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DIREITO PROCESSUAL CIVIL III

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
FUNDAMENTO DA EXISTÊNCIA DOS RECURSOS 
Os motivos para que em um ordenamento jurídico tenha impugnações são: 
1. O “perdedor” fica insatisfeito. Insatisfação do demandante sucumbente. 
2. Juíz não é infalível. Falibilidade humana em tomar decisões. 
 
MEIOS DE IMPUGNAÇÃO 
1. RECURSOS: ocorre dentro do mesmo processo. 
2. AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO: novo processo para impugnar a ação do 
outro processo. 
3. SUCEDÂNEOS RECURSAIS: não são os recursos nem as ações autônomas de 
impugnação, é todo o resto. 
CONCEITO DE RECURSO 
É o remédio voluntário (parte tem que querer) e idôneo a ensejar, dentro do mesmo 
processo (forma), a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de 
decisão judicial que se impugna. 
Não existe recurso ex officio (de ofício). 
PRINCÍPIOS 
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO 
Vai sair do 1º grau e vai para o 2º grau. 
Possibilidade de a decisão judicial ser revisada pelo poder judiciário. 
É garantia constitucional implícita de acordo com Nelson Luiz Pinto, porém há 
divergências com outros autores. 
Pode ser: 
- Vertical (quando o ato decisório proferido por um órgão pode ser revisto por outro 
órgão hierarquicamente superior); 
- Horizontal (quando o ato decisório é revisto por um órgão da mesma hierarquia, 
porém, com composição diversa). 
COLEGIADO 
O recurso tem que ser julgado por um órgão colegiado (3 magistrados). 
Distribuído para 1 magistrado (relator) que vota em 1º lugar. 
O art. 932 diz que o relator pode decidir sozinho (decisão monocrática). 
O recurso para essa decisão é o agravo interno, quem recorre é o órgão colegiado. 
TAXATIVIDADE 
São considerados recursos os designados em numerus clausus, pela lei federal. 
Só a união pode criar recursos. 
SINGULARIDADE/ UNIRRECORRIBILIDADE/ UNICIDADE 
A ideia é tornar o sistema simples. 
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: 
I - apelação (sentença) 
II - agravo de instrumento (decisões interlocutorias) 
III - agravo interno (decisão do relator) 
IV - embargos de declaração (esclarecer obscuridades, eliminar contradições, suprir omissões e 
corrigir erro material). 
V - recurso ordinário; 
VI - recurso especial (juíz e vice do tribunal) 
VII - recurso extraordinário (juíz e vice do tribunal) 
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário (presi. ou vice que inadimitir especial ou extra.) 
IX - embargos de divergência (órgão fracionário)
Para cada ato judicial recorrível, há um único recurso previsto pelo ordenamento. 
FUNGIBILIDADE 
As vezes ocorrerá dúvida objetiva sobre qual o recurso correto para o caso. 
Inexistência de erro grosseiro. 
Em determinadas situações, judiciário poderá aproveitar o recurso que foi interposto 
equivocadamente como se fosse o recurso correto. 
Má fé não é mais considerada requisito. 
 1 tipo de decisão 1 tipo de recurso 
 Dúvida sobre o tipo de decisão Dúvida sobre o tipo de recurso 
VOLUNTARIEDADE 
Para ser recursos, as partes tem que manifestar vontade inequívoca. 
O recurso se compõe de duas partes distintas: a) declaração expressa sobre insatisfação 
com a decisão; b) os motivos da insatisfação. 
O poder judiciário deve ser inerte. 
DIALETICIDADE 
Quando a parte manifesta sua vontade de recorrer, ela manifesta suas razões de recurso. 
TODO recurso deve ser: discursivo, argumentativo e dialético. 
Não basta apenas demonstrar que quer recorrer, tem que manifestar o por que de estar 
recorrendo, alinhando as razões de fato e de direito pelas quais entende que a decisão 
está errada. 
IRRECORRIBILIDADE EM SEPARADO DAS INTERLOCUTORIAS 
Não caibam recurso em separado. 
É feito na apelação (as que não cabem agravo de instrumento). 
