colorido-8466776/ 
Já em 6 de fevereiro de 2006 foi promulgada a Lei Federal nº 11.274 que estabeleceu 
o Ensino Fundamental de nove anos de duração com a inclusão das crianças de seis 
anos de idade, alterando os artigos 32 e 87 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional. Com a reformulação da redação os mesmos artigos passaram a ser redigidos 
da seguinte maneira:
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) 
anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de 
idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: 
(Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006 [...] Art. 87. § 2º O poder 
público deverá recensear os educandos no ensino fundamental, com 
especial atenção para o grupo de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos de 
idade e de 15 (quinze) a 16 (dezesseis) anos de idade. § 3º Cada 
Município e, supletivamente, o Estado e a União, deverá: I- matricular 
todos os educandos a partir dos 6 (seis) anos de idade no ensino 
fundamental; [...]
 
A emenda constitucional 059/2009 alterou o artigo 208 da Constituição Federal que 
passou a vigorar com a seguinte redação “educação básica obrigatória e gratuita dos 
4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita 
para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria”.
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O direito à educação parte do reconhecimento de que o saber sistemático 
é mais do que uma importante herança cultural. Como parte da herança 
cultural, o cidadão torna-se capaz de se apossar de padrões cognitivos 
e formativos pelos quais se tem maiores possibilidades de participar 
dos destinos de sua sociedade e colaborar na sua transformação. Ter 
o domínio de conhecimentos sistemáticos é também um patamar sine 
qua non a fim de poder alargar o campo e o horizonte desses e de novos 
conhecimentos. Cury (2002a, p.260):
Em suma, antes da LDB de 1996, a estrutura educacional brasileira compreendia 
a educação primária (1º a 4º série) e o ginásio (5º a 8º séries), que eram etapas 
separadas. A LDB unificou essas etapas e instituiu o ensino fundamental como uma 
única etapa de nove anos, que vai do 1º ao 9º ano. Essa mudança foi importante para 
proporcionar uma educação mais abrangente e coerente, integrando os conteúdos e 
objetivos educacionais ao longo dos nove anos de estudo.
1.2 Organização do Ensino Fundamental
A estrutura educacional brasileira passou por diversas transformações ao longo do 
tempo. A organização e implementação do ensino fundamental são responsabilidades 
do sistema de ensino dos estados e municípios, que têm autonomia para definir 
currículos, metodologias de ensino, carga horária e avaliação, desde que estejam em 
conformidade com as diretrizes nacionais estabelecidas pela LDB.
https://www.pexels.com/pt-br/foto/diversos-colegas-atentos-sentados-a-mesa-na-sala-de-aula-5905461/ 
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A nomenclatura “séries iniciais” e “séries finais” do ensino fundamental é uma 
terminologia que historicamente era utilizada no Brasil para se referir às duas partes 
distintas do ensino fundamental. Essa nomenclatura era baseada na estrutura 
educacional anterior à LDB, de 1996. O curso primário, também conhecido como 
“primeiras séries” ou “séries iniciais”, abrange do 1º ao 4º ano do ensino fundamental 
e o ginásio, por sua vez, era composto pelas séries finais do ensino fundamental, do 
5º ao 8º ano.
É importante ressaltar que a LDB e os documentos oficiais do Ministério da Educação 
não fazem menção específica às nomenclaturas “séries iniciais“ e “séries finais”. A 
legislação atual adota a divisão em ciclos, como mencionado anteriormente, e é 
recomendado o uso do termo “anos” no lugar de “séries”, para se referir às diferentes 
etapas do ensino fundamental.
Após a promulgação da LDB, surgiram as terminologias “Ensino Fundamental 1” 
e “Ensino Fundamental 2”, as quais são utilizadas no Brasil para fazer referência às 
duas partes distintas do ensino fundamental. Dessa forma, com essa implementação, 
os sistemas de ensino, escolas e órgãos educacionais passaram a adotar a divisão 
do ensino fundamental em duas partes:
1-Ensino Fundamental 1: Compreende do 1º ao 5º ano. Essa fase é conhecida 
por fornecer a base da alfabetização, leitura, escrita e desenvolvimento matemático 
básico para os alunos.
2- Ensino Fundamental 2: Contempla o 6º ao 9º ano e aqui há uma maior complexidade 
nos conteúdos abordados e os alunos aprofundam seus conhecimentos em todas 
as disciplinas.
A ideia dessa terminologia é facilitar a comunicação e a organização das escolas 
e sistema de ensino. No entanto, vale ressaltar que não é uma nomenclatura oficial 
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estabelecida pela legislação educacional do país. A LDB não faz referência específica 
às divisões do ensino fundamental em Fundamental 1 e 2.
Toda essa implementação do ensino fundamental de nove anos, mediante as 
legislações, emendas, entre outros documentos, se faz necessário agora a verificação de 
como está à qualidade do ensino que está sendo disseminado para os educandos nesse 
processo, sendo, dessa forma, motivo de discussões entre educadores, comunidade 
escolar, imprensa e também a academia. A escola deve ser um local não só de promoção 
de alunos que atinjam níveis de conhecimento que são aceitos socialmente, sem levar 
em consideração a atuação do aluno dentro da escola e também sua condição de vida. 
ISTO ESTÁ NA REDE
Muitas coisas mudaram no decorrer do tempo quando falamos em educação. É 
importante conhecer essas mudanças e perceber todo o percurso cronológico que 
elas perpassam no decorrer dos tempos. Pensando nessas mudanças que foram 
se desenvolvendo, a Secretaria de Educação Básica lançou um documento com as 
perguntas mais comuns relacionadas a essas modificações e implementações de 
novas legislações. Vale a pena sempre conferir como estão as tramitações das leis 
sobre essa e outras etapas da educação básica, pois é sob as perspectivas da lei 
que sua atuação profissional deve acontecer. Para ter acesso ao documento, clique 
em j/http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/ensfund9_perfreq.pdf 
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
O ensino fundamental I atualmente não deve estar separado do uso das 
tecnologias. No entanto, ainda percebemos o receio de alguns profissionais em abrir 
mão de recursos tecnológicos em suas práticas. São inúmeras as possibilidades 
de utilização desses recursos, independente da área em que se está estudando. 
Para isso, uma pesquisa foi feita e comprovou que a prática pedagógica lúdica deve 
estar inserida em sala de aula podendo ser uma atividade que pode exercitar vários 
tipos de habilidades e também a imaginação. Todo esse movimento promove a 
interação entre os alunos e também auxiliam no despertar da atenção para uma 
aprendizagem significativa. Sobre isso,acesso o artigo no link https://sistemas.uft.
edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/4659/13719 e como a prática 
pedagógica pode ser beneficiada utilizando a tecnologia, sendo prazeroso tanto para 
alunos, quanto para professores.
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ANOTE ISSO
Muitas mudanças aconteceram na organização do ensino básico e uma delas foi 
em relação ao corte etário. Esse corte etário se relaciona com a idade em que a 
criança deve entrar no ensino fundamental. Essa é uma questão que ainda gera 
muita polêmica e passou por algumas mudanças desde que o ensino fundamental 
de 9 anos foi instaurado.
Ao entrar no ensino fundamental aos 6 anos, a criança possui uma constituição 
muito similar com a etapa anterior, que é o ensino infantil. No entanto, já inserida 
em uma configuração diferente de ambiente, linguagem e atividades em geral. 
Muito importante que o professor de educação física compreenda essas mudanças 
e o que está por trás desse corte etário, pois o primeiro ano do ensino fundamental 
é muito importante no processo de adaptação aos demais anos dessa etapa. Para 
mais informações sobre esse assunto, acesse o link abaixo: 
https://www.scielo.br/j/pee/a/6HZC49VXdLprqMK8HzTXdLJ/?lang=pt 
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CAPÍTULO 2
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO 
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A educação física no ensino fundamental desempenha um papel fundamental no 
desenvolvimento integral dos alunos, contribuindo para sua formação física, cognitiva, 
emocional e social. Ela é uma disciplina obrigatória e parte integrante do currículo 
escolar durante todo o ensino fundamental.
A educação física no ensino fundamental tem como objetivo proporcionar experiências 
e conhecimentos relacionados ao corpo, ao movimento e à prática de atividades físicas. 
Ela visa desenvolver habilidades motoras, promover a consciência corporal, estimular 
a adoção de hábitos saudáveis, incentivar a prática esportiva e valorizar a cultura 
corporal em suas diversas manifestações.
Indo além desses objetivos, valores específicos relacionados à educação física e 
também atitudes a serem desenvolvidas também devem ser explicitados, verificados 
e avaliados tanto pelo professor, quanto pelo aluno (BORSARI, 1980). Fala-se muito da 
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formação voltada para a cidadania, estimular o desenvolvimento integral e socialização, 
mas a seleção dos conhecimentos deve acontecer de forma detalhada. A dimensão 
atitudinal nesse caso se relaciona com valores, atitudes e também normativas que 
estão inseridas no movimento humano e que devem fazer parte das aulas de educação 
física (FREIRE, 1999).
https://www.pexels.com/pt-br/foto/vista-traseira-garotos-meninos-rapazes-8813562/ 
As aulas de educação física no ensino fundamental podem abranger uma variedade 
de conteúdos que incluem:
1- Habilidades motoras: as aulas visam desenvolver habilidades motoras básicas, 
como correr, saltar, lançar, arremessar, chutar, equilibrar-se, entre outras. São 
realizadas atividades e jogos que estimulam o aprimoramento dessas habilidades.
2- Jogos e brincadeiras: jogos e brincadeiras são utilizados como estratégias 
pedagógicas para promover a aprendizagem, o trabalho em equipe, a cooperação, 
o respeito às regras, a competição saudável e a diversão.
3- Esportes coletivos e individuais: os alunos têm a oportunidade de conhecer 
e praticar diferentes modalidades esportivas como futebol, vôlei, basquete, 
handebol, atletismo, natação, entre outros. São trabalhadas noções de tática, 
técnica, regras, estratégias de jogo e fair play.
4- Ginástica: são realizadas atividades de ginástica, que podem incluir ginástica 
artística, rítmica, acrobática, aeróbica, entre outras. Essas atividades visam 
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desenvolver força, flexibilidade, equilíbrio, coordenação motora e expressão 
corporal.
5- Dança: as aulas de educação física podem incluir a exploração da dança como 
uma forma de expressão e movimentação corporal. Os alunos têm a oportunidade 
de aprender diferentes ritmos, coreografias explorar sua criatividade.
6- Educação física inclusiva: busca-se promover a inclusão de todos os alunos, 
adaptando as atividades e considerando as necessidades individuais. Valoriza-
se a participação ativa de todos, independente de suas habilidades físicas.
7- Lutas e artes marciais: introdução a fundamentos técnicos e conceituais de 
diferentes lutas e artes marciais, valorizando a disciplina, o respeito, o autocontrole, 
a autoconfiança e a compreensão da importância da ética esportiva.
Além das atividades práticas, a educação física também pode abordar temas 
relacionados à saúde, alimentação equilibrada, prevenção de lesões, higiene pessoal, 
cuidados com o corpo e respeito ao próprio corpo e ao dos outros.
As aulas de educação física devem ser conduzidas por professores especializados 
na área, que planejam as atividades de acordo com os objetivos pedagógicos e as 
necessidades dos alunos. O caráter lúdico, o estímulo à participação ativa e o respeito 
à diversidade são aspectos valorizados nessa disciplina, proporcionando um ambiente 
seguro, saudável e motivador para a prática de atividades físicas e esportivas.
https://www.pexels.com/pt-br/foto/ativo-movimentado-adoravel-encantador-8613312/ 
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Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) são orientações pedagógicas 
estabelecidas pelo Ministério da Educação do Brasil para nortear o currículo escolar 
em diferentes disciplinas, incluindo a educação física. Os PCN apresentam diretrizes 
gerais para a organização e o desenvolvimento das aulas de educação física no ensino 
fundamental. É importante ressaltar que essas diretrizes podem variar ao longo do 
tempo, de acordo com as atualizações e revisões realizadas pelos órgãos responsáveis.
Os PCN para a educação física no ensino fundamental destacam alguns pontos 
principais:
-Objetivos: Os PCN ressaltam que a educação física tem como objetivo geral 
desenvolver habilidades motoras, promover a cultura corporal, estimular a prática 
esportiva e valorizar a saúde e a qualidade de vida. Além disso, a disciplina busca 
promover a construção da cidadania, o respeito mútuo, a cooperação e o trabalho 
em equipe.
-Conteúdos: Os PCN abordam os conteúdos que devem ser trabalhados nas aulas 
de educação física, como habilidades motoras básicas, jogos, esporte, ginástica, dança 
e atividades rítmicas, atividades aquáticas, entre outros. Os conteúdos devem ser 
selecionados de forma a contemplar diferentes manifestações da cultura corporal e 
atender aos interesses e necessidades dos alunos.
-Metodologia: Os PCN destacam a importância de uma abordagem pedagógica 
participativa, lúdica e contextualizada. A metodologia deve envolver atividades práticas, 
jogos, brincadeiras, exploração do ambiente, resolução de problemas, reflexão sobre 
a prática e diálogo com os alunos. Também é enfatizada a necessidade de valorizar 
a diversidade e promover a inclusão de todos os alunos.
-Avaliação: Os PCN ressaltam que a avaliação na educação física deve ser contínua, 
processual e considerar o desenvolvimento das habilidades motoras, a participação, a 
cooperação, o respeito às regras, a criatividade, a expressão corporal e o envolvimento 
dos alunos nas atividades. A avaliação deve ser orientadora, fornecendo feedback aos 
alunos e contribuindo para seu crescimento.
-Integração curricular: Os PCN destacam a importância de buscar a integração 
da educação física com outras disciplinas, promovendo a interdisciplinaridade. Isso 
pode ocorrer por meio de projetos integrados, em que os conteúdos da educaçãofísica são relacionados a outros temas e disciplinas, fortalecendo a aprendizagem 
de forma contextualizada.
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É importante ressaltar que os PCN servem como referência, mas as escolas e 
professores têm autonomia para adaptar e contextualizar as diretrizes de acordo 
com as realidades locais e as características dos alunos. Portanto, a implementação 
da educação física no ensino fundamental pode variar de acordo com as diferentes 
escolas e sistemas de ensino.