Decisões interlocutória urgente: recorre imediatamente usando agravo de instrumento. 
Decisões interlocutória sem urgência: espera a sentença. 
Exceção: Agravo de instrumento 
PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS 
Julgamento do recurso não pode piorar a situação do recorrente. 
Obs: se as duas partes recorrerem, a situação poderá piorar para ambos, visto que, o 
recurso da pessoa não pode piorar a situação pra ela, mas pode para o outro recorrente. 
A situação do recorrente também pode piorar nos casos em que o tribunal poderá 
conhecer a matéria de ofício, como nos casos de questão de ordem pública. 
CONSUMAÇÃO 
Faculdade de interpor recurso se extingue tanto pelo fato e não ter sido manifestado no 
prazo legal (preclusão extintiva) como pelo fato de já ter sido exercido de forma 
impropria ou via inadequada (preclusão consumativa). 
Todo recurso tem um prazo: 15 dias. 
Exceção: embargos de declaração, 5 dias. 
OBS: ação é bilateral, por isso o réu pode recorrer e a ação continuar em curso. 
CLASSIFICAÇÃO DO RECURSO 
EXTENSÃO DA MATÉRIA 
A. Recurso parcial: não impugna totalmente o conteúdo da decisão. Apenas uma parte 
do processo prossegue, o que não teve recurso acaba, se torna definitivo. 
B. Recurso total: impugna todo o conteúdo impugnável recorrível da decisão. 
OBJETIVO IMEDIATO TUTELADO PELO RECURSO OU OBJETO 
A. Recurso ordinário: discute diretamente o direito subjetivo, que é quando a decisão 
foi justa ou injusta. Geralmente é do 1º grau. 
B. Recurso extraordinário: discute imediatamente o direito objetivo, que é se o direito 
foi aplicado corretamente, ou seja, a unificação da jurisprudência federal e 
indiretamente o direito subjetivo. Geralmente do superior tribunal. 
FUNDAMENTAÇÃO 
A. Recurso de fundamentação vinculado ou limitada: possui requisitos ou condições 
específicas para o seu cabimento. Seus fundamentos estão em lei, ou seja, você está 
vinculado a lei. 
B. Recurso de fundamentação simples ou livre: não exige condições específicas para o 
seu cabimento. Lei não trás nenhum fundamento. 
FINALIDADE 
A. Recurso de reforma: modificar a decisão impugnada. 
B. Recurso de invalidação: cassar ou invalidar a decisão impugnada, proferindo uma 
nova decisão (quer que a outra decisão seja nula). 
C. Recurso de esclarecimento ou integração: visa o aperfeiçoamento da decisão 
impugnada, eliminando obscuridades ou contradições ou integrando as omissões. 
Obs: podem ser cumulados no mesmo recurso, exceto embargos de declaração. 
FORMA DE INTERPOSIÇÃO 
A. Recurso principal: aquele que não depende da existência de outro recurso para seu 
conhecimento. Para eu interpor, não precisa da existência de outro recurso. 
B. Recurso adesivo: aquele que depende da existência do recurso principal. Necessário 
o recurso da outra parte. Ex: contrarrazões 
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE 
Analisa a presença dos requisitos de admissibilidade do recurso. 
• Negativo: falta requisito, recurso não é conhecido/admitido. 
• Positivo: requisitos estão lá, recurso conhecido/admitido. 
Fredie Didier Jr. e Leonardo José também classificam o juízo de admissibilidade em: 
• Provisório: quando recurso for interposto perante o órgão a quo (órgão que proferiu a 
decisão recorrida), esse poderá, a depender da previsão normativa, exercer o juízo 
provisório de admissibilidade. 
• Definitivo: cabe ao órgão ad quem (órgão a quem o recurso se destina) exercer o juízo 
definitivo da admissibilidade. 
Após constatada a existência dos pressupostos processuais e das condições da ação que 
se passa ao juízo de mérito da ação. 
COMPETÊNCIA PARA REALIZAÇÃO DO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E 
DE MÉRITO DO RECURSO 
Em regra, competência do juízo ad quem. Exceto nos casos de embargos de declaração, 
que é o juízo a quo. 
NATUREZA DA DECISÃO 
Natureza declaratória. 
Os efeitos da decisão são ex tunc, retroagem a data da decisão. 
Há divergências: 
• Flávio Cheim Jorge, concorda que seja de natureza declaratória, mas não concorda que 
seja sempre ex tunc, para ele só deveria ser ex tunc nos casos da intempestividade 
flagrante do recurso e ausência de preparo. 
• Fredie Didier Jr e Leonardo José Carneiro: ensinam que a jurisprudência na vigência do 
CP/73 adotava que, a decisão que não conhece o recursoé declaratória, mas não 
retroage, só retroagem nas hipóteses de intempestividade ou de manifesto não 
cabimento do recurso. 
JUÍZO DE MÉRITO 
Juiz de admissibilidade positivo. 
Mérito é oque está sendo pedido no recurso, é a pretensão recursal, que pode ser a de 
invalidação, reforma, integração ou esclarecimento. O mérito da ação pode ser 
diferente do mérito do recurso. 
Pedido do recurso pode ser: 
• Imediato: provimento jurisdicional pretendido, a reforma, invalidação, esclarecimento 
ou a integração da decisão recorrida. 
• Mediato: ligado ao bem (bem jurídico pretendido na demanda) da vida em litígio à 
consequência processual do pedido refletido no direito material do recorrente. 
Por meio do recurso, o recorrente poderá alegar: 
• Vícios de juízo (errores in iudicando), injustiça da decisão. 
• Vícios de atividade (errores in procedendo), vício de procedimento, quer a invalidação 
da sentença. 
O recurso pode ser: 
• Negado: recurso é improvido. 
• Concedido: recurso é provido. 
COMPETÊNCIA 
É do juízo ad quem. Embargos de declaração é juízo a quo. 
FUNÇÃO SUBSTITUTIVA 
Só existe no julgamento de mérito. 
Julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido 
objeto de recurso . 
A decisão do recurso substitui a decisão impugnada, pouco importando se vai acolhê-
lo ou rejeitá-lo. 
FUNÇÃO RESCINDENTE 
Só existe no julgamento de mérito. 
Cassam a decisão (invalidar) e remetem o processo a juízo ad quo para proferir outra 
(já tinha dado provimento ao recurso). 
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO 
Existem 2 critérios para classificar os requisitos. 
I. Utilizado por Seabra Fagundes 
Subjetivos 
• Legitimidade e interesse para recorrer. 
Objetivos 
• Adequação; 
• Tempestividade; 
• Preparo; 
• Motivação. 
II. Definido por Barbosa Moreira 
INTRÍNSECOS 
Referentes à própria existência do poder de recorrer. 
A. Cabimento: cabe qual recurso na decisão? O recurso deve está previsto na lei 
processual contra determinada decisão (recorribilidade) e que seja o recurso 
adequado para aquela decisão (adequação). Pode ser recorrida as decisões de 1º 
grau (apelação, no caso de sentença, e agravo de instrumento, no caso de decisões 
interlocutorias), e as decisões proferidas pelo tribunal (agravo interno, recurso 
ordinário, recurso extraordinário, recurso especial, agravo em recurso extraordinário, 
embargos de divergência). 
B. Legitimidade para recorrer: o recurso poderá ser interposto pela parte vencida, 
terceiro prejudicado, e pelo MP como autor ou fiscal de ordem pública. O advogado 
pode recorrer somente em nome próprio, pois é titular do crédito de honorários 
advocatícios. Litisconsorte e réu revel também tem legitimidade. 
C. Interesse recursal: interesse de agir. Recorrente precisa demonstrar necessidade do 
recurso e utilizar o recurso adequado. O interesse recursal está ligado a sucumbência, 
formal (desconformidade entre oque a parte pediu e o que foi concedido), material 
(possibilidade de se obter uma decisão diversa e mais favorável). 