A educação física está incluída nas Bases Nacionais Comuns Curriculares (BNCC) 
para o ensino fundamental no Brasil. As BNCC apresentam competências específicas e 
habilidades que os estudantes devem desenvolver ao longo dessa etapa da educação.
Na BNCC, a educação é considerada como uma das áreas de conhecimento, 
juntamente com disciplinas como Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História, 
Geografia entre outras. A educação física é mencionada como parte do conjunto de 
disciplinas obrigatórias que compõem o currículo do ensino fundamental.
Dentro da BNCC, é possível encontrar as competências específicas e habilidades 
esperadas para a Educação Física em cada um dos anos do ensino fundamental. 
Essas competências e habilidades estão relacionadas ao desenvolvimento do corpo, 
do movimento, da consciência corporal, das práticas corporais, da cooperação, da 
participação em atividades físicas, do cuidado com a saúde, da compreensão das 
manifestações culturais e da ética esportiva, entre outros aspectos.
As competências específicas e habilidades da educação física no ensino fundamental 
podem ser consultadas no documento oficial das Bases Nacionais Comuns Curriculares, 
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disponibilizado pelo Ministério da Educação do Brasil. É importante lembrar que a BNCC 
serve como referência para a elaboração dos currículos escolares, mas as escolas e 
redes de ensino têm autonomia para adaptar e contextualizar as diretrizes às suas 
realidades e necessidades locais.
A educação física no ensino fundamental, de acordo com as orientações da BNCC, 
deve ser trabalhada com base em competências e habilidades específicas que visam 
ao desenvolvimento integral dos estudantes. Ela também estabelece diretrizes para a 
organização e o planejamento das aulas de educação física nessa etapa da educação 
básica.
Apresentamos alguns aspectos destacados pela BNCC sobre como a educação 
física deve ser trabalhada no ensino fundamental:
-Desenvolvimento de habilidades motoras: a educação física deve proporcionar 
experiências que contribuam para o desenvolvimento das habilidades motoras básicas, 
como correr, saltar, arremessar, chutar, entre outras. O objetivo é que os estudantes 
ampliem suas capacidades motoras, aperfeiçoem suas técnicas e ganhem confiança 
em suas habilidades físicas.
-Valorização da cultura corporal: a educação física deve abordar a cultura corporal 
de movimento em suas diversas manifestações, como jogos e brincadeiras, danças, 
esportes, ginástica, lutas, entre outras práticas corporais. Os estudantes devem ser 
estimulados a conhecer e valorizar diferentes formas de expressão corporal, respeitando 
as diversidades culturais.
-Promoção da saúde e qualidade de vida: a educação física deve incentivar a prática 
regular de atividades físicas, enfatizando a importância do cuidado com o corpo e da 
adoção de hábitos saudáveis. Os estudantes devem compreender os benefícios da 
atividade física para a saúde e serem orientados sobre a importância da prevenção 
de lesões e cuidados com a segurança durante as práticas corporais.
-Participação em atividades coletivas: a educação física deve promover a participação 
em atividades coletivas, valorizando o trabalho em equipe, a cooperação, o respeito 
mútuo, a convivência saudável e o espírito esportivo. Os estudantes devem aprender 
a lidar com situações de competição de forma ética, compreendendo o respeito às 
regras e a importância da inclusão e da solidariedade.
-Reflexão crítica sobre as práticas corporais: a educação física deve incentivar a 
reflexão crítica sobre as práticas corporais, estimulando os estudantes a compreenderem 
a influência das práticas sociais, culturais e históricas nas manifestações corporais. 
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Isso envolve a análise de estereótipos, preconceitos e desigualdades presentes no 
campo das práticas corporais.
https://www.pexels.com/pt-br/foto/ativo-movimentado-adoravel-encantador-8613305/ 
Ao planejar uma aula de educação física para o ensino fundamental de acordo com 
a BNCC, é importante levar em consideração os seguintes critérios:
-Competências e habilidades da BNCC: consulte as competências específicas 
e habilidades estabelecidas para a educação física no ensino fundamental. Essas 
orientações irão direcionar o planejamento, indicando quais aprendizagens os alunos 
devem desenvolver.
-Contextualização: Considere o contexto e as características dos alunos, levando 
em conta a diversidade cultural, social e individual presente na sala de aula. Planeje 
atividades que sejam relevantes e significativas para os estudantes, conectando os 
conteúdos da educação física com suas vivências e interesses.
-Sequência didática: organize a aula em uma sequência lógica e progressiva, 
considerando a progressão das aprendizagens ao longo dos anos do ensino fundamental. 
Garanta a continuidade do progresso de ensino e aprendizagem, possibilitando o 
desenvolvimento gradual das habilidades motoras, conceituais e atitudinais.
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-Objetivos de aprendizagem: estabeleça objetivos claros para a aula, considerando 
o que se pretende que os alunos aprendam ou desenvolvam durante a atividade. Os 
objetivos devem ser bem específicos, serem capazes de mensuração, alcançáveis, 
relevantes e temporais.
-Metodologia: escolha estratégias pedagógicas adequadas ao ensino da educação 
física, como jogos, brincadeiras, práticas corporais, desafios motores, atividades em 
grupo, entre outras. Priorize abordagens que promovam a participação ativa dos alunos, 
o trabalho em equipe, a cooperação, o respeito mútuo e a reflexão crítica.
-Recursos e materiais: identifique os recursos e materiais necessários para a 
realização da aula, como equipamentos esportivos, cones, bolas, música, vídeos, entre 
outros. Certifique-se de que os recursos estejam disponíveis e sejam adequados à 
proposta da atividade.
-Avaliação: defina critérios de avaliação que sejam coerentes com os objetivos de 
aprendizagem e as competências da BNCC. Considere diferentes formas de avaliação, 
como observação direta, registros, autoavaliação e avaliação entre pares. A avaliação 
deve ser formativa, fornecendo feedback aos alunos e orientando seu progresso.
-Segurança: garanta a segurança dos alunos durante as atividades físicas, 
considerando aspectos como o ambiente físico, a supervisão adequada, a prevenção 
de lesões e a adaptação das atividades para atender às necessidades individuais.
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Lembrando que esses critérios são direcionamentos gerais e cabe à você, professor, 
adaptá-lo de acordo com a realidade e os recursos disponíveis em cada contexto 
escolar. O planejamento das aulas deve ser flexível e estar em constante diálogo com 
as necessidades e interesses dos alunos.
Quando pensamos em habilidades motoras que são possíveis de serem ensinadas na 
escola, encontramos uma infinidade de possibilidades e procedimentos. Dessa forma, 
o professor deve ter clareza do que se pretende desenvolver e dar foco na escolha 
das atividades. Dentro dessa questão, Coll et al (1998) evidenciam que selecionar 
procedimentosque serão aprendidos nas aulas de educação física escolar deve ser 
guiado pela identificação e relevância para potencializar o desenvolvimento global 
do estudante e também dar a possibilidade de capacitação de ação construtiva na 
sociedade.
Alguns autores apresentam propostas que dão ênfase na aprendizagem de 
habilidades que são básicas nesta etapa do ensino fundamental. Eles defendem que 
“(...) habilidades básicas são importantes para a aprendizagem de todas as habilidades 
específicas ou culturalmente determinadas, requisitadas no trabalho, na vida social, 
enfim, na vida das pessoas.” (TANI et al., 1988, p.89).