D. Inexistência de fatos impeditivos ou extintivo do poder de recorrer: renúncia 
(negócio unilateral, irrevogável, ocorre a recurso ainda não interposto, renúncia é um 
fato de extintivo), desistência (unilateral, irrevogável, ocorre a recurso já interposto, é 
um fato impeditivo), aceitação/aquiescência (parte que aceitar expressamente ou 
tacitamente a decisão não pode recorrer). 
EXTRÍNSECOS 
Referentes ao modo de exercer o direito de recorrer. 
A. Tempestividade 
• Recurso fora do prazo é intempestivo. 
• O recurso para ser admissível, deve ser interposto DENTRO DO PRAZO FIXADO NA 
LEI. 
• Prazo: 15 dias, exceto embargos de declaração que é 05 dias. 
• Prazo em dobro: para processo físico, quando houver litisconsortes e eles tiverem 
diferentes procuradores de escritórios diferentes, o MP, União, Estados, DF e os 
Municípios, Defensoria também terão prazo em dobro independente de ser processo 
físico ou não. 
• Contagem do prazo: serão contados em dias úteis, excluindo o dia de início e 
adicionando o dia de vencimento. 
• Recurso remetido pelo correio, considera interposto o recurso na data da postagem. 
• Recurso interposto antes de iniciar o prazo é considerado tempestivo. 
• Feriado local deve ser comprovado pelo recorrente. 
B. Regularidade formal 
• Recurso deve se adequar a forma imposta pela lei. 
C. Preparo 
• Pagamento prévio das custas relativas ao processamento do recurso. 
• Deve ser comprovado no ato da interposição do recurso. 
• Dispensa de preparo: não será devido o porte de remessa e o porte de retorno se for 
processo em autos eletrônicos. E se a parte tiver assistida por justiça gratuita. 
• Insuficiência do valor: implicará na deserção se o recorrente não vier a supri-lo no 
prazo de 05 dias. 
• Não comprovação do preparo: recorrente que não comprovar o recolhimento do 
preparo será intimado na pessoa de seu advogado para realizar o recolhimento em 
dobro sob pena de deserção. É vedada a complementação se houver insuficiência 
parcial do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno. 
• Justo impedimento: motivo pelo qual não pagou o preparo. Provando justo 
impedimento o relator relevara a pena de deserção, por decisão irrecorrível, fixando o 
prazo de 05 dias para efetuar o preparo. Poder judiciário que decide se o motivo é para 
impedimento. 
• Preenchimento equivocado da guia: o equívoco no preenchimento da guia de custas 
não implicará na aplicação da pena de deserção. Cabe ao relator na hipótese de 
dúvida, intimar o recorrente para sanar o vício no prazo de 05 dias. 
• No caso de processo físico: cobra as despesas de correio. 
EFEITOS DO RECURSO 
Efeitos decorrem de sua interposição -efeitos de interposição- (protocola o recurso) ou 
de seu julgamento -efeito de julgamento. 
DEVOLUTIVO 
Efeito de interposição. 
Está ligado ao ato de recorrer (voluntariedade) e a manifestação das razões do recurso 
(dialeticidade). 
Recurso interposto devolve ao órgão ad quem o conhecimento da matéria impugnada. 
2 sentidos: 
• Extensão (dimensão horizontal): é a extensão do efeito devolutivo. Basta olhar o 
recurso, quem determina essa extensão é o próprio recorrente, olha o que ele está 
pedindo. O que ele pediu é o tamanho, a extensão do efeito devolutivo. 
• Profundidade (dimensão vertical): profundidade do efeito devolutivo. Não é o 
recorrente que determina. É o que o tribunal pode analisar para julgar a matéria 
devolvida. Não existe muito limite nela, pode reavaliar tudo. 
TRANSLATIVO 
Possibilidade de o juízo destinatário do recurso examinar questões de ordem pública, 
ainda não decididas pelo juízo a quo. 
SUSPENSIVO 
Adia a produção dos efeitos da decisão impugnada. 
Em regra, os recursos não tem efeito suspensivo, mas há recursos que possuem 
automaticamente efeito suspensivo (ex lege), e os que podem ser solicitados (ope 
iudicis). 
Pode ser: 
- Ope iudicis (depende de decisão do juiz, parte tem que requerer e preencher os 
requisitos que são: a) risco de dano e b) demonstrado a probabilidade de provimento 
do recurso); 
- Ex lege (decorre da lei). 
EXPANSIVO OU EXTENSIVO 
Esse efeito ocorre quando a decisão de julgamento do recurso atingir outras pessoas 
além do recorrente ou atingir outros atos processuais que não eram objeto do recurso. 
Pode ser: 
- Subjetivo (decisão alcança pessoa diversa); 
- Objetivo (decisão alcança atos processuais diversos) que é subdivido em externo 
(quando o provimento do recurso repercute em provimento autônomo) e interno (se 
produz no âmbito do próprio ato decisório impugnado, atingindo capítulos não 
impugnados). 
Ocorre nos seguintes casos: 
- Recurso interposto por assistente simples se aproveita em relação ao assistido; 
- Recurso interposto por um litisconsorte a todos aproveita; 
- Recurso interposto, no caso de solidariedade passiva, por um devedor solidário, 
aproveitará aos outros; 
- Embargos de declaração opostos por uma parte interrompem o prazo para 
interposiçãode outro recurso para ambas as partes; 
- Oposição de embargos de divergência. 
SUBSTITUTIVO 
O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido 
objeto de recurso. 
REGRESSIVO OU DE RETRATAÇÃO 
Efeito de interposição. 
Haverá esse efeito quando o juíz prolator da decisão recorrida reexamine o que fora 
por ele próprio decidido. 
DIFERIDO 
Conhecimento de um recurso depende de outro recurso a ser interposto. 
OBSTATIVO OU IMPEDITIVO 
A interposição do recurso (admissível) impede o trânsito em julgado da decisão. 
EXERCÍCIOS 
MATERIAL 01 
1. Explique os fundamentos da existência de um sistema recursal no ordenamento 
jurídico. 
Resposta: A existência de recurso se da por dois fundamentos, o de que a parte 
perdedora fica insatisfeita com o resultado e o da falibilidade humana em tomar 
decisões. 
2. Os recursos constituem o único meio de impugnação das decisões judiciais? 
Resposta: Não. Existem 3 meios de impugnação, recursos, ações autônomas de 
impugnação e sucedâneos recursais. 
3. Conceitue recurso. 
Resposta: Remédio voluntario e idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a 
reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração da decisão judicial que se 
impugna. 
4. Explique o principio do duplo grau de jurisdição. 
Resposta: O principio do duplo grau de jurisdição fala sobre a possibilidade de a 
decisão judicial seja revisada pelo Poder Judiciário. É quando ocorre o reexame por 
um órgão superior. Porém, há divergências na doutrina, que diz que também que 
existira esse principio quando o mesmo órgão que proferiu a decisão o reexamina. 
5. Explique o principio da taxatividade. 
Resposta: O principio da taxatividade fala que só é considerado recurso os previstos 
em numerus clausus pela lei federal. Não é possível as partes ou o juiz criarem um 
recurso. 
6. Elenque os recursos previstos no CPC. 
Resposta: Apelação, agravo de instrumento, agravo interno, embargos de 
declaração, recurso ordinário, recurso extraordinário, recurso especial, agravo em 
recurso especial e extraordinário e embargos de divergência. 
7. Comente o principio de colegialidade. 
Resposta: O principio de colegialidade fala que o recurso tem que ser julgado por 
um órgão colegiado (3 ministros). O recurso é encaminhado ao relator (1 ministro), 
ele votará primeiro. E há a possibilidade do relator decidir sozinho, de acordo com a 
decisão monocrática, caso queiram recorrer a decisão do relator, usa-se o agravo 
interno que será revisto pelo órgão colegiado. 
8. Explique o principio da singularidade. 
Resposta: O principio da singularidade busca tornar o sistema simples, ele fala que 
para cada ato judicial que é recorrível há um único recurso que pode interpor. 
9. Explique o principio da proibição da reformatio in pejus. 
Resposta: Esse principio diz que a situação do recorrente não pode piorar pelo 
julgamento de seu recurso, porém, pode piorar caso ambas as partes interponham 
recursos e no caso de questão de ordem publica (oficio do juiz). 