Temos que lembrar também que o desenvolvimento de todas essas habilidades 
não deve acontecer única e exclusivamente na escola. Muito antes de o aluno iniciar 
as aulas nesse ambiente, ele já tinha interações e experimentações que devem ser 
levadas em consideração e a partir daí, continuar o desenvolvimento. Desta forma, 
Mariz de Oliveira (1991) destacou que é necessária a compreensão que a criança 
corre, salta, rola, chuta, dança, etc, fora da escola muito mais do que durante as aulas.
 
https://www.pexels.com/pt-br/foto/filhos-exercicio-praticando-atividade-fisica-futebol-15874979/ 
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Para trabalhar com a educação física sob a perspectiva da BNCC é desejável que 
o professor possua algumas características e competências específicas. Embora o 
perfil do aluno possa variar de acordo com a realidade e contextos locais, alguns 
aspectos são fundamentais para o ensino da educação física no ensino fundamental:
-Formação acadêmica: é importante que o professor tenha formação específica na 
área de educação física, o que inclui a graduação em educação física (licenciatura). 
A formação acadêmica proporciona conhecimentos teóricos e práticos necessários 
para o ensino da disciplina.
-Conhecimento da BNCC: o professor deve ter um bom entendimento da BNCC e 
das competências e habilidades específicas relacionadas à educação física no ensino 
fundamental. Isso permite que ele alinhe seu planejamento e suas práticas pedagógicas 
às diretrizes estabelecidas.
-Domínio dos conteúdos: o professor deve possuir amplo conhecimento dos 
conteúdos da educação física, incluindo habilidades motoras, práticas corporais, 
conceitos teóricos e aspectos relacionados à saúde e bem-estar. Esse domínio permite 
que o professor desenvolva aulas ricas e significativas para os estudantes.
-Flexibilidade e adaptação: o professor de educação física precisa ser flexível e 
capaz de adaptar suas aulas a diferentes realidades, necessidades e interesses dos 
alunos. Ele deve ser capaz de criar atividades inclusivas, considerando as diversidades 
culturais, físicas e sociais presentes na sala de aula.
-Habilidades de comunicação e relacionamento interpessoal: o professor deve ter 
habilidades de comunicação eficazes e ser capaz de estabelecer um bom relacionamento 
com os alunos, promovendo um ambiente acolhedor e motivador. Isso facilita a 
interação, a participação ativa dos alunos e o trabalho em equipe.
-Estímulo à participação e ao envolvimento dos alunos: o professor deve ser capaz 
de motivar os alunos e incentivar sua participação ativa nas atividades propostas. Ele 
deve criar um ambiente seguro, respeitoso e desafiador, que estimule o engajamento 
dos estudantes e o desenvolvimento de suas habilidades físicas, cognitivas e 
socioemocionais.
-Atualização e reflexão contínua: o professor deve buscar constantemente atualizar 
seus conhecimentos e estar aberto a novas abordagens e tendências no campo da 
educação física. Além disso, ele deve ser capaz de refletir sobre sua prática pedagógica, 
avaliando e ajustando suas estratégias de ensino para promover o melhor aprendizado 
possível.
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Lembrando que essas são algumas características desejáveis, mas não são 
excludentes. Cada professor tem sua individualidade e estilo de ensino. O importante é 
que o professor esteja comprometido com a educação integral dos alunos e engajado 
em proporcionar uma experiência significativa de aprendizagem por meio da educação 
física, dentro dos princípios e diretrizes estabelecidos pela BNCC.
https://www.pexels.com/pt-br/foto/bola-esfera-baile-crianca-16304158/
Mediante ao exposto apresentamos alguns conteúdos para que sejam desenvolvidos 
nas aulas de educação física no ensino fundamental I:
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Dentro dessas propostas, a educação física no ensino fundamental I deve 
ser compreendida como um componente curricular, juntamente com os outros 
componentes, que vai possibilitar que esse aluno aprenda determinados conhecimentos 
que pertencem a essa área. Sendo assim, a organização dos conhecimentos, bem 
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como a construção de um currículo efetivo da educação física deve estar em constante 
pesquisa e qualificação. (MARIZ DE OLIVEIRA, 1995).
Juntando todos esses conhecimentos que foram construídos dentro da área da 
educação física, é necessário que o aluno compreenda que assuntos relacionados 
a jogos, esportes, danças, lutas e/ou ginástica e movimento humano em geral não 
estão ligados somente à biomecânica. O olhar deve ser amplo, casando também com 
relações de trabalho, lazer, cidadania, entre outros assuntos. O movimento humano 
está em tudo e é esse o foco inicial das discussões.
Com a compreensão desses conhecimentos todos, objetiva-se que o aluno seja uma 
pessoa que tenha capacidade de forma diferenciada de utilizar suas potencialidades 
e possibilidades de movimentação corporal, tendo a facilidade de adaptação e 
comunicação em situações diversas se utilizando desse movimento. Tendo essas 
condições, será capaz de ter melhor interação com os demais seres humanos, e 
poderá contribuir com transformações positivas do meio em que está vivendo, tendo 
pensamento e ações críticas em relação ao ambiente de trabalho e de lazer, lembrando 
sempre que o corpo precisa estar em movimento para que seja possível uma qualidade 
de vida positiva.
ISTO ESTÁ NA REDE
Ao pensar em trabalhar com alunos do ensino fundamental, sempre é de 
fundamental importância o conhecimento das legislações que orientam as práticas 
para essa etapa da educação básica. Mediante ao conhecimento da missão 
do estabelecimento de ensino e também das demais orientações das diretrizes 
escolares gerais, uma boa leitura da Base Nacional Curricular Comum se faz 
necessária para que seu planejamento esteja atualizado e seguindo um documento 
que foi pesquisado, bem como acompanhar as alterações que porventura possam 
acontecer para se manter atualizado. Clique no link abaixo para ter acesso ao 
documento.
/http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_
site.pdf 
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ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Sabemos que a educação física apresenta uma infinidade de possibilidades de 
experiências corporais e que as aulas podem e devem apresentar o máximo de 
experiências físicas visando uma amplitude de repertório de movimentação corporal 
e maior estímulo a um estilo de vida ativo.
Pensando nos Parâmetros Curriculares Nacionais e nos elementos da cultura 
do movimento humano (jogos, esportes, ginásticas, danças e lutas), infelizmente 
ainda não conseguimos ver uma equidade no desenvolvimento entre todas essas 
práticas. Sabemos que todas elas possuem suas técnicas específicas, o que muitas 
vezes não deixa com que essa prática esteja presente nas escolhas do professor 
de educação física, pois o mesmo não se sente à vontade em explorar uma prática 
que não domina.
Mas o professor deve ter em mente que as aulas de educação física,em especial 
no ensino fundamental I, são campos de experiências que visam o conhecimento 
de movimentações básicas das práticas para que o aluno tenha uma vivência 
dentro daquele contexto.
Pesquisas mostram que as aulas ainda são permeadas pelas mesmas práticas de 
sempre e que na maioria das vezes ficam limitadas ao que o professor conhece. 
No artigo https://portalrevistas.ucb.br/index.php/rbcm/article/view/3007 , os 
autores apresentam que vivemos uma monocultura de movimentações corporais 
e que acaba limitando as experiências dos alunos. Que tal conhecer o básico de 
outras práticas corporais para que sua aula seja enriquecida de possibilidades de 
experiências corporais? Dessa forma, seus alunos poderão vivenciar modalidades 
diferentes e terão maior facilidade em buscar práticas corporais para suas vidas.
ANOTE ISSO
O Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) elaborou um documento no qual 
foi desenvolvido numa proposta democrática e se constitui em um instrumento 
norteador para a intervenção profissional responsável e qualificada no ambiente 
escolar, apresentando recomendações para a ação docente na educação física. 
Para acessar esse documento, clique no link Recomendações Para a Educação 
Física Escolar 
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CAPÍTULO 3
DESENVOLVIMENTO DA 
CRIANÇA DE 6 A 11 ANOS
Quando falamos em desenvolvimento humano, temos que pensar que ele é 
influenciado por diversos fatores que interagem entre si como aspectos cognitivos, os 
afetivos, motores e também psicossociais, os quais se apresentam de forma contínua e 
que acontecem durante toda a vida, sendo apenas diferenciado em relação a velocidade 
de progressão. Em algumas épocas ele é acelerado, outras épocas são mais lentas.
https://pixabay.com/pt/photos/parque-jogando-bola-crian%C3%A7as-ver%C3%A3o-6688951/ 
A carga genética, os aspectos nutricionais e também o ambiente em que se está 
inserido influenciam diretamente com o crescimento e a maturação, interferindo em 
modificações biológicas que acontecem no indivíduo nas primeiras décadas da sua 
vida (MALINA, 2009). Corso et al. (2001), questões relacionadas ao crescimento físicos 
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são influenciados também pela cultura de cada local, além do perfil socioeconômico, 
o grau de instrução dos genitores e também o número de irmãos na família.
Sendo assim, com toda essa influência do ambiente, é muito importante que 
possamos oferecer oportunidades de experimentação em diferentes cenários e 
também em contextos distintos, pois isso irá enriquecer e estimular o crescimento e 
também o desenvolvimento desse indivíduo. Já é comprovado que crianças que são 
expostas a maiores oportunidades de movimentações corporais, maior diversidade 
alimentar, vivência em diferentes contextos, tendem a um crescimento e também 
um desenvolvimento mais eclético, tornando-se mais saudáveis (BEE & BOYD, 2011, 
STODDEN et al., 2008)
O processo maturacional global das crianças no ensino fundamental é um período de 
desenvolvimento complexo que abrange aspectos físicos, cognitivos, socioemocionais e 
motores. Durante essa fase, as crianças passam por várias transformações e aquisições 
que são fundamentais para seu crescimento e aprendizado.
A educação física desempenha um papel fundamental no desenvolvimento motor 
e cognitivo dos alunos que estão no ensino fundamental. Ela oferece oportunidades 
para que as crianças se movimentam, explorem e desenvolvam suas habilidades 
físicas, além de proporcionar benefícios cognitivos importantes.
-Desenvolvimento cognitivo: durante o ensino fundamental as crianças passam 
por importantes avanços cognitivos. Elas desenvolvem habilidades de pensamento 
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mais complexas como a capacidade de resolver problemas, pensar logicamente, 
raciocinar abstratamente e tomar decisões. Também expande sua capacidade de 
atenção, concentração e memória, o que facilita a aprendizagem acadêmica. Através 
de atividades físicas e práticas corporais diversificadas, a educação física promove o 
desenvolvimento motor das crianças, aprimorando as habilidades motoras fundamentais 
como correr, saltar, arremessar, chutar, equilibrar-se e manipular objetos. À medida que 
as crianças participam de diferentes atividades físicas, elas ganham maior controle 
motor, coordenação, força muscular, resistência aeróbica e equilíbrio. Sendo assim, 
a prática regular de atividades físicas tem um impacto positivo na cognição e no 
aprendizado das crianças. Estudos mostram que a atividade física estimula a liberação 
de neurotransmissores, como dopamina que estão relacionados ao humor, à atenção 
e ao aprendizado. Além disso, a educação física contribui para a melhora no fluxo 
sanguíneo e do fornecimento de oxigênio ao cérebro, o que pode aumentar a capacidade 
de concentração, a memória e o processo cognitivo.
-Desenvolvimento emocional: nessa fase, as crianças estão se tornando mais 
independentes e começam a desenvolver uma maior compreensão de si mesmas 
e dos outros. Elas aprendem a lidar com emoções de maneira mais adequada, a 
estabelecer relacionamentos interpessoais mais complexos e a demonstrar empatia. 
Também começam a desenvolver habilidades sociais como trabalho em equipe, 
cooperação e resolução de conflitos. Também se observa melhoras no desenvolvimento 
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acadêmico. Durante o ensino fundamental, as crianças adquirem habilidades 
acadêmicas fundamentais, como leitura, escrita, matemática e ciências. Elas ampliam 
seu vocabulário, aprimoram a capacidade de compreensão de textos, desenvolvem 
habilidades de expressão escrita e aprofundam seus conhecimentos em diferentes 
áreas do currículo escolar.
-Desenvolvimento social: no ensino fundamental, as crianças estão em processo de 
formação de sua própria consciência moral. Elas começam a compreender melhor as 
noções de formação de sua própria consciência moral. Elas começam a compreender 
melhor as noções de certo e errado, adotam regras sociais e normas de comportamento 
e começam a desenvolver seu senso de ética. Também começam a entender a 
importância da honestidade, respeito e responsabilidade. A educação física também 
desempenha um papel importante no desenvolvimento socioemocional das crianças. 
Durante as atividades físicas, elas têm a oportunidade de interagir com os colegas, 
trabalhar em equipe, resolver problemas em grupo, demonstrar empatia, lidar com 
desafios e celebrar conquistas. Essas experiências contribuem para o desenvolvimento 
de habilidades sociais como cooperação, respeito, liderança e responsabilidade.
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-Desenvolvimento físico: no ensino fundamental, as crianças continuam a desenvolver 
suas habilidades motoras e físicas.
Quando abordamos esse contexto do desenvolvimento motor, é importante dar 
foco na fase motora especializada, também no estágio transitório que se apresenta 
após a fase dos movimentos fundamentais (GALLAHUE e OZMUN, 2005).
Elas adquirem maior força muscular, aprimoram a coordenação motora e refinam 
suas habilidades motoras fundamentais, como correr, saltar, arremessar e chutar. 
Também experimentam mudanças no crescimento físico, como aumento de altura 
e peso. Já em relação às habilidades perceptivas, a educação física proporciona 
oportunidades para que as crianças aprimorem sua coordenação motora. Elas são 
desafiadas a realizar movimentos complexos, como seguir sequências de movimentos, 
sincronizar ações com outras pessoas, ajustar a velocidade e a intensidade dos 
movimentos e utilizar diferentes partes do corpo de forma coordenada. Além disso, 
a prática de atividades físicas tambémaprimora as habilidades perceptivas, como 
percepção espacial, temporal e sensorial.
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É importante ressaltar que o processo maturacional varia de criança para criança. 