10. Explique o principio da voluntariedade. 
Resposta: O principio da voluntariedade aborda a ideia de que para ser recurso, as 
partes tem que manifestar vontade inequívoca. 
11. Comente sobre o principio da dialeticidade. 
Resposta: O principio da dialeticidade diz que não basta a parte demonstrar 
interesse em recorrer, ele também tem que simultaneamente a essa vontade 
apresentar as razoes do seu recurso, o motivo, o por que daquele pedido. 
12. Explique o principio da irrecorribilidade em separado das interlocutorias. 
Resposta: Esse principio trata da ideia de que não é permitido a interrupção da 
marcha processual para interpor recursos de casos não urgentes, a exceção é a das 
decisões interlocutorias urgentes, que pode ser recorrido imediatamente com agravo 
de instrumento. 
13. Explique o principio da consumação. 
Resposta: O principio da consumação explica que o recurso é consumado de duas 
maneiras, a preclusão extintiva (tanto pelo fato e não ter sido manifestado no tempo 
correto) e a preclusão consumativa (fato de ja ter sido exercido, porem de forma 
própria ou por via inadequada). 
MATERIAL 02 
1. Conceitue recurso parcial e recurso total. 
Resposta: O recurso parcial é aquele que impugna parte do conteúdo da decisão, a 
outra parte se torna definitiva. O recurso total impugna totalmente o conteúdo 
impugnável da decisão. 
2. Conceitue recursos ordinários e recursos extraordinários. 
Resposta: O recurso ordinário é aquele que se discute diretamente o direito 
subjetivo. O recurso extraordinário é aquele que discute imediatamente o direito 
objetivo e indiretamente o subjetivo (para aplicar esse recurso tem que ter o 
esgotamento de todos os recursos em instância ordinária). 
3. Conceitue recursos de fundamentação vinculada e fundamentação simples. 
Resposta: O de fundamentação vinculada é o que esta vinculado a lei, tem requisitos 
ou condições especificas. O de fundamento simples é aquele que não esta previsto 
em lei, e não exige requisitos ou condições especificas. 
4. Conceitue recurso de reforma, recurso de invalidação e recurso de esclarecimento. 
Resposta: De reforma (visa modificar a decisão impugnada); De invalidação (cassar ou 
invalidar a decisão impugnada, proferindo uma nova decisão); De esclarecimento 
(busca o aperfeiçoamento da decisão impugnada) 
5. Recurso principal e recurso adesivo. 
Resposta: Principal não depende da existência de outro recurso para seu 
conhecimento. Adesivo precisa da existência de outro recurso para seu 
conhecimento. 
MATERIAL 03 
1. O que é juízo de admissibilidade. 
Resposta: É o juízo que vai analisar a presença dos requisitos de admissibilidade do 
recurso, podendo conhecer ou não conhecer o recurso. E Fredie e Leonardo também 
classificam como juízo provisório (recurso for interposto pelo a quo) e o juízo 
definitivo (cabe ao órgão ad quem). 
2. O que é juízo de mérito. 
Resposta: É o que vai julgar o mérito do recurso após admitido pelo juízo de 
admissibilidade. Por meio do recurso o recorrente poderá alegar error in iudicando 
(injustiça na decisão) e error in procedendo (vicio de procedimento, que busca a 
invalidação da sentença) 
3. O mérito do recurso é o mesmo que o mérito da demanda? 
Resposta: Mérito do recurso (diz respeito ao defeito apresentado pela decisão, que 
faz ele impugnar) e mérito da demanda (pedido elaborado na petição inicial). 
4. Quem é competente para realizar o juízo de admissibilidade do recurso? 
Resposta: Ad quem. No caso de embargos de declaração é o aquo. 
5. Qual a natureza da decisão que efetua o juízo de admissibilidade? 
Resposta: Natureza declaratória, pois o juiz está declarando algo que ja existe. 
6. Qual o efeito da decisão que realiza o juízo de admissibilidade? 
Resposta: Ex tunc, retroagem a data da decisão. Há divergência na doutrina, alguns 
doutrinadores como Fredie Didier e Leonardo definem que só terá efeito ex tunc no 
caso de intempestividade e manifesto não cabimento do recurso 
7. O que é pedido imediato e pedido mediato do recurso? 
Resposta: Pedido imediato (provimento jurisdicional pretendido pelo recurso, a 
reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração), Pedido mediato (esta 
ligado ao bem, o bem jurídico pretendido na demanda). 
8. O que é erro in procedendo? 
Resposta: Vícios de atividade (errores in procedendo), vício de procedimento, quer a 
invalidação da sentença. É função rescindente. 
9. O que é erro in iudicando? 
Resposta: Vícios de juízo (errores in iudicando), injustiça da decisão. É função 
substitutiva. 
10. Quem tem competência para efetuar o juízo de mérito dos recursos? 
Resposta: Ad quem. Pode ser a quo no caso de embargos de declaração. 
11. O que é função substitutiva? 
Resposta:O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no 
que tiver sido objeto de recurso. 
12. O que é função rescindente? 
Resposta:Só existe no julgamento de mérito. 
Cassam a decisão (invalidar) e remetem o processo a juízo ad quo paraproferir outra 
(já tinha dado provimento ao recurso). 
MATERIAL 05 
1. O que é efeito de interposição e efeito de julgamento dos recursos? 
Resposta: O efeito de interposição do recurso é o efeito que ocorre da sua 
interposição, do seu protocolo. O efeito de julgamento, é aquele que decorre do 
julgamento do recurso. 
2. Conceitue efeito devolutivo? 
Resposta: É um efeito de interposição. Está ligado ao ato de recorrer e da 
manifestação do recurso. O juízo destinatário do recurso só poderá julgar o que o 
recorrente requereu nas razões do seu recurso. 
3. Discorra sobre a profundidade e a extensão do efeito devolutivo? 
Resposta: 
4. O que é efeito translativo? 
Resposta: É a possibilidade de o juízo destinatário do recurso examinar questões de 
ordem pública de ofício, mesmo não decididas pelo juízo a quo. Esse efeito é 
conhecido por vários doutrinadores de profundidade do efeito devolutivo. 
5. O que é efeito suspensivo? 
Resposta: É um efeito de interposição. Ele adia a produção dos efeitos da decisão 
impugnada. De regra, o recurso não tem efeito suspensivo. 
6. Como se consegue efeito suspensivo ao recurso? 
Resposta: O efeito suspensivo se dá por 2 maneiras, ope iudicis (parte requere ao 
juíz quando estiver presente dois requisitos, a)risco de dano e b)demonstrava a 
probabilidade de provimento do recurso) e ex lege (decorre da lei, são recursos que 
possuem automaticamente efeito suspensivo, como a apelação). 
7. O que é efeito expansivo? 
Resposta: É a ideia de o julgamento do recurso abranger mais do que o reexame da 
matéria impugnada, do que o mérito do recurso. A decisão do julgamento do recurso 
vai atingir outras pessoas ou outros atos processuais. 
8. Como o efeito expansivo pode ser classificado? 
Resposta: É classificado em Subjetivo (quando o recurso alcança pessoa diversa da 
pessoa do recorrente) e Objetivo (que alcança outros atos processuais, podendo ser 
subdivido em interno quando repercutir em capítulos alheios a impugnação, e 
externo quando o provimento do recurso repercute em provimento autônomo). 
9. Quando ocorre o efeito substitutivo? 
Resposta: Ocorrerá quando o recurso for conhecido, que o julgamento do recurso 
substituirá a decisão impugnada. 
10. O que é efeito regressivo ou efeito de retratação? 
Resposta: Esse efeito autoriza o órgão a quo a rever sua decisão. 
11. O que é efeito diferido? 
Resposta: O efeito diferido acontece quando o recurso principal tem que ser 
conhecido para que se conheça o outro. 
12. O que é o efeito obstativo ou impeditivo? 
Resposta: É quando a interposição do recurso impede o trânsito em julgado da 
decisão.

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