Algumas podem apresentar um desenvolvimento mais acelerado em certas áreas, 
enquanto outras podem precisar de mais tempo e apoio para alcançar marcos de 
desenvolvimento. Os professores desempenham um papel crucial em reconhecer e 
respeitar as diferenças individuais, adaptando suas práticas pedagógicas para atender 
às necessidades de cada aluno.
O desenvolvimento físico e motor das crianças que estão no ensino fundamental 
é uma área crucial de desenvolvimento durante essa fase. Nesses anos, ocorrem 
mudanças significativas nas habilidades motoras, coordenação e desenvolvimento físico 
das crianças. Falaremos a seguir sobre alguns aspectos-chave do desenvolvimento 
físico e motor nessa etapa.
Iniciamos falando das habilidades motoras fundamentais. As crianças continuam 
a aprimorar suas habilidades motoras fundamentais como correr, saltar, arremessar, 
chutar, equilibrar-se e manipular objetos. Elas ganham maior controle motor e precisão 
em suas ações físicas, refinando a técnica e melhorando a eficiência dos movimentos. 
No que diz respeito ao desenvolvimento da força e resistência, durante o ensino 
fundamental, as crianças adquirem maior força muscular e resistência física. Isso ocorre 
devido ao crescimento e desenvolvimento do sistema muscular esquelético, além do 
envolvimento em atividades físicas regulares. Já a coordenação motora global envolve 
movimentos amplos e habilidades que exigem o uso de grandes grupos musculares, 
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como correr, pular e dançar. Já a coordenação motora fina envolve habilidades mais 
precisas e delicadas, como escrever, desenhar, recortar e amarrar cadarços. Durante o 
ensino fundamental, as crianças aprimoram esses dois tipos de coordenação. Chegando 
agora no equilíbrio e controle corporais, as crianças desenvolvem maior equilíbrio e 
controle corporal à medida que crescem. Elas adquirem a capacidade de manter o 
equilíbrio em diferentes posições e situações, como andar em uma linha reta, subir 
e descer escadas, pular corda e praticar atividades esportivas que exigem equilíbrio 
dinâmico. No que diz respeito à percepção espacial e temporal, durante o ensino 
fundamental, as crianças desenvolvem uma melhor percepção espacial e temporal. 
Elas começam a entender melhor o espaço ao seu redor, a compreender a noção de 
direção, distância e localização. Além disso, elas ganham uma maior compreensão do 
tempo e podem seguir sequências de movimentos ou atividades com mais precisão.
É muito importante a participação em atividades físicas variadas. Ao fazer essa ampla 
oferta de práticas durante o ensino fundamental, estamos auxiliando e promovendo 
o desenvolvimento físico e motor de forma abrangente. Isso inclui, portanto, jogos, 
esportes, danças, brincadeiras ao ar livre, exercícios de alongamento e fortalecimento, 
entre outras atividades que estimulem diferentes habilidades motoras.
É fundamental que as crianças tenham oportunidades regulares de se envolverem 
em atividades físicas e desenvolverem suas habilidades motoras ao longo do ensino 
fundamental. Isso não apenas promove o crescimento físico saudável, mas também 
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contribui para o desenvolvimento cognitivo, socioemocional e o bem-estar geral dos 
alunos. Os professores de educação física desempenham um papel importante ao 
proporcionar um ambiente de aprendizado seguro e inclusivo, incentivando a participação 
ativa e o desenvolvimento contínuo das habilidades físicas e motoras dos alunos.
A prática regular de atividades físicas na educação física promove a saúde e o bem-
estar geral das crianças. Ela contribui para o desenvolvimento de hábitos saudáveis 
como a importância da atividade física regular, alimentação equilibrada e cuidados 
com o corpo. Através da educação física, as crianças são incentivadas a adotar um 
estilo de vida ativo, prevenindo doenças relacionadas à inatividade física e promovendo 
a saúde física e mental.
https://pixabay.com/pt/photos/corre-pular-garota-filho-viva-c%C3%A9u-1321278/ 
Existem diversos tipos de atividades físicas que podem ser utilizadas nas aulas 
de educação física no ensino fundamental. É importante variar as atividades para 
proporcionar uma experiência abrangente e estimulante para os alunos. Aqui estão 
alguns exemplos de atividades físicas que podem ser incorporadas nas aulas
-Jogos cooperativos: são jogos nos quais os alunos trabalham em equipes, 
cooperando e colaborando uns com os outros. Exemplos incluem cabo de guerra, 
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estafetas, queimada cooperativa e corrente humana. Essas atividades promovem o 
trabalho em equipe, o respeito mútuo, a comunicação e a solidariedade.
-Esportes coletivos: incluir esportes coletivos, como futebol, basquete, handebol, 
vôlei e futsal, permite que os alunos desenvolvam habilidades de jogo em equipe, 
estratégias, trabalho em grupo, comunicação e tomada de decisões rápidas.
-Atividades recreativas: jogos e brincadeiras recreativas, como pega-pega, amarelinha, 
danças circulares, corridas de saco e bambolê, proporcionam momentos de diversão, 
promovem a socialização, o desenvolvimento motor e o equilíbrio, além de estimular 
a criatividade e a imaginação.
-Atividades de equilíbrio e coordenação: incluir atividades que desenvolvam o 
equilíbrio e a coordenação motora, como circuitos com obstáculos, equilíbrio sobre 
linhas ou pranchas, saltos em diferentes direções e jogos de equilíbrio, ajuda a melhorar 
a consciência corporal e a habilidade de controlar o corpo no espaço.
-Atividades rítmicas e expressivas: danças, coreografias, jogos de ritmos e expressão 
corporal permitem que os alunos explorem diferentes movimentos e expressões, 
desenvolvendo habilidades de coordenação, ritmo, expressão emocional e criatividade.
-Atividades individuais: incluir atividades individuais, como ginástica artística, 
atletismo, yoga ou exercícios de alongamento e fortalecimento, permite que os 
alunos desenvolvam suas habilidades pessoais, melhoram a flexibilidade, a força e a 
consciência corporal.
É importante adaptar as atividades de acordo com as capacidades e necessidades 
dos alunos considerando suas habilidades motoras, níveis de condicionamento físico 
e preferências individuais. Além disso, é essencial garantir a segurança dos alunos, 
fornecendo equipamentos adequados e supervisionando as atividades de forma 
adequada.
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As aulas de educação física no ensino fundamental desempenham um papel 
fundamental na conscientização e combate ao sedentarismo. Essas aulas oferecem 
uma oportunidade para os alunos se envolverem em atividades físicas regulares. 
Ao proporcionar experiências positivas e prazerosas com exercícios físicos, as aulas 
podem incentivar os alunos a buscar uma vida ativa fora da escola. Os professores 
podem enfatizar a importância da atividade física diária e destacar os benefícios para 
a saúde física e mental.
Durante as aulas, os professores podem fornecer informações aos alunos sobre os 
efeitos negativos do sedentarismo para a saúde. Explorar os riscos associados ao estilo 
de vida sedentário, como problemas cardiovasculares, obesidade, diabetes e problemas 
posturais, ajuda a conscientizar os alunos sobre a importância de evitar o sedentarismo. 
Outro ponto interessante é que nessas aulas também podemos incluir discussões sobre 
estilode vida saudável, abordando temas como alimentação equilibrada, descanso 
adequado, limitação do uso de telas e adoção de hábitos saudáveis. Os alunos podem 
ser incentivados a refletir sobre suas escolhas e ações diárias e a considerar como 
essas escolhas afetam sua saúde e bem estar.
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As aulas de educação física oferecem a oportunidade de explorar uma variedade de 
atividades físicas e esportes. Ao introduzir os alunos a diferentes modalidades esportivas, 
os exercícios e práticas corporais os professores podem ajudar os alunos a descobrir 
atividades que sejam prazerosas e adequadas aos seus interesses e habilidades. Isso 
pode encorajar os alunos a buscar atividades físicas que desfrutem e que possam 
praticar regularmente. Os professores podem auxiliar os alunos a estabelecer metas 
de atividades físicas e acompanhar seu progresso ao longo do tempo. Isso pode ser 
feito por meio de registros individuais de atividades, diários de exercícios ou uso de 
tecnologias de monitoramento. Ao acompanhar e celebrar o progresso, os alunos são 
incentivados a manter um estilo de vida ativo e superar o sedentarismo.
A conscientização sobre o combate ao sedentarismo pode ser estendida além das 
aulas de educação física, envolvendo a participação da família e da comunidade. Os 
professores podem compartilhar informações com os pais sobre a importância da 
atividade física e fornecer sugestões de como incentivar um estilo de vida ativo em 
casa. Além disso, pode promover eventos ou parcerias com organizações locais para 
envolver a comunidade na promoção da atividade física. Ao adotar essas abordagens, as 
aulas de educação física no ensino fundamental desempenham um papel fundamental 
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na conscientização sobre o combate ao sedentarismo e na promoção de um estilo 
de vida ativo e saudável.
As aulas de educação física têm o potencial de melhorar a autoestima das crianças 
que estão nessa etapa do ensino básico de diversas formas.
1-Sucesso e conquistas pessoais: durante as aulas de educação física, as crianças 
têm a oportunidade de experimentar diferentes atividades e desafios físicos. À medida 
que elas adquirem novas habilidades, aprimoram seu desempenho e alcançam 
metas individuais, isso contribui para o aumento da autoconfiança e da autoestima. 
O sentimento de sucesso pessoal e as conquistas alcançadas na educação física 
podem se refletir em outras áreas da vida da criança.
2-Reconhecimento e valorização das habilidades individuais: a educação física pode 
fornecer um ambiente onde as habilidades e talentos individuais das crianças são 
reconhecidos e valorizados. Cada criança tem diferentes capacidades físicas e talentos 
em áreas específicas, e o professor pode destacar essas habilidades, elogiando e 
incentivando o desenvolvimento delas. Isso fortalece a autoestima, pois a criança se 
sente valorizada e percebe que suas habilidades são importantes.
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3-Inclusão e aceitação social: as aulas de educação física podem promover 
um ambiente inclusivo, onde todas as crianças são encorajadas a participar e se 
envolver ativamente. O respeito mútuo, a cooperação e a valorização das diferenças 
são enfatizadas, criando um senso de pertencimento e aceitação social. Quando as 
crianças se sentem incluídas e aceitas em um ambiente físico e social, sua autoestima 
é fortalecida.
4- Expressão de emoções e fortalecimento emocional: a educação física oferece 
um espaço onde crianças podem expressar suas emoções de maneira saudável e 
positiva. A prática de atividades físicas libera endorfinas e outros neurotransmissores 
que podem melhorar o humor e reduzir o estresse. Além disso, a interação social 
durante as aulas, o trabalho em equipe e a superação de desafios físicos contribuem 
para o fortalecimento emocional e a sensação de bem estar.
5- Promoção de uma imagem corporal positiva: a educação física pode desempenhar 
um papel importante na promoção de uma imagem corporal positiva nos alunos. Ao 
enfatizar a importância da saúde e do movimento em vez de focar exclusivamente na 
aparência física, as aulas de educação física ajudam os alunos a desenvolverem uma 
relação mais saudável com seus corpos. Isso contribui para uma autoestima positiva, 
pois as crianças aprendem a valorizar e cuidar de seus corpos, independentemente 
de estereótipos ou comparações externas.
É fundamental que os professores de educação física criem um ambiente seguro, 
respeitoso e inclusivo nas aulas, onde todos os alunos se sintam encorajados a participar 
e sejam valorizados pelo esforço e progresso. O elogio sincero, o encorajamento e a 
construção de um relacionamento positivo com os alunos também são importantes 
para fortalecer a autoestima das crianças na educação física.
Com tudo isso, espera-se que a educação física seja uma ferramenta fundamental 
na construção de um cidadão mais consciente, crítico e justo, estimulando uma prática 
autônoma, sendo permeado de autoconfiança e autoestima.
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O tempo que a criança tem na escola deve ser fomentador e propiciador de novas 
experiências corporais, fornecendo estímulos necessários para que se tornem adultos 
fisicamente ativos e conscientes, tendo prazer nas práticas de atividades/exercícios 
físicos. É necessária uma conscientização de toda equipe pedagógica, em especial do 
professor de educação física, estejam em constante discussão para que oportunidades 
de práticas aconteçam de forma constante e progressiva.
ISTO ESTÁ NA REDE
O professor de educação física deve conhecer de forma incisiva como acontece 
o desenvolvimento de crianças de 6 a 11 anos, em especial como acontece o 
desenvolvimento motor. Só com esse conhecimento é possível começar a pensar 
em uma organização de atividades que vão fazer a diferença na vida de cada 
aluno. Para isso, é importante que esteja atualizado e pesquisando constantemente 
tipos de movimentos diferentes que ampliem as experimentações de movimentos 
corporais. Para maiores informações sobre esse assunto, clique no link: https://
blogeducacaofisica.com.br/desenvolvimento-motor/#:~:text=Trabalhando%20
o%20desenvolvimento%20motor&text=Como%20dito%20acima%20o%20
trabalho,%2C%20subir%2C%20descer%2C%20andar. 
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ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Ao iniciar sua prática com a turma, uma possibilidade de avaliação diagnóstica é a 
realização de testes antropométricos e também testes de aptidão física nos alunos 
e, posteriormente, realizá-los novamente para comparativos. Fazendo esses testes, 
o professor além de conhecer melhor o estado físico de cada aluno, apresenta para 
eles um norte a ser traçado, pois ao final do processo, muitas mudanças podem 
ter acontecido, o que motiva bastante os alunos e também é um documento a ser 
apresentado para os pais. Para isso, você pode utilizar a bateria de teste da PROESP 
(Projeto Esporte Brasil), que foi desenvolvida para que seja aplicada em alunos em 
idade escolar, adotando a simplicidade, funcionalidade e eficiência como postulados 
essenciais na criação destes testes. Para conhecer, acesse o link https://lume.ufrgs.
br/handle/10183/217804 
ANOTE ISSO
As práticas são essenciais nas aulas de educação física escolar. Elas apresentam 
possibilidades de experimentações e movimentações corporais, além de 
desenvolver aptidões físicas voltadas para qualidade de vida, como força e 
resistência aeróbica. Além disso, promovem a socialização e claro, deve ser 
ummomento de muita diversão para todos. No entanto, essa prática pode vir 
acompanhada de alguns incidentes que podem gerar lesões que podem afastar 
o aluno das aulas e em alguns casos gerar insegurança nos demais alunos na 
realização de movimentações futuras. É muito importante que o professor esteja 
preparado para essas situações sim, mas muitas delas podem ser evitadas com 
medidas simples e uma organização. Para isso, acesse o link https://impulsiona.
org.br/como-evitar-lesoes-nas-aulas-de-educacao-fisica/ e veja como você pode 
organizar um ambiente com o máximo de segurança para seus alunos.
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CAPÍTULO 4
PLANEJAMENTO DA 
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4.1 Interdisciplinaridade
Trabalhar com a interdisciplinaridade na educação física no ensino fundamental é uma 
abordagem que promove a integração de diferentes áreas do conhecimento, conectando 
os conteúdos e as experiências vivenciadas pelos alunos. Isso pode enriquecer o processo 
de aprendizagem e tornar as aulas mais significativas.
A proposta da interdisciplinaridade vem das transformações que estão acontecendo 
na maneira de produção de ciência e percepção da realidade. As formações tradicionais 
permeadas pela rigidez, artificialidade e a também uma autonomia ilusória das disciplinas, 
impediam um olhar mais atento ao processo pedagógico e também o acompanhamento 
do desenvolvimento de novos conhecimentos (PAVIANI, 2008).
Dentro da interdisciplinaridade, a educação física pode ser integrada às ciências naturais 
e à saúde, explorando temas relacionados ao corpo humano, sistema cardiovascular, 
sistema respiratório, alimentação saudável, prevenção de lesões, entre outros. Os alunos 
podem aprender sobre os benefícios da atividade física para a saúde, entender como o 
corpo funciona durante o exercício e discutir questões relacionadas ao bem-estar físico.
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Já a matemática pode ser integrada à educação física por meio da análise de 
dados, medições, cálculos de distância, tempo, velocidade e ritmo. Os alunos podem 
registrar suas atividades físicas, fazer gráficos e tabelas, calcular médias e comparar 
seus resultados. Além disso, jogos e atividades envolvendo números, como contar 
repetições ou marcar pontos, podem ser incorporados nas aulas.
A educação física também pode explorar aspectos históricos e culturais dos esportes 
e das atividades físicas. Os alunos podem aprender sobre a origem e a evolução de 
diferentes esportes, entenderem seu contexto cultural e discutir como as práticas 
físicas se relacionam com a identidade e a diversidade cultural. Além disso, podem 
ser exploradas questões sociais como a inclusão, o respeito, o fair play e o trabalho 
em equipe.
A linguagem e as artes podem ser integradas à educação física por meio da 
produção de textos, relatos de experiências, criação de coreografias, criação de músicas, 
expressão corporal, dramatizações e apresentações. Os alunos podem desenvolver 
habilidades de comunicação verbal e escrita, explorar a expressão artística por meio 
do movimento e desenvolver a criatividade.
Além das áreas mencionadas acima, é possível explorar conexões com outras 
disciplinas, como a geografia, educação ambiental, educação financeira, ética, entre 
outras. Os professores podem buscar oportunidades para discutir questões transversais 
e promover a reflexão crítica sobre diversos temas, relacionando-os às atividades 
físicas e esportivas.
Para trabalhar a interdisciplinaridade, é importante planejar atividades e projetos 
que envolvam a colaboração entre professores das diferentes disciplinas, identificar 
os pontos de conexão entre os conteúdos e buscar recursos e materiais que possam 
enriquecer as aulas. Além disso, é fundamental estimular a participação ativa dos alunos 
incentivando-os a fazer perguntas, investigar, debater e relacionar os conhecimentos 
de diferentes áreas (BOCHNIAK, 1992).
É inegável que trabalhar com interdisciplinaridade desenvolve uma melhor 
compreensão das disciplinas envolvidas. Os recursos podem ser ampliados e 
dinâmicos, nos quais é possível aprendizagens mais estendidas e realmente presentes 
no cotidiano do aluno. A interação do conteúdo formal com o meio social promove 
ações comunicativas nas quais são necessárias as interações entre professores e 
alunos para que o processo tenha sucesso.
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4.2 Organizando os Conteúdos
Pensar nos conteúdos a serem trabalhados nas aulas de educação física é uma tarefa 
crucial para que os objetivos traçados sejam atingidos com excelência. Nesse sentido, 
o Coletivo de Autores (1992) apresenta que a preparação e também a seleção desses 
conteúdos devem levar em consideração, primeiramente, a relevância social, ou seja, 
estar vinculado à uma explicação de uma realidade que está acontecendo e também 
oferecer informações para que seja possível compreender e tentar melhorar. Além disso, 
conteúdos atuais e em consonância com o contexto em que se está inserido também 
são importantes. Também deve levar em consideração os conhecimentos prévios 
que os alunos trazem e serem capazes de se entenderem como seres pertencentes 
a uma sociedade e que, com seus conhecimentos, poderão exercer sua cidadania.
Para organizar os conteúdos de educação física para o ensino fundamental I, o 
professor pode seguir as seguintes etapas:
1-Análise de Base Nacional Comum Curricular (BNCC): A BNCC é uma referência 
importante para o planejamento dos conteúdos. O professor deve ler e compreender 
as orientações curriculares específicas para a área da educação física no ensino 
fundamental.
2- Identificação dos eixos temáticos: com base na BNCC, o professor pode identificar 
os eixos temáticos principais que devem ser abordados ao longo do ensino fundamental 
I. Esses eixos podem incluir habilidades motoras fundamentais, esportes coletivos, 
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esportes individuais, jogos, danças, ginástica, atividades rítmicas e expressivas, entre 
outros.
3- Definição dos objetivos de aprendizagem: com base nos eixos temáticos, o 
professor pode definir objetivos de aprendizagem específicos para cada série ou ciclo 
do ensino fundamental I. Esses objetivos devem ser claros, mensuráveis e alinhados 
às habilidades e competências descritas na BNCC.
4-Sequenciamento dos conteúdos: é importante estabelecer uma sequência 
lógica e progressiva dos conteúdos ao longo do ensino fundamental considerando 
o desenvolvimento motor e cognitivo dos alunos. Os conteúdos mais simples e 
fundamentais devem ser abordados nas séries iniciais, enquanto os conteúdos mais 
complexos e especializados podem ser trabalhados nas séries finais.
5- Elaboração de planos de aula: com base nos objetivos de aprendizagem e na 
sequência dos conteúdos, o professor pode elaborar planos de aula detalhados. Os 
planos devem incluir os objetivos específicos de cada aula, as atividades propostas, os 
conteúdos necessários, as orientações metodológicas e as estratégias de avaliação.
6- Variação de diversificação das atividades: é importante oferecer uma variedade 
de atividades e abordagens pedagógicas, buscando atender aos diferentes interesses, 
habilidades e necessidades dos alunos. O professor pode incluir atividades práticas, 
jogos, desafios, projetos, reflexões, debates e outras estratégias que promovam a 
participação ativa e a aprendizagem significativa dos alunos.
7- Integração com outras disciplinas: o professor pode buscar oportunidades de 
integrar a educação física com outras disciplinas, como mencionado anteriormente, 
promovendo a interdisciplinaridade e a conexão entre os